Erro! Fonte de referência não encontrada. - Laje pré-fabricada — Avaliação do desempenho de vigotas e pré-lajes sob carga de trabalho Prefácio A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais Temporárias (ABNT/CEET), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros). Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretivas ABNT, Parte 2. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser considerada responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes. A ABNT NBR 15522 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados (ABNT/CB-18), pela Comissão de Estudo de Lajes (CE-18:600.02). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 03, de 30.03.2007, com o número de Projeto 18:600.02-001. 1 Escopo Esta Norma especifica um método de ensaio para a verificação do desempenho de vigotas e pré-lajes utilizadas em lajes pré-fabricadas unidirecionais e bidirecionais, sob cargas de trabalho, objetivando garantir sua integridade estrutural durante a etapa de concretagem da laje. Os elementos de enchimento devem ser ensaiados conforme o Anexo C da ABNT NBR 14859-1:2002. 2 Referência normativa O documento relacionados a seguir é indispensável à aplicação deste documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas). ABNT NBR 14859-1:2002, Laje pré-fabricada – Requisitos – Parte 1: Lajes unidirecionais 3 3.1 Termos, definições e símbolos Termos e definições Para os efeitos desta Norma, aplicam-se os seguintes termos e definições. 3.1.1 carga de trabalho somatório das forças atuantes durante a concretagem, sendo composta neste ensaio pelos seguintes componentes: peso próprio dos elementos ensaiados, peso próprio dos elementos de enchimento, peso do concreto complementar, carga acidental distribuída durante a concretagem ou carga acidental concentrada durante a concretagem 3.1.2 lote para os efeitos desta Norma, lote corresponde a apenas um tipo específico de laje, no que se refere a tipo, dimensão e forma dos componentes, para um período de produção não superior a três semanas. 3.2 4 Símbolos L vão de ensaio da vigota, igual ao espaçamento entre os eixos de escoramento na obra, em metros LB vão em balanço da vigota, medido a partir do eixo do apoio, em milímetros P carga acidental concentrada de concretagem, em quilonewton (usualmente adotada igual a 1,0 kN) CD carga acidental distribuída de concretagem, em quilonewton por metro quadrado (usualmente adotada igual a 1,5 kN/m2) α= 1− αB = 1− ie intereixo, distância entre os centros das vigotas consecutivas, em metros pe carga uniforme equivalente ao peso próprio do elemento de enchimento, em quilonwetons por metro quadrado de laje pc carga uniforme equivalente ao peso próprio do concreto lançado na obra (concreto de capeamento) sobre as vigotas, em quilonwetons por metro quadrado de laje qa = CD ie carga linear devida à carga acidental distribuída de concretagem que atua sobre uma vigota, em quilonewtons por metro Pd peso do dispositivo de ensaio qv peso próprio de uma vigota, em quilonewtons por metro qe = pe ie carga linear devida ao peso próprio do bloco de enchimento que atua sobre uma vigota, em quilonewtons por metro qc = pc ie carga linear devida ao concreto de capeamento que atua sobre uma vigota, em quilonewtons por metro q1 = qc + qe + qv carga linear total que atua sobre uma vigota imediatamente após a concretagem, em quilonewtons por metro q= q1 + qa carga linear que atua sobre uma vigota durante a concretagem, em quilonewtons por metro F1 Força que deve ser aplicada no corpo-de-prova em ensaio para verificar seu comportamento quanto aos deslocamentos verticais (flechas), em quilonewtons F2 Força que deve ser aplicada no corpo-de-prova em ensaio para verificar seu comportamento em serviço com majoração indicada em 6.3.1 a 6.3.4, em quilonewtons 0,30 L 0,30 L ≥ 0,5 , com L, em metros ≥ 0,5 , com LB, em metros Aparelhagem 4.1 O dispositivo de reação do ensaio deve ter dois apoios compostos por duas réguas metálicas, dispostas em paralelo, cada uma com largura de 25 mm e comprimento necessário para garantir o contato em toda a largura da peça a ser ensaiada, sendo estruturadas de forma a não apresentar deformação significativa durante o carregamento estabelecido para o ensaio. O conjunto, configurado como um plano horizontal e com o afastamento entre apoios previsto no ensaio, deve ser posicionado à altura adequada, de forma a permitir a visualização da face inferior do corpo-de-prova durante a execução do ensaio. A aplicação da carga deve ser feita por uma régua metálica com características idênticas às dos apoios, nivelada e acoplada a equipamento que permita o seu carregamento controlado, conforme 5.2. 