Dezembro 2009 mensal 131/II www.cap.pt Assembleia da República aprova medidas contra a crise e debate o estado da agricultura No dia 18 de Dezembro, o Parlamento aprovou um projecto de resolução com medidas excepcionais para recuperar a agricultura, reconhecendo a legitimidade e a pertinência das reivindicações dos agricultores e da CAP. O documento de iniciativa do CDS-PP recomendou ao governo um conjunto de medidas “anti-crise” de efeito rápido, como a simplificação e a garantia de verbas para a execução do PRODER, a criação de uma verdadeira linha de crédito específica para a agricultura, a fixação de prazos para a avaliação de candidaturas com a possibilidade do deferimento tácito no fim do tempo esti- Recuo nas taxas do ICNB Foi suspensa a tentativa de aumentar as taxas pela prestação de actos e serviços em áreas classificadas prestados pelo ICNB. Em Outubro, foi publicada a portaria nº 1254/2009, onde se taxava de forma exagerada todos os serviços que os agricultores, situados em áreas de Rede Natura e em áreas protegidas, são obrigados a solicitar ao ICNB. A intervenção da CAP, pedindo a revogação do diploma, mereceu atendimento institucional e, com fundamentação nas dúvidas e equívocos gerados, não só quanto ao seu âmbito de aplicação, mas principalmente quanto à sujeição de determinados actos e actividades ao pagamento as referidas taxas, foi publicado no dia 4 de Dezembro, a nova portaria nº1397/2009. Esta procede à suspensão da portaria nº1254/2009 e repõe em vigor a portaria nº 754/2003. A futura Comissão Europeia Durão Barroso já tornou pública a lista de candidatos a comissários europeus. Vamos saber quem são (pág.2). pulado e a garantia de pessoal disponível para proceder atempadamente a controlos e pagamentos. O projecto foi aprovado com os votos favoráveis do PSD, PCP e PEV, e a abstenção do PS e do Bloco de Esquerda. No mesmo dia, o INE tornou pública a informação “Contas Económicas da Agricultura 2009” onde se conclui que o rendimento da actividade agrícola deverá diminuir 2,9 por cento. De acordo com a primeira estimativa, o “valor acrescentado bruto (VAB) deverá decrescer 1,5%, em termos nominais. O rendimento de factores deverá baixar 5,3% na sequência do decréscimo do VAB e dos outros subsídios à produção. O volume de mão-de-obra agrícola deverá manter a tendência decrescente, estimando-se que varie -2,9%. O rendimento da actividade agrícola, por unidade de trabalho, deverá decrescer, em termos reais, 2,9%” pode ler-se no documento. A aprovação deste diploma pela AR representa a inversão da política agrícola praticada nos últimos quatro anos, a qual contribuiu profundamente para a actual crise em que a agricultura se encontra, e a publicação das “Contas Económicas da Agricultura 2009” ajudaram a dar razão aos agricultores e a convencer os parlamentares menos informados. Adiado o Código dos Regimes Contributivos Afinal o Código dos Regimes Contributivos da Segurança Social já não entra em vigor em Janeiro. O trabalho dos parceiros sociais e dos partidos da oposição deu bons resultados e permitiu que as propostas do CDS-PP para o adiamento do diploma e para uma nova avaliação do mesmo pela concertação social, resultasse na maioria necessária para adiar a entrada em vigor do Código Contributivo. Apenas o Partido Socialista votou contra. Quanto ao segundo artigo do diploma, que prevê o regresso do Código à mesa de trabalho da Concertação Social, este foi também aprovado em reunião da Comissão de Trabalho, Segurança Social e Administração Pública com os votos contra do PS e a abstenção do Bloco de Esquerda.Antes da votação, os deputados ouviram as Confederações patronais (CAP, CIP, CTP e CCP) e os dois sindicatos (UGT e CGTP).Quando em Setembro, o presidente da República aprovou o Código Contributivo, apresentou reservas e apontou como imprudente a sua entrada em vigor em 2010. Os empresários podem, para já, respirar de alívio, até porque há propostas de alteração nalguns pontos que podem vir a modificar substancialmente o diploma. ainda neste número… • Ministro anuncia medidas • Acordos com países mediterrâneos comprometem agricultura • Novas equipas no GPP e PRODER CIMEIRA DE COPENHAGA Um acordo que é uma lista de promessas Durante doze dias, o mundo teve os olhos postos em Copenhaga, mas da Cimeira do Clima não saiu nenhum