(Tradução livre do original em inglês) Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de dezembro de 2000 e 1999 e dos três exercícios do período findo em 31 de dezembro de 2000 e parecer dos auditores independentes Índice às Demonstrações Financeiras Consolidadas Parecer dos auditores independentes Balanço patrimonial consolidado Demonstração consolidada do resultado Demonstração consolidada dos fluxos de caixa Demonstração consolidada das mutações das contas do patrimônio líquido Notas explicativas às demonstrações financeiras Página F-2 F-3 F-6 F-8 F-11 F-16 (Tradução livre do original em inglês) Relatório dos Auditores Independentes 29 de janeiro de 2001, exceto as Notas 1 (b) (vii) e 21 datadas de 15 de fevereiro de 2001 e 27 de abril de 2001, respectivamente. Aos Administradores e Acionistas Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Somos de parecer, baseados em nossos exames e relatórios de outros auditores, que os balanços patrimoniais consolidados e as correspondentes demonstrações do resultado consolidadas, dos fluxos de caixa e das mutações do patrimônio líquido apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Companhia de Bebidas das Américas - AmBev e suas controladas em 31 de dezembro de 2000 e 1999 e as demonstrações do resultado de suas operações e fluxos de caixa para cada um dos três exercícios do período findo em 31 de dezembro de 2000, de acordo com as normas de auditoria geralmente aceitas nos Estados Unidos da América. Estas demonstrações financeiras foram elaboradas sob a responsabilidade da administração da companhia. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre estas demonstrações financeiras. Não examinamos as demonstrações financeiras da Companhia Antarctica Paulista - Indústria Brasileira de Bebidas e Conexos ("Antarctica"), uma subsidiária integral contabilizada pelo método de equivalência patrimonial, em 31 de dezembro de 1999 e no período de 1o. de julho a 31 de dezembro de 1999. O balanço patrimonial consolidado da Companhia reflete o investimento na Antarctica no montante de US$ 24.482 mil em 31 de dezembro de 1999 e as demonstrações consolidadas do resultado no exercício findo nessa data inclui um ajuste de equivalência patrimonial para prejuízos na Antarctica de US$ 179.116 mil. As demonstrações financeiras da Antarctica foram auditadas por outros auditores e seus relatórios foram fornecidos a nós, e nosso parecer, no que se relaciona aos montantes incluídos para a Antarctica estão baseados somente no relatório dos outros auditores. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria geralmente aceitas nos Estados Unidos da América. Essas normas requerem que o planejamento e a execução dos exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os aspectos relevantes. Uma auditoria inclui o exame com base em testes das evidências que corroboram os valores e as informações divulgados nas demonstrações financeiras. Uma auditoria também inclui a avaliação dos princípios contábeis utilizados e das estimativas significativas adotadas pela administração da Companhia, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Acreditamos que nossos exames proporcionam uma base adequada para emissão de nosso parecer. PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes São Paulo, Brasil F-2 G:\DEZ\AMBEVPOR.DOC Companhia de Bebidas das Américas - AmBev (Tradução livre do original em inglês) Balanço patrimonial consolidado Em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto pelo número de ações 31 de dezembro Ativo 2000 Circulante Caixa e equivalentes a caixa Fundação Zerrenner - caixa restrito Títulos e valores mobiliários Contas a receber de clientes, líquidas Adiantamentos a distribuidores e fornecedores Impostos sobre vendas e imposto de renda a recuperar Estoques Despesas antecipadas Imposto de renda diferido Outros Investimentos Investimento na Antarctica (Nota 1 (b)(iv)) Investimento em coligadas Outros Ágio e ativos intangíveis, líquido Imobilizado, líquido Outros ativos Contas a receber de coligadas Despesas antecipadas Imposto de renda diferido (Nota 6) Impostos sobre vendas a recuperar Fundação Assistencial da Brahma - ativos vinculados Custos de pensão pagos antecipadamente Depósitos judiciais Investimento em incentivos fiscais Ativos destinados à venda Outros F-3 G:\DEZ\AMBEVPOR.DOC 1999 (reclassificado) (Nota 1(b)(v)) US$ 281.854 34.651 231.608 359.530 3.868 116.178 301.844 18.005 10.104 55.639 US$ 772.286 1.413.281 1.447.515 26.879 9.950 24.482 22.003 5.840 36.829 52.325 270.673 54.034 1.472.545 1.022.786 47.730 18.312 531.054 20.748 84.026 157.145 159.148 3.750 97.375 210.460 9.168 7.367 30.816 62.603 19.796 51.386 32.931 23.933 32.578 23.507 21.663 23.892 21.242 7.386 29.520 778.468 273.839 US$ 3.971.796 US$ 2.850.499 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Balanço patrimonial consolidado Em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto pelo número de ações (continuação) 31 de dezembro Passivo e patrimônio líquido 2000 Circulante Fornecedores Salários, participações e encargos sociais Impostos sobre vendas Financiamentos a curto prazo Parcela circulante de financiamentos a longo prazo Juros sobre o capital próprio, antes dos impostos Outros Exigível a longo prazo Financiamentos a longo prazo Provisões para contingências Diferimento de impostos sobre vendas e outros créditos fiscais Provisão para benefícios pós-aposentadoria Outros Acionistas minoritários Compromissos e contingências (Nota 18) F-4 1999 (reclassificado) (Nota 1(b)(v)) US$ 293.817 59.016 253.350 416.206 201.932 72.060 69.685 US$ 173.733 48.156 130.724 347.184 227.185 52.727 55.009 1.366.066 1.034.718 405.129 310.979 308.391 61.041 29.845 465.855 163.309 296.742 1.115.385 958.507 222.449 20.383 32.601 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Balanço patrimonial consolidado Em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto pelo número de ações (continuação) 31 de dezembro 2000 Patrimônio líquido Ações preferenciais - (22.669.744 mil emitidas em 31 de dezembro de 2000; 31 de dezembro de 1999 - 21.790.073 mil) Ações ordinárias - (15.976.336 mil emitidas em 31 de dezembro de 2000; 31 de dezembro de 1999 - 16.012.476 mil) Ações preferenciais em tesouraria Ações ordinárias em tesouraria Ações preferenciais em tesouraria - Fundação Zerrenner (1999 - Fundação Assistencial Brahma) Ações ordinárias em tesouraria - Fundação Zerrenner (1999 - Fundação Assistencial Brahma) Reservas de capital excedente Adiantamentos a funcionários para compra de ações Lucros abrangentes acumulados Lucros acumulados não destinados Ajustes cumulativos de conversão US$ 475.714 1999 (reclassificado) (Nota 1(b)(v)) US$ 446.191 156.344 (1.229) (5.381) 482.181 (1.229) (2.926) (67.465) (9.523) (449.125) 525.776 (84.460) 12.023 1.366.335 (660.636) (32.477) (49.770) 89.449 457.933 (542.938) 1.267.896 836.891 US$ 3.971.796 US$ 2.850.499 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas. F-5 G:\DEZ\AMBEVPOR.DOC Companhia de Bebidas das Américas - AmBev (Tradução livre do original em inglês) Demonstração consolidada do resultado Em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto pelo número de ações Exercícios findos em 31 de dezembro 2000 Receita bruta, líquida de descontos, devoluções e abatimentos ICMS e IPI Receita de vendas, líquida Custo das vendas 1999 (reclassificado) (Nota 1(b)(v)) 1998 (reclassificado) US$ 5.671.415 (3.036.179) US$ 3.689.885 (1.913.942) US$ 5.933.040 (3.263.702) 2.635.236 (1.444.838) 1.775.943 (1.076.276) 2.669.338 (1.608.340) 1.190.398 Lucro bruto Despesas com vendas e marketing Despesas gerais e administrativas Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas Lucro operacional Receitas (despesas) não operacionais Receitas financeiras Despesas financeiras Outras (despesas) receitas, líquidas Lucro antes do imposto de renda e contribuição social, equivalência patrimonial em coligadas e participação dos acionistas minoritários Benefício (despesas) de imposto de renda Circulante Diferido 699.667 1.060.998 (384.367) (313.059) (58.169) (263.839) (200.348) (51.341) (573.759) (281.326) 3.476 434.803 184.139 209.389 164.315 (310.212) (901) 364.829 (442.245) (8.448) 198.636 (289.504) 14.994 288.005 98.275 133.515 (102.037) 489.277 37.986 3.402 90.526 2.170 387.240 41.388 92.696 Lucro antes da equivalência patrimonial em coligadas e da participação dos acionistas minoritários 675.245 139.663 226.211 Resultado da equivalência patrimonial em coligadas 11.678 5.404 2.962 Resultado da equivalência patrimonial (prejuízo) da Antarctica (Nota 1 (b(ii)) Participação dos acionistas minoritários Lucro líquido (prejuízo) Lucro líquido (prejuízo) aplicável a cada classe de ações Preferenciais Ordinárias Lucro líquido (prejuízo) F-6 (49.879) (14.202) (179.116) 3.498 9.404 US$ 622.842 US$ (30.551) US$ 238.577 391.267 231.575 (19.529) (11.022) 158.920 79.657 US$ 622.842 US$ (30.551) US$ 238.577 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Demonstração consolidada do resultado Em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto pelo número de ações (continuação) Exercícios findos em 31 de dezembro Lucro (prejuízo) por mil ações da AmBev Básico Ações preferenciais Ações ordinárias Diluído Ações preferenciais Ações ordinárias 2000 e 1999 - Média ponderada de ações em circulação da AmBev (em milhares); 1998 - média ponderada das ações em circulação da Brahma (em milhares) Básico Ações preferenciais Ações ordinárias Diluído Ações preferenciais Ações ordinárias 2000 1999 (reclassificado) (Nota 1(b)(v)) 1998 (reclassificado) US$ 17,85 16,23 US$ (0,92 ) (0,92 ) US$ 7,32 6,65 17,18 15,62 (0,88 ) (0,88 ) 6,94 6,31 21.919.724 14.265.323 21.173.565 11.949.367 21.733.635 11.983.100 23.090.525 14.475.271 22.384.145 12.206.392 23.058.784 12.433.243 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas. F-7 G:\DEZ\AMBEVPOR.DOC Companhia de Bebidas das Américas - AmBev (Tradução livre do original em inglês) Demonstração consolidada dos fluxos de caixa Em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto pelo número de ações Exercícios findos em 31 de dezembro 2000 1999 (reclassificado) (Nota 1(b)(v)) Lucro líquido (prejuízo) Ajustes para conciliação do lucro líquido (prejuízo) com a geração de caixa de atividades operacionais Plano de aquisição de ações Depreciação Amortização de ágio e ativos intangíveis Despesa de variação cambial sobre financiamentos Ganho na venda de ativos imobilizados, líquido Provisão para perda em ativos imobilizados mantidos e usados Resultado na equivalência patrimonial em coligadas Resultado da equivalência patrimonial da Antarctica Diferimento de impostos sobre vendas Benefício de imposto de renda diferido Participação dos acionistas minoritários Outros (Aumento) diminuição nos ativos Títulos e valores mobiliários Contas a receber de clientes Adiantamentos a distribuidores e fornecedores Impostos sobre vendas e imposto de renda a recuperar Estoques Despesas antecipadas Contas a receber de coligadas Outros Aumento (diminuição) nos passivos Fornecedores Salários, participações e encargos sociais Imposto de renda e contribuição social Impostos sobre vendas Provisão para benefícios pós-aposentadoria Provisões para contingências, líquido de depósitos judiciais Outros US$ 622.842 US$ (30.551) Geração de caixa de atividades operacionais US$ 514.832 1998 (reclassificado) Fluxos de caixa de atividades operacionais F-8 5.496 243.358 14.815 62.067 4.593 228.690 6.213 238.515 US$ 238.577 4.512 254.628 8.726 83.400 (19.217) (5.323) 20.913 (11.678) 49.879 27.689 (489.277) 14.202 7.004 3.121 (5.404) 179.116 65.252 (3.402) (3.498) (14.032) 145.489 (2.170) (9.404) (951) (76.082) (157.793) (37.139) 13.895 (2.724) 5.719 31.156 (19) (12.638) 15.982 (6.821) (31.950) 13.149 2.656 (35.618) (50.286) (45.451) 9.804 (10.978) (23.548) 5.518 (1.024) (34.428) 8.452 101.722 874 603 94.919 (100.568) 135.625 (43.449) 26.679 (274) 7.273 22.134 (14.404) (70.327) 16.004 (8.547) (98.854) 50.989 US$ 621.033 (10.036) (2.962) (8.554) US$ 477.004 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Demonstração consolidada dos fluxos de caixa Em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto pelo número de ações (continuação) Exercícios findos em 31 de dezembro 2000 Fluxos de caixa de atividades de investimento Investimentos em coligadas Outros investimentos Imobilizado Valor de alienação de ativo imobilizado Ativos intangíveis Valor da alienação dos ativos intangíveis Dividendos recebidos de empresas coligadas Participação dos acionistas minoritários e dividendos de controladas (pagos) Pagamento pela compra de controlada, líquido de caixa adquirido US$ (13.522) 24 (145.666) 79.251 (10.339) 31.164 6.090 (782) US$ (345) (108.451) 29.097 (3.628) 1998 (reclassificado) US$ (4.621) 357 (249.105) 83.870 (3.452) 3.983 2.716 6.798 (48.423) Caixa líquido usado em atividades de investimento Fluxos de caixa de atividades financeiras Empréstimos com vencimentos originais menores que 90 dias, líquidos Financiamentos a curto prazo Captações Pagamentos Financiamentos a longo prazo Captações Pagamentos Integralização e contribuição de capital Recompra de ações em tesouraria Aumento de capital da participação dos acionistas minoritários em controladas Devolução de capital Dividendos e juros sobre o capital próprio pagos Caixa líquido utilizado em atividades financeiras F-9 G:\DEZ\AMBEVPOR.DOC 1999 (reclassificado) (Nota 1(b)(v)) US$ (53.780) US$ (76.628) US$ (214.576) US$ (35.350) US$ (1.684) US$ 41.902 157.374 (608.926) 87.888 (170.796) 14.172 (69.884) 133.216 (505.463) 52.544 (8.306) 134.049 (235.785) 8.607 (6.377) 251.863 (165.503) 41.046 (137.638) 13.841 (61.105) (87.980) (97.299) (104.450) US$ (950.155) US$ (281.397) US$ (128.492) Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Demonstração consolidada dos fluxos de caixa Em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto pelo número de ações (continuação) Exercícios findos em 31 de dezembro 2000 Efeito de variações da taxa de câmbio no saldo do caixa (19.221) Aumento (redução) líquido de caixa e equivalentes a caixa Caixa e equivalentes a caixa no início do exercício US$ (508.324) Caixa e equivalentes a caixa no fim do exercício 1998 (reclassificado) (213.972) (68.120) US$ 49.036 US$ 65.816 723.250 657.434 US$ 281.854 US$ 772.286 US$ 723.250 US$ 145.232 US$ 31.759 US$ 137.825 US$ 9.911 US$ 147.670 US$ 23.357 US$ 12.126 US$ 281.118 US$ 24.482 US$ 3.575 772.286 Caixa da Antarctica na consolidação em 1o. de abril de 2000 1999 (reclassificado) (Nota 1(b)(v)) 17.892 Informações suplementares ao fluxo de caixa Pagamentos durante o exercício Juros, líquidos de juros capitalizados Impostos sobre a renda Informações suplementares de atividades de investimentos e de financiamento sem utilização de caixa - compra da Antarctica Preço pago pela Antarctica Investimento na Antarctica Contribuição de capital - Fundação Zerrenner As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas. F - 10 (Tradução livre do original em inglês) Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Demonstração consolidada das mutações das contas do patrimônio líquido Em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto pelo número de ações Exercícios findos em 31 de dezembro 2000 No fim do exercício Ações ordinárias No início do exercício Exercício de opções de compra Cancelamento de ações Conversão dos acionistas controladores da Antarctica Conversão da Antarctica em 15 de setembro de 1999 Redução de capital em 17 de janeiro de 2000 28 de abril de 2000 22 de setembro de 2000 Devolução de capital em 23 de março de 2000 30 de novembro de 2000 No fim do exercício US$ Ações (reclassificado) (Nota 1(b)(v)) US$ (reclassificado ) (Nota 1(b)(v) ) Ações 21.790.073.260 879.671.145 US$ 446.191 61.868 23.074.741.875 196.635.920 (1.821.855.000) US$ 427.906 11.169 (33.785 ) 22.618.568.520 456.173.355 US$ 397.020 30.886 267.843.425 32.132 72.707.040 8.769 US$ (reclassificado ) (8.607) (6.747) (11.468 ) (974 ) (4.549) 22.669.744.405 US$ 475.714 21.790.073.260 US$ 446.191 23.074.741.875 US$ 427.906 16.012.476.195 US$ 482.181 13.337.282.340 US$ 244.516 13.531.872.340 97.875.000 (292.465.000) US$ 239.718 10.160 (5.362 ) 13.337.282.340 US$ 244.516 (36.140.000) (539 ) (158.885.000) (2.552 ) 2.317.676.355 195.430 516.402.500 44.787 16.012.476.195 US$ 482.181 (86.552 ) (67.832 ) (115.332) (9.805) (45.777 ) 15.976.336.195 US$ 156.344 F - 11 G:\DEZ\AMBEVPOR.DOC 1998 Ações Capital social Ações preferenciais No início do exercício Exercício de opções de compra Cancelamento de ações Conversão dos acionistas controladores da Antarctica Conversão da Antarctica em 15 de setembro de 1999 Redução de capital em 17 de janeiro de 2000 28 de abril de 2000 22 de setembro de 2000 Devolução de capital em 23 de março de 2000 30 de novembro de 2000 1999 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Demonstração consolidada das mutações das contas do patrimônio líquido Em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto pelo número de ações (continuação) Exercícios findos em 31 de dezembro 2000 Ações Ações em tesouraria Ações preferenciais No início do exercício Recompra de ações Cancelamento de ações US$ 1999 Ações (reclassificado) (Nota 1(b)(v)) US$ (reclassificado) (Nota 1(b)(v)) 1998 Ações US$ (reclassificado ) (53.726.500) US$ (1.229 ) (1.864.371.500 ) (11.210.000 ) 1.821.855.000 US$ (204.646) (978 ) 204.395 (826.691.500) (1.037.680.000) US$ (98.701 ) (105.945 ) No fim do exercício (53.726.500) US$ (1.229 ) (53.726.500 ) US$ (1.229) (1.864.371.500) US$ (204.646 ) Ações ordinárias No início do exercício Recompra de ações Cancelamento de ações (36.140.000) (26.289.000) 36.140.000 US$ (2.926 ) (5.381 ) 2.926 (158.885.000 ) (36.140.000 ) 158.885.000 US$ (17.750) (2.926) 17.750 (206.320.000) (245.030.000) 292.465.000 US$ (25.076 ) (28.313 ) 35.639 No fim do exercício (26.289.000) US$ (5.381 ) (36.140.000 ) US$ 2.926) (158.885.000) US$ (17.750 ) (171.052.200) (31.271.040) US$ (9.523) (2.925) (153.496.520) (17.555.680) US$ (6.384) (928) (100.015.745) (53.480.775) US$ (3.004 ) (3.380 ) (269.343.425) (55.017 ) (471.666.665) US$ (67.465) (171.052.200) US$ (7.312) (153.496.520) US$ (6.384 ) (1.323.696.770) US$ (32.477) (1.304.446.770) (19.250.000) US$ (33.144) (1.544) (1.304.446.770) US$ (33.144 ) (2.297.608.640) (416.648 ) (3.621.305.410) US$ (449.125) (1.323.696.770) US$ (34.688) (1.304.446.770) US$ (33.144 ) (525.393.165) US$ (68.694) (224.778.700) US$ (8.541) (2.017.868.020) US$ (211.030 ) (3.647.594.410) US$ (454.506) (1.359.836.770) US$ (37.614) (1.463.331.770) US$ (50.894 ) Ações em tesouraria da AmBev mantidas pela Fundação Zerrenner (1999/1998 Fundação Assistencial Brahma Nota 17(d) (e) e 2(m)) Ações preferenciais da AmBev No início do exercício Compra de ações Consolidação da Fundação Zerrenner No fim do exercício Ações ordinárias No início do exercício Compra de ações Consolidação da Fundação Zerrenner No fim do exercício Total de ações em tesouraria Preferenciais Ordinárias F - 12 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Demonstração consolidada das mutações das contas do patrimônio líquido Em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto pelo número de ações (continuação) Exercícios findos em 31 de dezembro 2000 Reservas de capital excedente 1999 (reclassificado) 1998 (reclassificado) (Nota 1(b)(v)) Bônus de subscrição de ações (emitidos, líquidos dos exercidos) (Nota 16 (a)(v)) Ações preferenciais Ações ordinárias Opções de compra de ações por empregados (Note 16(i)) Ações preferenciais No início do exercício Opções emitidas, deduzidas das exercidas No fim do exercício Ações ordinárias No início do exercício Opções emitidas, deduzidas das exercidas US$ 13.393 7.218 US$ 13.393 7.218 US$ 13.393 7.218 20.611 20.611 20.611 25.937 (10.003) 13.588 12.349 10.065 3.523 15.934 25.937 13.588 5.513 (5.513) 4.524 989 No fim do exercício 5.513 Outras reservas de capital excedente (Nota 16 (b)) No início do exercício Capitalização de lucros acumulados não destinados Capitalização de despesas incorridas em nome de acionistas Consolidação da Fundação Zerrenner (Nota 2(m)) Transferência (para) de lucros acumulados não destinados No fim do exercício Cancelamento de ações em tesouraria No início do exercício Cancelamentos No fim do exercício Total da reserva de capital 256.734 12.126 526.040 3.575 91.265 534 175.397 164.935 973.872 435.706 256.734 (482.254 ) (2.387 ) (296.446) (185.808) (266.168) (30.278) (484.641 ) (482.254) (296.446) US$ 525.776 F - 13 G:\DEZ\AMBEVPOR.DOC 435.706 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Demonstração consolidada das mutações das contas do patrimônio líquido Em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado (continuação) Exercícios findos em 31 de dezembro 2000 1999 (reclassificado) 1998 (reclassificado) (Nota 1(b)(v)) Adiantamentos a funcionários para compra de ações No início do exercício Perdas cambiais sobre os adiantamentos Adiantamentos, líquidos de recebimentos US$ (49.770 ) 4.235 (38.925 ) US$ (63.568) 20.620 (6.822) US$ (48.480) No fim do exercício US$ (84.460 ) US$ (49.770) US$ (63.568) US$ 76.679 (64.656 ) US$ 100.160 (23.481) US$ 93.701 6.459 (15.088) Lucros acumulados destinados Reserva legal No início do exercício Transferência (de) (para) lucros acumulados não destinados No fim do exercício Reserva de incentivo fiscal No início do exercício Transferência de (para) lucros acumulados não destinados 12.023 76.679 100.160 12.770 (12.770 ) 18.901 (6.131) 18.696 205 12.770 18.901 No fim do exercício Juros sobre capital próprio No início do exercício Transferência para lucros acumulados não destinados 40.628 (40.628) No fim do exercício Total de lucros acumulados destinados US$ 12.023 F - 14 US$ 89.449 US$ 119.061 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Demonstração consolidada das mutações das contas do patrimônio líquido Em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto pelo número de ações (continuação) 2000 1999 (reclassificado) 1998 (reclassificado) (Nota 1(b)(v)) Lucros acumulados não destinados No início do exercício Lucro líquido (prejuízo) Distribuições declaradas (por lote de mil ações) Dividendos Ações preferenciais - (1998 - US$ 0,47) Ações ordinárias - (1998 - US$ 0,43) Juros sobre capital próprio Ações preferenciais - (2000: US$ 2,52; 1999 - US$ 3,44; 1998 - US$ 5,08) Ações ordinárias - (2000: US$ 2,29; 1999 - US$ 3,13; 1998 - US$ 4,61) Transferência seguida de redução de capital Transferência de lucros acumulados destinados Transferência para reserva de capital excedente US$ 457.933 622.842 US$ 744.563 (30.551) US$ 818.540 238.577 (15.440) (88.404) 296.538 77.426 Total de lucros acumulados não destinados US$ 1.366.335 (110.294) (165.609) 29.612 (175.397) 33.964 (165.469) US$ 457.933 US$ 744.563 Ajustes cumulativos de conversão No início do exercício Passivo tributário diferido (Nota 2(b)) Prejuízo líquido na conversão do exercício US$ (542.938) US$ (110.145) (117.698) (432.793) US$ (8.016) (102.129) No fim do exercício US$ (660.636) US$ (542.938) US$ (110.145) US$ 1.267.896 Total do patrimônio líquido US$ 836.891 US$ 1.100.409 Lucro (prejuízo) abrangente do exercício Lucro líquido (prejuízo) Ajustes cumulativos de conversão US$ 622.842 (117.698) US$ (30.551) (432.793) US$ 238.577 (110.145) Lucro abrangente (prejuízo) US$ 505.144 US$ (463.344) US$ 128.432 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas. F - 15 G:\DEZ\AMBEVPOR.DOC (Tradução livre do original em inglês) Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado 1 Atividades operacionais (a) Negócios A Companhia de Bebidas das Américas ("AmBev" ou "nós") é uma sociedade anônima de capital aberto, com sede no Brasil. Juntamente com nossas controladas, incluindo a Companhia Cervejaria Brahma ("Brahma") e a Companhia Antarctica Paulista - Indústria Brasileira de Bebidas e Conexos ("Antarctica"), produzimos, distribuímos e vendemos cerveja, refrigerantes e outras bebidas não-carbonadas, tais como bebidas isotônicas, sucos de frutas, chás e águas minerais, no Brasil e em outros países da América do Sul. Em 1o. de julho de 1999, os acionistas controladores da Brahma e da Antarctica anunciaram uma combinação de negócios, envolvendo a formação da AmBev, uma holding na qual investimos ações da Brahma e da Antarctica. A combinação da Brahma, a predecessora da AmBev para fins contábeis, e da Antarctica foi registrada contabilmente utilizando-se o método de compra. O término da combinação exigiu a aprovação de autoridades brasileiras antitruste; restrições provisórias impostas pelo órgão regulador antitruste não permitiram a consolidação da Antarctica até que a aprovação fosse obtida. Contudo, por exercermos influência relevante nessa empresa, contabilizamos 100% de participação na Antarctica pelo método de equivalência patrimonial no período de 1o. de julho de 1999 e 31 de março de 2000. Em 15 de setembro de 1999, todos os acionistas não-controladores da Antarctica trocaram suas ações por ações da AmBev ("Conversão da Antarctica"), que passou a possuir todas as ações em circulação da Antarctica. Em 7 de abril de 2000, as autoridades antitruste brasileiras aprovaram a combinação. Em 14 de setembro de 2000, as ações remanescentes não controladas da Brahma foram convertidas no mesmo tipo e classe das ações da AmBev. Em 27 de outubro, nós incorporamos a Fundação Assistencial Brahma na Fundação Zerrenner, que oferece benefícios aos empregados e são acionistas da AmBev. Consistente com o tratamento contábil aplicado à Fundação Assistencial Brahma, devido à influência significativa que AmBev exerce sobre as decisões de investimentos da Fundação Zerrenner, os ativos líquidos da Fundação Zerrenner foram consolidados no balanço patrimonial da AmBev (Nota 2(m)). Como parte substancial desses ativos são representados por ações da AmBev, reclassificamos os mesmos para ações em tesouraria, reduzindo nossas ações em circulação (Nota 16(j)) Em 31 de dezembro de 2000, a AmBev possuía 100% das ações com direito a voto e 100% do total das ações da Brahma (em 31 de dezembro de 1999 - 55,1% das ações com direito a voto e 21,2% do total das ações da Brahma). F - 16 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado (b) Aquisições e disposições importantes (i) Combinação da Brahma e da Antarctica A combinação envolveu três etapas: . Em 1o. de julho de 1999, houve o aporte das ações ordinárias e preferenciais dos acionistas controladores da Brahma e da Antarctica em troca de ações do mesmo tipo e classe da AmBev (a "Contribuição dos Acionistas Controladores"). A AmBev tornou-se a detentora de 88,1% das ações ordinárias com direito a voto, de 87,9% do total das ações da Antarctica, de 55,1% das ações ordinárias com direito a voto e de 21,2% do total das ações da Brahma. Cada ação da Brahma foi trocada por uma ação do mesmo tipo e classe da AmBev, e cada ação da Antarctica foi trocada por 48,6361 ações (sem ajuste à troca de cinco por uma (Nota 16 (a)(ii)) do mesmo tipo e classe das ações da AmBev. . Em 15 de setembro de 1999, os acionistas não-controladores remanescentes da Antarctica trocaram suas ações por ações da AmBev (a "Conversão da Antarctica"). Na consumação dessa transação, a Antarctica tornou-se uma subsidiária integral da AmBev. Cada uma das ações da Antarctica foi trocada por 84 ações (sem ajuste à troca de cinco por uma (Nota 16 (a)(ii)) do mesmo tipo e classe das ações da AmBev. . Em 14 de setembro de 2000, as ações remanescentes não controladas da Brahma, que incluem as ações correspondentes aos Recibos de Depósitos Americanos - ADRs da Brahma, foram convertidas (a "Conversão da Antarctica") no mesmo tipo e classe das ações da AmBev, seguindo-se o registro das ações preferenciais e ordinárias da AmBev na Comissão de Valores Mobiliários do Estados Unidos - SEC. Cada ação da Brahma foi trocada por uma ação do mesmo tipo e classe da AmBev. Na conversão desses acionistas, a AmBev aumentou seu percentual de participação na Brahma para 100% e tornou-se a sucessora da Brahma para fins da Lei Cambial de Valores Mobiliários dos Estados Unidos de 1934. Em 15 de setembro de 2000, as ações da AmBev foram transacionadas na Bolsa de Valores de Nova York mediante o programa de Recibos de Depósitos Americanos (ADRs), sendo que um ADR representa 100 ações preferenciais ou ordinárias da AmBev. Nessa data, conforme solicitação da Brahma, suas ações foram excluídas da Bolsa de Valores de Nova York. F - 17 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado A combinação da Brahma, a predecessora da AmBev, e da Antarctica, foi registrada contabilmente utilizando-se o método de compra, como definido pelo Pronunciamento no. 16 da Junta de Princípios Contábeis dos Estados Unidos (APB 16), "Combinações de Negócios", pelo qual a AmBev foi o adquirente contábil. A data de aquisição, conforme definido pelo APB 16, foi determinada como sendo 7 de abril de 2000, data em que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica ("CADE") (conforme descrito abaixo) aprovou a Contribuição dos Acionistas Controladores e as restrições provisórias impostas pelo governo deixaram de ser aplicadas, permitindo às duas companhias proceder com sua integração. Pelas mesmas razões, a AmBev não tinha participação financeira controladora na Antarctica, conforme definido pela Exposição de Normas de Contabilidade Financeira (SFAS) no. 94, "Consolidação de todas as Subsidiárias em que há participação majoritária," até 7 de abril de 2000. Entretanto, a AmBev acredita que, embora essas restrições tenham impedido a consolidação até 7 de abril de 2000, ela exerceu de fato influência relevante na Antarctica. Dessa forma, a AmBev contabilizou sua participação na Antarctica de acordo com o método de equivalência patrimonial no período de 1o. de julho de 1999 a 31 de março de 2000. A partir de 1o. de abril de 2000, ao recebermos a decisão favorável final das autoridades antitruste, consolidamos nosso investimento na Antarctica. O resultado do primeiro trimestre da Antarctica foi contabilizado pelo método de equivalência patrimonial. O resultado das operações comparativo e informações financeiras sobre os fluxos de caixa demonstrados para o exercício findo em 31 de dezembro de 1998 são aqueles apresentados para a Brahma, a predecessora da AmBev. (ii) Normas e revisão do CADE Em 14 de julho de 1999, o CADE, a autoridade antitruste brasileira, emitiu uma sentença provisória em conexão com a Contribuição dos Acionistas Controladores. De acordo com essa sentença, o CADE determinou que até que anunciasse sua decisão final, a Brahma e a Antarctica não poderiam tomar medidas que pudessem ter o efeito de mudar a estrutura, as condições ou características de seus mercados de modo que, se a combinação fosse revertida mais tarde, pudessem causar conseqüências adversas significativas irreparáveis. F - 18 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado A sentença provisória especificamente proibiu as seguintes ações à Brahma e à Antarctica, e determinou uma multa diária pelo seu não-cumprimento: (i) fechamento ou desativação parcial de fábricas; (ii) dispensa de empregados como parte de uma estratégia de integração; (iii) não-utilização de marcas registradas ou outros ativos; (iv) mudança das estruturas e práticas de vendas e distribuição; (v) mudança de relações contratuais com terceiros; (vi) integração de estruturas administrativas; (vii) adoção de políticas comerciais uniformes. Em 7 de abril de 2000, o CADE aprovou a associação entre a Brahma e a Antarctica. Em 19 de abril de 2000, a AmBev firmou um compromisso com o CADE no qual concordava em cumprir todas as exigências do CADE, sendo que as principais exigências estão a seguir demonstradas: . Celebração de um acordo entre a AmBev e um único comprador, até 1o. de janeiro de 2001, para a (a) venda da marca Bavaria; (b) venda ao comprador da Bavaria de uma das fábricas de cerveja em cada uma das cinco regiões brasileiras; e (c) o compartilhamento com o comprador da Bavaria de sua rede de distribuição por um período de quatro anos, renovável por mais dois anos. O comprador deve ser uma empresa que detenha participação de mercado de, no máximo, 5%, do mercado de cerveja brasileiro. Duas das fábricas a serem vendidas pertenciam à Antarctica: uma localizada em Getúlio Vargas, no Estado do Rio Grande do Sul, e outra em Ribeirão Preto, no Estado de São Paulo. A venda deverá incluir equipamentos para a produção de latas na fábrica de Ribeirão Preto. Três fábricas a serem vendidas pertenciam à Brahma: uma localizada no Estado do Mato Grosso, uma no Estado da Bahia e uma no Estado do Amazonas. A fábrica do Amazonas pertencia a Miranda Corrêa, uma coligada da Brahma. . Durante quatro anos, a AmBev deve compartilhar sua rede de distribuição com uma empresa produtora de cerveja (além da que adquiriu a marca Bavaria) em cada uma das cinco regiões do Brasil. . Durante quatro anos, se a AmBev decidir encerrar as atividades ou vender uma de suas fábricas produtoras de cerveja, primeiramente deve ser promovida uma licitação pública para a venda da fábrica em questão. . Durante cinco anos, a AmBev deve manter os níveis de emprego. Se a AmBev demitir quaisquer de seus funcionários durante o processo de reestruturação relacionado à combinação, deve tentar reaproveitá-los dentro do grupo AmBev e ministrar-lhes treinamento; e . Após 6 meses, a partir de 7 de abril de 2000, a AmBev e seus distribuidores não poderiam, de maneira geral, exigir que seus pontos de venda atuassem em regime exclusivo. F - 19 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado O compromisso com o CADE tem duração de cinco anos. (iii) A venda da marca Bavaria De acordo com as normas do CADE, devemos vender cinco fábricas de cerveja, das quais uma pertence à empresa coligada Miranda Corrêa. Em 1o. de outubro de 2000, a AmBev incorporou a Bavaria S.A ("Bavaria S.A."), contribuindo com as cinco fábricas a serem vendidas. Em 6 de novembro de 2000, resolvemos vender a Bavaria S.A. para a Molson Inc. ("Molson"), uma empresa canadense, com a qual firmamos acordos de distribuição e compra de ações. Estes acordos entraram em vigor cinco dias após a aprovação do CADE, em 20 de dezembro de 2000. O preço de compra, o qual inclui a parte que a empresa coligada Miranda Corrêa recebeu, de US$ 213.000 (US$ 200.635 excluindo a Miranda Corrêa) dos quais US$ 98.000 (US$ 92.311 excluindo a Miranda Corrêa) foram pagos pela Molson em 22 de dezembro de 2000. Um desconto de US$ 3.600 (US$ 3.468 excluindo a Miranda Corrêa) foi aplicado ao primeiro pagamento para refletir o fato de que a participação de mercado da Bavaria estava abaixo de 4% em 31 de dezembro de 2000, a qual, conforme o acordo de preço de opção de compra de ações, reduziu o pagamento recebido para US$ 94.400 (Nota 11). O saldo de US$ 115.000 é um valor contingente que não foi contabilizado em 31 de dezembro de 2000, pagável pela Molson à AmBev condicionado à marca Bavaria atingir a participação mínima de mercado especificada, medida pela AC Nielsen, um empresa independente de pesquisa de mercado. Uma participação mínima de mercado da Bavaria de 6,5%, em adição aos objetivos intermediários, devem ser atingidos em 2005 para garantir o recebimento integral do valor contingente. Durante os anos de 2001 a 2005, a AmBev receberá US$ 23.000 sobre o acréscimo de 0,5% de participação de mercado por ano acima de 4.0%. Caso o objetivo mínimo da participação média de mercado de 4,5% não seja atingida em nenhum dos anos até 2005, a AmBev não terá direito a nenhum saldo do preço de compra. De acordo com as exigências do CADE, a AmBev deve permitir que a Molson Inc. use os sistemas de distribuição da antiga Antarctica para distribuir os produtos da Bavaria por um período de seis anos, durante o qual a AmBev será remunerada ao custo. Esse período poderá ser prorrogado, a critério da Molson, por quatro anos, sendo, nesse caso, a companhia remunerada ao custo e acrescida da taxa de royalties. F - 20 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado (iv) Antarctica As informações financeiras consolidadas da AmBev em 31 de dezembro de 2000 refletem nosso investimento na Antarctica e os respectivos ajustes contábeis de compra associados à compra da Antarctica em 1o. de julho de 1999. As ações da Antarctica foram transacionadas nas Bolsa de Valores brasileiras até 14 de setembro de 1999. Em 18 de janeiro de 2000, a CVM aprovou o cancelamento do registro da Antarctica como sociedade anônima. Em 27 de janeiro de 2000, as ações da Antarctica foram excluídas da Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA). O investimento da AmBev na Antarctica em 31 de dezembro de 1999 foi contabilizado como segue: 1o. de julho de 1999 Preço de compra (1) Patrimônio líquido da Antarctica US$ 281.118 (51.536) Excesso do preço de compra US$ 229.582 O preço de compra excedente sobre o valor líquido de mercado dos ativos adquiridos e dos passivos assumidos, de US$ 229.582 mil, foi alocado a ativos tangíveis e intangíveis identificáveis como segue: Apropriação do preço de compra excedente: Ativos tangíveis - imobilizado Marcas registradas Redes de distribuição Software Imposto de renda sobre diferença entre valores contábeis e valores alocados na data de aquisição US$ 72.737 175.000 50.000 7.607 (75.762) US$ 229.582 O valor justo designado aos ativos tangíveis está sendo depreciado nos seguintes prazos: ativos intangíveis - vida útil estimada de 10 anos, marcas registradas - 40 anos, rede de distribuidores 30 anos, software - 5 anos. F - 21 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado 31 de dezembro 1999 Balanço patrimonial Patrimônio líquido da Antarctica em 31 de dezembro de 1999 Excesso de preço de compra em 1o. de julho de 1999 Depreciação do imobilizado a valor justo Amortização de ativos intangíveis a valor justo Efeito do imposto de renda sobre depreciação e amortização US$ (201.350) 229.582 (3.637) (1.960) 1.847 Investimento na Antarctica US$ 24.482 Demonstração do resultado Prejuízo da Antarctica (semestre findo em 31 de dezembro de 1999) Depreciação do imobilizado a valor justo Amortização de ativos intangíveis a valor justo Efeito do imposto de renda sobre depreciação e amortização US$ (175.366) (3.637) (1.960) 1.847 Equivalência patrimonial na Antarctica US$ (179.116) (1) O cálculo do preço de compra das ações da Antarctica está apresentado a seguir. A quantidade das ações não estão ajustadas para a compra de 5 ações para uma (vide Nota 16 (a)(ii)). Total das ações(1) Determinação da ações Ações da Antarctica detidas pelos acionistas controladores em 1o. de julho de 1999 Ações da Antarctica detidas pelos acionistas não Controladores em 1o. de julho de 1999 (em milhares ) Preferenciais Ordinárias 1.102 9.448 10.550 173 1.277 1.450 1.275 10.725 12.000 Acionistas não-controladores que exerceram seus direitos de dissidência durante a Conversão da Antarctica (24) (24) 1.275 10.701 11.976 Ações da AmBev emitidas na "Contribuição dos Acionistas Controladores" = índice de conversão 48.6361 (1) 53.569 459.522 513.091 Ações da AmBev emitidas durante a Conversão da Antarctica índice de conversão 84 (1) 14.541 103.281 117.822 Total de ações da AmBev emitidas na troca das ações pelos acionistas da Antarctica 68.110 562.803 630.913 F - 22 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado Determinação do preço de compra Ações da AmBev emitidas na troca das ações pelos acionistas da Antarctica Preço por mil ações(1) (2) Total do preço de compra 459.522 0,4253 US$ 195.430 53.569 0,5998 32.132 103.281 0,4336 44.787 14.541 0,6030 8.769 Ações ordinárias da AmBev emitidas na Contribuição dos Acionistas Controladores em 1o. de julho de 1999 Ações preferenciais da AmBev emitidas na Contribuição dos Acionistas Controladores em 1o. de julho de 1999 Ações ordinárias da AmBev emitidas na Conversão da Antarctica em 15 de setembro de 1999 Ações preferenciais da AmBev emitidas na Conversão da Antarctica em 15 de setembro de 1999 630.913 US$ 281.118 (1) Índices de conversão: cada ação da Antarctica de propriedade de seu acionista controlador foi convertida em 48,6361 ações do mesmo tipo e classe da AmBev. Na Conversão da Antarctica, cada ação foi convertida em 84 ações do mesmo tipo e classe da AmBev. O número de ações não foi ajustado de acordo com a troca de cinco por uma (vide Nota 16(a)(ii)). (2) Preço por mil ações: Para determinar o preço de compra das ações da Antarctica adquiridas do acionista controlador da Antarctica (a Fundação Zerrenner), a AmBev utilizou o preço médio de fechamento das ações da Brahma por um período razoável de tempo antes e após a combinação ser anunciada. Em relação aos acionistas não-controladores da Antarctica, a AmBev utilizou o preço médio de fechamento das ações da Brahma por um período razoável de tempo antes e após a data da mudança do índice de conversão para esses acionistas. Apresentamos, a seguir, as informações financeiras resumidas de nossa controlada direta Antarctica: 31 de março de 2000 Ativo circulante Ativo não-circulante Passivo circulante Passivo não-circulante Participação dos acionistas minoritários Receita de vendas, líquida Lucro bruto Prejuízo US$ 347.938 917.561 1.020.522 286.206 205.508 198.839 68.140 US$ (49.879) F - 23 31 de dezembro de 1999 US$ 387.157 901.048 1.016.008 286.664 186.883 750.369 247.992 US$ (440.920) Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado Em 28 de abril de 2000, os antigos acionistas da Antarctica aprovaram um dividendo que havia sido proposto em 1998 referente aos resultados do primeiro semestre de 1999. Como esses montantes não haviam sido aprovados e portanto declarados pelos acionistas, não foi considerada nenhuma provisão no balanço base para a compra da Antarctica. Assim, os dividendos no montante de US$ 16,612 foram ajustados em 2000 gerando um ágio sobre a combinação entre Brahma e Antarctica. (v) A Conversão da Brahma Em Assembléia Extraordinária de Acionistas da Brahma, realizada em 14 de setembro de 2000, os acionistas detentores de ações ordinárias da Brahma aprovaram uma transação empresarial definida de acordo com a Lei das Sociedades por Ações como incorporação de ações, por meio da qual todas as ações em circulação da Brahma que ainda não haviam sido trocadas por ações da AmBev foram convertidas em ações do mesmo tipo e classe da AmBev. Em Assembléia Extraordinária de Acionistas da AmBev, realizada em 14 de setembro de 2000, os acionistas detentores de ações ordinárias da AmBev aprovaram a Conversão da Brahma. Em 31 de dezembro de 1999, 78,8% de todas a ações da Brahma (representando 44,9% das ações ordinárias com direito a voto e 99,6% das ações preferenciais) ainda não tinham sido trocadas por ações da AmBev. As demonstrações financeiras de 1999 apresentadas anteriormente refletiam o patrimônio líquido pertencente a esses acionistas da Brahma e está apresentado na rubrica do balanço patrimonial "Acionistas da Brahma que ainda não converteram suas ações em ações da AmBev" (um componente da participação intermediária à parte do patrimônio líquido da AmBev) sendo a parcela do resultado classificada na rubrica da demonstração dos resultados "Apropriação do lucro líquido da Brahma aos acionistas da Brahma que ainda não converteram suas ações em ações da AmBev". De acordo com a conversão das ações remanescentes da Brahma em ações da AmBev, em 14 de setembro de 2000, o balanço patrimonial de 1999 e a demonstração do resultado, como anteriormente apresentados, foram reapresentados para refletir a posição financeira e o resultado das operações como se todos os acionistas da Brahma tivessem trocado suas ações por ações da AmBev em 1999. F - 24 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado Esses saldos antes da reclassificação e do desmembramento das ações (cada uma ação foi desmembrada em cinco ações) em 31 de dezembro de 1999, foram apresentados como segue: Patrimônio líquido da Brahma em 31 de dezembro de 1999 Ações preferenciais Acionistas da Brahma cujas ações ainda não foram convertidas US$ 405.290 US$ (1.353) US$ 403.937 Ações ordinárias 241.964 (184.725) 57.239 Ações preferenciais em tesouraria (26.469 ) (26.469) (127.972 ) (127.972) Adiantamentos aos funcionários da Brahma para compra de ações (49.770 ) (49.770) Lucros acumulados destinados Lucros acumulados não destinados 89.449 606.572 (274.014) 89.449 332.558 Lucro líquido Outros resultados abrangentes acumulados 184.752 (39.095) 145.657 (472.262 ) 99.934 (372.328) Ações ordinárias em tesouraria Total (vi) Acionistas da Brahma que trocaram suas ações por ações da AmBev em 1o. de julho de 1999 US$ 851.554 US$ (399.253) US$ 452.301 A compra da Salus Em 6 de outubro de 2000, a AmBev e o "Groupe Compagnie Gervais Danone" adquiriram as ações da Compañía Salus S.A., uma empresa uruguaia produtora de cerveja e água mineral. A AmBev adquiriu 15,1% das ações com direito a voto por um preço de compra de US$ 11.400, gerando um ágio de US$ 10.800. Em 1999, a Salus tinha um volume de vendas líquidas de aproximadamente US$ 30.000 (não auditado). O ágio está sendo depreciado por um período de 10 anos. (vii) A compra da Cympay Em 24 de novembro de 2000, a AmBev firmou um acordo de compra de 95.4% das ações do capital votante da Cerveceria y Malteria Paysandu S.A. - Cympay, uma empresa uruguaia produtora de cerveja. A aquisição foi consumada em 15 de fevereiro de 2001 por um preço de US$ 27.700. F - 25 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado (viii) A compra da Malteria Pampa Além de nossa participação original de 40%, em abril de 1998, a Companhia adquiriu uma participação de 20% no capital votante de nossa investida, Malteria Pampa S.A., por US$ 18.060, aumentando nossa participação para 60% e em 27 de agosto de 1998, a Companhia comprou os 40% restantes pelo valor de US$ 34.700. O preço de compra excedeu o valor justo dos ativos adquiridos e passivos assumidos em US$ 33.094, que está sendo amortizado pelo período de vida útil desses ativos, que não excede 40 anos. (c) Nossas "joint ventures" e contratos de licenciamento As companhias no Brasil