DA GRADUAÇÃO EM ARQUIVOLOGIA
AO MESTRADO E DOUTORADO
Zeny Duarte
Professora e Coordenadora do
Programa de Pós-Graduação em Ciência da
Informação - Ufba
 Refletir sobre a preparação de um profissional
arquivista capaz produzir e difundir conhecimentos e
buscar o aprimoramento constante através da
educação continuada em cursos de mestrado e
doutorado.
 Formação arquivística, a graduação e perspectivas de
educação continuada
 Arquivo & Administração, v.9, n.3, de dezembro de
1981, de Astréa de Moraes e Castro
 O Brasil está começando muito tarde e os novos profissionais
terão que recuperar o tempo perdido. Esperamos deles um
milagre brasileiro. Os cursos estão sendo implantados com
muito idealismo e com muita garra. Santa Maria é um belo
exemplo. Mas temos consciência de que, esperando o milagre por
parte dos primeiros arquivistas, comprometemo-nos a lhes dar
uma atenção muito especial e cuidadosa. Estágios mais longos
deverão ser proporcionados em arquivos, mesmo que, para isto
tenham que se locomover para o Rio ou Brasília. Convénios vão
ser necessários com a Fundação Getúlio Vargas e o Arquivo
Nacional, no Rio; Câmara dos Deputados, Divisão de PréArquivo e Seplan, em Brasília, para exemplificar. Posteriormente,
esses primeiros profissionais, voltando à sua região de origem,
deverão atender à formação de outras turmas, organizando os
arquivos e usando-os como laboratório. (CASTRO, 1981,p.29)
 Retrospectiva: o curso de arquivologia da Bahia
 Em 1971, a disciplina arquivística
 O curso de graduação em arquivologia foi idealizado
pela professora Maria José Rabello de Freitas, em 1972.
Em 1974, por falta de recursos, esse projeto foi
arquivado. Em 1979, o Departamento de
Biblioteconomia da ex-Escola de Biblioteconomia e
Documentação compôs uma "Comissão para Criação e
Implantação do Curso Superior de Arquivologia".
 Seminários para a formação do curso de arquivologia
 O primeiro seminário aconteceu em 1982
 O segundo seminário, em 1986
 O documento final do seminário em 1986, registrou a
necessidade de prosseguir com o projeto de criação do
curso superior de arquivologia
 Os esforços e estudos desenvolvidos contribuíram para
o amadurecimento da questão, concluindo-se que sua
realização deveria ser a nível de especilização,
objetivando formar profissionais com capacitação
docente na área de arquivologia, entre outros
objetivos, surgindo assim o projeto do curso de
especialização em arquivologia. (FREITAS,1990)
 Em 1988, a Ufba disponibilizou seleção para o primeiro
curso do Norte e Nordeste de Pós-Graduação latosensu em arquivologia
 Em 1990, a Associação dos Arquivistas Brasileiros
promoveu, em Salvador, o VIII Congresso Brasileiro de
Arquivologia, evento realizado em parceria com a
EBD/UFBA, através do Curso de Especialização em
Arquivologia
 Dicionário de termos arquivísticos: subsídios para uma
terminologia arquivística brasileira, publicação da
Fundação Alemã para o Desenvolvimento
Internacional em parceria com a EBD/Ufba
 Em 1991, foi publicada a segunda edição desse
dicionário
 O curso de especialização em arquivologia
proporcionou a retomada, com mais determinação, do
projeto de criação da graduação em arquivologia. A
idéia era empenhar-se para formar profissionais com
capacidade de assumir a docência de disciplinas na
área.
 No primeiro vestibular realizado em 1997 foram
selecionados 30 (trinta) candidatos para as vagas
oferecidas do curso de arquivologia da Ufba
 Visão geral, evolução e tendências do PPGCI / Ufba
 O mestrado em informação estratégica, num processo
compatível com a atual proposta Minter da Capes, em
convênio com a Universidade de Brasília (UnB),
alcançando a pós-graduação strictu sensu.