4.2 Para evitar possível esmagamento do concreto nos pontos de carregamento e reação entre a peça de concreto a ser ensaiada e os dispositivos de carga, devem ser interpostas nesses pontos tiras de madeira com a mesma largura e comprimento das réguas metálicas, com altura de 15 mm e dureza correspondente à do cerne do eucalipto. Quando o dispositivo de carga apresentar peso próprio, este não deve ser superior a 0,5 F1 ou 0,5 F2. 4.3 4.4 O sistema de medição de flechas, que pode ser analógico ou digital, deve apresentar precisão mínima de 0,1 mm. NOTAS 1 Para carregamentos inferiores a 10 kN, as réguas metálicas podem ser substituídas por barras de seção circular com diâmetro de 25 mm. 2 Um dispositivo completo para este ensaio é sugerido no anexo A. 5 Amostragem A amostra de cada lote deve ser composta por no mínimo quatro exemplares, cada exemplar composto por um corpo-de-prova, escolhido aleatoriamente. 6 Descrição do ensaio 6.1 Generalidades O ensaio deve ser executado em duas etapas, onde verificam-se os deslocamentos verticais (flechas) e a resistência à flexão, provocados pelas cargas atuantes sobre as peças pré-fabricadas na fase de lançamento do concreto complementar. O ensaio consiste em carregar os corpos-de-prova nos seus planos normal e inverso, de forma a simular, com carregamentos simples, os momentos fletores e forças cortantes que podem ser gerados pela carga de trabalho, considerando-se a situação dos apoios durante a fase de montagem e concretagem. 6.2 Corpo-de-prova Deve ser obtido a partir de peças de produção do lote a ser ensaiado e consiste em um segmento de vigota cortado com disco diamantado ou similar, de forma a apresentar um comprimento total de L + 200 mm, desprezando-se sempre os 100 mm das extremidades, salvo nos casos em que não seja usado cimbramento. A idade da solicitação do corpo-de-prova, quando da realização do ensaio, deve ser igual àquela prevista pelo fabricante para o lançamento do concreto complementar. Os corpos-de-prova devem ser mantidos ao abrigo das intempéries, por no mínimo 48 h antes da realização do ensaio. 6.3 6.3.1 Procedimento de ensaio Plano normal – Momento positivo Sobre os apoios do dispositivo de reação, afastados entre si de L, colocar e centralizar o corpo-de-prova, com o banzo superior na sua posição normal, sendo então feita a leitura inicial da flecha. Quando for utilizado dispositivo de carregamento dotado de peso próprio, deve-se proceder à sua montagem, de forma que a carga seja aplicada no meio do vão, conforme Figura 1. Carregar gradualmente o corpo-de-prova, a uma velocidade menor ou igual a 20 N/s, até que se atinja o maior valor definido pelas fórmulas da Tabela 1. Quando o dispositivo de carga aplicar o seu peso próprio parcial ou integralmente sobre o corpo-de-prova, este deve ser considerado na determinação dos valores de F1 e F2. Durante o carregamento, quando não for utilizado um sistema contínuo de registro de leitura da flecha, devem ser feitas pelo menos dez leituras de flecha, adequadamente espaçadas, de forma a poder ser traçada uma curva carga/deslocamento. Devem ser realizadas leituras da flecha sempre que forem atingidos os valores definidos pelas fórmulas constantes na Tabela 1. L/2 L/2 Figura 1 — Posicionamento do corpo-de-prova sobre os elementos de reação e posição do carregamento para simular momento positivo Tabela 1 — Cálculo de F1 e F2 para momentos positivos Vãos contínuos Vão único Força aplicada Ação de CD Ação de P F1 0,625 q1 L - F2 0,60 q L 0,60 q1 L + 1,2 P NOTA 6.3.2 Momentos positivos Ação de CD Ação de P 0,325 q1 L 0,48 q L 0,45 q1 L + P As fórmulas desta Tabela já contemplam um coeficiente de majoração das cargas de 20 %. Plano normal – Força cortante Sobre os apoios do dispositivo de reação, afastados entre si de L, colocar e centralizar o corpo-de-prova, com o banzo superior na sua posição normal, sendo então feita a leitura inicial da flecha. Quando for utilizado dispositivo de carregamento dotado de peso próprio, deve-se proceder à sua montagem, de forma que a carga seja aplicada a 300 mm