podem, geralmente, implementar transações que exigem a revisão antitruste sem submeter a transação à revisão prévia das autoridades e sem suspender ou atrasar a eficácia da transação. As aquisições descritas acima não estavam sujeitas a restrições, por parte do CADE, que pudessem nos impedir de consumar as aquisições das empresas, limitar nossas participações na concessão de direitos de participação do sócio minoritário ou de qualquer forma restringir a consumação planejada da transação. O CADE tem poder para investigar qualquer transação, que entre outros fatores resulte na concentração de uma participação de mercado maior do que 20% de qualquer mercado relevante. Em 1997, a Brahma constituiu um acordo de franchising com a PepsiCo International, Inc. ("PepsiCo") para engarrafar, vender e distribuir produtos Pepsi em uma área que abrange as regiões sudeste e nordeste do Brasil. A Pepsi Cola Engarrafadora Ltda. e a PCE Bebidas Ltda. foram adquiridas em 22 de outubro de 1997. Em outubro de 1998 o CADE aprovou a produção e distribuição dos produtos Pepsi. Em 9 de outubro de 2000, nós consumamos um novo acordo de franchising com a PepsiCo. Esse acordo tem duração inicial de 17 anos e pode ser renovado por períodos adicionais de dez anos. Esse acordo pode ser rompido por qualquer uma das partes desde que a notificação seja feita com um período de dois anos de antecedência. Em 20 de outubro de 1999, a AmBev constituiu um memorando de entendimento com a PepsiCo, de acordo com o qual a Companhia concordou em licenciar ou vender o refrigerante líder da Antarctica, Guaraná Antarctica, para engarrafamento, venda e distribuição por parte da PepsiCo fora do Brasil. A AmBev e a PepsiCo, concordaram, de forma geral, com os termos e condições específicas desse licenciamento ou venda do concentrado de guaraná ou do refrigerante de guaraná, mas as negociações finais foram adiadas até após o julgamento do CADE. F - 26 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado Em 1997, a Skol celebrou um contrato de licenciamento com a Carlsberg A/S ("Carlsberg"). De acordo com esse contrato, a Skol adquiriu a licença para iniciar a produção da cerveja Carlsberg no Brasil para venda e distribuição em toda a América do Sul. Em junho de 1999 o acordo de licenciamento com a Carlsberg foi aprovado pelo CADE. Em 1997, a Companhia constituiu uma "joint venture" com a Indústrias Gessy Lever Ltda., criando a Ice Tea do Brasil Ltda., na qual as duas empresas possuem igual participação. A aprovação do CADE relacionada com essa "joint venture" foi recebida em 8 de dezembro de 1998. Em 1996, a Antarctica celebrou um acordo com a Anheuser-Busch International, Inc. e a Anheuser-Busch Holdings, Inc. (coletivamente "Anheuser-Busch"), de acordo com o qual a Antarctica concordou em estabelecer a Antarctica Empreendimentos e Participações Ltda. ANEP para facilitar o investimento da Anheuser-Busch nas empresas do grupo Antarctica. De acordo com a "joint venture" Antarctica-Anheuser-Busch, a Antarctica distribuiu a cerveja Budweiser no Brasil e a Anheuser-Busch concordou em assessorar a Antarctica na venda de seus produtos fora do Brasil. Em 29 de julho de 1999, a Anheuser-Busch exerceu sua opção de venda contratual em conformidade com o acordo de "joint venture" e vendeu sua participação na ANEP para a Antarctica por US$ 64.600 e a ANEP tornou-se a subsidiária integral da Antarctica. A Antarctica e a Anheuser-Busch nestas condições encerraram sua "joint venture". Em 1995, a Brahma constituiu uma "joint venture" com a Miller Brewing Co. USA para distribuir produtos Miller no Brasil. Ambas as partes têm participação igual no capital da "joint venture" Miller Brewing do Brasil Ltda. Em maio de 1998, o CADE aprovou a "joint venture" formada com a Miller Brewing Co. F - 27 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado (d) Princípios de consolidação do grupo As demonstrações financeiras consolidadas incluem as contas da AmBev, Brahma, Antarctica, Fundação Zerrenner (Nota 2(m)) e de todas as controladas relacionadas abaixo. Todas as contas e transações significativas entre empresas do grupo foram eliminadas. A participação percentual direta e indireta no capital social das principais controladas em 31 de dezembro está a seguir apresentada: % Controladas consolidadas 2000 1999 1998 Antarctica Empreendimentos e Participações Ltda - ANEP (i) Arosuco Aromas e Sucos S.A. (ii) Brahmaco International Ltd. CA Cervecera Nacional (iii) CCBA S.A. CCB Paraguay S.A. Cervejaria Águas Claras S.A. Cervejarias Reunidas Skol Caracu S.A. ("Skol") Companhia Antarctica Paulista - Indústria Brasileira de Bebidas e Conexos (i) CRBS S.A. ("CRBS") (iv) Dahlen S.A. Distribuidora de Bebidas Antarctica de Manaus Ltda.(i) Eagle Distribuidora de Bebidas S.A. Gibral Trading e Participações S.A. Hohneck S.A. (v) Industria de Bebidas Antarctica do Sudeste S.A. (i) Industria de Bebidas Antarctica do Norte-Nordeste S.A. (i) Industria de Bebidas Antarctica do Polar S.A. (i) Jalua S.A. Mahler Investment Ltd. Malteria Pampa S.A. Panaro S.A. (vi) Pepsi Cola Engarrafadora Ltda. ("Pepsi") Universal Breweries Limited 100 100 100 50,2 70,0 100 93,3 99,7 99,4 100 50,2 70,0 100 93,3 99,7 100 50,2 70,0 100 96,3 99,9 99,7 100 99,7 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 51,0 (i) (ii) (iii) (iv) 100 99,8 100 100 100 100 100 98,8 61,8 59,0 100 100 100 100 51,0 100 51,0 Empresas controladas da Antarctica consolidadas desde 1o. de abril de 2000. Arosuco Aromas e Sucos S.A. foi constituída em 1999, pela cisão das operações da Miranda Corrêa. Consolidada, uma vez que o controle é exercido, direta ou indiretamente, por nós. O nome da empresa foi alterado para Fratelli Vita Indústria e Comércio Ltda. e subseqüentemente incorporada pela CRBS S.A. (v) Uma "holding" formada em 1999. (vi) "Holding" extinta em 1999. F - 28 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado (e) Investimento em coligadas Os investimentos em coligadas nas quais nós exercemos influência significativa nas políticas operacionais e financeiras são contabilizados de acordo com o método da equivalência patrimonial. Dessa forma, nossa participação nos resultados (prejuízo) dessas empresas está incluída no resultado consolidado. A participação percentual direta e indireta no capital social com ou sem direito a voto das principais empresas coligadas em 31 de dezembro está apresentada a seguir: % Empresas contabilizadas pelo método de equivalência patrimonial 2000 Companhia Antarctica Paulista Indústria Brasileira de Bebidas e Conexos (1) Cervejaria Astra S.A. ("Astra") Cervejaria Miranda Corrêa S.A. (2) ("Miranda Corrêa") Miller Brewing do Brasil Ltda. (3) ("Miller") Pilcomayo Participações S.A. (3) ("Pilcomayo") Compañia Salus S.A. (4) 43,2 60,8 50,0 50,0 15,1 1999 1998 100,0 43,1 60,8 50,0 50,0 43,1 60,8 50,0 50,0 (1) Até 7 de abril de 2000, o CADE havia imposto restrições provisórias que impediam a AmBev dar início à sua integração. Pelas mesmas razões, a AmBev não possuía controle da Antarctica até 7 de abril de 2000 de acordo com as normas contábeis americanas (US GAAP). Entretanto, a AmBev acredita que, embora essas restrições impediam a consolidação até 7 de abril de 2000, exercemos influência significativa sobre a Antarctica. Dessa forma, no exercício de 1999 e no 1o. trimestre de 2000 tratamos nosso investimento de acordo com o método da equivalência patrimonial em vez de consolidar nossa participação de 100% na Antarctica. Desde 1o. de abril de 2000, a Antarctica está integralmente consolidada na AmBev. (2) Contabilizado pelo método da equivalência patrimonial uma vez que temos uma participação de 50% no capital de ações com direito a voto da investida e não exercemos controle. (3) A Companhia suspendeu a aplicação do método de equivalência patrimonial na Miranda Corrêa, Miller e Pilcomayo, já que o investimento nessas coligadas foi reduzido a zero. Dessa forma, como temos o compromisso de cobrir os prejuízos de nossas investidas, em 31 de dezembro de 2000, foi incluída em "Outros passivos de longo prazo" uma provisão de US$ 18.739 (1999 - US$ 23.627) para refletir esse compromisso. (4) Temos 26,2% de participação no capital votante da Special Purpose Vehicle - Salus S.A., que por sua vez possui 57,3% de participação no capital votante da Compañia Salus S.A. F - 29 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado Outros investimentos, nos quais não exercemos influência significativa, ou em que temos menos de 20% do capital votante, são contabilizados ao custo. O realizável a longo prazo de partes relacionadas, em 31 de dezembro de 2000, diz respeito, principalmente, a adiantamentos feitos à Astra S.A. e à Pilcomayo. (f) Resultados operacionais pro forma As informações financeiras pro forma combinadas, não auditadas, para o período de dois exercícios findos em 31 de dezembro de 2000 considera que a aquisição da Antarctica ocorreu em 1o. de janeiro de 1999, o investimento foi contabilizado em bases consolidadas e todos os acionistas da Brahma converteram suas ações em ações da AmBev (outras aquisições realizadas em 2000 e 1999 não foram relevantes): Exercícios findos em 31 de dezembro Vendas líquidas Lucro bruto Resultado operacional Lucro líquido (prejuízo) Lucros (prejuízos) básicos pro forma por ação Preferenciais Ordinárias 2000 1999 US$ 2.827.932 US$ 2.526.312 1.225.510 990.640 429.886 51.716 US$ 622.842 US$ (30.551) US$ 17,85 US$ 16,23 US$ (0,92) US$ (0,92) Os resultados das operações combinados pro forma não auditados poderão não ser indicativos dos resultados reais que teriam sido gerados se a aquisição tivesse ocorrido em 1o. de janeiro de 1999. F - 30 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado 2 Sumário das políticas contábeis significativas (a) Base da apresentação de nossas demonstrações financeiras As demonstrações financeiras consolidadas incluem nossas contas e as de nossas controladas. As demonstrações financeiras consolidadas foram elaboradas de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos da América ("PCGAs nos EUA"), que diferem dos princípios contábeis brasileiros aplicados por nós em nossas demonstrações financeiras societárias. O patrimônio líquido e o lucro líquido apresentados nestas demonstrações financeiras diferem daqueles apresentados nos registros contábeis societários em conseqüência de: . diferenças entre a taxa de desvalorização do real (R$) em relação ao dólar dos Estados Unidos (US$); . índices determinados para indexação das demonstrações financeiras societárias no passado no Brasil; . ajustes feitos para refletir as exigências dos PCGAs nos EUA. As informações financeiras consolidadas da AmBev para o exercício findo em 31 de dezembro de 2000 refletem nosso investimento patrimonial de 100% na Antarctica pelo método da equivalência patrimonial até 31 de março de 2000 e nosso investimento consolidado na Antarctica para o período de nove meses findo em 31 de dezembro de 2000. As demonstrações financeiras consolidadas da AmBev do e para o exercício findo em 31 de dezembro de 2000 refletem a reintegração dos acionistas da Brahma que trocaram suas ações por ações da AmBev em 14 de setembro de 2000. As demonstrações financeiras consolidadas da AmBev do e para o exercício findo em 31 de dezembro de 1999 refletem nosso investimento de 100% na Antarctica pelo método da equivalência patrimonial para o semestre findo nesta data e os respectivos ajustes contábeis de compra associados com a compra da Antarctica em 1o. de julho de 1999. As demonstrações financeiras consolidas da AmBev do e para o exercício findo em 31 de dezembro de 1999 refletem a reintegração dos acionistas da Brahma que trocaram suas ações por ações da AmBev em 14 de setembro de 2000, como se tivessem sido convertidas em 1o. de julho de 1999. F - 31 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado As demonstrações financeiras consolidadas da AmBev para o exercício findo em 31 de dezembro de 1998 são aquelas da Brahma, a predecessora da AmBev (Nota 1 (b) (i)). Na elaboração dessas demonstrações financeiras consolidadas, nossa administração fez estimativas e suposições que afetaram os valores registrados dos ativos, passivos, vendas e despesas dos períodos reportados. Essas estimativas incluem a seleção das vidas úteis do imobilizado, provisões necessárias para os passivos contingentes, provisões para impostos de renda e outras avaliações semelhantes. Os resultados reais para períodos futuros podem diferir daquelas estimativas. O lucro líquido (prejuízo) abrangente é apresentado na demonstração das mutações das contas do patrimônio líquido e consiste do lucro líquido do ano e do ajuste de conversão cumulativo e, em 1998, o passivo de imposto de renda diferido registrado para a mudança da moeda funcional. (b) Base da conversão Nestas demonstrações financeiras, usamos o dólar dos Estados Unidos como moeda para fins de divulgação. Os montantes em dólares dos Estados Unidos de todos os períodos apresentados foram remensurados (convertidos) a partir dos montantes em reais de acordo com os critérios estabelecidos pelo SFAS no. 52, "Conversão de Moeda Estrangeira". A moeda local em uma economia altamente inflacionaria não é considerada estável o suficiente para ser usada como moeda funcional, e por essa razão é usada uma moeda mais estável. Conseqüentemente, o dólar dos Estados Unidos foi usado como nossa moeda funcional até 1997. A partir de 1o. de janeiro de 1998, a administração da Companhia concluiu que a economia brasileira deixou de ser considerada altamente inflacionária e trocamos nossa moeda funcional pela local (o real). Dessa forma, em 1o. de janeiro de 1998, convertemos os montantes de nossos ativos e passivos não monetários de dólares dos Estados Unidos para reais à taxa de câmbio em vigor na época e esses montantes tornaram-se as novas bases contábeis para ativos e passivos. F - 32 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado Para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2000 e 1999, remensuramos todos os ativos e passivos em valores do dólar dos Estados Unidos às taxas de câmbio vigentes (em 31 de dezembro de 2000 - R$ 1,9554 : US$ 1,00; 31 de dezembro de 1999 - R$ 1,7890: US$ 1,00) e todas as contas das demonstrações de resultado e fluxos de caixa à taxa média vigente no período (2000 - R$ 1,8303 : US$ 1,00; 1999 - R$ 1,8148 : US$ 1,00; 1998 - R$ 1,1605 : US$ 1,00). Os montantes convertidos incluem indexação da moeda local e variações cambiais sobre os ativos e passivos denominados em moeda estrangeira. Os ajustes de conversão correspondentes são alocados diretamente à conta de conversão cumulativa (CTA) do patrimônio líquido. Em janeiro de 1999, o Banco Central do Brasil permitiu que a taxa de câmbio do real em relação ao dólar flutuasse livremente. Os efeitos da desvalorização significativa do real em 1999 resultaram em um prejuízo de conversão líquido, resultante da conversão das contas do balanço patrimonial (ativos e passivos monetários e não-monetários) de reais para dólares dos Estados Unidos. O prejuízo na conversão foi alocado diretamente à conta de ajuste de conversão cumulativo do patrimônio líquido (CTA). Os ganhos ou perdas de câmbio resultantes de transações em moeda estrangeira estão refletidos diretamente no resultado de cada período. (c) Instrumentos financeiros derivativos Usamos instrumentos financeiros derivativos para outros fins além de negociação e o fazemos para administrar e reduzir nossas exposições aos riscos resultantes das flutuações nas taxas de juros e de câmbio de moeda estrangeira. Esses instrumentos não se qualificam para diferimento, "hedge", provisão ou liquidação contábil e são mensurados ao valor justo, com os ganhos e perdas resultantes refletidos na demonstração do resultado nas contas "Receitas financeiras" ou "Despesas financeiras", respectivamente. Os instrumentos financeiros derivativos são usados para cobrir riscos contra perdas causados pela flutuação da moeda e da taxa de juros. Celebramos contratos de câmbio a termo e swaps de moeda para cobrir os riscos de exposição à moeda estrangeira. As decisões com relação ao "hedging" são tomadas caso a caso, levando em conta o valor e a duração da exposição, volatilidade do mercado e tendências econômicas. Usamos o método do valor justo, contabilizando ganhos e perdas realizados e não realizados com estes contratos, os quais estão apresentados em receitas (despesas) financeiras, líquidas. Não mantemos ou emitimos instrumentos financeiros com finalidades comerciais. F - 33 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado Usamos os acordos de swap de taxa de juros para administrar os custos dos juros e riscos associados com a troca das taxas de juros. O diferencial a ser pago ou recebido é provisionado como troca de taxas de juros e é reconhecido em despesas com juros durante a duração dos acordos. Adotamos a política de somente celebrar contratos com partes que possuam boas avaliações de crédito. As contrapartes desses contratos são principalmente instituições financeiras de porte e a AmBev não possui exposição significativa a qualquer contraparte única. Perdas de crédito por não atuação das contrapartes não são previstas (Nota 15). O SFAS no. 133 "Contabilização de Instrumentos Derivativos e Atividades de Hedging" requer que todos os derivativos sejam contabilizados como ativos ou passivos e que tais instrumentos sejam avaliados pelo valor justo. Em nosso caso, esta exposição será efetiva a partir de 1o. de janeiro de 2001. Não esperamos que a adoção da SFAS no. 133 tenha um impacto significativo em nossas demonstrações financeiras. (d) Reclassificações Certos valores em 1998 e 1999 foram reclassificados para se adequarem à apresentação de 2000. A apresentação original de 1999 foi modificada para apresentar o patrimônio líquido e o lucro líquido como se todos os acionistas da Brahma tivessem convertidos suas ações em ações da AmBev em 1999 (Nota 1 (b)(v)). Determinadas ações em tesouraria apresentadas pelo valor justo de mercado foram remensuradas a valor de custo e o ajuste foi feito contra reserva de capital excedente, sem afetar o patrimônio líquido. Adicionalmente, reclassificamos os custos de embarque e manuseio de "Despesas com vendas e marketing" para "Custo das vendas", de acordo com a conclusão do EITF 00-10 "Contabilização de Taxas e Custos de Embarque e Manuseio". Adicionalmente, perdas decorrentes de variações cambiais sobre financiamentos que não impactaram nosso caixa em 1999 e 1998 foram reclassificadas de atividades financeiras para atividades operacionais. (e) Caixa e equivalentes a caixa Caixa e equivalentes a caixa são demonstradas ao custo mais juros acumulados. Os equivalentes a caixa, que consistem, principalmente, de depósitos a prazo em reais, têm um mercado imediato e um vencimento original de 90 dias ou menos. Também investimos em depósitos a prazo em dólares dos Estados Unidos por meio de subsidiárias no exterior. F - 34 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado (f) Títulos e valores mobiliários Compramos e vendemos títulos de dívidas e ações de capital com o objetivo de venda em curto prazo. De acordo com o SFAS no. 115 "Contabilização de determinados investimentos em títulos de dívidas e ações do capital", esses títulos são contabilizados ao valor justo nas datas do balanço patrimonial e os ganhos ou perdas não realizados estão incluídos em receitas ou despesas financeiras. Os títulos consistem, principalmente, de investimentos de prazo fixo e títulos governamentais. (g) Contas a receber As contas a receber são demonstradas com base em valores estimados de realização. Quando necessário, são efetuadas provisões em montante considerado pela administração como suficientes para cobrir prováveis perdas futuras relacionadas com contas incobráveis. (h) Estoques Os estoques são apresentados pelo menor valor entre o custo médio de compra ou produção e o valor de realização. (i) Investimento em coligadas Os investimentos em coligadas nas quais a companhia tem a capacidade de exercer influência significativa sobre as políticas operacionais e financeiras são contabilizados de acordo com o método da equivalência patrimonial. Outros investimentos nos quais não exercemos influência significativa ou em cujo capital com direito a voto possuímos menos de 20% de participação são contabilizados ao custo. (j) Imobilizado O imobilizado é demonstrado ao custo e inclui os juros capitalizados durante a construção das principais instalações. Os juros sobre os empréstimos em reais no período de construção, denominados em reais. Os juros sobre empréstimos em moedas estrangeiras incorridos no período de construção são capitalizados utilizando-se as taxas de juros contratuais, desconsiderando-se os ganhos ou perdas de variações cambiais. Os gastos com manutenção e reparos são registrados em contas de despesas quando incorridos. Determinados custos em conexão com desenvolvimento ou obtenção de software para uso interno são capitalizados e outros custos são contabilizados diretamente como despesas. F - 35 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado As garrafas classificadas como ativos fixos são utilizadas durante as operações normais de engarrafamento. Estas são garrafas retornáveis e, dessa forma, são depreciadas e baixadas quando ocorrem quebras. Mantemos uma pequena quantidade de garrafas para venda para distribuidores substituírem as garrafas quebradas na rede de distribuição. Essas garrafas são registradas no estoque e não são utilizadas durante nossas operações diárias. Elas não estão sujeitas a depreciação e são baixadas quando ocorrem quebras. A depreciação é calculada pelo método linear, sobre as vidas úteis dos ativos, como segue: Anos Edifícios Máquinas e equipamentos, incluindo equipamentos utilizados por terceiros Garrafas e garrafeiras Veículos (k) 25 5 a 10 5 5 Ativos destinados à venda Os ativos destinados à venda incluem terrenos e prédios e são apresentados pelo menor valor entre o contábil e o valor provável de venda, menos custos de venda. A depreciação relacionada a esses imóveis foi suspensa na transferência para a categoria de "Ativos destinados à venda". (l) Aquisições e ativos intangíveis Aquisições de negócios de terceiros foram contabilizadas de acordo com o método contábil de compra. Dessa forma, o preço de compra mais os custos diretos de aquisição são apropriados aos ativos adquiridos e passivos assumidos com base em seus valores prováveis estimados na data da aquisição. O excesso do valor total de compra sobre o valor provável dos ativos líquidos adquiridos é contabilizado como ágio. Os resultados das operações são incluídos a partir da data da aquisição. O ágio e outros ativos intangíveis são demonstrados ao custo e amortizados pelo método linear, durante os períodos futuros que se estima que serão beneficiados. A recuperabilidade do ágio é avaliada regularmente, utilizando-se fluxos de caixa futuros não descontados, e qualquer impacto desfavorável, baseado em valores de mercado, será