Capinzal SEBRAE 2013 © 2013 SEBRAE/SC Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina. Todos os direitos reservados e protegidos por lei de 19/02/1998. Nenhuma parte deste material, sem autorização prévia por escrito do SEBRAE, poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer outros. LEVANTAMENTO DE DADOS, CONSULTORIA TÉCNICA E DESIGN GRÁFICO Foco Opinião e Mercado S491s SEBRAE/SC Panorama para Novas Oportunidades de Negócio: Capinzal/ SEBRAE/SC._Capinzal: SEBRAE/ SC, 2013. 60p. 1. Estudos e Pesquisas. 2. SEBRAE. I. Cândido, Marcondes da Silva. II. Ferreira, Cláudio. III. Brito, Ricardo Monguilhott. IV. Zanuzzi, Fábio Burigo V. Pirmann, Celso Orlando. CDU : 338 (816.4 Capinzal) GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA Lucia Gomes Vieira Dellagnelo - Secretária de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável Almir Hamad - Diretor de Desenvolvimento Econômico Márcia Helena Alves - Gerente de Desenvolvimento Econômico Sustentável CONSELHO DELIBERATIVO DO SEBRAE/SC Alcantaro Corrêa - Presidente do Conselho Deliberativo Sérgio Alexandre Medeiros - Vice-Presidente do Conselho Deliberativo ENTIDADES Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina – FAESC Federação das Associações de Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina – FAMPESC Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina – FACISC Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina – FCDL Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina – FIESC Federação do Comércio do Estado de Santa Catarina – FECOMÉRCIO Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina – BADESC Banco do Brasil S.A. – BB Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE Caixa Econômica Federal – CAIXA Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras – CERTI Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável – SDS Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI/DR-SC Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC DIRETORIA EXECUTIVA DO SEBRAE/SC Carlos Guilherme Zigelli - Diretor Superintendente Anacleto Angelo Ortigara - Diretor Técnico Sérgio Fernandes Cardoso - Diretor Administrativo Financeiro ORGANIZAÇÃO Ricardo Monguilhott de Brito - Gerente da Unidade de Atendimento Coletivo - UAC Marcondes da Silva Cândido - Gerente da Unidade de Gestão Estratégica - UGE Fábio Burigo Zanuzzi - Coordenador do Núcleo de Agronegócios e Desenvolvimento Territorial - UAC Cláudio Ferreira - Analista Técnico – UGE Celso Orlando Pirmann – Analista Técnico – UGE 2 O estado de Santa Catarina possui um perfil diversificado: uma agricultura forte, baseada em minifúndios rurais, dividindo espaço com um parque industrial atuante, considerado o quarto maior do país. Indústrias de grande porte e milhares de pequenas empresas espalham-se, fazendo do estado de Santa Catarina a sétima maior economia brasileira pelo tamanho de seu Produto Interno Bruto. O dinamismo da economia catarinense reflete-se em índices elevados de crescimento, alfabetização, emprego e renda per capita, significativamente superiores à média nacional, garantindo uma melhor qualidade de vida aos que aqui vivem, mas com contrastes quanto ao desenvolvimento socioeconômico de seus municípios. Estamos num momento de incertezas na economia global e o mercado local já não apresenta os mesmos índices de crescimento de anos anteriores, o que afeta economias industrializadas como a nossa. Por outro lado, a indústria catarinense atingiu um padrão de categoria mundial, o que permite integrar fortemente as novas cadeias produtivas globais que se organizaram. No entanto, a competitividade atingida pelas grandes indústrias não é suficiente para garantir que novos desafios sejam superados; é preciso que, além da melhoria do ambiente econômico, exista um tratamento diferenciado às pequenas indústrias para que melhorem o desempenho operacional e acompanhem as grandes empresas neste processo de expansão da economia catarinense. Como resposta a esse cenário, a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável – SDS e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina – SEBRAE/ SC desenvolveram, e estão implantando, o Programa Nova Economia @ SC - Programa de Revitalização da Economia Catarinense na forma de quatro projetos distintos e complementares, que interagem entre si de forma sistêmica, sendo composto pelos seguintes projetos: Projeto Juro Zero – Microcrédito Projeto Polos Setoriais Industriais já Existentes Projeto Polos Multi - Setoriais em Áreas de Baixo Desenvolvimento Econômico Projeto Polos Setoriais Ligados à Economia Verde O estudo “Panorama para Novas Oportunidades em Capinzal”, ora apresentado, vêm atender ao Projeto Polos Multi - Setoriais em Áreas de Baixo Desenvolvimento Econômico, que visa à preparação de um ambiente que proporcione o desenvolvimento socioeconômico dos territórios que apresentam baixo índice de desenvolvimento humano (IDH) de SC, por meio do estímulo e incentivo à criação e ao desenvolvimento de pequenos negócios, das competências e habilidades empresariais, mediante a participação da comunidade local e a articulação de parcerias institucionais públicas e privadas. Para atender, em parte, a essas necessidades, esta publicação aponta a percepção da comunidade local sobre o desenvolvimento econômico do município quanto às oportunidades e mesmo suas ameaças. Dessa forma será possível conhecer o cenário de atuação que se deseja transformar, contribuindo com todos os agentes indutores de desenvolvimento local interessados em investir no município de Capinzal. LUCIA GOMES VIEIRA DELLAGNELO Secretária de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável - SDS CARLOS GUILHERME ZIGELLI Diretor Superintendente do SEBRAE/SC 3 APRESENTAÇÃO APRESENTAÇÃO SUMÁRIO APRESENTAÇÃO3 1 O PROGRAMA NOVA ECONOMIA@SC 5 2 NOTAS METODOLÓGICAS 6 2.1 ANÁLISE DOS RESULTADOS 7 3 ASPECTOS GERAIS DO MUNICÍPIO 9 3.1 LOCALIZAÇÃO 9 3.2 POPULAÇÃO 10 3.3 DESENVOLVIMENTO HUMANO E SOCIAL 11 3.4 ECONOMIA E MERCADO 13 4 MERCADO LOCAL 17 4.1.1 O AGRONEGÓCIO 19 4.1.2 A INDÚSTRIA 20 4.1.3 O COMÉRCIO 20 4.1.4 OS SERVIÇOS 21 4.2 O HUMOR DO EMPRESÁRIO 22 4.2.1 A VISÃO PESSIMISTA 22 4.2.2 A VISÃO OTIMISTA 23 5 CARÊNCIAS E DEMANDAS 25 5.1 CARÊNCIAS NA INDÚSTRIA 25 5.2 CARÊNCIAS NO COMÉRCIO 27 5.3 CARÊNCIAS NOS SERVIÇOS 28 5.4 CARÊNCIAS NO AGRONEGÓCIO 29 5.5 IMPEDIMENTOS AO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS NEGÓCIOS 31 6 FORÇAS E FRAQUEZAS 35 7 EIXOS COM POTENCIAL DE DESENVOLVIMENTO 37 7.1 A VOCAÇÃO DO MUNICÍPIO 37 7.2 EIXOS DE DESENVOLVIMENTO NOS SETORES 39 8 OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS POR SETOR E ATIVIDADE 41 9 PASSO A PASSO PARA ABERTURA DE UM NEGÓCIO 45 9.1ETAPA 1: IDENTIFICANDO UMA BOA IDEIA DE NEGÓCIO 45 9.1.1 AVALIANDO OS RESULTADOS 47 9.2 ETAPA 2: VERIFICANDO A VIABILIDADE DO NEGÓCIO 47 9.2.1 COLETA DE DADOS 47 9.2.2 ELABORAÇÃO DO PLANO DE NEGÓCIOS 49 9.3 ETAPA 3: FORMALIZANDO O NEGÓCIO 49 9.3.1 PASSO 1: ORIENTAÇÃO EMPRESARIAL 50 9.3.2 PASSO 2: CONSULTA PRÉVIA DO LOCAL 50 9.3.3 PASSO 3: BUSCA PRÉVIA PELO NOME DA EMPRESA 50 9.3.4 PASSO 4: CADASTRO SINCRONIZADO NACIONAL 50 9.3.5 PASSO 5: LICENÇAS DE FUNCIONAMENTO 50 ANEXO 1 - PERFIL DOS ENTREVISTADOS 52 LISTA DE TABELAS 54 LISTA DE FIGURAS 55 LISTA DE GRÁFICOS 56 4 O Programa Nova Economia@SC é uma parceria do SEBRAE/SC com o Governo do Estado de Santa Catarina, através da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável - SDS, que visa aumentar a competitividade da economia catarinense. O programa é composto por quatro projetos: a) Juro Zero (microcrédito), b) Polos Setoriais Ligados à Economia Verde, c) Polos Multisetoriais em Áreas de Baixo Desenvolvimento Econômico (IDH) e d) Polos Setoriais Industriais Existentes. O projeto de Polos Multisetoriais em Áreas de Baixo Desenvolvimento Econômico busca preparar um ambiente favorável ao desenvolvimento dos municípios catarinenses, preferencialmente os de menor densidade econômica, por intermédio do estímulo e incentivo à criação e sustentabilidade dos pequenos negócios, com a participação da comunidade local e mediante a articulação de parcerias institucionais públicas e privadas. O projeto prevê a realização de diversas ações, demonstradas no fluxograma a seguir. SENSIBILIZAÇÃO / ADESÃO LEVANTAMENTO DADOS SECUNDÁRIOS LEVANTAMENTO DAS OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS ELABORAÇÃO DO PLAN. DESENVOLVIMENTO ATENDIMENTO INDIVIDUAL AVALIAÇÃO FINAL ATENDIMENTO COLETIVO PLANOS DE AÇÃO COM BASE NO EIXO ECONÔMICO IMPLEMENTAÇÃO LEI GERAL INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE: econômicos, sociais e ambientais Para alimentar e direcionar as ações a serem desenvolvidas pelo SEBRAE/SC nestes municípios, fez-se necessário conhecer a realidade local, suas demandas e suas oportunidades. Neste sentido foi realizado, entre outros estudos, o estudo “Levantamento das Oportunidades de Negócio”, do qual trata este documento. 