Capinzal
SEBRAE
2013
© 2013 SEBRAE/SC
Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina.
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autorização prévia por escrito do SEBRAE, poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os
meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer outros.
LEVANTAMENTO DE DADOS, CONSULTORIA TÉCNICA E DESIGN GRÁFICO
Foco Opinião e Mercado
S491s
SEBRAE/SC
Panorama para Novas Oportunidades de Negócio: Capinzal/ SEBRAE/SC._Capinzal: SEBRAE/
SC, 2013. 60p.
1. Estudos e Pesquisas. 2. SEBRAE. I. Cândido, Marcondes da Silva. II. Ferreira, Cláudio. III.
Brito, Ricardo Monguilhott. IV. Zanuzzi, Fábio Burigo V. Pirmann, Celso Orlando.
CDU : 338 (816.4 Capinzal)
GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA
Lucia Gomes Vieira Dellagnelo - Secretária de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável
Almir Hamad - Diretor de Desenvolvimento Econômico
Márcia Helena Alves - Gerente de Desenvolvimento Econômico Sustentável
CONSELHO DELIBERATIVO DO SEBRAE/SC
Alcantaro Corrêa - Presidente do Conselho Deliberativo
Sérgio Alexandre Medeiros - Vice-Presidente do Conselho Deliberativo
ENTIDADES
Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina – FAESC
Federação das Associações de Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina – FAMPESC
Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina – FACISC
Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina – FCDL
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina – FIESC
Federação do Comércio do Estado de Santa Catarina – FECOMÉRCIO
Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina – BADESC
Banco do Brasil S.A. – BB
Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE
Caixa Econômica Federal – CAIXA
Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras – CERTI
Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável – SDS
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI/DR-SC
Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC
DIRETORIA EXECUTIVA DO SEBRAE/SC
Carlos Guilherme Zigelli - Diretor Superintendente
Anacleto Angelo Ortigara - Diretor Técnico
Sérgio Fernandes Cardoso - Diretor Administrativo Financeiro
ORGANIZAÇÃO
Ricardo Monguilhott de Brito - Gerente da Unidade de Atendimento Coletivo - UAC
Marcondes da Silva Cândido - Gerente da Unidade de Gestão Estratégica - UGE
Fábio Burigo Zanuzzi - Coordenador do Núcleo de Agronegócios e Desenvolvimento Territorial - UAC
Cláudio Ferreira - Analista Técnico – UGE
Celso Orlando Pirmann – Analista Técnico – UGE
2
O estado de Santa Catarina possui um perfil diversificado: uma agricultura forte, baseada em
minifúndios rurais, dividindo espaço com um parque industrial atuante, considerado o quarto maior do país.
Indústrias de grande porte e milhares de pequenas empresas espalham-se, fazendo do estado de Santa
Catarina a sétima maior economia brasileira pelo tamanho de seu Produto Interno Bruto.
O dinamismo da economia catarinense reflete-se em índices elevados de crescimento,
alfabetização, emprego e renda per capita, significativamente superiores à média nacional, garantindo
uma melhor qualidade de vida aos que aqui vivem, mas com contrastes quanto ao desenvolvimento
socioeconômico de seus municípios.
Estamos num momento de incertezas na economia global e o mercado local já não apresenta
os mesmos índices de crescimento de anos anteriores, o que afeta economias industrializadas como a
nossa. Por outro lado, a indústria catarinense atingiu um padrão de categoria mundial, o que permite integrar
fortemente as novas cadeias produtivas globais que se organizaram. No entanto, a competitividade atingida
pelas grandes indústrias não é suficiente para garantir que novos desafios sejam superados; é preciso
que, além da melhoria do ambiente econômico, exista um tratamento diferenciado às pequenas indústrias
para que melhorem o desempenho operacional e acompanhem as grandes empresas neste processo de
expansão da economia catarinense.
Como resposta a esse cenário, a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico
Sustentável – SDS e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina – SEBRAE/
SC desenvolveram, e estão implantando, o Programa Nova Economia @ SC - Programa de Revitalização
da Economia Catarinense na forma de quatro projetos distintos e complementares, que interagem entre si
de forma sistêmica, sendo composto pelos seguintes projetos:
Projeto Juro Zero – Microcrédito
Projeto Polos Setoriais Industriais já Existentes
Projeto Polos Multi - Setoriais em Áreas de Baixo Desenvolvimento Econômico
Projeto Polos Setoriais Ligados à Economia Verde
O estudo “Panorama para Novas Oportunidades em Capinzal”, ora apresentado, vêm atender
ao Projeto Polos Multi - Setoriais em Áreas de Baixo Desenvolvimento Econômico, que visa à preparação
de um ambiente que proporcione o desenvolvimento socioeconômico dos territórios que apresentam
baixo índice de desenvolvimento humano (IDH) de SC, por meio do estímulo e incentivo à criação e
ao desenvolvimento de pequenos negócios, das competências e habilidades empresariais, mediante a
participação da comunidade local e a articulação de parcerias institucionais públicas e privadas.
Para atender, em parte, a essas necessidades, esta publicação aponta a percepção da
comunidade local sobre o desenvolvimento econômico do município quanto às oportunidades e mesmo
suas ameaças. Dessa forma será possível conhecer o cenário de atuação que se deseja transformar,
contribuindo com todos os agentes indutores de desenvolvimento local interessados em investir no município
de Capinzal.
LUCIA GOMES VIEIRA DELLAGNELO
Secretária de Estado do
Desenvolvimento Econômico
Sustentável - SDS
CARLOS GUILHERME ZIGELLI
Diretor Superintendente
do SEBRAE/SC
3
APRESENTAÇÃO
APRESENTAÇÃO
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO3
1 O PROGRAMA NOVA ECONOMIA@SC
5
2 NOTAS METODOLÓGICAS
6
2.1 ANÁLISE DOS RESULTADOS
7
3 ASPECTOS GERAIS DO MUNICÍPIO
9
3.1 LOCALIZAÇÃO
9
3.2 POPULAÇÃO
10
3.3 DESENVOLVIMENTO HUMANO E SOCIAL
11
3.4 ECONOMIA E MERCADO
13
4 MERCADO LOCAL
17
4.1.1 O AGRONEGÓCIO
19
4.1.2 A INDÚSTRIA
20
4.1.3 O COMÉRCIO
20
4.1.4 OS SERVIÇOS
21
4.2 O HUMOR DO EMPRESÁRIO
22
4.2.1 A VISÃO PESSIMISTA
22
4.2.2 A VISÃO OTIMISTA
23
5 CARÊNCIAS E DEMANDAS
25
5.1 CARÊNCIAS NA INDÚSTRIA
25
5.2 CARÊNCIAS NO COMÉRCIO
27
5.3 CARÊNCIAS NOS SERVIÇOS
28
5.4 CARÊNCIAS NO AGRONEGÓCIO
29
5.5 IMPEDIMENTOS AO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS NEGÓCIOS
31
6 FORÇAS E FRAQUEZAS
35
7 EIXOS COM POTENCIAL DE DESENVOLVIMENTO
37
7.1 A VOCAÇÃO DO MUNICÍPIO
37
7.2 EIXOS DE DESENVOLVIMENTO NOS SETORES
39
8 OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS POR SETOR E ATIVIDADE
41
9 PASSO A PASSO PARA ABERTURA DE UM NEGÓCIO
45
9.1ETAPA 1: IDENTIFICANDO UMA BOA IDEIA DE NEGÓCIO
45
9.1.1 AVALIANDO OS RESULTADOS
47
9.2 ETAPA 2: VERIFICANDO A VIABILIDADE DO NEGÓCIO
47
9.2.1 COLETA DE DADOS
47
9.2.2 ELABORAÇÃO DO PLANO DE NEGÓCIOS
49
9.3 ETAPA 3: FORMALIZANDO O NEGÓCIO
49
9.3.1 PASSO 1: ORIENTAÇÃO EMPRESARIAL
50
9.3.2 PASSO 2: CONSULTA PRÉVIA DO LOCAL
50
9.3.3 PASSO 3: BUSCA PRÉVIA PELO NOME DA EMPRESA
50
9.3.4 PASSO 4: CADASTRO SINCRONIZADO NACIONAL
50
9.3.5 PASSO 5: LICENÇAS DE FUNCIONAMENTO
50
ANEXO 1 - PERFIL DOS ENTREVISTADOS
52
LISTA DE TABELAS
54
LISTA DE FIGURAS
55
LISTA DE GRÁFICOS
56
4
O Programa Nova Economia@SC é uma parceria do SEBRAE/SC com o Governo
do Estado de Santa Catarina, através da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico
Sustentável - SDS, que visa aumentar a competitividade da economia catarinense. O programa é
composto por quatro projetos: a) Juro Zero (microcrédito), b) Polos Setoriais Ligados à Economia
Verde, c) Polos Multisetoriais em Áreas de Baixo Desenvolvimento Econômico (IDH) e d) Polos
Setoriais Industriais Existentes.
O projeto de Polos Multisetoriais em Áreas de Baixo Desenvolvimento Econômico
busca preparar um ambiente favorável ao desenvolvimento dos municípios catarinenses,
preferencialmente os de menor densidade econômica, por intermédio do estímulo e incentivo à
criação e sustentabilidade dos pequenos negócios, com a participação da comunidade local e
mediante a articulação de parcerias institucionais públicas e privadas. O projeto prevê a realização
de diversas ações, demonstradas no fluxograma a seguir.