tratado internacional que possa dar seguimento ao Protocolo de Quioto, depois de 2012. De facto, de Copenhaga saiu apenas um acordo voluntário, sem metas, sem datas, sem fiscalização nem compromissos. E isto, só foi conseguido a poucas horas do seu encerramento. Quase no fim da reunião da ONU, os Estados Unidos, a China, a Índia, o Brasil e a África do Sul conseguiram uma base de entendimento, assente em princípios e promessas. Na recta final, a liderança das negociações passou para as mãos dos Estados Unidos e da China, acabando com o protagonismo e as propostas ambiciosas defendidas desde o início pela UE. “Este não é o acordo que queríamos”, reconheceu Durão Barroso na madrugada do dia 19 de Dezembro. O acordo é o compromisso político de quem o subscreve, não tem poder vinculativo e não define metas para as reduções das emissões. É um documento com as seguintes intenções: - limitar o aumento da temperatura média da Terra, a 2 graus centígrados; - para anexar ao acordo, os países desenvolvidos e os países em desenvolvimento devem elaborar a lista de compromissos voluntários para diminuírem as emissões e os ritmos de crescimento. Deverá ser entregue até Fevereiro de 2010; - a fiscalização do cumprimento dos compromissos será feita pelos próprios países, com excepção para as acções financiadas pelos países ricos, que serão sujeitas a auditoria externa; - o financiamento aos países pobres ficou estabelecido em 30 mil milhões de dólares entre 2010 e 2012 e em 100 mil milhões de dólares anuais a partir de 2020, mas desconhece-se quem e como se pagará estes último montante; - os 30 mil milhões de dólares dos próximos três anos serão garantidos pela União Europeia (10,6 mil milhões), Japão (11 mil milhões) e Estados Unidos (3,6 mil milhões). Comissão Europeia 2009-2014 COPA-COGECA: lobby com PE Os candidatos A entrada em vigor do Tratado de Lisboa significa mais poder para o Parlamento Europeu na tomada de decisão em matérias agrícolas. Com o futuro da PAC pós 2013 a começar a ser debatido, o COPA-COGECA manifestou todo o interesse da organização em colaborar estreitamente com os eurodeputados no sentido de alcançar soluções para os problemas comuns da agricultura. Os presidentes do COPA e do COGECA quiseram tornar pública a sua posição de manutenção de defesa de uma PAC sólida, com politicas e incentivos mais adequados para garantir a manutenção das explorações e para evitar um êxodo massivo das zonas rurais da União Europeia. “Desenha-me um direito” No final de Novembro, Durão Barroso tornou pública a lista de comissários com que pretende formar a Comissão Europeia 2009-2014. Esta será a primeira a trabalhar dentro do enquadramento definido pelo Tratado de Lisboa, e Durão Barroso teve de esperar pela designação dos dois altos cargos criados pelo Tratado, antes de poder anunciar a sua equipa. Por ocasião do vigésimo aniversário da Declaração Universal dos Direitos da Criança, a Comissão Europeia lançou um concurso a todos os jovens europeus com idades compreendidas entre os 10 e os 18 anos. O desafio é que desenhem um cartaz sobre os direitos consagrados na Convenção, demonstrando assim que os conhecem e sabem aplicar. A Convenção sobre os Direitos da Criança é o tratado sobre direitos humanos ratificado por mais países em todo o mundo. 14 milhões para combater o nemátodo do pinheiro A Comissão Europeia aprovou uma decisão de co-financiamento no valor de 14 milhões de euros para programas em sete Estados-membros destinados a combater organismos prejudiciais para a flora e impedir o seu alastramento no território da UE. A segunda Comissão presidida por Barroso manterá 14 dos antigos elementos e terá 7 vicepresidentes, mas as novidades são a reconfiguração de sete cargos já existentes e a criação de três novas comissões: Acção para o Clima; Assuntos Internos; e Justiça, Cidadania e Direitos Fundamentais. O Parlamento Europeu irá avaliar os candidatos entre 11 e 19 de Janeiro de 2010 e na sessão plenária de 26 desse mês, pronunciarse-á sobre a futura Comissão, que se passar nesta prova, será nomeada pelo Conselho Europeu, tomará posse e iniciará funções no mês de Fevereiro de 2010. Esta é maior verba jamais disponibilizada pela UE para este efeito desde a entrada em vigor do regime de co-financiamento fitossanitário em 1997. A maior parte destas verbas