ABGP - Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos IPMA - International Project Management Association REFERENCIAL BRASILEIRO DE COMPETÊNCIAS EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS (RBC) BRAZILIAN NATIONAL COMPETENCE BASELINE Comitê editorial: J. Amaro dos Santos (coord.) Hélio Gomes de Carvalho MARÇO 2004 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Versão 1.0 - março de 2004 Coordenação da tradução e adaptação do International Competence Baseline (ICB-IPMA) para o idioma português (Brasil): J. Amaro dos Santos Comentários e sugestões devem ser enviados para: [email protected] ou [email protected] Ficha Catalográfica SANTOS, J. Amaro; CARVALHO, H. G. Referencial Brasileiro de Certificação em Gerenciamento de Projetos. Curitiba, Brasil: ABGP, 2004. 1. Gerenciamento de projetos. 2. Certificação. ISBN requerido © Este documento é propriedade da Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos (ABGP) e destina-se a ser utilizado exclusivamente no escopo do Programa de Certificação em Gerenciamento de Projetos. Ele é baseado principalmente no ICB (International Competence Baseline, publicado pela International Project Management Association (IPMA). É proibida a divulgação ou a reprodução parcial deste texto, bem como a modificação de sua formatação original (total ou parcialmente), por qualquer meio (manual, mecânico, eletrônico ou outro) sem prévia autorização, por escrito, da ABGP. 2 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos AGRADECIMENTOS Os editores agradecem a valiosa contribuição dos diversos profissionais de Empresas e da Academia, envolvidos com Gerenciamento de Projetos, para a elaboração e revisão deste documento, em especial, Prof.Dr. Darli Rodrigues Vieira (UFPR), Nuno Ponces de Carvalho (APOGEP), Gilles Caupin (AFITEP), Dalton Valeriano, Rui Wagner Sedor (Siemens), Silvio Aurélio de Castro Wille (ProjectExpert) e Marcos Varella. 3 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos RESUMO A Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos – ABGP é filiada à Associação Internacional de Gerenciamento de Projetos (International Project Management Association IPMA) desde junho de 2002. A IPMA é responsável por manter um sistema universal para validação dos programas nacionais e para coordenação e harmonização das certificações em Gerenciamento de Projetos neste sistema. Os objetivos do Programa de Certificação ABGP/IPMA são: • certificar profissionais em Gerenciamento de Projetos, com base no conhecimento, na experiência e nas atitudes pessoais, com a validação internacional da IPMA; • desenvolver o Gerenciamento de Projetos em todas suas modalidades e incentivar o melhoramento da prática da profissão, no Brasil e no exterior; • contribuir para a formação e a educação em Gerenciamento de Projetos. Os benefícios do Programa de Certificação ABGP/IPMA são: • para os profissionais do Gerenciamento de Projetos: o reconhecimento internacional de sua qualificação e competência; • para a organização: a demonstração da qualificação e da competência de seus colaboradores; • para os clientes: maior certeza de obter, de seus fornecedores, serviços da mais alta qualidade, praticados por gerentes de projeto profissionais. A certificação ABGP/IPMA avalia as competências dos profissionais de Gerenciamento de Projetos, com base em: • Conhecimento • Experiência • Atitudes pessoais O profissional de Gerenciamento de Projetos pode ser certificado pela ABGP/IPMA em quatro níveis: IPMA - nível A (Diretor de Projetos Certificado), capaz de coordenar todos os projetos de uma empresa, unidade de negócio ou programa. IPMA - nível B (Gerente de Projetos Certificado), capaz de gerenciar projetos complexos de maneira autônoma. IPMA - nível C (Profissional de Gerenciamento de Projetos Certificado), capaz de gerenciar projetos não complexos e apoiar o gerente de um projeto complexo, em todos os elementos e aspectos do Gerenciamento de Projetos. IPMA - nível D (Praticante de Gerenciamento de Projetos Certificado), possui conhecimento dos elementos e aspectos do Gerenciamento de Projetos e pode aplicá-los em determinados campos do projeto, atuando como um especialista. O presente documento contém a descrição dos processos de Gerenciamento de Projetos que, segundo o RBC (Referencial Brasileiro de Competências), constituem a base para a avaliação dos conhecimentos técnicos dos candidatos à certificação como Gerentes de Projeto, nos quatro níveis. 4 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos SUMÁRIO Capítulo A: Apresentação Capítulo B: Conhecimento e Experiência 1 PROJETOS E GERENCIAMENTO DE PROJETOS........................................................................... 16 2 IMPLEMENTAÇÃO DO GERENCIAMENTO DE PROJETOS........................................................ 18 3 GERENCIAMENTO POR PROJETOS.................................................................................................. 20 4 ABORDAGEM SISTÊMICA E INTEGRAÇÃO ................................................................................... 22 5 CONTEXTO DO PROJETO.................................................................................................................... 24 6 FASES E CICLO DE VIDA DO PROJETO ........................................................................................... 26 7 DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO .................................................................... 28 8 OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS DO PROJETO ................................................................................... 30 9 CRITÉRIOS DE SUCESSO E INSUCESSO DO PROJETO................................................................ 32 10 INICIAÇÃO DO PROJETO .................................................................................................................... 34 11 ENCERRAMENTO DO PROJETO ........................................................................................................ 36 12 ESTRUTURAS DO PROJETO................................................................................................................ 38 13 CONTEÚDO E ESCOPO ......................................................................................................................... 40 14 PROGRAMAÇÃO DO TEMPO .............................................................................................................. 42 15 RECURSOS................................................................................................................................................ 46 16 CUSTOS E FINANCIAMENTO DO PROJETO ................................................................................... 48 17 CONFIGURAÇÃO E MODIFICAÇÕES................................................................................................ 52 18 RISCOS DO PROJETO............................................................................................................................ 54 19 MEDIDA DO DESEMPENHO................................................................................................................. 56 20 CONTROLE DO PROJETO.................................................................................................................... 58 21 INFORMAÇÃO, DOCUMENTAÇÃO E REPORTING ........................................................................ 60 22 ORGANIZAÇÃO DO PROJETO............................................................................................................ 62 23 TRABALHO EM EQUIPE....................................................................................................................... 66 24 LIDERANÇA ............................................................................................................................................. 68 25 COMUNICAÇÃO...................................................................................................................................... 70 5 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 26 CONFLITOS E CRISES........................................................................................................................... 72 27 AQUISIÇÕES E CONTRATOS............................................................................................................... 74 28 QUALIDADE DO PROJETO .................................................................................................................. 78 29 INFORMÁTICA EM PROJETOS (ICB 29) ........................................................................................... 80 30 NORMAS E REGULAMENTAÇÕES (ICB 30)..................................................................................... 84 31 NEGOCIAÇÃO E REUNIÕES (ICB 32) ................................................................................................ 88 32 MARKETING E GERENCIAMENTO DE PRODUTOS (ICB 38) ....................................................... 90 33 SEGURANÇA, SAÚDE E MEIO AMBIENTE (ICB 40)....................................................................... 92 34 ASPECTOS LEGAIS (ICB 41)................................................................................................................. 94 35 GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS......................................................................................... 98 36 TRABALHO COLABORATIVO À DISTÂNCIA ............................................................................... 100 37 GESTÃO DO CONHECIMENTO EM PROJETOS ........................................................................... 102 Capítulo C: Atitude Pessoal Capítulo D: Taxonomia Capítulo E: Referências bibliográficas 6 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Capítulo A: Apresentação Neste capítulo, são apresentados os objetivos e os conceitos da Certificação em Gerenciamento de Projetos da IPMA (International Project Management Association), no qual se baseia a Certificação em Gerenciamento de Projetos da ABGP (Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos). 7 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 1. Histórico IPMA A instituição IPMA (International Project Management Association), registrada na Suíça, é uma associação sem fins lucrativos, cujo objetivo é promover internacionalmente o Gerenciamento de Projetos. Ela foi criada em 1965 com o nome INTERNET, como fórum de troca de experiências entre gerentes de projetos internacionais. Sua primeira conferência internacional ocorreu em 1967, em Viena, e desde então a IPMA tem se desenvolvido constantemente, da mesma forma que o Gerenciamento de Projetos. Os membros da IPMA são principalmente as Associações Nacionais dedicadas ao Gerenciamento de Projetos (33 países, em dezembro de 2003). Estas associações nacionais atendem às necessidades dos profissionais de Gerenciamento de Projetos em seus respectivos países e idiomas. A IPMA atua desta forma no nível internacional. As Associações Nacionais de Gerenciamento de Projetos (filiadas à IPMA) são responsáveis: • pelo desenvolvimento e administração de seus próprios programas de certificação; • pela implantação de seus respectivos órgãos de certificação. A IPMA se ocupa do sistema de validação dos programas nacionais, coordena e harmoniza as ações de acordo com a estrutura e os princípios globais. 2. Objetivos e conceitos da certificação Por ocasião de sua reunião de Junho de 1998 em Ljubljana, Eslovênia, o Conselho da IPMA aprovou o conceito do Sistema Universal para a Certificação de Pessoas em Gerenciamento de Projetos. Foi decidido: • implantar progressivamente os Programas de Certificação IPMA de 4 níveis, em todos os países; • estabelecer contatos com as instituições PMI (Project Management Institute) na América do Norte e AIPM (Australian Institute for Project Management) na Austrália, com objetivo de estabelecer uma plataforma comum para implantação de programas de certificação de quatro níveis. Os programas de certificação devem constituir um incentivo para os gerentes de projetos e para os membros das equipes de gerenciamento de projetos, para: • melhorar e expandir seus conhecimentos, sua experiência e suas atitudes pessoais; • continuar sua formação; • melhorar a qualidade do gerenciamento de seus projetos; • satisfazer melhor aos objetivos de seus projetos. Os benefícios desses programas de certificação são: • para os profissionais do Gerenciamento de Projetos: o reconhecimento internacional de sua qualificação e competência; • para a organização: a demonstração da qualificação e da competência de seus colaboradores; • para os clientes: maior certeza de obter de seus fornecedores serviços da mais alta qualidade, praticados por gerentes de projeto profissionais. 8 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos É por isso que o Programa de Certificação IPMA procura avaliar uma grande gama de qualificações e de competências em Gerenciamento de Projetos, com base em: • Conhecimento • Experiência e • Atitudes pessoais Neste processo, avalia-se também a impressão geral sobre o profissional de Gerenciamento de Projetos. A IPMA desenvolveu um Programa de Certificação em 4 Níveis, esquematizado na Figura 1. Os programas de certificação nacionais seguem as regras da IPMA são reconhecidos pela IPMA e devem ser validados, bem como revalidados regularmente. Nível-Titulo Competência Processo de Certificação Fase 1 A Diretor de Projetos Certificado (IPMA nível A) B Conhecimento + Experiência B + Atitude C Profissional de Gerenciamento de Projetos Certificado (IPMA nível C) D Praticante de Gerenciamento de Projetos Certificado (IPMA nível D) Fase 3 Validade Opcional Relatório de Projetos A Competência = Gerente de Projetos Certificado (IPMA nível B) Fase 2 -Candidatura, -Currículo, -Autoavaliação, -Referências -Lista de projetos D p.ex. workshop, seminário p.ex. workshop, relatório C Conhecimento 3-5 anos Cândidatura currículo, autoavaliação Entrevista Prova Prova Validade limitada Validade ilimitada Figura 1. Certificação IPMA em 4 níveis. Os 4 níveis foram criados com base nas atividades, responsabilidades e exigências típicas da prática. As principais competências exigidas em cada nível são: 9 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos IPMA - Nível A Diretor de Projetos Certificado (Certificated Project Director): capaz de coordenar todos os projetos de uma empresa, unidade de negócio ou programa. IPMA - Nível B Gerente de Projetos Certificado (Certificated Project Manager): capaz de gerenciar projetos complexos de maneira autônoma. IPMA - Nível C Profissional em Gerenciamento de Projetos Certificado (Certificated Project Management Professional): capaz de gerenciar projetos não complexos e apoiar o gerente de um projeto complexo, em todos os elementos e aspectos do Gerenciamento de Projetos. IPMA - Nível D Praticante de Gerenciamento de Projetos Certificado (Certificated Project Management Practitioner): possui conhecimento dos elementos e aspectos do Gerenciamento de Projetos e pode aplicá-los em determinados campos do projeto, atuando como um especialista. A principal diferença entre os níveis C e B no sistema de Certificação IPMA de 4 níveis é a exigência de que um IPMA - nível B (Gerente de Projetos Certificado – Nível B) seja capaz de coordenar projetos complexos, o que não é exigido de um IPMA - nível C (Profissional em Gerenciamento de Projetos Certificado – Nível C). Esta diferenciação responde a uma procura no mercado pelos dois níveis de gerentes de projeto: de um lado os pequenos e médios projetos pedem profissionais em grande número; de outro lado, o gerenciamento de grandes projetos necessita pessoas que tenham conhecimento e experiência maior e atitudes pessoais diferenciadas. Para ser considerado "complexo", um projeto deve possuir, ao mesmo tempo, as seguintes características: • numerosos subsistemas/ subprojetos e elementos inter-relacionados serem considerados no projeto e nas ligações deste com o contexto; • várias entidades ou empresas serem envolvidas no gerenciamento do projeto; • várias áreas do conhecimento participarem do projeto; • várias fases diferentes, com durações mínimas bem determinadas, estarem presentes no projeto; • a maior parte dos métodos, técnicas e ferramentas de gerenciamento de projetos conhecidos (mais de 60 a 80%) ser empregada. Não é necessário ou suficiente que o projeto seja importante (em termos de abrangência ou de orçamento) para ser considerado "complexo". A ordem de grandeza é apenas uma indicação da complexidade do projeto: um projeto orçado acima de R$ 200.000,00 a R$ 500.000,00 tende a ser complexo, mas este aspecto deve ser confirmado pelos critérios mencionados anteriormente. Um princípio básico da certificação IPMA é que qualquer um dos seus níveis de certificação contempla todos os elementos do Gerenciamento de Projetos. Portanto, partes não-complexas de um projeto complexo podem ser empregadas como base para a certificação de um Profissional de Gerenciamento de Projetos (IPMA - nível C), desde que ele empregue a maior parte dos elementos do Gerenciamento de Projetos, no nível de certificação pretendido. 10 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Os níveis não constituem uma simples hierarquia. Um Praticante de Gerenciamento de Projetos (IPMA - nível D) pode (além de possuir conhecimentos fundamentais em Gerenciamento de Projetos), ser um especialista extremamente qualificado, experiente e reconhecido em um determinado campo – por exemplo, na Gestão de Custos. Um mesmo trabalho pode ser realizado nos diversos níveis de certificação IPMA, considerando-se os limites dos respectivos campos de atividade e de decisão. Isso vale para projetos de todos os setores da economia e da sociedade, seja no âmbito local, regional, nacional ou internacional. Além disto, os níveis de certificação IPMA constituem um modelo adequado para planos de carreira e outros modelos de competência, assim como para programas de desenvolvimento de pessoal em uma empresa ou qualquer outra organização. O nível D contempla as exigências das associações profissionais para a formação básica em Gerenciamento de Projetos. 3. Estrutura Geral e Princípios A estrutura geral da Certificação da IPMA é apresentada no documento "IPMA Competence Baseline" (ICB). Esta estrutura define os domínios do Gerenciamento de Projetos, as competências exigidas e as taxonomias de avaliação (conhecimentos, experiências, atitudes pessoais e impressões gerais) nos 4 níveis da certificação IPMA. O ICB é trilingüe, escrito em inglês, francês e alemão. Ele foi produzido com base nas seguintes obras de especificação de competências nacionais (NCB-National Competence Baseline): • • • • Body of Knowledge - APM (Reino Unido) Beurteilungsstruktur - VZPM (Suíça) PM Kanon - PM ZERT (Alemanha) Critères d'analyse - AFITEP (França) As especificações para certificação do Project Management Institute (PMI), dos Estados Unidos, é o "Guide to Project Management Body of Knowledge" (PMBOK Guide). O PMBOK Guide refere-se essencialmente aos "conhecimentos" em Gerenciamento de Projetos. No ICB, não somente os elementos dos conhecimentos em Gerenciamento de Projetos são descritos; ele também contém uma estrutura ampla para a avaliação das competências do profissional de Gerenciamento de Projetos. A estrutura de avaliação é constituída por descrições e uma taxonomia. Os critérios cobrem os seguintes temas, relacionados com o Gerenciamento de Projetos: conhecimentos gerais, princípios de projetos e Gerenciamento de Projetos, competências organizacionais e sociais, métodos e procedimentos, gerenciamento geral, assim como atitudes pessoais e impressão geral. As exigências nestes domínios são compostas por uma taxonomia de aproximadamente 40 elementos de Conhecimentos e Experiência, assim como por cerca de 20 aspectos de Atitudes Pessoais e de Impressão Geral. Cada elemento é dividido e medido por critérios. Para a entrevista do candidato, os avaliadores preparam uma seleção dos elementos e aspectos. 11 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Cada associação nacional tem a responsabilidade pela elaboração detalhada de suas próprias especificações de competência (National Competence Baseline - NCB) em coerência com o ICB e a cultura local. As especificações nacionais podem incluir novos elementos, detalhar ou simplificar os elementos já descritos no ICB, de maneira razoável (20% dos itens), de modo a contemplar particularidades da cultura local e novas tendências. O NCB representa a compreensão e as práticas nacionais do Gerenciamento de Projetos e contém uma bibliografia simplificada sobre Gerenciamento de Projetos. No Brasil, o NCB é denominado Referencial Brasileiro de Competências (RBC), em Gerenciamento de Projetos. As seguintes fases são obrigatórias em no processo de certificação ABGP/IPMA: Níveis A e B: 1. Candidatura, auto-avaliação, proposta de memorial de projetos, comprovação de experiência. 2. Memorial de projetos. 3. Entrevista. Nível C: 1. Candidatura, auto-avaliação. 2. Exame formal (com questões objetivas e tarefas intelectuais). 3. Entrevista. Nível D: 1. Candidatura. 2. Exame formal (com questões objetivas e dissertativas). Os certificados que exigem comprovação de Experiência com Gerenciamento de Projetos possuem validade limitada no tempo e devem ser periodicamente renovados. Já o certificado de formação fundamental (nível D) é considerado uma iniciação em Gerenciamento de Projetos e tem validade ilimitada. A renovação da certificação é uma exigência para a garantia de que os conhecimentos profissionais em Gerenciamento de Projetos sejam mantidos e atualizados constantemente. Neste processo são consideradas também as reclamações provenientes da prática, sobre o candidato. Se estas reclamações forem graves, pode-se exigir a repetição do processo de certificação, ou mesmo proceder ao cancelamento do certificado existente. 