SENSIBILIZAÇÃO
/ ADESÃO LEVANTAMENTO DADOS SECUNDÁRIOS LEVANTAMENTO DAS OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS ELABORAÇÃO DO PLAN. DESENVOLVIMENTO ATENDIMENTO INDIVIDUAL AVALIAÇÃO FINAL ATENDIMENTO COLETIVO PLANOS DE AÇÃO COM BASE NO EIXO ECONÔMICO IMPLEMENTAÇÃO LEI GERAL INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE: econômicos, sociais e ambientais Para alimentar e direcionar as ações a serem desenvolvidas pelo SEBRAE/SC nestes
municípios, fez-se necessário conhecer a realidade local, suas demandas e suas oportunidades.
Neste sentido foi realizado, entre outros estudos, o estudo “Levantamento das Oportunidades de
Negócio”, do qual trata este documento.
5
NOVA ECONOMIA
1 O PROGRAMA NOVA ECONOMIA@SC
O objetivo geral do “Levantamento das Oportunidades de Negócio”, é sugerir possíveis
investimentos no território, através da leitura e da análise dos seus aspectos potenciais e limitativos
e pela identificação dos seus vazios econômicos.
Nesse contexto, os objetivos específicos são os seguintes:
• Apresentar um panorama das condições demográficas, sociais, empresariais e
econômicas do município de Capinzal;
• Analisar os aspectos relativos à dinâmica do mercado local, tanto pelo
prisma da oferta como pelo da demanda;
• Avaliar os vazios econômicos existentes (inexistência ou possibilidade de
complementaridade de negócios);
• Identificar se há empresas instaladas ou em instalação, indutoras de demandas
diretas ou indiretas que impactem significativamente no município;
• Verificar as disponibilidades de matérias-primas e suas possibilidades de
beneficiamento;
• Averiguar a disponibilidade de mão de obra local e sua qualificação;
• Definir eixos de desenvolvimento com potencial no território, bem como, oportunidades
por atividades que possibilitem a expansão ou abertura de novos negócios.
Cabe ressaltar, que as sugestões apontadas nesse estudo, requerem, anteriormente
a decisão de investir, um aprofundamento da investigação para determinação da
viabilidade econômico financeira.
2 NOTAS METODOLÓGICAS
O estudo foi realizado através do levantamento de dados primários e secundários.
Os dados secundários são oriundos da sistematização de informações disponibilizadas
por fontes fidedignas e de acesso público junto a órgãos especializados, como IBGE, o próprio
SEBRAE/SC e diversas fontes oficiais.
Já os dados primários foram obtidos por “pesquisa de caráter qualitativo”, realizada por
levantamento amostral, sendo a coleta executada através de entrevistas pessoais em profundidade
e gravadas.
A amostra foi integrada por representantes de diferentes segmentos da população
ou áreas de atuação no município, isto é, pelo poder público municipal, por empresas privadas
(indústria, comércio, serviços), por representantes do setor de agronegócios, por associações ou
entidades organizadas, pela população local e por visitantes.
6
Por se tratar de uma pesquisa em profundidade, que visa reduzir a incerteza a
respeito dos seus objetivos, foi de fundamental importância que os entrevistados selecionados
se caracterizassem como essenciais para o esclarecimento do assunto. Por conta disto, para a
realização deste estudo, adotou-se uma amostragem não probabilística e a seleção dos sujeitos
levou em consideração os critérios de acessibilidade e intencionalidade (neste caso consideradas
as lideranças dos segmentos supracitados). Além disso, a escolha dos mesmos utilizou o estudo
dos dados secundários, que apontou quais os setores têm maior representatividade local, as
sugestões dos colaboradores do SEBRAE/SC e a indicação de lideranças da cidade, totalizando
assim, 35 (trinta e cinco) entrevistas.
A coleta de dados ocorreu no período de 07 e 08 de fevereiro de 2014.
2.1 ANÁLISE DOS RESULTADOS
Os percentuais referentes às respostas da pesquisa não podem ser inferidos para o
município de Capinzal e não possuem embasamento estatístico. Trata-se de pesquisa qualitativa
e as distribuições de frequência representam as respostas, apenas, dos entrevistados na
pesquisa.
Os dados oficiais do município, apresentados nos capítulos 3 e 4 deste documento
estão baseados em fontes oficiais e referem-se a dados formais, de modo que empresas,
empregos, atividades econômicas e outras informações de natureza informal não são
contabilizadas.
Os resultados da pesquisa estão dispostos em 7 (sete) capítulos, são eles:
•
•
•
•
•
•
•
Aspectos gerais do município;
Mercado local;
Carências e demandas;
Forças e fraquezas;
Eixos com potencial de desenvolvimento;
Matriz de Oportunidades de Negócios por setor e atividade;
Passo a passo para a abertura de um negócio.
7
ASPECTOS GERAIS
DO MUNICÍPIO
Este capítulo apresenta um panorama populacional, social e econômico do município,
baseado em dados secundários extraídos de fontes de consulta pública.
A íntegra de dados oficiais a respeito do município pode ser encontrada na publicação Santa
Catarina em Números.
8
3.1 LOCALIZAÇÃO
O município de Capinzal está localizado na Região Oeste do estado de Santa Catarina, distante
385 km da capital. Possui área territorial de 244 km2 e altitude de 480 m acima do nível do mar.
Figura 1 – Localização do município, em 2013
Fonte: Mapa Interativo de Santa Catarina. CIASC, 2013
Figura 2 – Mapa do município, em 2013
Fonte: Dados cartográficos, Google, 2013.
9
ASPECTOS GERAIS
3 ASPECTOS GERAIS DO MUNICÍPIO
3.2 POPULAÇÃO
Fundado em 17 de fevereiro de 1949, o
município de Capinzal foi colonizado predominantemente
pelos italianos. Segundo dados do Censo do IBGE, a
população totalizou 20.769 habitantes no ano de 2010,
correspondendo a 0,33% do total do estado. O crescimento
populacional registrou taxa de 0,41% ao ano desde o
último censo (ano 2000) e a densidade demográfica é de
85,2 habitantes/km2.
Tabela 1 - População e taxa de crescimento, em Capinzal, no período de 1980 a 2010
Ano
População
2010
2000
1991
1980
20.769
19.955
13.694
10.395
Taxa de
crescimento
anual*
0,41%
Fonte: Santa Catarina em Números, SEBRAE - SC, 2013
*Taxa de Crescimento calculada entre os anos de 2000 e 2010
Densidade
demográfica
85,2
89,0
68,0
41,6
Na distribuição populacional por gênero, segundo dados do IBGE extraídos do Censo
Populacional 2010, os homens totalizam 49,27% e as mulheres somam 50,73%. A maioria da
população é urbana, representando 85,5% do total do município.
Tabela 2 - Participacão relativa da população residente por localização do domicílio e gênero, em Capinzal, no período
1980 a 2010
Ano
2010
2000
1991
1980
Gênero
Homens
Mulheres
10.233
10.536
10.020
9.935
6.758
6.936
5.193
5.202
Localidade
Urbana
Rural
17.754
3.015
15.460
4.495
9.358
4.336
4.757
5.638
Fonte: Santa Catarina em Números, SEBRAE - SC, 2013
10
3.3 DESENVOLVIMENTO HUMANO E SOCIAL
O Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH), segundo o Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (PNUD), é uma medida resumida do
progresso em longo prazo, em três dimensões básicas do
desenvolvimento humano: renda, educação e saúde. O
IDH Municipal de Capinzal (IDH-M), no ano de 2010, era
de 0,752, posicionando o município na 95ª colocação em
relação ao estado, valor 2,8% menor que o índice de Santa
Catarina e 3,4% maior ao índice brasileiro no mesmo ano.
Tabela 3 - Índice de Desenvolvimento Humano no período de 1970 a 2010
Ano
Educação
Longevidade
Renda
IDH Municipal IDH Estadual IDH Nacional
1970
1980
1991
2000
2010
Evolução
1970/2010
0,624
0,645
0,777
0,925
0,659
0,483
0,617
0,764
0,812
0,869
0,285
0,93
0,633
0,703
0,742
0,464
0,731
0,725
0,813
0,752
0,477
0,734
0,785
0,822
0,774
0,482
0,685
0,742
0,766
0,727
5,61%
79,92%
160,35%
62,07%
62,26%
50,83%
Fonte: Santa Catarina em Números, SEBRAE - SC, 2013
Segundo o IPEA, o Índice de GINI é um instrumento para medir o grau de concentração
de renda, apontando a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos.
Numericamente, varia de zero a um, no qual o valor zero representa a situação de igualdade, ou
seja, todos têm a mesma renda, restando o valor um no extremo oposto, ou seja, uma só pessoa
detém toda a riqueza. O município de Capinzal registrou
Gráfico 1 - Coeficiente de Gini
coeficiente de Gini de 0,45 em 2010,
indicando renda mais concentrada do
que a do estado de Santa Catarina
(Coeficiente de Ginide Santa Catarinaigual
a 0,44), porém menos concentrada que a
verificada em níveis nacionais (Coeficiente
de Gini do Brasil é igual a 0,52).
Fonte: Santa Catarina em Números, SEBRAE - SC, 2013
11
Segundo os dados do Censo 2010, o município de Capinzal possuía a incidência de
0,6% da população com renda familiar per capita de até R$ 70,00, 2,8% com renda familiar per
capita de até 1/2 salário mínimo e 15,1% da população com renda familiar per capita de até 1/4
salário mínimo. Desta forma, em Capinzal, 18,5% das famílias possuem renda mensal de até ½
salário mínimo. A figura a seguir demonstra um panorama dos municípios catarinenses frente à
incidência da extrema pobreza, ou seja, com renda familiar per capita de até R$ 70,00.
Figura 3 - Mapa de extrema pobreza e desigualdade dos municípios catarinenses, em 2010
Fonte: Elaborado pelo SEBRAE com base nos dados do Censo Demográfico IBGE - 2010
12
3.4 ECONOMIA E MERCADO
O PIB catarinense atingiu o montante
de R$129,8 bilhões em 2009, assegurando ao
Estado a manutenção da 8ª posição relativa no
ranking nacional, de acordo com dados do IBGE
e da Secretaria de Estado do Planejamento de
Santa Catarina.