destina-se a controlar os vários surtos de nemátodo-do-pinheiro ocorridos em Portugal. As várias espécies de coníferas europeias são extremamente vulneráveis e esta praga poderia vir a ter efeitos devastadores nas florestas europeias. O financiamento destina-se a ajudar Portugal a conter o nemátodo dentro da zona de protecção delimitada, o que deve permitir evitar que o território de outros Estados-membros seja afectado, protegendo-se os interesses financeiros da União em relação a países terceiros. O financiamento destina-se também a ajudar Espanha a combater um foco isolado de nemátodo-do-pinheiro detectado em Novembro de 2008 e erradicado com êxito em 2008/2009. HORTOFRUTICULTURA Acordos com países mediterrâneos comprometem a agricultura do sul da Europa A Comissão Europeia acabou de aprovar dois novos acordos de associação, com Israel e Marrocos, tendo em vista uma maior liberalização do comércio de produtos agrícolas, com especial incidência no sector dos frutos e produtos hortícolas frescos. Neste âmbito foram levantadas a maioria das restrições existentes às exportações de frutos e hortícolas provenientes destes países, embora haja algumas limitações em produtos considerados sensíveis, como a batata, o tomate, o pepino, o pimento, a courgete, a laranja, a clementina, a uva de mesa, o morango e o alho. Mesmo nestes produtos, que mantêm algum grau de protecção, os contingentes de importação aumentaram ou foram sujeitos a concessões por determinados períodos do ano, em que existe isenção de pagamento de taxas aduaneiras. Estes acordos inserem-se no âmbito da Parceria Euro-mediterrânea, instituída em 1995 e que tem como objectivo estreitar os laços políticos, económicos, sociais e culturais entre a UE e os países da Bacia Mediterrânea, entre outros aspectos, através do estabelecimento de uma zona de comércio livre nesta região, a partir de 2010. Se é verdade que os Países Terceiros Mediterrâneos foram e são grandes importadores de produtos agrícolas, o que sem dúvida nenhuma é um factor positivo para a agricultura comunitária, também não é menos verdade que este facto se deve a um aumento de concessões ao nível das importações por parte da UE dos produtos produzidos nesses países, crian- Auxílios de Estado Foi publicada, no Jornal Oficial da União Europeia de 31 de Outubro de 2009, a Comunicação da Comissão que altera o quadro comunitário temporário relativo às medidas de auxílio estatal destinadas a apoiar o acesso ao financiamento durante a actual crise financeira e económica (2009/C 261/02). Estas alterações ao quadro temporário relativo às medidas de auxílio estatal (versão consolidada publicada no JO C83 de 07/04/2009), dizem respeito à possibilidade de concessão de um montante limitado de auxílio, nos termos do ponto 4.2, que passa a ser aplicável às empresas do sector da produção primária de produtos agrícolas, sendo fixado um montante máximo para este auxílio de 15.000 euros durante o período de 1 de Janeiro de 2008 a 31 de Dezembro de 2010, não podendo a cumulação deste auxílio com os valores de minimis já recebidos ao abrigo do Regulamento (CE) n.º 1535/2007 de 20 de Dezembro (7.500 euros, no máximo) ultrapassar este limite. É necessário que o Estado Português notifique a Comissão Europeia da sua intenção de utilizar este regime temporário e o aplique mediante acto administrativo interno, o que pressuporá a alteração da Portaria n.º 184/2009 de 20 de Fevereiro. A Alemanha e a França já obtiveram autorização da Comissão Europeia. do assim instabilidade e uma muito maior e mais aguerrida concorrência, nos sectores para as quais as agriculturas dos Estados-membros do Sul têm maior aptidão. A CAP sempre se manifestou contra a forma como têm decorrido as negociações destes acordos: pouco clara, demasiado rápida e sem qualquer análise prévia quanto ao seu impacto sobre a agricultura comunitária mediterrânea. Embora o estabelecimento de uma grande zona de comércio totalmente livre no Mediterrâneo não se vá concretizar plenamente em 2010, a CE continua na persecução dos seus objectivos. Neste momento, a UE tem acordos de associação com a Argélia, Egipto, Israel, Jordânia, Líbano, Marrocos, Autoridade Palestiniana, Síria e Tunísia. A Líbia mantém estatuto de observador desde 1999. A maioria destes acordos tem vindo a ser objecto de aprofundamento, tal