reconhecido nos resultados operacionais se ocorrer redução permanente no valor. F - 36 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado (m) A Fundação Assistencial Brahma, a Fundação Zerrenner e benefícios pós-aposentadoria (i) Consolidação das fundações Considerando a competência da Brahma para indicar três diretores da Fundação Assistencial Brahma e as ações que a entidade detêm da Brahma em sua carteira de investimentos, consolidamos a Fundação Assistencial Brahma em nossas demonstrações financeiras. Em 27 de outubro de 2000, determinados programas de benefícios a funcionários foram reestruturados de maneira que a Fundação Zerrenner fosse legalmente fundida com a Fundação Assistencial Brahma, decretando, assim, a extinção desta última. A Fundação Zerrenner representa um dos três acionistas controladores e é parte integrante do acordo de acionistas, fornecendo assistência médica, dentária, educacional e social aos funcionários atuais e aposentados da empresa, bem como a seus beneficiários e dependentes amparados por cobertura. Embora os estatutos estabeleçam que a Fundação Zerrenner está igualmente habilitada a fornecer benefícios a pessoas e projetos externos à AmBev, raramente isso é feito. Os ativos da Fundação Zerrenner são efetivamente usados somente para pagamento de benefícios para os funcionários atuais e aposentados da AmBev. Adicionalmente, a AmBev poderá contribuir, a cada ano, com até 10% de nosso lucro líquido consolidado, de acordo com a legislação societária, para apoiar a Fundação Zerrenner. A Fundação Zerrenner é administrada por um conselho, um conselho consultivo e uma comissão de benefícios permanente. O conselho é formado por um número mínimo de sete e um número máximo de nove conselheiros. Com a fusão da Fundação Assistencial Brahma e da Fundação Zerrenner, a AmBev obteve o direito de apontar dois dos nove conselheiros, sendo que os sete restantes são apontados pelos atuais conselheiros da Fundação Zerrenner, os quais também são acionistas diretos da AmBev. A influência significativa que AmBev exerce sobre as decisões de investimento da Fundação Zerrenner, o direito de nomear certos conselheiros, os pagamentos feitos pela Fundação Zerrenner, na maioria das vezes para benefício exclusivo dos nossos empregados, nos levam a consolidar os ativos líquidos da Fundação Zerrenner em nosso balanço patrimonial (Nota 17(e)). Parcela substancial desses ativos são apresentados por ações da AmBev e foram refletidas como ações em tesouraria, reduzindo assim o número de ações em circulação. Os ativos líquidos da Fundação Assistencial Brahma e Zerrenner são restritos e só podem ser usados para fins previstos no estatuto (Nota 17(d) e (e)). F - 37 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado Antes da combinação com a Antarctica, a Fundação Zerrenner possuía 88,1% das ações do capital com direito a voto da Antarctica e 87,9% do total do capital da Antarctica. Com a concretização da combinação, a Fundação Zerrenner adquiriu 14,4% das ações com direito a voto e 6,6% do total do capital da AmBev. Com a fusão da Fundação Assistencial Brahma e a Fundação Zerrenner, a participação desta na AmBev aumentou para 22,7% das ações do capital com direito a voto e 10,6% do total do capital da AmBev. (ii) Provisão para benefícios pós-aposentadoria Até 27 de outubro de 2000, a Fundação Assistencial Brahma e a Fundação Zerrenner ofereceram benefícios pós-aposentadoria a determinados funcionários. A partir dessa data, a Fundação Zerrenner assumiu total responsabilidade de oferecer tais benefícios, apesar de continuarmos como patrocinadores (Notas 17(d) e (e)). O SFAS no. 106, "Contabilização, pelo Empregador, de Benefícios Pós-aposentadoria, outros que não Pensões", requer que sejam provisionados os custos dos benefícios pós-aposentadoria que devem ser pagos a funcionários ativos, aposentados ou inativos por ocasião da aposentadoria. As despesas relacionadas a benefícios concedidos a funcionários ativos são contabilizadas como despesa à medida em que ocorrem, enquanto aquelas relacionadas aos funcionários aposentados (atuais ou em vias de aposentar) e seus dependentes são contabilizadas de acordo com a SFAS no. 106. Determinados ganhos e perdas atuariais são reconhecidos pelo regime de competência, de acordo com a SFAS no. 106. (iii) Reconhecimento dos custos incorridos em nome de acionistas De acordo com o Tópico 5-T do "SEC Staff Accounting Bulletin (SAB)", a AmBev reconheceu como despesa os custos incorridos pela Fundação Zerrenner relacionados à provisão para assistência educacional e social concedida aos atuais funcionários da Antarctica e da Fundação Zerrenner, envolvidos diretamente na provisão para assistência aos funcionários da Antarctica. Um crédito compensatório no patrimônio líquido, representando uma contribuição de capital efetuada pela Fundação Zerrenner, foi reconhecido como contribuição de capital, de em montante equivalente a esta. Os custos relacionados a benefícios médicos e outros, concedidos aos funcionários aposentados e seus beneficiários e dependentes, amparados pela cobertura, são debitados à Companhia pela Fundação Zerrenner à medida de sua ocorrência e reconhecidos pela AmBev como redução do passivo atuarial. Igualmente, foi reconhecido um crédito no patrimônio líquido, representando uma contribuição de capital efetuada pela Fundação Zerrener, em montante equivalente aos benefícios pós-aposentadoria pagos pela Fundação Zerrenner a esses funcionários. F - 38 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado (n) Recuperabilidade de ativos não-circulantes De acordo com o SFAS no. 121 "Contabilização da Perda de ativos não-circulantes e ativos não-circulantes a serem baixados", a administração revisa os ativos não-circulantes sempre que eventos ou mudanças nas circunstâncias indicarem que o valor contábil de um ativo ou grupo de ativos poderá não ser recuperável. Com o objetivo de determinar e mensurar as potenciais perdas permanentes, a Companhia examina principalmente o imobilizado a ser mantido e utilizado na empresa, investimentos contabilizados segundo o método da equivalência patrimonial, ágio e determinados depósitos e investimentos em incentivos fiscais, Os ativos são agrupados e avaliados quanto à possível perda na sua realização em nível de fábrica; a perda na realização é avaliada com base em fluxos de caixa não descontados a partir de resultados operacionais da empresa projetados durante as vidas remanescentes estimadas dos ativos (Notas 10 e 11). (o) Ausências compensadas O passivo para remuneração futura das férias de funcionários é totalmente provisionado. (p) Impostos O imposto de renda no Brasil compreende o imposto de renda federal e a contribuição social, esta última um imposto federal com base no lucro, contabilizado nos registros contábeis societários da Companhia e de suas controladas. No Brasil, não há incidência de impostos das autoridades municipais e estaduais sobre a renda. F - 39 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado Para fins destas demonstrações financeiras, aplicamos o SFAS no. 109 "Contabilização do Imposto de Renda" em todos os períodos apresentados. O efeito tributário dos ajustes efetuados para refletir as exigências dos princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos, bem como das diferenças entre a base fiscal dos ativos não monetários, e os valores apresentados nos registros contábeis preparados de acordo com a legislação societária brasileira, foram reconhecidos como diferenças temporárias para fins de registrar os impostos de renda diferidos. Antes de 1998, de acordo com o parágrafo 9(f) da SFAS no. 109, não foram contabilizados os impostos diferidos correspondentes às diferenças relacionadas a ativos e passivos convertidos a taxas de câmbio históricas resultantes de mudanças nas taxas de câmbio ou da indexação para fins tributários no Brasil. Essas diferenças acumuladas foram reconhecidas no patrimônio líquido quando a Companhia adotou o real como a moeda funcional, em 1o. de janeiro de 1998 (Nota 2(b)). Todos os prejuízos fiscais a compensar são reconhecidos como impostos diferidos ativos, exceto aqueles descritos na Nota 6(c). Estabelecem-se provisões quando a administração da Companhia não está segura que a utilização desses ativos fiscais seja mais provável do que não, de acontecer alguma vez no futuro. Os impostos diferidos passivos e ativos são compensados, respeitada a classificação circulante ou não-circulante, a menos que estejam relacionados a diferentes entidades contribuintes da Companhia ou a entidades que operam em diferentes jurisdições fiscais. Alguns estados do Brasil concedem incentivos fiscais aplicados aos impostos indiretos, na forma de diferimento de pagamentos de impostos e descontos parciais ou totais de impostos, para períodos que variam de um a vinte anos, com o objetivo de promover investimentos na região. A AmBev e suas controladas participam destes programas por meio dos quais o pagamento de imposto pode ser diferido ou ser pago com desconto parcial ou total sobre os valores originais. Reconhecemos esses benefícios sobre pagamentos de impostos com desconto no resultado, quando o ganho é assegurado, e todas as exigências são atendidas. F - 40 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado (q) Plano de pensão A Companhia administra um fundo de pensão, o Instituto AmBev de Previdência Privada IAPP ("Plano de Pensão da AmBev"), sucessor do Instituto Brahma de Seguridade Social IBSS ("Plano de Pensão da Brahma"), desde 8 de dezembro de 2000. O Plano de Pensão da AmBev administra um plano de pensão de benefícios definidos e um plano de contribuição definida para os ex-funcionários da Brahma e para os novos funcionários da AmBev. A AmBev também administra um plano de benefício definido e um outro de contribuição definida para os ex-funcionários da Antarctica ("Plano Especial da Antarctica" e Plano Normal da Antarctica", respectivamente). Os planos de benefício definido são contabilizados de acordo com o SFAS No. 87, "Contabilização de Fundo de Pensões pelos Empregadores", de acordo com o método de unidade projetada. As notas explicativas às demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo com o SFAS no. 132 "Divulgações, pelo Empregador, de Pensões e outros Benefícios Pós-aposentadoria" (Notas 17 (a) e (c)). Determinados ganhos e perdas atuariais são reconhecidos no exercício em que ocorrem. (r) Plano de aquisições de ações Decidimos contabilizar nosso plano de aquisições de ações aplicando o valor intrínseco de acordo com as normas do APB no. 25 "Contabilização de Emissão de Opções de Compra de Ações para Funcionários" e interpretações relacionadas. Dessa forma, o custo da remuneração do plano de aquisições de ações é mensurado pelo excesso do valor cotado de mercado de nossas ações na data de concessão da opção, em relação ao valor que um funcionário ou diretor deve pagar para adquirir as ações. O valor da opção é determinado quando a opção é concedida, mas é apropriado proporcionalmente ao custo da remuneração e ao patrimônio líquido por um período de cinco anos a partir da data em que é concedida a opção, período no qual os correspondentes serviços dos funcionários são prestados. O SFAS no. 123, "Contabilização de Remuneração Baseada em Opções de Compra de Ações", recomenda, mas não exige, o reconhecimento do custo de remuneração a funcionários com base em opções de compra de ações, utilizando a metodologia baseada em valor justo. O lucro líquido (prejuízo) "pro forma", calculado considerando o valor justo das opções, bem como o lucro por ação estão sendo divulgados na Nota 16(i), tal como requerido pelo SFAS no. 123. Essa informação pode não ser representativa dos efeitos no lucro líquido nos exercícios futuros, porque as opções acumulam direitos em um período de cinco anos e opções adicionais podem ser concedidas a cada ano. F - 41 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado Concedemos adiantamentos a determinados funcionários, que também podem ser diretores, para financiar as compras destas ações. Os financiamentos, normalmente, não ultrapassam quatro anos e rendem juros de 8% ao ano acima de um índice geral de preços selecionado. Como os adiantamentos são garantidos pelas ações emitidas por ocasião do exercício das opções de compra das ações, as contas a receber desses adiantamentos são contabilizadas como redução do patrimônio líquido. (s) Ações em tesouraria A ações em tesouraria, incluindo as ações em poder da Fundação Assistencial Brahma (Nota 2(m)) até 27 de outubro de 2000 e da Fundação Zerrenner a partir dessa data, são registradas ao custo. As ações em Tesouraria da Fundação Zerrenner foram contabilizadas a valor de custo na data de sua primeira consolidação, que equivale ao valor de mercado dessas ações em 27 de Outubro de 2000. As ações em tesouraria canceladas são contabilizadas como redução do capital social e da reserva de capital. Os valores apropriados ao capital social são determinados com base na proporção entre o número de ações canceladas e o número de ações em circulação na data do cancelamento. Essa proporção é aplicada ao capital social na data do cancelamento. A diferença entre o custo de reaquisição das ações em tesouraria e a redução do capital social é contabilizada como componente da reserva de capital excedente. (t) Bônus de subscrição de ações O valor provável dos bônus de subscrição de ações é contabilizado como reserva de capital excedente, quando esses montantes são recebidos. Quando as opções de compra de ações forem exercidas, o montante originalmente contabilizado como reserva de capital será transferido para o capital social. (u) Juros sobre o capital próprio As empresas brasileiras têm direito de deduzir, para fins de tributação, juros atribuídos ao capital próprio, que são pagos aos acionistas na forma de dividendos. Nas demonstrações financeiras, os juros sobre o capital são contabilizados como uma dedução dos lucros acumulados não destinados. A Companhia paga o referido imposto de renda retido na fonte por conta dos acionistas (Nota 16(g)). F - 42 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado (v) Receitas e despesas As receitas das vendas e os correspondentes custos das vendas são reconhecidos quando os produtos são despachados. Não é contabilizada reserva para devoluções de produtos porque as devoluções são insignificantes. As demais despesas e custos são reconhecidas pelo regime de competência. (w) Custos de embarque e manuseio Os custos de embarque compreendem custos internos e de terceiros. Nos custos de manuseio incluem-se armazenagem, movimentação e preparação dos produtos para embarque. Os custos de embarque e manuseio são considerados despesas quando incorridas e são contabilizadas em custo dos produtos. Nenhum valor é pago em separado por nossos clientes para embarque e manuseio, mas esta despesa é incluída no preço de venda. (x) Custos de marketing Os custos de marketing são apresentados como despesas de vendas e marketing e incluem as despesas com propaganda e outras atividades correlatas. Os custos de marketing não são diferidos no fim do exercício e são lançados, durante o ano, em despesas proporcionalmente às vendas feitas no exercício. Os custos com propaganda foram de US$ 150.782, US$ 121.436 e US$ 244.319 nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2000, 1999 e 1998, respectivamente. As despesas com publicidade diferidas referem-se a pagamentos antecipados e custos de produção e promocionais de futuras campanhas publicitárias. Estes custos são contabilizados como despesa quando a propaganda é veiculada pela primeira vez. Não havia custos com propaganda diferidos nas datas dos balanços patrimoniais apresentados. Adicionalmente, no exercício findo em 31 de dezembro de 2000 e de 1999, contabilizamos como despesa certos materiais promocionais e outros custos relacionados, no total de US$ 17.490 e US$ 7.959, respectivamente. (y) Gastos relacionados com o meio ambiente Os gastos relacionados com programas ambientais em andamento são registrados no resultado à medida em que são incorridos. Programas em andamento são projetados para minimizar o impacto ambiental de nossas operações e para administrar quaisquer potenciais riscos ambientais de nossas atividades. As provisões relacionadas com esses custos serão registradas na época em que forem consideradas prováveis e razoavelmente estimáveis. F - 43 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado (z) Lucro por ações Conforme determina o SFAS no. 128, "Lucro por ação", a Companhia apresentou seus lucros por mil ações para cada classe de ações, e as ações preferenciais foram consideradas como títulos participantes. A partir de 1997, de acordo com a Lei no. 9.457/97, as ações preferenciais, sem direito a dividendos fixos ou mínimos adquiriram direito a um dividendo de 10% além do dividendo concedido às ações ordinárias. O lucro líquido foi apropriado às ações ordinárias e preferenciais e os valores do lucro por ação foram calculados considerando que todo o lucro será distribuído. Acionistas detentores de ações ordinárias e preferenciais compartilham igualmente prejuízos não distribuídos. O lucro pode ser capitalizado, usado para absorver prejuízos ou apropriado de outra forma, deixando de ficar disponível para distribuição na forma de dividendos. Desta forma, não há garantias de que os acionistas preferenciais receberão os 10% adicionais sobre lucros acumulados. Nos exercícios de 2000 e 1999, o lucro (prejuízo) básico por mil ações da AmBev foi calculado dividindo-se o lucro líquido (prejuízo) consolidado pela média ponderada do número de ações em circulação como se todos os acionistas da Brahma tivessem convertido suas ações em ações da AmBev em 1o. de julho de 1999. Em 1998, o lucro básico por ação da AmBev (antiga Brahma) é calculado dividindo-se o lucro líquido consolidado pela média ponderada do número de ações ordinárias e preferenciais. As opções de compra de ações e garantias são consideradas equivalentes a ações ordinárias no cálculo do lucro diluído por mil ações. Em 1996, a Brahma emitiu um título para a Corporação Financeira Internacional ("IFC") que poderá ser convertido, à opção do IFC, em ações preferenciais (Nota 13 (c)). Como os efeitos da aplicação do método "se convertido" são antidilutivos quando a despesa de juros (líquida de imposto e ajustes) por ação ordinária equivalente é considerada na determinação do lucro por ação, lucros diluídos por ação não são afetados pelos títulos conversíveis. Potencialmente, as ações diluíveis em 31 de dezembro de 2000 que foram excluídas do total do cálculo do lucro por ação: 53.726.500 ações preferenciais (1999 e 1998 - 53.726.500 ações preferenciais). Ações potencialmente anti-diluíveis em 31 de dezembro de 2000, que foram desconsideradas no cálculo do lucro por ação totalizaram 57.727 mil ações preferenciais (1999 e 1998 - 53.727 mil ações preferenciais). F - 44 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado A AmBev emitiu um plano de opção de compra de ações para funcionários e subscrição de ações, cujo efeito diluível reflete-se nos lucros diluídos por ação aplicando o método de ações em tesouraria. Pelo método de ações em tesouraria, os lucros por ação são calculados como se as opções fossem exercidas e os fundos recebidos fossem usados para comprar nossas próprias ações. 3 Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas Os componentes significativos de "Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas" para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2000, 1999 and 1998 são os seguintes: . 2000 - Despesa de US$ 29.001 relacionada com a provisão para contingência civis registrada no passivo provisionado para contingências legais; despesa de US$ 20.913 relacionada com perdas reconhecidas durante o exercício em nosso ativo imobilizado (Nota 11); despesa de US$ 9.086 relacionada a juros sobre a provisão para créditos fiscais contingentes de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS e Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI (Nota 18); despesas de US$ 8.712 relacionada com pagamento antecipado de água (Nota 9); e várias despesas de menor valor originadas no curso dos negócios; parcialmente compensadas pela receita de US$ 5.457 referente ao ganho com a venda da Bavaria S.A. . 1999 - Despesa de US$ 19.183 relacionada a juros sobre a provisão para créditos fiscais contingentes de ICMS e IPI (Nota 18(a)(i)); US$ 17.333 de prejuízo por perdas reconhecidas durante o exercício em nosso ativo imobilizado (Nota 11); US$ 5.680 referente à autuação contra uma subsidiária por não preencher a documentação do ICMS em formato magnético (Nota 18 (a)(iii)); US$ 6.947 relacionados a mais de cem diferentes discussões judiciais com estados brasileiros relacionados principalmente ao pagamento de ICMS e ICMS substituição tributária (Nota 18(a)(iii)) e US$ 21.207 de provisões feitas para reclamações de distribuidores, fornecedores, consumidores e várias outras; parcialmente compensadas pela reversão de provisão de ICMS de US$ 8.386 (Nota 18(a) (i)) relacionada a uma sentença decidida a nosso favor e um ganho de US$ 5.323 com a venda do imobilizado. . 1998 - Ganho na venda de imobilizado de US$ 10.036, que foi parcialmente compensado por várias despesas de montantes pequenos que surgiram no curso ordinário dos negócios. F - 45 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado 4 Receitas e despesas financeiras Exercícios findos em 31 de dezembro Receitas financeiras Receitas financeiras sobre equivalentes a caixa Títulos e valores mobiliários - ganhos realizados e não realizados Ganhos em "swap" de moeda estrangeira e taxa de juros Juros sobre imposto de renda e contribuição social reclamações e adiantamentos Ganhos cambiais Outras Despesas financeiras Juros sobre dívidas em reais Juros sobre dívidas em dólares Prejuízos cambiais principalmente sobre financiamentos Juros sobre outros passivos que não financiamentos (principalmente contingências) Títulos e valores mobiliários - realizados e não realizados perdas Perdas em "swap" de moeda estrangeira e taxa de juros Impostos sobre operações financeiras Despesas bancárias e outros F - 46 2000 1999 1998 US$ 76.690 US$ 93.028 US$ 118.535 9.827 18.963 347 180.438 26.001 4.478 10.762 27.299 20.774 27.219 35.515 28.282 7.745 19.093 22.784 US$ 164.315 US$ 364.829 US$ 198.636 US$ (87.196) (58.035) (64.502) US$ (76.396) (61.429) (189.531) US$ (82.691) (64.979) (52.673) (27.260) (25.053) (26.619) (481) (26.622) (33.780) (12.336) (1.653) (61.729) (13.007) (13.447) (26.745) (17.304) (18.493) US$ (310.212) US$ (442.245) US$ (289.504) Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado 5 Outras receitas (despesas) não operacionais, líquidas Os componentes significativos de "Outras receitas (despesas) não operacionais, líquidas" para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2000, 1999 and 1998 são os seguintes: . 