5 NOVA ECONOMIA 1 O PROGRAMA NOVA ECONOMIA@SC O objetivo geral do “Levantamento das Oportunidades de Negócio”, é sugerir possíveis investimentos no território, através da leitura e da análise dos seus aspectos potenciais e limitativos e pela identificação dos seus vazios econômicos. Nesse contexto, os objetivos específicos são os seguintes: • Apresentar um panorama das condições demográficas, sociais, empresariais e econômicas do município de Capinzal; • Analisar os aspectos relativos à dinâmica do mercado local, tanto pelo prisma da oferta como pelo da demanda; • Avaliar os vazios econômicos existentes (inexistência ou possibilidade de complementaridade de negócios); • Identificar se há empresas instaladas ou em instalação, indutoras de demandas diretas ou indiretas que impactem significativamente no município; • Verificar as disponibilidades de matérias-primas e suas possibilidades de beneficiamento; • Averiguar a disponibilidade de mão de obra local e sua qualificação; • Definir eixos de desenvolvimento com potencial no território, bem como, oportunidades por atividades que possibilitem a expansão ou abertura de novos negócios. Cabe ressaltar, que as sugestões apontadas nesse estudo, requerem, anteriormente a decisão de investir, um aprofundamento da investigação para determinação da viabilidade econômico financeira. 2 NOTAS METODOLÓGICAS O estudo foi realizado através do levantamento de dados primários e secundários. Os dados secundários são oriundos da sistematização de informações disponibilizadas por fontes fidedignas e de acesso público junto a órgãos especializados, como IBGE, o próprio SEBRAE/SC e diversas fontes oficiais. Já os dados primários foram obtidos por “pesquisa de caráter qualitativo”, realizada por levantamento amostral, sendo a coleta executada através de entrevistas pessoais em profundidade e gravadas. A amostra foi integrada por representantes de diferentes segmentos da população ou áreas de atuação no município, isto é, pelo poder público municipal, por empresas privadas (indústria, comércio, serviços), por representantes do setor de agronegócios, por associações ou entidades organizadas, pela população local e por visitantes. 6 Por se tratar de uma pesquisa em profundidade, que visa reduzir a incerteza a respeito dos seus objetivos, foi de fundamental importância que os entrevistados selecionados se caracterizassem como essenciais para o esclarecimento do assunto. Por conta disto, para a realização deste estudo, adotou-se uma amostragem não probabilística e a seleção dos sujeitos levou em consideração os critérios de acessibilidade e intencionalidade (neste caso consideradas as lideranças dos segmentos supracitados). Além disso, a escolha dos mesmos utilizou o estudo dos dados secundários, que apontou quais os setores têm maior representatividade local, as sugestões dos colaboradores do SEBRAE/SC e a indicação de lideranças da cidade, totalizando assim, 35 (trinta e cinco) entrevistas. A coleta de dados ocorreu no período de 07 e 08 de fevereiro de 2014. 2.1 ANÁLISE DOS RESULTADOS Os percentuais referentes às respostas da pesquisa não podem ser inferidos para o município de Capinzal e não possuem embasamento estatístico. Trata-se de pesquisa qualitativa e as distribuições de frequência representam as respostas, apenas, dos entrevistados na pesquisa. Os dados oficiais do município, apresentados nos capítulos 3 e 4 deste documento estão baseados em fontes oficiais e referem-se a dados formais, de modo que empresas, empregos, atividades econômicas e outras informações de natureza informal não são contabilizadas. Os resultados da pesquisa estão dispostos em 7 (sete) capítulos, são eles: • • • • • • • Aspectos gerais do município; Mercado local; Carências e demandas; Forças e fraquezas; Eixos com potencial de desenvolvimento; Matriz de Oportunidades de Negócios por setor e atividade; Passo a passo para a abertura de um negócio. 7 ASPECTOS GERAIS DO MUNICÍPIO Este capítulo apresenta um panorama populacional, social e econômico do município, baseado em dados secundários extraídos de fontes de consulta pública. A íntegra de dados oficiais a respeito do município pode ser encontrada na publicação Santa Catarina em Números. 8 3.1 LOCALIZAÇÃO O município de Capinzal está localizado na Região Oeste do estado de Santa Catarina, distante 385 km da capital. Possui área territorial de 244 km2 e altitude de 480 m acima do nível do mar. Figura 1 – Localização do município, em 2013 Fonte: Mapa Interativo de Santa Catarina. CIASC, 2013 Figura 2 – Mapa do município, em 2013 Fonte: Dados cartográficos, Google, 2013. 9 ASPECTOS GERAIS 3 ASPECTOS GERAIS DO MUNICÍPIO 3.2 POPULAÇÃO Fundado em 17 de fevereiro de 1949, o município de Capinzal foi colonizado predominantemente pelos italianos. Segundo dados do Censo do IBGE, a população totalizou 20.769 habitantes no ano de 2010, correspondendo a 0,33% do total do estado. O crescimento populacional registrou taxa de 0,41% ao ano desde o último censo (ano 2000) e a densidade demográfica é de 85,2 habitantes/km2. Tabela 1 - População e taxa de crescimento, em Capinzal, no período de 1980 a 2010 Ano População 2010 2000 1991 1980 20.769 19.955 13.694 10.395 Taxa de crescimento anual* 0,41% Fonte: Santa Catarina em Números, SEBRAE - SC, 2013 *Taxa de Crescimento calculada entre os anos de 2000 e 2010 Densidade demográfica 85,2 89,0 68,0 41,6 Na distribuição populacional por gênero, segundo dados do IBGE extraídos do Censo Populacional 2010, os homens totalizam 49,27% e as mulheres somam 50,73%. A maioria da população é urbana, representando 85,5% do total do município. Tabela 2 - Participacão relativa da população residente por localização do domicílio e gênero, em Capinzal, no período 1980 a 2010 Ano 2010 2000 1991 1980 Gênero Homens Mulheres 10.233 10.536 10.020 9.935 6.758 6.936 5.193 5.202 Localidade Urbana Rural 17.754 3.015 15.460 4.495 9.358 4.336 4.757 5.638 Fonte: Santa Catarina em Números, SEBRAE - SC, 2013 10 3.3 DESENVOLVIMENTO HUMANO E SOCIAL O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), é uma medida resumida do progresso em longo prazo, em três dimensões básicas do desenvolvimento humano: renda, educação e saúde. O IDH Municipal de Capinzal (IDH-M), no ano de 2010, era de 0,752, posicionando o município na 95ª colocação em relação ao estado, valor 2,8% menor que o índice de Santa Catarina e 3,4% maior ao índice brasileiro no mesmo ano. Tabela 3 - Índice de Desenvolvimento Humano no período de 1970 a 2010 Ano Educação Longevidade Renda IDH Municipal IDH Estadual IDH Nacional 1970 1980 1991 2000 2010 Evolução 1970/2010 0,624 0,645 0,777 0,925 0,659 0,483 0,617 0,764 0,812 0,869 0,285 0,93 0,633 0,703 0,742 0,464 0,731 0,725 0,813 0,752 0,477 0,734 0,785 0,822 0,774 0,482 0,685 0,742 0,766 0,727 5,61% 79,92% 160,35% 62,07% 62,26% 50,83% Fonte: Santa Catarina em Números, SEBRAE - SC, 2013 Segundo o IPEA, o Índice de GINI é um instrumento para medir o grau de concentração de renda, apontando a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos. Numericamente, varia de zero a um, no qual o valor zero representa a situação de igualdade, ou seja, todos têm a mesma renda, restando o valor um no extremo oposto, ou seja, uma só pessoa detém toda a riqueza. O município de Capinzal registrou Gráfico 1 - Coeficiente de Gini coeficiente de Gini de 0,45 em 2010, indicando renda mais concentrada do que a do estado de Santa Catarina (Coeficiente de Ginide Santa Catarinaigual a 0,44), porém menos concentrada que a verificada em níveis nacionais (Coeficiente de Gini do Brasil é igual a 0,52). Fonte: Santa Catarina em Números, SEBRAE - SC, 2013 11 Segundo os dados do Censo 2010, o município de Capinzal possuía a incidência de 0,6% da população com renda familiar per capita de até R$ 70,00, 2,8% com renda familiar per capita de até 1/2 salário mínimo e 15,1% da população com renda familiar per capita de até 1/4 salário mínimo. Desta forma, em Capinzal, 18,5% das famílias possuem renda mensal de até ½ salário mínimo. A figura a seguir demonstra um panorama dos municípios catarinenses frente à incidência da extrema pobreza, ou seja, com renda familiar per capita de até R$ 70,00. Figura 3 - Mapa de extrema pobreza e desigualdade dos municípios catarinenses, em 2010 Fonte: Elaborado pelo SEBRAE com base nos dados do Censo Demográfico IBGE - 2010 12 3.4 ECONOMIA E MERCADO O PIB catarinense atingiu o montante de R$129,8 bilhões em 2009, assegurando ao Estado a manutenção da 8ª posição relativa no ranking nacional, de acordo com dados do IBGE e da Secretaria de Estado do Planejamento de Santa Catarina. No mesmo ano, Capinzal aparece na 36ª posição do ranking estadual, respondendo por 0,45% da composição do PIB catarinense. O município de Capinzal, em 2009, possuía um PIB per capita da ordem de R$ 30.481,30, colocando-o na 15ª posição do ranking estadual. No período de 2002 a 2009, o PIB per capita do município apresentou evolução de 65,07% contra 110,42% da média catarinense³ . Tabela 4 - Produto interno bruto de Capinzal e PIB per capita no período de 2002 a 2009 Período 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Evolução 2002/2009 PIB (em milhões