4. Organização e Administração O Conselho da IPMA consolidou uma organização de validação da certificação, explicada a seguir e representada na Figura 2. As unidades desta organização são: • Os Órgãos Nacionais de Certificação, designados pelas associações nacionais, e que são responsáveis pelos programas de qualificação e certificação. No Brasil, a ABGP é o principal órgão certificador e responsável pela designação dos demais, com base em convênios específicos. • O Painel de Validação da Certificação IPMA, formado no Brasil pelos representantes dos órgãos nacionais de certificação e seus assessores, com o objetivo 12 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos do intercâmbio de experiências e da geração de recomendações para o melhoramento do sistema de certificação e validação IPMA. • Os Validadores (Validators), responsáveis por visitar os órgãos nacionais de certificação, auditar seus programas de qualificação e certificação, bem como recomendar melhoramentos. • O Conselho Gestor da Certificação e Validação IPMA (IPMA Certification Validation Management Board), responsável pela operação e melhoramento do sistema universal para qualificação e certificação IPMA em 4 níveis. • O Conselho Executivo IPMA (IPMA Executive Board) e o Conselho IPMA (IPMA Council), responsáveis pelas decisões gerais relativas aos programas de qualificação e certificação, bem como pela eleição do Conselho de Administração. A IPMA mantém um registro público de todas as pessoas certificadas pelo sistema IPMA. Informações mais detalhadas podem ser obtidas nas associações locais de certificação, em cada país. As associações locais são responsáveis pela documentação confidencial dos candidatos, das pessoas certificadas, bem como dos examinadores do processo de certificação. Conselho IPMA Conselho Executivo IPMA IPMA Conselho Gestor da Certificação e Validação Rede de Associações Validadores Órgãos Nacionais de Certificação com Painel de Validação da Certificação BR ABGP Figura 2: Validação da Certificação IPMA. 5. Cooperação Mundial A IPMA concentra, atualmente, seus esforços para a implementação da certificação nas associações nacionais e no estabelecimento de acordos com outros organismos empenhados na certificação em Gerenciamento de Projetos (principalmente PMI nos EUA e AIPM na Austrália) para estabelecer ligações entre os diversos sistemas e uma federação de associações internacionais de Gerenciamento de Projetos. 13 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 6. ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos No final de 2001, foi criada a ABGP, com a finalidade de permitir o acesso do Brasil a uma consagrada rede internacional de certificação em Gerenciamento de Projetos, da qual participam mais de 30 países. Desta forma o Brasil passou a ser o único país da América do Sul integrante desta rede. A ABGP tem apoiado eventos nacionais e internacionais (seminários, palestras entre outros), bem como cursos (MBA, treinamento, workshops) em Gerenciamento de Projetos, abertos ao público e in company. Seu programa de certificação em Gerenciamento de Projetos, em quatro níveis, adaptado ao contexto e às necessidades específicas do Brasil, constitui uma proposta exclusiva e diferenciada, em certificação. A sede da ABGP está localizada em Curitiba e sua página eletrônica é: www.abgp.org.br. 14 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Capítulo B: Conhecimento e Experiência Este capítulo contém os 37 Elementos de Base para a Certificação ABGP/IPMA, classificados da seguinte forma: • 28 Elementos de Base, comuns a todas as Associações Nacionais IPMA; • 6 Elementos Adicionais do ICB; • 3 Elementos Adicionais Específicos para a Certificação Brasileira. Cada elemento é apresentado em três itens: • Conceito: descrição resumida do elemento. • Níveis de Conhecimento: exigências de conhecimento teórico sobre o elemento. • Níveis de Experiência: exigências de experiência prática com o elemento. 15 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 1 PROJETOS E GERENCIAMENTO DE PROJETOS Conceito Existem diversas definições de Projeto. Todas elas explicam, de um modo geral, o conceito de projeto pelas suas características diferenciadoras face às demais atividades realizadas pelas organizações, que globalmente podemos designar por Operações de Rotina. Considera-se Projeto um empreendimento caracterizado, principalmente, pela singularidade das condições em que é realizado, especialmente no que diz respeito ao escopo, aos prazos, aos custos, às pessoas e à qualidade. Um projeto pode também ser definido como uma conjugação de esforços em que recursos humanos, materiais e financeiros são organizados de forma inovadora para realizar um tipo único de trabalho, de acordo com especificações previamente definidas, com limitações de custos e de tempo, seguindo um ciclo de vida padrão e tendo em vista a obtenção de uma mudança benéfica para a organização, definida por objetivos quantitativos e qualitativos. Um projeto é um conjunto único de atividades coordenadas, com datas de início e fim bem definidas, empreendidas por um indivíduo ou uma organização, para alcançar objetivos específicos, dentro de um calendário determinado, com parâmetros de custos e de desempenho. Outros atributos de um projeto são a inovação, a complexidade, as condições jurídicas, a interdisciplinaridade e a divisão do trabalho entre elementos provenientes de diversas funções, dentro da organização ou de outras organizações. Os projetos podem ser classificados pelo seu tipo (por exemplo: de investimento, de pesquisa e desenvolvimento, de mudança organizacional, de desenvolvimento de sistemas de informação) ou por outros critérios (por exemplo: internos/externos, nacionais/internacionais). O Gerenciamento de Projetos é constituído por um conjunto de processos de gerenciamento voltados para o planejamento, a organização e o controle de todos os aspectos de um projeto, bem como para a motivação de todos os elementos envolvidos, com o intuito de alcançar, com segurança e dentro dos prazos acordados, os objetivos estabelecidos. 16 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento profundo dos aspectos técnicos de projetos. • Conhecimento profundo dos processos de gestão envolvidos na execução de um projeto. • Conhecimento profundo com os conceitos básicos e técnicas do Gerenciamento de Projetos. • Conhecimento da evolução dos projetos, desde sua definição e concepção, até a entrega e a operação (de preferência em mais de um setor de atividade). Médio: • Conhecimentos necessários para a avaliação dos principais aspectos técnicos do projeto. • Conhecimentos necessários para a aplicação dos conceitos e técnicas do Gerenciamento de Projetos. • Conhecimento amplo das características dos projetos, cobrindo uma parte significativa do seu ciclo de vida (no mínimo em um setor de atividade). Fraco: • Conhecimento dos conceitos básicos e técnicas do Gerenciamento de Projetos. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência com vasto conjunto de projetos, incluindo projetos complexos, urgentes e importantes para a organização. • Experiência ampla com a utilização da maioria dos conceitos e técnicas de Gerenciamento de Projetos. Médio: • Experiência com um conjunto limitado de projetos, não incluindo necessariamente projetos complexos. • Experiência com utilização dos principais conceitos e técnicas de Gerenciamento de Projetos. Fraco: • Experiência com pequenos projetos com baixo grau de complexidade. • Contato com os conceitos básicos e técnicas de Gerenciamento de Projetos. 17 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 2 IMPLEMENTAÇÃO DO GERENCIAMENTO DE PROJETOS Conceito Dependendo do tipo de organização, a implementação do Gerenciamento de Projetos pode abranger a conscientização, a sistematização ou a melhoria de atividades de Gerenciamento de Projetos já praticadas, ou uma introdução inédita destas práticas, de modo a reformular a organização para projetos. O crescimento dinâmico dos mercados e a conseqüente necessidade de flexibilidade e foco nos clientes, assim como o aumento da complexidade e a necessidade de internacionalização, são fatores que levam à necessidade de implementar e controlar processos inovadores. Melhorias contínuas dos processos de negócio mais importantes para a organização, particularmente daqueles que apresentam uma elevada especificidade, constituem o ponto de partida de uma abordagem orientada para projetos. A adoção de atividades profissionais em Gerenciamento de Projetos evita alguns dos erros mais comuns na realização dos objetivos do projeto. A implementação do Gerenciamento de Projetos segue, freqüentemente, as seguintes etapas: • Decisão da Direção Geral. • Desenvolvimento de um modelo para a implementação e para a formação (qualificação dos elementos da organização que atuam em Gerenciamento de Projetos ou se interessam por esta disciplina). • Realização de um projeto piloto, selecionado com cuidado. • Avaliação de resultados e transferência dos ensinamentos obtidos para outros projetos. Complementarmente, devem ser desenvolvidas diretivas adequadas às especificidades da organização e um Manual de Gerenciamento de Projetos. Cada projeto possui particularidades que exigem a implementação do Gerenciamento de Projetos de maneira específica. Esta condição se traduz no planejamento e otimização das tarefas específicas do projeto, dos seus objetivos, dos custos, dos tempos, bem como na escolha do pessoal responsável pelas tarefas de Gerenciamento do Projeto. No decorrer do ciclo de vida do projeto, devem ser avaliados, controlados e melhorados tanto o projeto como seu próprio gerenciamento, o qual pode ser considerado como uma tarefa ou um sub-projeto. Os gerentes de projeto devem aplicar os princípios, processos e as ferramentas do Gerenciamento de Projetos, incluindo a Gestão da Qualidade, nas tarefas da responsabilidade da equipe de gerenciamento do projeto. 18 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento profundo dos diferentes tipos de estruturas organizacionais e das vantagens e desvantagens de cada uma delas, para o Gerenciamento de Projetos. • Conhecimento profundo dos processos de gerenciamento envolvidos na execução de um projeto. • Conhecimento profundo dos conceitos, técnicas e ferramentas do Gerenciamento de Projetos. • Conhecimento da evolução dos projetos, desde sua definição e concepção, até a entrega e a operação (de preferência em mais de um setor de atividade). Médio: • Conhecimentos necessários para a avaliação dos principais processos do Gerenciamento de Projetos. • Conhecimento amplo com a aplicação dos conceitos e com as técnicas e ferramentas do Gerenciamento de Projetos. • Conhecimento amplo das características dos projetos, cobrindo parte significativa de seu ciclo de vida (em mais de um setor de atividade). Fraco: • Conhecimento dos conceitos básicos e das técnicas e ferramentas do Gerenciamento de Projetos. Níveis de Experiência Elevado: • Responsável pela implementação do Gerenciamento de Projetos em diferentes tipos de organizações. • Experiência ampla com a utilização da maioria dos conceitos e técnicas de Gerenciamento de Projetos. Médio: • Colaboração na implementação do Gerenciamento de Projetos em pelo menos uma organização. • Experiência com um conjunto limitado de projetos, não incluindo necessariamente projetos complexos. • Experiência com a utilização dos principais conceitos e técnicas de Gerenciamento de Projetos. Fraco: • Contato com os conceitos básicos e técnicas de Gerenciamento de Projetos. 19 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 3 GERENCIAMENTO POR PROJETOS Conceito O Gerenciamento por Projetos é um conceito base para a direção de uma organização permanente, especialmente organizações orientadas para a execução de projetos. Estas organizações baseiam a quase totalidade de seu trabalho na realização de projetos, os quais podem ser dos mais variados tipos e apresentar diferentes níveis de complexidade. A direção da organização e o Gerenciamento de Projetos atuam usualmente em paralelo e muitas vezes compartilham dos mesmos recursos. Esta forma de organização do trabalho assegura um desenvolvimento contínuo da organização e, conseqüentemente, sua sobrevivência. O Gerenciamento por Projetos aumenta a flexibilidade e o dinamismo da organização, permite uma melhor utilização dos recursos, descentraliza as responsabilidades da Gerência Operacional, apóia o processo de aprendizado e facilita os processos de mudança organizacional. Outros conceitos de Gerenciamento (tais como o Gerenciamento por Objetivos) podem ainda ser integrados e implementados neste conceito. O Gerenciamento por Projetos é também usado como uma metodologia para diversas organizações engajadas em atividades em comum (por exemplo, um programa ou unidades de negócio de empresas virtuais, convergentes para um resultado único). Um Programa consiste em um conjunto de propostas específicas e inter-relacionadas (projetos ou outras tarefas adicionais), que em conjunto convergem para uma finalidade comum, segundo uma determinada estratégia abrangente. O Gerenciamento de Projetos Múltiplos harmoniza todos os projetos de uma organização ou de um setor, por meio da avaliação e seleção, do planejamento, do controle e do encerramento. A divisão de um projeto complexo em sub-projetos faz parte do Gerenciamento de Projetos convencional. O Controle de Programas exige recursos adicionais, tais como: • o gerenciamento do programa; • um comitê de direção (steering committee); • um controle centralizado dos projetos; • um escritório de apoio a projetos (Project Office) e um diretor de projetos; • uma equipe de gerentes de projetos. Os processos utilizados para garantir o compartilhamento de experiências e harmonizar os eventuais desvios das estratégias, entre os diferentes projetos, compreendem: a análise de carteira (portfolio) de projetos, a coordenação dos marcos (milestones), a Gestão do Orçamento, a Gestão de Recursos, a Gestão de Alterações e a Gestão de Riscos. O Gerenciamento por Projetos permite o compartilhamento de experiências pessoais, relacionadas com os métodos e ferramentas desta área, bem como assegura a melhoria da qualidade do próprio Gerenciamento de Projetos. 20 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento profundo do conceito de Gerenciamento por Projetos. • Conhecimentos necessários para a identificação das organizações em que o Gerenciamento por Projetos pode ser aplicada. • Conhecimento profundo dos processos de gerenciamento envolvidos no planejamento e controle de programas. • Conhecimento dos métodos e processos necessários para a implementação de um Escritório de Projetos (Project Office). • Conhecimentos necessários para a coordenação, apoio (coaching) e planejamento de carreiras de Gerentes de projeto. Médio: • Conhecimento do conceito de Gerenciamento por Projetos. • Conhecimentos necessários para a avaliação das vantagens do Gerenciamento por Projetos. • Conhecimento dos processos de gerenciamento necessários à implementação do Gerenciamento por Projetos em uma organização. Fraco: • Conhecimento dos conceitos básicos do Gerenciamento por Projetos. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência com planejamento e controle de programas. • Responsabilidade pela definição e implementação de, pelo menos, um Escritório de Projetos (Project Office). • Experiência com a seleção e coordenação de Gerentes de projeto. • Experiência com a análise de carteira (portfolio) de projetos, na identificação e coordenação dos marcos (milestones) do programa, no gerenciamento de orçamentos de programas, no gerenciamento global das alterações, dos riscos e da qualidade de um programa. Médio: • Experiência com Gerenciamento por Projetos, em projetos compostos por sub-projetos ou englobados em programas. • Colaboração na implementação de um escritório de projetos, ou experiência de apoio técnico e administrativo a um grupo de gerentes de projeto. Fraco: • Colaboração, com nível reduzido de responsabilidade, no Gerenciamento de Programas ou de projetos articulados em subprojetos. 21 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 4 ABORDAGEM SISTÊMICA E INTEGRAÇÃO Conceito Um sistema consiste em um número de elementos, concretos ou pouco tangíveis, que estabelecem relações recíprocas e, eventualmente, com o contexto do sistema. Esses elementos interagem e formam uma unidade funcional. Os sistemas podem ser relativamente pequenos e simples, ou de grande dimensão e complexidade. A elaboração e execução de um projeto se justificam para sistemas complexos, por exemplo, organizações, sistemas de informação ou sistemas homem-máquina. A abordagem sistêmica consiste em uma perspectiva interdisciplinar e holística das circunstâncias globais e das relações complexas. Ela possibilita a modelagem destinada a simplificar o entendimento da realidade do projeto. O Gerenciamento de Sistemas abrange a elaboração de especificações relativas à tecnologia, à organização, aos custos, ao tempo e a outros parâmetros de um sistema (por exemplo, um projeto ou um programa); além disso, inclui a conseqüente gestão do planejamento, da concepção, da aquisição, da implementação e dos ensaios e testes necessários para a operação do sistema. Ele compreende, também, as atividades prévias de análise, de concepção e de desenvolvimento do sistema. Com a integração, diferentes atividades, iniciativas, interesses e resultados, bem como a coordenação e o controle destes, são reunidos e harmonizados, de modo a garantirem os objetivos e o sucesso do projeto. A integração é considerada como uma das funções-chave que distinguem a atividade do Gerente de Projetos. Uma integração efetiva exige personalidade apropriada e conhecimentos técnicos adequados, bem como capacidade de organização, de gerenciamento e habilidades para tratar com pessoas. 22 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento profundo da literatura de gerenciamento sistêmico e com os correspondentes princípios e práticas (tanto com a literatura generalista ou educacional como com a literatura específica dos setores específicos de atividade). • Conhecimento técnico suficientemente profundo para compreender as dificuldades de implementar um sistema que corresponda às especificações estabelecidas. • Conhecimento amplo da tecnologia envolvida nos projetos da área de atividade em que opera. • Conhecimento profundo da organização de projetos e de avaliação das pessoas envolvidas. • Conhecimento profundo do Gerenciamento de Projetos. Médio: • Conhecimento amplo dos conceitos de Gerenciamento com abordagem sistêmica, com os procedimentos e com as práticas específica dos setores de atividade. • Conhecimentos da tecnologia envolvida nos projetos da área de atividade em que opera. Fraco: • Conhecimento dos conceitos e práticas de gerenciamento com abordagem sistêmica, da organização de projetos, dos processos de Gerenciamento de Projetos e da tecnologia envolvida. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência com o estabelecimento e implementação de um programa de gerenciamento com abordagem sistêmica. • Experiência com a integração de equipes envolvendo grupos com origens distintas (com interesses diferentes ou de várias nacionalidades e culturas), bem como tecnologias complexas. Médio: • Experiência de trabalho com um projeto ou programa que utiliza abordagem sistêmica. • Experiência com a integração de diferentes grupos em um mesmo projeto. Fraco: • Contato direto ou indireto com os métodos do gerenciamento com abordagem sistêmica. • Contato com os aspectos de integração em um projeto. 23 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 5 CONTEXTO DO PROJETO Conceito Um projeto é formulado, avaliado, desenvolvido e executado em um determinado contexto (ambiente do projeto), o qual direta ou indiretamente e exerce influências no projeto. Estas influências, tais como normas, problemas a solucionar, tendências e forças, tanto internas como externas à organização, têm impacto decisivo na forma como um projeto é concebido e desenvolvido. São exemplos de influências externas no projeto os aspectos geofísicos, ecológicos, sociais, psicológicos, culturais, políticos, econômicos, financeiros, jurídicos, contratuais, organizacionais, tecnológicos e estéticos. Stakeholders são pessoas, grupos de pessoas ou entidades que participam ou influem no projeto e que, direta ou indiretamente, têm interesses em sua evolução, ou que são atingidas pelos seus resultados. De um modo geral, eles têm um interesse bem fundamentado tanto no sucesso do projeto (ou da organização) como no contexto em que este projeto (ou organização) se insere. São exemplos de stakeholders os clientes, os fornecedores, os contratantes, o gerente do projeto, os membros da equipe de projeto, os usuários do produto ou serviço resultante do projeto, os facilitadores, as comunidades locais, os grupos de pressão, as famílias, a mídia, o governo e os financiadores. O monitoramento sistemático, antecipado e voltado para o futuro, das influências positivas (apoios) e negativas (distúrbios) do ambiente do projeto, consiste em um fator importante do sucesso do projeto. Ele é parte integrante da análise do projeto e representa uma pré-condição para: a avaliação de conseqüências, a adoção de medidas corretivas e o planejamento e controle do contexto do projeto, de modo que o projeto alcance seus objetivos. 24 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento profundo dos aspectos geográficos, econômicos, sociais, culturais, políticos, estéticos e outros aspectos do ambiente dos projetos, bem como da forma como estes aspectos podem influenciar o desempenho do projeto (no mínimo, para um ramo de atividade principal). • Conhecimentos necessários para a identificação dos stakeholders de um projeto e o tipo de influência que estes poderão ter no projeto, ao longo do seu ciclo de vida. Médio: • Conhecimento básico dos fatores de influência de diferentes cenários do ambiente de um projeto e com a forma como estes podem influenciar o desempenho do projeto (no mínimo para um setor de atividade principal). • Conhecimentos necessários para a identificação dos principais stakeholders de um projeto. Fraco: • Conhecimento básico dos fatores de influência de diferentes cenários do ambiente capazes de condicionar o desempenho do projeto. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência considerável com a influência de diferentes contextos no desempenho de projetos. • Experiência com a análise de influência dos diferentes stakeholders do projeto, na criação de planos de contingência para resposta aos fatores de influência negativos e no controle sistemático destas influências. Médio: • Experiência com a influência de diferentes contextos no desempenho de projetos. Fraco: • Experiência com a identificação de ações pontuais no contexto do projeto que podem influenciar o projeto e contato com os impactos potenciais no projeto. 