2000 - Encargos de incentivos fiscais de US$ 1.663 e de prejuízo sobre ativo fixo não operacional de US$ 1.502, parcialmente compensados com receita contabilizada sobre a liberação de provisões de US$ 4.888 para prejuízos adicionais acima do valor dos investimentos na Cervejaria Miranda Corrêa S.A., Miller Brewing do Brasil Ltda. e Pilcomayo Participações Ltda. . 1999 - Despesa de US$ 8.541 por perdas adicionais acima do valor dos investimentos na Cervejaria Miranda Corrêa S.A., Miller Brewing do Brasil Ltda. e Pilcomayo Participações Ltda. . 1998 - Lucro na venda de ativos não-operacionais no valor de US$ 9.222 e receita obtida na liberação da provisão para perdas adicionais acima do valor dos investimentos na Cervejaria Miranda Corrêa S.A., Miller Brewing do Brasil Ltda. e Pilcomayo Participações Ltda. no valor de US$ 4.578. 6 Imposto de renda (a) Alíquota de impostos O imposto de renda no Brasil compreende o imposto de renda federal (25%) e a contribuição social (8%). A taxa composta de imposto de renda e contribuição social utilizada para determinar o imposto diferido líquido ativo para 2000, 1999 e 1998 é de 33%. F - 47 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado (b) Reconciliação do imposto de renda Exercícios findos em 31 de dezembro Lucro antes do imposto de renda, equivalência patrimonial em coligadas e participação dos acionistas minoritários Despesa com imposto, às alíquotas oficiais - 33% Ajustes para obtenção da alíquota efetiva: Reversão da provisão para perda (1) Reestruturação tributária da Antarctica e suas controladas Reestruturação tributária da Brahma e suas controladas Reversão da provisão de imposto de renda sobre lucros de atividades fora do país (2) Ativo fiscais sobre passivo de benefícios pós-aposentadoria Benefício da dedutibilidade de juros atribuídos ao capital próprio dos acionistas Ganhos não tributáveis dos incentivos fiscais em controladas (3) Retificação do imposto de renda de anos anteriores (4) Diferença em alíquotas de imposto fora do país (5) Provisão para perda Reversão da provisão para contingências fiscais (Nota 18(a)(i)) Imposto diferido sobre o ajuste acima da base tributária da participação em coligadas Outras diferenças permanentes Benefício de imposto de renda, conforme demonstração do resultado 2000 1999 1998 US$ 288.005 US$ 98.275 US$ 133.515 US$ (95.042) US$ (32.431) US$ (44.060) 233.188 43.195 146.215 41.140 18.598 33.441 32.399 28.450 9.636 27.044 25.251 (29.476) 11.182 (29.200) (5.353) 19.228 67.962 (2.254) (35.740) (1.909) (8.354) (432) 14.471 US$ 387.240 US$ 41.388 53.643 532 US$ 92.696 (1) Em outubro de 2000, introduzimos uma reestruturação significativa de nossas atividades no Brasil a fim de otimizar os prejuízos operacionais líquidos passíveis de compensação. Como conseqüência desta reestruturação legal, as ações da Brahma em sua controlada integral, Jalua S.A., foram transferidas para a Eagle Distribuidora de Bebidas S.A. ("Eagle"), uma controlada direta que se tornou a nova "holding". Isto permitiu a liberação da avaliação da provisão contra os ativos fiscais diferidos de US$ 32.918, uma vez que agora consideramos que seja possível realizar a compensação desses impostos. A reestruturação também permitiu que os impostos no valor de US$ 209.138, passíveis de compensação da Antarctica e suas controladas, fossem liberados de restrições. A reestruturação legal que aconteceu após a combinação da Brahma a Antarctica é um evento pós-aquisição. F - 48 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado (2) De acordo com a reestruturação descrita na Nota 1, durante o exercício de 2000, a Brahma vendeu 30%, e suas controladas Skol venderam 10% e a CRBS vendeu 11%, totalizando 51%, de sua participação na Jalua S.A., uma empresa registrada em Montevidéu, Uruguai, para outra controlada da Brahma, a Eagle S.A. Como os lucros no exterior para 1998, 1999 e o primeiro trimestre de 2000 nunca serão tributáveis, a provisão que havia sido feita pela Brahma e suas controladas para o imposto sobre futura repatriação de lucros no exterior foi estornada em "Benefício de imposto de renda diferido". O passivo da Eagle para impostos sobre esses ganhos é somente prospectivo a partir da data de transferência da propriedade e não retroativo à data das participações originais de suas coligadas. O passivo do imposto diferido sobre os ganhos de afiliadas localizadas fora do Brasil constituído até 31 de dezembro de 1997, foi parcialmente revertido para o resultado em 1998, seguindo a promulgação de uma lei que confirmava que esses ganhos serão tributados sobre a repatriação prospectivamente. Estamos confiantes de que estratégias de planejamento tributário prudentes, factíveis e com eficiência de custo assegurarão que nenhum imposto será passível de pagamento na repatriação ou distribuição de ganhos advindos do exterior. (3) A AmBev participou de vários programas de incentivos fiscais de ICMS, o que resultou em ganhos não tributáveis para a companhia. Estes incentivos fiscais estão concentrados principalmente nos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e nordeste do Brasil. (4) Reapresentamos nossa declaração de imposto de renda de 1993 no recebimento de uma nova interpretação da legislação fiscal em conexão com uma revisão realizada em 1999 por consultores fiscais externos que identificaram um prejuízo fiscal em 1993, o qual não tínhamos utilizado completamente. Antes dessa revisão, acreditávamos que não tínhamos direito a esse benefício fiscal. A emissão surgiu porque em 1992 a Companhia fez adiantamentos a uma subsidiária integral no exterior antes de futuros aumentos de capital. Como isso foi considerado um investimento permanente (de acordo com princípios contábeis prescritos pela Legislação Societária Brasileira), as autoridades fiscais brasileiras proibiram a Companhia de tratar como passível de dedução fiscal a despesa de juros sobre o empréstimo que ela havia adiantado à controlada. Após a análise em profundidade realizada por consultores fiscais externos em 1999 e sua nova interpretação da situação fiscal em 1993, reapresentamos nossa declaração de imposto de renda de 1993, criando um ativo de prejuízo fiscal para aquele exercício. (5) Após a reestruturação tributária que se realizou em outubro de 2000, não mais provisionamos nenhum imposto diferido sobre os lucros de empresas localizadas no exterior. A administração acredita, de acordo com seus advogados externos, que estes lucros serão tributáveis quando forem distribuídos para o Brasil e não é previsto que estes lucros sejam distribuídos. Estamos confiantes de que estratégias de planejamento tributário prudentes, factíveis e com eficiência de custo assegurarão que nenhum imposto será passível de pagamento na repatriação ou distribuição de ganhos advindos do exterior. F - 49 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado Os principais componentes das contas do imposto diferido ativo e passivo são os seguintes: Exercícios findos em 31 de dezembro 2000 1999 US$ 300.439 132.053 US$ 96.993 43.841 25.933 25.791 25.679 12.101 10.926 8.129 5.993 56.684 2.163 42.354 7.487 7.797 3.843 7.181 8.611 14.800 603.728 235.070 (22.446) (30.984) (42.354) (22.446) (73.338) Imposto de renda diferido ativo, liquido das provisões para perda 581.282 161.732 Imposto de renda diferido passivo Depreciação acelerada Benefícios a funcionários (Nota 17) Equivalência patrimonial em empresas no exterior Juros capitalizados Outros (14.243) (10.416) (1.061) (824) (13.580) (13.203) (5.962) (57.847) (1.061) (13.689) Total do imposto de renda diferido passivo (40.124) (91.762) Imposto de renda diferido ativo Prejuízos fiscais brasileiros a compensar Passivo provisionado para contribuições legais Provisão para pagamento de plano de pensão e plano pós-aposentadoria Prejuízos fiscais do exterior a compensar Despesas diferidas baixadas Provisão para perdas em investimentos Provisão para devedores duvidosos Provisão para participação dos funcionários nos lucros Ajuste a valor provável sobre aquisição Outros Total do imposto de renda diferido ativo Provisões para perda Prejuízos fiscais a compensar - local Prejuízos fiscais a compensar - exterior US$ 541.158 Imposto de renda diferido, líquido F - 50 US$ 69.970 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado (c) Prejuízos fiscais (i) Brasil O imposto de renda diferido ativo inclui os prejuízos fiscais de sociedades localizadas no Brasil, que são imprescritíveis, compensáveis com lucros tributáveis futuros. Esses prejuízos são compensáveis em exercícios futuros, limitados a 30% do lucro do exercício antes do imposto de renda, determinado de acordo com a legislação societária brasileira. Os prejuízos fiscais não são indexados pela inflação. A movimentação do crédito do imposto diferido originado de prejuízos fiscais a compensar de sociedades localizadas no Brasil é a seguinte: No início do exercício Consolidação da Antarctica em 1o. de abril de 2000 Prejuízos fiscais gerados no período Prejuízos fiscais utilizados para compensar impostos a pagar Perdas cambiais No fim do exercício (ii) 2000 1999 US$ 96.993 110.313 130.649 US$ 55.849 (17.522) (19.994) US$ 300.439 109.728 (22.018) (46.566) US$ 96.993 Outros países O imposto de renda diferido ativo relacionado com os prejuízos fiscais de sociedades no exterior foi totalmente provisionado, exceto pelo ativo de imposto de renda sobre os prejuízos fiscais da controlada Malteria Pampa, de US$ 3.345. F - 51 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado Os prejuízos fiscais a compensar de sociedades localizadas no exterior, em 31 de dezembro de 2000, expiram nas seguintes datas: País Data de vencimento Argentina Dezembro de 2001 Dezembro de 2004 Dezembro de 2001 Dezembro de 2004 Dezembro de 2003 Venezuela Uruguai Prejuízo fiscal a compensar Ativo de imposto US$ 13.209 35.497 16.940 10.755 13.381 US$ 3.302 8.874 4.235 2.689 6.691 US$ 89.782 US$ 25.791 A movimentação do ativo de imposto diferido de prejuízos fiscais a compensar, de sociedades localizadas no exterior, é a seguinte: (iii) 2000 1999 No início do exercício Prejuízos fiscais gerados no período Prejuízos fiscais utilizados para compensar impostos a pagar Prejuízos cambiais US$ 42.354 3.627 US$ 35.531 9.014 No fim do exercício US$ 25.791 (18.179) (2.011) (2.191) US$ 42.354 Provisão para perda A movimentação da provisão para perda contra ativos de imposto de renda diferido relacionada com os prejuízos fiscais a compensar e outras diferenças temporárias é a seguinte: F - 52 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado 2000 1999 1998 No início do exercício Prejuízos fiscais gerados no período Consolidação da Antarctica Reversão de provisão para perda Reestruturação tributária da Antarctica Reestruturação tributária da Brahma Ganhos cambiais Outros US$ 73.338 2.122 238.566 US$ 71.731 29.476 US$ 59.530 29.200 No fim do exercício US$ 22.446 (238.566) (43.195) (2.637) (7.182) (15.415) (12.454) US$ 73.338 (13.984) (3.015) US$ 71.731 Na data da compra, Pepsi Cola Engarrafadora Ltda. e sua coligada tinham prejuízos fiscais a compensar. De acordo com o contrato de compra, se utilizarmos esses prejuízos fiscais a compensar dentro de um período de cinco anos a contar da data da compra, em outubro de 1997, deveremos reembolsar 80% destes montantes para o vendedor. Os montantes a pagar serão reduzidos pelos montantes devidos à Companhia de acordo com as provisões para indenizações. Os prejuízos fiscais da Pepsi Cola Engarrafadora Ltda. e coligada adquiridos na compra desta montam a aproximadamente US$ 259.000. Como 20% deste total, no valor de US$ 29.574, às taxas de câmbio vigentes, não está sujeito às provisões do contrato de compra, tal valor foi registrado por nós como ativo em 31 de dezembro de 1997. Entretanto, esse imposto diferido ativo, além de outros prejuízos incorridos no negócio da Pepsi, continuava sendo totalmente provisionado, até setembro de 2000, uma vez que a administração não acreditava que a realização deste ativo, tivesse a probabilidade maior que 50% de ocorrer futuramente. Durante 2000, nós revertemos a provisão para perda sobre os prejuízos fiscais da Pepsi após uma restruturação realizada com o objetivo de utilizar esses créditos (Nota 6(b)). Em 31 de dezembro de 2000, os ativos de imposto diferido montam a US$ 23.299. 7 Contas a receber de clientes As contas a receber de clientes se relacionam, principalmente, com as vendas aos clientes locais. Quando necessário, são constituídas provisões em valores considerados suficientes pela administração para cobrir prováveis prejuízos futuros decorrentes de contas incobráveis. O risco de crédito é minimizado devido a uma grande base de clientes e procedimentos de controle por meio dos quais monitoramos a capacidade de crédito destes. F - 53 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado As alterações na provisão para devedores duvidosos é a seguinte: 2000 8 1999 1998 US$ 17,522 29,059 No início do exercício Novas provisões Consolidação da Antarctica Recuperações, líquidas de perdas Ganhos cambiais US$ 13,561 72,240 21,440 (43,502) (4,817) US$ 23,543 15,534 No fim do exercício US$ 58,922 US$ 13,561 (17,846) (7,670) (21,394) (1,644) US$ 23,543 Estoques Exercícios findos em 31 de dezembro Produtos acabados Produtos em elaboração Matérias-primas Materiais para produção Garrafas e garrafeiras Materiais para manutenção Outros 9 2000 1999 US$ 62.118 22.252 128.962 34.764 6.955 43.236 3.557 US$ 36.768 14.727 108.750 17.720 6.858 24.216 1.421 US$ 301.844 US$ 210.460 Despesas pagas antecipadamente No período de 1988 a 1993, impostos separados incidiram sobre o consumo de água e esgoto na fábrica da Antarctica em São Paulo, aplicados pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP). Em 1996, a Antarctica moveu processos para reembolso de todos os impostos pagos sobre esgoto e a SABESP concordou em pagar US$ 28.618, fornecendo água para a fábrica da Antarctica em São Paulo, sem pagamento, por um período de aproximadamente oito anos (o consumo estimado do período foi baseado em níveis de consumo e preços da época). Como parte da racionalização da capacidade de operação, a fábrica da Antarctica foi desativada em 2000 e uma provisão para valorização de US$ 8.712 foi contabilizada para baixa integral do saldo remanescente. F - 54 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado Em 1997, a Companhia tomou conhecimento de situação similar relativa ao imposto sobre esgoto pago pela fábrica do Rio de Janeiro. A Companhia moveu uma petição para reembolso junto ao Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro - 1ª. Vara da Fazenda Pública. Em 1997, a decisão foi julgada a nosso favor e um valor de US$ 40.373 foi contabilizado. O saldo a receber em 31 de dezembro de 2000 totalizou US$ 22.664. A administração acredita que esse saldo será recuperado até 2005. 10 Ágio e ativos intangíveis, líquidos 2000 Ágio No início do exercício, líquido Aquisição da Antarctica (1) Ajuste no ágio da aquisição da Antarctica (Nota 1(b)(iv)) Outras aquisições Amortização Perdas cambiais No fim do exercício, líquido Ativos intangíveis No início do exercício, líquido Aquisições Aquisições da Antarctica (1) Ajuste contábil das aquisições - Antarctica (1) Rede de distribuição Marcas registradas (2*) Software Venda da Bavaria (2*) Vendas - outros Amortização Perdas cambiais US$ 44.201 1.825 16.612 11.538 (4.095) (6.555) US$ 71.421 US$ 63.526 US$ 44.201 US$ 9.833 10.339 19.177 US$ 12.435 3.628 48.255 168.894 7.342 (29.127) (2.037) (10.720) (14.809) No fim do exercício, líquido Total do ágio e outros ativos intangíveis, líquido 1999 (3.995) (23.225) (2.218) (4.012) US$ 207.147 US$ 9.833 US$ 270.673 US$ 54.034 (1) Transferência de investimentos da Antarctica quando da consolidação em 1º de abril de 2000. (2) Inclui marcas registradas de US$ 25.032 (Nota 11) relacionado com a marca Bavaria que foi alienada por decisão das normas do CADE (Nota 1(b)(ii)). F - 55 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado A amortização acumulada do ágio e ativos intangíveis era de US$ 29.830 e US$ 21.637 em 31 de dezembro de 2000 e 1999, respectivamente. 11 Imobilizado 31 de dezembro de 2000 Custo Terrenos Prédios Máquinas e equipamentos Garrafas Garrafeiras Veículos Equipamentos em poder de terceiros Outros Imobilizado em andamento Provisão para perdas estimadas com ativos a serem baixados US$ 58.561 685.029 1.841.288 61.523 50.912 28.839 108.972 54.759 2.889.883 54.838 Depreciação acumulada US$ (204.386) (1.130.627) (15.429) (22.009) (17.749) (49.574) (8.368) 1.448.142 (24.034) US$ 2.920.687 Líquido US$ 58.561 480.643 710.661 46.094 28.903 11.090 59.398 46.391 1.441.741 54.838 (24.034) US$ (1.448.142) US$ 1.472.545 31 de dezembro de 1999 Custo Terrenos Prédios Máquinas e equipamentos Garrafas Garrafeiras Veículos Equipamentos em poder de terceiros Outros Imobilizado em andamento Provisão para perdas estimadas com ativos a serem baixados US$ 40,057 441,981 1,233,401 51,387 48,900 15,552 56,064 4,336 1,891,678 21,158 Depreciação acumulada US$ (118,912) (706,860) (15,483) (19,120) (6,043) (19,755) (756) (886,929) (3,121) US$ 1,909,715 F - 56 Líquido US$ 40,057 323,069 526,541 35,904 29,780 9,509 36,309 3,580 1,004,749 21,158 (3,121) US$ (886,929) US$ 1,022,786 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado De acordo com as normas do CADE, precisamos vender cinco fábricas (Nota 1(b) (iii)), uma delas de propriedade da coligada Miranda Corrêa. Um sumário do ganho na venda das fábricas e da marca Bavaria em 30 de novembro de 2000 é demonstrado a seguir: 30 de novembro de 2000 Ativos tangíveis (líquido da depreciação acumulada) Terrenos Prédios Máquinas e equipamentos Equipamentos em poder de terceiros Outros US$ 20,944 15,748 12,110 4,156 75 US$ 53,033 Ativos intangíveis (líquido da amortização acumulada) Software Marcas registradas US$ 5,321 25,032 US$ 30,353 Total dos ativos vendidos US$ 83,386 Resultado de vendas Pagamento em 22 de dezembro 2000 Desconto concedido - participação de mercado - 2000 US$ 92,311 (3,468) Total do pagamento não contingente US$ 88,843 Ganho na venda US$ 5,457 Em 2000, reconhecemos uma provisão para desvalorização de bens no montante de US$ 20.913, debitada a "Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas" (Nota 3). Os ativos desvalorizados consistem basicamente nos ativos do segmento cerveja que apresentam um valor contábil total de US$ 27.149. No exercício findo em 31 de dezembro de 2000, os resultados operacionais identificados para esses ativos foram nulos. F - 57 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado Em 1999, reconhecemos uma provisão para desvalorização de bens no montante de US$ 17.333 debitada a "Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas" (Nota 3). Os ativos desvalorizados consistem basicamente nos ativos do segmento cerveja que apresentam um valor contábil total de US$ 15.890. No exercício findo em 31 de dezembro de 1999, os resultados operacionais identificados para esses ativos montaram a aproximadamente US$ 3.000. Ativos desvalorizados no montante de US$ 14.212 foram sucateados. A entrada em operação de novas fábricas em dezembro de 1998 marcou a conclusão dessa fase do plano formal para aumentar a capacidade instalada e para modernizar nossas fábricas. Como resultado, a partir de dezembro de 1998, a administração iniciou a revisão das necessidades da nossa capacidade operacional por fábrica, área geográfica e grupo de ativos. Identificamos determinadas fábricas e ativos, principalmente em nosso segmento de cerveja, com valor contábil de US$ 91,322 para inclusão em uma análise de potenciais desvalorizações. Como parte de nossas análises, aprovamos e destinamos para venda US$ 23.933 (1999 - US$ 7,386) de ativos não-operacionais compostos de edificações (US$ 8.790) e terrenos (US$ 15.143). A depreciação relativa a esses ativos foi interrompida com a transferência para "Ativos destinados à venda". Conforme requerido pela SFAS no. 121, os ativos destinados à venda têm sido apresentados a seus valores contábeis, que são inferiores aos valores prováveis de mercado. Desenvolvemos um plano para baixa dos ativos que não estão sendo usados e continuamos trabalhando na busca de compradores para esses ativos; contudo a época oportuna para a realização de qualquer venda depende das condições de mercado em vigor. A construção em andamento em 31 de dezembro de 2000 e 1999 refere-se principalmente a atualizações e melhorias operacionais nas instalações e equipamentos. Para ajustar as políticas contábeis e os planos de produção da Antarctica com as da AmBev, em 1o. de abril de 2000, a administração revisou a estimativa de vida útil do imobilizado e acelerou a taxa de depreciação para a maioria dos ativos. A vida útil depreciável revisada foi considerada em base provável a partir da data da decisão do CADE em abril de 2000. A vida útil depreciável usada na controlada Antarctica, contabilizada pelo método de equivalência patrimonial em 1999, estão resumidas a seguir: F - 58 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado Antarctica Desde abril de 2000 Prédios Máquinas e equipamentos, incluindo equipamentos em poder de terceiros Garrafas e garrafeiras Veículos 25 5 a 10 5 5 1999 Anos 40 3 a 16 5 5 Caso as novas vidas úteis depreciáveis tivessem sido usadas desde1o. de julho de 1999, o resultado da equivalência patrimonial (prejuízo) da AmBev na Antarctica, em 1999, teria sido US$ 188.153 (US$ 179.116 conforme reportado) e o prejuízo pro forma da AmBev do exercício teria sido US$ 39,558 (US$ 30.551 conforme reportado). A mudança nas vidas úteis estimadas dos ativos resultou em redução do lucro líquido da empresa de aproximadamente US$ 19.678 no exercício findo em 31 de dezembro de 2000. Se as vidas úteis tivessem permanecido as mesmas, em 31 de dezembro de 2000, os ganhos básicos por lote de mil ações teriam sido US$ 17,29 e US$ 15,72 de ações preferenciais e ordinárias, respectivamente (diluído - US$ 16,64 e US$ 15,13). 