de reais) de Capinzal 392,9 427,2 487,4 469,8 443,4 510,5 582,9 579,3 47,4% Posição Estadual 28ª 30ª 30ª 32ª 39ª 36ª 37ª 36ª Regrediu 8 posições PIB per capita (R$) Capinzal 18.465,21 19.512,61 21.060,60 20.963,22 19.126,46 27.653,02 30.684,00 30.481,30 65,1% Posição Estadual 9ª 12ª 15ª 17ª 23ª 13ª 16ª 15ª Regrediu 6 posições Fonte: Santa Catarina em Números, SEBRAE - SC, 2013 13 Com relação à renda média familiar, em 2010, as famílias do município registraram rendimento de R$ 2.367,3/mês, 1,4% abaixo do total das famílias catarinenses. Considerando a evolução dos últimos 10 anos, Capinzal melhorou 49 posições no ranking estadual. Tabela 5 - Rendimento Familiar Médio e posição do Município no Estado, em 2000 e 2010 Ano Capinzal (R$/mês) 2000 2010 770,2 2.367,30 Santa Catarina (R$/mês) 1.205,90 2.400,70 Posição do município no Estado 206ª 157ª Fonte: Instituto Brasielro de Geografia e Estatística (IBGE), 2010 O valor médio de salários praticados no município de Capinzal, em 2011, foi 22% menor que a média praticada em Santa Catarina e 31% menor que a média do Brasil para o mesmo ano. Tabela 6 - Salários Médios em Capinzal, Santa Catarina, no período de 2007 a 2011 Ano Capinzal (R$/mês) 2007 2008 2009 2010 2011 736,67 908,91 1.031,06 1.104,94 1.260,49 Santa Catarina (R$/mês) 1.149,24 1.253,73 1.344,33 1.485,66 1.620,42 Brasil (R$/mês) Fonte: MTE, Relação Anual de Informações Sociais, 2010 1.301,87 1.436,70 1.535,74 1.674,99 1.827,45 Em 2010, o consumo per capita anual de R$ 11.998,83 por habitante posicionou Capinzal 8,6% abaixo do consumo per capita do estado de Santa Catarina e 7,5% abaixo do desempenho de consumo per capita do Brasil. Além disso, enquanto o consumo per capita urbano do município em 2010 foi de R$ 13.214,16, o rural ficou 63% abaixo, registrando R$ 4.842,28. Gráfico 2 - Consumo per capita R$/ano por habitante em Capinzal, Santa Catarina e Brasil, em 2010 13.124,79 11.998,83 12.978,54 8.885,49 Capinzal Região Oeste Santa Catarina Brasil Fonte: Santa Catarina em Números, SEBRAE - SC, 2013 14 Avaliando o perfil dos domicílios no município sob o aspecto de rendimento financeiro, Capinzal possuía, em 2011, o maior número de domicílios urbanos com rendimentos na classe C1, contabilizando todas as residências, e o menor número na classe A1, conforme apresenta a tabela a seguir. Tabela 7 - Número de domicílios urbanos por classe economica em Capinzal e Santa Catarina, em 2010 Classes A1 A2 B1 B2 C1 C2 D E Valor de referência (R$) 14.250 7.557 3.944 2.256 1.318 861 549 329 Capinzal Santa Catarina 0,2% 2,6% 8,5% 25,2% 27,5% 21,4% 14,1% 0,6% 0,6% 4,0% 11,7% 24,3% 27,2% 19,1% 12,6% 0,6% Fonte: Resultados elaborados pelo SEBRAE/SC com base em dados do IPC-MAPS, 2011 15 MERCADO LOCAL Este capítulo apresenta um panorama do mercado local baseado em dados secundários a respeito das empresas, empregos e atividades econômicas desenvolvidas no município. Além disso, apresenta os pontos fortes da economia local e o humor do empresário baseado nos resultados apurados das entrevistas realizadas com o empresariado e lideranças locais. 16 MERCADO LOCAL 4 MERCADO LOCAL Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, no ano de 2011, Santa Catarina possuía um total de 403.949 empresas formalmente estabelecidas. Estas empresas, tomando como referência o mês de dezembro de 2011, foram responsáveis por 2.061.577 empregos com carteira assinada. Em Capinzal, existiam no mesmo ano 1.480 empresas formais, as quais geraram 8.941 postos de trabalho com carteira assinada. Considerando a evolução ao longo do período de 2008 a 2011, entretanto, a taxa absoluta de criação de empresas no município foi de 10,61% e a de empregos positiva em 1,05%. Gráfico 3 - Número e taxa de criação de empregos e empresas formais em Capinzal. Número Taxa acumulada de criação no período de 2008 a 2011 EMPRESAS Empresas Empresas 15,77% 1.319 1.349 1.338 1.453 1.439 1.480 10,61% 10,39% 4,37% 2006 2007 2008 2009 2010 2011 8.644 8.941 Capinzal Empregos 9.671 8.848 8.775 EMPREGOS 8.844 Região Oeste Santa Catarina Empregos 14,23% 15,98% Brasil 18,87% 1,05% 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Capinzal Região Oeste Santa Catarina Brasil Fonte: Santa Catarina em Números, SEBRAE - SC, 2013 17 No que se refere ao recorte setorial em 2011, o setor terciário (comércio) era o mais representativo em número de empresas, mas o setor secundário (indústria) gerou mais empregos. Gráfico 4 - Número de empresas e empregos formais de Capinzal, segundo o setor em 2011 Empresas Empregos 6.079 614 70 Primário 583 213 Secundário Terciário Comércio Terciário Serviços Primário 1.369 1.106 387 Secundário Terciário Comércio Terciário Serviços Fonte: Santa Catarina em Números, SEBRAE - SC, 2013 A tabela a seguir apresenta o número de empresas e empregos de Capinzal, organizadas segundo seções da CNAE e o seu respectivo porte, tomando por referência o ano de 2011. Tabela 8 - Número de empresas e empregos de Capinzal em 2011 Seção de Atividade Econômica segundo classificação CNAE - versão 2.0 Empresas Número Empregos Part.(%) Número Part.(%) Seção A Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura 70 4,73 387 4,33 Seção B Indústrias extrativas 2 0,14 11 0,12 Seção C Indústrias da transformação 147 9,93 5.890 65,88 Seção D Eletricidade e gás - - - - Seção E Água, esgoto, atividades de descontaminação de resíduos 2 0,14 33 0,37 Seção F Construção 62 4,19 145 1,62 Seção G Comércio; reparação de veículos automotores e bicicletas 614 41,49 1.106 12,37 Seção H Transporte, armazenagem e correio 118 7,97 112 1,25 Seção I Hospedagem e alimentação 80 5,41 182 2,04 Seção J Informação e comunicação 12 0,81 33 0,37 Seção K Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados 9 0,61 57 0,64 Seção L Atividades imobiliárias 7 0,47 10 0,11 Seção M Atividades profissionais, científicas e técnicas 41 2,77 80 0,89 Seção N Atividades administrativas e serviços complementares 53 3,58 299 3,34 Seção O Administração pública, defesa e seguridade social 9 0,61 318 3,56 Seção P Educação 13 0,88 52 0,58 Seção Q Saúde humana e serviços sociais 53 3,58 152 1,7 Seção R Artes, cultura, esporte e recreação 22 1,49 9 0,1 Seção S Outras atividades de serviços 166 11,22 65 0,73 Seção T Serviços domésticos - - - - Seção U Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais - - - - 1.480 100 8.941 100 Total Fonte: Santa Catarina em Números, SEBRAE - SC, 2013 18 4.1 PONTOS FORTES DA ECONOMIA LOCAL A economia do município de Capinzal é movida pela indústria, segundo opinião da grande maioria do empresariado e lideranças locais (94,5%), sendo que o agronegócio, que aparece em segundo lugar (92,5%), está diretamente ligado ao setor industrial da cidade. O setor de serviços aparece em terceiro lugar entre os entrevistados (5,5%). O comércio não tem qualquer expressão no cenário econômico local, sendo que não foi citado pelos respondentes. Tabela 9 - Setor da Economia Setor Agronegócio Indústria Comércio Serviços Frequência de menções 92,5% 94,5% 0,0% 5,5% Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado 4.1.1 O AGRONEGÓCIO Em Capinzal, o agronegócio está voltado intensamente ao setor industrial, uma vez que o município abriga uma grande indústria de alimentos, a BRF. Desta forma, grande parte da produção avícola e a suinocultura são negociadas com esta empresa: “E temos bastantes produtores integrados na Perdigão (BRF), que tem criação de suínos e aves e essa parte realmente da economia é bem forte aqui na região.” “Este setor principalmente o de frango, até porque nós temos aqui a BRF.” “(...) hoje é claro que é a agroindústria, hoje pela existência no município de uma grande empresa, é ramo forte”. A economia do município está basicamente ligada à agroindústria, o que movimenta a região. Abaixo segue a tabela com os dados referentes às atividades do setor de agronegócio no município de Capinzal. Tabela 10 – Atividades dentro do setor agronegócio Setor Agronegócio Frequência de Atividades menções Avicultura Suinocultura 92,5% Pecuária Madeira Frequência de menções 86,4% 53,8% 17,8% 10,7% Fonte: Pesquia Foco Opinião e Mercado 19 4.1.2 A INDÚSTRIA A indústria é a mola propulsora do desenvolvimento econômico do município de Capinzal. O que move a economia da cidade são o processamento e a produção de alimentos derivados da avicultura. Com uma empresa de grande porte no setor alimentício, a economia do município gira, principalmente, em torno da agroindústria: “... principalmente junto com a parte da Perdigão aí que seria então a integração né. Integração de suínos, integração de aves (...)” Juntamente com a indústria baseada no agronegócio, aparece o setor de metal mecânica, citado por 27,5% dos entrevistados, destacando-se empresas exportadoras de equipamentos para tratamento de efluentes industriais e sanitários e para tratamento de água. “(...) a Metal mecânica que é bem forte”. “Então os setores mais fortes no caso são o agronegócio e a indústria Metal Mecânica.” Capinzal. Abaixo segue a tabela com as atividades dentro do setor industrial no município de Setor Frequência de menções Indústria 94,5% Tabela 11 – Atividades dentro setor indústria Atividades Beneficiamento de produtos derivados da avicultura Beneficiamento de produtos derivados da suinocultura Indústria metal mecânica Laticínios Frequência de menções 82,3% 41,2% 27,5% 11,7% Beneficiamento e processamento de grãos 8,5% Ovos 5,8% Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado 4.1.3 O COMÉRCIO O setor de comércio não apresenta expressão na visão dos entrevistados. Porém, assim como a cidade em si, entende-se que o comércio local também vem se desenvolvendo, contudo é uma questão de tempo, pois o segmento ainda precisa se estruturar. 