de um dos apoios, conforme Figura 2. Carregar gradualmente o corpo-de-prova, a uma velocidade menor ou igual a 20 N/s, até que se atinja o maior valor definido pelas fórmulas da Tabela 2. Quando o dispositivo de carga aplicar o seu peso próprio parcial ou integralmente sobre o corpo-de-prova, este deve ser considerado na determinação dos valores de F1 e F2. Durante o carregamento, quando não for utilizado um sistema contínuo de registro de leitura da flecha, devem ser feitas pelo menos dez leituras de flecha, adequadamente espaçadas, de forma a poder ser traçada uma curva carga/deslocamento. Devem ser realizadas leituras da flecha sempre que forem atingidos os valores definidos pelas fórmulas constantes na Tabela 2. 300 mm L Figura 2 — Posicionamento do corpo-de-prova sobre os elementos de reação e posição do carregamento para simular e força cortante Tabela 2 — Cálculo de F2 para forças cortantes Força Vão único Vãos contínuos aplicada Ação de CD Ação de P 0,6 q L F2 NOTA 6.3.3 0,6 q1 L α α Ação de CD 0,9q1 L + 1,2 P α α Ação de P 0,9 q1 L α + 1,2 P α As fórmulas desta Tabela contemplam um coeficiente de majoração das cargas de 20 %. Plano inverso – Momento negativo Sobre os apoios do dispositivo de reação, afastados entre si de L, colocar e centralizar o corpo-de-prova, com o banzo superior na sua posição inversa, sendo então feita a leitura inicial da flecha. Quando for utilizado dispositivo de carregamento dotado de peso próprio, deve-se proceder à sua montagem, de forma que a carga seja aplicada no meio do vão, conforme Figura 3. Carregar gradualmente o corpo-de-prova, a uma velocidade menor ou igual a 20 N/s, até que se atinja o maior valor definido pelas fórmulas da Tabela 3. Quando o dispositivo de carga aplicar o seu peso próprio parcial ou integralmente sobre o corpo-de-prova, este deve ser considerado na determinação dos valores de F1 e F2. Durante o carregamento, quando não for utilizado um sistema contínuo de registro de leitura da flecha, devem ser feitas pelo menos dez leituras de flecha, adequadamente espaçadas, de forma a poder ser traçada uma curva carga/deslocamento. Devem ser realizadas leituras da flecha sempre que forem atingidos os valores definidos pelas fórmulas constantes na Tabela 3. L/2 L/2 Figura 3 — Posicionamento do corpo-de-prova sobre os elementos de reação e posição do carregamento para simular momento negativo (plano inverso) Tabela 3 — Cálculo de F2 para momentos negativos Vãos contínuos Força aplicada Momentos negativos Ação de CD F1 - F2 NOTA 6.3.4 Ação de P 0,56 q L 0,54 q1 L + 0,84 P As fórmulas desta Tabela já contemplam um coeficiente de majoração das cargas de 20 %. Balanço – Momento negativo Sobre os apoios do dispositivo de reação, afastados entre si de 2LB, colocar e centralizar o corpo-de-prova, com o banzo superior na sua posição normal, sendo então feita a leitura inicial da flecha. Quando for utilizado dispositivo de carregamento dotado de peso próprio, deve-se proceder à sua montagem, de forma que a carga seja aplicada no meio do vão, conforme Figura 4. Carregar gradualmente o corpo-de-prova, a uma velocidade menor ou igual a 20 N/s, até que se atinja o maior valor definido pelas fórmulas da Tabela 4. Quando o dispositivo de carga aplicar o seu peso próprio parcial ou integralmente sobre o corpo-de-prova, este deve ser considerado na determinação dos valores de F1 e F2. Durante o carregamento, quando não for utilizado um sistema contínuo de registro de leitura da flecha, devem ser feitas pelo menos dez leituras de flecha, adequadamente espaçadas, de forma a poder ser traçada uma curva carga/deslocamento. Devem ser realizadas leituras da flecha sempre que forem atingidos os valores definidos pelas fórmulas constantes na Tabela 4. LB LB Figura 4 — Posicionamento do corpo-de-prova sobre os elementos de reação e posição do carregamento para simular momento negativo em balanço Tabela 4 — Cálculo de F1 e F2 para balanços Força aplicada Ação de CD Ação de P F1 0,75 q1 Lb - F2 1,5 q Lb 1,5 q1 Lb + 3 P NOTA 6.3.5 As fórmulas desta Tabela já contemplam um coeficiente de majoração das cargas de 50 %. Balanço – Força cortante Sobre os apoios do dispositivo de reação, afastados entre si de 2LB, colocar e centralizar o corpo-de-prova, com o banzo superior na sua posição normal, sendo então feita a leitura inicial da flecha. Quando for utilizado dispositivo de