25 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 6 FASES E CICLO DE VIDA DO PROJETO Conceito Cada fase do projeto é um período da duração do projeto, tecnicamente separado de outros períodos. As fases são limitadas pelo tempo e incluem atividades relacionadas, bem como resultados específicos destinados a atingir objetivos pré-definidos. A divisão do projeto em fases depende do setor de atividade ou do tipo do projeto. Um exemplo da divisão do projeto em fases é mostrado a seguir: • estudos iniciais (avaliação preliminar das alternativas do conceito do projeto); • análise da viabilidade (pesquisa detalhada da viabilidade do conceito do projeto); • detalhamento do projeto (construção por inteiro e das partes); • contratação (aquisição, contratos); • execução (implementação, fabricação, realização); • colocação em operação; • transferência, comissionamento, aceitação e encerramento. Os Milestones (marcos), ou marcos de referência, constituem eventos com significado especial para o projeto. Eles usualmente definem mudanças de fase, quando se decide pela passagem para a fase seguinte, repetição da última fase ou interrupção do projeto. O ciclo de vida do projeto é a seqüência de fases pelas quais passa um projeto, desde sua concepção até atingir seus resultados finais. Na prática do Gerenciamento de Projetos, eventualmente ocorrem superposições entre fases. O ciclo de vida de um sistema (instalação, produto) é diferente do ciclo de vida de um projeto. Muitos projetos podem ser realizados durante o ciclo de vida de um sistema. A duração de um sistema não é usualmente pré-determinada. 26 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento profundo do conceito de ciclo de vida do projeto, aplicados em vários setores de atividade. • Conhecimento profundo dos critérios dos critérios para o estabelecimento e controle de marcos (milestones). Médio: • Conhecimento do conceito de ciclo de vida do projeto, aplicado em pelo menos um setor de atividade. • Conhecimento dos critérios dos critérios para o estabelecimento e controle de marcos (milestones).. Fraco: • Conhecimento básico da natureza do trabalho de duas ou três fases do ciclo de vida de projetos, em pelo menos um setor de atividade. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência com tarefas de identificação do ciclo de vida de projetos, de definição do trabalho envolvido em cada uma das diferentes fases e dos critérios de finalização de cada fase. • Experiência com o Gerenciamento de todas as fases de projetos e no controle dos marcos (milestones) associados à finalização de cada fase. • Experiência com o Gerenciamento de Projetos com diferentes ciclos de vida. • Experiência com Gerenciamento de Projetos com prototipagem, em casos onde se utilizam protótipos (por exemplo, áreas de Pesquisa e Desenvolvimento, Sistemas de Informação e outras). Médio: • Experiência com o gerenciamento de várias fases do ciclo de vida do projeto e conhecimento razoável de todas as outras fases, no mínimo em um setor de atividade. • Experiência com a identificação e controle dos principais marcos (milestones) de um projeto. Fraco: • Experiência com uma ou duas fases do ciclo de vida do projeto e do seu relacionamento com a seqüência global do projeto. 27 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 7 DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO Conceito Uma avaliação realista do projeto é importante principalmente nas fases iniciais. Ela servirá de base para decidir sobre a continuação do projeto ou sua interrupção. A verificação da exeqüibilidade e da viabilidade do projeto é crucial, tanto para a promoção do projeto como para seu sucesso. O projeto deve ser revisto detalhadamente pelas várias partes nele envolvidas. A avaliação do projeto (na fase inicial) prevê o estudo da viabilidade e da rentabilidade. Além da avaliação técnica e da análise econômica e financeira, a avaliação do projeto pode ainda incluir outros domínios de análise, por exemplo, a avaliação do impacto ambiental, da segurança, das especificações de desempenho etc. Os resultados do projeto são avaliados de acordo com diferentes aspectos: • sucesso econômico; • exeqüibilidade; • viabilidade; • vantagens e desvantagens para os diferentes grupos de interesse (stakeholders); • conformidade com as expectativas dos stakeholders; • riscos e interferências; • capacidade de financiamento. Exemplos de métodos utilizados na avaliação dos projetos são: • análise de rentabilidade; • análise do valor agregado (EVA); • análise de cenários; • valor presente líquido; • fluxo de caixa; • taxa interna de retorno do investimento; • período de retorno financeiro; • análise do impacto do projeto em seu ambiente. O projeto deve ser avaliado não apenas no início e no final. No decorrer do ciclo de vida do projeto devem ser realizadas: • auditorias de parte ou de toda a organização do projeto; • revisões de componentes do projeto, em diferentes ocasiões. Essas auditorias e revisões usualmente não são realizadas por pessoas diretamente envolvidas no projeto, mas que o conhecem bem. A avaliação pós-encerramento do projeto considera os objetivos alcançados (verificação dos critérios de sucesso), a conclusão da documentação do projeto (relatório final) e as lições aprendidas. 28 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento profundo de técnicas de avaliação financeira, tais como, valor atual líquido, fluxo de caixa, taxa de retorno do investimento etc. • Conhecimento profundo da interação entre a avaliação financeira e diversos métodos de planejamento de negócios. • Conhecimento amplo da análise de impacto no ambiente do projeto Médio: • Conhecimento amplo com técnicas básicas de avaliação financeira e de planejamento de negócios. • Conhecimento amplo com o impacto no ambiente do projeto Fraco: • Conhecimento de técnicas básicas de avaliação financeira, de planejamento de negócios e do processo de análise de impacto no ambiente do projeto. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência considerável com a avaliação de projetos de diferentes tipos e em diversas situações. • Responsável pela avaliação global de projetos em diferentes circunstâncias. Médio: • Experiência com algumas avaliações de projetos de diversos tipos. Fraco: • Contato com técnicas básicas de avaliação de projetos. 29 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 8 OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS DO PROJETO Conceito A estratégia do projeto descreve como a totalidade dos vários objetivos específicos do projeto deverá ser alcançada, considerando os resultados esperados e os processos a serem executados. Os resultados obtidos são avaliados com base em métricas quantitativas e qualitativas. As definições do projeto descrevem as tarefas e as condições básicas do projeto. Os objetivos do projeto abrangem todos os aspectos relevantes para o seu sucesso, tanto técnicos como organizacionais, financeiros, de tempo e qualidade, de segurança, recursos humanos, logísticos, contratuais. Eles consistem de três aspectos principais: resultados (produtos e serviços com qualidade especificada), tempo (duração e datas) e despesas (horas e custos). A estratégia de um projeto deve ser estabelecida nos estágios iniciais do projeto, ser o mais compreensível possível e abranger todos os fatores críticos . Durante o desenvolvimento do projeto, a estratégia deverá ser progressivamente revisada e atualizada (revisão da estratégia do projeto). É essencial que a estratégia do projeto reflita todos os fatores externos condicionantes que possam afetar sua viabilidade. O Gerenciamento de Projetos fornece um conjunto de métodos para estabelecer e avaliar a estratégia e os objetivos do projeto. 30 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento profundo da maioria das áreas/sistemas que contribuem para a estratégia do projeto, relativa a, pelo menos, um setor de atividade. • Conhecimento profundo do processo de planejamento estratégico de projetos. Médio: • Conhecimento da maioria das áreas/sistemas que contribuem para a estratégia do projeto, relativa a, pelo menos, um setor de atividade. • Conhecimento amplo com o processo de planejamento estratégico de projetos. Fraco: • Conhecimento básico do processo de planejamento estratégico de projetos. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência, com papel preponderante, com a preparação do planejamento estratégico de um número significativo de projetos. Médio: • Experiência com o desenvolvimento de planejamento estratégico, para um projeto ou mais projetos. Fraco: • Contato com o planejamento estratégico de projetos. 31 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 9 CRITÉRIOS DE SUCESSO E INSUCESSO DO PROJETO Conceito Os critérios de sucesso e de insucesso de um projeto são aqueles que possibilitam a avaliação dos resultados do projeto. É fundamental a definição clara e objetiva destes critérios. Para cada projeto e para cada cliente, eles devem ser especificamente estabelecidos e avaliados. Podem ser identificados três grupos básicos de critérios: • aqueles relativos à organização promotora do projeto, i.e., o dono do projeto ou o utilizador final; • os critérios tradicionais ou clássicos do Gerenciamento de Projetos: no prazo, dentro do orçamento e de acordo com as especificações; • a contribuição do projeto para a concretização dos objetivos individuais de seus participantes. Os critérios de sucesso e de insucesso estão interligados, mas avaliados de maneira independente. Além disso, eles podem mudar com o tempo, particularmente com a evolução das condições de mercado. O fato de não se alcançarem os objetivos iniciais de um projeto nem sempre significa que seja um fracasso. Exemplos de critérios de sucesso de um projeto: • entrega da funcionalidade especificada; • cumprimento dos prazos, do orçamento e das exigências da qualidade; • a rentabilidade alcançada pelas partes contratantes; • satisfação das necessidades e expectativas dos stakeholders; • cumprimento dos objetivos pré-definidos. Exemplos de critérios de insucesso de um projeto: • ultrapassagem dos prazos ou dos custos; • falta de qualidade; • desconsideração de pedidos ou de reclamações. Em especial, fatores qualitativos têm sido cada vez mais apontados como críticos para o sucesso ou insucesso de um projeto, por exemplo: • qualificação do pessoal envolvido no projeto; • comportamento orientado para a resolução de conflitos; • motivação no trabalho; • estilo de gerenciamento. 32 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento profundo dos diferentes tipos de critérios e modelos de avaliação da medida de sucesso de um projeto. • Conhecimento profundo dos critérios operacionais de sucesso do projeto, critérios de avaliação da capacidade comercial e financeira dos fornecedores e do conjunto de processos de Gerenciamento de Projetos. Médio: • Conhecimento amplo dos os diferentes critérios de medida do sucesso e do insucesso de projetos. Fraco: • Conhecimento básico do processo de medição do sucesso e do insucesso de projetos. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência com a identificação e na avaliação dos fatores que contribuem para o sucesso ou insucesso de projetos, tanto do ponto de vista do dono do projeto como do fornecedor e dos stakeholders. Médio: • Experiência com a avaliação do sucesso e do insucesso de projetos. Fraco: • Participação no processo de avaliação do sucesso e do insucesso de projetos. 33 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 10 INICIAÇÃO DO PROJETO Conceito A iniciação do projeto constitui a fase preliminar do gerenciamento, na qual as condições iniciais de um projeto bem sucedido são criadas e os fundamentos para a execução do projeto são definidos. Esta fase caracteriza-se por expectativas ainda pouco definidas, grande incerteza quanto à chance de sucesso e pressão por delimitação de prazos. As tarefas mais importantes da fase de iniciação de um projeto são: • mobilização da equipe do projeto; • planejamento de disponibilidade de equipamentos e instalações; • definição da finalidade, dos objetivos e do escopo do projeto; • entendimento e especificação das condições base para a execução do projeto; • preparação e definição da organização do projeto; • definição dos procedimentos de trabalho e de comunicação; • estabelecimento dos planos iniciais; • criação e formalização do project charter.1 A iniciação do projeto exige, portanto, grande atenção, participação ampla e decisões amadurecidas. O planejamento do Gerenciamento de Projetos é uma condição importante para a iniciação do projeto. A iniciação do projeto abrange, principalmente, a criação da equipe do projeto. Os objetivos do processo de formação da equipe, durante esta primeira fase do projeto, são: • criar uma visão compartilhada, ou missão, para o projeto, com base na identificação de seu contexto, sua finalidade e seus objetivos; • obter a aceitação2 dos planos de ação, definindo o escopo do trabalho, a organização do projeto, bem como as restrições da qualidade, de custos e de tempo; • colocar em funcionamento a equipe de projeto, através do estabelecimento de metodologias de trabalho e canais de comunicação; • orientar sistematicamente a equipe de projeto para a finalidade do projeto e a forma de alcançar seus objetivos. A reunião de iniciação do projeto (kick-off meeting) ou o workshop de lançamento (startup-workshop) são exemplos de tarefas incluídas no processo de iniciação do projeto. 1 Nota do editor: o project charter tem sido traduzido, em vários textos, como “mapa do projeto” ou “proposta executiva”. É um documento formal que reconhece a existência do projeto e a autoridade do gerente do mesmo, emitido por pessoa externa ao projeto. Ele contém os requisitos-chave a que o projeto deve satisfazer e inclui uma descrição sucinta de seus produtos. 2 Nota do editor: Esta aceitação deve ser obtida também dos stakeholders. 34 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento profundo das tarefas de iniciação de um projeto, necessárias para criar e aprovar um project charter. • Conhecimento profundo de práticas de mobilização de equipes de projeto. Médio: • Conhecimento do conteúdo de um project charter. • Conhecimento de práticas de mobilização de equipes de projeto. Fraco: • Conhecimento básico de um project charter. • Conhecimento básico de práticas de mobilização de equipes de projeto. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência ampla com a formação de equipes e o gerenciamento dos recursos materiais necessários à iniciação do projeto. • Experiência com a mobilização de equipes para o início dos trabalhos de um projeto. • Experiência com o gerenciamento de expectativas e de incertezas. • Experiência com a elaboração de project charters e com o gerenciamento de sua revisão e aprovação. Médio: • Experiência com a formação de equipes e no gerenciamento dos recursos materiais necessários para a iniciação de um projeto. • Experiência com a mobilização de equipes para o início dos trabalhos de um projeto. • Colaboração na elaboração de project charters. Fraco: • Participação nos processos de formação de uma equipe de projeto e de início dos trabalhos. 35 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 11 ENCERRAMENTO DO PROJETO Conceito O encerramento do projeto consiste na conclusão ou término dos trabalhos, uma vez atingidos os resultados do projeto. O encerramento combina dois processos: o primeiro, a entrega dos resultados do projeto ou de seu produto final, bem como sua aceitação formal pelo cliente; o segundo, a documentação formal dos resultados do projeto e das lições aprendidas. A entrega dos produtos finais de um projeto segue um procedimento acordado entre o cliente e o gerente do projeto. As principais atividades desta fase são: • apresentação de documentação relativa ao produto desenvolvido (manuais de utilização, protocolos de testes e ensaios, relatórios de inspeções etc.); • avaliação final dos resultados financeiros do projeto (demonstrativo pós-projeto); • relatório de encerramento do projeto e documentação final do projeto; • lista de questões em aberto e de trabalhos em andamento; • lista de reclamações; • acordos sobre treinamentos, garantias e responsabilidades. No âmbito de uma reunião de encerramento do projeto pode ser realizado um processo de revisão de experiências, tendo como propósito o melhoramento contínuo de processos, o qual inclui: • geração, verificação e validação de todos os dados e informações relevantes para o projeto, por exemplo, tabelas de dados e configurações; • identificação de acontecimentos importantes, tais como interferências externas e ações de controle; • constituição ou atualização de bases de dados com informação histórica sobre os projetos realizados; • avaliação da satisfação do cliente e dos membros da equipe de projeto; • avaliação do desempenho do projeto e dos objetivos alcançados; • produção de recomendações e de propostas de melhoria. O encerramento é a última fase do ciclo de vida do projeto, imediatamente anterior ao início das operações. Existem termos sinônimos para “encerramento” tais como entrega, comissionamento, transferência, close out etc. 36 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento profundo das exigências das fases posteriores ao encerramento do projeto. • Conhecimento profundo das técnicas de encerramento, em especial aquelas relacionadas com o gerenciamento de expectativas dos membros da equipe de projeto. • Conhecimento profundo do processo de encerramento da documentação contratual. • Conhecimento profundo dos processos de revisão do projeto, em particular: (1) comparação entre os resultados atingidos e os objetivos inicialmente estabelecidos e (2) identificação dos registros históricos relevantes. Médio: • Conhecimento do conteúdo do documento de encerramento de um projeto e do processo de revisão. • Conhecimento dos dados-chave de avaliação do desempenho de um projeto. Fraco: • Conhecimento do conteúdo e dos objetivos do documento de encerramento de um projeto. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência com a gestão do encerramento de vários projetos, de diferentes graus de complexidade. • Experiência com a análise das implicações comerciais do encerramento do projeto. • Experiência com a gestão da interface entre o projeto e as fases posteriores ao seu encerramento. • Experiência, como responsável, no processo de revisão de projetos, tanto no âmbito da organização como no âmbito dos clientes e fornecedores. Médio: • Experiência com encerramento de projetos, incluindo o processo de revisão e responsabilidade na preparação de dados históricos. Fraco: • Contato com encerramento de projetos. • Envolvimento em um processo de revisão de projeto. 37 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 12 ESTRUTURAS DO PROJETO Conceito A decomposição do trabalho constitui uma forma de estruturar o projeto em elementos de trabalho (ou pacotes de trabalho). A Estrutura de Decomposição do Trabalho (EDT) 3, ou Work Breakdown Structure (WBS), é a representação da estrutura do projeto, usualmente empregada na gráfica. Os diferentes níveis da WBS podem ser estruturados segundo lógicas diversas, tais como o produto/objeto, a função, a responsabilidade, a distribuição geográfica, ou segundo outras lógicas (ou uma combinação destas). A WBS se aplica, por ordem decrescente de agregação, a: • áreas de trabalho ou fases; • pacotes de trabalho (work packages); • atividades; • tarefas. A WBS é um instrumento central da organização e da comunicação no projeto. Ela deve descrever todos os componentes do trabalho a ser realizado, de forma que seja possível controlar a execução do projeto. A WBS constitui a estrutura conceitual em que se baseia todo o planejamento e controle do projeto. Os pacotes de trabalho definem e descrevem os conteúdos do trabalho a ser realizado, seus objetivos, os resultados esperados, as pessoas responsáveis pela execução, as datas de início e término, suas respectivas durações, os recursos necessários, os pressupostos e os custos de execução. A organização e atribuição das responsabilidades é feita através da Matriz de Responsabilidades. 3 Nota do editor: alguns autores preferem o termo “Estrutura Analítica do Projeto (EAP)”. 38 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento profundo de métodos para a elaboração de uma Estrutura de Decomposição do Trabalho (WBS), das suas diferentes formas e das razões da sua utilização. • Conhecimentos necessários para relacionar a WBS com ferramentas e técnicas do Gerenciamento de Projetos. Médio: • Conhecimento de métodos para a preparação de uma WBS ou uma OBS (Organizational Breakdown Structure). • Conhecimento da utilização de uma WBS e do seu relacionamento com ferramentas e técnicas do Gerenciamento de Projetos. Fraco: • Conhecimento dos princípios da construção de uma WBS, de seus objetivos e de seus benefícios. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência ampla com a preparação e utilização de WBS e de OBS, em vários projetos. Médio: • Experiência com a preparação e utilização de WBS. Fraco: • Experiência com o processo de subdivisão do trabalho de um projeto. • Contato com métodos e objetivos da elaboração de WBS e de OBS. 39 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 13 CONTEÚDO E ESCOPO Conceito A partir de uma situação inicial, um projeto gera sucessivos estados intermediários de um sistema, e chega a um estado final. Este pode ser um sistema físico (artificial ou natural), uma organização, um sistema de informação ou um sistema de conhecimento. O novo estado do sistema (por exemplo, um novo modelo organizacional) deverá satisfazer aos requisitos funcionais que terão de ser identificados e analisados antes da definição dos objetivos e do início da busca de soluções. Devem ser executadas as seguintes atividades: • Identificar e analisar o estado atual do sistema; • Identificar as diferentes soluções ou alternativas; • Definir as ações necessárias para passar do estado atual para o novo estado. A definição das funções a que os processos de mudança e os novos estados do sistema devem satisfazer, bem como a delimitação do conteúdo do projeto baseada no esboço de alternativas, são estabelecidas e decididas com base na descrição e no detalhamento do escopo do projeto. Esta descrição deve contemplar, em termos gerais e detalhados, as várias fases do projeto, como nos exemplos a seguir. • Nos projetos organizacionais, funções e soluções organizacionais, novas ou modificadas, são definidas para áreas bem determinadas. • Nos projetos de construção, instalações novas ou alteradas, bem como suas respectivas funções, são definidas por meio de desenhos, esquemas e descrições. • Nos projetos de desenvolvimento de produtos, são definidos produtos e serviços, novos ou modificados, bem como suas respectivas funções. Os trabalhos de concepção e de realização dos novos estados do sistema são definidos e estruturados no Elemento 12 (Estruturas do Projeto). O conteúdo e escopo do projeto são também as bases para a Gestão da Configuração e Alterações (ver o Elemento 17). É muito importante que o gerente do projeto conheça o conteúdo do projeto, sua profundidade e a extensão do trabalho envolvido. Se o gerente de projeto não conseguir, de maneira adequada, delimitar o projeto e documentar a evolução do sistema (extensões e reduções), o projeto tende a sair do controle. 40 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimentos necessários para gerenciar as tarefas de definição do escopo de projetos complexos, abrangendo diferentes áreas organizacionais, ou terceiros. • Conhecimentos para gerenciar a documentação de projetos complexos, abrangendo diferentes áreas organizacionais, ou terceiros. Médio: • Conhecimentos necessários para apoiar o gerenciamento das tarefas de definição do escopo de projetos, abrangendo diferentes áreas organizacionais, ou terceiros. • Conhecimentos necessários para apoiar o a documentação de projetos, abrangendo diferentes áreas organizacionais, ou terceiros. Fraco: • Conhecimentos básicos para avaliar a clareza do escopo de um projeto. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência com gerenciamento de equipes multidisciplinares, responsáveis pela identificação e definição do escopo de projetos de complexidade alta. • Experiência com negociação e documentação do conteúdo e escopo de projetos, de sua divisão em fases do trabalho, e da avaliação do impacto das alterações surgidas no decorrer do projeto. Médio: • Experiência com a identificação e documentação do escopo de projetos de complexidade média. • Experiência com a identificação e documentação das alterações no escopo de projetos. Fraco: • Experiência com o processo de definição do escopo de um projeto. 41 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 14 PROGRAMAÇÃO DO TEMPO Conceito A Programação do tempo (scheduling) consiste na seleção e aplicação de técnicas apropriadas para produzir um programa de execução das atividades do projeto que permita respeitar as respectivas datas-chave e objetivos do projeto. A programação envolve identificar e incorporar, no programa, as fases do projeto, os pacotes de trabalho e respectivos marcos (milestones), as atividades e respectivas precedências, as necessidades e disponibilidades de recursos, as limitações temporais e as restrições internas e externas. O Gerenciamento de Projetos dispõe de técnicas de programação específicas, tais como os diagramas de Gantt (ou de barras), as redes (PERT, CPM etc.), a programação de recursos, a programação de marcos etc. As principais tarefas da programação são: • detalhar os pacotes de trabalho em atividades; • definir as relações de precedência; • estimar as durações das atividades e os recursos necessários para cada uma delas; • fixar as datas das atividades; • otimizar e publicar o programa do projeto; • comparar as datas atingidas, planejadas e presentes, bem como elaborar novas previsões; • atualizar os custos, os produtos intermediários (deliverables) e os recursos. 42 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento profundo do impacto de diversos fatores (tecnológicos, financeiros, de disponibilidade de recursos, condicionantes ou limitadores projeto etc.) na programação de um projeto. • Conhecimento profundo para liderar reuniões destinadas à determinação de estimativas e previsões de prazos e recursos. • Conhecimento da interação entre WBS e OBS (Organisational Breakdown Structure) e a programação de projetos. • Conhecimento sobre métodos para adaptar a programação do projeto com a finalidade de otimizar o impacto dos diferentes fatores. • Conhecimento das técnicas específicas de programação de projetos. • Conhecimento de ferramentas de informática (software) que apóiam a programação de projetos. • Conhecimento de métricas de desempenho de programação do tempo. Médio: • Conhecimento das técnicas específicas de programação de projetos. • Conhecimento de ferramentas de informática (software) que apóiam a programação de projetos. • Conhecimento da interação entre WBS e OBS (Organisational Breakdown Structure) e a programação de projetos. • Conhecimento de métricas de desempenho de programação do tempo. • Conhecimentos necessários para a obtenção de estimativas e previsões de prazos e recursos. Fraco: • Conhecimento das técnicas específicas de programação de projetos. • Noções de ferramentas de informática (software) que apóiam a programação de projetos. • Noções sobre estimativas e previsões de prazos e recursos. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência ampla com a programação de projetos, de diferentes tipos e níveis de complexidade. • Experiência com a utilização de mais de um software de Gerenciamento de Projetos. • Experiência com análise de desempenho e utilização de métricas específicas do setor de atividade em que se insere o projeto. 43 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Médio: • Experiência com a programação de projetos, de diferentes tipos e níveis de complexidade. • Experiência com a utilização de mais de um software de Gerenciamento de Projetos. • Contato com a análise de desempenho e conhecimento das métricas específicas do setor de atividade em que se insere o projeto. Fraco: • Experiência com a programação de projetos. • Experiência com a utilização de software de Gerenciamento de Projetos. 44 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Página intencionalmente em branco 45 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 15 RECURSOS Conceito Os recursos incluem as pessoas da equipe de projeto, equipamentos, materiais e instalações necessárias para a realização das atividades, dos pacotes de trabalho ou do projeto como um todo. O planejamento dos recursos compreende a identificação dos recursos necessários e a programação otimizada da sua utilização, tanto dos recursos disponíveis como aqueles passíveis de contratação. Para a avaliação quantitativa dos recursos necessários à implementação de um projeto (ou de partes de um projeto) vários métodos de estimativa podem ser utilizados: • estimativa analítica, (por exemplo, function-point analysis, comparação do projeto com informações disponíveis em bases de dados e em pessoas-chave); • entrevistas (individuais ou em grupo) com especialistas; • algoritmos de cálculo (específicos de cada indústria ou setor de atividade). Normalmente, a estimativa dos recursos começa como uma quantificação ou medida dos recursos necessários, que pode mais tarde ser traduzida num orçamento financeiro, mediante o emprego de tabelas de atualização de valores. Para identificar a disponibilidade de recursos, é necessária uma avaliação que considera o momento de sua utilização (disponibilidade temporal), a qualificação (capacidade para realizar tarefas específicas) e a quantidade (suficiência do recurso). No planejamento, os recursos relativos à execução das diversas atividades só são considerados enquanto durar o projeto. Variando-se as datas e o número de recursos, o nivelamento destes pode ser efetuado para diferentes prioridades - por exemplo, para a minimização de flutuações de recursos ou duração do projeto, de danos causados por escassez, ou de conflitos em situações de projetos múltiplos. 46 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento profundo do dimensionamento de recursos (humanos, materiais e de capital) para um projeto e da otimização da sua utilização. • Conhecimento profundo dos processos de recrutamento, planejamento de carreiras, formação e técnicas de avaliação (assessment) de pessoas. Médio: • Conhecimento da estimativa de recursos (humanos, materiais e de capital) para um projeto. • Conhecimento dos processos de recrutamento, planejamento de carreiras, formação e técnicas de avaliação (assessment) de pessoas. Fraco: • Noções da estimativa de recursos (humanos, materiais e de capital) para um projeto. • Conhecimento amplo com processos de formação de pessoas. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência ampla com o planejamento de recursos (humanos, materiais e de capital) para projetos. • Experiência ampla com a utilização de técnicas de avaliação de recursos. • Experiência com a negociação de recursos, dentro e fora da organização. • Experiência com processos de avaliação de recursos. Médio: • Experiência com o planejamento de recursos (humanos, materiais e de capital) para projetos. • Alguma experiência com a negociação de recursos, dentro e fora da organização. Fraco: • Colaboração em processos de planejamento de recursos (humanos, materiais e de capital) para projetos. 47 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 16 CUSTOS E FINANCIAMENTO DO PROJETO Conceito O planejamento e controle dos custos de um projeto permitem identificar e quantificar os custos previstos de cada produto intermediário (deliverable) do projeto, comparar as despesas realizadas com as planejadas e as presentes, e elaborar estimativas de outros custos. Uma condição inicial é que todos os produtos do projeto (finais e intermediários) sejam calculáveis e mensuráveis. Outra condição é o conhecimento adequado do ambiente do projeto e das condições básicas de realização dos trabalhos. As principais tarefas envolvidas no processo de planejamento e controle dos custos são: • análise e estimativa de custo dos elementos da WBS (EDT); • diferenciação entre custos com pessoal, equipamentos e aquisição de recursos externos; • estabelecimento dos vários elementos dos custos; • definição das metas de custos; • medição das despesas e dos custos incorridos (contabilidade gerencial); • comparação de custos planejados com as realizados; • análise dos desvios e das respectivas causas; • avaliação de todas alterações e reivindicações; • análise das tendências dos custos; • cálculo dos custos residuais e dos custos previstos no fim do projeto; • desenvolvimento e aplicação de medidas para controle de custos; • cálculo de custos em casos de antecipação e postergação dos prazos e das etapas do projeto. Alguns dos instrumentos de planejamento e controle dos custos mais utilizados são as listagens de custos por atividades, os planos de custo e as “curvas S”. O financiamento do projeto abrange essencialmente o processo de obtenção de fundos para sua realização, da maneira mais prudente e favorável possível. As tarefas principais são: • análise das conseqüências contratuais do financiamento do projeto; • distribuição do orçamento pelos componentes da WBS; • cálculo do fluxo de caixa; • obtenção das autorizações de pagamento; • validação e gestão dos orçamentos; • cobertura das despesas realizadas; • consideração das modificações orçamentais ocorridas durante o ciclo de vida do projeto; • mobilização de fundos; As principais medidas de análise do financiamento são: a taxa de retorno do investimento, o valor presente líquido, o período de retorno do investimento, entre outras. 48 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento profundo dos processos de criação, análise e gestão orçamentária de projetos nacionais e internacionais, envolvendo financiamento e/ou subcontratação de serviços externos à organização. • Conhecimento profundo da utilização de fluxos de caixa. • Conhecimentos necessários para estimar e gerenciar diferentes variáveis de custos associadas a um projeto, incluindo custos com pessoal, equipamentos, instalações, custos provisionais associados a planos de contingência e a prêmios, entre outros. • Conhecimentos necessários para identificar os fatores do ambiente do projeto que podem condicionar os custos deste, tais como: contratações, variações cambiais e conhecimento dos métodos financeiros para criação de provisões relacionadas com tais fatores. • Conhecimento dos diferentes métodos de análise de financiamento de projetos. Médio: • Conhecimento da criação, análise e gerenciamento de orçamentos de projetos, envolvendo subcontratação. • Conhecimento da utilização de fluxos de caixa. • Conhecimento das diferentes variáveis de custos associadas a um projeto, incluindo custos com pessoal, com equipamento, instalações, custos provisionais associados a planos de contingência e a prêmios etc. • Conhecimento dos fatores do ambiente do projeto, que podem condicionar os custos deste, tais como, contratações, variações cambiais ou de taxas. • Conhecimento da análise do financiamento de projetos. Fraco: • Conhecimento de gestão orçamentária com a utilização de fluxos de caixa. • Conhecimento de variáveis de custos associadas a um projeto, incluindo custos com pessoal, equipamento e instalações. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência com a elaboração de orçamentos de projetos complexos envolvendo, no mínimo, 3 das seguintes variáveis de custos: • Contratação de serviços de terceiros, nacionais e/ou estrangeiros. • Custo de recursos humanos internos à organização. • Constituição de provisões. • Financiamento externo. 49 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos • Experiência com a criação e gerenciamento de fluxos de caixa de projeto, incluindo o tratamento de pagamentos a fornecedores e trabalhos em andamento (Work in Process WIP). Médio: • Experiência com a elaboração de orçamentos de projetos envolvendo, no mínimo, duas das seguintes variáveis de custo: • Contratação de serviços de terceiros nacionais. • Custo de recursos humanos internos à organização. • Aquisição de equipamentos e outros recursos materiais. • Constituição de provisões. • Financiamento externo. • Experiência de criação e gerenciamento de fluxos de caixa de projeto, incluindo o tratamento de pagamentos a fornecedores e trabalhos em andamento (Work in Process -WIP). Fraco: • Colaboração na gestão orçamentária de projetos. • Experiência com a elaboração de orçamentos para a aquisição de equipamentos e outros recursos materiais. 50 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Página intencionalmente em branco 51 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 17 CONFIGURAÇÃO E MODIFICAÇÕES Conceito A configuração é definida por todos os atributos funcionais e físicos de um produto, os quais se encontram descritos na documentação do produto ou que neste já foram incorporados. A Gestão da Configuração consiste em todas as medidas técnicas e organizacionais necessárias para: • a identificação da configuração; • o controle da configuração; • auditoria da configuração. O foco da Gestão da Configuração está em todos os produtos intermediários ou finais do projeto (project deliverables), conjugados com a compilação e a documentação sistemática da situação atual da configuração, o controle de suas alterações, a verificação da conformidade do produto ao projeto alterado e transmissão das informações de mudança no tempo certo, a todos os membros do projeto. A Gestão das Modificações4 enfoca o controle das mudanças de configuração do projeto. Nela se identificam, descrevem, classificam, avaliam, aprovam, realizam e verificam todas as modificações. Como premissa, é exigida uma configuração inicial bem definida (baseline), que considera as especificações iniciais do produto e um procedimento sistemático e bem documentado da Gestão das Modificações que deverá abranger o seguinte: • registro de todas as modificações propostas (pedidos de modificação quanto ao escopo, ao risco, à qualidade, aos custos ou ao tempo); • submissão dos pedidos de modificação e avaliação de seu impacto no projeto; • autorização ou rejeição das modificações pelo nível adequado de autoridade; • implementação das modificações aprovadas; • auditoria da execução das modificações. As modificações podem ser solicitadas por qualquer participante e têm que ser gerenciadas tanto no período de submissão como durante sua execução. Todas as modificações devem ser consideradas como potenciais emendas contratuais (internas ou externas) aos contratos em vigor. 4 Nota do editor: alguns autores utilizam indistintamente “modificação” e “alteração”. 52 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento amplo dos processos de Gestão de Modificações e Gestão da Configuração em projetos. • Conhecimento da forma como devem ser redigidos os contratos de modo a permitirem a inclusão de alterações e sua gestão. • Conhecimento das cláusulas contratuais geralmente adotadas em contratos de projeto. Médio: • Conhecimento do processo de Gestão de Modificações e Gestão da Configuração em projetos. • Conhecimento dos princípios básicos da legislação contratual em projetos. Fraco: • Noções do processo de Gestão de Modificações e Gestão da Configuração em projetos. • Conhecimento sobre pontos específicos de legislação contratual em projetos. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência com a Gestão de Modificações e Gestão de Configuração em projetos que envolvem diversas organizações. • Experiência com a definição e documentação de mudanças de configuração. Médio: • Experiência com a Gestão de Modificações e Gestão da Configuração em projetos. • Participação na definição e documentação de mudanças de configuração. Fraco: • Contato com a Gestão de Modificações ou Gestão da Configuração em projetos. • Participação em algum processo de mudança de configuração. 53 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 18 RISCOS DO PROJETO Conceito Riscos são caracterizados pela possibilidade5 de um projeto não se realizar de acordo com os objetivos (especificações, custos, tempo etc.) e com as condições externas. Os desvios que ocorrem podem ser de difícil aceitação ou até mesmo inaceitáveis. A Gestão de Riscos aplicada em projetos consiste nos processos de identificação, classificação e quantificação dos riscos, bem como no gerenciamento das ações de resposta a todos riscos do projeto. A análise de riscos e a Gestão dos Riscos do projeto adotam uma abordagem formal, ao invés de uma abordagem intuitiva. Os processos de gestão dos riscos ocorrem em todas as fases do ciclo de vida do projeto. Os riscos do projeto são acontecimentos incertos com impacto negativo (prejuízos ou danos) ao sucesso geral do projeto, ou são eventos que podem causar prejuízos que não puderam ser previstos. Eles são determinados pela probabilidade da sua ocorrência e pela quantificação dos danos ou prejuízos potenciais. Os riscos estão presentes em todos os projetos, seja qual for seu tamanho, complexidade, setor de atividade ou de negócio. Os riscos podem ser classificados, de acordo com sua natureza e origem, em: riscos de custo, de tempo e financeiros, bem como em riscos técnicos, sócio-psicológicos, legais, políticos, entre outros. Geralmente, apresentam-se cinco tipos de ações de resposta aos riscos: • evitar ou remover; • reduzir; • contratar seguro; • transferir para outros; • aceitar. Essas ações reduzem ou previnem o impacto do risco no projeto. A documentação dos riscos e o controle da resposta aos riscos são tarefas adicionais da Gestão de Riscos. Não só a Gestão de Riscos é relevante no Gerenciamento de Projetos, mas também a Gestão das oportunidades.6 5 6 Nota do editor: Rigorosamente, emprega-se o conceito de “probabilidade”. Nota do editor: Também se empregam as expressões “risco positivo” ou “chance”. 54 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento profundo dos processos de Gestão de Riscos (em particular, a Análise de Riscos) em projetos e capacidade de avaliar os benefícios de sua aplicação. • Conhecimentos das técnicas utilizadas para a identificação, classificação e qualificação dos riscos em projetos, especialmente: brainstorming, entrevistas, checklists, análise probabilística, análise de sensibilidade, árvores de decisão etc. Médio: • Conhecimento do processo de Gestão de Riscos. • Conhecimento básico de técnicas utilizadas na análise de riscos em projetos. Fraco: • Conhecimento dos benefícios da aplicação da Gestão de Riscos e de algumas técnicas de Gestão de Riscos. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência com a Gestão de Riscos em diferentes tipos de projeto. • Experiência com a identificação das possíveis respostas a riscos. • Experiência com a criação de planos de contingência para os riscos mais significativos, para diferentes tipos de projeto. • Experiência com a utilização de técnicas de análise de riscos. Médio: • Experiência com a Gestão de Riscos. • Experiência com a identificação das possíveis respostas riscos. • Experiência com a participação na criação de planos de contingência para os riscos mais significativos. • Experiência com a utilização de técnicas de análise de riscos. Fraco: • Experiência com a utilização da análise de riscos em projetos. • Contato com a utilização de técnicas de análise de riscos. 55 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 19 MEDIDA DO DESEMPENHO Conceito A medida do desempenho é o conceito utilizado para representar o progresso físico alcançado no que se refere ao comportamento dos custos e ao cumprimento dos prazos do projeto. A medição contínua da situação do projeto é vital para um controle adequado do tempo e dos custos. As informações geradas permitem uma avaliação muito importante sobre o desempenho do tempo e dos custos do projeto, bem como sobre seu Valor Agregado (Earned Value). As informações anteriores são usualmente coletadas no nível das tarefas do projeto e resumidas à medida em que sobem aos níveis superiores (por exemplo, pela WBS). A Análise do Valor Agregado (EVA-Earned Value Analysis) é um procedimento útil para calcular e avaliar o progresso do projeto. Os indicadores da situação corrente do projeto são: • Custo Orçado do Trabalho Planejado - Budgeted Cost for Work Scheduled (BCWS) • Custo Orçado do Trabalho Executado - Budgeted Cost for Work Perfomed (BCWP) • Custo Real do Trabalho Executado - Atual Cost of Work Perfomed (ACWP) A comparação do Valor Agregado ou Earned Value (BCWP) com o custo Orçado do Trabalho Planejado (BCWS) e com o Real do Trabalho Executado (ACWP) dá origem a dois indicadores: Variação de Prazo - Schedule Variance (SV) e Variação de Custo - Cost Variance (CV). Os resultados desta análise da situação atual podem ser utilizados então para fundamentar projeções de custos e de prazos. 