20 Tabela 12 – Atividades dentro do setor comércio Frequência de Atividades menções Setor Comércio 0,0% Frequência de menções 0,0% Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado 4.1.4 OS SERVIÇOS O setor de serviços apresenta pouca expressão na visão dos entrevistados, lembrado por apenas 5,5% dos respondentes. Destaque apenas para a construção civil, única atividade citada. Há algumas necessidades que são latentes em Capinzal, as quais serão apresentadas no decorrer da análise: “... construção civil é um ponto forte também, nossa cidade cresce verticalmente, toda hora, todo momento se vê inicio de edifícios novos (...)” “E também um setor que está crescendo bastante, hoje, na nossa cidade, aqui, é o setor imobiliário. Hoje é um setor que cresce, a construção está crescendo, o setor civil, né, de construtora, todas as construtoras estão construindo.” Tabela 13 - Atividades dentro do setor Serviço Setor Serviços Frequência Atividades de menções 5,5% Construção civil Frequência de menções 5,5% Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado Em síntese, o setor mais apontado pelo empresariado e lideranças locais foi o da agroindústria, com destaque para a industrialização de alimentos de origem animal, em especial aves e suínos. Esta seria a atividade propulsora da economia no município, na visão dos respondentes. Dentro do mesmo setor, ainda em destaque, aparece a indústria metal mecânica. 21 4.2 O HUMOR DO EMPRESÁRIO O empresariado do município de Capinzal mostra-se otimista em relação à situação atual de desenvolvimento do município. Para 75% dos respondentes o município encontra-se em crescimento. Já para 25% dos entrevistados, o município encontra-se em estagnação, conforme se verifica na tabela abaixo: Tabela 14 – Situação atual do município de Capinzal Opção O município está em crescimento O município está estagnado O município está em declínio Frequência de menções 75,0% 25,0% 0,0% Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado Como se pode identificar nos dados da tabela acima, nenhum entrevistado considera que o município de Capinzal está em declínio. 4.2.1 A VISÃO PESSIMISTA Para os 25% que consideram o município de Capinzal em estado de estagnação, o posicionamento negativo se refere à falta de crescimento sentida nos últimos anos refletindo em uma estagnação na indústria (55,6%), que é a base da economia local. “Então há uns anos atrás houve essa progressiva no desenvolvimento como um todo, tanto no seguimento industrial, prestação de serviço, comercio. E depois estabilizou né, que hoje praticamente nosso município aqui está ligado diretamente ao movimento econômico da Perdigão. Então essa é uma dificuldade que estamos enfrentando hoje, devido a falta de novas indústrias.” Boa parte dos entrevistados (22,2%) que acreditam que a cidade está economicamente estagnada, conclui que este período é próprio de uma crise econômica mundial e também do período econômico em que o país está vivendo. “Em virtude da própria crise mundial, e que repercute também em nível de Brasil e também localmente, eu vejo que estagnou um pouco, estagnou.” O ciclo de estagnação também é percebido com a falta de investimentos e de liderança política (11,1%) e com a necessidade de mais pessoas trabalharem e gerarem renda, pois na cidade existem postos de empregos vagos (11,1%). “Acho que falta investimento, falta liderança.” declínio. Vale ressaltar aqui que nenhum entrevistado considera a economia de Capinzal em 22 4.2.2 A VISÃO OTIMISTA Em relação aos 75% que consideram o município em crescimento, a argumentação positiva gira em torno da indústria como atividade de maior crescimento. Na opinião dos entrevistados, o crescimento é ocasionado pelo próprio impulso nas atividades industriais (45,8%). Como base econômica da cidade, um crescimento neste setor gera um crescimento no município: ”O município ele é uma cidade pequena, mais ela vive um bom momento. Que como tem emprego só não trabalha quem não quer, tem a Perdigão que o empregador maior, e também tem a metal mecânica, duas empresas boas.” “Nós temos aí um forte crescimento da indústria, no caso a agroindústria e também destacamos além da indústria a metal mecânica que é um propulsor do nosso município.” Outro ponto bastante citado foi a expansão da própria cidade (37,5%) com o aumento no número de estabelecimentos comerciais e um incremento na área da construção civil. A cidade está visivelmente crescendo. “(...) outro que a gente vê por aí, também que a cidade está em crescimento é no setor habitacional, tem bastante construções sendo feitas aí, prédios e está em franca expansão o setor habitacional.” “Assim, aqui mais que a gente percebe que lá para os bairros estão crescendo, estão sendo mais prédios, mais casas, loteamentos, né, mas bem assim... Dá para perceber bem.” “Capinzal está crescendo na indústria, no comércio, em diversos setores.” Ainda, citado por 4,2% dos pesquisados, a boa administração municipal é responsável pelo nível de crescimento na cidade e o efeito do bom momento econômico em que se encontra o país também foi lembrado por 4,2% dos respondentes, diferentemente da visão de estagnação que cita um mau momento econômico. “O momento se encontra muito bom, nesse sentido há expansão no município.” “Então a prefeitura tem ajudado nesse ponto aí, com estrutura, luz, estradas essas coisas tem ajudado bem.” Desta forma, o empresariado capinzalense é otimista em termos de crescimento e desenvolvimento do município, tanto no setor industrial e de negócios, como na própria expansão da cidade como um todo, crescimento este que é bem visível. 23 CARÊNCIAS E DEMANDAS Este capítulo apresenta o retrato das principais carências do município, relacionadas a demandas não atendidas nos diferentes setores da economia. 24 Em relação às carências e demandas nos setores, ou seja, deficiências identificadas no município de Capinzal, 82,8% dos pesquisados afirmaram que estas existem no setor dos serviços, 68,6% no comércio, 57,1% na indústria e 54,2% no setor de agronegócios. Tabela 15 – Carências e Demandas Setor Indústria Comércio Serviços Agronegócio Frequência de carências apontadas 57,1% 68,6% 82,8% 54,2% Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado Para os entrevistados, a falta de mão-de-obra é uma carência apresentada em todos os setores analisados como também a falta de qualificação profissional dos trabalhadores. A falta de mão de obra capacitada atinge também a construção civil em Capinzal, setor em franca expansão e que precisa de profissionais para suprir a demanda crescente. Todos os setores da economia sofrem com esse déficit de qualificação, ocasionado também pela carência de oportunidades de cursos e aperfeiçoamento profissional dentro município. No comércio falta diversificação, muitos habitantes da cidade deixam de consumir dentro do próprio município para procurar opções nas cidades vizinhas, como, por exemplo, Joaçaba. Falta inovação no setor e também há problemas de inadimplência. Por fim, outro ponto relevante levantado pelos entrevistados é a falta de entretenimento no município, bem como a falta de médicos das mais diversas especialidades. 5.1 CARÊNCIAS NA INDÚSTRIA A indústria capinzalense sofre com a intensa falta de mão-de-obra qualificada no município (55%). Muitos trabalhadores vêm de cidades próximas para suprir a necessidade local. Mesmo tendo esta dificuldade em se contratar pessoal qualificado, os respondentes apontam a necessidade de que se instalem mais indústrias na cidade, mesmo que sejam de pequeno porte (50%). E esta linha de raciocínio vem da tentativa de diversificar os produtos beneficiados no município, como por exemplo, o beneficiamento do leite ou o aproveitamento dos grãos que a cidade produz. “mão de obra aqui é complicadíssima.” “Eu acredito que quando fala em mão de obra, o negócio começa a complicar.” 