No mesmo ano, Capinzal aparece na
36ª posição do ranking estadual, respondendo
por 0,45% da composição do PIB catarinense. O
município de Capinzal, em 2009, possuía um PIB
per capita da ordem de R$ 30.481,30, colocando-o
na 15ª posição do ranking estadual. No período
de 2002 a 2009, o PIB per capita do município
apresentou evolução de 65,07% contra 110,42%
da média catarinense³ .
Tabela 4 - Produto interno bruto de Capinzal e PIB per capita no período de 2002 a 2009
Período
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
Evolução
2002/2009
PIB (em milhões
de reais) de
Capinzal
392,9
427,2
487,4
469,8
443,4
510,5
582,9
579,3
47,4%
Posição Estadual
28ª
30ª
30ª
32ª
39ª
36ª
37ª
36ª
Regrediu 8
posições
PIB per capita (R$)
Capinzal
18.465,21
19.512,61
21.060,60
20.963,22
19.126,46
27.653,02
30.684,00
30.481,30
65,1%
Posição Estadual
9ª
12ª
15ª
17ª
23ª
13ª
16ª
15ª
Regrediu 6
posições
Fonte: Santa Catarina em Números, SEBRAE - SC, 2013
13
Com relação à renda média familiar, em 2010, as famílias do município registraram
rendimento de R$ 2.367,3/mês, 1,4% abaixo do total das famílias catarinenses. Considerando a
evolução dos últimos 10 anos, Capinzal melhorou 49 posições no ranking estadual.
Tabela 5 - Rendimento Familiar Médio e posição do Município no Estado, em 2000 e 2010
Ano
Capinzal (R$/mês)
2000
2010
770,2
2.367,30
Santa Catarina
(R$/mês)
1.205,90
2.400,70
Posição do
município no
Estado
206ª
157ª
Fonte: Instituto Brasielro de Geografia e Estatística (IBGE), 2010
O valor médio de salários praticados no município de Capinzal, em 2011, foi 22% menor
que a média praticada em Santa Catarina e 31% menor que a média do Brasil para o mesmo ano.
Tabela 6 - Salários Médios em Capinzal, Santa Catarina, no período de 2007 a 2011
Ano
Capinzal (R$/mês)
2007
2008
2009
2010
2011
736,67
908,91
1.031,06
1.104,94
1.260,49
Santa Catarina
(R$/mês)
1.149,24
1.253,73
1.344,33
1.485,66
1.620,42
Brasil (R$/mês)
Fonte: MTE, Relação Anual de Informações Sociais, 2010
1.301,87
1.436,70
1.535,74
1.674,99
1.827,45
Em 2010, o consumo per capita anual de R$ 11.998,83 por habitante posicionou Capinzal
8,6% abaixo do consumo per capita do estado de Santa Catarina e 7,5% abaixo do desempenho
de consumo per capita do Brasil. Além disso, enquanto o consumo per capita urbano do município
em 2010 foi de R$ 13.214,16, o rural ficou 63% abaixo, registrando R$ 4.842,28.
Gráfico 2 - Consumo per capita R$/ano por habitante em Capinzal, Santa Catarina e Brasil, em 2010
13.124,79
11.998,83
12.978,54
8.885,49
Capinzal
Região Oeste
Santa Catarina
Brasil
Fonte: Santa Catarina em Números, SEBRAE - SC, 2013
14
Avaliando o perfil dos domicílios no município sob o aspecto de rendimento financeiro,
Capinzal possuía, em 2011, o maior número de domicílios urbanos com rendimentos na classe
C1, contabilizando todas as residências, e o menor número na classe A1, conforme apresenta a
tabela a seguir.
Tabela 7 - Número de domicílios urbanos por classe economica em Capinzal e Santa Catarina, em 2010
Classes
A1
A2
B1
B2
C1
C2
D
E
Valor de referência
(R$)
14.250
7.557
3.944
2.256
1.318
861
549
329
Capinzal
Santa Catarina
0,2%
2,6%
8,5%
25,2%
27,5%
21,4%
14,1%
0,6%
0,6%
4,0%
11,7%
24,3%
27,2%
19,1%
12,6%
0,6%
Fonte: Resultados elaborados pelo SEBRAE/SC com base em dados do IPC-MAPS, 2011
15
MERCADO LOCAL
Este capítulo apresenta um panorama do mercado local baseado em dados secundários
a respeito das empresas, empregos e atividades econômicas desenvolvidas no município.
Além disso, apresenta os pontos fortes da economia local e o humor do empresário
baseado nos resultados apurados das entrevistas realizadas com o empresariado e lideranças
locais.
16
MERCADO LOCAL
4 MERCADO LOCAL
Segundo dados do Ministério do
Trabalho e Emprego, no ano de 2011, Santa
Catarina possuía um total
de 403.949
empresas formalmente estabelecidas. Estas
empresas, tomando como referência o mês
de dezembro de 2011, foram responsáveis por
2.061.577 empregos com carteira assinada.
Em Capinzal, existiam no mesmo
ano 1.480 empresas formais, as quais geraram
8.941 postos de trabalho com carteira assinada.
Considerando a evolução ao longo do período
de 2008 a 2011, entretanto, a taxa absoluta
de criação de empresas no município foi de
10,61% e a de empregos positiva em 1,05%.
Gráfico 3 - Número e taxa de criação de empregos e empresas formais em Capinzal.
Número
Taxa acumulada de criação no período de
2008 a 2011
EMPRESAS
Empresas
Empresas
15,77%
1.319
1.349
1.338
1.453
1.439
1.480
10,61%
10,39%
4,37%
2006
2007
2008
2009
2010
2011
8.644
8.941
Capinzal
Empregos
9.671
8.848
8.775
EMPREGOS
8.844
Região
Oeste
Santa
Catarina
Empregos
14,23%
15,98%
Brasil
18,87%
1,05%
2006
2007
2008
2009
2010
2011
Capinzal
Região
Oeste
Santa
Catarina
Brasil
Fonte: Santa Catarina em Números, SEBRAE - SC, 2013
17
No que se refere ao recorte setorial em 2011, o setor terciário (comércio) era o mais
representativo em número de empresas, mas o setor secundário (indústria) gerou mais empregos.
Gráfico 4 - Número de empresas e empregos formais de Capinzal, segundo o setor em 2011
Empresas
Empregos
6.079
614
70
Primário
583
213
Secundário
Terciário Comércio
Terciário Serviços
Primário
1.369
1.106
387
Secundário
Terciário Comércio
Terciário Serviços
Fonte: Santa Catarina em Números, SEBRAE - SC, 2013
A tabela a seguir apresenta o número de empresas e empregos de Capinzal, organizadas
segundo seções da CNAE e o seu respectivo porte, tomando por referência o ano de 2011.
Tabela 8 - Número de empresas e empregos de Capinzal em 2011
Seção de Atividade Econômica segundo classificação CNAE - versão 2.0
Empresas
Número
Empregos
Part.(%)
Número
Part.(%)
Seção A
Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura
70
4,73
387
4,33
Seção B
Indústrias extrativas
2
0,14
11
0,12
Seção C
Indústrias da transformação
147
9,93
5.890
65,88
Seção D
Eletricidade e gás
-
-
-
-
Seção E
Água, esgoto, atividades de descontaminação de resíduos
2
0,14
33
0,37
Seção F
Construção
62
4,19
145
1,62
Seção G
Comércio; reparação de veículos automotores e bicicletas
614
41,49
1.106
12,37
Seção H
Transporte, armazenagem e correio
118
7,97
112
1,25
Seção I
Hospedagem e alimentação
80
5,41
182
2,04
Seção J
Informação e comunicação
12
0,81
33
0,37
Seção K
Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados
9
0,61
57
0,64
Seção L
Atividades imobiliárias
7
0,47
10
0,11
Seção M
Atividades profissionais, científicas e técnicas
41
2,77
80
0,89
Seção N
Atividades administrativas e serviços complementares
53
3,58
299
3,34
Seção O
Administração pública, defesa e seguridade social
9
0,61
318
3,56
Seção P
Educação
13
0,88
52
0,58
Seção Q
Saúde humana e serviços sociais
53
3,58
152
1,7
Seção R
Artes, cultura, esporte e recreação
22
1,49
9
0,1
Seção S
Outras atividades de serviços
166
11,22
65
0,73
Seção T
Serviços domésticos
-
-
-
-
Seção U
Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais
-
-
-
-
1.480
100
8.941
100
Total
Fonte: Santa Catarina em Números, SEBRAE - SC, 2013
18
4.1 PONTOS FORTES DA ECONOMIA LOCAL
A economia do município de Capinzal é movida pela indústria, segundo opinião da
grande maioria do empresariado e lideranças locais (94,5%), sendo que o agronegócio, que
aparece em segundo lugar (92,5%), está diretamente ligado ao setor industrial da cidade. O
setor de serviços aparece em terceiro lugar entre os entrevistados (5,5%). O comércio não tem
qualquer expressão no cenário econômico local, sendo que não foi citado pelos respondentes.
Tabela 9 - Setor da Economia
Setor
Agronegócio
Indústria
Comércio
Serviços
Frequência de menções
92,5%
94,5%
0,0%
5,5%
Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado
4.1.1 O AGRONEGÓCIO
Em Capinzal, o agronegócio está voltado intensamente ao setor industrial, uma vez que o
município abriga uma grande indústria de alimentos, a BRF. Desta forma, grande parte da produção
avícola e a suinocultura são negociadas com esta empresa:
“E temos bastantes produtores integrados na Perdigão (BRF), que tem criação de suínos e
aves e essa parte realmente da economia é bem forte aqui na região.”
