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27 de setembro de 2013 • Nº 185
T
Travel
& Safaris
Este suplemento de viagens faz parte integrante do jornal OJE
EDITADO ÀS SEXTAS-FEIRAS
Saiba mais em www.oje.pt/lifestyle/travel-safaris
Pesca,
aquicultura
e salgado
Turismo,
cultura
e lazer
RIA DE AVEIRO
Entre o passado e o futuro
| 2 | sexta-feira 19 de julho de 2013 | Travel & Safaris
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7
PORTO
AVEIRO
Região de Aveiro
1
CAIS DOS BACALHOEIROS
2
MUSEU MARÍTIMO DE ÍLHAVO
3
MERCADO DO PEIXE
4
MARINHA DA TRONCALHADA
5
CENTRO DE INTERPRETAÇÃO AMBIENTAL DO BIORIA
6
RESERVA NATURAL DAS DUNAS DE S. JACINTO
7
ARTE NOVA
8
PALHEIROS DA COSTA NOVA
9
FAROL DA BARRA
10
CASA-MUSEU EGAS MONIZ
11
PATEIRA DE FERMENTELOS
12
PATEIRA DE FROSSOS
LISBOA
10
5
6
4
12
9
1
3
8
2
11
João Lemos
Baixo Vouga
Pescadores em S.Jacinto
Costa Nova
Canais urbanos na cidade de Aveiro
RIA DE AVEIRO
Um mar de experiências
Texto e fotos Manuela Silva Dias
A “Ria” é uma laguna com cerca de onze mil hectares de água. Desde 1808, tem uma ligação ao mar
estabelecida através da abertura artificial de uma
barra no cordão litoral. Localiza-se no litoral da Região Centro e é considerada umas das formações
geológicas mais importantes tanto a nível nacional
como internacional.
Com um excelente enquadramento geográfico e
uma inesgotável fonte de recursos naturais, o homem, soube em perfeita sintonia com a natureza
moldar este ecossistema. Criou salinas, fez a drenagem e sapais e abriu canais de reduzidas dimensões
que permitissem a navegação, contribuindo para o
aumento da riqueza e biodiversidade associada aos
habitats que se foram formando.
A Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro, consciente da necessidade de preservação deste
recurso, classificada como Zona de Proteção Especial (ZPE) e inclui vários Sítios de Importância Comunitária (SIC), criou a campanha “Ria de Aveiro”
para valorizar e promover de forma sustentável
o imenso património natural, cultural e humano
Sede
Campo Grande, 220 - B
1700-094 Lisboa, Portugal,
Tel: (+351) 217 817 477
Fax: (+351) 217 817 479
existente. Fazem parte deste ecossistema singular,
onze municípios: Aveiro, Ílhavo, Ovar, Murtosa,
Vagos, Águeda, Albergaria-a-Velha, Anadia, Estarreja, Oliveira do Bairro e Sever do Vouga.
A Campanha promocional de produtos da Ria (co-financiado pelo Fundo Europeu das Pescas através
do Programa Operacional das Pescas 2007-2013),
que inclui produtos da pesca, aquicultura e salgado da Ria de Aveiro, bem como serviços turísticos,
culturais e de lazer pretende aumentar a visibilidade e notoriedade da Ria de Aveiro, em Portugal e
no estrangeiro. Para a campanha, foi desenvolvido
um selo distintivo da Ria de Aveiro, que credencia e
confere valor acrescentado aos produtos e serviços
da Ria. Pretende-se dinamizar a economia da região, instituindo uma cultura que potencie a união
e auto estima de todos os agentes económicos envolvidos. O projecto está em fase de promover a
adesão à campanha e ao selo “Ria de Aveiro” pelas
empresas locais com os seus produtos e serviços.
Ver mais informações em www.riadeaveiro.pt.
Publicado Semanalmente à Sexta-Feira Propriedade Luxuspress Publicações, Lda conselho de administração Jean Baptiste Pages
Director / Editor Reno Maurício Redacção Alexandra Costa, Fernando Borges, Manuela Silva Dias, Samara Conze Figueiredo, Telma Bagulho,
Teresa Frederico Arte Francisco Brigham, Maria Branco Colaboradores Augusto Pereira, Anya Ana, Carla Sabino Nunes, Carlos Ribeiro, Catarina Pereira,
Juliana Calheiros, Marta Galvão Mello, Rita Gordo, Sónia Roma
Fotografia Carmo Correia, John Copland, John Hatzimarkos, Natacha Brigham
Marketing Carina Dias • [email protected] • Tel: (+351) 217 817 477
Os ovos-moles, as enguias,
as ostras e bivalves, o sal,
a lampreia, o lingueirão, o
bacalhau, as conservas, o
pão-de-ló de Ovar. Passear nos
moliceiros, perder-se nas Dunas
de S. Jacinto, apaixonar-se
pela vida selvagem de Salreu e
Canelas, inúmeras são as razões
para visitar a região de Aveiro,
que cada vez tem mais para
oferecer. Uma Ria que oferece
tudo o que tem e o recebe de
braços abertos.