como aconteceu em 2008 com o Egipto e agora com Israel e Marrocos; a Tunísia é considerada a prioridade seguinte ao nível agrícola. AFN tem novo presidente Amândio Torres é o novo presidente da Autoridade Florestal Nacional, o organismo que faz a gestão da floresta portuguesa. Apesar de pertencer ao quadro do Ministério da Agricultura, encontrava-se a desempenhar as funções de director nacional de bombeiros da Autoridade de Protecção Civil, área a que se tem dedicado nos últimos anos. Amândio Torres é presidente da Assembleia Municipal da Lousã e vai substituir no cargo António José Rêgo, que detinha estas funções desde que a AFN foi criada em 2008. CVRVV obteve o único programa para Portugal Ministro da Agricultura anuncia medidas Com o propósito de fazer o ponto da situação sobre o pagamento do RPU, António Serrano deu a sua primeira conferência de imprensa, onde confirmou que no dia 2 de Dezembro se procedeu ao pagamento de 295 milhões de euros a 150.076 beneficiários de RPU. O ministro da Agricultura aproveitou a ocasião para anunciar “algumas medidas de carácter excepcional para apoiar a campanha de 2010 neste contexto de crise”, como o reforço de 25 milhões de euros para as agro-industriais e uma nova linha de crédito para a agricultura e pecuária de 50 milhões. Quanto à situação do PRODER, António Serrano informou que “em termos de execução financeira, é neste momento um total de 13,7 por cento que representa pouco mais de 611 milhões de euros pagos de facto aos agricultores correspondentes a 180 milhões de candidaturas aprovadas e contratadas em 2009”. O ministro sublinhou que num só mês de trabalho, o Ministério tinha conseguido pagar 27 milhões do PRODER demonstrando “um ritmo diferente daquilo que foi feito nos últimos anos”. A Comissão Vitivinícola Regional dos Vinhos Verdes (CVRVV) foi a única organização nacional a ver aceite o seu projecto de informação e promoção de produtos fora da UE. Sete Estados-membros apresentaram vinte candidaturas de produtos agrícolas e alimentares IGP e DOP, mas apenas dez foram aceites. A CVRVV obteve um cofinanciamento comunitário de 1.033.130 euros num projecto de promoção global de €2.066.260 euros, em destinos como a China, América Latina, América do Norte e Noruega. Todos os anos, os Estados-membros podem apresentar até 30 de Junho, as suas candidaturas ao programa de apoio europeu de acções de informação ou promoção dos seus produtos IGP e DOP, respectivamente, vinhos, fruta e hortícolas, carne, bebidas espirituosas, azeite e produtos biológicos. De acordo com o Regulamento CE nº 501/2008, a Comissão avalia, selecciona e pode atribuir até 50% (em três anos) do financiamento dessas acções promocionais fora da UE. Ficha técnica Notícias CAP nº131/II Depósito legal nº 190489/03 Ano VI – Mensal – Dezembro 2009 Tiragem: 7000 Concepção gráfica: Bizzi — Negócios e Comunicação com Inovação, Lda. Rua 15 de Outubro, 53 2770-146 Paço de Arcos Propriedade, redacção e publicidade: Confederação dos Agricultores de Portugal Avenida do Colégio Militar, lote 1786 1549-012 Lisboa Impressão: Shining Minds, Lda Rua Mário Castelhano, nº42 Lux ParK – A27 2730-120 Barcarena DESTAQUES “A Aventura da Terra” 4.600.000.000 anos em exposição Ao longo de 2009 o mundo celebrou o bicentenário do nascimento de Charles Darwin e o ano terminou com o mais participado encontro mundial sobre o futuro das espécies no planeta Terra: a Conferencia de Copenhaga. Duas boas razões para uma visita à exposição “A Aventura da Terra”, patente no Museu Nacional de História Natural, em Lisboa. Num museu onde 100 metros equivalem a 4.600 milhões de anos evolução, podem ser vistos os eventos geológicos e biológicos que ilustram os episódios evolutivos mais marcantes da história da Terra. Através de um friso cronológico e de seis grandes globos terrestres, a evolução do planeta e as condições que permitiram o aparecimento de vida, desfilam frente ao visitante. A cada metro há um avanço de 50 milhões de anos e o tempo ganha, de facto, uma nova dimensão. Um exemplo? A mascote da exposição, o camarão “Anomalocaris”. Com o dobro da antiguidade dos dinossauros, pertence ao maior grupo animal ainda existente na Terra nos dias de hoje: os artrópodes. É assim parente dos insectos, das aranhas, das lacrais e dos crustáceos. Já a espécie humana é