12 Financiamento a curto prazo Financiamento de matérias-primas importadas Financiamento de capital de giro Financiamento de equipamento 2000 1999 US$ 286.045 120.251 9.910 US$ 237.732 84.324 25.128 US$ 416.206 US$ 347.184 Os financiamentos de curto prazo em 31 de dezembro de 2000 em dólares dos Estados Unidos totalizaram US$ 335.784 (1999 - US$ 333.828), com uma média ponderada de taxa de juros de aproximadamente 7% em 31 de dezembro de 2000 (1999 - 9%). Os contratos de importação de matéria-prima possuem, normalmente, pagamento em parcela única com prazo de um ano. Não temos linhas de crédito formais em 31 de dezembro de 2000 relacionadas a financiamentos de curto prazo. O passivo circulante consiste na dívida a curto prazo e na parcela circulante da dívida a longo prazo. F - 59 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado (i) Notas promissórias Em setembro de 1999, a Antarctica colocou notas promissórias (no valor total de US$ 155.892 na data de emissão) denominadas em reais, com vencimento para 180 dias, com incidência de juros de 15% ao ano. Em março de 2000, a data de vencimento foi prorrogada por mais 180 dias, com juros de 18% ao ano. As notas foram integralmente pagas em setembro de 2000. (ii) Debêntures Em 1996, uma subsidiária da Antarctica emitiu 10.000 debêntures não-convertíveis (montante total de US$ 96.209 na data da emissão), com vencimento em 1o. de dezembro de 2001. De acordo com o contrato de debêntures, os juros para o primeiro ano foram fixados às taxas da Associação Nacional de Bancos de Investimento e Distribuidoras (ANBID) mais adicional de 1% ao ano com repactuação anual (que entrará em vigor a partir de 1o. de dezembro de cada ano). A partir de 1 de dezembro de 1999, as seguintes repactuações foram aprovadas: Período Alíquota (1) 1o. de dezembro de 1997 -30 de novembro de 1998 1o. de dezembro de 1998 -30 de novembro de 1999 ANBID e adicional de 1% ao ano ANBID e adicional de 2% ao ano CDI (Certificados de Depósito Bancário) e adicional de 5% ao ano Indeterminado 1o. de dezembro de 1999 - 30 de novembro de 2000 Em diante (1) A variação do CDI de 1o. de dezembro de 1999 a 30 de junho de 2000 foi 10,50%. As taxas da ANBID foram 27,72% e 32,87% para os exercícios findos em 31 de dezembro de 1998 e 1997, respectivamente. O contrato de debêntures possui uma opção que obriga o emissor a resgatar suas debêntures anualmente na data da repactuação. Em dezembro de 1998, 858 debêntures foram resgatadas (valor do resgate - US$ 7.099). Em 1999, 2.945 debêntures foram resgatadas (valor do resgate US$ 29.741). Em 14 de agosto de 2000, 6.197 debêntures foram resgatadas (valor do resgate US$ 39.185). Não há debêntures em circulação em 31 de dezembro de 2000. F - 60 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado 13 Financiamento a longo prazo (a) Sumário Índice (1) Taxas anuais de juros nominais -% Exercícios findos em 31 de dezembro 2000 1999 0a8 8 a 10 US$ 10.238 US$ 13.526 11.317 Reais Reais TJLP 0a4 4a6 6 to 12 435.748 378.592 73.102 2.683 0a2 2 a 10 10 a 12 2 a 10 475 131.972 4.490 24.138 1.367 179.635 8.829 23.989 607.061 693.040 (201.932) (227.185) Dólares dos Estados Unidos UMBNDES Menos parcela a curto prazo US$ 405.129 US$ 465.855 (1) UMBNDES - Variações da média ponderada da taxa de câmbio sobre moedas mantidas pelo BNDES, utilizadas para indexação de determinados passivos: 2000 - 9,5%; 1999 - 45,43%. Taxa de Juros a Longo Prazo - TJLP fixada pelo governo trimestralmente: 2000 - 9,25%; 1999 - 12,50%. Taxa Interbancária de Londres - LIBOR - "benchmark" semestral: 2000 - 6,1%; 1999 - 6,0%. Recebemos vários empréstimos, principalmente para expansão de fábrica, a pagar a órgãos governamentais ou multilaterais, inclusive a International Finance Corporation - IFC, o BNDES e órgãos do governo brasileiro. F - 61 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado (b) Linhas de crédito do BNDES Em julho de 1997, a Companhia firmou acordo para uma linha de crédito com o BNDES, destinada a investimentos a serem feitos até o ano de 1998. Encargos financeiros anuais TJLP + 3,1% TJLP + 1,6% Saques parcelados realizados em 31 de dezembro de 2000 Saques parcelados realizados em 31 de dezembro de 1999 US$ 224.381 5.744 US$ 283.408 7.535 US$ 230.125 US$ 290.943 A dívida decorrente da utilização da linha de crédito deverá ser paga em 72 prestações mensais, com vencimento final entre julho de 2004 e julho de 2005. A linha de crédito original foi totalmente utilizada. (c) Contrato de financiamento de projeto - IFC A Companhia possui um financiamento junto ao IFC, totalizando US$ 67.509 (1999 US$ 112.216), que contém algumas cláusulas restritivas. Os financiamentos foram contratados em dólares dos Estados Unidos e rendem juros entre 2,5% e 2,75% ao ano acima da LIBOR, devendo sua amortização ser feita em parcelas até junho de 2003. Do saldo principal desses financiamentos, US$ 5.000 poderão ser convertidos em 53.727 mil ações preferenciais da Companhia, à opção da IFC. As cláusulas restritivas incluem uma exigência de que todos os fundos sejam investidos no programa de investimentos aprovado para manutenção de nossas unidades industriais e cumprir com alguns índices mínimos de liquidez e endividamento e com a política ambiental do Banco Mundial. F - 62 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado (d) Vencimentos de financiamentos a longo-prazo 31 de dezembro de 2000 2002 2003 2004 2005 Após 2005 US$ 161.525 121.270 74.432 37.008 10.894 US$ 405.129 (e) Garantias Os financiamentos oriundos dos Fundos do Programa Governamental Brasileiro de Financiamento para Aquisição de Máquinas e Equipamentos Industriais - FINAME, principalmente de longo prazo, estão garantidos por gravames em equipamentos e máquinas, no montante aproximado de US$ 84.500. Os financiamentos provenientes do BNDES e IFC são garantidos por hipotecas de certas instalações da Brahma e CCBA no montante aproximado de US$ 411.600. O financiamento a curto prazo de matérias-primas, principalmente malte, é garantido pela emissão de notas promissórias. 14 Deferimento de impostos sobre vendas e outros créditos fiscais Alguns estados do Brasil concedem incentivos fiscais na forma de diferimento do pagamento de impostos e desconto parcial ou total de impostos para períodos que variam de um a vinte anos, com o objetivo de promover investimentos na região. Atualmente participamos de programas por meio dos quais um percentual do ICMS incidente sobre vendas de unidades de produção específicas é diferido, geralmente, por cinco anos a partir da data do vencimento original. As percentagens diferidas geralmente variam de 75% no primeiro ano até 40% no último ano ou uma percentagem fixa durante a vigência do programa. Os montantes diferíveis por esses programas são ilimitados, exceto no Estado de Santa Catarina, onde a Companhia alcançou o limite (US$ 50.313). Os valores diferidos estão geralmente sujeitos a juros e são apenas parcialmente indexados pela inflação, sendo essa indexação, na maioria dos casos, correspondente a um percentual de 60% a 80% de um determinado índice geral de preços. Do total do montante diferido em 31 de dezembro de 2000, US$ 181.722 vencerão em 2003 e os US$ 126.669 restantes vencerão nos exercícios seguintes. F - 63 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado A Companhia também participa dos programas de crédito de ICMS promovidos por vários estados brasileiros que possibilitam a utilização de créditos tributários para compensação de ICMS a pagar. Por sua vez, a Companhia compromete-se a cumprir certos pré-requisitos operacionais incluindo, dependendo do estado, volume de produção e metas de emprego, entre outros. Os benefícios são recebidos ao longo da duração dos respectivos programas. Durante 2000, a Companhia contabilizou US$ 42.070 (1999 - US$ 35.202) de créditos tributários a título de redução de impostos sobre vendas. Em 1998, não foram contabilizados outros benefícios semelhantes, uma vez que os pré-requisitos ainda não haviam sido cumpridos. Os benefícios concedidos não estão sujeitos a ajustes retroativos caso a Companhia não atinja a meta do programa, no entanto podem ser cancelados os benefícios futuros. 15 Instrumentos financeiros e administração de risco (a) Concentração de risco de crédito As vendas da Companhia são feitas a distribuidores e diretamente a clientes. O risco de crédito é minimizado devido à grande carteira de clientes e aos procedimentos permanentes de controle, que monitoram a capacidade financeira dos clientes. Historicamente, não registramos perdas significativas nas contas a receber de clientes. Visando minimizar o risco de crédito de investimentos, adotamos políticas restringindo a alocação de caixa e/ou investimentos entre as instituições financeiras, que levam em consideração limites monetários e conceitos de crédito das instituições financeiras. (b) Administração de riscos de câmbio e de taxa de juros Os instrumentos financeiras derivativos não registrados no balanço em 31 de dezembro de 2000 incluem contratos futuros em moeda estrangeira e "swaps" de moeda estrangeira. Durante 2000, a Companhia também firmou "swaps" de taxas de juros, embora não houvesse contratos em aberto em 31 de dezembro de 2000. Firmamos contratos futuros de moeda estrangeira para reduzir o risco cambial sobre a dívida em dólares dos Estados Unidos, financiamentos de importações e obrigações com fornecedores estrangeiros. Esses contratos reduzem o risco das posições financeiras e resultados operacionais da empresa às variações da correspondente taxa de câmbio. Os contratos são atualizados ao valor provável, e os ganhos e perdas realizados e não realizados sobre esses instrumentos financeiros utilizados como "hedge" de exposições de fluxos de caixa em moeda estrangeira são registrados na demonstração do resultado e incluídos nos montantes apresentados como "Receitas financeiras" e "Despesas financeiras". Em 31 de dezembro de 2000, a Companhia tem 29 contratos futuros em moeda estrangeira em aberto cujo valor nominal monta a US$ 220.000. F - 64 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado Firmamos contratos de curto prazo de "swap" de moeda estrangeira (principalmente dólares dos Estados Unidos) para reduzir o risco cambial sobre a dívida em dólares dos Estados Unidos, financiamentos de importações e obrigações com fornecedores estrangeiros. Esses contratos de "swap" são atualizados ao valor justo, e os ganhos e perdas realizados e não realizados sobre esses instrumentos financeiros utilizados como "hedge" de exposições de fluxos de caixa em moeda estrangeira são registrados na demonstração do resultado e incluídos nos montantes apresentados como "Receitas financeiras" e "Despesas financeiras". Em 31 de dezembro de 2000, temos cinco contratos de "swap" de moeda estrangeira em aberto cujo valor nominal monta a US$ 113.112. Firmamos contratos de curto prazo de futuro de moeda estrangeira (principalmente dólares dos Estados Unidos) para reduzir o risco cambial sobre a dívida em dólares dos Estados Unidos, financiamentos de importações e obrigações com fornecedores estrangeiros. Esses contratos de futuro são atualizados ao valor justo, e os ganhos e perdas realizados e não realizados sobre esses instrumentos financeiros utilizados como "hedge" de exposições de fluxos de caixa em moeda estrangeira são registrados na demonstração do resultado e incluídos nos montantes apresentados como "Receitas financeiras" e "Despesas financeiras". Em 31 de dezembro de 2000, a Companhia tem 1.150 contratos de futuro de moeda estrangeira em aberto cujo montante atinge a US$ 57.500. Em 31 de dezembro de 2000, os instrumentos financeiros derivativos não registrados no balanço, mantidos para outros fins que não negociação eram os seguintes: Descrição Moeda Estrangeira Contrato a termo "Swaps" Contrato de futuro Total Ganho com base no valor provável de mercado Perda com base no valor provável de mercado Moeda Montante nominal em aberto R$/US$ Argentine Pesos/US$ R$/US$ R$/US$ US$ 47.000 220.000 113.112 44.000 US$ 128 3.507 (1.165) US$ 424.112 US$ 3.635 US$ (3.756) F - 65 US$ (2.591) Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado Os valores nominais de derivativos não representam montantes trocados pelas partes envolvidas e, dessa forma, não representam uma medida da exposição da Companhia devido ao uso de derivativos. Os montantes trocados durante o prazo dos derivativos são calculados com base nos valores nominais e em outras condições contratuais dos derivativos, relacionadas a taxas de juros e taxas de câmbio de moeda estrangeira. Os ganhos (perdas) de atividades de derivativos totalizaram (US$ 104), US$ 118.708 e (US$ 22.267) nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2000, 1999 e 1998 respectivamente. (c) Valor justo dos instrumentos financeiros O valor contábil de nossos instrumentos financeiros geralmente eqüivale ao valor provável de mercado como resultado do vencimento a curto prazo ou da freqüente repactuação desses instrumentos. Ao estimarmos o valor justo de nossas posições derivativas, utilizamos os preços de cotação de mercado, se disponíveis, ou as cotações obtidas de fontes externas. Os valores justos são estimados em um determinado ponto no tempo com base nas correspondentes informações de mercado e sobre o instrumento financeiro. 16 Patrimônio líquido (a) Capital e direito dos acionistas (i) Capital No exercício findo em 31 de dezembro de 2000, o capital subscrito e integralizado da AmBev é composto por 22.669.744 mil ações preferenciais e 15.976.336 mil ações ordinárias (1999 21.790.073 mil ações preferenciais e 16.012.476 mil ações ordinárias), todas sem valor nominal. F - 66 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado As ações mantidas pela Fundação Zerrenner apesar de estarem registradas em tesouraria, possuem os mesmos direitos a votos e distribuições que as ações em circulação. Nas Assembléias Extraordinárias de Acionistas, realizadas em 17 de janeiro, 28 de abril e 22 de setembro de 2000, os Acionistas aprovaram uma redução do capital sem alterar a quantidade de ações. Os montantes foram transferidos para compensação dos prejuízos acumulados registrados nos livros e registros contábeis oficiais como parte de nossa estratégia de distribuição de dividendos. O capital distribuído aos acionistas em 23 de março e 30 de novembro de 2000, num total de US$ 61.105, equivale a US$ 2,33 por ação ordinária e preferencial. A combinação da Brahma com a Antarctica e as Conversões da Antarctica e da Brahma (Nota 1(b)) afetaram a estrutura acionária da AmBev. (ii) Desmembramento de ações Em 20 de outubro de 2000, em uma Assembléia Extraordinária de Acionistas, foi aprovado o desmembramento das ações preferenciais e ordinárias da AmBev em cinco por uma. Todas as referências nestas demonstrações financeiras com relação ao número de ações, pelo valor de cada ação, e o valor justo das ações ordinárias e preferenciais foram atualizadas para refletir o aumento do número de ações em circulação, exceto quando indicado. (iii) Registro nos Recibos de Depósitos Americanos - ADRs e na Bolsa de Valores As ações ordinárias e preferenciais da Brahma foram negociadas a valores históricos em diversas bolsas de valores do Brasil. Em junho de 1997, foram cotados na bolsa de Nova York Recibos de Depósitos Americanos - ADRs representando 100 ações preferenciais e 100 ações ordinárias da Brahma. Em 17 de setembro de 1999, as ações da AmBev passaram a ser negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo - BOVESPA. Com a finalização da conversão da Brahma em 14 de setembro de 2000, todas as ações em circulação da Brahma, juntamente com os correspondentes ADRs, foram automaticamente trocados por ações e ADRs da AmBev. Em 15 de setembro de 2000, os ADRs da AmBev passaram a ser negociados na bolsa de valores de Nova York, e as ações da Brahma deixaram de ser negociadas nas bolsas de São Paulo e Nova York. F - 67 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado (iv) Direitos das ações As ações preferenciais não têm direito a voto, mas têm prioridade no reembolso do capital no caso de liquidação da Companhia. As ações ordinárias têm direito a voto nas assembléias de acionistas. De acordo com o estatuto, a AmBev deve distribuir dividendos obrigatórios aos acionistas relacionados a cada exercício fiscal a findar em 31 de dezembro em valor não inferior a 27,5% de seu lucro líquido, conforme determinado na legislação societária, ajustada de acordo com a referida lei, a não ser que o pagamento desses valores seja incompatível com a situação financeira da AmBev. O dividendo obrigatório inclui os juros sobre capital próprio, que é equivalente ao dividendo e constitui-se em um procedimento fiscal para se fazer a distribuição dos ganhos, uma vez que é dedutível para fins de impostos. No evento de liquidação da AmBev, os ativos líquidos da Fundação Zerrenner não estariam disponíveis aos credores da AmBev. A partir de 1997 e conforme refletido na determinação de lucros por ação, as ações preferenciais têm direito a um dividendo adicional de 10% sobre o dividendo recebido pelos acionistas portadores de ações ordinárias. Os valores de lucros por ação são calculados como se todos os lucros fossem distribuídos. Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2000, a distribuição total de dividendos aos acionistas foi de 34,2% do lucro líquido ajustado, em conformidade com a legislação brasileira. (v) Bônus de subscrição Em fevereiro de 1996, o Conselho de Administração aprovou a colocação particular de 2.024.653 mil bônus de subscrição, dos quais 1.314.457 mil foram destinados à subscrição de ações preferenciais no montante de US$ 13.393 e 710.195 mil para subscrição de ações ordinárias no montante de US$ 7.218. O preço de subscrição para cada bônus de subscrição é ajustado pela variação do IGP-M, reduzido pelos dividendos pagos e incidindo juros de 12% ao ano. Cada bônus tem o direito de subscrever uma ação e poderá ser exercido durante abril de 2003 ao preço de exercício total de US$ 359.270 (convertido pela taxa de câmbio em 31 de Dezembro de 2000) para ações preferenciais e US$ 193.031 (convertido pela taxa de câmbio em 31 de Dezembro de 2000) para ações ordinárias. Esse índice será ajustado proporcionalmente em caso de desmembramento ou grupamento de ações ou ocorrências semelhantes. Em 15 de setembro de 2000, os bônus de subscrição da Brahma foram trocadas por os bônus de subscrição da AmBev. Dessa forma, os detentores dos bônus de subscrição da AmBev têm os mesmos direitos dos detentores dos bônus de subscrição da Brahma. F - 68 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado (vi) Programa de recompra de ações Lote de mil ações Autorizado Aprovação do programa Compra Preferenciais Ordinárias Preferenciais Ordinárias Custo Em 14 de novembro de 1997 (prorrogado até 14 de maio de 1998) 2.163.505 412.835 809.425 303.990 US$ 139.892 Em 12 de maio de 1998 (prorrogado até 10 de agosto de 1998) 1.290.110 392.455 398.010 121.320 61.409 Em 10 de agosto de 1998 (prorrogado até 8 de novembro de 1998) 862.605 255.850 549.460 5.795 49.403 Em 10 de novembro de 1998 (prorrogado até 7 de fevereiro de 1999) 259.230 221.330 64.960 20.245 7.010 Em 9 de fevereiro de 1999 (prorrogado até 1o. de julho de 1999) 2.024.660 318.585 36.140 2.926 Em 13 de dezembro de 2000 (prorrogado até 13 de março de 2001) 2.107.032 396.369 26.289 5.381 As ações foram registradas em ações em tesouraria. (b) Reserva de capital excedente A reserva de capital excedente é composta por ajustes resultantes de bônus de subscrição de ações, opções de compra de ações por empregados, ações da AmBev contabilizadas ao custo, pertencentes à Fundação Assistencial Brahma e Fundação Zerrenner, cancelamento de ações em tesouraria e outras integralizações de capital excedentes. Devido ao cancelamento das ações em tesouraria, a reserva de capital excedente é negativa em determinados exercícios; para efeito de apresentação, o saldo negativo foi eliminado pela transferência do saldo de lucros não distribuídos para reserva de capital excedente. A reserva de capital excedente - outros" é composta dos seguintes itens: F - 69 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado Exercícios findos em 31 de dezembro 2000 1999 1998 US$ 526.040 393.506 22.175 15.701 3.732 202 12.516 US$ 393.506 22.175 3.575 3.732 202 12.516 US$ 218.109 22.175 US$ 973.872 US$ 435.706 US$ 256.734 Outras reservas de capital excedente Consolidação da Fundação Zerrenner Transferência de lucros a distribuir Transferência das reservas de incentivos fiscais Capitalização de despesas incorridas em nome de acionistas Capitalização de lucros a distribuir Ganhos com a venda de ações em tesouraria Outros (c) Lucros acumulados destinados (i) Reserva legal 3.732 202 12.516 Segundo a Lei das Sociedades por Ações, a Companhia e suas controladas brasileiras devem destinar não menos que 5% de seus lucros anuais, após a absorção de prejuízos acumulados, para uma reserva legal. A reserva pode ser utilizada para aumentar o capital ou absorver os prejuízos, mas não pode ser distribuída a título de dividendos. (ii) Reserva de incentivos fiscais A reserva de incentivos fiscais resulta de uma opção para aplicar uma parcela do imposto de renda que, de outra forma, seria pago como tal, na aquisição de ações representativas do capital de empresas que realizam projetos específicos aprovados pelo governo. O montante aplicado é creditado ao imposto de renda e subseqüentemente apropriado de lucros acumulados para essa reserva. Nenhuma provisão é constituída, a menos que a reserva de capital correspondente, apresentada nas demonstrações financeiras elaboradas de acordo com a legislação societária brasileira, seja utilizada para pagar dividendos. A Companhia não pretende pagar dividendos com suas reservas de capital, uma vez que esses montantes são geralmente restritos no que diz respeito à distribuição na forma de dividendos. F - 70 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado (d) Lucros acumulados não destinados Os estatutos da Companhia exigem a apropriação de, pelo menos, 5% do lucro líquido ajustado a uma reserva para investimentos; essa apropriação não pode exceder a 68,9% do lucro líquido. A distribuição de dividendos é limitada aos lucros acumulados da Companhia, de acordo com a Lei das Sociedades por Ações. Os lucros acumulados passíveis de distribuição estão limitados ao valor reconhecido de acordo com as demonstrações financeiras pela legislação societária da Companhia. Em 31 de dezembro de 2000, a AmBev disponibilizou reservas para distribuição num total equivalente a US$ 248.225 em seus livros e registros contábeis pela legislação societária. (e) Adiantamento para compra de ações A AmBev (antiga Brahma) possui um plano de opção de compra de ações e financia a compra de ações de determinados funcionários e diretores designados (Nota 16(i)). Os financiamentos são normalmente por períodos que não ultrapassam cinco anos e rendem juros de 8% ao ano acima de um índice geral de preços estabelecido. (f) Dividendos Os dividendos são pagos em reais e podem ser convertidos em dólares dos Estados Unidos ou em outras moedas estrangeiras e remetidos aos acionistas residentes no exterior, contanto que o capital desses acionistas não residentes seja registrado no Banco Central do Brasil. (g) Juros sobre o capital próprio É permitido às empresas brasileiras pagar valores limitados aos acionistas e considerá-los como despesa para fins de imposto de renda e contribuição social no Brasil. Essa distribuição de juros é considerada, para fins contábeis, como dedução do patrimônio líquido de forma similar a um dividendo. Os acionistas são tributados à alíquota de 15% do imposto de renda retido na fonte por ocasião do recebimento dos juros, contudo o imposto é pago pela AmBev a favor dos acionistas por ocasião da distribuição dos juros. Esse pagamento efetuado pela AmBev recebe o mesmo tratamento, para fins contábeis, que o pagamento da distribuição de juros sobre o capital próprio. Os juros atribuídos ao patrimônio líquido são considerados como