56 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento profundo sobre a utilização de indicadores de desempenho de projetos. Médio: • Conhecimento de indicadores de desempenho de projetos. • Conhecimento da Análise do Valor Agregado (Earned Value Analysis). Fraco: • Conhecimentos básicos de indicadores de desempenho de projetos. • Noções da Análise do Valor Agregado. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência com a utilização intensiva da avaliação de desempenho de projetos de vários tipos e graus de complexidade • Experiência com a utilização da Análise do Valor Agregado para a criação de ações corretivas e/ou de reformulação do planejamento do projeto em termos de prazos e orçamento. Médio: • Experiência com a utilização de indicadores de desempenho, englobando a Análise do Valor Agregado, em diferentes situações de projetos. Fraco: • Contato com a utilização de indicadores de desempenho de projetos. 57 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 20 CONTROLE DO PROJETO Conceito O Controle do Projeto é o processo de estabelecer objetivos e planos do projeto, medir o desempenho real do projeto, comparar o desempenho real contra aquele planejado nas fases iniciais, e adotar prontamente ações corretivas quando necessário. O Controle do Projeto integra as funções de planejamento, de tomada de decisões e de inspeção em todas as atividades do projeto, no que se refere principalmente ao trabalho, ao tempo e aos custos. Consegue-se assim que os trabalhos realizados em diferentes organizações ou locais sejam efetivamente compatíveis, com relação a tempo, conteúdo e custo, de modo a alcançar os objetivos do projeto de maneira efetiva. O controle efetivo do projeto inclui, principalmente, as seguintes tarefas: • estabelecimento de um sistema de relatórios; • monitoramento do desempenho do projeto em datas específicas (análise em tempo real); • análise dos desvios entre os objetivos previstos e os realizados; • aplicação de um sistema de autorização de trabalhos; • análise de previsão de tendências; • planejamento de ações alternativas e realização de simulações (What-If Analysis); • desenvolvimento e aplicação de ações de controle; • ajuste ou modificação dos objetivos do projeto (revisões do plano). Embora o controle do projeto seja uma das funções fundamentais do Gerenciamento de Projetos, é possível designar uma entidade independente para esta finalidade (por exemplo, um controlador externo ao projeto). Quanto maior a freqüência dos relatórios, e quanto antes forem adotadas, as ações de controle, mais efetivos serão os efeitos. 58 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento amplo das técnicas de planejamento e controle de projetos. • Conhecimento necessário para análise dos relatórios de progresso, face ao tipo de personalidade dos diferentes elementos da equipe. • Conhecimento necessário para a escolha das ações de controle e sua freqüência de utilização, bem como do sistema de relatórios para diferentes tipos de projetos e para as diferentes fases de um projeto. Médio: • Conhecimento das técnicas de planejamento e controle de projetos. • Conhecimento do que deve ser medido, da freqüência de medição e das ações de controle, em um projeto. Fraco: • Conhecimento básico de técnicas de planejamento e princípios de controle de projetos. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência ampla com planejamento e monitoramento de desempenho, face às metas planejadas e com a adoção de ações corretivas, em projetos grandes e complexos. Médio: • Experiência com o planejamento, o monitoramento e a correção de desvios de atividades, em projetos de complexidade e dimensão médias. Fraco: • Contato com o planejamento, o monitoramento e a correção de projetos. 59 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 21 INFORMAÇÃO, DOCUMENTAÇÃO E REPORTING Conceito A coleta, o intercâmbio e armazenamento da informação são elementos fundamentais no Gerenciamento de Projetos. Neste sentido os sistemas de informação e a documentação devem responder às necessidades de informação e às solicitações dos elementos de equipe do projeto. Os sistemas de informação e documentação de projetos devem coletar, armazenar, processar, condensar, distribuir e recuperar eficazmente toda a informação relevante para o projeto. A apresentação sumária da situação do projeto deve refletir, em formato de fácil visualização, os dados atualizados, os desvios e as possíveis ações corretivas. Os sistemas de informação de Gerenciamento de Projetos são apoiados pelos diversos recursos da tecnologia da informação. As fontes e o intercâmbio de informação utilizam redes compartilhadas (Internet, Intranet e redes internas de organizações ou equipes) e o armazenamento em bases de dados. A recuperação e o fornecimento de informações orientadas ao projeto, a partir de documentos existentes (catálogos de produtos, outros projetos, sistematização de experiências, literatura técnica ou comercial, endereços etc.), constituem um elemento importante para melhorar a eficiência do Gerenciamento de Projetos. A informação ou documentação do projeto é normalmente guardada em repositórios compartilhados, orientados para a distribuição da informação. Os modelos de documentação usados em projetos, bem como os respectivos repositórios compartilhados, devem ser concebidos e planejados o mais cedo possível. Posteriormente, e ao longo de todo o projeto, eles estarão sujeitos a revisões e atualizações periódicas. Aspectos especialmente importantes da documentação são a atualidade e a consistência da informação. Neste sentido são necessárias ações específicas do gerente de projetos. O reporting (processo de elaboração de relatório) é considerado uma forma padrão de comunicação. Ele é destinado a receptores específicos, e pode se apresentar de diversas formas. Por um lado, o reporting deve conter os desenvolvimentos já efetuados (histórico) com base em diferentes variáveis; por outro lado, ele deve também contemplar previsões para os futuros desenvolvimentos do projeto. No reporting, as novas metas, os novos valores planejados e os atingidos são comparados com os valores relatados no relatório precedente.7 Como regra, o desenvolvimento do projeto é documentado simultaneamente com o reporting. 7 A comparação entre os resultados planejados e atingidos são contemplados no Elemento 20 (Controle do Projeto) 60 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimentos necessários para a concepção de um sistema de informação e documentação de projetos. • Conhecimentos necessários para a elaboração de relatórios de situação do projeto (Reporting) e de preparação de apresentações sobre a evolução do projeto. • Conhecimentos necessários para o gerenciamento a distribuição e o arquivo da documentação do projeto, para projetos complexos. • Conhecimentos necessários para realizar auditoria na documentação de projetos. Médio: • Conhecimentos necessários para a concepção de relatórios-padrão a serem utilizados no escopo de projetos. • Conhecimentos necessários para a coleta de informação e sua sistematização em relatórios de situação do projeto, destinados aos stakeholders do projeto. • Conhecimentos necessários para o gerenciamento a distribuição e o armazenamento da documentação do projeto. Fraco: • Conhecimentos necessários para a elaboração de relatórios de progresso de atividades. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência com a concepção de um sistema de informação e documentação de projetos. • Experiência ampla com a coleta de informação e sua sistematização em relatórios de situação do projeto, bem como na preparação e execução de apresentações destinadas aos stakeholders do projeto. • Experiência ampla com a distribuição e com o armazenamento da documentação de projetos complexos. • Experiência com auditoria de projetos. Médio: • Experiência com a concepção de relatórios-padrão a serem usados no escopo de projetos. • Experiência com a coleta de informação e sua sistematização em relatórios de situação do projeto de média complexidade, ou de relatórios de progresso restritos a pacotes de trabalho. • Experiência com o controle da distribuição da documentação do projeto, ou do componente do pacote de trabalho de sua responsabilidade. Fraco: • Experiência com a elaboração de relatórios de progresso destinados ao gerente do projeto, ou ao responsável por um determinado pacote de trabalho. 61 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 22 ORGANIZAÇÃO DO PROJETO Conceito A organização do projeto constitui a forma temporária da estrutura organizacional mais adequada ao projeto. Ela inclui: • a identificação de todas as unidades organizacionais envolvidas no projeto; • a definição das atribuições funcionais e das interfaces; • as definições das responsabilidades e das autoridades; • a atribuição às unidades funcionais; • a regulamentação de estruturas e procedimentos de gestão do projeto; Dependendo do modo como o Gerenciamento de Projetos está integrado na organização, existem três tipos básicos de estrutura: • estrutura funcional; • estrutura por projeto; • estrutura matricial (simples, balanceada ou pura). A definição da estrutura deve considerar as influências culturais e ambientais. Ela pode mudar, à medida que o projeto evolui ao longo de seu ciclo de vida, e de acordo com o tipo de projeto e as condições contratuais. A Estrutura de Decomposição da Organização - EDO (Organisational Breakdown Structure, ou OBS) é a representação gráfica da organização do projeto. A correspondência entre elementos da WBS e da OBS pode ser estendida para constituir a Matriz de Responsabilidades (Responsability Matrix). Nesta matriz, as funções das pessoas no projeto são identificadas e descritas. A organização do projeto envolve o compartilhamento de trabalho e a coordenação e integração de tarefas, com o respectivo aumento de autonomia dos membros do projeto e alguma capacidade de auto-organização dos grupos de trabalho. 62 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento profundo dos princípios e práticas da concepção organizacional. • Conhecimento profundo da literatura técnica sobre organizações que contemplam estrutura por projetos e matriciais. • Conhecimento amplo da literatura técnica sobre a Teoria das Organizações. • Conhecimento de metodologias de descrições de trabalho com: definição de papéis e responsabilidades, para cada função relacionada com o projeto; definição dos sistemas e procedimentos de gestão; identificação das funções do negócio que podem ter impacto no desempenho do projeto. • Conhecimento da aplicação e da utilização da Estrutura de Decomposição da Organização (EDO) e da Matriz de Responsabilidades (MR). Médio: • Conhecimento amplo da literatura técnica sobre organizações que contemplam estrutura por projetos e matriciais. • Algum conhecimento da literatura da Teoria das Organizações. • Conhecimento da aplicação e da utilização da Estrutura de Decomposição da Organização (EDO) e da Matriz de Responsabilidades (MR). Fraco: • Conhecimento básico da literatura da Teoria das Organizações, em particular, organizações que contemplam estrutura por projetos e matriciais. • Conhecimento básico da aplicação e a utilização da Estrutura de Decomposição da Organização (EDO) e a Matriz de Responsabilidades (MR). Níveis de Experiência Elevado: • Experiência considerável com a concepção e o estabelecimento de organizações de projetos de diferentes dimensões e/ou graus de complexidade, incluindo a preparação de procedimentos de gestão do projeto e descrições de trabalho. • Experiência ampla com a preparação e utilização de EDO’s e MR’s. Médio: • Experiência com a atuação em diferentes tipos de organizações de projetos; • Experiência com a elaboração de Matrizes de Responsabilidade. Fraco: • Contato com diferentes estruturas organizacionais; 63 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos • Contato com a utilização de Matrizes de Responsabilidades. 64 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Página intencionalmente em branco 65 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 23 TRABALHO EM EQUIPE Conceito Equipes são grupos de pessoas que trabalham em conjunto para realizar objetivos específicos. Nas equipes de projeto existem, normalmente, membros de diferentes departamentos, com diferentes conhecimentos específicos, diferentes expectativas e diferentes talentos e capacidades. A constituição da equipe de projeto ocorre, normalmente, segundo duas perspectivas. Uma delas, mais formal, através de reuniões de iniciação do projeto, workshops e seminários para Gerentes de Projeto e membros das equipes de projeto; a outra, mais informal, através da criação de um espírito de equipe (com pessoas trabalhando melhor quando em grupo), da motivação individual, de eventos sociais e da aplicação das estratégias de apoio. Dificuldades para a formação de equipes dependem das características específicas do projeto, das diferenças culturais e educacionais, dos diferentes interesses e motivações e dos hábitos de trabalho dos membros da equipe de projeto. Nas equipes de projeto surgem efeitos dinâmicos que podem tanto facilitar quanto dificultar o desempenho de um projeto. Na maioria dos casos, o processo de desenvolvimento da equipe segue uma seqüência típica de fases (formação, turbulência, normalização e desempenho), independente da equipe específica. O trabalho em equipe favorece a criação de estruturas sociais: atribuições específicas são transferidas para os membros da equipe, o que cria expectativas em relação aos resultados do projeto. O status de cada indivíduo é função da sua reputação na equipe de projeto e depende de sua contribuição para o desenvolvimento e desempenho da equipe. A capacidade para desempenhar uma determinada função baseia-se em regras que podem ser definidas externamente ou internamente. 66 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento amplo da literatura técnica sobre Comportamento Organizacional e Gestão de Pessoas, particularmente daquela concentrada no contexto de projetos, e que inclui: organizações informais, teorias comportamentais de equipe, trabalho em equipes multidisciplinares e multi-culturais, motivação e constituição de equipes. Médio: • Conhecimento básico da literatura técnica sobre Comportamento Organizacional e Gestão de Pessoas, particularmente daquela relacionada com trabalho em equipe e motivação, no contexto de projetos. Fraco: • Algum conhecimento da literatura técnica de Gestão de Pessoas, particularmente relacionada com trabalho em equipe e motivação, no contexto de projetos. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência considerável com o agrupamento de pessoas com diferentes qualificações, capacidades, níveis de experiência, culturas, valores, com a finalidade da formação de equipes de projeto. • Experiência com a constituição de equipes de tamanhos e composições diferentes, para diferentes tipos de projeto. Médio: • Acompanhamento da constituição de equipes de tamanhos e composições diferentes, para diferentes tipos de projeto. Fraco: • Experiência de trabalho como participante de diferentes equipes de projeto e em diferentes situações. 67 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 24 LIDERANÇA Conceito Liderança pode ser definida como ação que cria um sistema social no qual, tanto o líder quanto o liderado, cumprem uma tarefa ou resolvem um problema, com a maior eficiência possível, nos níveis financeiro, temporal, emocional e social. A Liderança abrange também a influência sobre atitudes e comportamentos das pessoas ou dos grupos para atingir determinados objetivos. Isto é conseguido com base na organização, no planejamento, no controle e na gestão dos recursos. Liderança é fazer com que pessoas sigam. A Liderança é uma tarefa central do Gerente de Projetos e diferencia-se do papel do cliente, o qual define os objetivos do projeto e as condições básicas para sua realização, e eventualmente compatibiliza estes objetivos e condições básicas com o ambiente do projeto e busca obter apoios e financiamentos necessários. Delegação é a prática que consiste em transferir para outra organização ou outras pessoas a responsabilidade pela execução das tarefas concretas do projeto. Neste sentido, é necessário avaliar a disponibilidade de conhecimentos específicos, energia, tempo e recursos. Além disso, as tarefas e os objetivos devem estar formulados claramente. Técnicas de liderança se diferenciam em função do nível dos participantes da equipe do projeto na tomada de decisões. Diferentes estilos de gestão definem a relação entre o líder e o grupo. Os elementos básicos da liderança são: a motivação, os incentivos, as ordens e as sanções (oriundas do poder). 68 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento profundo da literatura de Gerenciamento de Projetos focada em: liderança, funções administrativas, motivação, poder, autoridade etc. • Conhecimento profundo dos elementos necessários para executar uma tarefa e da capacidade (intelectual, emocional e temporal) da pessoa a quem delega. • Conhecimento amplo da literatura técnica nas áreas de Liderança e Administração. Médio: • Conhecimento amplo da literatura de Administração e de Gerenciamento de Projetos focada em Liderança. • Conhecimentos necessários para descrever formalmente os atributos da Liderança. • Conhecimento do trabalho envolvido, da capacidade das pessoas para desenvolvê-lo e métodos para comunicar e monitorar o trabalho. Fraco: • Algum conhecimento da literatura sobre Liderança nas áreas de Administração e Gerenciamento de Projetos. • Conhecimentos necessários para descrever os atributos básicos da liderança. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência com o estabelecimento de objetivos em projetos complexos, bem como sucesso na busca por estes objetivos. • Experiência de delegação freqüente e efetiva de tarefas em projetos. Médio: • Experiência com o estabelecimento de objetivos e na delegação de tarefas para um projeto de dimensão e/ou complexidade média. • Experiência com o monitoramento de pessoas empenhadas em atingir metas estabelecidas. • Experiência com liderança de uma equipe responsável por um projeto de complexidade média. Fraco: • Experiência com o gerenciamento de uma equipe de um pequeno projeto ou de liderança de uma parte da equipe de um projeto maior. • Experiência com a delegação ou a execução de tarefa que lhe tenha sido delegada no escopo de um projeto. 69 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 25 COMUNICAÇÃO Conceito Comunicação envolve a transmissão efetiva de informações e a interação entre os agentes transmissor e receptor. Ela é utilizada na criação de pré-condições adequadas para a motivação, o trabalho e as decisões do receptor. A comunicação pode ocorrer de diversas formas (oral, escrita, gráfica, estática ou dinâmica etc.) e por diversos meios (papel, meios eletrônicos, verbais ou não verbais etc.). A comunicação acontece em conversas, reuniões, encontros, seminários e conferências, bem como no intercâmbio de mensagens, opiniões e relatórios. Uma função importante do Gerenciamento de Projetos é a comunicação entre o projeto e seu ambiente do projeto (contexto). A comunicação é muitas vezes ambígua. É necessário interpretar as informações com base no emissor. Nos projetos, os problemas de comunicação têm de ser detectados, analisados e resolvidos de imediato. A capacidade de comunicação e a competência em técnicas de comunicação são habilidades importantes no Gerenciamento de Projetos. 70 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento amplo de técnicas de apresentação de idéias e resultados, de forma oral e escrita. • Conhecimento amplo de meios e formas de comunicação no Gerenciamento de Projetos. • Conhecimentos necessários para organizar e comunicar idéias complexas de uma forma simples e adaptada a diferentes audiências e circunstâncias. Médio: • Conhecimento de técnicas de apresentação de idéias e resultados, de forma oral e escrita. • Conhecimento de meios e formas de comunicação no Gerenciamento de Projetos. • Capacidade de adaptar a comunicação a diferentes audiências e circunstâncias. Fraco: • Conhecimento básico de apresentação de idéias e resultados, de forma oral e escrita. • Conhecimento básico de formas de comunicação no Gerenciamento de Projetos. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência ampla com comunicação oral para grandes audiências, utilizando-se diversas formas de mídia. • Experiência ampla com comunicação escrita na elaboração de relatórios, artigos, apresentações e outros documentos, no âmbito do Gerenciamento de Projetos . • Experiência com a elaboração e condução de um plano de comunicação em projetos complexos. Médio: • Experiência com apresentações orais em público e condução de reuniões. • Experiência com comunicação escrita na elaboração de relatórios, apresentações e outros documentos, no âmbito do Gerenciamento de Projetos. • Participação na execução de um plano de comunicação em projetos. Fraco: • Experiência com a comunicação de idéias em ambiente de trabalho. • Experiência com o fornecimento de informações durante a execução do plano de comunicação de projetos. 