Praia da Barra
Co-propriedade Megafin Sociedade Editora S.A. Registo na ERCS
N.º 223731 Nº de Depósito Legal: 245365/06 Sede Avenida Casal Ribeiro,
nº15 – 3º, 1000-090 Lisboa, Tel: 217 922 070 Fax: 217 922 099.
Email: [email protected]
Travel & Safaris | sexta-feira 19 de julho de 2013 | 3 |
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Marcoalgas produzidas pela empresa AlgaPlus
Pesca artesanal
Produção de ostras
Aquacultura semi-intensiva
Lapas no mercado da Costa Nova
Empresa de Pesca Ribau
Algas secas para ramo alimentar
Fábrica de conservas COMUR
Pesca, Aquicultura e Salgado
Cada vez mais, empreendedores e jovens, fervilhando de ideias novas têm colocado na terra que os viu nascer, o seu conhecimento que o partilham com a experiência
dos mais velhos. Uma troca de saberes e tradições, de gerações, onde o resultado só pode ser bom e muito enriquecedor para ambas as partes e onde a Ria de Aveiro
fica a ganhar.
ILHA DOS PUXADOIROS
Exemplo dessa troca de energias e esforço, é
a revitalização de várias marinhas de sal na
Ilha dos Puxadoiros, com a experiência de 30
anos do Mestre Henrique, na produção de sal
e Ana Rita Regalo da empresa Canal do Peixe.
A Ilha dos Puxadoiros, um projecto sustentável, que só produz produtos endógenos, orgânicos, e procura desenvolver em sintonia
com a fauna, a flora e as comunidades locais,
três áreas: produtos da Ilha (sal, flor de sal,
salicórnia, e outras plantas holófitas); aquicultura (ostra, linguado, robalo, camarinha e
amêijoa) e turismo (visitas e permanência na
ilha, birdwatchig). Nos anos 50 do século XX,
para escolher os marnotos (nome da profissão de quem trabalha nas salinas), fazia-se a
“Feira dos Moços” onde eram escolhidos pela
sua capacidade física, quem iria trabalhar
nas salinas. Hoje, existem estágios profissionais de marnotos, onde neste momento estão
dois jovens pós-graduados em turismo e um
engenheiro civil a fazerem o estágio.
PRODUÇÃO DE ALGAS E AQUACULTURA INTEGRADA
Já em Ílhavo, o Sr. Miscas (assim conhecido,
nome que já vem do seu bisavó), a trabalhar
há 30 anos na aquacultura semi-intensiva,
Helena Abreu e Rui Pereira, biólogos, associaram o cultivo de macroalgas à aquacultu-
ra animal e criaram a AlgaPlus - aquacultura
integrada - um projecto pioneiro em Portugal. Têm o conhecimento e as condições técnicas para realizar tanto o cultivo de larga
escala, como uma produção de biomassa
adaptada às necessidades dos clientes. Neste
momento comercializa, algas secas inteiras
e moídas, principalmente para o ramo alimentar e de bem-estar.
TRANSFORMAÇÃO DO BACALHAU
O bacalhau sempre fez parte da história de
Aveiro. Do porto de Ílhavo – Cais dos Bacalhoeiros - capital do bacalhau, saía a frota
portuguesa de pesca do bacalhau à linha
com os barcos Dóris, ao largo da Terra Nova.
Desde este cais (Bacalhoeiros) continuam,
ainda hoje, a sair a maioria dos navios da
pesca do largo portugueses. Os lugres da
mítica “White Fleet”, Argus, Santa Maria
Manuela e Creoula, que resistiram à dureza da pesca do bacalhau, onde o peixe era
escalado e salgado a bordo, têm muitas
histórias de bravura para contar. Os dois
primeiros veleiros, da empresa Pascoal e Filhos, encontram-se actualmente atracados
neste porto com iniciativas para fins turísticos. Mudaram-se os tempos e as técnicas,
agora o bacalhau é congelado ainda vivo e
trazido em arcas congeladores. Um exemplo
da transformação do bacalhau em Ílhavo, é
a Empresa de Pesca Ribau. O bacalhau que
chega a este porto, não tem segredos para
o Sr. António Ribau, que realizou como tripulante e representante do armador, várias
viagens ao bacalhau a bordo do Santa Maria
Manuela. Faz parte também da Confraria
Gastronómica do Bacalhau e sabe todos os
passos necessários, desde o escalar do bacalhau à sua secagem com sal. O Sr. Ribau
afirma que para se obter um bom bacalhau
este pode estar a salgar mais de um mês, em
condições e temperaturas que só os conhecedores sabem. E da sua fábrica sai um bacalhau de excelência, palavras de quem sabe.
