Género e Saúde Uma experiência ligada ao atendimento integrado da violência doméstica. Margarita Mejía WLSA Moçambique Visão da WLSA Uma sociedade com mais justiça social e igualdade, comprometida com a defesa dos Direitos humanos em geral. Pretende um mundo sem assimetrias sem exclusão em função do sexo, raça, etnia ou religião, em que cada individuo tenha acesso ao usufruto dos seus direitos como cidadão ou cidadã. Missão Contribuir para identificar e disseminar os contextos favoráveis, as áreas críticas e os obstáculos no que respeita a igualdade de direitos e oportunidades entre homens e Mulheres, a través da investigaçãoinvestigação-acção, da formação, lobby e advocacia, e criação de plataformas comuns em função da defesa dos direitos humanos das mulheres Objectivo estratégico Contribuir para melhorar a situação dos direitos humanos das mulheres especialmente dos direitos sexuais e reprodutivos, o direito a uma vida livre de violência e a participação aos vários níveis de decisão Acção com base na Pesquisa Desde 2003 WLSA investiga sobre a violência doméstica. Formação da polícia dos gabinetes de atendimento – Gabinetes jurídicos Participou na elaboração da lei de violência contra a mulher Formação na saúde para atendimento integrado das vítimas de violência domestica Experiência com Saúde primária Objectivo Geral do Curso No geral pretendemos que o sector da saúde responda de forma integrada ao problema da violência domestica. Resposta integrada significa que existem vários intervenientes na atenção das vítimas e que devemos actuar de forma articulada , saber o papel de cada qual e encaminhar as vítimas a instancia apropriada segundo o caso. Objectivos específicos: Que as/os participantes no fim do curso fiquem esclarecidas/os: Sobre o conceito de violência domestica (aspectos sócio-culturais, de saúde, legal) Sobre o impacto da violência doméstica na saúde da mulher, especialmente da mulher grávida Que as participantes possam: Identificar e apoiar as vítimas de violência nas pacientes que acodem a consulta MI. Registrar as vítimas identificadas Encaminhar devidamente as vítimas às instancias que correspondem. Elementos de sucesso Memorando de entendimento com o Ministério de Saúde: Trabalho conjunto de coordenação: ao nível central com a assessora de género do Ministério e ao nível da cidade de Maputo para inserir a formação no plano. Os conteúdos do curso tem como base a pesquisa sobre VD realizada pela WLSA Os formadores pertencem ao ministério e a WLSA com conteúdos articulados na estrutura do módulo, aprovado pelo ministério. Estrutura do curso Aspectos sociológicos da violência doméstica: Natureza estrutural e ciclo da V.D. Saúde, género e Violência Domestica. A constituição as convenções e as leis: Direitos sexuais e reprodutivos, a lei da família e da violência contra a Mulher Aspectos psicológicos e de Medicina legal Importância de que a VD seja considerada assunto de saúde pública. Seguimento M&A Participaram 297 enfermeiras e médicos chefes de 25 centros de saúde. Se fez seguimento a 114 participantes Foram identificadas 283 pacientes vítimas de Violência Doméstica Encaminhadas a ML 90%, à polícia 25%, à assistência Psico. 20%, à assistência legal 15%. Efectuadas 25 profilaxias a vítimas de violação sexual Todas afirmaram ter falado com as vítimas sobre os seus direitos. Constrangimento Ausência de instrumento de registro dos casos de Violência doméstica. ↓ Indispensável para dimensionar o problema no sector da saúde e para que a V. D. seja reconhecido como um problema de saúde pública. Resultados de Impacto O Ministro da Saúde pede a gestores para registrar as vítimas de violência e incluir os dados nos relatórios trimestrais e anuais. Hospital Central cria uma posição permanente de 24/24 em ML. As enfermeiras monitorizas afirmam terem mudado o esquema de comunicação com as pacientes. O Ministério inicia a replicação do curso nas províncias Direitos Humanos e Violência contra a mulher Direitos Humanos para as mulheres significam bem mais que o combate às violências mais explicitas e truculentas. Direitos Humanos para as Mulheres significam o combate à violência subtil, diluída no quotidiano, sob os disfarces de uma suposta cultura arcaica Rosiska Darcy de Oliveira