Universidade do Algarve Instituto Superior de Engenharia Licenciatura em Engenharia Topográfica Disciplina de Topografia Cálculo de uma poligonal DABP Maio 2009 Poligonal DABP Maio 2009 Poligonal 1. Preenchimento dos quadros de campo 1.1 Cálculo da distância horizontal entre a estação e o ponto Entre dois pontos com coordenadas conhecidas: DP1P0 M P 2 2 M P0 M P1 PP0 PP1 2 2 em que: DP1P0 – distância horizontal entre os pontos P1 e P0(m); MP0 – coordenada M do ponto P0 (m); PP0 – coordenada P do ponto P0 (m); MP1 – coordenada M do ponto P1 (m); PP1 – coordenada P do ponto P1 (m). DABP Maio 2009 Poligonal 1. Preenchimento dos quadros de campo 1.1 Cálculo da distância horizontal entre a estação e o ponto Desconhecendo a coordenada de, pelo menos, um dos pontos: D = K × S × sin 2 z em que: D – distância horizontal entre a estação e o ponto visado (m); K – constante estadimétrica do equipamento; S – diferença entre a fs e fi (m); z – ângulo zenital (grd); fs – leitura superior dos fios do retículo (m); fi – leitura inferior dos fios do retículo (m). DABP Maio 2009 Poligonal 1. Preenchimento dos quadros de campo 1.1 Cálculo da distância horizontal entre a estação e o ponto Na situação em que o giro é efectuado na posição inversa (IP), o ângulo zenital a utilizar é igual a: z 400 z IP (grd) D = K × S × sin 2 z DABP Maio 2009 Poligonal 1. Preenchimento dos quadros de campo 1.2 Cálculo do desnível entre a estação e o ponto Entre pontos de coordenadas conhecidas: DNP1P0 = NP0 - NP1 em que: DNP1P0 – desnível entre os pontos (m) NP0 – coordenada N do ponto P0 (m) NP1 – coordenada N do ponto P1 (m) DABP Maio 2009 Poligonal 1. Preenchimento dos quadros de campo 1.2 Cálculo do desnível entre a estação e o ponto Desconhecendo a coordenada de, pelo menos, um dos pontos: DN = D × cotg z + i - o em que: DN – desnível entre a estação e o ponto visado (m); D – distância horizontal entre a estação e o ponto visado (m); z – ângulo zenital (grd); i – altura do aparelho (m); o – leitura do fio médio do retículo (m). DABP Maio 2009 Poligonal 1. Preenchimento dos quadros de campo 1.2 Cálculo do desnível entre a estação e o ponto Na situação em que o giro é efectuado na posição inversa (IP), o ângulo zenital a utilizar é igual a: z 400 z IP (grd) DN = D × cotg z + i - o DABP Maio 2009 Poligonal 2. Cálculo da distância e desnível médio 2.1 Cálculo da distância média * D Pi Pj = D(DP)Pi Pj + D(IP)Pi Pj D(DP)Pj Pi + D(IP)Pj Pi 4 em que: D*Pi Pj – distância horizontal média entre os pontos Pi e Pj (m); D(DP)Pi Pj – distância horizontal entre o ponto Pi e Pj na posição directa (m); D(IP)Pi Pj – distância horizontal entre o ponto Pi e Pj na posição inversa (m); D(DP)Pj Pi – distância horizontal entre o ponto Pj e Pi na posição directa (m); D(IP)Pj Pi – distância horizontal entre o ponto Pj e Pi na posição inversa (m). DABP Maio 2009 Poligonal 2. Cálculo da distância e desnível médio 2.2 Cálculo do desnível médio * DN Pi Pj = (DN(DP) Pi Pj + DN(IP) Pi Pj ) - (DN(DP) Pj Pi DN(IP) Pj Pi ) 4 em que: DN*Pi Pj – desnível médio entre os pontos Pi e Pj (m); DN(DP)Pi Pj – desnível entre o ponto Pi e Pj na posição directa (m); DN(IP)Pi Pj – desnível entre o ponto Pi e Pj na posição inversa (m); DN(DP)Pj Pi – desnível entre o ponto Pj e Pi na posição directa (m); DN(IP)Pj Pi – desnível entre o ponto Pj e Pi na posição inversa (m). DABP Maio 2009 Poligonal 3. Leituras azimutais e ângulos azimutais 3.1 Cálculo do erro de fecho angular do giro Em campo, ao ser efectuado um giro, a leitura azimutal obtida para o mesmo ponto, na primeira e na última visada apresentam, de modo geral, um valor diferente (mas muito próximo). Assim é necessário realizar uma primeira compensação devido ao erro de fecho angular do giro. Sequência dos giros realizados em campo Estação Ponto visado Pi E Pj Pi DABP Giro Leitura azimutal (H) DP H1 IP H4 DP H2 IP H5 DP H3 IP H6 Maio 2009 Poligonal 3. Leituras azimutais e ângulos azimutais 3.1 Cálculo