25 CARÊNCIAS E DEMANDAS 5 CARÊNCIAS E DEMANDAS “Eu acredito que com a agregação de valores no ramo da agricultura para que a gente possa embalar, produzir, vender, que seria importante criar pequenas indústrias para agregação de valores acho que é uma tendência forte, porque o produtor produz, venda, revenda enfim não embala, não produz porque não agrega o valor, então vejo que é uma necessidade nossa de fazer pequenas indústrias, na cidade também no campo para poder embalar enfim são pequenas indústrias”. Muitos acreditam que as condições das estradas e do acesso à cidade (45%) são um empecilho para a chegada de novas empresas. A construção do contorno viário do município é de fundamental importância para o escoamento da produção. “o chão aqui é complicado, bastante quebrado, como eu falei tem gente que quer ir para a região Oeste aqui a saída é bem ridícula, temos uma ponte apenas, para ir para o litoral temos aqui um asfalto um pouquinho melhor, um caminho novo que foi feito, mas aí chega em Campos Novos o asfalto é de péssima qualidade, uma região muito ruim, deficiente.” “O progresso de Capinzal está sendo prejudicado por falta de ter essa segunda ponte e o contorno viário.” “Nós temos um pedido muito grande, em Capinzal, do Contorno Viário de Capinzal.” Da mesma forma que o acesso à cidade é condição básica para novos investimentos industriais no município, alguns argumentam a necessidade de maior incentivo para alavancar o empreendedorismo (25%) e uma indústria que possa absorver a mão de obra feminina no município (5%). “Nós temos que incentivar o empreendedorismo.” “Precisa de empreendedorismo, gente que se disponha a fazer isso né, captar recursos e vencer.” “Temos bastante população feminina aqui no Município de Capinzal, e é um trabalho que aonde a mão de obra feminina poderia ir muito bem.” Abaixo segue a tabela que identifica os pontos fracos citados no setor industrial do município de Capinzal. 26 Tabela 16 – Pontos fracos no setor da indústria Setor Indústria Frequência de menções 57,1% Pontos fracos Falta mão-de-obra qualificada Faltam mais indústrias Falta infraestrutura para receber mais indústrias Falta incentivo ao empreendedorismo Falta indústria para empregar mão-de-obra feminina (indústria leve) Frequência de menções 55,0% 50,0% 45,0% 25,0% 5,0% Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado 5.2 CARÊNCIAS NO COMÉRCIO O setor do comércio também apresenta carências, para 68,6% dos entrevistados. Estes afirmam que o comércio em Capinzal está em crescimento, mas que é pouco diversificado. Novamente, o item mais apontado como queixa é a dificuldade em encontrar mão de obra qualificada na cidade (66,6%), o que é recorrente em todos os setores analisados no município. Em seguida, a pouca diversificação (29,1%), o que faz com que muitos moradores optem por usar o comércio de cidades próximas, como Joaçaba, por exemplo. É preciso criar uma política de fomento para o consumo interno, evitando o movimento migratório da população para efetuar suas compras em municípios vizinhos. “(...) nosso comércio está um pouco estagnado, mas ele pode crescer desde que a gente seja criativo e faça inovações.” “Muitas coisas a gente pega de Joaçaba.” “(...) posso falar que eu vou às vezes para Joaçaba comprar as coisas, porque aqui...” Uma parcela dos entrevistados (8,3%) afirma que o comércio é estruturado apenas na região central da cidade e que existe possibilidade de crescimento na chamada cidade alta. Ainda, apontam que falta um centro comercial ou um pequeno shopping, que reúna lojas em um único local e com horário de atendimento diferenciado. “Setor do comércio, eu acho, em minha opinião, que talvez tivesse que ter talvez um shopping, um mini shopping. Alguma coisa mais centralizada. Subir mais o comércio para a cidade alta, porque está aqui na cidade baixa, como a gente chama aqui, o comércio está todo centrado aqui o que falta, o município está crescendo, falta este tipo de comércio, tanto banco, lojas, falta tudo ir para cima da cidade agora.” Agora tratando mais especificamente das carências comerciais da cidade em termos de negócios propriamente ditos, alguns merecem destaque, tais como: faltam opções de lazer e entretenimento (8,3%). 27 “Tem esta demanda de entretenimento. Você não tem um cinema, você não tem teatro, você não tem absolutamente nada, hoje não tem muita coisa a não ser bailes de coisas, então assim é uma área que daria para desenvolver.” A tabela a seguir apresenta as principais demandas do setor, de acordo com a frequência em que foram citadas pelos consultados. Tabela 17 – Pontos fracos no setor do comércio Setor Comércio Frequencia Frequencia Pontos fracos de menções de menções Falta qualificação/profissionalização do atendimento 66,6% Falta diversificação no comércio local 29,1% Falta expandir o comércio para a região alta da cidade – 8,3% comércio concentrado na região central apenas 68,6% Faltam de opções de entretenimento e lazer 8,3% Inadimplência 4,2% Falta um centro comercial ou mini shopping 4,2% Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado 5.3 CARÊNCIAS NOS SERVIÇOS O setor de serviços é o mais carente em Vargem Bonita, apresentando 96,8% das respostas dos entrevistados. A infraestrutura básica municipal é bastante deficitária. A principal reivindicação dos munícipes é a ausência de serviços públicos básicos, tais como saúde - faltam médicos (16,1%), agência bancária – Banco do Brasil (9,7%) e rodoviária municipal (6,5%). Para agravar ainda mais a situação, falta união entre prefeitura municipal e os demais órgãos do poder executivo por conta de rixas políticas, impactando negativamente no desenvolvimento municipal (3,2%) “Hoje para a nossa empresa, por exemplo, uma falta que a gente tem, toda parte de médico, exames, a gente tem que buscar em Joaçaba por que não temos.” Com o forte crescimento da cidade e o aumento das atividades de construção civil, a falta de serviços essenciais como pedreiros, encanadores e eletricistas é bastante visível (27,6%). Assim como assistência técnica e manutenção em geral (17,2%). Estão faltando, além do pessoal da construção civil, suporte técnico, serviços de mecânica e peças de maquinário. E especialistas em geral como contadores, arquitetos, tecnólogos da informação, dentista, veterinário, agrônomo (13,8%). “Pedreiro como aqui está em uma questão de crescimento sempre está em falta. Pedreiro, eletricista, encanadores sempre está em falta. Se precisa não tem.” “Na verdade o faz tudo é importante, quando a gente precisa de alguém para fazer qualquer tipo de manutenção simplesmente não tem. Às vezes a gente tem que trazer de fora né, ou para qualquer serviço né colocar um forro uma chave, trocar qualquer coisinha assim não tem, falta.” 28 Percebe-se que o município é precário nas áreas de lazer e entretenimento para a população bem como para o turista ou visitante que chega à cidade. Foi levantada a ausência de áreas de lazer, bem como a necessidade de restaurantes, lanchonetes e choperias (27,6%) o que reflete numa dificuldade em desenvolver o turismo na região (6,9%). “falando no âmbito geral também eu acho que falta aqui bastante a opção de lazer também para as pessoas.” “Não tem nada assim, voltado muito ao lazer.” “O pessoal que vem à cidade sente muita deficiência de local para almoçar, jantar e tem um problema muito sério em Capinzal (...) falta a questão de horários, atendimento final de semana, atendimento. Acho que tinha que ser sete dias da semana.” Por fim, os serviços de telecomunicações foram apontados como bastante deficitários. Internet e telefonia foram as queixas de 24,1 % dos entrevistados. Serviços estes apontados como precários e que são uma necessidade latente nos dias de hoje. “O interior aqui a gente é carente, aqui não tem sinal de celular e nem para internet.” A tabela a seguir apresenta as principais demandas do setor, de acordo com a frequência em que foram citadas pelos consultados. Tabela 18 – Pontos fracos no setor dos serviços Setor Serviços Frequencia de Frequencia de Pontos fracos menções menções Saúde precária (faltam médicos) 44,8% Falta mão-de-obra para construção civil (pedreiro, 27,6% eletricista e encanador) Faltam opções de lazer e entretenimento (áreas de 27,6% lazer, lanchonetes, choperias, por exemplo) Serviços de internet e telefonia móvel precários 24,1% 82,8% Necessidade de qualificação profissional e capacitação 20,7% Falta assistência técnica e de manutenção em geral Faltam especialistas em geral (contadores, arquitetos, dentistas, veterinários, agrônomos) Falta desenvolver o turismo local Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado 17,2% 13,8% 6,9% 5.4 CARÊNCIAS NO AGRONEGÓCIO A principal carência citada no setor do agronegócio está ligada a falta de mão de obra para a produção rural e ainda a falta de qualificação da mão de obra existente (48,4%). Existe a dificuldade em manter os jovens especializados trabalhando nas propriedades no município. Faltam cursos profissionalizantes para o pequeno produtor rural (15,8%). 