71 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 26 CONFLITOS E CRISES Conceito A Gestão de Conflitos é a arte de lidar criativamente com os conflitos. Os projetos e os contratos podem originar conflitos, apesar de acordos e regras funcionalmente estabelecidas para evitá-los. Os conflitos podem ocorrer em todos os níveis organizacionais, fundamentalmente porque: • existe um grande número de intervenientes no projeto, trabalhando em conjunto, mas influenciados pelos seus próprios objetivos e aspirações os quais, em algum ponto, podem colidir; • pessoas freqüentemente têm que atuar em conjunto mesmo sem se conhecerem bem, e ainda sob grande pressão de trabalho. Conflitos implicam mudanças (ou sintomas de mudanças) e podem ameaçar a realização dos objetivos do projeto; mas eles também podem contribuir para uma melhor colaboração e para melhores produtos do projeto. Conflitos podem acontecer com uma só pessoa, com duas ou mais pessoas ou partes intervenientes; eles podem ser muito dinâmicos, de forma que mais pessoas passam a ser envolvidas. Uma crise é um caso especial de conflito, caracterizado por uma ausência de soluções possíveis, impossibilidade de recuo, bloqueio ou paralisação de longo prazo. A ação de gerenciar conflitos consiste em canalizar estes conflitos para que o resultado seja positivo, preferencialmente de forma mais sinérgica do que destrutiva. Formas possíveis de resolução de conflitos são: a adoção do conflito, a colaboração, a negociação, a prevenção ou o uso de poder. Cada uma destas soluções depende de se alcançar um equilíbrio entre os interesses próprios e de terceiros. O tratamento dos conflitos de forma cooperativa e com regras exige boa vontade de todas as partes e pode ser moderado por um mediador neutro. 72 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento amplo da literatura e técnicas de resolução de conflitos. • Conhecimento dos fatores psicológicos causadores de conflitos em projetos e em situações contratuais. Médio: • Conhecimento amplo com a com literatura de resolução de conflitos. • Conhecimentos necessários para a avaliação técnica e psicológica das causas de conflitos em projetos e em situações contratuais. Fraco: • Noções das causas de conflitos em projetos e em situações contratuais. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência com uma grande variedade de situações geradoras de conflito em projetos e contratos. • Experiência ampla com resolução de conflitos em projetos. Médio: • Alguma experiência com situações geradoras de conflito em projetos e contratos. • Alguma experiência com a resolução de conflitos em projetos. Fraco: • Contato com situações geradoras de conflito em projetos e contratos • Acompanhamento do processo de resolução de conflitos. 73 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 27 AQUISIÇÕES E CONTRATOS Conceito Aquisição engloba os seguintes aspectos: estimativa do investimento, tendo em conta as opções disponíveis, elaboração de uma estratégia de contratação ou aquisição, análise da decisão de fazer ou comprar (make-or-buy), preparação dos documentos contratuais, qualificação e seleção dos fornecedores, compra, administração de contratos, bem como o armazenamento, a inspeção, a expedição e o manuseio de materiais e equipamentos. Como uma parte do Gerenciamento de Projetos e de Aquisições, a Gestão de Contratos controla a concepção, o fechamento (efetivação), a atualização e o cumprimento dos contratos, como tarefa fundamental para alcançar os objetivos do projeto. Nesta gestão incluem-se: • a concepção e a aprovação das exigências contratuais, relativas a quebras contratuais, atrasos, responsabilidades e garantias, especificações, preços, formas de pagamento, cronogramas etc.; • a análise do contrato e a definição das responsabilidades dos intervenientes no projeto; • o acompanhamento das questões contratuais mais relevantes, bem como as alterações que possam causar modificações no texto do contrato, nos suplementos ao contrato ou nas reivindicações. O Gerenciamento das Reivindicações serve para controlar e avaliar os desvios ou alterações, bem como as conseqüências econômicas, com o propósito de definir, evitar, motivar ou executar as reivindicações. Isto engloba tanto a preparação e a validação das próprias reivindicações, como a proteção contra as reivindicações de oponentes. 74 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento profundo do desenvolvimento de estratégias de contratação, da preparação de documentação contratual e do desenvolvimento de planos de aquisições. • Conhecimento profundo da avaliação de propostas. • Conhecimento profundo da negociação de propostas. • Conhecimento profundo das cláusulas contratuais geralmente utilizadas em projetos. • Conhecimento amplo de todo o processo de aquisição. • Conhecimento amplo do desenvolvimento de cadernos de encargos. Médio: • Conhecimento do desenvolvimento de planos de aquisições. • Conhecimento de todo o processo de contratação. • Conhecimento da preparação de cadernos de encargos. • Conhecimento da avaliação de propostas. • Conhecimento das cláusulas contratuais geralmente utilizadas. Fraco: • Conhecimento básico do processo de contratação. • Conhecimento básico das cláusulas contratuais geralmente utilizadas em projetos. • Conhecimento básico da avaliação de propostas. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência ampla com a pré-qualificação de fornecedores. • Experiência ampla com a preparação de documentação contratual e de planos de aquisições. • Experiência ampla com a administração de contratos. • Experiência ampla com avaliação de propostas. • Experiência com a gestão e revisão de cadernos de encargos. • Experiência com negociações contratuais, incluindo contratos complexos e de grandes montantes. Médio: • Experiência com a preparação de documentação contratual e de planos de aquisições. • Experiência com a pré-qualificação de fornecedores. • Experiência de trabalho na equipe de elaboração de cadernos de encargos. 75 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos • Experiência com avaliação de propostas. • Experiência com a negociação contratual, para contratos simples e de volumes pouco significativos. • Experiência com a administração de contratos. Fraco: • Alguma experiência do processo de contratação e da administração de contratos. • Alguma experiência com a avaliação de propostas. • Alguma experiência com administração de contratos 76 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Página intencionalmente em branco 77 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 28 QUALIDADE DO PROJETO Conceito Qualidade é a totalidade das características de uma entidade que emprega suas habilidades para satisfazer a necessidades explícitas e implícitas. Gestão da Qualidade compreende todas as atividades da função da administração geral as quais determinam a política da qualidade, objetivos e responsabilidades, e as implementam por meios tais como o planejamento, o controle, a garantia e melhoria contínua, dentro do Sistema (organizacional) de Gerenciamento da Qualidade. Um Sistema de Gerenciamento da Qualidade é a estrutura organizacional, procedimentos, processos e recursos, necessários para implementar a Gestão da Qualidade. Tipicamente, podem-se encontrar três diferentes estados de Gerenciamento da Qualidade: • A Garantia da Qualidade define os procedimentos e os documentos necessários para estabelecer um nível de desempenho pré-definido. • O Controle da Qualidade é a aplicação de técnicas e processos de medida para atingir um nível de desempenho pré-definido. • A Gestão da Qualidade Total (Total Quality Management -TQM) é uma abordagem gerencial que (1) coloca a Qualidade como ponto central, (2) garante o sucesso da organização no longo prazo, com base na satisfação do cliente, bem como (3) busca benefícios para os membros da organização e da sociedade. A TQM se baseia no princípio do melhoramento contínuo. A definição das atividades da gestão da qualidade é uma obrigação do Gerenciamento de Projetos. Sua execução é realizada por cada membro da equipe do projeto. 78 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento amplo da literatura relacionada com a Gestão da Qualidade Total (TQM). • Conhecimento amplo dos conceitos da Gestão da Qualidade em projetos. • Conhecimento amplo das normas da qualidade. • Conhecimento amplo dos processos e procedimentos de Garantia da Qualidade e de Controle da Qualidade. Médio: • Conhecimento dos princípios da Gestão da Qualidade Total (TQM). • Conhecimento das normas de qualidade. • Conhecimento dos processos e procedimentos de Garantia da Qualidade e de Controle de Qualidade. • Conhecimento dos conceitos da Gestão da Qualidade em projetos. Fraco: • Conhecimento dos conceitos de Garantia da Qualidade e de Controle da Qualidade. • Conhecimento básico dos conceitos da Gestão da Qualidade em projetos. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência com a implementação da Gestão da Qualidade Total (TQM). • Experiência ampla com a Garantia e Controle da Qualidade em diferentes tipos de projeto. Médio: • Experiência com a Garantia e Controle da Qualidade. • Experiência com a Gestão da Qualidade em projetos. Fraco: • Contato com processos de Garantia ou Controle da Qualidade. • Experiência com Gestão da Qualidade em projetos. 79 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 29 INFORMÁTICA EM PROJETOS (ICB 29) Conceito Informações são usadas para responder questões. Participantes em projetos conseguem informações de bancos de dados (inclusive da própria memória) e de sistemas de informações. Os elementos da Informática são as necessidades dos usuários, os sistemas aplicativos que devem estar de acordo com estas exigências, bem como os programas de computador (software) e equipamentos (hardware) para a aquisição, o arquivamento, o processamento, a apresentação visual, a saída e a transmissão (comunicação) de dados. O termo "Tecnologia da Informação" é empregado alternativamente a "Informática". O Gerente de Projetos deve poder avaliar e supervisionar o uso da Tecnologia da Informação em todas as áreas apropriados do Gerenciamento de Projetos (por exemplo: gestão do tempo, controle de custos, administração do projeto, gestão de dados, gestão de documentos, processos do negócio). Quando a Informática assume importância crucial no projeto, o gerente de projetos deve entender os objetivos, as tarefas e as decisões das fases de conceituação, especificação, desenvolvimento, implementação e controle da Tecnologia da Informação a ser utilizada no projeto. Ele deve ser capaz de incluir estes atributos no gerenciamento de todo o projeto. 80 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimentos necessários para entender e discutir os relatórios de, no mínimo, dois tipos de software completos e distintos, para o Gerenciamento de Projetos. • Conhecimento amplo das exigências dos principais módulos de, no mínimo, dois tipos de software completos e distintos, para o Gerenciamento de Projetos. • Conhecimentos necessários para propor o uso de, no mínimo, dois tipos de software completos e distintos, utilizando os módulos principais destes tipos de software, para o Gerenciamento de um projeto específico, desde o início do projeto, • Conhecimentos necessários para propor o uso detalhado do gerenciamento de projetos múltiplos, com base em um tipo de software completo para o Gerenciamento de Projetos. Médio: • Conhecimentos necessários para utilizar sozinho um tipo de software completo para planejamento e controle de projetos, demonstrando conhecimento e uso dos módulos fundamentais, para uma aplicação desde o início. • Conhecimentos necessários para acessar informações sobre acompanhamento de tempos e recursos de investimento em um tipo de software completo para o Gerenciamento de Projetos. • Conhecimentos necessários para a elaboração de projetos simples em um tipo de software completo para projetos, incluindo controle de tempos e de recursos. Fraco: • Conhecimentos necessários para utilizar sozinho um tipo de software completo para planejamento e controle de projetos, demonstrando conhecimento e uso de alguns dos módulos fundamentais, dentro de uma aplicação. • Conhecimentos necessários para acessar informações sobre acompanhamento de tempos e recursos de investimento em um tipo de software completo para o Gerenciamento de Projetos. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência considerável com o uso de dois tipos de software para o Gerenciamento de Projetos, podendo a aplicação de um deles ser em caso simulado. • Experiência com a utilização de um tipo de software de Gerenciamento de Projetos de maneira autônoma, desde o início, para controle do projeto. • Experiência considerável com a gestão de recursos baseado em software para o Gerenciamento de Projetos. Médio: • Experiência com a utilização autônoma de um tipo de software para o Gerenciamento de Projetos, em aplicações reais, desde o início. 81 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos • Alguma experiência com a gestão de recursos baseado em software para o Gerenciamento de Projetos. • Alguma experiência com a utilização de software para o Gerenciamento de Projetos, em aplicações reais, com domínio de seus módulos principais. Fraco: • Experiência com a utilização autônoma de um tipo de software para o Gerenciamento de Projetos em uma aplicação real ou simulada. • Alguma experiência com a gestão de tempos baseada em software, para o Gerenciamento de Projetos. 82 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Página intencionalmente em branco 83 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 30 NORMAS E REGULAMENTAÇÕES (ICB 30) Conceito Normas, regulamentações e recomendações determinam todo o tipo de sistemas, métodos, procedimentos e processos no Gerenciamento de Projetos. Elas incluem aprovações, controles e exigências técnicas. Constituem ferramentas de apoio ao trabalho diário do projeto, no tocante a tarefas repetitivas ou acontecimentos únicos do projeto. A normatização tem por objetivo uniformizar o uso da terminologia, estabelecer um entendimento comum e formar uma base para acordos contratuais no campo do Gerenciamento de Projetos. Isto facilita a cooperação entre membros de equipes de projetos e parceiros de uma ou mais empresas. A aceitação e a aplicação generalizadas das normas e regulamentações devem ser alcançadas com base em uma estreita colaboração entre os membros da equipe de projeto, departamentos relevantes e parceiros do projeto (mas também das associações profissionais e industriais, bem como dos representantes dos diversos ramos). Normatizações que dizem respeito a várias organizações vêm sendo estabelecidas, em nível nacional e internacional, em grupos de trabalho e comitês de normatização, tais como: • British Standards Institute (BSI) – Inglaterra; • Deutsches Normungsinstitut (DIN) – Alemanha; • Association Française de Normalisation (AFNOR) – França ; • International Standardisation Organisation (ISO). Todos estas instituições publicam normas e regulamentação, no campo do Gerenciamento de Projetos. 84 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento amplo das principais normas nacionais e internacionais que tratam do Gerenciamento de Projetos. • Conhecimento profundo das normas específicas da área de um projeto. • Conhecimento amplo de todos os procedimentos de gestão, controle e documentação, normalmente exigidos para o Gerenciamento de Projetos. • Conhecimento amplo dos sistemas de informação de apoio exigidos para estes procedimentos. Médio: • Conhecimento de procedimentos básicos de gestão de custos, planejamento de trabalho, controle de alterações, contratação, documentação e administração, normalmente necessários para o Gerenciamento de Projetos. • Conhecimento de normas específicas da área de um projeto. • Conhecimento amplo dos sistemas de apoio à informação para o Gerenciamento de Projetos. • Conhecimento do conteúdo das principais normas nacionais e internacionais que tratam do Gerenciamento de Projetos. Fraco: • Conhecimento dos princípios básicos dos procedimentos de Gerenciamento de Projetos. • Conhecimento básicos das principais normas nacionais que tratam do Gerenciamento de Projetos. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência com a definição e a implementação de conjuntos de procedimentos para vários projetos, com base em normas e regulamentações nacionais e internacionais de projetos. • Experiência com a elaboração e aplicação de normas ou regulamentações específicas para um projeto. • Experiência com a implementação de sistemas de apoio à informação para o Gerenciamento de Projetos. Médio: • Experiência com o uso dos procedimentos de Gerenciamento de Projetos, nas funções de participante e de gerente. 85 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos • Experiência com a utilização de procedimentos para vários projetos, com base em normas e regulamentações nacionais e internacionais de projetos. • Experiência com o uso de sistemas de apoio à informação para o Gerenciamento de Projetos. Fraco: • Experiência com o uso de procedimentos de Gerenciamento de Projetos. • Contato com normas e regulamentações nacionais ou internacionais sobre Gerenciamento de Projetos. 86 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Página intencionalmente em branco 87 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 31 NEGOCIAÇÃO E REUNIÕES (ICB 32) Conceito A solução de um problema ou um conjunto de problemas deve ser buscada com uma pessoa ou várias pessoas ou intervenientes. O resultado pode ser um consenso ou uma decisão. A solução é usualmente alcançada como resultado de um processo com etapas. A concepção do procedimento a ser adotado e a seleção das pessoas e partes envolvidas (por exemplo, uma negociação de contrato ou um procedimento de mediação) são tarefas importantes da Gestão da Negociação. Para negociações, discussões e reuniões são os instrumentos mais usuais. A Gestão de Reuniões inclui a preparação da reunião, a condução e as ações decorrentes. Os métodos de Gestão de Reuniões estão relacionados com: o conteúdo (objetivo e subjetivo), o procedimento, a administração do tempo, as técnicas de informação e decisão, e a documentação da reunião. Aspectos similares são válidos para o gerenciamento de discussões com interlocutor único. Os tópicos das negociações podem ser, por exemplo: • acordos sobre os objetivos do projeto, com o cliente; • negociação com autoridades públicas, sobre a aprovação do projeto; • negociação de contratos ou reivindicações, com contratantes; • consultas para a contratação de pessoal da equipe do projeto. Dependendo do interesse dos intervenientes, pode-se chegar a um consenso ou à decisão de adiar a negociação, ou então terminá-la sem um resultado. A preparação (data e hora, pessoas convocadas, pauta, objetivos, informações preliminares etc.), a condução e as ações decorrentes das negociações são responsabilidades importantes dos Gerentes de Projeto. 88 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento profundo das principais técnicas de negociação. • Conhecimento profundo das principais técnicas de preparação, condução e documentação de reuniões. Médio: • Conhecimento das principais técnicas de negociação. • Conhecimento das principais técnicas de condução de reuniões. Fraco: • Conhecimento de algumas das principais técnicas de negociação e condução de reuniões. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência ampla com a condução de reuniões. • Experiência ampla com a negociação dos objetivos do projeto, de contratos com clientes e fornecedores, com a contratação de recursos e com a aceitação dos vários produtos, intermediários ou finais, do projeto. Médio: • Experiência com a condução de reuniões. • Experiência com a negociação do escopo do trabalho com clientes, fornecedores e elementos da equipe do projeto. Fraco: • Envolvimento em processos de negociação. • Participação em reuniões de planejamento e controle de projetos. 89 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 32 MARKETING E GERENCIAMENTO DE PRODUTOS (ICB 38) Conceito O Marketing8 é responsável pela definição do mix de produtos durante e depois dos investimentos realizados pelo projeto, de modo que estes investimentos sejam promissores de sucesso. O projeto deve ser concebido, realizado e concluído com o objetivo de atender à satisfação dos clientes. Em especial, o projeto deve considerar a real demanda futura dos produtos. O gerente de projetos deve conhecer os princípios, as técnicas e algumas aplicações do Marketing: • Princípios de Marketing (segmentação, formação de preços, concepção/ melhoria do produto e publicidade). • Fatores de sucesso, processos de venda e controle do Marketing. • Procedimentos e meios para a "venda" de soluções baseadas em projetos. Ele deve ser capaz de colaborar com os gerentes de produto, responsáveis pelo acompanhamento do produto. Finalmente, o projeto em si (investimento) pode ser considerado um produto complexo ou um sistema de produtos. Este produto é vendido para o cliente durante o ciclo de vida do projeto, é fabricado como produto único e complexo e é comissionado e aceito pelo cliente ao final do ciclo de vida do projeto. Em uma abordagem voltada para o mercado, os pacotes de trabalho do projeto são produtos comprados no mercado ou internamente na organização responsável pelo projeto. Neste caso, o gerente do projeto é o cliente direto ou o líder formador de opinião que influencia a concepção dos produtos (trabalhos) e as decisões sobre as aquisições. 8 Este elemento enfoca a necessidade de o gerente de projetos possuir uma visão do Marketing e da Gerência de Produtos da Organização. Ele não trata do Marketing do projeto. 90 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento amplo das teorias do Marketing, em especial sobre Gestão de Produtos. • Conhecimento de mix de produtos, segmentação de mercado e técnicas de pesquisa de opinião. • Conhecimento das técnicas e conceitos necessários para a elaboração de um plano de Marketing. Médio: • Conhecimento das teorias do Marketing, em especial sobre Gerenciamento de Produtos. • Conhecimento de mix de produtos, segmentação de mercado e técnicas de pesquisa de opinião. • Conhecimento básico sobre um plano de Marketing. Fraco: • Conhecimento básico das teorias do Marketing. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência ampla com o planejamento do projeto, com base em preceitos do Marketing. • Experiência ampla com o gerenciamento ou contratação de pessoas para exercerem atividades no âmbito do Marketing, em projetos. • Experiência com a elaboração de um plano de negócio ou um plano de Marketing para um projeto. Médio: • Experiência com o uso de técnicas do Marketing em projetos. • Participação em elaboração de um plano de negócio ou um plano de Marketing para um projeto. Fraco: • Contato com um plano de negócio ou plano de Marketing. 