do erro de fecho angular do giro O cálculo do erro de fecho angular do giro, é dado por: egiro DP = H fechodogiro - H iníciodogiro = H3 - H1 egiro IP = H fechodogiro - H iníciodogiro = H6 - H4 Sequência dos giros realizados em campo Estação Ponto visado Pi E Pj Pi DABP Giro Leitura azimutal (H) DP H1 IP H4 DP H2 IP H5 DP H3 IP H6 Maio 2009 Poligonal 3. Leituras azimutais e ângulos azimutais 3.2 Primeira compensação das leituras azimutais A compensação é dada por: DABP H1* = H1 - 0,0 × egiro DP H4* = H4 - 0 × egiro IP H2* = H2- 0,5 × egiro DP H5* = H5 - 0,5 × egiro IP H3* = H3 - 1,0 × egiro DP H6* = H6 - 1,0 × egiro IP Maio 2009 Poligonal 3. Leituras azimutais e ângulos azimutais 3.3 Última compensação das leituras azimutais No trabalho de campo são realizadas as leituras na posição directa e na posição inversa. Como se sabe, a diferença entre essas duas posições é de 200 grados. Assim, a segunda compensação consiste em: H1** = H2** = DABP H1* + H4* ±200grd 2 H2* + H5* ±200grd 2 Maio 2009 Poligonal 3. Leituras azimutais e ângulos azimutais 3.4 Cálculo dos ângulos azimutais provisórios () O ângulo azimutal entre duas direcções é dado pela diferença entre duas leituras azimutais realizadas em campo, ou seja: α = Hà frente - Hatrás = H2** - H1** DABP Maio 2009 Poligonal 4. Cálculo do erro de fecho angular 4.1 Cálculo do rumo inicial Entende-se por rumo de uma direcção, o ângulo azimutal que essa direcção faz com a linha N-S cartográfica, contado a partir do Norte no sentido do movimento dos ponteiros do relógio. Como o primeiro estacionamento é realizado num ponto de coordenadas conhecidas e é visado um outro ponto de coordenadas conhecidas, é possível calcular o rumo inicial. DABP Maio 2009 Poligonal 4. Erro de fecho angular 4.1 Cálculo do rumo inicial Como o primeiro estacionamento é realizado num ponto de coordenadas conhecidas e é visado um outro ponto de coordenadas conhecidas (ponto de orientação), é assim possível calcular o rumo inicial RP0 P1. Como ambos os pontos são de coordenada conhecida, o rumo é dado por: Real R P0 P1 M P1 -M P0 ΔM = arctg = arctg ΔP PP1 -PP0 em que: MP0 e PP0 – coordenada M e P do ponto P0 (ponto de orientação) (m); MP1 e PP1 – coordenada M e P do ponto P1 (ponto de estação) (m). DABP Maio 2009 Poligonal 4. Erro de fecho angular 4.1 Cálculo do rumo inicial Quando se calcula o rumo através das coordenadas dos pontos, é necessário realizar o estudo do quadrante, visto que os cálculos realizados apenas nos dão valores no primeiro e no quarto quadrante. Para o estudo do quadrante é necessário saber o sinal de M e P. DABP Maio 2009 Poligonal 4. Erro de fecho angular 4.1 Cálculo do rumo inicial – Estudo do quadrante R I IV +R -R I IV -R +400grd +200grd II NC NC R +200grd III NC I NC IV R R II DABP III R Maio 2009 Poligonal 4. Erro de fecho angular 4.2 Cálculo do rumo final Como o último estacionamento é realizado num ponto de coordenadas conhecidas (PX) e é visado um outro ponto de coordenadas conhecidas (ponto de orientação(PY)), é assim possível calcular o rumo final RPX PY. Como ambos os pontos são de coordenada conhecida, o rumo é dado por: Real R PX PY M PY -M PX ΔM = arctg = arctg P -P ΔP PY PX em que: MPX e PPX – coordenada M e P do ponto PX (ponto de estação); MPY e PPY – coordenada M e P do ponto PY (ponto de orientação). DABP Maio 2009 Poligonal 4. Erro de fecho angular 4.3 Cálculo do rumo final transmitido O rumo final transmitido é dado por: Real RTransmitido = R + α - n × 200grd PX PY P0 P1 em que: – somatório dos ângulos azimutais (grd); n – número de estacionamentos DABP Maio 2009 Poligonal 4. Erro de fecho angular 4.4 Erro de fecho angular () O erro de fecho angular é dado por: Real ε = RTransmitido R PX PY PX PY (grd) DABP Maio 2009 Poligonal 4. Erro de fecho angular 4.5 Tolerância do erro de fecho angular () Para poligonais vulgares, a tolerância é igual a: Tε = 4 × n em que: n – número de estacionamentos. Nota: A unidade da