29 “porque os filhos dos agricultores estão indo para a cidade, nossa meta é que eles se especializam nas próprias propriedades.” Outra demanda importante é vista no acesso precário e condições ruins nas estradas (42,1%) o que dificulta grandemente o escoamento da produção, assim como é um ponto negativo para novas empresas se instalarem no município. Apontaram a utilização de ferrovias (10,5%) como um canal logístico ideal, caso fosse viável. “É, ficamos sem a ferrovia, ficamos sem a rodovia.” “Então, você vê, hoje, se nós tivéssemos essa... essa linha de trem funcionando aqui na nossa região...” “nossa ferroviária hoje teria uma grande importância na nossa região.” “Olha eu acho que uma ferrovia ajudaria muito.” Quanto à produção em si, relatam a falta de beneficiamento e industrialização da produção (26,3%) e a necessidade de incentivo, financiamento e oportunidades para o pequeno produtor rural (21,0%). Estes dois pontos podem ou não ser relacionados, como por exemplo, incentivar pequenos produtores para que se unam em cooperativa ou para estruturar uma pequena indústria ou se integrar a uma já existente (15,8%). “E acho que seria uma oportunidade de negocio de agregar valor ao produto, ao grão produzido aqui.” “a abertura de oportunidades de negócios, que está faltando é somente isso.” “Eu vejo um pouco mais de associativismo, embora aqui já tenha uma cooperativa (...) Há uma resistência, há um individualismo muito grande, se nós continuarmos com esse individualismo, desde montar uma pequena empresa, você não pode montar uma propriedade isolada, você tem que montar uma comunidade, onde vários agricultores possam fazer parte, individualmente é difícil.” Por fim, faltam locais para armazenagem e estocagem (5,2%), bem como câmaras frias (5,2%), abatedouro (5,2%), suporte técnico (5,2%) e ainda, a falta de tecnologia básica na área rural como telefonia e internet (5,2%). 30 A tabela a seguir retrata as principais demandas do agronegócio apontadas pelos consultados. Tabela 19 – Pontos fracos no setor do agronegócio Setor Frequencia de menções Pontos fracos Falta mão de obra (quantidade e qualificada) Condição ruim das estradas dificulta o escoamento da produção Falta beneficiamento e industrialização da produção Falta incentivo, financiamento e oportunidades para o pequeno produtor Falta curso de qualificação e cursos profissionalizantes para pequeno produtor rural Agronegócio 54,2% Falta integração dos produtores rurais com a indústria Faltam ferrovias para escoar a produção Faltam locais para armazenamento da produção do agronegócio Falta suporte técnico para o produtor Falta produção de grãos para abastecer a indústria local (ração) Falta um abatedouro Falta tecnologia básica para o interior (telefonia, internet) Frequencia de menções 48,4% 42,1% 26,3% 21,0% 15,8% 15,8% 10,5% 10,5% 5,2% 5,2% 5,2% 5,2% Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado 5.5 IMPEDIMENTOS AO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS NEGÓCIOS Considerando os fatores: recursos financeiros, investimentos do poder público, mãode-obra, matéria-prima e logística, solicitou-se ao entrevistado que medisse o quanto o fator é um empecilho, atribuindo uma nota que variava de 0 (nenhum empecilho) a 10 (total empecilho). Tabela 20 – Impedimentos ao desenvolvimento de novos negócios Fator Mão-de-obra Investimentos do poder público Recursos financeiros Logística e escoamento Matéria-prima Média de impedimento 8,2 4,4 5,5 5,7 1,7 Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado 31 A mão-de-obra é apresentada como o fator de maior impedimento por parte dos entrevistados para o desenvolvimento municipal. A mão de obra qualificada é um grande problema em Capinzal. Não há profissionais na cidade. Falta mão de obra qualificada para indústrias (para as existentes e para as que pretendem se instalar), para o comércio (atendimento em geral) e para os serviços (principalmente a especializada – pedreiro, eletricista, encanador) e até mesmo para o agronegócio – mão de obra não qualificada em geral. “a gente vê muita gente de fora trabalhar aqui. Então é sinal que aqui não tem mão de obra qualificada.” A logística e escoamento da produção, seja ela na indústria ou no agronegócio, são também entendidos como fatores de impasse para o desenvolvimento de Capinzal. Há dificuldades logísticas para venda dos produtos oriundos do agronegócio, principalmente para o transporte do interior para os grandes centros e distribuição, por conta das estradas da região que são precárias, esburacadas e sem manutenção periódica. Ressaltam que a localização geográfica no município é boa, contudo as estradas que ligam as localidades do interior ao centro precisam de manutenção constante. Uma reivindicação dos empresários é a reformulação do contorno viário da cidade, visto que o fluxo é intenso e constante na região. Outra reivindicação se dá na parte ferroviária. A utilização da ferrovia seria um passo e tanto para o desenvolvimento do município e regiões próximas, visto que a ferrovia existe, só não é utilizada há anos. “por isso que nós estamos nos juntando com o Governo Federal para um contorno viário, porque nós temos só uma ponte e a escoação de toda a produção passa por aí pelo centro o qual está complicado, então a luta nossa para que haja realmente essa saída por debaixo da ponte, o contorno rodoviário.” “Nós aqui se tivéssemos uma rede ferroviária federal em pleno funcionamento (...) Hoje todo recurso que tem uma estrada ferroviária federal ao lado do rio parado, uma ferrovia parada.” O impedimento no que diz respeito aos recursos financeiros também é tido como empecilho para o desenvolvimento local na visão dos respondentes. Faltam recursos para investimentos em novos negócios. A cultura da população ainda é bastante conservadora. Falta união da população, coragem, em prol do crescimento e do desenvolvimento municipal. Já no que tange ao agronegócio, investimentos em mecanização da produção e modernização dos métodos utilizados pelos pequenos produtores rurais também é uma necessidade apontada pelos respondentes. “Tem dinheiro, por exemplo, ali nos bancos, mas são poucas pessoas que pegam, linhas de crédito são direcionadas para poucas pessoas.” 32 A falta de investimento/incentivo do poder público é um pouco menos sentida em Capinzal. Mas o que se destaca na opinião dos empresários é que a proximidade entre o poder público e a iniciativa privada é uma medida que se faz necessária. A falta de uma parceria públicoprivada para o desenvolvimento de novos negócios e apoio aos pequenos produtores rurais reflete diretamente nos resultados econômicos do município. Em Capinzal não é diferente, pois a infraestrutura do município é um pouco deficitária. Falta instalação de agroindústrias, aproveitando os produtos provenientes do agronegócio. Essa situação repercute nos investimentos e nos níveis de atração/interesse dos empresários em implantar novos negócios para a municipalidade, pois a falta de fomento e divulgação dos atrativos municipais é latente. “Então isso aí é a minha visão, eu vejo que está faltando o Poder Público administrar bem os recursos e fazer com que a cidade cresça.” Há também outro fator que impede o desenvolvimento do município de Capinzal que merece destaque, a questão da comunicação. Hoje estar conectado com o mundo é uma necessidade primordial. Os respondentes pontuam que os serviços de internet e telefonia móvel são precários, o que se torna um entrave ao desenvolvimento da municipalidade. “Às vezes um difícil acesso a questão da internet também hoje é complicada a telefonia, apesar de que existe um investimento na telefonia rural, mas ainda é uma demanda, a demanda é alta, mas a oferta ainda é deficiente, para essa área, o que prejudica ás vezes, aquele sistema familiar.” Por fim, no que diz respeito à matéria-prima há poucas ressalvas a serem feitas. Pontuam que a matéria-prima existe e em abundância. Contudo, é necessário que seja beneficiada internamente e não transportada para as cidades vizinhas na forma bruta, como acontece constantemente. Agregar valor à matéria-prima é fundamental para que o município possa incrementar suas divisas. Ressaltam apenas que há preocupação quanto a certas matérias-primas para tipos específicos de indústrias, tendo a necessidade de buscar fora, em outros municípios. 33 Forças e Fraquezas Este capítulo traz um diagnóstico das forças e fraquezas identificadas no município a partir da opinião dos entrevistados na pesquisa. 