muito recente. Como alguém disse: se imaginarmos a vida na Terra num calendário de um só ano, o aparecimento do Homem só teria ocorrido alguns segundos antes do Ano Novo! www.mnhn.ul.pt Museu Nacional de História Natural Rua da Escola Politécnica, 56/58 - Lisboa Tel 213921808 Horário 10-17h (dias úteis), 11-18h (sábados e domingos) Encerra às Segundas e Feriados CONHEÇA E VOTE no novo rótulo biológico A Comissão Europeia anda à procura de um novo logótipo para a agricultura biológica, que se tornará obrigatório na rotulagem de todos os produtos biológicos pré-embalados nos 27 Estados-membros. Para realçar a importância da agricultura biológica e captar a atenção dos cidadãos europeus, a Comissão começo u por lançar um concurso aberto a todos os estudantes de arte e design da Europa, a que responderam 3422 candidatos entre Abril e Junho. Numa segunda fase, as propostas foram sujeitas a um júri internacional que seleccionou as três propostas finalistas, que estão agora sujeitas à escolha do público, até 31 de Janeiro, através de votação online. Para conhecer as propostas e participar na votação online, procure: http://ec.europa.eu/agriculture/organic/ logo/index.htm Transferência de direitos de RPU O prazo para formalizar a comunicação de transferências de direitos RPU para a campanha 2010, começou no dia 2 de Dezembro e decorre até seis semanas antes de terminar o prazo de entrega das candidaturas. O processo de formalização de transferências de direitos tem duas fases. A primeira corresponde à comunicação do requerente (titular dos direitos) da sua intenção de transferir para o cessionário determinados direitos de RPU. Deve dirigir-se a uma Direcção Regional de Agricultura e Pescas, acompanhado dos documentos obrigatórios consoante o caso. • Transferência com terra – temporária: Comprovativos da transferência temporária de terra, com indicação precisa de parcelário e datas. • Transferência com terra – definitiva: Comprovativos da transferência definitiva de terra, com indicação precisa de parcelário e datas. • Heranças: O documento que permite identificar os herdeiros. A segunda fase corresponde à análise da transferência, onde se verificam determinadas condições, nomeadamente a actualização de parcelários e controlo de utilização dos direitos a transferir. É da exclusiva competência das DRAPs. Os modelos utilizados na campanha anterior já não podem ser utilizados na presente campanha. Novas equipas no GPP e PRODER O Gabinete de Planeamento e Políticas (GPP) e a Autoridade de Gestão do PRODER têm novas lideranças. Assim passamos a divulgar a constituição das mesmas: GPP Director - Francisco Cordovil Director Adjunto - Bruno Dimas Director Adjunto – Manuela Azevedo e Silva PRODER Gestora – Maria Gabriela Ventura Gestora Adjunta – Rita Barradas Gestor Adjunto – Rui Martinho programa VINHO COM MODERAÇÃO* Há variações consideráveis no que diz respeito aos padrões de consumo entre as diferentes culturas, grupos sociais e idades. É vital que os padrões de consumo com responsabilidade como aqueles que predominam nos tradicionais países produtores de vinho sejam reconhecidos e promovidos como a norma social europeia. Aqui estão algumas directrizes do sector de vinho europeu para os consumidores de vinho beberem de forma responsável e ao mesmo tempo maximizarem o prazer de consumi-lo: • Perceba o vinho que bebe: saber de onde vem o seu carácter único torna o acto de beber mais agradável. • Beba devagar: leve tempo a saborear os gostos distintos do vinho. • Acompanhe o vinho com boa comida: desfrute o vinho que complementa as suas refeições, juntamente comum copo de água. • O consumo regular de pequenas quantidades de vinho é preferível do que beber grandes quantidades numa só ocasião. • Não exceda as directrizes para o consumo moderado de baixo risco de bebidas alcoólicas. *Um trabalho do sector europeu do vinho para a promoção do consumo responsável como uma norma social/cultural, tendo em vista a preservação e redução do abuso de álcool e os malefícios associados. Errata Por lapso, a última edição do Notícias trazia na primeira página a referência ao mês de Outubro, quando deveria dizer Novembro. Apesar da identificação correcta (nº 130 – Novembro de 2009) se encontrar na Ficha Técnica, que sempre se publica na contracapa, pedimos desculpa pelo sucedido.