Universidade Estácio de Sá Comissão Própria de Avaliação Dimensão 2: Políticas para o Ensino de Graduação Tecnológica Identificação: Curso Superior de Tecnologia em Manutenção Industrial. Gestor responsável: Paulo Roberto dos S. Poydo Período referenciado: Janeiro a outubro de 2008 Relatório-Síntese Auto-Avaliação Institucional a) Contextualização: Criado em 2005, o curso de Tecnologia em Mecânica Industrial, hoje denominado em conformidade ao Catálogo Nacional de Cursos de Tecnologia, Tecnologia em Manutenção Industrial, veio preencher uma importante lacuna (acadêmica) na formação profissional voltada ao segmento industrial e de serviços em nosso Estado. Sua oferta se justifica pela crescente demanda do mercado de trabalho a qual impõe, cada vez mais, a presença de profissionais cujas habilidades e competências sejam capazes de atender aos projetos de implementação e administração de sistemas complexos de manufatura e gestão da manutenção dos ativos industriais. Esta é a terceira avaliação pela qual o Curso de Tecnologia em Manutenção Industrial se submete e, para o colegiado do curso, nos foi instrutivo e dinâmico, permitindo incorporar informações que até então, não teriam sido percebidas. Originalmente protegida pelo modelo de substituição de importações, a indústria no Brasil, a partir do inicio dos anos 90, se depara com crescentes graus de liberalização da economia nacional, num contexto crescente de internacionalização da produção em nível mundial - a chamada “Globalização” - levando a uma alteração radical nos níveis de concorrência. Tendo como referencial esse cenário preocupante, a presente justificativa procura analisar algumas condições em que é exposta a indústria, procurando indicar aspectos e tendências norteadoras para o desenvolvimento do projeto pedagógico do Curso visando atender a atividade manufatureira no país. Os setores de serviços, metalurgia, petróleo e gás, automobilística, indústria moveleira, cimentos e cerâmica compõem uma parte expressiva de nosso PIB estadual. Tais segmentos de atividade econômica industrial ressentiam-se de um profissional capacitado e com formação educacional além do técnico de nível médio e que pudesse atuar mais próximo às engenharias. Especificamente, um curso voltado para a capacitação do gerenciamento das ações próprias e particulares da manufatura e da manutenção industrial. Dessa forma, buscamos capacitar estes novos profissionais do mercado para a prática de ações inovadoras dentro do ambiente tecnológico da produção e da manutenção dos ativos de produção, abordando uma gama de variações de suas formas e usos, com enfoque na gestão da função manutenção, em projetos, reformas e, em especial, as ações de controle da qualidade, do custeio e da administração dos prazos. O Curso hoje é oferecido nos campi Praça XI e Santa Cruz, próximos aos centros de decisão das empresas e do chão de fábrica, respectivamente. Temos hoje em nossos quadros 30 professores, três turmas formadas e aproximadamente 50 alunos. b) Potencialidades identificadas: O biênio 2008 – 2010 representa uma excelente oportunidade de ampliação de alunos em virtude do cenário favorável em nosso Estado. Certas áreas carentes de investimento poderiam ser fontes geradoras de recursos e visibilidade para IES, tais como Ensaios, Metalografia, Consultoria para a gestão de ativos industriais etc. O aperfeiçoamento qualitativo do Curso provém da qualidade de seu corpo docente, que foi muito bem avaliado pelos discentes conforme dados da avaliação 2007-2008, fato este que não significa tranqüilidade e sim mais argumentos para que possamos melhorar ainda mais e isso se comprova pelas avaliações anteriores, onde mais de 80% dos alunos se posicionaram entre muito bom + bom referente à integração de conteúdos. Finalizando, temos, em relação aos professores, mais de 84,20% se encontram na faixa de Muito bom + Bom, o que comprova a sintonia entre o mercado de trabalho, as ciências acadêmicas, o projeto pedagógico e a sua efetiva aplicação. c) Fragilidades identificadas: Os laboratórios ainda necessitam de ampliação, sendo o principal fator de desistência dos alunos com mais experiência profissional. Infelizmente o mercado de trabalho do Estado do Rio de Janeiro ainda desconhece o profissional Tecnólogo, tal situação cria alguns embaraços no momento de apresentar as potencialidades do curso e na aquisição deste profissional. Precisamos de mais apoio e divulgação junto ao mercado e ajuda na formatação de eventos. A falta de uma data definitiva referente à visita da Comissão de Avaliação Externa de Cursos, para fins de reconhecimento. Sem isso não podemos submeter o projeto pedagógico ao CREA – RJ afastando o aluno e as empresas. d) Ações de melhoria realizadas: Neste semestre esperávamos colher o fruto das ações implantadas no ano passado, mas por problemas internos e burocráticos não formamos turmas no primeiro semestre e nem no segundo, apesar da procura ter sido razoavelmente expressiva no primeiro semestre. e) Propostas de ação para 2009: O curso foi apresentado aos funcionários civis do Arsenal de Marinha do Estado do Rio de Janeiro – AMRJ e temos o compromisso de iniciarmos 2009 com o seguinte quadro: Uma turma de primeiro período (módulo) no turno da manhã – Praça XI; Duas turmas à noite – Praça XI – também de primeiro período; Uma turma em Santa Cruz (noite) – também em primeiro período. Estamos em negociação em nível Institucional com um grande laboratório químicofarmacêutico para treinamento de seus funcionários (turma fechada) a ser iniciado com o semestre letivo de 2009.1, ministrado no Campus Praça XI. Recursos necessários: Conclusão dos laboratórios em Santa Cruz e no Centro IV. No caso da unidade Santa Cruz há maior necessidade de investimento devido às obras civis, porém a chancela do lay out já foi efetuada. Referente às aquisições os custos já foram informados, porém deverão ser atualizados devido a turbulência financeira global. Estimo que em torno de 170.000,00 atenda as necessidades elencadas ao longo do cronograma de avanço do curso em função dos períodos acadêmicos.