PRODUÇÃO DE OSTRAS E BIVALVES
“A Ria tem condições únicas para a produção
de ostras, tem muitas algas e matéria orgânica, é o melhor sítio da europa para a sua
produção”, afirma Carlos Ramos, que está
na produção desde molusco há aproximadamente vinte anos. Existem sete produtores
de ostras em Ílhavo (Gafanha da Encarnação),
que produzem 150 toneladas por ano. A produção, vai quase na totalidade para o mercado francês, onde o consumo dispara especialmente no Natal. Procuram ostras de grande
qualidade com tamanho entre 80 a 100 gramas. Existe a necessidade de aumentar a pro-
dução e criar maternidades de ostras. Além
dos franceses, uma pequena percentagem vai
para Espanha e o restante fica em Portugal,
para deleite dos verdadeiros apreciadores.
CONSERVAS
A COMUR do Município da Murtosa, existe há
71 anos e é uma empresa familiar que vai na
4ª geração. As principais conservas são produzidas com trutas, cavala, enguias e sardinha. Com o know-how de fritar as enguias,
mantém-se como a única produtora de conserva de enguias em território português. O
gerente Nuno Pauseiro, afirma que Portugal é
o principal consumidor de enguias em molho
de escabeche. Já o restante da produção de
conservas, é para exportação, numa fatia de
85%, para mercados como Alemanha, Itália,
França e Estados Unidos. Por ano, a empresa
processa aproximadamente 800 toneladas de
pescado, que com os seus 70 trabalhadores,
mantem o processo totalmente artesanal.
Para os portugueses as conservas continuam
a ser vistas como um produto barato. Acontece que muitas delas são processadas em Portugal, etiquetadas em Itália, voltam à origem
com marca estrangeira e são vendidas em lojas gourmet a um preço muito mais elevado.
Produto de excelente qualidade, que deve ser
valorizado como tal e no seu país.
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Oficina do Doce
Observação de Aves no BioRia
António Correia
Garça Vermelha no BioRia
Museu Marítimo de Ílhavo
Estaleiro Museu Monte Branco
Percursos Pedestres de sensibilização ambiental no BioRia
Praia da Barra
Reserva Natural de S. Jacinto
Turismo, Cultura e Lazer
RESERVA NATURAL DAS DUNAS DE SÃO JACINTO
Angelina Barbosa, recorda quando lhe entrou na antiga casa florestal (actual Centro
Interpretativo), um casal francês, onde os filhos se apressaram a tirar os sapatos e começaram a correr pelo meio da natureza. Esta
área protegida desde 1979, é um verdadeiro
refúgio que transmite uma grande sensação
de liberdade. A reserva abrange uma área
aproximada de 960 hectares. Fica situado no
extremo da península que se estende entre
Ovar e a povoação de S. Jacinto. A poente é
limitada pelo oceano Atlântico e a nascente
por um dos braços da Ria. Para descobrir
este pedaço da natureza, pequenos bosques
e lagoas, dunas a perder de vista e uma praia
deserta fabulosa, existem trilhos pedestres
marcados com três cores, consoante as áreas
a visitar e a distância (azul, verde e vermelho). Pode-se também fazer uma visita guiada, onde os guias fazem questão de explicar
tudo por onde se vai passando. (1€ crianças,
2€ adultos, com marcação prévia). Na pateira
de São Jacinto, pode observar, garça comum,
garça-real, pato-real e muitas outras aves
ESTALEIRO MUSEU DO MONTE BRANCO
Situado na Murtosa, existe um verdadeiro
museu vivo, onde o Mestre José Rito usa parte do estaleiro para manutenção e reabilitação de embarcações tradicionais. Trabalha
juntamente com o Mestre José Oliveira que
trata da parte decorativa e dos painéis que
embelezam os moliceiros. Já lá vai o tempo
que a apanha do moliço fazia parte do dia-a-dia de muitos aveirenses. Servia de adubo
para as terras agrícolas e os barcos de borda
baixa facilitavam o seu transporte. Agora
ficam nas mãos hábeis e conhecedoras dos
Mestres que vão mantendo a tradição. Espe-
remos que passem para outras gerações para
que um dos ex-libris de Aveiro se mantenha
no tempo.