 O mestrado é iniciado com a participação de docentes
doutores da UnB e alguns poucos doutores de outras
unidades de ensino da Ufba
 Em 2001, o mestrado em ciência da informação foi
recomendado pela Capes
 Atualmente o PPGCI / Ufba apresenta-se avaliado pela
Capes com o conceito 4
 o PPGCI / Ufba, numa amplitude renovada de estudos,
atinge o auge da interdisciplinaridade perscrutada em
marcos na área e na cooperação entre instituições e
países, a exemplo Medinfor e do ABM
 Outros eventos
 SBA
 Reparq
 Cinform
 Medinfor
 ABM
 A ciência da informação é uma área recente, ainda em
estágio de formação de seus pesquisadores
 No PPGCI / Ufba – Aprovado pela Capes em dezembro
de 2010, o doutorado foi implementado no segundo
semestre de 2011
 Em agosto de 2011, o PPGCI / Ufba titulou o centésimo
mestre e, em agosto de 2012, foram defendidas mais
quatorze dissertações, em agosto de 2013, mais treze
disssertações, somando um total de cento e vinte e
sete mestres
 Inserção dos graduados em arquivologia no mestrado e
doutorado do PPGCI / Ufba
 Um número muito reduzido de ingressos de
arquivistas nas seleções de mestrado e doutorado em
ciência da informação
 Área de concentração:
 Informação e Conhecimento na Sociedade
Contemporânea
 Ementa: Estudos teóricos e aplicados sobre o
fenômeno informacional enquanto elemento
propulsor do desenvolvimento socioeconômico e
cultural da nação. Situada no domínio epistêmico dos
estudos sociais da informação, do documento e das
tecnologias intelectuais.
 Linha de pesquisa
 Políticas e tecnologias da informação
 Ementa: Estudos teóricos e aplicados sobre a infraestrutura
e políticas de acesso e controle da informação, do
documento e das tecnologias intelectuais. Contempla a
identificação e o monitoramento de necessidades, assim
como a avaliação de padrões de funcionamento e gestão de
redes e sistemas de informação. Abrange pesquisas sobre
identidade e memória cultural, incluindo o exame de
metodologias e estratégias de preservação documental.
Envolve ainda o estudo das tendências e dos indicadores de
produção e comunicação científica.
 Linha de pesquisa
 Produção, circulação e mediação da informação
 Ementa: Estudos teóricos e aplicados sobre produção,
disseminação, transferência, mediação e apreensão da
informação em vários contextos. Contempla os ciclos,
processos, fluxos, hábitos e comportamentos
informacionais em diferentes meios e ambientes, incluindo
leitura e escrita, com enfoque na circulação da informação,
recepção e produção de sentidos. Abrange estudos e
pesquisas das redes sociais e humanas na produção,
intercâmbio e uso de informação. Envolve também a
análise de competências informacionais e de programas de
letramento e inclusão digital, comportamentos e hábitos
informacionais.
 Os PPGCIs
 Missão no ensino, pesquisa, extensão e inovação
contemplando a graduação.
 Participação de graduandos como bolsistas ou
voluntários nesses grupos amplia o nível de
conhecimento teórico, epistemológico e científico e
estimula o estudante, após conclusão do curso, a
prosseguir em estudos de pós-graduação
 Referências
DUARTE, Zeny; CARVALHO, Gilda. Arquivologia da
Universidade Federal da Bahia: construindo um projeto
pedagógico. In: Integrar. Anais... São Paulo: Associação de
Arquivistas de São Paulo.
CASTRO, Astréa de Moraes e. Formação arquivística. Arq. &
Adm., Rio de Janeiro, 9 (3): 20-28, set./dez. 1981.
FREITAS, Maria José Rabello de. Curso de Especialização
em Arquivologia; relatório final. Salvador, Escola de
Biblioteconomia e Documentação, 1990. 105p
MUITO OBRIGADA
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