dividendo por força do dividendo obrigatório a ser pago pela AmBev. Os acionistas estudam uma proposta relacionada a juros atribuídos ao patrimônio líquido do exercício findo em 31 de dezembro de 2000 no valor de US$ 88.404. F - 71 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado (h) Salários, participações e encargos sociais O estatuto da Companhia contempla que os funcionários recebam até 10% do lucro líquido consolidado, apurado em conformidade com a Lei das Sociedades por Ações. Os Diretores têm direito à participação nos lucros em montante não superior às suas remunerações anuais ou uma participação de 5% em base "pro rata" do total do lucro líquido, dos dois o menor. Os pagamentos nos termos do plano de participação nos lucros estão sujeitos à disponibilidade de recursos de nosso caixa. A distribuição de bônus adicionais é determinada com base no desempenho individual e coletivo em metas de eficiência, aprovados pelo Conselho de Administração. As despesas incorridas com base nos programas de remuneração, baseados no desempenho, estão incluídas em "Despesas gerais e administrativas" e montaram a US$ 29.349 (pagos aos funcionários - US$ 26.195; diretores executivos - US$ 3.154) no exercício findo em 31 de dezembro de 2000 (1999 - funcionários - US$ 1.862; diretores executivos - US$ 0; 1998 - funcionários - US$ 29.849; diretores executivos - US$ 6.569). O passivo correspondente à participação nos lucros totalizou US$ 28.648 em 31 de dezembro de 2000. A provisão feita ao final do ano é estimada pela administração, uma vez que o montante total a pagar não foi ainda calculado na data da elaboração das demonstrações financeiras. Os montantes pagos relativos ao programa podem ser diferentes em relação ao passivo provisionado. (i) Plano de aquisição de ações O plano de aquisição de ações da AmBev (o "Plano"), o qual sucedeu o plano de opção de aquisições de ações da Brahma em 15 de setembro de 2000, tem por objetivo atrair e manter os serviços de executivos e de determinados funcionários. Tanto as ações ordinárias quanto as preferenciais são concedidas no Plano. F - 72 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado O Plano é administrado por um comitê composto de membros não-executivos do Conselho de Administração da Companhia. Esse comitê cria, periodicamente, programas para compra de ações e define os prazos, condições e funcionários a serem incluídos, bem como estabelece o preço pelo qual as ações preferenciais e ordinárias serão emitidas. Esse preço não pode ser menor do que 90% do preço médio das ações negociadas na BOVESPA nos três dias úteis anteriores, indexado pela inflação até a data em que a opção é concedida. O número de ações que podem ser concedidas em cada exercício não pode exceder 5% do número total de ações em circulação de cada tipo de ações naquela data. Quando as opções de ações são exercidas, nós emitimos novas ações ou transferimos ações em tesouraria para o detentor da opção. As opções de ações concedidas até o momento não especificam uma data final para serem exercidas. Se um funcionário deixar a Companhia (por outro motivo que não a aposentadoria), quaisquer opções não exercidas cairão em comisso, e a AmBev pode recomprar ações, à sua opção, adquiridas no exercício das opções por um valor igual (i) ao preço pago por esse funcionário indexado pela inflação, se o funcionário deixar a companhia nos primeiros trinta meses após o exercício da opção, (ii) a 50% do preço pago indexado pela inflação mais 50% do preço de mercado em vigor, se o funcionário deixar a companhia após os primeiros trinta meses, mas antes do sexagésimo mês após o exercício dessa opção, e (iii) ao preço de mercado a partir dessa data. Em circulação No início do exercício (em milhares de ações) Concedidas Exercidas Expiradas 2000 1999 1998 2.168.655 1.861.750 1.805.545 66.500 (879.671) (114.129) 658.000 (196.635) (154.460) 728.245 (554.050) (117.990) No fim do exercício - em circulação e exercíveis 1.241.355 2.168.655 1.861.750 Opções disponíveis no fim do exercício para concessão nos exercícios subseqüentes 1.932.304 1.731.395 1.820.600 F - 73 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado 2000 1999 1998 US$ 31,21 a US$ 185,31 US$ 25,95 a US$ 73,31 US$ 22,31 a US$ 97,47 216,83 76,97 82,15 Média ponderada dos preços de exercício das opções na data da concessão (US$ por mil ações) US$ 185,31 US$ 66,83 US$ 67,10 Média ponderada do valor das opções concedidas na data da concessão (diferença entre o preço de cotação de mercado e o preço de exercício) (US$ por mil ações) US$ 31,52 US$ 10,14 US$ 15,05 Faixa de preços de exercício de opções em aberto (US$ por mil ações) Média ponderada do valor de cotação das ações no mercado na data da concessão (US$ por mil ações) (com base no valor de cotação no mercado na data da concessão) O custo de remuneração reconhecido no resultado é de US$ 5.496, US$ 4.593 e US$ 4.512 em 31 de dezembro de 2000,1999 e 1998 respectivamente. 2000 1999 1998 No início do exercício Concedidas Exercidas Expiradas US$ 77,68 185,31 59,73 84,11 US$ 79,46 66,83 43,77 68,13 US$ 83,47 67,10 74,08 76,03 No fim do exercício US$ 86,35 US$ 77,68 US$ 79,46 Média ponderada dos preços de exercício das opções (US$ por mil ações) F - 74 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado Em circulação e exercíveis: Faixa de preço de exercício (US$ por mil ações) (1) 31,21 - 47,46 47,47 - 63,78 63,79 - 67,70 67,71 - 96,94 96,95 - 185,31 Média ponderada do preço de exercício (US$ por mil ações ) Número de ações (em milhares) 2000 1999 1998 2000 1999 1998 31.202 28.963 649.610 182.109 349.471 85.675 141.733 1.223.497 305.052 412.698 176.947 162.595 728.245 349.746 444.217 US$ 44,67 60,97 67,09 91,72 125,17 US$ 43,85 60,97 67,23 91,72 111,04 US$ 43,86 60,97 67,10 91,72 111,04 1.241.355 2.168.655 1.861.750 US$ 86,35 US$ 77,68 US$ 79,46 (1) As faixas dos preços de exercício foram convertidas por seus montantes a taxas históricas do dólar dos Estados Unidos. A Companhia calculou os efeitos "pro forma" da contabilização do Plano de acordo com o SFAS no. 123, "Contabilização de remuneração baseada em opções de compra de ações". Se o custo da remuneração do plano tivesse sido calculado com base no valor provável de mercado na data da concessão, de acordo com o SFAS no. 123, o lucro líquido da Companhia, bem como o lucro por mil ações, teria sido como demonstrado a seguir: 2000 Lucro líquido - "pro forma" Lucro por mil ações - "pro forma" Básico Preferenciais Ordinárias Diluído Preferenciais Ordinárias US$ 608.952 1999 US$ 169.481 (*) 1998 US$ 224.049 (*) US$ 17,45 15,87 US$ 5,29 4,81 US$ 6,86 6,24 16,80 15,27 5,06 4,60 6,52 5,93 (*) Como o plano de aquisição de ações refere-se apenas à Brahma, foi demonstrado o lucro líquido pro forma da Brahma. Esses resultados "pro forma" não indicam, necessariamente, valores futuros. F - 75 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado O valor provável de cada opção concedida foi calculado na data da concessão utilizando-se o modelo "Black-Scholes" para determinação do preço de opção, com as seguintes premissas médias ponderadas utilizadas para as concessões em 2000: rendimento de dividendo de 5% (1999 - 19%, 1998 - 10%), volatilidade esperada de 49% (1999 - 48%; 1998 - 59%) taxa de juros sem risco nominal de 16.5% (1999 - 19%; 1998 - 30%) e vidas estimadas de três anos para os períodos. (i) 2000 1999 1998 Média ponderada do valor provável na data de concessão (US$ por mil ações) US$ 168,77 US$ 32,38 US$ 50,80 Valor provável das opções concedidas no exercício, todas as quais tinham valor menor do que a cotação de mercado das ações na data da cotação (em milhares) US$ 11.224 US$ 21.308 US$ 36.998 Lucro (prejuízo) por ação De acordo com o SFAS No. 128 "Lucro por ação", os quadros seguintes conciliam o lucro (prejuízo) líquido disponível para acionistas portadores de ações ordinárias e preferenciais e a média ponderada das ações ordinárias e preferenciais em circulação com o valor usado para calcular os ganhos (perdas) básicos e diluídos por ação para cada um dos exercícios apresentados. Adicionalmente, compras de ações pela Fundação Assistencial Brahma e a consolidação da fundação Zerrenner, em função da fusão das duas fundações, refletiram na redução do número de ações em circulação nos anos, como segue: Exercício findo em 31 de dezembro Quantidade de ações 2000 1999 1998 AmBev - ações preferenciais No início do exercício Aquisição de ações Consolidação da Fundação Zerrenner (171.052.200) (31.271.040) (269.343.425) (153.496.520) (17.555.680) (100.015.745) (53.480.775) No fim do exercício (471.666.665) (171.052.200) (153.496.520) No início do exercício Aquisição de ações Consolidação da Fundação Zerrenner (1.323.696.770) (1.304.446.770) (19.250.000) (1.304.446.770) No fim do exercício (3.621.305.410) (1.323.696.770) (1.304.446.770) AmBev - ações ordinárias (2.297.608.640) F - 76 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado Ações da AmBev Ações da AmBev Ações da Brahma 31 de dezembro de 2000 31 de dezembro de 1999 31 de dezembro de 1998 Preferenciais Ordinárias Total Preferenciais Ordinárias Total Preferenciais Ordinárias Total US$ 65.980 US$ 39.036 US$ 105.016 US$ 4.709 US$ 105.585 US$ 110.294 US$ 120.600 US$ 60.449 US$ 181.049 325.287 192.539 517.826 (24.238 ) (116.607) (140.845) 38.320 19.208 57.528 391.267 231.575 622.842 (19.529)) (11.022 ) (30.551 ) 158.920 79.657 238.577 Denominador básico Média ponderada das ações (em milhares) 21.919.724 14.265.323 36.185.047 21.733.635 11.983.100 33.716.735 Lucro básico (prejuízo) por mil ações (US$) US$ 17,85 US$ 16,23 US$ 7,32 US$ 6,65 US$ 65.980 US$ 39.036 US$ 105.016 US$ 120.600 US$ 60.449 US$ 181.049 330.759 187.067 517.826 (24.479) (116.366) (140.845) 39.510 18.018 57.528 Lucro líquido (prejuízo) apropriado disponível para acionistas detentores de ações ordinárias e preferenciais 396.739 226.103 622.842 (19.770) (10.781) (30.551) 160.110 78.467 238.577 Denominador diluído Opção de compra de ações Bônus de subscrição 784.006 386.795 209.948 737.065 473.515 257.025 540.175 784.974 24.048 426.095 Média ponderada diluída das ações (em milhares) 23.090.525 14.475.271 22.384.145 12.206.392 23.058.784 12.433.243 Lucros (prejuízos) diluídos por mil ações (US$) US$ 17,18 US$ 15,62 US$ 6,94 US$ 6,31 Numerador básico Dividendos reais declarados Lucros (prejuízos) básicos alocados para distribuição Lucro líquido (prejuízo) apropriado disponível para acionistas detentores de ações ordinárias e preferenciais Numerador diluído Dividendos reais declarados Lucros (prejuízos) básicos alocados para distribuição US$ (0,92) 37.565.796 US$ 4.709 US$ (0,88) F - 77 G:\DEZ\AMBEVPOR.DOC 21.173.565 11.949.367 33.122.932 US$ (0,92) US$ 105.585 US$ (0,88) US$ 110.294 34.590.537 35.492.027 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado (i) Os valores do lucro por ação ordinária e preferencial do capital social foram calculados com base no método da "dupla classe". A partir de 1o. de janeiro de 1997, os acionistas preferenciais têm o direito de receber dividendos por ação de, no mínimo, 10% acima dos dividendos pagos aos acionistas comuns. Os lucros não distribuídos, portanto, compreendendo o período de 1o. de janeiro de 1997 em diante, foram apropriados aos acionistas comuns e preferenciais, na base de 100 para 110, respectivamente, considerando a média ponderada de ações emitidas durante o período em relação ao seu total (percentual de distribuição). Para fins de cálculo do lucro por ação diluído, as opções para compra de ações pressupõem a conversão em ações preferenciais ou ordinárias a partir da data de emissão dos títulos pelo método da ação em tesouraria. Todas as referências a quantidade de ações preferenciais e ordinárias e aos valores por ação foram corrigidas de modo a causar um efeito retroativo no desdobramento de ações em todos os períodos apresentados. 17 Benefícios a funcionários (a) Plano de Aposentadoria e Pensão AmBev O Fundo de Pensão AmBev é um fundo de pensão com benefícios definidos, operando a partir de um plano de contribuição definida, que complementa os benefícios oferecidos aos funcionários da Companhia e de suas controladas brasileiras pelo sistema de seguridade social do governo brasileiro. Esses planos são administrados pelo Fundo de Pensão da AmBev, o "Instituto AmBev de Previdência Privada", que, a partir de 8 de dezembro de 2000, passou a substituir o fundo de pensão do "Instituto Brahma de Seguridade Social". O Fundo AmBev foi estabelecido somente para benefício de funcionários, e seus ativos são mantidos independentemente dos da Companhia. A Companhia nomeia os três diretores para o Fundo de Pensão AmBev. Atualmente, contamos com 5.332 beneficiários do plano (1999 5.951), dos quais 2.389 (1999 - 2.549) têm participação no plano de benefícios definidos. Nossa contribuição para o plano de benefícios definidos compreende 3,1% do salário nominal dos participantes e 5,4% no que se refere ao plano de contribuição definida. F - 78 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado O Fundo de Pensão AmBev está disponível tanto para membros ativos quanto para aposentados. Três meses após a contratação, os funcionários podem optar por associar-se ao Fundo de Pensão AmBev. Quando saem da Companhia (a não ser por motivo de aposentadoria), os membros devem deixar o Fundo de Pensão AmBev. Os membros que se associaram após 1990 e saíram receberam, em uma única parcela, suas contribuições corrigidas para ambos os planos de benefícios definidos e de contribuição definida. Anteriormente a maio de 1998, havia apenas o plano de benefícios definidos, quando, então, o plano de contribuição definida foi lançado. A partir dessa data, foi vedado o ingresso de novos funcionários ao plano de benefícios definidos, os quais podem associar-se apenas ao plano de contribuição definida. Por ocasião da adoção do plano de contribuição definida, foi facultada aos beneficiários ativos a opção de permanecer na antiga modalidade ou transferir seus benefícios acumulados para a nova modalidade. O plano de contribuição definida cobre praticamente todos os novos funcionários. As contribuições da AmBev são determinadas com base em um percentual do salário dos beneficiários. As despesas previdenciárias relacionadas ao plano de contribuição definida no exercício findo em 31 de dezembro de 2000 totalizaram, aproximadamente, US$ 1.538 (1999 - US$ 1.709). (b) O Fundo de Pensão Antarctica Para os antigos funcionários da Antarctica, a AmBev é a patrocinadora de um plano de contribuição definida, o Plano Normal Antarctica, bem como de um plano de benefícios definidos, o Plano Especial Antarctica. O Plano Normal Antarctica está disponível a praticamente todos os antigos funcionários da Antarctica em atividade. Esse plano prevê a participação do empregador com base, principalmente, na participação do funcionário. O valor total de despesas incorridas com o Plano Normal Antarctica no exercício findo em 31 de dezembro de 2000 foi de US$ 1.999 (1999 - US$ 1.643). O Plano Especial Antarctica, cujo lançamento se deu em agosto de 1995, tem como intuito oferecer benefícios aos funcionários aposentados e seus dependentes. A elegibilidade ao plano está condicionada à idade e nível salarial do beneficiário naquela data e estendia-se a um grupo adicional de funcionários prestes a se aposentarem. Em 31 de dezembro de 2000, o plano contava com 144 beneficiários em condição de pagamento (1999 - 144). Os benefícios pagos aos membros do Plano Especial Antarctica têm como base o salário final. F - 79 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado (c) Posição consolidada dos Fundos de Pensão AmBev e Antarctica Com base nos relatórios do atuário independente, a posição consolidada e os montantes contabilizados no balanço patrimonial da Companhia foram apresentados em conformidade com o SFAS no. 132, "Divulgações, pelo Empregador, de Pensões e outros Benefícios Pósaposentadoria", demonstrados a seguir: Fundos de Pensão AmBev e Antarctica 2000 Variação na obrigação com benefícios Obrigação líquida com benefícios no início do exercício Consolidação da Antarctica Custo de serviços Custo de juros Perda atuarial Correções Cancelamentos Liquidações Benefícios pagos, bruto Ganhos cambiais Obrigação líquida com benefícios no fim do exercício US$ 92.147 18.719 2.639 8.525 5.691 24.413 (3.542) (6.139) (10.758) (10.152) 1999 US$ 132.569 3.789 6.839 13.983 (3.178) (10.322) (8.073) (43.460) US$ 121.543 US$ 92.147 Valor provável dos ativos do plano no início do exercício Retorno real sobre ativos do plano Contribuições do empregador Contribuições dos participantes do plano Benefícios pagos, bruto Liquidações Perdas cambiais US$ 149.186 17.642 312 989 (8.760) (5.947) (11.973) US$ 191.674 33.414 769 1.927 (8.073) (8.406) (62.119) Valor provável dos ativos do plano no fim do exercício US$ 141.449 US$ 149.186 Variação nos ativos do plano Posição consolidada no fim do exercício Ganho atuarial não reconhecido, líquido Custo de serviços passados (não reconhecido) Obrigação líquida não reconhecida, da fase de transição US$ 19.906 (23.977) 22.851 1.016 US$ 57.039 (37.131) Custo dos benefícios pagos antecipadamente US$ 19.796 US$ 21.663 F - 80 1.755 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado Estão incluídas no valor justo dos ativos dos Fundos de Pensão AmBev, em 31 de dezembro de 2000 e de 1999, 9.595.170 ações preferenciais e 88.664.850 ações ordinárias da Companhia, com um valor justo total de US$ 23.618 (1999 - US$ 14.500). Fundos de Pensão AmBev e Antarctica Premissas médias ponderadas em 31 de dezembro Taxa de desconto Retorno esperado sobre ativos do plano Taxa de aumento salarial (1) 2000(1 ) 1999(1 ) 8,12% 8,12% 5,10% 8,12% 8,12% 5,10% Expresso em termos nominais. Exercícios findos em 31 de dezembro Fundos de Pensão AmBev e Antarctica 2000 Composição do custo periódico líquido dos benefícios Custo de serviços Custo de juros Retorno esperado sobre ativos Amortizações Obrigação/ativos na fase de transição Ganho atuarial Contribuições de funcionários Total do custo periódico líquido dos benefícios (benefício) F - 81 1999 US$ 2.639 8.525 (11.747) US$ 3.789 6.839 (10.107) 389 (2.760) (1.771) 384 (2.532) (2.705) US$ (4.725) US$ (4.332) 1998 US$ 8.198 11.727 (13.581) 614 (5.590) US$ 1.368 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado (d) Fundação Assistencial Brahma A Fundação Assistencial Brahma foi fundada em 1983 com o objetivo de oferecer assistência médica, dentária, educacional, esportiva e social aos funcionários patrocinados e seus dependentes. Os beneficiários contribuem com, no máximo, 50% do custo das consultas médicas e dentárias, sendo que o valor restante é pago pela Fundação Assistencial Brahma. Os serviços de saúde pessoal normalmente têm cobertura total pela Fundação, que também oferece assistência médica a cerca de 1.200 funcionários aposentados e seus 1.500 dependentes. A Fundação Assistencial Brahma administra primordialmente sua assistência médica e dental por meio de clínicas independentes. Em 27 de outubro de 2000, a "Fundação Zerrenner" assumiu todos os ativos e obrigações da Fundação Assistencial Brahma, decretando a sua dissolução (Nota 2 (m)). (e) Fundação Zerrenner A Fundação Zerrenner oferece assistência médica, dentária, educacional e social aos funcionários aposentados da AmBev e seus beneficiários e dependentes amparados pelo plano (cerca de 30.180 beneficiários e dependentes em 31 de dezembro de 2000 e 23.500 beneficiários da Fundação Assistencial Brahma em 31 de dezembro de 1999). Por opção, a Companhia poderá apoiar a Fundação Zerrenner com até 10% do lucro líquido consolidado, apurado de acordo com a legislação societária brasileira (Nota 21(b)). Até 30 de junho de 1999, o acionista principal da Antarctica era a Fundação Zerrenner, um fideicomisso, atualmente acionista da AmBev. Em 27 de outubro de 2000, a Fundação Zerrenner assumiu legalmente os ativos e passivos da Fundação Assistencial Brahma com a qual realizou a fusão. Consistente com o tratamento contábil aplicado à Fundação Assistencial Brahma, devido à influência significativa que exercemos sobre as decisões de investimento da Fundação Zerrenner, os ativos líquidos da Fundação Zerrenner foram consolidados no Balanço Patrimonial da AmBev (Nota 2(m)). Os ativos líquidos, a valor justo em 27 de outubro de 2000, excluindo o passivo atuarial, detalhado abaixo, mantido pela fundação Zerrenner e as despesas operacionais, consolidadas em nossas demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000, após a fusão com a Fundação Assistencial Brahma, estão sumarizados abaixo: F - 82 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado Em 31 de dezembro de 2000 Ativos circulantes Caixa restrito Outros Imobilizado Investimento em ações preferenciais da AmBev Investimento em ações ordinárias da AmBev Outros ativos Passivos circulantes Passivos não-circulantes US$ 34.651 6.397 23.913 93.004 704.146 689 (2.194) (3.189) 857.417 (797.150) Menos: Ações em tesouraria Ativos líquidos US$ 60.267 Despesas operacionais US$ 3.187 F - 83 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado (f) Posição consolidada da Fundação Zerrenner (passivo atuarial) Com base nos relatórios do atuário independente, a posição consolidada e os montantes reconhecidos no balanço patrimonial da Companhia foram apresentados em conformidade com o SFAS nº 132 e são demonstrados a seguir: Fundação Zerrenner (1999 Fundação Assistencial Brahma) 2000 1999 Variação na obrigação com benefícios Obrigação líquida no início do exercício Custo de serviços Custo de juros Perda atuarial Benefícios pagos, bruto Consolidação da Antarctica Ganhos cambiais US$ 30.523 874 13.024 7.820 (9.186) 58.823 (6.959) US$ 42.112 Obrigação líquida no fim do exercício US$ 94.919 US$ 30.523 Posição consolidada no fim do exercício Perda atuarial não reconhecida, líquida Obrigação líquida não reconhecida, da fase de transição US$ (94.919) 18.987 9.117 US$ (30.523) 13.301 10.666 Custo dos benefícios acumulados US$ (66.815) US$ (6.556) (5.774) (61.041) (6.556) Obrigação com pós-aposentadoria (circulante) Obrigação com pós-aposentadoria (longo prazo) 2.160 1.382 (1.312) (13.819) Uma vez que os ativos da Fundação Zerrenner não estão segregados nem restritos entre empregados ativos e aposentados da AmBev, os mesmos não foram considerados ativos do plano conforme definido pelo SFAS no. 106. Esses ativos foram consolidados pela AmBev ao invés de compensarem o passivo atuarial de benefícios pós-aposentadoria. Fundação Zerrenner (1999 Fundação Assistencial Brahma) Premissas médias ponderadas em 31 de dezembro Taxa de desconto Tendência da taxa de custo de plano de saúde sobre benefícios cobertos (1) Expresso em termos nominais. F - 84 2000(1 ) 1999(1 ) 8,12% 8,12% 7,10% 7,10% Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado Para fins de avaliação, adotou-se a premissa de que a tendência de custo com plano de saúde para 2001 não diferirá consideravelmente da taxa de 2000. Os atuários da Companhia estão