91 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 33 SEGURANÇA, SAÚDE E MEIO AMBIENTE (ICB 40) Conceito Nos projetos, as questões fundamentais relativas a segurança, saúde e meio-ambiente são cobertas por padrões e métodos previamente definidos que minimizam, a um nível aceitável pelo sistema público, pelo sistema legal, pelos operadores e por outras entidades, a probabilidade da ocorrência de acidentes ou danos pessoais e materiais. O gerente de projetos deve garantir que estes padrões serão respeitados nas operações, e revisá-los para garantir sua validade. Prioritariamente, a proteção de pessoas (contra morte, invalidez etc.) tem que ser assegurada no projeto e nas fases de operação. O gerente de projetos é, normalmente, o mais importante agente da segurança. Ele é responsável pela identificação de perigos, pela análise dos riscos, pelo planejamento de ações de resposta aos riscos e pelo controle de situações com especial atenção às violações de procedimentos, às ações preventivas e às ações danosas (mal uso, sabotagem etc.). Os instrumentos da segurança, saúde e meio-ambiente são: • Planos de segurança. • Revisões da segurança (certificações específicas). • Planos de impacto sobre o meio-ambiente. 92 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento profundo das situações de risco de acidentes, que possam ameaçar a segurança e a saúde dos membros da equipe ou de terceiros, bem como de fontes de riscos para o meio-ambiente. • Conhecimento profundo das regulamentações de segurança no trabalho e meio-ambiente, para o setor de atividade em que opera. • Conhecimento necessário para garantir o cumprimento das diretrizes de segurança, saúde e meio-ambiente. Médio: • Conhecimento das regulamentações de segurança no trabalho e meio-ambiente. • Conhecimento necessário para apoiar o cumprimento das diretrizes de segurança, saúde e meio-ambiente. Fraco: • Conhecimento básico das regulamentações de segurança no trabalho e meio-ambiente. • Conhecimento básico sobre das diretrizes de segurança, saúde e meio-ambiente. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência considerável com a instalação e auditoria de sistemas de segurança, saúde e meio-ambiente em projetos. Médio: • Experiência com a utilização de instrumentos da segurança, saúde e meio-ambiente em projetos. Fraco: • Contato instrumentos da segurança, saúde e meio-ambiente em projetos. 93 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 34 ASPECTOS LEGAIS (ICB 41) Conceito Em um projeto é freqüente a ocorrência de decisões que necessitam do apoio de fundamentos jurídicos, bem como envolvem a escolha de formas e procedimentos legais adequados. O gerente de projetos deve ser capaz de reconhecer ou descobrir quais atividades necessitam quais fundamentos jurídicos, e quais princípios legais devem ser aplicados (legislação trabalhista, leis sobre contratos, permissões, expropriações, responsabilidades legais do produto, confidencialidade de dados, código de defesa do consumidor, legislação penal etc.). Conhecimento e experiência com direito contratual são essenciais para o gerenciamento de alguns tipos de projetos. Questões judiciais de grande importância devem ser tratadas por advogados. O gerente de projetos deve ser capaz de extrair informações relevantes do projeto, interagir com advogados para definir procedimentos legais, bem como considerar os efeitos destes no cronograma e nos custos do projeto. Os aspectos mais relevantes são: • Reconhecimento dos princípios legais mais relevantes para o projeto (legislação trabalhista, leis contratuais, permissões para instalações e produtos, patentes, seguros, responsabilidades legais de produtos, obrigações, confidencialidade de dados, legislação penal, código de defesa do consumidor, legislação ambiental etc.). • Introdução dos processos e informações relevantes para o projeto. Todos os acordos contratuais em uma situação de projetos (obrigações, direitos e processos) são inseridos no contexto geral da interpretação legal. Eles são caracterizados pelo sistema legal do país que inclui, por exemplo, a legislação criminal, legislações comerciais e empresariais, legislação trabalhista, leis contratuais, exigências de saúde e segurança, bem como outras exigências reguladoras, tais como leis de planejamento (urbano e outros), leis de proteção de dados, leis contra discriminação, normas de construção, legislação do consumidor etc. 94 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento de leis relevantes para apoiar a elaboração de projetos em diversos campos específicos (gestão da qualidade, dos riscos, de custos, das aquisições etc.). • Conhecimentos necessários para interagir com advogados na definição de procedimentos legais, bem como inserir os efeitos destes no cronograma e nos custos do projeto. • Conhecimento de princípios legais importantes para o gerenciamento de projetos (legislação trabalhista, leis contratuais, permissões para instalações e produtos, patentes, seguros, responsabilidades de produtos, obrigações, confidencialidade de dados, legislação penal, legislação ambiental, código de defesa do consumidor). • Conhecimentos necessários para a elaboração ou revisão de contratos de projetos. Médio: • Noções sobre leis relevantes para apoiar a elaboração de projetos em diversas áreas específicas (gestão da qualidade, dos riscos, de custos, das aquisições etc.). • Conhecimentos necessários para inserir os efeitos de procedimentos legais no cronograma e nos custos do projeto. • Conhecimentos necessários para a análise de contratos de projetos. Fraco: • Noções sobre pontos específicos de leis relevantes para apoiar a elaboração de projetos em diversas áreas específicas (gestão da qualidade, dos riscos, de custos, das aquisições etc.). Níveis de Experiência Elevado: • Experiência com a elaboração ou revisão de contratos de projetos, com referência a diversas áreas específicas do Gerenciamento de Projetos (gestão da qualidade, dos riscos, de custos, das aquisições etc.). • Experiência com a elaboração de projetos considerando as leis relevantes em diversas áreas específicas (legislação trabalhista, leis contratuais, permissões para instalações e produtos, patentes, seguros, responsabilidades de produtos, obrigações, confidencialidade de dados, legislação penal, legislação ambiental, código de defesa do consumidor). • Experiência com a interação com advogados na definição de procedimentos legais, bem como com a inserção destes efeitos no cronograma e nos custos do projeto. Médio: • Experiência com a elaboração de projetos considerando as leis relevantes em algumas áreas específicas (legislação trabalhista, leis contratuais, permissões para instalações e 95 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos produtos, patentes, seguros, responsabilidades de produtos, obrigações, confidencialidade de dados, legislação penal, legislação ambiental, código de defesa do consumidor). • Experiência com a inserção dos efeitos de procedimentos legais no cronograma e nos custos do projeto. • Experiência com a revisão de contratos que envolvam diversos temas do gerenciamento de projetos. Fraco: • Participação na elaboração de projetos onde se discutiram aspectos legais e suas implicações para o projeto. 96 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Página intencionalmente em branco 97 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 35 GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS Conceito A cadeia de suprimentos representa um sistema de criação e entrega de valor que abrange todas as etapas relativas à produção de um produto (bem ou serviço). O projeto de um produto, no sentido amplo, envolve, em maior ou menor grau, também a respectiva cadeia de suprimentos. Esta considera tanto os fornecedores de matérias-primas, instalações, equipamentos e pessoal, quanto os canais de distribuição necessários para que o produto atinja o cliente final. O projeto ampliado do produto prevê soluções ou sugestões técnicas que atingem toda a cadeia de suprimentos. Ele considera a interface entre o projeto técnico (ou de Engenharia) do produto com o projeto dos recursos necessários para a produção e entrega do produto. Neste processo, é necessária a integração entre profissionais de várias áreas ou departamentos funcionais da organização, com o objetivo de se alcançar soluções ótimas globais. A Gestão da Cadeia de Suprimentos é responsável pela obtenção dos recursos e meios para garantir a entrega do produto ao cliente, de acordo com as condições competitivas planejadas para o produto. Ela exige do gerente de projetos uma visão sistêmica do produto, em especial quanto à inserção do produto em seu macro-ambiente. Deste macro-ambiente fazem parte, por exemplo: clientes, concorrentes e fornecedores. Outros fatores externos que influenciam a gestão da cadeia de suprimento, podem ser dos tipos econômicos, sociais, legais, ambientais ou outros. Aspectos importantes para a relação entre a Gestão da Cadeia de Suprimentos e o Gerenciamento de Projetos são: • Visão geral sobre o projeto ampliado do produto, incluindo a cadeia de suprimentos. • Análise do escopo do produto, bem como seus desdobramentos para a cadeia de suprimentos. • Busca de conexões vitais, externas ao projeto, que possam contribuir para seu sucesso. • Análise de soluções alternativas na cadeia de suprimentos que possam influenciar os objetivos planejados para o produto. • Recomendações importantes sobre particularidades relevantes da cadeia de suprimentos, as quais poderão ser empregadas posteriormente na fase de operações. 98 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento profundo do conceito de cadeia de suprimento de produtos. • Conhecimento profundo do conceito de produto ampliado. • Conhecimento dos principais fatores internos e externos que influenciam a Gestão da Cadeia de Suprimentos, em diversas aplicações. Médio: • Conhecimento amplo do conceito de cadeia de suprimento de produtos. • Conhecimento do conceito de produto ampliado. Fraco: • Conhecimento do conceito de cadeia de suprimento de produtos. • Conhecimento de interfaces importantes do projeto técnico do produto. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência considerável com a elaboração de cadeias de suprimentos de produtos. • Experiência com avaliação de fornecedores e clientes de várias camadas, ao longo da cadeia de suprimentos. • Participação em decisões de mudanças em cadeias de suprimento. Médio: • Participação na elaboração de uma cadeia de suprimentos de produtos. • Experiência básica com avaliação de fornecedores e clientes de várias camadas, ao longo da cadeia de suprimentos. Fraco: • Participação no esboço de uma cadeia de suprimentos de produtos. 99 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 36 TRABALHO COLABORATIVO À DISTÂNCIA Conceito A crescente complexidade e amplitude dos projetos exigem, muitas vezes, que pessoas situadas em ambientes (empresas, cidades, países) diferentes atuem em conjunto, de maneira síncrona ou assíncrona. A colaboração pressupõe uma forte interação humana, a qual pode ser face a face ou mediada por tecnologias da informação e de comunicação. Aspectos importantes para uma colaboração efetiva são: a capacidade de comunicação, a observância de regras bem definidas, o respeito às diferenças individuais, a habilidade de negociação e a existência de um ambiente democrático. O Trabalho Colaborativo à Distância em Projetos busca acompanhar simultaneamente diversas equipes de projetos ou atividades distintas desenvolvidas por integrantes distantes de um mesmo projeto. As ferramentas de apoio a essa colaboração se baseiam nas tecnologias da informação e comunicação – o que justifica o termo Computer Supported Cooperative Work – CSCW (Trabalho Colaborativo Apoiado por Computador). A principal tecnologia (tanto em hardware como em software) utilizada para viabilizar o CSCW tem sido o Groupware sistema computadorizado que pode englobar diversas tecnologias e que viabiliza o trabalho colaborativo de pessoas distantes entre si, e que atuam coordenadamente para atingir objetivos em comum. O Groupware busca aumentar a produtividade das equipes de projeto. Os objetivos do Trabalho Colaborativo à Distância em Projetos são: • facilitar a colaboração à distância entre os integrantes de uma equipe ou diversas equipes de projeto. • permitir o acesso rápido e seguro a dados e informações distribuídos, independentemente da localização dos integrantes da equipe; • planejar e controlar as permissões dos integrantes da equipe de projeto, para acesso e modificações de dados e informações, no trabalho à distância • garantir que as informações necessárias para o sucesso do projeto sejam disseminadas entre os integrantes da equipe, no trabalho à distância; Entre as várias ferramentas de apoio ao Trabalho Colaborativo à Distância em Projetos, destacam-se as seguintes: • Correio eletrônico. • Videoconferência. • Sistemas de apoio à decisão. • Sistemas de apoio a reuniões. • Editores cooperativos. • Sistemas para gerenciamento de documentos eletrônicos. • Workflow. • Suporte básico para trabalho cooperativo (BSCW). 100 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento amplo dos conceitos de Trabalho Colaborativo à Distância e dos aspectos de comunicação, diferenças individuais, questões culturais e negociação em projetos complexos desenvolvidos por equipes de projeto à distância. • Conhecimento amplo das tecnologias de Groupware e suas implicações no ambiente do Gerenciamento de Projetos. • Conhecimento amplo de ferramentas e dos processos de disseminação e consolidação de informações em equipes de projeto à distância. Médio: • Conhecimento das tecnologias de Groupware e suas implicações no ambiente do Gerenciamento de Projetos. • Conhecimento de ferramentas e dos processos de disseminação e consolidação de informações em equipes de projeto à distância. Fraco: • Conhecimento de ferramentas para disseminação e consolidação de informações em equipes de projetos à distância. Níveis de Experiência Elevado: • Experiência considerável com, no mínimo 5 ferramentas de apoio ao Trabalho Colaborativo à Distância em Projetos, podendo a aplicação de uma delas ser em caso simulado. • Experiência com a implantação de infra-estrutura de apoio ao Trabalho Colaborativo à Distância em Projetos. Médio: • Participação em Trabalhos Colaborativos à Distância em Projetos. Fraco: • Contato com aplicações de Trabalho Colaborativo. 101 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 37 GESTÃO DO CONHECIMENTO EM PROJETOS Conceito A Gestão do Conhecimento (GC) busca, de forma sistemática e otimizada, disseminar e aproveitar o conhecimento e a experiência do indivíduo na organização. Neste processo, ela estimula a colaboração e o compartilhamento de conhecimentos e experiências entre os participantes de projetos, em uma organização. Os conhecimentos estão explícitos nas rotinas, nos repositórios, nos processos, nas práticas e nas normas. A GC utiliza um conjunto de técnicas e ações para gerar valor a partir de bens intelectuais (por exemplo, informações registradas) e bens intangíveis (por exemplo, o talento dos membros do projeto), com o objetivo de aumentar a competitividade da organização. Esta gestão se baseia em um processo que envolve a geração, a coleta, a assimilação e o aproveitamento do conhecimento pelos projetos da organização. As principais funções da Gestão do Conhecimento em Projetos são: identificar os conhecimentos relevantes para o bom desenvolvimento do projeto; evitar que conhecimentos estranhos ao projeto sejam introduzidos neste durante as fases de preparação e execução; criar um repositório de conhecimentos, constituído de conhecimentos internos e externos, para reaproveitamento em novos projetos; melhorar o acesso ao conhecimento baseado em redes de contato com especialistas, gatekeepers e agentes informais de informação; desenvolver ambiente e cultura organizacional que estimulem a criação, a transferência e o uso do conhecimento; criar as condições para a integração do conhecimento individual na organização. Entre as atividades a serem desenvolvidas para a Gestão do Conhecimento em Projetos, destacam-se: • o desenvolvimento de bases de dados e de conhecimento, por meio do registro adequado de melhores práticas em projetos e de diretórios de especialistas; • o compartilhamento das melhores práticas em projetos, com a utilização intensa de bases de dados, interação e eventos; • a utilização de tecnologias colaborativas, tais como Intranet e Groupware; • o desenvolvimento de condições propícias para o compartilhamento e a colaboração; • o mapeamento dos conhecimentos relevantes para o projeto; • a proteção e a segurança de informações, de bens intelectuais e do conhecimento organizacional. As responsabilidades críticas do Gerente de Projetos, em termos de gestão do conhecimento, são: 1) a criação de infra-estrutura de Gestão do Conhecimento ao longo de todo o projeto; 2) apoio ao desenvolvimento de uma “cultura do conhecimento” na equipe do projeto; 3) estimular os participantes do projeto a lidar constantemente com os conhecimentos para o projeto e oriundos dele. 102 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Níveis de Conhecimento Elevado: • Conhecimento amplo dos conceitos de Gestão do Conhecimento e da utilização de bens intelectuais e intangíveis, no âmbito do Gerenciamento de Projetos. • Conhecimento amplo dos processos de geração, coleta, assimilação e aproveitamento do conhecimento, em pelo menos dois projetos. • Conhecimento de pelo menos duas tecnologias de apoio ao compartilhamento, colaboração e armazenamento de informações e conhecimentos em projetos. Médio: • Conhecimento dos processos de geração, coleta, assimilação e aproveitamento do conhecimento em projetos. • Conhecimento das estratégias e ferramentas para gerenciar o conhecimento, quando aplicadas em projetos. • Conhecimento de pelo menos duas tecnologias de apoio ao compartilhamento, colaboração e armazenamento de informações e conhecimentos em projetos. Fraco: • Conhecimento de tecnologias de apoio ao compartilhamento, armazenamento de informações e conhecimentos em projetos. colaboração e Níveis de Experiência Elevado: • Experiência considerável com pelo menos duas tecnologias para a Gestão do Conhecimento, quando empregadas em projetos, podendo a aplicação de uma delas ser em caso simulado. • Experiência com a criação de infra-estrutura para a Gestão do Conhecimento em Projetos. • Experiência considerável com o gerenciamento de pessoas em processos de colaboração e compartilhamento, no âmbito do Gerenciamento de Projetos. • Experiência com a criação e o desenvolvimento de uma cultura organizacional voltada à valorização do conhecimento. Médio: • Experiência com o uso de tecnologias para a Gestão do Conhecimento em Projetos, podendo a aplicação de uma delas ser em caso simulado. • Apoio à criação de infra-estrutura para a Gestão do Conhecimento em Projetos. • Experiência com processos de colaboração e compartilhamento em projetos. Fraco: • Participação em processos de colaboração e compartilhamento em projetos. 103 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Página intencionalmente em branco 104 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Capítulo C: Atitude Pessoal Este capítulo apresenta os 8 aspectos que compõem a Atitude Pessoal, empregados para a avaliação dos aspectos comportamentais do Gerente de Projetos. Estes aspectos são detalhados em 62 características, avaliadas individualmente. No Gerenciamento de Projetos, muita ênfase tem sido colocada em ferramentas e técnicas. Da mesma forma, o progresso da tecnologia da informação tem apoiado fortemente o desenvolvimento de sistemas sofisticados de planejamento e controle para projetos. Embora estes fatores assumam papel importante no Gerenciamento de Projetos, não se deve esquecer que projetos envolvem, prioritariamente, pessoas. As habilidades do gerente de projetos, bem como de outras pessoas responsáveis por projetos, são decisivas para garantir que todos os participantes de um projeto consigam atuar em uma organização eficaz de apoio ao projeto, capaz de atingir os objetivos deste. Nos aspectos relacionados com a atitude pessoal do gerente de projetos, os conteúdos dos elementos de gerenciamento de projetos descritos no Capítulo B (especialmente os elementos Contexto do Projeto, Trabalho em Equipe, Liderança e Conflitos e Crises) devem ser complementados com características de personalidade. Os aspectos da Atitude Pessoal são os seguintes: 1. Capacidade de comunicação. 2. Iniciativa, engajamento, entusiasmo, capacidade de motivação. 3. Capacidade de fazer contatos, mente aberta. 4. Sensibilidade, auto controle, habilidade em reconhecer valores, prontidão para assumir responsabilidades, integridade pessoal. 5. Resolução de conflitos, cultura de argumentação, imparcialidade. 6. Habilidade em encontrar soluções, pensamento holístico. 7. Lealdade, solidariedade, prontidão em ajudar. 8. Capacidade de liderança. 