tolerância do erro de fecho angular é em minutos centesimais de grado. DABP Maio 2009 Poligonal 5. Cálculo dos ângulos azimutais compensados 5.1 Compensação dos ângulos azimutais A compensação do erro de fecho angular é realizada em função do número de estacionamento sendo dada por: ε n A compensação dos ângulos azimutais é igual a: ε α = α1 + - n * 1 DABP Maio 2009 Poligonal 6. Cálculo dos rumos compensados 6.1 Rumos compensados Sabendo o primeiro rumo e os ângulos azimutais compensados, é agora possível calcular todos os rumos. RP*1P 2 RPRe0 Pal1 1* 200grd RP* 2 P 3 RP*1P 2 2* 200grd * RPXPY RP* 5 PX 6* 200grd DABP Maio 2009 Poligonal 7. Cálculo dos acréscimos de coordenada (M e P) 7.1 Cálculo dos acréscimos de coordenada O acréscimo de coordenada é dado por: ΔM1 = D*P1P2 × sen R *P1P2 ΔP1 = D*P1P2 × cos R *P1P2 DABP Maio 2009 Poligonal 8. Erro de fecho em M, P e linear 8.1 Cálculo do erro de fecho em M e em P fM = Mi - Mf + ΣΔM fP = Pi - Pf + ΣΔP em que: fM fP Mi Mf Pi Pf M P DABP - erro de fecho em M (m); - erro de fecho em P (m); – coordenada M do ponto de primeiro estacionamento (m); – coordenada M do ponto de último estacionamento (m); – coordenada P do ponto de primeiro estacionamento (m); – coordenada P do ponto de último estacionamento (m); – somatório dos acréscimos de coordenada em M (m); – somatório dos acréscimos de coordenada em P (m). Maio 2009 Poligonal 8. Erro de fecho em M, P e linear 8.2 Cálculo do erro de fecho linear O erro de fecho linear é dado por: fL= fM 2 + fP 2 em que: fL - erro de fecho linear (m); fM – erro de fecho em M (m); fP – erro de fecho em P (m). DABP Maio 2009 Poligonal 8. Erro de fecho em M, P e linear 8.3 Cálculo da tolerância do erro de fecho linear Para poligonais vulgares com distanciómetros e mira vertical: TfL = 0,06 × L em que: TfL – tolerância do erro de fecho linear (m); L – comprimento total da poligonal (m). DABP Maio 2009 Poligonal 9. Distribuição do erro de fecho em M e P 9.1 Distribuição do erro de fecho em M Σ ΔM - fM ΔM i xi em que: |M| – fM – Mi – xi – DABP somatório dos módulos dos acréscimos de coordenada em M (m); erro de fecho em M (m); acréscimo de coordenada M do troço i (m); compensação em M no troço i (m). Maio 2009 Poligonal 9. Distribuição do erro de fecho em M e P 9.2 Distribuição do erro de fecho em P Σ ΔP - fP ΔPi yi em que: |P| fP Pi yi DABP – – – – somatório dos módulos dos acréscimos de coordenada em P (m); erro de fecho em P (m); acréscimo de coordenada P do troço i (m); compensação em P no troço i (m). Maio 2009 Poligonal 10. Cálculo das coordenadas M e P compensadas M *P2 M P1 ΔM1 x1 PP2* PP1 ΔP1 y1 M *P3 M *P2 ΔM 2 x 2 PP3* PP2* ΔP2 y 2 DABP Maio 2009 Poligonal 11. Cálculo das cotas compensadas 11.1 Cálculo do erro de fecho em N n fN N i N f DNi i 1 em que: fN Ni Nf DNi n DABP – erro de fecho em N (m); – cota real do ponto de primeiro estacionamento (m); – cota real do ponto de último estacionamento (m); – somatório dos desníveis médios (m); - número de estacionamentos. Maio 2009 Poligonal 11. Cálculo das cotas compensadas 11.2 Tolerância do erro de fecho em N TfN 0,30m L em que: TfN L DABP – tolerância do erro de fecho em N (m); – comprimento da poligonal (km). Maio 2009 Poligonal 11. Cálculo das cotas compensadas 11.3 Distribuição do erro de fecho em N em função da distância horizontal zi fN dh i n dh i 1 i em que: fN dhi zi n DABP – erro de fecho em N (m); – distância horizontal média do troço i (m); – compensação em N no troço i (m); - número de estacionamentos. Maio 2009 Poligonal 11. Cálculo das cotas compensadas 11.4 Cálculo das cotas compensadas N*P2 N P1 DN1 z1 N*P3 N*P2 DN2 z 2 em que: NPi N*Pi DNi zi DABP – – – – cota do ponto anterior (m); cota compensada (m); desnível médio no troço i (m); compensação altimétrica no troço i (m). Maio 2009 Universidade do Algarve Escola Superior de Tecnologia Licenciatura em Engenharia Civil Disciplina de Topografia Cálculo de uma poligonal DABP Maio 2009