BIRDWATCHING E ARROZ DE SALREU
No município de Estarreja, fica um verdadeiro refúgio imperdível para os amantes da natureza - o BioRia. Uma reserva ecológica nacional e de protecção especial para aves. Faz
parte do Baixo Vouga Lagunar, uma zona húmida onde as águas doces do rio Vouga se juntam às águas salgadas da Ria de Aveiro. Existem vários percursos pedestres, rotas cicláveis
e inúmeras actividades de sensibilização ambiental. Por entre magníficas paisagens ribeirinhas, sapais, juncais caniçais e campos de
arroz, pode observar várias espécies de aves,
como a garça vermelha, íbis sagrado, pinareiro cinzento, águia-real, perna-longa, pisco-de-peiro-ruivo, rouxinóis, patos-reais entre outras. Um mosaico de habitats diversificados
que conferem uma elevada beleza paisagística. Existem passeios de kayak, maratonas fotográficas, percursos nocturnos e observação
de estrelas. O imenso labirinto de água, foi
transformado em áreas férteis para o cultivo
de arroz. São 80 hectares de cultivo de arroz
biológico, todo para consumo nacional, onde
cada hectare dá cinco toneladas deste cereal
de elevada qualidade.
MUSEU MARÍTIMO
Situado em Ílhavo, o museu existe há 76 anos.
Lugar de memória dos Ilhavenses, testemunho da forte ligação dos Ílhavos ao mar e à
Ria de Aveiro. A pesca do bacalhau nos mares
da Terra Nova e Gronelândia, as fainas da Ria
e a diáspora dos ílhavos ao longo do litoral
português são as referências patrimoniais
do Museu. Desde 2012, tem uma unidade de
investigação e empreendedorismo e este ano
passou a incluir um Aquário de bacalhaus,
único na europa. Existe uma colecção impressionante de quatro mil conchas de todo
o mundo, doada em 1965 pelo coleccionador
francês Pierre Delpeut. No Jardim Oudinot,
na cidade da Gafanha da Nazaré, está um polo
do Museu Marítimo de Ílhavo, o navio museu Santo André que fez parte da frota portuguesa do bacalhau nos anos 50/60 do séc.
XX, pretende ilustrar os primórdios da arte
do arrasto industrial e honrar a memória de
todos os seus tripulantes durante meio século
de actividade.
Tem o orgulho de ser o museu municipal
mais visitado de Portugal e está no grupo dos
dez museus nacionais mais visitados do país.
FAROL DA BARRA
Situado na praia da barra, fundado em 1893
é o maior farol de Portugal e o segundo da
europa. Eleva-se a 64 metros acima do nível
do mar e as suas riscas brancas e vermelhas
limitam a linha do horizonte da Ria de Aveiro. Depois de subir os 291 degraus, e respirar
A campanha pretende evidenciar que
não há só peixe na Ria de Aveiro, e dar
a conhecer produtos diferenciadores,
tais como as macroalgas marinhas
para uso alimentar, farmacêutico e
cosmético; o sal marinho artesanal; a
salicórnia, o arroz de Salreu e a raça
bovina Marinhoa. O elemento central
da campanha é o selo “Ria de Aveiro”.
fundo… tem uma vista espectacular para
a Reserva Natural das Dunas de S. Jacinto,
para a abertura da barra e o Porto de Aveiro,
e permite ter uma melhor noção da dimensão da Ria de Aveiro. Vê-se também a costa e
as praias que, no dia que subi, estavam com
um mar bastante convidativo. Pode visitar o
farol às quartas-feiras às 14h, 15h e 16h.
FÁBRICA DE OVOS-MOLES
A par com os moliceiros, os ovos-moles são
o ex-libris de Aveiro. No século XVI, nos
conventos, as freiras utilizavam as claras
dos ovos para passarem algumas peças das
suas roupas a ferro. A gema em excedente
era misturada com açúcar e água e utilizada
como medicamento e vitamínico quando as
freiras se sentiam mais fracas. Para guardar e
envolver como de um comprimido se tratasse, usavam o que restava das hóstias. Passaram-se os anos mas a receita conventual foi
passando de geração em geração. Hoje é certificado com o selo IGP (Indicação Geográfica
Protegida) e o modo artesanal de os confeccionar é mantido. As formas que envolvem
os ovos, com formas associadas ao mar e à
ria, são doze e também são certificadas. Com
açúcar, ovos, água e muito saber, se fazem os
ovos-moles de Aveiro. Na Oficina do Doce, no
centro de Aveiro, pode aprender como se faz
o famoso doce, colocar as mãos na “massa”
e fazê-lo também…a melhor parte é quando
é necessário prová-los! Para a empresa Fabridoce, com o lema “Inovar mantendo a Tradição”, algumas têm sido as novas derivações
como os “Gelados de Portugal” com sabores
locais como os de ovos-moles e de mirtilo. Ao
contrário do que pensava, os ovos-moles não
devem ser guardados no frigorífico e duram
mais de uma semana.
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RIA DE AVEIRO