“Este setor principalmente o de frango, até porque nós temos aqui a BRF.”
“(...) hoje é claro que é a agroindústria, hoje pela existência no município de uma grande
empresa, é ramo forte”.
A economia do município está basicamente ligada à agroindústria, o que movimenta a
região. Abaixo segue a tabela com os dados referentes às atividades do setor de agronegócio no
município de Capinzal.
Tabela 10 – Atividades dentro do setor agronegócio
Setor
Agronegócio
Frequência de
Atividades
menções
Avicultura
Suinocultura
92,5%
Pecuária
Madeira
Frequência de
menções
86,4%
53,8%
17,8%
10,7%
Fonte: Pesquia Foco Opinião e Mercado
19
4.1.2 A INDÚSTRIA
A indústria é a mola propulsora do desenvolvimento econômico do município de Capinzal.
O que move a economia da cidade são o processamento e a produção de alimentos derivados da
avicultura. Com uma empresa de grande porte no setor alimentício, a economia do município gira,
principalmente, em torno da agroindústria:
“... principalmente junto com a parte da Perdigão aí que seria então a integração né. Integração
de suínos, integração de aves (...)”
Juntamente com a indústria baseada no agronegócio, aparece o setor de metal mecânica,
citado por 27,5% dos entrevistados, destacando-se empresas exportadoras de equipamentos para
tratamento de efluentes industriais e sanitários e para tratamento de água.
“(...) a Metal mecânica que é bem forte”.
“Então os setores mais fortes no caso são o agronegócio e a indústria Metal Mecânica.”
Capinzal.
Abaixo segue a tabela com as atividades dentro do setor industrial no município de
Setor
Frequência de
menções
Indústria
94,5%
Tabela 11 – Atividades dentro setor indústria
Atividades
Beneficiamento de produtos derivados da
avicultura
Beneficiamento de produtos derivados da
suinocultura
Indústria metal mecânica
Laticínios
Frequência de
menções
82,3%
41,2%
27,5%
11,7%
Beneficiamento e processamento de grãos
8,5%
Ovos
5,8%
Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado
4.1.3 O COMÉRCIO
O setor de comércio não apresenta expressão na visão dos entrevistados. Porém, assim
como a cidade em si, entende-se que o comércio local também vem se desenvolvendo, contudo é
uma questão de tempo, pois o segmento ainda precisa se estruturar.
20
Tabela 12 – Atividades dentro do setor comércio
Frequência de
Atividades
menções
Setor
Comércio
0,0%
Frequência
de menções
0,0%
Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado
4.1.4 OS SERVIÇOS
O setor de serviços apresenta pouca expressão na visão dos entrevistados, lembrado
por apenas 5,5% dos respondentes. Destaque apenas para a construção civil, única atividade
citada. Há algumas necessidades que são latentes em Capinzal, as quais serão apresentadas no
decorrer da análise:
“... construção civil é um ponto forte também, nossa cidade cresce verticalmente, toda hora,
todo momento se vê inicio de edifícios novos (...)”
“E também um setor que está crescendo bastante, hoje, na nossa cidade, aqui, é o setor
imobiliário. Hoje é um setor que cresce, a construção está crescendo, o setor civil, né, de
construtora, todas as construtoras estão construindo.”
Tabela 13 - Atividades dentro do setor Serviço
Setor
Serviços
Frequência
Atividades
de menções
5,5%
Construção civil
Frequência
de menções
5,5%
Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado
Em síntese, o setor mais apontado pelo empresariado e lideranças locais foi o da
agroindústria, com destaque para a industrialização de alimentos de origem animal, em especial aves
e suínos. Esta seria a atividade propulsora da economia no município, na visão dos respondentes.
Dentro do mesmo setor, ainda em destaque, aparece a indústria metal mecânica.
21
4.2 O HUMOR DO EMPRESÁRIO
O empresariado do município de Capinzal mostra-se otimista em relação à situação
atual de desenvolvimento do município. Para 75% dos respondentes o município encontra-se em
crescimento. Já para 25% dos entrevistados, o município encontra-se em estagnação, conforme
se verifica na tabela abaixo:
Tabela 14 – Situação atual do município de Capinzal
Opção
O município está em crescimento
O município está estagnado
O município está em declínio
Frequência de
menções
75,0%
25,0%
0,0%
Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado
Como se pode identificar nos dados da tabela acima, nenhum entrevistado considera
que o município de Capinzal está em declínio.
4.2.1 A VISÃO PESSIMISTA
Para os 25% que consideram o município de Capinzal em estado de estagnação, o
posicionamento negativo se refere à falta de crescimento sentida nos últimos anos refletindo em
uma estagnação na indústria (55,6%), que é a base da economia local.
“Então há uns anos atrás houve essa progressiva no desenvolvimento como um todo, tanto
no seguimento industrial, prestação de serviço, comercio. E depois estabilizou né, que hoje
praticamente nosso município aqui está ligado diretamente ao movimento econômico da
Perdigão. Então essa é uma dificuldade que estamos enfrentando hoje, devido a falta de
novas indústrias.”
Boa parte dos entrevistados (22,2%) que acreditam que a cidade está economicamente
estagnada, conclui que este período é próprio de uma crise econômica mundial e também do
período econômico em que o país está vivendo.
“Em virtude da própria crise mundial, e que repercute também em nível de Brasil e também
localmente, eu vejo que estagnou um pouco, estagnou.”
O ciclo de estagnação também é percebido com a falta de investimentos e de liderança
política (11,1%) e com a necessidade de mais pessoas trabalharem e gerarem renda, pois na
cidade existem postos de empregos vagos (11,1%).
“Acho que falta investimento, falta liderança.”
declínio.
Vale ressaltar aqui que nenhum entrevistado considera a economia de Capinzal em
22
4.2.2 A VISÃO OTIMISTA
Em relação aos 75% que consideram o município em crescimento, a argumentação
positiva gira em torno da indústria como atividade de maior crescimento. Na opinião dos entrevistados,
o crescimento é ocasionado pelo próprio impulso nas atividades industriais (45,8%). Como base
econômica da cidade, um crescimento neste setor gera um crescimento no município:
”O município ele é uma cidade pequena, mais ela vive um bom momento. Que como tem
emprego só não trabalha quem não quer, tem a Perdigão que o empregador maior, e também
tem a metal mecânica, duas empresas boas.”
“Nós temos aí um forte crescimento da indústria, no caso a agroindústria e também destacamos
além da indústria a metal mecânica que é um propulsor do nosso município.”
Outro ponto bastante citado foi a expansão da própria cidade (37,5%) com o aumento
no número de estabelecimentos comerciais e um incremento na área da construção civil. A cidade
está visivelmente crescendo.
“(...) outro que a gente vê por aí, também que a cidade está em crescimento é no setor
habitacional, tem bastante construções sendo feitas aí, prédios e está em franca expansão o
setor habitacional.”
“Assim, aqui mais que a gente percebe que lá para os bairros estão crescendo, estão sendo
mais prédios, mais casas, loteamentos, né, mas bem assim... Dá para perceber bem.”
“Capinzal está crescendo na indústria, no comércio, em diversos setores.”
Ainda, citado por 4,2% dos pesquisados, a boa administração municipal é responsável
pelo nível de crescimento na cidade e o efeito do bom momento econômico em que se encontra o
país também foi lembrado por 4,2% dos respondentes, diferentemente da visão de estagnação que
cita um mau momento econômico.
“O momento se encontra muito bom, nesse sentido há expansão no município.”
“Então a prefeitura tem ajudado nesse ponto aí, com estrutura, luz, estradas essas coisas
tem ajudado bem.”
Desta forma, o empresariado capinzalense é otimista em termos de crescimento e
desenvolvimento do município, tanto no setor industrial e de negócios, como na própria expansão
da cidade como um todo, crescimento este que é bem visível.
23
CARÊNCIAS E DEMANDAS
Este capítulo apresenta o retrato das principais carências do município, relacionadas a
demandas não atendidas nos diferentes setores da economia.
24
Em relação às carências e demandas nos setores, ou seja, deficiências identificadas
no município de Capinzal, 82,8% dos pesquisados afirmaram que estas existem no setor dos
serviços, 68,6% no comércio, 57,1% na indústria e 54,2% no setor de agronegócios.
Tabela 15 – Carências e Demandas
Setor
Indústria
Comércio
Serviços
Agronegócio
Frequência de
carências apontadas
57,1%
68,6%
82,8%
54,2%
Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado
Para os entrevistados, a falta de mão-de-obra é uma carência apresentada em todos os
setores analisados como também a falta de qualificação profissional dos trabalhadores. A falta de
mão de obra capacitada atinge também a construção civil em Capinzal, setor em franca expansão
e que precisa de profissionais para suprir a demanda crescente. Todos os setores da economia
sofrem com esse déficit de qualificação, ocasionado também pela carência de oportunidades de
cursos e aperfeiçoamento profissional dentro município.
No comércio falta diversificação, muitos habitantes da cidade deixam de consumir
dentro do próprio município para procurar opções nas cidades vizinhas, como, por exemplo,
Joaçaba. Falta inovação no setor e também há problemas de inadimplência.
Por fim, outro ponto relevante levantado pelos entrevistados é a falta de entretenimento
no município, bem como a falta de médicos das mais diversas especialidades.
5.1 CARÊNCIAS NA INDÚSTRIA
A indústria capinzalense sofre com a intensa falta de mão-de-obra qualificada no
município (55%). Muitos trabalhadores vêm de cidades próximas para suprir a necessidade local.
Mesmo tendo esta dificuldade em se contratar pessoal qualificado, os respondentes apontam a
necessidade de que se instalem mais indústrias na cidade, mesmo que sejam de pequeno porte
(50%). E esta linha de raciocínio vem da tentativa de diversificar os produtos beneficiados no
município, como por exemplo, o beneficiamento do leite ou o aproveitamento dos grãos que a
cidade produz.