34 Para agrupar e ilustrar o diagnóstico do município de Capinzal a fim de levantar oportunidades de negócios na região, foi elaborada a síntese das forças e fraquezas do município a partir da percepção dos atores entrevistados. Tabela 21 – Síntese de forças do município Forças Indústria de alimentos (BRF); Indústrias do setor de metal mecânica; Avicultura; Pecuária do leite; Suinocultura; Cultivo da soja; Muitos postos de trabalho existentes; Construção civil em pleno crescimento; Comércio em desenvolvimento; Boas padarias e confeitarias; Condomínio empresarial em andamento; Comércio de eletrodomésticos e móveis bem estruturados; Possibilidade de expansão do comércio para a parte alta da cidade; Boa administração municipal; Existência de algumas cooperativas; Fraquezas Falta qualificação da mão-de-obra e falta de mão de obra em geral; Dificuldades logísticas atrapalham o escoamento da produção - Condição ruim das estradas dificulta o escoamento da produção; Cultura da população é conservadora / falta Falta fomento para divulgação dos atrativos municipais; Faltam investimentos para mecanização do agronegócio (modernização dos pequenos produtores rurais); Serviços de comunicação (telefonia móvel e internet) precários; Falta indústria para empregar mão-de-obra feminina (indústria leve); Comércio fraco e pouco expressivo / falta diversificação/ problemas com inadimplência; Faltam restaurantes, lanchonetes e pizzarias que funcionem no período noturno; Falta loja de peças e maquinários; Saúde precária (faltam médicos); Falta assistência técnica para maquinários da indústria e agronegócio; Faltam opções de lazer e entretenimento – áreas de lazer; Falta tecnologia para mecanização da produção (máquinas); Faltam mais cooperativas para organização dos pequenos produtores rurais; Falta curso de qualificação para pequeno produtor rural; Faltam câmaras frias para armazenamento da produção do agronegócio; Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado 35 FORÇAS E FRAQUEZAS 6 FORÇAS E FRAQUEZAS EIXOS COM POTENCIAL DE DESENVOLVIMENTO Este capítulo traz os principais eixos de desenvolvimento para novos negócios no município. Nele os empresários e lideranças discorreram sobre a vocação do município e os setores mais promissores para a economia da cidade. 36 A fim de verificar os ramos mais promissores da região de Capinzal, foi questionado aos pesquisados qual seria a vocação do município. Além disso, os entrevistados expuseram o potencial de cada um dos setores pesquisados (indústria, comércio, serviços e agronegócio) em que se encontram estas potencialidades, bem como oportunidades imediatas de negócios. 7.1 A VOCAÇÃO DO MUNICÍPIO Segundo os entrevistados, a vocação do município de Capinzal é a indústria, principalmente a voltada para o agronegócio (94,2%) e a metal mecânica (91,4%). Estes setores já apresentam um crescimento no município e, segundo os entrevistados, buscando parcerias com o setor público, tendem a expandir ainda mais. “Eu acho que a agricultura ainda é o nosso forte, e agora ainda a gente vê despertar a metal mecânica, da indústria, entra a agroindústria.” “Além da agroindústria, a metal mecânica acredito que está em expansão, daqui a pouco se a gente buscar parceria com o governo do estado, inovação, tecnologia também, pode ser um fomentador de negócios, e também nós estamos vendo aí que agora com a implantação de uma área industrial, passamos aí, implantando uma área industrial, trazendo novos negócios para a região.” Em um segundo momento (48,7%) aparece um potencial para a agropecuária seguida da indústria leiteira (34,2%) que ainda está em desenvolvimento, mas que pode ser mais uma atividade em potencial para a economia do município. Por último, o setor madeireiro (8,5%) com destaque para a indústria de papel. “Mais produção leiteira aqui nossa bacia leiteira é muito forte tanto em outros municípios ou em Capinzal, e que aqui existem pequenos laticínios. Mais a maior parte da produção vai para outros municípios como (***) Rio Grande do Sul, Paraná a própria BRF compra muito produto aqui, isso sai do município né. Quem sabe daqui a pouco viabilizar uma unidade dessas empresas aqui no município de Ouro, Capinzal e região em fim. “ “E esse setor também de transformação aí de reflorestamento né, que também produz aí (...) que talvez fosse outro filão que existiria em vez de estar vendendo pasta, transformar isso aí em papel, papelão e coisa.” 37 POTENCIAL DE DESENVOLVIMENTO 7 EIXOS COM POTENCIAL DE DESENVOLVIMENTO Abaixo segue a tabela com a frequência de menções a respeito da vocação do município de Capinzal. Tabela 22 - Vocação do município Vocação citada Indústria/agroindústria Indústria metal mecânica Agropecuária Indústria leiteira Setor madeireiro – indústria de papel Frequencia de menções 94,2% 91,4% 48,7% 34,2% 8,5% Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado 38 7.2 EIXOS DE DESENVOLVIMENTO NOS SETORES Com relação às potencialidades por setor do município de Capinzal, a grande maioria dos pesquisados afirmou que todos os setores – indústria, comércio, serviços e agronegócio – possuem potencial de crescimento. Tabela 23 - Eixos de desenvolvimento nos setores Indústria Potencial de desenvolvimento 94,2% Beneficiamento da soja (óleo), milho (ração), leite, madeira (móveis), carnes (suínos, aves e bovinos), frutas (sucos, maçã, pêssego), conservas, couro (curtume), grãos em geral, doces; “leve” – mulheres; metalúrgica; indústria de papel/papelão. Comércio Potencial de desenvolvimento 64,3% Peças automotivas; venda de maquinários; confecções, bares/restaurantes; farmácia; material de construção. Serviços Agronegócio Potencial de desenvolvimento 35,1% Potencial de desenvolvimento 68,6% Turismo; construção civil; cursos de qualificação da mão-de-obra; serviços de internet móvel; eletricista; serviços veterinários, agrônomos; lazer/entretenimento; serviços de saúde (médico, clínica); setor imobiliário; pedreiro; carpinteiro; encanador. Cultivo da soja, milho; bovinocultura do leite, corte; suinocultura; avicultura; instalação de câmaras frias para armazenamento da produção; abatedouro. Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado 39 OPORTUNIDADE DE NEGÓCIOS POR SETOR DE ATIVIDADES Este capítulo apresenta as oportunidades de negócio identificadas em cada setor de atividade. Cabe ressaltar que as sugestões aqui apresentadas são oriundas da pesquisa realizadas com lideranças do município e não representam viabilidade ou sucesso do negócio. 40 A partir do Diagnóstico de Forças e Fraquezas e da percepção colhida nas entrevistas realizadas com atores do município de Capinzal, pode-se levantar algumas oportunidades de negócios para o município. Tabela 24 - Oportunidades de negócio por setor de atividade - indústria Indústria Indústria do leite Indústria da madeira Indústria da pecuária Outras indústrias da agricultura Outras indústrias de transformação Beneficiamento do leite. Beneficiamento da madeira Fábrica de móveis Fábrica de Papel Beneficiamento de suínos Beneficiamento de aves Fábrica de couros Beneficiamento de peixes Beneficiamento do milho Fábrica de conservas Beneficiamento de frutas Fábrica de doces Indústrias "leves" para mulheres Metalúrgica Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado 41 OPORTUNIDADES 8 OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS POR SETOR E ATIVIDADE Tabela 25 - Oportunidades de negócio por setor de atividade - serviço Serviços Ligados ao turismo Ligados à educação Ligados à saúde Ligados ao agronegócio Ligados à construção civil Outros serviços Turismo rural Bares, Choperias, Pizzarias Curso de capacitação para o pequeno agricultor Curso de qualificação profissional Consultório médico Consultório odontológico Profissionais da área da medicina Agrônomo Clinica veterinária Pedreiro Eletricista Caprinteiro Encanador Serviço de internet e telefonia móvel Lazer/entretenimento Setor imobiliário Serviços especializados (arquitetos/contadores) Chaveiro Suporte técnico para o agronegócio Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado 42 Tabela 26 - Oportunidades de negócio por setor de atividade - Agronegócio e Comércio Agronegócio Pecuária Agricultura Outras atividades Comércio Estrutura local do lojista Pecuária do leite Pecuária de corte Suínocultura Avicultura Abatedouro Cultivo de soja Cultivo de milho Plantio de produtos orgânicos Instalação de câmaras frias para armazenamento da produção Assistência técnica especializada Comércio de maquinários agrícolas Comércio na cidade alta Material de construção Centro comercial Fármacia Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado 43 PASSO A PASSO PARA ABERTURA DE UM NEGÓCIO Para tornar um negócio realidade, é preciso ter perfil empreendedor, conhecer a realidade do mercado e organizar um plano de negócios. Este capítulo apresenta dicas dos passos a serem realizados para maximizar a chance de sucesso no novo negócio. 44 Caro empreendedor, neste documento foram apresentadas ideias e oportunidades de negócios para o seu município! Desta forma, há algumas etapas que devem ser seguidas, a fim de descobrir uma boa ideia de negócio para o seu perfil, e também para ajudá-lo na estruturação inicial deste negócio2. 9.1ETAPA 1: IDENTIFICANDO UMA BOA IDEIA DE NEGÓCIO Nesta etapa, o objetivo é encontrar a ideia de negócio que mais combina com seu perfil empreendedor. Para isso é necessário selecionar 5 (cinco) das oportunidades de negócios apresentadas no capítulo 8 deste documento e escolher a melhor ideia conforme seu perfil. Figura 4 – Seleção de ideias de negócios Figura 4 – Seleção de ideias de negócios Das ideias apresentadas, escreva abaixo até 5 (cinco) ideias que você acredita estarem mais alinhadas ao seu perfil: IDEIA A IDEIA B IDEIA C IDEIA D IDEIA E Fonte: Negócio Certo SEBRAE/SC. Programa de autoatendimento. Manuais etapas 1, 2 e 3. Com as ideias selecionadas, é preciso avaliar o quanto elas tem relação com seu perfil como empresário. A figura 5 traz um conjunto de perguntas para avaliar cada ideia de acordo com seu perfil empreendedor. 2 Adaptado de Negócio Certo SEBRAE. Programa de Autoatendimento. Manuais etapas 1, 2 e 3. 