105 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 1. Capacidade de comunicação Nº. 1-1 1-2 1-3 1-4 1-5 1-6 1-7 1-8 Características Ouve cuidadosamente os outros, deixa os outros falarem Transmite bem todos os tipos de mensagens Convence os outros e consegue boa compreensão Reserva tempo para os outros e para conversas Informa corretamente e no prazo É aceito pela equipe de projetos e pelo ambiente Recebe os outros de forma amigável, é agradável e aberto Reconhece e elogia os esforços benéficos dos outros + 0 - Oposição Não deixa os outros falarem, interrompe os outros, fala muito Tem dificuldade em transmitir mensagens Não convence e cria resistências Pratica conversas superficiais Retém informações importantes Assume o papel de uma pessoa externa Aparenta ser inflexível, não se aproxima das pessoas, raramente saúda as pessoas Reluta em reconhecer as contribuições dos outros 106 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 2. Iniciativa, engajamento, entusiasmo, capacidade de motivação Nº. 2-1 2-2 2-3 2-4 2-5 2-6 2-7 2-8 Características + 0 Motiva os outros em favor do desempenho da equipe Encoraja a independência dos demais Motiva as pessoas envolvidas no projeto em situações difíceis Apresenta soluções para problemas Mantém-se atualizado, é inovador e aprecia de sugestões para novas propostas, assume iniciativas Apresenta capacidade para negociar, perseverança, energia, e tenacidade Cria entusiasmo nas pessoas, libera impulsos positivos nos outros Promove trabalho em equipe, busca a cooperação entre áreas distintas Oposição Representa fortemente os próprios interesses Percebe as dependências e problemas dos demais Retira-se de situações críticas Espera por propostas de soluções dos demais Agarra-se a soluções já bem conhecidas e hesita frente a novidades Tem reduzida disposição para negociar, mostra-se lento, impaciente, desiste facilmente Critica os outros, é incapaz de motivar Retarda, atrasa, boicota o trabalho de equipe, evita o trabalho cooperativo entre áreas distintas 107 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 3. Capacidade de fazer contatos, mente aberta Nº. 3-1 3-2 3-3 3-4 3-5 3-6 Características Possui atitude aberta e positiva, é um otimista realista Cria confiança, promove clima de colaboração Aproxima-se dos outros positivamente, é acessível Mantém regularmente contatos externos com clientes, contratantes e outras partes envolvidas no projeto Contribui para um clima de trabalho positivo na equipe de trabalho Recebe bem todos os membros da equipe, é tolerante, incentiva idéias dos outros 3-7 Aceita e respeita minorias 3-8 Aceita que outros tenham sucesso + 0 - Oposição É pessimista, inacessível, fecha-se aos outros Mostra-se desconfiado Espera por iniciativas dos outros, é reservado Apresenta aversão a contatos com o exterior Cria tensões entre os membros da equipe Deixa os outros perceberem suas aversões, conhecer apenas suas próprias idéias, acha que conhece tudo melhor que os outros Deixa-se orientar pelo poder estabelecido Dificulta o sucesso dos outros 108 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 4. Sensibilidade, auto controle, habilidade em reconhecer valores, prontidão para assumir responsabilidades, integridade pessoal. Nº. 4-1 4-2 4-3 4-4 4-5 4-6 4-7 4-8 Características Sente-se responsável pelo sucesso do projeto, pelo cliente, pela equipe do projeto, pelos usuários e pelas pessoas envolvidas; assume responsabilidades Considera seriamente os sentimentos, as aspirações e as necessidades dos outros Demonstra consideração com os outros, procura reconhecer os relacionamentos e suas conseqüências Mantém controle das propostas dos outros Controla suas emoções, possui alta resistência a frustração Reconhece a personalidade dos outros, não atropela as pessoas da equipe É confiável, sincero e discreto Reconhece e entende os riscos, é prudente, e adota bem as medidas apropriadas + 0 - Oposição Não estabelece padrões de controle, é demasiadamente permissivo com suas responsabilidades, repassa suas responsabilidade para outros membros da equipe Trata as pessoas com pouca atenção, negligencia as aspirações dos outros Age impulsivamente, ignora relacionamentos e suas conseqüências Permite que as ações ocorram de maneira solta, sem controle Aparenta ter mau humor, ser colérico e imprevisível, freqüentemente perde o controle É arrogante com os outros, aparenta ser vulnerável, manipula pessoas da equipe Aparenta ser inseguro, trai a confiança dos outros Aceita consciente ou inconscientemente soluções arriscadas ou impróprias 109 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 5. Resolução de conflitos, cultura de argumentação, imparcialidade Nº. 5-1 Características É justo, aceita propostas de outros, sem ressentimentos. 5-2 Comenta as falhas dos outros diplomaticamente, elabora críticas de maneira construtiva Ajuda ativamente a correção das falhas dos outros Comporta-se positivamente perante criticas fundadas, reage friamente a ataques pessoais, perdoa 5-3 5-4 5-5 5-6 5-7 É capaz de participar de discussões em equipe, coordena debates Apóia a criação de uma cultura de debates na equipe, sempre encontra consenso com os outros Busca soluções ganha-ganha + 0 - Oposição Empurra as propostas próprias às custas dos outros, rejeita avaliações dos outros Comporta-se de maneira ofensiva, age como se soubesse tudo melhor, repreende e rebaixa os outros Procura culpados, atribui a culpa a outros É indigno de criticas, responde agressivamente a ataques, reage emocionalmente e descontroladamente, apresenta ressentimentos Ignora conflitos emergentes, não sabe o que ocorre informalmente, incentiva a discórdia. Adia conflitos, faz uso do poder, destrói posições opostas, subordina os outros a sua própria visão Considerar soluções ganha-perde como normais 110 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 6. Habilidade em encontrar soluções, pensamento holístico Nº. 6-1 6-2 6-3 6-4 6-5 6-6 6-7 6-8 Características + 0 Reconhece e emprega soluções simples e apropriadas, com nível de risco adequado Declara objetivos e opiniões abertamente Identifica problemas e os separa de seus interesses pessoais, avaliar resultados e desempenhos ao nível subjetivo Entende completamente a extensão dos problemas (pensamento holístico) Pensa criativamente, trabalha de forma pratica e imparcial de acordo com a situação Oferece chance para os outros formarem suas próprias opiniões Integra interesses diferentes, de forma que se chegue ao objetivo comum da equipe Combina opiniões diferentes, apresenta tenacidade para encontrar soluções Oposição Constrói soluções complicadas e arriscadas Retém informações Mistura problemas com interesses pessoais, avaliar de acordo com a empatia pessoal Vê apenas o seu lado do problema Age como lhe convém, é complicado e teimoso, aplica esquemas rígidos de pensamento e ação Influencia os demais de acordo com seus próprios interesses Considera os próprios objetivos mais importantes do que os da equipe Equaciona tudo para uma única possibilidade, tenta forçar soluções rápidas, sem consideração com o consenso da equipe 111 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 7. Lealdade, Solidariedade, Prontidão em ajudar Nº. 7-1 7-2 7-3 7-4 7-5 7-6 7-7 Características Aceita as regras de cooperação na equipe, apóia decisões da equipe Defende o grupo de ameaças externas em caso de necessidade, é leal aos membros da equipe Divulga as realizações e os resultados parciais da equipe Possui capacidade de moderar as atividades da equipe Reconhece as dificuldades dos outros, ajuda em situações de emergência, identifica fraquezas dos outros e ajuda se necessário. Partilha o sucesso com os outros, estabelece prioridade para o resultado geral, em lugar das vantagens pessoais Transmite segurança Oposição Ignora regras combinadas, não aceita decisões da equipe Reluta em defender a equipe de ameaças externas, revelar informações confidenciais da equipe Enfatiza os problemas da equipe É um combatente isolado Ajuda apenas em situações de grande pressão, deixar os membros da equipe na mão, aproveitar-se da fraqueza e sensibilidade dos demais Sempre apresenta seu sucesso próprio em primeiro plano, privilegia seu próprio interesse Propaga incerteza 112 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 8. Capacidade de Liderança Numero Características 8-1 Consegue delegar tarefas a outros e demonstra confiança 8-2 Assume toda a responsabilidade, mas também estabelece subresponsabilidades. 8-3 Concede liberdade de ação suficiente aos subordinados para acharem seus próprios caminhos 8-4 Controla o comportamento dos membros de equipe de maneira construtiva e consciente, é disciplinado e reserva tempo para a comunicação 8-5 Engaja membros da equipe em decisões, consegue justificar as decisões tomadas 8-6 Adota formas de gerenciamento especificas para cada equipe e situação de trabalho, está disposto a receber opiniões 8-7 Atua como exemplo e é reconhecido como líder 8-8 Informa diretamente o trabalho de sua equipe Oposição Tenta cumprir as tarefas sozinho e tem pouca confiança nos outros Passa todas as obrigações e objetivos diretamente do seu chefe para os membros da equipe Restringe o espaço de ação de seus subordinados, através de autoridade e controle Não tem idéia clara dos efeitos de suas ações, finge ter falta de tempo, evita discussões Toma decisões por conta própria e não as comunica aos membros da equipe Sempre lidera no mesmo estilo e se justifica pelo seu comportamento de liderança Seu comportamento não é considerado como serio e adequado pelos outros Não comenta o trabalho de sua equipe 113 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Capítulo D: Taxonomia • • • • Explanação Critérios de Taxonomia (exemplos) Panorama da Taxonomia (todos os níveis) Formulário de Avaliação Resumido (exemplo) 114 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos EXPLICAÇÃO A avaliação da competência em Gerenciamento de Projetos é expressa em: • • Exigências para a certificação (situação ideal) Avaliação do candidato pelos examinadores / Auto-avaliação (situação real) As exigências para a certificação em Gerenciamento de Projetos são definidas, na Taxonomia, pelo Valores Mínimos Esperados, Valores Médios e/ou por uma faixa de variação dos elementos de Gerenciamento de Projetos em uma escala de 0 a 10. As exigências podem ser definidas da seguinte forma: • Por elementos • Por faixa de competência Uma área de competências é um grupo de elementos ou aspectos. As áreas são definidas pelas respectivas Associações Nacionais ou Órgãos de Certificação nos seus respectivos NCB's (National Competence Baseline, ou sua versão brasileira, Especificação de Competências Nacionais). A exigência por elemento é definida com base em critérios de Conhecimento e Experiência (por exemplo, temas, métodos, técnicas e ferramentas). Esses critérios são relevantes para o sucesso do Projeto e do Gerenciamento de Projetos. Eles são determinados em uma escala com três valores (baixo, médio e alto). Esses três valores são interpretados da seguinte forma: CONHECIMENTO Baixo: o candidato conhece os elementos e os critérios de sucesso e está apto a apresentar e explicar critérios conhecidos para estes elementos. Médio: o candidato tem um sólido conhecimento e está apto a reconhecer e aplicar os critérios relevantes, assim como verificar os resultados. Alto: o candidato possui conhecimentos especiais, está apto a avaliar, criar e integrar critérios, bem como interpretar e avaliar os resultados das aplicações destes critérios. EXPERIÊNCIA Baixa: o candidato tem alguma experiência que ele absorveu de funções em gerenciamento de projetos de poucos projetos de um setor da economia, durante uma ou algumas fases desses projetos. Média: o candidato tem uma experiência média e um histórico razoável em gerenciar de projetos de ao menos um importante setor da Economia, com os quais ele contribuiu efetivamente na maior parte das fases e em diversas áreas destes projetos. Alta: o candidato tem larga experiência e um bom histórico com muitos projetos de tipos distintos, dos quais ele participou da maior parte ou da totalidade das fases como gerente. Com base nas nestes critérios, define-se uma exigência compacta para cada elemento, segundo a seguinte escala de 11 pontos: • 10: extraordinário • 9-7: alto • 4-6: médio • 3-1: baixo • 0: sem competência. 115 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos As exigências para cada área de competência é definida como a soma das exigências de todos elementos da mesma área . A auto-avaliação do candidato é realizada pela comparação de seu Conhecimento e sua Experiência reais com aqueles exigidos. Essa auto-avaliação não é empregada diretamente pelos avaliadores, mas serve como referência ou indicação para o próprio candidato. Os avaliadores avaliam os candidatos de acordo com as competências mostradas: • nos Exames • nos workshops (opcionais) • nos Relatórios de projetos • na Entrevista. A avaliação dos candidatos é realizada por área de competência, com base em todos os elementos da área ou então em uma seleção adequada entre os elementos da área. Os Elementos e Aspectos diferenciam-se pelo fato de que os Elementos (para Conhecimento e Experiência) são avaliados mais facilmente de forma mais quantitativa, do que os Aspectos (para Atitudes Pessoais e Impressão Geral). 116 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos CRITÉRIO DE TAXONOMIA (EXEMPLO) 16 Custos e Financiamento do Projeto Alto Médio Baixo Fundamentos do cálculo de custos de um projeto (Custo direto e indireto, categorias de custo, orçamento liquido e bruto) Método de avaliação econômica de projetos (por exemplo: custo-beneficio, análise de investimento, análise de valor, rentabilidade) Métodos de estimação de custo (por exemplo: bancos de dados, workshop de estimação, cálculos) Métodos de planejamento de custos (por exemplo: de cima para baixo, de baixo para cima, estrutura de custos, relações com atividades e ciclo de vida, particularidades de setores econômicos) Relações entre Tempo e Custo (por exemplo: diagrama de custo/ tempo, características e motivos de desvios) Situação de custos de projetos e análise de desvios (por exemplo: coleta de dados, períodos de fechamento, análise de causas de desvios) Controle de custos (por exemplo: previsões de custos, tendências, ações corretivas) Gerenciamento financeiro, financiamento de projetos (por exemplo plano financeiro, administração e controle documentação, financiamento de projetos) Conhecimento Experiência 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 117 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos PANORAMA DA TAXONOMIA PARA TODOS OS NÍVEIS DE CERTIFICAÇÃO 1 Projetos e Gerenciamento de Projetos Taxonomia 10 9 8 7 6 Conhecimento A B C Experiência A B 5 D 7 A A 4 Abordagem Sistêmica e Integração Taxonomia 10 9 8 7 Conhecimento A Experiência A 5 Contexto do Projeto Taxonomia 10 9 Conhecimento Experiência 8 7 A A 6 Fases e Ciclo de Vida do Projeto Taxonomia 10 9 8 7 Conhecimento ABC Experiência 6 5 B 6 B 7 Desenvolvimento e Avaliação do Projeto Taxonomia 10 9 8 7 6 Conhecimento A B Experiência A 4 2 1 0 3 2 1 0 3 CD B 2 1 0 3 2 C 4 5 CD B 6 B 6 D AB 3 C 2 Implementação do Gerenciamento de Projetos Taxonomia 10 9 8 7 6 5 Conhecimento A B C D Experiência A B 3 Gerenciamento por Projetos Taxonomia 10 9 8 Conhecimento Experiência 4 4 1 0 C 5 C B 5 C 4 D 3 2 1 0 C 4 3 2 1 0 3 2 1 0 C 5 C B 4 D C 118 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 8 Objetivos e Estratégias do Projeto Taxonomia 10 9 8 7 Conhecimento AB Experiência A 6 CD B 5 4 5 CD B 4 10 Iniciação do Projeto Taxonomia 10 9 Conhecimento Experiência 6 B A 5 CD B 4 6 B A 5 CD B 4 6 B 5 CD B 4 11 Encerramento do Projeto Taxonomia 10 9 8 Conhecimento Experiência 12 Estruturas do Projeto Taxonomia 10 9 Conhecimento Experiência 13 Conteúdo e Escopo Taxonomia 10 9 Conhecimento Experiência 8 8 14 Programação do Tempo Taxonomia 10 9 8 Conhecimento Experiência 15 Recursos Taxonomia 10 Conhecimento Experiência 9 8 7 A 7 A 7 A A 7 6 ABCD A B 5 7 BCD 5 A 6 AB 7 6 B A 2 1 0 3 2 1 0 2 1 0 2 1 0 2 1 0 3 2 1 0 3 2 1 0 3 2 1 0 C 9 Critérios de Sucesso e Insucesso do Projeto Taxonomia 10 9 8 7 6 Conhecimento A B Experiência A 8 3 C 3 C 3 C 3 C 4 C 4 C 5 4 ACD B C 119 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 16 Custos e Financiamento do Projeto Taxonomia 10 9 8 7 6 Conhecimento BCD Experiência AB 17 Configuração e Alterações Taxonomia 10 9 8 Conhecimento Experiência 18 Riscos do Projeto Taxonomia 10 9 Conhecimento Experiência 8 19 Avaliação de Desempenho Taxonomia 10 9 8 Conhecimento Experiência 20 Controle do Projeto Taxonomia 10 9 Conhecimento Experiência 8 7 7 A A 7 7 BD A 6 B 6 B 6 6 AC B 21 Informação, Documentação e Reporting Taxonomia 10 9 8 7 6 Conhecimento AB Experiência A 22 Organização do Projeto Taxonomia 10 9 8 Conhecimento A Experiência 23 Trabalho em Equipe Taxonomia 10 9 Conhecimento Experiência 8 5 A 4 3 2 1 0 C 5 A A 4 CD B 3 5 CD B 4 3 1 0 1 0 2 1 0 3 2 1 0 3 2 1 0 2 1 0 2 1 0 C 2 C 5 4 ABCD A B 5 2 4 3 C C 5 C B 4 D 4 7 B A 6 C B 5 D 7 C 6 BD 5 A ABC C 3 C 4 3 120 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 24 Liderança Taxonomia 10 Conhecimento Experiência 25 Comunicação Taxonomia 10 Conhecimento Experiência 9 8 7 AB A 6 C B 5 4 D C 3 2 1 0 9 8 7 A 6 BC A 5 D B 4 3 2 1 0 6 AB A 5 CD 3 2 1 0 6 5 ABC A 4 D B 2 1 0 C 6 B A 5 CD 4 3 2 1 0 B C 6 A A 5 BCD B 4 3 2 1 0 6 B 5 4 ACD A B 3 2 1 0 5 CD B 3 1 0 26 Conflitos e Crises Taxonomia 10 9 Conhecimento Experiência 8 27- Aquisições e Contratos Taxonomia 10 9 8 Conhecimento Experiência 28 Qualidade do Projeto Taxonomia 10 9 Conhecimento Experiência 8 29 Informática em Projetos Taxonomia 10 9 8 Conhecimento Experiência 30 Normas e Regulamentações Taxonomia 10 9 8 Conhecimento Experiência 31 Negociação e Reuniões Taxonomia 10 9 Conhecimento Experiência 8 7 7 7 A 7 7 7 A A 6 B C 4 B C 3 C 4 C 2 C 121 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos 32 Marketing e Gerenciamento de Produtos Taxonomia 10 9 8 7 6 Conhecimento A Experiência A 33 Segurança, Saúde e Meio Ambiente Taxonomia 10 9 8 7 Conhecimento Experiência 34 Aspectos Legais Taxonomia 10 Conhecimento Experiência 9 8 7 6 AB A 6 5 B 5 4 CD 3 5 AB A 6 B A 5 C 36 Trabalho Colaborativo à Distância Taxonomia 10 9 8 7 Conhecimento Experiência 6 AB A 5 C B 5 BC A 2 1 0 2 1 0 1 0 C 3 B 35 Gestão da Cadeia de Suprimentos Taxonomia 10 9 8 7 Conhecimento A Experiência 37 Gestão do Conhecimento em Projetos Taxonomia 10 9 8 7 6 Conhecimento A Experiência 4 CD B C 4 4 D B 4 3 CD B 2 3 2 1 0 3 D 2 1 0 3 D 2 1 0 C C C 4 BC 122 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos SÍNTESE DA FICHA DE AVALIAÇÃO (EXEMPLO) Finalidade: • apoiar os avaliadores nos procedimentos da certificação; • harmonizar as avaliações; • tornar as avaliações mais transparentes e práticas. Os elementos de Conhecimento e Experiência estão sintetizados em 5 áreas de competência. Além disso, uma área de competência é empregada para Atitude Pessoal e outra para Impressão Geral. A Impressão Geral permite que se considere a competência do candidato para produzir qualquer tipo de resultado com uma alta qualidade geral. Com isso, consegue-se uma avaliação mais completa da personalidade do candidato. A Impressão Geral (área VII) contém os 10 aspectos seguintes: 1. Lógica 2. Raciocínio sistemático e estruturado 3. Ausência de erros 4. Clareza 5. Senso comum 6. Transparência 7. Visão panorâmica 8. Julgamento balanceado 9. Horizonte de experiência 10. Habilidade Um exemplo para sintetizar os elementos e aspectos das áreas de competências é mostrado na tabela seguinte: Áreas Áreas de competências I II III IV V VI VII Elementos básicos Métodos e técnicas Competência organizacional Competências sociais Administração geral Atitude pessoal Impressão geral Elementos Elementos 1 a 11 Elementos 12 a 21 Elementos 22, 27, 30 a 34 Elementos 23 a 26, 36 Elementos 28, 29, 35, 37 Aspectos 1a 8 para atitude pessoal Aspectos 1a 10 para impressão geral 123 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Para a avaliação final, recomenda-se a seguinte matriz: Áreas AutoAvaliação Candidato Exame * Workshop ** A1 A2 C Relatório de Projetos A1 A2 C Entrevista A1 A2 Média C I II III IV V VI VII Total Os valores são preenchidos por cada avaliador (A1 e A2) independentemente. O resultado comum (C) é determinado em uma discussão entre os dois avaliadores. A decisão final restringe-se apenas à questão se o candidato é aprovado ou não. O avaliador líder data e assina esta decisão. Observações: * Se outras avaliações forem usadas (por exemplo: pontos, %, notas escolares) o resultado deve ser transferido na escala 10-0 para essa tabela. ** Se aplicável. 124 ABGP – Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos Capítulo E: Referências bibliográficas A seguir são apresentadas algumas das principais obras de referência sobre o tema Gerenciamento de Projetos. Esta lista não pretende ser exaustiva e será atualizada em cada uma das revisões do Referencial Brasileiro de Certificação em Gerenciamento de Projetos. • ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR ISO 10006, Gestão da qualidade - Diretrizes para a qualidade no gerenciamento de Projetos. Rio de Janeiro, Dez. 2000. • ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR ISO 10007, Gestão da qualidade - Diretrizes para a gestão da configuração. Rio de Janeiro, 1996. • BOITEUX, Colbert Demaria,. Administração de Projetos: PERT/COM/ROY, 5a. edição, Rio de Janeiro. Editora Interciência, 1979 • BRUZZI, Demerval Guilarducci. Gerência de Projetos: Uma Visão Prática. Editora Érica Ltda. São Paulo, 2002. • CASAROTTTO Filho, N., FÁVERO, J.S. e CASTRO, J.E.E.. Gerência de Projetos/Engenharia Simultânea. Editora Atlas S.A., São Paulo, 1999. • CLELAND, D.I. Field guide to Project Management. Van Nostrand Reinhold, New York, 1998. • CLELAND, D.I. & KING, W.R. Project Management Handbook. Van Nostrand Reinhold, New York, 1988. • CLELAND, David I. Project Management: Strategic Design and Implementation. McGraw-Hill, New York • CLELAND, David I.; IRELAND, Lewis R.: Gerência de Projetos. Reichmann & Affonso Editores, 2002 • CLEMENTE, Ademir (org.) Projetos empresariais e públicos. Atlas, São Paulo, 1997. • COHEN, Dennis J. e GRAHAM, Robert J. Gestão de Projetos MBA Executivo – como transformar projetos em negócios de sucesso. Editora Campus, Rio de Janeiro, 2002. • CUKIERMAN, Z. S. Administração de projetos. 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Gestão de Projetos: As Melhores Práticas, Bookman. Porto Alegre, Brasil, 2002 • LEWIS, James P. Project Planning, Scheduling & Control. Irwin Professional Publishing, Chicago. • LEWIS, James P.. Como Gerenciar Projetos com Eficácia, 3a. edição, Editora Campus, Rio de Janeiro, 2000. • MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Administração de Projetos Como transformar Idéias em Resultados, Editora Atlas, São Paulo, 1997. • MAXIMINIANO, A. C. A. Novos modelos de organização de projetos. Em Simpósio de Gestão da Inovação Tecnológica, São Paulo, 1996. • MAXIMINIANO, A. C. A.; SBRAGIA, R.; KRONER, W. O gerente do projeto ‘peso pesado’: um estudo de caso. Em: Simpósio de Gestão da Inovação Tecnológica, São Paulo, 1996. • MENEZES, Luís César de Moura. Gestão de Projetos, Editora Atlas, São Paulo, 2001. • MEREDITH, J. R. & Mantel, S. J. Project Management – a managerial approach. NY, Wiley, 2000. • MEREDITH, Jack R. & MANTEL Jr, Samuel. Project Management: A Managerial Approach. 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