carregamento dotado de peso próprio, deve-se proceder à sua montagem, de forma que a carga seja aplicada a 300 mm de um dos apoios, conforme Figura 5. Carregar gradualmente o corpo-de-prova, a uma velocidade menor ou igual a 20 N/s, até que se atinja o maior valor definido pelas fórmulas da Tabela 5. Quando o dispositivo de carga aplicar o seu peso próprio parcial ou integralmente sobre o corpo-de-prova, este deve ser considerado na determinação dos valores de F1 e F2. Durante o carregamento, quando não for utilizado um sistema contínuo de registro de leitura da flecha, devem ser feitas pelo menos dez leituras de flecha, adequadamente espaçadas, de forma a poder ser traçada uma curva carga/deslocamento. Devem ser realizadas leituras da flecha sempre que forem atingidos os valores definidos pelas fórmulas constantes na Tabela 5. 300 mm 2LB Figura 5 — Posicionamento do corpo-de-prova sobre os elementos de reação e posição do carregamento para simular força cortante em balanço Tabela 5 — Cálculo de F2 para força cortante nos balanços Força aplicada F2 NOTA 7 Ação de CD Ação de P 1,5.q.L 1,5 q1 L αB αB + 1,5P As fórmulas desta Tabela contemplam um coeficiente de majoração das cargas de 50 %. Procedimento para leitura de medidas de flechas Registrar a leitura inicial (Lii) devido ao peso próprio do corpo-de-prova. Registrar a flecha devido à aplicação de F1 imediatamente (LF1). Registrar a flecha devido à aplicação de F2 (LF2). 8 Análise dos resultados Com base nos ensaios prescritos por esta Norma, pode-se estabelecer o desempenho geral da vigota pela execução de no mínimo seis ensaios, levados até o Estado Limite Último (ruptura), cada um com pelo menos dez leituras e intervalos de carga aproximadamente iguais a 10% da diferença entre o maior valor de F2 e o menor valor de F1, calculados conforme 6.3. Estabelecido o valor médio, devem ser descartados os valores dos exemplares que apresentarem, em relação a ele, variação de mais ou menos 10 %. Os exemplares restantes devem corresponder a pelo menos 75 % do total de exemplares ensaiados. Se esse percentual for menor, toda a amostra deve ser descartada, procedendo-se à nova coleta e ensaio. Se o percentual de exemplares restantes for igual ou maior que 75 %, os valores utilizados para fins de aceitação devem ser aqueles dentro do intervalo obtido no ensaio dos exemplares considerados no cálculo. 9 Critérios de aceitação O lote deve ser aceito para utilização quando: a) todos os exemplares apresentarem para o carregamento F1 flechas com valores menores que 5 mm para vãos até 1 500 mm ou flechas com valores menores que L/300 para vãos maiores que 1 500 mm; b) nenhum dos exemplares apresentar fissuração maior que o previsto, desagregação do concreto ou deformação visível na armadura metálica, até ser atingido o carregamento F2. No caso de não atendimento dos critérios de aceitação, o lote deve ser rejeitado. 10 Relatório do ensaio O relatório do ensaio deve apresentar as seguintes informações: a) referência a esta Norma; b) marca e nome do fabricante e unidade de produção; c) solicitante do ensaio; d) características do material ensaiado; e) data de fabricação informada pelo fabricante; f) identificação do lote pelo fabricante; g) data do ensaio; h) resultados individuais de cada ensaio (valores de F1 e F2 considerados e Li, LF1 e LF2); i) indicação da carga recomendada (opcional); j) distância entre os apoios; k) indicação de contraflecha (se houver). Anexo A (informativo) Equipamento e procedimentos de ajuste para ensaio de campo de vigotas de lajes treliçadas e pré-lajes treliçadas A.1 Generalidades O equipamento descrito neste anexo se destina à execução de ensaio de carga de trabalho correspondente a F1 ou F2, menores que 600 kg, em vigotas de lajes treliçadas e pré-lajes treliçadas, com dimensões comercialmente usuais. Para peças fora desse padrão, pode ser feita uma adaptação do equipamento, adequando-o às cargas e dimensões específicas. A.2 Descrição do equipamento O equipamento é composto de quatro elementos distintos: a) laje de reação: executada em concreto armado, plana (2 mm/m), com espessura mínima de 0,12 m, largura de 1,00 m e comprimento de 3,00 m, com dispositivo de fixação da torre de carga, composto por uma barra de 12,5 mm de diâmetro, dotada de rosca no segmento externo e fixada no centro geométrico da laje e também de dispositivo de