“mão de obra aqui é complicadíssima.”
“Eu acredito que quando fala em mão de obra, o negócio começa a complicar.”
25
CARÊNCIAS E DEMANDAS
5 CARÊNCIAS E DEMANDAS
“Eu acredito que com a agregação de valores no ramo da agricultura para que a gente possa
embalar, produzir, vender, que seria importante criar pequenas indústrias para agregação de
valores acho que é uma tendência forte, porque o produtor produz, venda, revenda enfim não
embala, não produz porque não agrega o valor, então vejo que é uma necessidade nossa
de fazer pequenas indústrias, na cidade também no campo para poder embalar enfim são
pequenas indústrias”.
Muitos acreditam que as condições das estradas e do acesso à cidade (45%) são um
empecilho para a chegada de novas empresas. A construção do contorno viário do município é de
fundamental importância para o escoamento da produção.
“o chão aqui é complicado, bastante quebrado, como eu falei tem gente que quer ir para
a região Oeste aqui a saída é bem ridícula, temos uma ponte apenas, para ir para o litoral
temos aqui um asfalto um pouquinho melhor, um caminho novo que foi feito, mas aí chega em
Campos Novos o asfalto é de péssima qualidade, uma região muito ruim, deficiente.”
“O progresso de Capinzal está sendo prejudicado por falta de ter essa segunda ponte e o
contorno viário.”
“Nós temos um pedido muito grande, em Capinzal, do Contorno Viário de Capinzal.”
Da mesma forma que o acesso à cidade é condição básica para novos investimentos
industriais no município, alguns argumentam a necessidade de maior incentivo para alavancar o
empreendedorismo (25%) e uma indústria que possa absorver a mão de obra feminina no município
(5%).
“Nós temos que incentivar o empreendedorismo.”
“Precisa de empreendedorismo, gente que se disponha a fazer isso né, captar recursos e
vencer.”
“Temos bastante população feminina aqui no Município de Capinzal, e é um trabalho que
aonde a mão de obra feminina poderia ir muito bem.”
Abaixo segue a tabela que identifica os pontos fracos citados no setor industrial do
município de Capinzal.
26
Tabela 16 – Pontos fracos no setor da indústria
Setor
Indústria
Frequência
de menções
57,1%
Pontos fracos
Falta mão-de-obra qualificada
Faltam mais indústrias
Falta infraestrutura para receber mais indústrias
Falta incentivo ao empreendedorismo
Falta indústria para empregar mão-de-obra feminina
(indústria leve)
Frequência
de menções
55,0%
50,0%
45,0%
25,0%
5,0%
Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado
5.2 CARÊNCIAS NO COMÉRCIO
O setor do comércio também apresenta carências, para 68,6% dos entrevistados.
Estes afirmam que o comércio em Capinzal está em crescimento, mas que é pouco diversificado.
Novamente, o item mais apontado como queixa é a dificuldade em encontrar mão de obra
qualificada na cidade (66,6%), o que é recorrente em todos os setores analisados no município.
Em seguida, a pouca diversificação (29,1%), o que faz com que muitos moradores optem por
usar o comércio de cidades próximas, como Joaçaba, por exemplo. É preciso criar uma política
de fomento para o consumo interno, evitando o movimento migratório da população para efetuar
suas compras em municípios vizinhos.
“(...) nosso comércio está um pouco estagnado, mas ele pode crescer desde que a gente
seja criativo e faça inovações.”
“Muitas coisas a gente pega de Joaçaba.”
“(...) posso falar que eu vou às vezes para Joaçaba comprar as coisas, porque aqui...”
Uma parcela dos entrevistados (8,3%) afirma que o comércio é estruturado apenas na
região central da cidade e que existe possibilidade de crescimento na chamada cidade alta. Ainda,
apontam que falta um centro comercial ou um pequeno shopping, que reúna lojas em um único
local e com horário de atendimento diferenciado.
“Setor do comércio, eu acho, em minha opinião, que talvez tivesse que ter talvez um
shopping, um mini shopping. Alguma coisa mais centralizada. Subir mais o comércio para a
cidade alta, porque está aqui na cidade baixa, como a gente chama aqui, o comércio está
todo centrado aqui o que falta, o município está crescendo, falta este tipo de comércio, tanto
banco, lojas, falta tudo ir para cima da cidade agora.”
Agora tratando mais especificamente das carências comerciais da cidade em termos
de negócios propriamente ditos, alguns merecem destaque, tais como: faltam opções de lazer e
entretenimento (8,3%).
27
“Tem esta demanda de entretenimento. Você não tem um cinema, você não tem teatro, você
não tem absolutamente nada, hoje não tem muita coisa a não ser bailes de coisas, então
assim é uma área que daria para desenvolver.”
A tabela a seguir apresenta as principais demandas do setor, de acordo com a frequência
em que foram citadas pelos consultados.
Tabela 17 – Pontos fracos no setor do comércio
Setor
Comércio
Frequencia
Frequencia
Pontos fracos
de menções
de menções
Falta qualificação/profissionalização do atendimento
66,6%
Falta diversificação no comércio local
29,1%
Falta expandir o comércio para a região alta da cidade –
8,3%
comércio concentrado na região central apenas
68,6%
Faltam de opções de entretenimento e lazer
8,3%
Inadimplência
4,2%
Falta um centro comercial ou mini shopping
4,2%
Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado
5.3 CARÊNCIAS NOS SERVIÇOS
O setor de serviços é o mais carente em Vargem Bonita, apresentando 96,8% das
respostas dos entrevistados. A infraestrutura básica municipal é bastante deficitária. A principal
reivindicação dos munícipes é a ausência de serviços públicos básicos, tais como saúde - faltam
médicos (16,1%), agência bancária – Banco do Brasil (9,7%) e rodoviária municipal (6,5%). Para
agravar ainda mais a situação, falta união entre prefeitura municipal e os demais órgãos do poder
executivo por conta de rixas políticas, impactando negativamente no desenvolvimento municipal
(3,2%)
“Hoje para a nossa empresa, por exemplo, uma falta que a gente tem, toda parte de médico,
exames, a gente tem que buscar em Joaçaba por que não temos.”
Com o forte crescimento da cidade e o aumento das atividades de construção civil, a
falta de serviços essenciais como pedreiros, encanadores e eletricistas é bastante visível (27,6%).
Assim como assistência técnica e manutenção em geral (17,2%). Estão faltando, além do pessoal
da construção civil, suporte técnico, serviços de mecânica e peças de maquinário. E especialistas
em geral como contadores, arquitetos, tecnólogos da informação, dentista, veterinário, agrônomo
(13,8%).
“Pedreiro como aqui está em uma questão de crescimento sempre está em falta. Pedreiro,
eletricista, encanadores sempre está em falta. Se precisa não tem.”
“Na verdade o faz tudo é importante, quando a gente precisa de alguém para fazer qualquer
tipo de manutenção simplesmente não tem. Às vezes a gente tem que trazer de fora né, ou
para qualquer serviço né colocar um forro uma chave, trocar qualquer coisinha assim não
tem, falta.”
28
Percebe-se que o município é precário nas áreas de lazer e entretenimento para a
população bem como para o turista ou visitante que chega à cidade. Foi levantada a ausência de
áreas de lazer, bem como a necessidade de restaurantes, lanchonetes e choperias (27,6%) o que
reflete numa dificuldade em desenvolver o turismo na região (6,9%).
“falando no âmbito geral também eu acho que falta aqui bastante a opção de lazer também
para as pessoas.”
“Não tem nada assim, voltado muito ao lazer.”
“O pessoal que vem à cidade sente muita deficiência de local para almoçar, jantar e tem
um problema muito sério em Capinzal (...) falta a questão de horários, atendimento final de
semana, atendimento. Acho que tinha que ser sete dias da semana.”
Por fim, os serviços de telecomunicações foram apontados como bastante deficitários.
Internet e telefonia foram as queixas de 24,1 % dos entrevistados. Serviços estes apontados
como precários e que são uma necessidade latente nos dias de hoje.
“O interior aqui a gente é carente, aqui não tem sinal de celular e nem para internet.”
A tabela a seguir apresenta as principais demandas do setor, de acordo com a frequência
em que foram citadas pelos consultados.
Tabela 18 – Pontos fracos no setor dos serviços
Setor
Serviços
Frequencia de
Frequencia de
Pontos fracos
menções
menções
Saúde precária (faltam médicos)
44,8%
Falta mão-de-obra para construção civil (pedreiro,
27,6%
eletricista e encanador)
Faltam opções de lazer e entretenimento (áreas de
27,6%
lazer, lanchonetes, choperias, por exemplo)
Serviços de internet e telefonia móvel precários
24,1%
82,8%
Necessidade de qualificação profissional e capacitação
20,7%
Falta assistência técnica e de manutenção em geral
Faltam especialistas em geral (contadores, arquitetos,
dentistas, veterinários, agrônomos)
Falta desenvolver o turismo local
Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado
17,2%
13,8%
6,9%
5.4 CARÊNCIAS NO AGRONEGÓCIO
A principal carência citada no setor do agronegócio está ligada a falta de mão de obra
para a produção rural e ainda a falta de qualificação da mão de obra existente (48,4%). Existe
a dificuldade em manter os jovens especializados trabalhando nas propriedades no município.
Faltam cursos profissionalizantes para o pequeno produtor rural (15,8%).
29
“porque os filhos dos agricultores estão indo para a cidade, nossa meta é que eles se
especializam nas próprias propriedades.”