impossibilitados de projetar a direção e padrão das alterações das taxas presumidas, as últimas taxas e o prazo esperado para atingir tais taxas. Exercícios findos em 31 de dezembro Fundação Zerrenner (1999/1998 Fundação Assistencial Brahma) 2000 1999 1998 US$ 874 13.024 US$ 2.160 US$ 3.031 761 631 749 577 1.199 725 US$ 15.290 US$ 3.486 US$ 4.955 Composição do custo líquido com benefícios Custo de serviços Custo de juros Amortizações Obrigação/ativos na fase de transição Perda atuarial Total do custo líquido com benefícios A tendência da taxa de custo de plano de saúde adotada tem um impacto significativo sobre os montantes destinados aos planos de assistência. A alteração de um ponto percentual na referida tendência acarretaria nos seguintes efeitos (todas as hipóteses foram mantidas constantes): Aumento de um ponto percentual Total da composição do custo de serviços e juros Obrigação com benefícios pós-aposentadoria 2000 1999 US$ 314 3.869 US$ 259 3.195 F - 85 Diminuição de um ponto percentual 2000 US$ (122 ) (3.338) 1999 US$ (223) (2.746) Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado 18 Compromissos e contingências (a) Processos tributários legais A Companhia está contestando o pagamento de determinados impostos e contribuições e efetuou depósitos judiciais em caução (vinculados a processos legais) em montantes equivalentes ou inferiores, aguardando decisão final das autoridades. A administração acredita que as provisões para contingências, inclusive juros, são suficientes para cobrir perdas prováveis e razoavelmente estimáveis no caso de julgamentos desfavoráveis. As variações nas obrigações apuradas com processos legais são as seguintes: Exercícios findos em 31 de dezembro 2000 1999 No início do exercício Novas provisões Consolidação da Antarctica Pagamentos Juros Reversões Ganho cambial US$ 163.309 164.766 22.838 (14.275) 12.980 (13.544) (25.095) US$ 208.033 126.793 No fim do exercício US$ 310.979 US$ 163.309 (20.373) 10.184 (85.332) (75.996) As perdas prováveis provisionadas, com base em recomendação de consultores jurídicos externos, em nossas demonstrações financeiras, são as seguintes: Exercícios findos em 31 de dezembro 2000 1999 Impostos indiretos (i) Processos trabalhistas (ii) Processos de distribuidores (iii) Imposto de renda e contribuição social (iv) Processos de fornecedores e relativos a produtos Outros US$ 197.462 39.898 14.523 7.927 4.001 47.168 US$ 100.571 25.165 15.239 4.317 4.433 13.584 Total das provisões US$ 310.979 US$ 163.309 F - 86 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado (i) Impostos indiretos Exercícios findos em 31 de dezembro Imposto sobre produtos industrializados (IPI) e imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) Programa de integração social (PIS) e Contribuição para o financiamento de seguridade social (COFINS) Outros (principalmente FINSOCIAL) 2000 1999 US$ 102.604 US$ 80.179 74.619 20.239 13.121 7.271 US$ 197.462 US$ 100.571 Durante 1999, obtivemos uma liminar permitindo o não pagamento de PIS e Cofins (impostos sobre receitas) sobre receitas financeiras e, ao mesmo tempo, provisionamos o montante devido, uma vez que a obrigação é considerada provável, resultando em uma despesa de US$ 24.000 (1999 - US$ 13.000) em "ICMS e IPI". Embora tenhamos movido um processo contra as autoridades fiscais como apoio a nosso entendimento quanto à inconstitucionalidade da nova lei, a nova lei exige que paguemos PIS e Cofins até que se obtenha uma sentença favorável ou a lei seja revogada. Em 31 de dezembro de 2000, a provisão monta a US$ 39.216, incluindo a provisão de US$ 23.623 da Antarctica. Em outubro de 1996, uma decisão das autoridades fiscais permitiu que os créditos de ICMS e IPI incidentes na compra de imobilizado fossem compensados contra os montantes a pagar desses impostos. AmBev moveu um processo solicitando que fossem compensados o ICMS pago antes de 1996 e o IPI pago em 1997 e 1996 contra impostos semelhantes a pagar. AmBev compensou aproximadamente US$ 1.600, US$ 17.000 e US$ 20.000 em relação a esses impostos em 2000, 1999 e 1998, respectivamente. A compensação resultou em uma redução de "Impostos sobre vendas" e crédito a "Outras receitas operacionais". Ao mesmo tempo, foi contabilizado um passivo contingente em "Provisão para Contingências" no mesmo montante com um correspondente débito a "Outras receitas operacionais". Uma vez que o recurso impetrado pela AmBev não obteve uma decisão favorável e transitada em julgado, os correspondentes ativos porventura gerados no futuro são reconhecidos somente quando tiverem assegurada sua realização. O montante de US$ 9.086 (1999 - US$ 19.183) também se encontra provisionado nessa rubrica para fazer face à parcela de juros desses créditos de impostos contingentes de ICMS e IPI. F - 87 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado AmBev também está contestando os pagamentos de PIS anteriores a 1995. A base para determinar a contribuição de PIS foi declarada inconstitucional pela Suprema Côrte em 1995, que também definiu que todas as entidades teriam direito a recuperar a parcela do PIS cobrada indevidamente com base na legislação em excesso sobre a legislação anterior. As autoridades fiscais estão analisando esses assuntos e discordam da AmBev quanto ao montante dos créditos a serem recuperados. Uma provisão de US$ 35.403 foi feita sobre os créditos já utilizados por AmBev, que incluem a provisão da Antarctica de US$ 16.126. (ii) Processos trabalhistas A Companhia é parte demandada em aproximadamente 8.000 processos trabalhistas movidos por empregados e ex-empregados, principalmente como resultado de demissões, pagamento de verbas rescisórias, adicionais por insalubridade e periculosidade, prêmios, benefícios de aposentadoria e outros. A Companhia constituiu provisões para todos os processos que acreditamos estarem sujeitas a prováveis desfechos desfavoráveis. Os depósitos judiciais (Vinculados aos processos legais), principalmente para fazer face a processos trabalhistas, totalizaram US$ 18.296 em 31 de dezembro de 2000 (1999 - US$ 9.755) e nenhum deles, individualmente, excedeu o montante de US$ 500. (iii) Processos de distribuidores Em 31 de dezembro de 2000, havia em andamento aproximadamente 270 processos por quebra contratual contra a Companhia por seus antigos distribuidores, cujos contratos foram rescindidos como resultado do baixo volume de vendas, falta de cumprimento, por parte dos distribuidores, das diretrizes da Companhia e uma reestruturação geral da rede de distribuição. A maioria desses processos foi movida originalmente entre 1996 e 2000. Desses processos, 240 ainda estão sendo julgados em primeira instância, 27 foram objeto de recurso e estão agora em instâncias intermediárias, e 3 estão sendo atualmente revisados pelo tribunal de última instância, o Supremo Tribunal de Justiça - STJ. A Companhia constituiu provisões para prováveis perdas no montante de US$ 14.523, com base na opinião de seus assessores jurídicos externos. Durante o exercício de 2000, a Companhia pagou US$ 1.017 aos antigos acionistas de um de seus fornecedores, India S.A., uma empresa adquirida pela Malteria Pampa em 1994. F - 88 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado (iv) Imposto de renda e contribuição social Durante 2000, efetuamos uma provisão adicional de US$ 2.296 para fazer face a juros sobre contribuições sociais a pagar. Durante o exercício de 1999, a Companhia reverteu provisão para passivos contingentes no montante de US$ 30.929 para a conta "Benefício de imposto de renda" relativos à exposição a riscos de imposto de renda eliminados ao final do prazo prescricional aplicável. O montante mais significativo (US$ 21.654) referia-se à metodologia para correção monetária de balanço para fins tributários. No entanto, até a data de expiração do prazo prescricional, o nível de incerteza era tal que a administração considerou o passivo como provável e passível de estimativa. Posteriormente, a Companhia fez a conversão dos ativos fiscais mediante a compensação dos pagamentos de impostos devidos. Em 1998, estornamos US$ 21.070 relativos ao imposto de renda e contribuição social a recolher, entre outros itens, que, segundo as autoridades fiscais, não deveriam ter sido compensados pelos encargos de depreciação gerados a partir da indexação complementar das contas do imobilizado determinados por uma lei sancionada em 1991. Durante 1998, em seguida à expiração do prazo prescricional de cinco anos, a Companhia estornou US$ 80.366 referentes a riscos não reconhecidos de imposto de renda e contribuição social. Segundo nossos assessores legais e fiscais, a expiração do prazo prescricional leva a considerar a contingência como remota. (v) Outros assuntos tributários A Companhia moveu processos contra as autoridades fiscais com o objetivo de apoiar seu ponto de vista segundo o qual determinados impostos são inconstitucionais, embora a Companhia tenha sido legalmente exigida a pagar esses montantes, a efetuar depósitos judiciais e/ou constituir provisões para fazer face a montantes legalmente devidos. Entre esses processos legais, encontram-se aqueles envolvendo imposto de renda e contribuição social, ICMS, IPI, entre outros. A Companhia está movendo processos contra as autoridades fiscais para assegurar os benefícios resultantes de isenções de IPI sobre certos insumos. Atualmente, a "isenção" tornou-se um mero diferimento fiscal por ocasião da venda. Uma vez que esse e outros processos dependem de que a Companhia obtenha decisões judiciais favoráveis e transitadas em julgado, os correspondentes ativos porventura surgidos no futuro serão reconhecidos somente quando for assegurada a sua realização. F - 89 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado (b) Benefícios pós-emprego A Companhia mantém um plano de pensão e outros benefícios de pós-emprego (Nota 17) para seus funcionários e efetua contribuições mensais com base nas despesas de pessoal aos planos governamentais de pensão, previdência social e verbas rescisórias. A Companhia contribui com 8% do salário bruto de cada funcionário a uma conta mantida em nome do funcionário no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS. Não são exigidas outras contribuições ao FGTS. Esses pagamentos são levados a resultado, quando incorridos. De acordo com a legislação vigente no Brasil, a Companhia também paga verbas rescisórias a funcionários demitidos sem causa. O montante do benefício é calculado em 40% das contribuições acumuladas efetuadas pela Companhia ao FGTS durante o tempo de serviço do funcionário. A Companhia não provisiona essas verbas rescisórias antes de ser formalizada a decisão de demitir o funcionário, uma vez que esses benefícios não são prováveis nem razoavelmente estimáveis. Essas demissões ocorrem no curso normal do negócio e não são significativas em relação à posição financeira consolidada, demonstração do resultado ou liquidez da companhia. As despesas de rescisão montaram a US$ 6.193, US$ 4.044 e US$ 6.615 nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2000, 1999 e 1998, respectivamente. (c) Questões ambientais A Companhia está sujeita a leis e regulamentações federais, estaduais e locais relacionadas ao meio ambiente. Essas leis estabelecem, geralmente, o controle do ar e de emissões de efluentes e obrigam as partes responsáveis a fazer reparações em depósitos de materiais prejudiciais ao ambiente. Penalidades civis podem ser aplicadas por desobediência às leis. A Companhia constitui provisão para custos de reparação e multas quando uma perda é provável e o valor envolvido pode ser razoavelmente estimado. Atualmente, não é possível estimar o montante de todos os custos de reparação que podem ser incorridos ou de multas que podem ser impostas; entretanto, a administração não prevê, atualmente, que esses custos e multas, na medida em que não foram provisionados anteriormente, terão efeito relevante adverso na posição financeira consolidada, na demonstração dos resultados ou na liquidez da Companhia. F - 90 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado No momento, não há processos ou autuações ambientais não reconhecidos. A Companhia efetuou gastos substanciais para adequar as instalações atuais às várias leis ambientais. Os gastos recentes são os seguintes: Exercício findo em 31 de dezembro 2000 1999 1998 Ativo imobilizado Tratamento de efluentes Total US$ 874 1.369 5.709 US$ 17.528 6.963 15.387 US$ 18.402 8.332 21.095 Os gastos orçados para o período de cinco anos a findar em 31 de dezembro de 2005 totalizam aproximadamente US$ 102.000 (não auditado). (d) Indenização A Buenos Aires Embotelladora S.A. - BAESA, de quem adquirimos a Pepsi Cola Engarrafadora e a Pepsi Cola Bebidas Ltda., concordou em indenizar a Companhia em até 80% de determinadas contingências, sem exceder, em nenhuma hipótese, US$ 20.000 no total, por um prazo de cinco anos a partir da data da compra, em outubro de 1997. Adicionalmente, a Companhia possui um contrato de indenização, com valores ilimitados, firmado com a PepsiCo, Inc. (PCI) que requer que a PCI reembolse a Companhia por 80% de determinadas contingências em um período de cinco anos a partir da data da compra. Até a presente data a Companhia não efetuou nenhum pagamento significativo relativo a tais contingências para as quais o reembolso é devido. 19 Segmentos de Negócios As informações sobre o segmento de negócio da Companhia são divulgadas nos termos do SFAS no. 131, "Divulgação de informações sobre Segmentos de uma Empresa e Informações Correlatas". O SFAS no. 131 requer que sejam divulgadas informações sobre os produtos e serviços, áreas geográficas e principais clientes. A Companhia é representada por dois segmentos principais: cerveja e refrigerantes, os quais, juntos, são responsáveis por 98% da receita de vendas líquidas em 2000 e 97% em 1999. F - 91 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado O SFAS no. 131 requer que as informações sobre os segmentos sejam apresentadas nas demonstrações financeiras preparados de acordo com os PCGAs nos EUA com base nas informações internas utilizadas pela administração na tomada de decisões operacionais, incluindo a distribuição de recursos entre os segmentos e o desempenho destes de acordo com informações obtidas a partir de seus registros contábeis legais, que são preparados em conformidade com a legislação societária, sendo que as informações sobre os segmentos da AmBev foram incluídas em suas demonstrações financeiras preparadas de acordo os princípios contábeis da legislação societária brasileira (exceto pelo referido abaixo). O CADE não emitiu parecer, a não ser em 7 de abril de 2000, ocasião em que certas restrições operacionais foram levantadas, as quais haviam anteriormente impedido a consolidação nos termos dos PCGAs nos EUA. Portanto, as informações complementares sobre os segmentos nos PCGAs dos EUA, oriundas dos registros contábeis preparados de acordo com a legislação societária brasileira, apresentam informações sobre a Antarctica apenas para o período de nove meses com início a partir de 1o. de abril de 2000, uma vez que a Companhia foi efetivamente impedida de modificar o nível de recursos destinados aos segmentos empresariais da Antarctica até aquela data. Algumas despesas não foram alocadas aos segmentos e consistem em despesas corporativas, participações de minoritários, imposto de renda e contribuição social e receita e despesa financeira. A Companhia avalia as informações sobre desempenho geradas a partir de registros contábeis societários. Determinadas unidades operacionais não segregam despesas operacionais, total do ativo, depreciação e amortização. Esses montantes foram alocados com base no total de vendas societárias. Os valores em moeda local apresentados na demonstração do resultado foram convertidos para dólares dos Estados Unidos para fins de conveniência, à taxa média de cada período apresentado. Os valores apresentados nos balanços patrimoniais foram convertidos em dólares dos Estados Unidos às taxas de câmbio do final do exercício. F - 92 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado A Companhia preparou a conciliação das informações dos segmentos em suas demonstrações financeiras consolidadas. 2000 Cerveja Refrigerantes Outros Ajustes aos PCGAs nos EUA(1) Receita de vendas, líquida (PCGAs nos EUA) Cerveja Refrigerantes Outros Ajustes aos PCGAs nos EUA 1999 1998 US$ 2.206.780 410.343 58.828 (40.715) US$ 1.516.418 212.556 60.905 (13.936) US$ 2.187.505 454.869 76.863 (49.899) US$ 2.635.236 US$ 1.775.943 US$ 2.669.338 US$ 476.040 21.904 (6.873) (56.268) US$ 253.790 (37.637) 4.169 (36.183) US$ 410.216 (33.878) 13.183 (180.132) Lucro operacional antes das despesas financeiras, líquidas (PCGAs nos EUA)(2) US$ 434.803 US$ 184.139 US$ 209.389 Menos: Despesas financeiras, líquidas Outras receitas (despesas) não-operacionais Benefício (despesas) de imposto de renda Resultado de equivalência patrimonial em coligadas Resultado de equivalência patrimonial da Antarctica Participação de minoritários US$ (145.897) (901) 387.240 11.678 (49.879) (14.202) US$ (77.416) (8.448) 41.388 5.404 (179.116) 3.498 US$ (90.868) 14.994 92.696 2.962 US$ 622.842 US$ (30.551) US$ 238.577 Lucro líquido (prejuízo) (PCGAs nos EUA) 9.404 (1) A receita de vendas pelos PCGAs nos EUA difere da receita de vendas na forma de legislação societária brasileira em parte pelo fato de a receita de algumas coligadas ter sido incluída com base em uma consolidação proporcional, em conformidade com a referida legislação, visto que a receita dessas coligadas não foi incluída na consolidação pelos PCGAs nos EUA. Essa compensação se deu parcialmente pela contabilização de créditos fiscais do ICMS pelos PCGAs nos EUA, enquanto, de acordo com a legislação societária brasileira, os créditos de nossas fábricas foram registrados diretamente no patrimônio líquido. Créditos semelhantes de nossas subsidiárias foram registrados, de acordo com a legislação societária brasileira, em "Outras receitas não-operacionais" e igualmente reclassificados para Impostos sobre vendas pelos PCGAs nos EUA. As contingências fiscais foram registradas em Outras receitas (despesas) operacionais para fins da legislação societária brasileira e igualmente reclassificadas para "Impostos sobre vendas" para fins de apresentação pelos PCGAs nos EUA. Nenhum cliente apresentou individualmente receita superior a 10% das vendas consolidadas da Companhia. F - 93 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado A receita operacional pelos PCGAs nos EUA difere, em certos aspectos, da receita operacional na forma da legislação societária brasileira principalmente devido a diferenças na metodologia de consolidação e, em menor parte, à reclassificação de certos lucros/prejuízos registrados como receita/despesa não-operacional nos livros e registros contábeis fiscais e reclassificados para as respectivas contas da demonstração do resultado pelos PCGAs nos EUA, isto é, lucros/prejuízos oriundos de alienação do ativo imobilizado, lucro de créditos fiscais concedidos às subsidiárias, conforme mencionado anteriormente. Exercícios findos em 31 de dezembro 2000 1999 Ativos Cerveja Refrigerantes Outros Ajustes aos PCGAs nos Estados Unidos US$ 1.875.347 533.664 189.027 (182.224) US$ 1.127.833 297.808 186.044 (115.022) Total dos ativos operacionais (PCGAs nos EUA) US$ 2.415.814 US$ 1.496.663 1.555.982 1.353.836 US$ 3.971.796 US$ 2.850.499 Ativos da empresa (PCGAs nos EUA) Total dos ativos (PCGAs nos EUA) Cerveja Refrigerantes Outros Ajustes aos PCGAs nos EUA Total da depreciação e amortização (PCGAs nos EUA) 1998 US$ 243.449 43.213 5.548 (34.037) US$ 210.608 27.906 2.862 (6.473) US$ 228.356 51.020 5.658 (21.680) US$ 258.173 US$ 234.903 US$ 263.354 As áreas geográficas da Companhia estão distribuídas da seguinte forma: 2000 Locais Internacionais Ajustes aos PCGAs nos EUA Total de vendas, líquido (PCGAs nos EUA) Locais Internacionais Ajustes aos PCGAs nos EUA 1999 1998 US$ 2.461.632 214.319 (40.715) US$ 1.581.863 208.016 (13.936) US$ 2.521.407 197.830 (49.899) US$ 2.635.236 US$ 1.775.943 US$ 2.669.338 US$ 1.483.186 351.194 (54.333) Total dos ativos de longa duração (PCGAs nos EUA) US$ 1.780.047 F - 94 US$ 885.702 323.295 (79.852) US$ 1.129.145 US$ 1.567.779 389.997 (92.069) US$ 1.865.707 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado As vendas e operações internacionais são provenientes das subsidiárias da Companhia na Argentina e na Venezuela. Nenhuma receita proveniente de clientes em particular excedeu a 10% da receita de vendas líquida. 20 Informações complementares sobre o fluxo de caixa De acordo com a legislação tributária vigente, a Companhia difere os pagamentos de determinados impostos e os contabiliza como impostos diferidos sobre vendas (Nota 14). Os montantes diferidos durante 2000 montaram a aproximadamente US$ 27.689. Transações que não envolvem caixa incluem reversões de provisões para contingências detalhadas na Nota 18 e liquidação de impostos sobre a receita mediante a baixa de despesas não-operacionais. A Companhia financia suas importações de matéria-prima e equipamentos por meio de empréstimos de curto prazo e, com o recebimento desses empréstimos, o banco paga diretamente nossos fornecedores. Tais pagamentos não são refletidos nas demonstrações dos fluxos de caixa. Nós consolidamos todas as linhas do Balanço Patrimonial da Antarctica na data de 1o. de Abril de 2000 em nossa demonstração do fluxo de caixa uma única linha, "Caixa da Antarctica na consolidação em 1o. de Abril de 2000". Desta forma, as variações dos ativos e passivos operacionais apresentados em nossa Demonstração do Fluxo de Caixa diferem das variações das contas no Balanço Patrimonial. 21 Eventos subseqüentes (a) Fusão entre Antarctica e Brahma Em 2 de abril de 2001, a controlada direta, Brahma, foi incorporada pela Antarctica. Por ocasião dessa incorporação, a Antarctica passou a ser chamada de Companhia Brasileira de Bebidas - CBB. A incorporação de ações não envolveu terceiros nem afetou a participação dos acionistas minoritários nas subsidiárias da Antarctica. F - 95 Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 Expresso em milhares de dólares dos Estados Unidos, exceto quando indicado (b) Contribuições a Fundação Zerrenner Como parte do processo de fundirmos a Fundação Assistencial Brahma e a Fundação Zerrenner (Nota 17 (e)), foi feita uma avaliação atuarial a fim de determinar os níveis de contribuição necessárias de serem feitas à Fundação Zerrenner para fornecer benefícios para todos os funcionários compatíveis com aqueles anteriormente fornecidos pela Fundação Assistencial Brahma. O laudo atuarial concluiu uma necessidade de contribuições adicionais a serem feitas por AmBev, durante os próximos anos, de aproximadamente R$ 100 milhões (US$ 51.140 convertido pela taxa de câmbio de 31 de dezembro de 2000). Em 27 de abril de 2001, conforme previsto em nosso estatuto (Nota 17(e)), nós contribuímos US$ 9.071 para a Fundação Zerrenner. * * F - 96 *