45 PASSO A PASSO 9 PASSO A PASSO PARA ABERTURA DE UM NEGÓCIO Figura 5 – Relação entre o perfil pessoal e as ideias de negócio escolhidas Fonte: Negócio Certo SEBRAE/SC. Programa de autoatendimento. Manuais etapas 1, 2 e 3. 46 9.1.1 AVALIANDO OS RESULTADOS A partir da soma dos pontos apurados para cada ideia, observe o intervalo de pontuação em que cada uma se encaixa: • Somatório maior ou igual a 60 pontos: a ideia de negócio está de acordo com seu perfil. • Somatório entre 40 e 59 pontos: a ideia de negócio precisa ser melhorada. • Somatório abaixo de 40 pontos: a ideia não está de acordo com seu perfil pessoal. Caso duas ou mais ideias tenham a pontuação maior que 60 pontos, escolha aquela que achar mais interessante. Caso todas as ideias tenham menos de 40 pontos, inicie uma nova escolha ou reflita mais (pode ser que não seja o momento apropriado para abrir um negócio). 9.2 ETAPA 2: VERIFICANDO A VIABILIDADE DO NEGÓCIO Muitas pessoas começam seus empreendimentos a partir de um sonho, ser dono de seu próprio negócio. Recente pesquisa feita com empresários brasileiros, publicada pelo SEBRAE, indica que a área de conhecimento mais importante no primeiro ano de atividade de uma empresa é o planejamento. É exatamente por este motivo que o conteúdo desta etapa estará especialmente voltado para desenvolver um Plano de Negócio. O Plano de Negócio é um documento que reúne informações sobre características, condições e necessidades do futuro empreendimento, com o objetivo de analisar sua potencialidade e sua viabilidade, além de facilitar sua implantação. A seguir, estão apresentadas questões que compõem o Plano de Negócios e que são necessárias para uma análise completa de uma ideia de negócio. 9.2.1 COLETA DE DADOS Nesta fase, o objetivo é reunir o maior número de informações a respeito da empresa, do setor e do mercado. A figura 6 a seguir apresenta um conjunto de perguntas a serem respondidas para auxiliar nesta tarefa de coletar dados para o futuro negócio. 47 Figura 6 – Coleta de dados para elaboração de um plano de negócios Fonte: Negócio Certo SEBRAE/SC. Programa de autoatendimento. Manuais estapa 1, 2 e 3 48 9.2.2 ELABORAÇÃO DO PLANO DE NEGÓCIOS Com as respostas obtidas na coleta de dados, procede-se à elaboração do Plano de Negócio. Para tal, o SEBRAE/SC fornece um modelo em branco, disponível no endereço eletrônico www.sebrae.com.br/uf/santa-catarina/para-voce/plano-de-negocio. Após o preenchimento, você terá um resultado referente à viabilidade do seu negócio. 9.3 ETAPA 3: FORMALIZANDO O NEGÓCIO Decidida a ideia de negócio e avaliada sua viabilidade, parte-se para a formalização do negócio. A seguir está apresentado um roteiro básico para a legalização de uma empresa. Figura 7 – Passos para a legalização de um negócio Fonte: Negócio Certo SEBRAE/SC. Programa de autoatendimento. Manuais etapas 1, 2 e 3. 49 9.3.1 PASSO 1: ORIENTAÇÃO EMPRESARIAL Para receber orientação empresarial, o empreendedor pode procurar pelo SEBRAE/SC em qualquer de suas agências. Entre as informações prestadas estão os princípios básicos para abertura de uma empresa, orientações quanto aos órgãos envolvidos no processo de legalização, bem como tributos e benefícios tributários. 9.3.2 PASSO 2: CONSULTA PRÉVIA DO LOCAL Junto à prefeitura do município,deve-se verificar a possibilidade de sua empresa funcionar no endereço pretendido. 9.3.3 PASSO 3: BUSCA PRÉVIA PELO NOME DA EMPRESA Dependendo do tipo de atividade da empresa, o registro será feito na Junta Comercial JUCESC (para Empresário e Sociedade Empresária) ou no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas - RCPJ (para Sociedade Simples). Nesta etapa, verifica-se a existência de nome idêntico ao escolhido para registro da empresa. Se o nome já existe, é necessário escolher outro. 9.3.4 PASSO 4: CADASTRO SINCRONIZADO NACIONAL Com o cadastro sincronizado, previsto na Lei Geral de Micro e Pequenas Empresas, em um único passo obtém-se quatro resultados: Registro de Contrato Social ou Declaração de Empresário; CNPJ; Inscrição Estadual e Inscrição Municipal (Alvará de Licença para Estabelecimento). 9.3.5 PASSO 5: LICENÇAS DE FUNCIONAMENTO Dependendo da atividade da empresa e o grau de risco, ela deverá atender os requisitos de segurança sanitária, metrologia, controle ambiental e prevenção de acidentes. Além disso, para iniciar as atividades, é necessário solicitar, através de uma gráfica ou contador, a impressão de notas fiscais ou autorização para utilização do cupom fiscal. As empresas de prestação de serviços recebem autorização da prefeitura local. As empresas dedicadas às atividades da indústria e do comércio recebem a autorização da Secretaria do Estado da Fazenda. 50 ANEXO 51 ANEXO 1 - PERFIL DOS ENTREVISTADOS ANEXOS A maioria dos empresários é do sexo masculino (74,2%) e possuem acima de 30 anos, estando mais intensamente distribuídos nos intervalos de 30 a 39 e 40 a 49 anos (71,4%, no somatório). Tabela 27- Sexo Opções Masculino Ocorrências 26 Percentual 74,2% Feminino Total 9 35 25,8% 100,0% Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado Gráfico 5 - Faixa Etária Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado A escolaridade dos entrevistados é alta, sendo que 54,4% (somatório) possuem ensino superior completo ou pós-graduação. Tabela 28 - Escolaridade Opções Sem instrução Fundamental incompleto Fundamental completo Médio incompleto Médio completo Superior incompleto Superior completo Pós-graduação Total Ocorrências 0 1 1 0 13 1 14 5 35 Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado Percentual 0,0% 2,8% 2,8% 0,0% 37,2% 2,8% 40,0% 14,4% 100,0% 52 Sobre o cargo/função ocupado, 46,0% dos entrevistados são empresários, 17,2% são Presidente/Vice de Entidade de Classe-Associação e 11,4% são produtores rurais. Gráfico 6 - Perfil profissionail dos entrevistados Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado Em relação ao setor de atuação, 25,7% dos entrevistados apontaram atuar predominantemente no comércio, 22,8% nos agronegócios e outros 20,0% no setor de serviços. Tabela 29 - Setor de atuação Opções Indústria Comércio Serviços Agronegócio Poder Público Associação de classe/ONGs Total Ocorrências 2 9 7 8 3 6 35 Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado Percentual 5,7% 25,7% 20,0% 22,8% 8,6% 17,2% 100,0% 53 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - População e taxa de crescimento, em Capinzal, no período de 1980 a 2010 10 Tabela 2 - Participacão relativa da população residente por localização do domicílio e gênero, em Capinzal, no período 10 1980 a 2010 10 Tabela 3 - Índice de Desenvolvimento Humano no período de 1970 a 2010 11 Tabela 4 - Produto interno bruto de Capinzal e PIB per capita no período de 2002 a 2009 13 Tabela 5 - Rendimento Familiar Médio e posição do Município no Estado, em 2000 e 2010 14 Tabela 6 - Salários Médios em Capinzal, Santa Catarina, no período de 2007 a 2011 14 Tabela 7 - Número de domicílios urbanos por classe economica em Capinzal e Santa Catarina, em 2010 15 Tabela 8 - Número de empresas e empregos de Capinzal em 2011 18 Tabela 9 - Setor da Economia 19 Tabela 10 – Atividades dentro do setor agronegócio 19 Tabela 11 – Atividades dentro setor indústria 20 Tabela 12 – Atividades dentro do setor comércio 21 Tabela 13 - Atividades dentro do setor Serviço 21 Tabela 14 – Situação atual do município de Capinzal 22 Tabela 15 – Carências e Demandas 25 Tabela 16 – Pontos fracos no setor da indústria 27 Tabela 17 – Pontos fracos no setor do comércio 28 Tabela 18 – Pontos fracos no setor dos serviços 29 Tabela 19 – Pontos fracos no setor do agronegócio 31 Tabela 20 – Impedimentos ao desenvolvimento de novos negócios 31 Tabela 21 – Síntese de forças do município 35 Tabela 22 - Vocação do município 38 Tabela 23 - Eixos de desenvolvimento nos setores 39 Tabela 24 - Oportunidades de negócio por setor de atividade - indústria 41 Tabela 25 - Oportunidades de negócio por setor de atividade - serviço 42 Tabela 26 - Oportunidades de negócio por setor de atividade - Agronegócio e Comércio 43 Tabela 27- Sexo 52 Tabela 28 - Escolaridade 52 Tabela 29 - Setor de atuação 53 54 LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Localização do município, em 2013 9 Figura 2 – Mapa do município, em 2013 9 Figura 3 - Mapa de extrema pobreza e desigualdade dos municípios catarinenses, em 2010 12 Figura 4 – Seleção de ideias de negócios 45 Figura 5 – Relação entre o perfil pessoal e as ideias de negócio escolhidas 46 Figura 6 – Coleta de dados para elaboração de um plano de negócios 48 Figura 7 – Passos para a legalização de um negócio 49 55 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Coeficiente de Gini 11 Gráfico 2 - Consumo per capita R$/ano por habitante em Capinzal, Santa Catarina e Brasil, em 2010 14 Gráfico 3 - Número e taxa de criação de empregos e empresas formais em Capinzal. 17 Gráfico 4 - Número de empresas e empregos formais de Capinzal, segundo o setor em 2011 18 Gráfico 5 - Faixa Etária 52 Gráfico 6 - Perfil profissionail dos entrevistados 53 56 57 58 59