Outra demanda importante é vista no acesso precário e condições ruins nas estradas
(42,1%) o que dificulta grandemente o escoamento da produção, assim como é um ponto negativo
para novas empresas se instalarem no município. Apontaram a utilização de ferrovias (10,5%)
como um canal logístico ideal, caso fosse viável.
“É, ficamos sem a ferrovia, ficamos sem a rodovia.”
“Então, você vê, hoje, se nós tivéssemos essa... essa linha de trem funcionando aqui na
nossa região...”
“nossa ferroviária hoje teria uma grande importância na nossa região.”
“Olha eu acho que uma ferrovia ajudaria muito.”
Quanto à produção em si, relatam a falta de beneficiamento e industrialização da
produção (26,3%) e a necessidade de incentivo, financiamento e oportunidades para o pequeno
produtor rural (21,0%). Estes dois pontos podem ou não ser relacionados, como por exemplo,
incentivar pequenos produtores para que se unam em cooperativa ou para estruturar uma pequena
indústria ou se integrar a uma já existente (15,8%).
“E acho que seria uma oportunidade de negocio de agregar valor ao produto, ao grão
produzido aqui.”
“a abertura de oportunidades de negócios, que está faltando é somente isso.”
“Eu vejo um pouco mais de associativismo, embora aqui já tenha uma cooperativa (...)
Há uma resistência, há um individualismo muito grande, se nós continuarmos com esse
individualismo, desde montar uma pequena empresa, você não pode montar uma propriedade
isolada, você tem que montar uma comunidade, onde vários agricultores possam fazer parte,
individualmente é difícil.”
Por fim, faltam locais para armazenagem e estocagem (5,2%), bem como câmaras frias
(5,2%), abatedouro (5,2%), suporte técnico (5,2%) e ainda, a falta de tecnologia básica na área
rural como telefonia e internet (5,2%).
30
A tabela a seguir retrata as principais demandas do agronegócio apontadas pelos
consultados.
Tabela 19 – Pontos fracos no setor do agronegócio
Setor
Frequencia
de menções
Pontos fracos
Falta mão de obra (quantidade e qualificada)
Condição ruim das estradas dificulta o
escoamento da produção
Falta beneficiamento e industrialização da
produção
Falta incentivo, financiamento e oportunidades
para o pequeno produtor
Falta
curso
de
qualificação
e
cursos
profissionalizantes para pequeno produtor rural
Agronegócio
54,2%
Falta integração dos produtores rurais com a
indústria
Faltam ferrovias para escoar a produção
Faltam locais para armazenamento da produção
do agronegócio
Falta suporte técnico para o produtor
Falta produção de grãos para abastecer a
indústria local (ração)
Falta um abatedouro
Falta tecnologia básica para o interior (telefonia,
internet)
Frequencia de
menções
48,4%
42,1%
26,3%
21,0%
15,8%
15,8%
10,5%
10,5%
5,2%
5,2%
5,2%
5,2%
Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado
5.5 IMPEDIMENTOS AO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS NEGÓCIOS
Considerando os fatores: recursos financeiros, investimentos do poder público, mãode-obra, matéria-prima e logística, solicitou-se ao entrevistado que medisse o quanto o fator é um
empecilho, atribuindo uma nota que variava de 0 (nenhum empecilho) a 10 (total empecilho).
Tabela 20 – Impedimentos ao desenvolvimento de novos negócios
Fator
Mão-de-obra
Investimentos do poder público
Recursos financeiros
Logística e escoamento
Matéria-prima
Média de
impedimento
8,2
4,4
5,5
5,7
1,7
Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado
31
A mão-de-obra é apresentada como o fator de maior impedimento por parte dos
entrevistados para o desenvolvimento municipal. A mão de obra qualificada é um grande problema
em Capinzal. Não há profissionais na cidade. Falta mão de obra qualificada para indústrias (para
as existentes e para as que pretendem se instalar), para o comércio (atendimento em geral) e
para os serviços (principalmente a especializada – pedreiro, eletricista, encanador) e até mesmo
para o agronegócio – mão de obra não qualificada em geral.
“a gente vê muita gente de fora trabalhar aqui. Então é sinal que aqui não tem mão de obra
qualificada.”
A logística e escoamento da produção, seja ela na indústria ou no agronegócio, são
também entendidos como fatores de impasse para o desenvolvimento de Capinzal. Há dificuldades
logísticas para venda dos produtos oriundos do agronegócio, principalmente para o transporte
do interior para os grandes centros e distribuição, por conta das estradas da região que são
precárias, esburacadas e sem manutenção periódica. Ressaltam que a localização geográfica no
município é boa, contudo as estradas que ligam as localidades do interior ao centro precisam de
manutenção constante. Uma reivindicação dos empresários é a reformulação do contorno viário
da cidade, visto que o fluxo é intenso e constante na região. Outra reivindicação se dá na parte
ferroviária. A utilização da ferrovia seria um passo e tanto para o desenvolvimento do município e
regiões próximas, visto que a ferrovia existe, só não é utilizada há anos.
“por isso que nós estamos nos juntando com o Governo Federal para um contorno viário,
porque nós temos só uma ponte e a escoação de toda a produção passa por aí pelo centro
o qual está complicado, então a luta nossa para que haja realmente essa saída por debaixo
da ponte, o contorno rodoviário.”
“Nós aqui se tivéssemos uma rede ferroviária federal em pleno funcionamento (...) Hoje
todo recurso que tem uma estrada ferroviária federal ao lado do rio parado, uma ferrovia
parada.”
O impedimento no que diz respeito aos recursos financeiros também é tido como
empecilho para o desenvolvimento local na visão dos respondentes. Faltam recursos para
investimentos em novos negócios. A cultura da população ainda é bastante conservadora. Falta
união da população, coragem, em prol do crescimento e do desenvolvimento municipal. Já no
que tange ao agronegócio, investimentos em mecanização da produção e modernização dos
métodos utilizados pelos pequenos produtores rurais também é uma necessidade apontada pelos
respondentes.
“Tem dinheiro, por exemplo, ali nos bancos, mas são poucas pessoas que pegam, linhas de
crédito são direcionadas para poucas pessoas.”
32
A falta de investimento/incentivo do poder público é um pouco menos sentida em
Capinzal. Mas o que se destaca na opinião dos empresários é que a proximidade entre o poder
público e a iniciativa privada é uma medida que se faz necessária. A falta de uma parceria públicoprivada para o desenvolvimento de novos negócios e apoio aos pequenos produtores rurais
reflete diretamente nos resultados econômicos do município. Em Capinzal não é diferente, pois a
infraestrutura do município é um pouco deficitária. Falta instalação de agroindústrias, aproveitando
os produtos provenientes do agronegócio. Essa situação repercute nos investimentos e nos níveis
de atração/interesse dos empresários em implantar novos negócios para a municipalidade, pois a
falta de fomento e divulgação dos atrativos municipais é latente.
“Então isso aí é a minha visão, eu vejo que está faltando o Poder Público administrar bem
os recursos e fazer com que a cidade cresça.”
Há também outro fator que impede o desenvolvimento do município de Capinzal
que merece destaque, a questão da comunicação. Hoje estar conectado com o mundo é uma
necessidade primordial. Os respondentes pontuam que os serviços de internet e telefonia móvel
são precários, o que se torna um entrave ao desenvolvimento da municipalidade.
“Às vezes um difícil acesso a questão da internet também hoje é complicada a telefonia,
apesar de que existe um investimento na telefonia rural, mas ainda é uma demanda, a
demanda é alta, mas a oferta ainda é deficiente, para essa área, o que prejudica ás vezes,
aquele sistema familiar.”
Por fim, no que diz respeito à matéria-prima há poucas ressalvas a serem feitas.
Pontuam que a matéria-prima existe e em abundância. Contudo, é necessário que seja beneficiada
internamente e não transportada para as cidades vizinhas na forma bruta, como acontece
constantemente. Agregar valor à matéria-prima é fundamental para que o município possa
incrementar suas divisas. Ressaltam apenas que há preocupação quanto a certas matérias-primas
para tipos específicos de indústrias, tendo a necessidade de buscar fora, em outros municípios.
33
Forças e Fraquezas
Este capítulo traz um diagnóstico das forças e fraquezas identificadas no município a
partir da opinião dos entrevistados na pesquisa.
34
Para agrupar e ilustrar o diagnóstico do município de Capinzal a fim de levantar
oportunidades de negócios na região, foi elaborada a síntese das forças e fraquezas do município
a partir da percepção dos atores entrevistados.
Tabela 21 – Síntese de forças do município
Forças















Indústria de alimentos (BRF);
Indústrias do setor de metal mecânica;
Avicultura;
Pecuária do leite;
Suinocultura;
Cultivo da soja;
Muitos postos de trabalho existentes;
Construção civil em pleno crescimento;
Comércio em desenvolvimento;
Boas padarias e confeitarias;
Condomínio empresarial em andamento;
Comércio de eletrodomésticos e móveis bem estruturados;
Possibilidade de expansão do comércio para a parte alta da cidade;
Boa administração municipal;
Existência de algumas cooperativas;
Fraquezas
 Falta qualificação da mão-de-obra e falta de mão de obra em geral;
 Dificuldades logísticas atrapalham o escoamento da produção - Condição ruim das estradas dificulta o
escoamento da produção;
 Cultura da população é conservadora / falta
 Falta fomento para divulgação dos atrativos municipais;
 Faltam investimentos para mecanização do agronegócio (modernização dos pequenos produtores rurais);












Serviços de comunicação (telefonia móvel e internet) precários;
Falta indústria para empregar mão-de-obra feminina (indústria leve);
Comércio fraco e pouco expressivo / falta diversificação/ problemas com inadimplência;
Faltam restaurantes, lanchonetes e pizzarias que funcionem no período noturno;
Falta loja de peças e maquinários;
Saúde precária (faltam médicos);
Falta assistência técnica para maquinários da indústria e agronegócio;
Faltam opções de lazer e entretenimento – áreas de lazer;
Falta tecnologia para mecanização da produção (máquinas);
Faltam mais cooperativas para organização dos pequenos produtores rurais;
Falta curso de qualificação para pequeno produtor rural;
Faltam câmaras frias para armazenamento da produção do agronegócio;
Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado
35
FORÇAS E FRAQUEZAS
6 FORÇAS E FRAQUEZAS
EIXOS COM
POTENCIAL DE
DESENVOLVIMENTO
Este capítulo traz os principais eixos de desenvolvimento para novos negócios no
município. Nele os empresários e lideranças discorreram sobre a vocação do município e os setores
mais promissores para a economia da cidade.
