COESÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO EM ESPAÇOS DE MONTANHA. LÓGICAS DE GOVERNANCIA TERRITORIAL E POLÍTICAS PÚBLICAS NA CORDILHEIRA CENTRAL. Palavras Chave: Coesão territorial, Turismo, Montanha, Políticas Publicas e Desenvolvimento As orientações e estratégias de ordenamentos e a percepção de um modelo políticocultural que considere o factor geográfico como estruturante, na espacialização das políticas e lógicas de desenvolvimento que os territórios de montanha terão que alcançar, em termos da articulação das condições físicas ou naturais com as actividades económicos, representam um desafio que ate á data não foi alcançado em Portugal, em virtude da ausência de políticas especificas para estes territórios. Neste âmbito procura-se clarificar a especificidade dos territórios de montanha, os desafios e exigências que se colocam à sua qualificação e integração num modelo territorial coeso, valorizando as identidades e funções, em particular o turismo como sector crítico para o seu desenvolvimento. A gestão das áreas de montanha em Portugal tem sido realizada de forma marginal, quer pela ausência de uma política direccionada para estes territórios, quer pelo seu tratamento nos actuais instrumentos de ordenamento se limitar à sua consideração nos planos das áreas protegidas, quando alvos dessa classificação ou nas delimitações dos regimes especiais. Reconhece-se que os instrumentos formais de ordenamento têm negligenciado estes territórios e a sua expressão geográfica implica formas de articulação cuja dimensão administrativa não pode condicionar, como são o caso das serras da Cordilheira Central, cuja dimensão física, os modos de vida e o património ecocultural terão de ser perspetivados de forma articulada, promovendo a valorização do conjunto montanhoso e a equidade social. Assim, torna-se necessário a definição de orientações que salvaguardem a sua multifuncionalidade e património, permitindo que a diversidade de actividades potencie o incremento dos níveis de conforto da população.