fixação da barra vertical de medida de flecha, composto por um pino liso metálico de 12,5 mm de diâmetro, posicionado lateralmente a 0,20 m do outro dispositivo, conforme apresentado na Figura A.1. Os dois dispositivos de fixação devem se projetar pelo menos 40 mm para fora do plano da laje, de forma a garantir a adequada fixação dos equipamentos. No caso de aproveitamento de laje já existente, devem ser verificadas suas planicidade e resistência. Em casos específicos, pode ser ampliado o comprimento da laje. 1,50 m Ponto de fixação da barra vertical 0,20 m Ponto de fixação da torre de carga 1,00 m 0,50 m 3,00 m Figura A.1 — Medidas gerais da laje de reação, vista em planta b) cavaletes de apoio: executados com tubos metálicos de 20 mm de diâmetro e espessura igual ou maior que 3 mm, com capacidade de carga de no mínimo 400 kg por unidade, devem ter altura mínima de 1,10 mm e largura mínima de 0,40 m. Os cavaletes devem ser dotados de barra superior de apoio removível, com diâmetro de 25 mm, de forma a permitir a inserção do corpo-de-prova na posição inversa. As travessas de reforço devem estar dispostas de forma a não interferir com o posicionamento da torre de carga, quando da execução dos ensaios de força cortante. O seu modelo esquemático, sem escala, é apresentado na Figura A.2. Para cargas ou dimensões superiores, é necessária a adaptação das dimensões e bitolas dos tubos. Cavaletes de apoio (Modelo esquemático) Corpo-de-prova Barra removível Abas de apoio 0,30 m 1,10 m 0,60 m Vista lateral 0,40 m Vista frontal Figura A.2 — Modelo esquemático do cavalete de apoio c) torre de carga: dispositivo de carregamento controlado, composto por uma garra tensionadora, conectada em série a uma barra ajustável, um dinamômetro e um macaco tipo sanfona. Todo esse conjunto está fixado a uma estrutura metálica, denominada carcaça, que é fixada à barra metálica da laje de reação. Seu esquema é apresentado na Figura A.3. Torre de carga (Modelo esquemático) Corpo-de-prova Garra tensionadora Barra ajustável Dinamômetro analógico Macaco de tração Carcaça da torre Dispositivo de fixação Laje de reação Figura A.3 — Modelo esquemático do conjunto tensionador ou torre de carga A garra tensionadora, em forma de U possui um pino removível, com 25 mm de diâmetro, que aplica diretamente a carga de flexão ou cisalhamento no corpo-de-prova. O elemento de força da torre é um macaco sanfona, que funciona no seu modo inverso, tracionando todo o conjunto; pode ser substituído por um cilindro hidráulico, quando se deseja gerar cargas mais elevadas que o previsto para este dispositivo. Do mesmo modo, o dinamômetro, conectado em série ao macaco e à garra tensionadora, pode ser substituído por uma célula de carga ou um anel dinamométrico, conforme a conveniência. Na parte inferior da torre de carga tem-se o suporte metálico que permite a fixação da torre à laje de reação. d) barra vertical: destinada à fixação de relógio comparador. Consiste em um tubo metálico, com diâmetro interno de 12,5 mm, paredes com espessura mínima de 1,5 mm e comprimento de pelo menos 1,50 m, onde deve ser fixado o relógio comparador para medida de flecha. A barra vertical deve ser encaixada no pino correspondente da laje de reação. A.3 Uso do equipamento Com a torre de carga fixada à laje de reação, posicionar os cavaletes, tomando-se como referência o eixo do pino removível da garra tensionadora, em relação ao eixo das barras removíveis dos cavaletes. Tomar as devidas precauções para a verificação da distância entre cavaletes e entre estes e o pino da garra tensionadora, cujas medidas apresentam variações para cada tipo de ensaio. Posicionar o corpo-de-prova, na sua posição normal ou inversa, sobre os apoios e dentro da garra tensionadora, ajustando a sua altura com o auxílio da barra ajustável e do macaco, que deve estar na sua posição distendida. Inserir o pino removível e proceder ao último ajuste com o macaco, encostando o pino no corpo-de-prova, sem que o dinamômetro assinale carga sobre a vigota. Com a barra vertical em posição, ajustar o relógio comparador a ela fixado sobre o pino da garra tensionadora e proceder à leitura inicial. O relógio pode ser fixado à barra com suporte magnético, garra ou outro dispositivo que não permita a sua movimentação durante o ensaio. Acionar o macaco e proceder à execução do ensaio conforme previsto na Seção 6.