36
A fim de verificar os ramos mais promissores da região de Capinzal, foi questionado
aos pesquisados qual seria a vocação do município. Além disso, os entrevistados expuseram
o potencial de cada um dos setores pesquisados (indústria, comércio, serviços e agronegócio)
em que se encontram estas potencialidades, bem como oportunidades imediatas de negócios.
7.1 A VOCAÇÃO DO MUNICÍPIO
Segundo os entrevistados, a vocação do município de Capinzal é a indústria,
principalmente a voltada para o agronegócio (94,2%) e a metal mecânica (91,4%). Estes setores
já apresentam um crescimento no município e, segundo os entrevistados, buscando parcerias
com o setor público, tendem a expandir ainda mais.
“Eu acho que a agricultura ainda é o nosso forte, e agora ainda a gente vê despertar a metal
mecânica, da indústria, entra a agroindústria.”
“Além da agroindústria, a metal mecânica acredito que está em expansão, daqui a pouco se
a gente buscar parceria com o governo do estado, inovação, tecnologia também, pode ser
um fomentador de negócios, e também nós estamos vendo aí que agora com a implantação
de uma área industrial, passamos aí, implantando uma área industrial, trazendo novos
negócios para a região.”
Em um segundo momento (48,7%) aparece um potencial para a agropecuária seguida
da indústria leiteira (34,2%) que ainda está em desenvolvimento, mas que pode ser mais uma
atividade em potencial para a economia do município. Por último, o setor madeireiro (8,5%) com
destaque para a indústria de papel.
“Mais produção leiteira aqui nossa bacia leiteira é muito forte tanto em outros municípios ou
em Capinzal, e que aqui existem pequenos laticínios. Mais a maior parte da produção vai
para outros municípios como (***) Rio Grande do Sul, Paraná a própria BRF compra muito
produto aqui, isso sai do município né. Quem sabe daqui a pouco viabilizar uma unidade
dessas empresas aqui no município de Ouro, Capinzal e região em fim. “
“E esse setor também de transformação aí de reflorestamento né, que também produz aí
(...) que talvez fosse outro filão que existiria em vez de estar vendendo pasta, transformar
isso aí em papel, papelão e coisa.”
37
POTENCIAL DE DESENVOLVIMENTO
7 EIXOS COM POTENCIAL DE DESENVOLVIMENTO
Abaixo segue a tabela com a frequência de menções a respeito da vocação do município
de Capinzal.
Tabela 22 - Vocação do município
Vocação citada
Indústria/agroindústria
Indústria metal mecânica
Agropecuária
Indústria leiteira
Setor madeireiro – indústria de papel
Frequencia
de menções
94,2%
91,4%
48,7%
34,2%
8,5%
Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado
38
7.2 EIXOS DE DESENVOLVIMENTO NOS SETORES
Com relação às potencialidades por setor do município de Capinzal, a grande maioria
dos pesquisados afirmou que todos os setores – indústria, comércio, serviços e agronegócio –
possuem potencial de crescimento.
Tabela 23 - Eixos de desenvolvimento nos setores
Indústria
Potencial de
desenvolvimento
94,2%
Beneficiamento da soja (óleo), milho (ração), leite,
madeira (móveis), carnes (suínos, aves e
bovinos), frutas (sucos, maçã, pêssego),
conservas, couro (curtume), grãos em geral,
doces; “leve” – mulheres; metalúrgica; indústria de
papel/papelão.
Comércio
Potencial de
desenvolvimento
64,3%
Peças automotivas; venda de maquinários;
confecções, bares/restaurantes; farmácia;
material de construção.
Serviços
Agronegócio
Potencial de
desenvolvimento
35,1%
Potencial de
desenvolvimento
68,6%
Turismo; construção civil; cursos de qualificação
da mão-de-obra; serviços de internet móvel;
eletricista; serviços veterinários, agrônomos;
lazer/entretenimento; serviços de saúde (médico,
clínica); setor imobiliário; pedreiro; carpinteiro;
encanador.
Cultivo da soja, milho; bovinocultura do leite, corte;
suinocultura; avicultura; instalação de câmaras
frias para armazenamento da produção;
abatedouro.
Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado
39
OPORTUNIDADE DE
NEGÓCIOS POR
SETOR DE ATIVIDADES
Este capítulo apresenta as oportunidades de negócio identificadas em cada setor de
atividade. Cabe ressaltar que as sugestões aqui apresentadas são oriundas da pesquisa realizadas
com lideranças do município e não representam viabilidade ou sucesso do negócio.
40
A partir do Diagnóstico de Forças e Fraquezas e da percepção colhida nas entrevistas
realizadas com atores do município de Capinzal, pode-se levantar algumas oportunidades de
negócios para o município.
Tabela 24 - Oportunidades de negócio por setor de atividade - indústria
Indústria
Indústria do leite
Indústria da madeira
Indústria da pecuária
Outras indústrias da
agricultura
Outras indústrias de
transformação
Beneficiamento do leite.
Beneficiamento da madeira
Fábrica de móveis
Fábrica de Papel
Beneficiamento de suínos
Beneficiamento de aves
Fábrica de couros
Beneficiamento de peixes
Beneficiamento do milho
Fábrica de conservas
Beneficiamento de frutas
Fábrica de doces
Indústrias "leves" para mulheres
Metalúrgica
Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado
41
OPORTUNIDADES
8 OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS POR SETOR E ATIVIDADE
Tabela 25 - Oportunidades de negócio por setor de atividade - serviço
Serviços
Ligados ao turismo
Ligados à educação
Ligados à saúde
Ligados ao
agronegócio
Ligados à construção
civil
Outros serviços
Turismo rural
Bares, Choperias, Pizzarias
Curso de capacitação para o pequeno
agricultor
Curso de qualificação profissional
Consultório médico
Consultório odontológico
Profissionais da área da medicina
Agrônomo
Clinica veterinária
Pedreiro
Eletricista
Caprinteiro
Encanador
Serviço de internet e telefonia móvel
Lazer/entretenimento
Setor imobiliário
Serviços especializados
(arquitetos/contadores)
Chaveiro
Suporte técnico para o agronegócio
Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado
42
Tabela 26 - Oportunidades de negócio por setor de atividade - Agronegócio e Comércio
Agronegócio
Pecuária
Agricultura
Outras atividades
Comércio
Estrutura local do
lojista
Pecuária do leite
Pecuária de corte
Suínocultura
Avicultura
Abatedouro
Cultivo de soja
Cultivo de milho
Plantio de produtos orgânicos
Instalação de câmaras frias para
armazenamento da produção
Assistência técnica especializada
Comércio de maquinários agrícolas
Comércio na cidade alta
Material de construção
Centro comercial
Fármacia
Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado
43
PASSO A PASSO PARA
ABERTURA DE UM NEGÓCIO
Para tornar um negócio realidade, é preciso ter perfil empreendedor, conhecer a
realidade do mercado e organizar um plano de negócios. Este capítulo apresenta dicas dos passos
a serem realizados para maximizar a chance de sucesso no novo negócio.
44
Caro empreendedor, neste documento
foram apresentadas ideias e oportunidades de
negócios para o seu município! Desta forma, há
algumas etapas que devem ser seguidas, a fim
de descobrir uma boa ideia de negócio para o seu
perfil, e também para ajudá-lo na estruturação
inicial deste negócio2.
9.1ETAPA 1: IDENTIFICANDO UMA BOA IDEIA DE NEGÓCIO
Nesta etapa, o objetivo é encontrar a ideia de negócio que mais combina com seu
perfil empreendedor. Para isso é necessário selecionar 5 (cinco) das oportunidades de negócios
apresentadas no capítulo 8 deste documento e escolher a melhor ideia conforme seu perfil.
Figura 4 – Seleção de ideias de negócios Figura 4 – Seleção de ideias de negócios
Das ideias apresentadas, escreva abaixo até 5 (cinco) ideias que você acredita estarem mais alinhadas ao seu perfil: IDEIA A IDEIA B IDEIA C IDEIA D IDEIA E Fonte: Negócio Certo SEBRAE/SC. Programa de autoatendimento. Manuais etapas 1, 2 e 3.
Com as ideias selecionadas, é preciso avaliar o quanto elas tem relação com seu perfil
como empresário. A figura 5 traz um conjunto de perguntas para avaliar cada ideia de acordo com
seu perfil empreendedor.
2
Adaptado de Negócio Certo SEBRAE. Programa de Autoatendimento. Manuais etapas 1, 2 e 3.
45
PASSO A PASSO
9 PASSO A PASSO PARA ABERTURA DE UM NEGÓCIO
Figura 5 – Relação entre o perfil pessoal e as ideias de negócio escolhidas
Fonte: Negócio Certo SEBRAE/SC. Programa de autoatendimento. Manuais etapas 1, 2 e 3.
46
9.1.1 AVALIANDO OS RESULTADOS
A partir da soma dos pontos apurados para cada ideia, observe o intervalo de pontuação
em que cada uma se encaixa:
• Somatório maior ou igual a 60 pontos: a ideia de negócio está de acordo com seu
perfil.
• Somatório entre 40 e 59 pontos: a ideia de negócio precisa ser melhorada.
• Somatório abaixo de 40 pontos: a ideia não está de acordo com seu perfil pessoal.
Caso duas ou mais ideias tenham a pontuação maior que 60 pontos, escolha aquela
que achar mais interessante. Caso todas as ideias tenham menos de 40 pontos, inicie uma nova
escolha ou reflita mais (pode ser que não seja o momento apropriado para abrir um negócio).
9.2 ETAPA 2: VERIFICANDO A VIABILIDADE DO NEGÓCIO
Muitas pessoas começam
seus empreendimentos a partir de um
sonho, ser dono de seu próprio negócio.
Recente pesquisa feita com empresários
brasileiros, publicada pelo SEBRAE,
indica que a área de conhecimento mais
importante no primeiro ano de atividade
de uma empresa é o planejamento.
É exatamente por este motivo que o conteúdo desta etapa estará especialmente
voltado para desenvolver um Plano de Negócio. O Plano de Negócio é um documento que reúne
informações sobre características, condições e necessidades do futuro empreendimento, com
o objetivo de analisar sua potencialidade e sua viabilidade, além de facilitar sua implantação. A
seguir, estão apresentadas questões que compõem o Plano de Negócios e que são necessárias
para uma análise completa de uma ideia de negócio.
9.2.1 COLETA DE DADOS
Nesta fase, o objetivo é reunir o maior número de informações a respeito da empresa, do
setor e do mercado. A figura 6 a seguir apresenta um conjunto de perguntas a serem respondidas
para auxiliar nesta tarefa de coletar dados para o futuro negócio.
47
Figura 6 – Coleta de dados para elaboração de um plano de negócios
Fonte: Negócio Certo SEBRAE/SC. Programa de autoatendimento. Manuais estapa 1, 2 e 3
48
9.2.2 ELABORAÇÃO DO PLANO DE NEGÓCIOS
Com as respostas obtidas na coleta de dados, procede-se à elaboração do Plano de
Negócio. Para tal, o SEBRAE/SC fornece um modelo em branco, disponível no endereço eletrônico
www.sebrae.com.br/uf/santa-catarina/para-voce/plano-de-negocio. Após o preenchimento, você
terá um resultado referente à viabilidade do seu negócio.
9.3 ETAPA 3: FORMALIZANDO O NEGÓCIO
Decidida a ideia de negócio e avaliada sua viabilidade, parte-se para a formalização do
negócio. A seguir está apresentado um roteiro básico para a legalização de uma empresa.
Figura 7 – Passos para a legalização de um negócio
Fonte: Negócio Certo SEBRAE/SC. Programa de autoatendimento. Manuais etapas 1, 2 e 3. 49
9.3.1 PASSO 1: ORIENTAÇÃO EMPRESARIAL
Para receber orientação empresarial, o empreendedor pode procurar pelo SEBRAE/SC
em qualquer de suas agências. Entre as informações prestadas estão os princípios básicos para
abertura de uma empresa, orientações quanto aos órgãos envolvidos no processo de legalização,
bem como tributos e benefícios tributários.
9.3.2 PASSO 2: CONSULTA PRÉVIA DO LOCAL
Junto à prefeitura do município,deve-se verificar a possibilidade de sua empresa
funcionar no endereço pretendido.
9.3.3 PASSO 3: BUSCA PRÉVIA PELO NOME DA EMPRESA
Dependendo do tipo de atividade da empresa, o registro será feito na Junta Comercial JUCESC (para Empresário e Sociedade Empresária) ou no Cartório de Registro Civil de Pessoas
Jurídicas - RCPJ (para Sociedade Simples). Nesta etapa, verifica-se a existência de nome idêntico
ao escolhido para registro da empresa. Se o nome já existe, é necessário escolher outro.
9.3.4 PASSO 4: CADASTRO SINCRONIZADO NACIONAL
Com o cadastro sincronizado, previsto na Lei Geral de Micro e Pequenas Empresas, em um
único passo obtém-se quatro resultados: Registro de Contrato Social ou Declaração de Empresário;
CNPJ; Inscrição Estadual e Inscrição Municipal (Alvará de Licença para Estabelecimento).
9.3.5 PASSO 5: LICENÇAS DE FUNCIONAMENTO
Dependendo da atividade da empresa e o grau de risco, ela deverá atender os requisitos
de segurança sanitária, metrologia, controle ambiental e prevenção de acidentes.
Além disso, para iniciar as atividades, é necessário solicitar, através de uma gráfica ou
contador, a impressão de notas fiscais ou autorização para utilização do cupom fiscal. As empresas
de prestação de serviços recebem autorização da prefeitura local. As empresas dedicadas às
atividades da indústria e do comércio recebem a autorização da Secretaria do Estado da Fazenda.
50
ANEXO
51
ANEXO 1 - PERFIL DOS ENTREVISTADOS
ANEXOS
A maioria dos empresários é do sexo masculino (74,2%) e possuem acima de 30 anos,
estando mais intensamente distribuídos nos intervalos de 30 a 39 e 40 a 49 anos (71,4%, no
somatório).
Tabela 27- Sexo
Opções
Masculino
Ocorrências
26
Percentual
74,2%
Feminino
Total
9
35
25,8%
100,0%
Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado
Gráfico 5 - Faixa Etária
Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado
A escolaridade dos entrevistados é alta, sendo que 54,4% (somatório) possuem ensino
superior completo ou pós-graduação.
Tabela 28 - Escolaridade
Opções
Sem instrução
Fundamental incompleto
Fundamental completo
Médio incompleto
Médio completo
Superior incompleto
Superior completo
Pós-graduação
Total
Ocorrências
0
1
1
0
13
1
14
5
35
Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado
Percentual
0,0%
2,8%
2,8%
0,0%
37,2%
2,8%
40,0%
14,4%
100,0%
52
Sobre o cargo/função ocupado, 46,0% dos entrevistados são empresários, 17,2% são
Presidente/Vice de Entidade de Classe-Associação e 11,4% são produtores rurais.
Gráfico 6 - Perfil profissionail dos entrevistados
Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado
Em relação ao setor de atuação, 25,7% dos entrevistados apontaram atuar
predominantemente no comércio, 22,8% nos agronegócios e outros 20,0% no setor de serviços.
Tabela 29 - Setor de atuação
Opções
Indústria
Comércio
Serviços
Agronegócio
Poder Público
Associação de classe/ONGs
Total
Ocorrências
2
9
7
8
3
6
35
Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado
Percentual
5,7%
25,7%
20,0%
22,8%
8,6%
17,2%
100,0%
53
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - População e taxa de crescimento, em Capinzal, no período de 1980 a 2010
10
Tabela 2 - Participacão relativa da população residente por localização do domicílio e gênero, em Capinzal, no período
10
1980 a 2010
10
Tabela 3 - Índice de Desenvolvimento Humano no período de 1970 a 2010
11
Tabela 4 - Produto interno bruto de Capinzal e PIB per capita no período de 2002 a 2009
13
Tabela 5 - Rendimento Familiar Médio e posição do Município no Estado, em 2000 e 2010
14
Tabela 6 - Salários Médios em Capinzal, Santa Catarina, no período de 2007 a 2011
14
Tabela 7 - Número de domicílios urbanos por classe economica em Capinzal e Santa Catarina, em 2010
15
Tabela 8 - Número de empresas e empregos de Capinzal em 2011
18
Tabela 9 - Setor da Economia
19
Tabela 10 – Atividades dentro do setor agronegócio
19
Tabela 11 – Atividades dentro setor indústria
20
Tabela 12 – Atividades dentro do setor comércio
21
Tabela 13 - Atividades dentro do setor Serviço
21
Tabela 14 – Situação atual do município de Capinzal
22
Tabela 15 – Carências e Demandas
25
Tabela 16 – Pontos fracos no setor da indústria
27
Tabela 17 – Pontos fracos no setor do comércio
28
Tabela 18 – Pontos fracos no setor dos serviços
29
Tabela 19 – Pontos fracos no setor do agronegócio
31
Tabela 20 – Impedimentos ao desenvolvimento de novos negócios
31
Tabela 21 – Síntese de forças do município
35
Tabela 22 - Vocação do município
38
Tabela 23 - Eixos de desenvolvimento nos setores
39
Tabela 24 - Oportunidades de negócio por setor de atividade - indústria
41
Tabela 25 - Oportunidades de negócio por setor de atividade - serviço
42
Tabela 26 - Oportunidades de negócio por setor de atividade - Agronegócio e Comércio
43
Tabela 27- Sexo
52
Tabela 28 - Escolaridade 52
Tabela 29 - Setor de atuação
53
54
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Localização do município, em 2013
9
Figura 2 – Mapa do município, em 2013
9
Figura 3 - Mapa de extrema pobreza e desigualdade dos municípios catarinenses, em 2010
12
Figura 4 – Seleção de ideias de negócios
45
Figura 5 – Relação entre o perfil pessoal e as ideias de negócio escolhidas
46
Figura 6 – Coleta de dados para elaboração de um plano de negócios
48
Figura 7 – Passos para a legalização de um negócio
49
55
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - Coeficiente de Gini
11
Gráfico 2 - Consumo per capita R$/ano por habitante em Capinzal, Santa Catarina e Brasil, em 2010
14
Gráfico 3 - Número e taxa de criação de empregos e empresas formais em Capinzal.
17
Gráfico 4 - Número de empresas e empregos formais de Capinzal, segundo o setor em 2011
18
Gráfico 5 - Faixa Etária
52
Gráfico 6 - Perfil profissionail dos entrevistados
53
56
57
58
59
Download

Capinzal