TÍTULO
Sérgio Biagi Gregório
10/03/2012
Alma e Imortalidade
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Alma e Imortalidade
Introdução
Tudo acaba com a morte ou
existe algo que sobrevive à
decomposição do corpo físico?
Se existe, para onde vai?
Qual o seu destino?
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Alma e Imortalidade
Conceito
• Alma
Do latim anima, semelhante à palavra grega anemos (vento)
significa ser imaterial e individual que em nós reside e
sobrevive ao corpo.
Para o Espiritismo, a alma é um Espírito encarnado, sendo o
corpo o seu envoltório.
• Imortalidade
Sob a forma negativa (prefixo negativo – i), o termo exprime a
noção essencialmente positiva, de vida-sem-fim, daquilo que
não é submetido à morte.
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Alma e Imortalidade
Considerações Iniciais
Não se sabe exatamente quando entrou no espírito do homem a ideia
de sobrevivência depois da morte.
No período neolítico (12.000 a.C. a 4.000 a.C.), encontram-se alguns
vestígios: ornamentos, armas e alimentos deixados perto dos mortos.
No antigo Egito, a convicção da existência de uma vida futura era
categórica, principalmente para os que eram embalsamados.
Na índia, desenvolveu-se a doutrina da metempsicose, a possibilidade
da alma voltar num corpo de animal.
O Budismo ofereceu socorro com sua esperança no Nirvana.
Na Pérsia, o mazdeísmo proclamou, desde 3.º século a.C., a doutrina
da ressurreição.
A concepção da ressurreição apresenta-se pela primeira vez, na
literatura judaica, no livro de Daniel, escrito cerca de 165 a.C.
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Considerações Iniciais
Os argumentos de Sócrates e de Platão, tão difundidos no âmbito da
filosofia, não foram os primeiros; apenas mostraram a tendência
crítica de dar base racional a uma idéia admitida por muitos.
Grande parte do êxito do cristianismo foi sem dúvida a crença na vida
futura, que oferecia salvação a todos os homens, independentemente
de cor, sexo ou posição social.
Na época do Renascimento e do desenvolvimento das ciências
naturais, começaram a exprimir-se dúvida quanto à idéia da
imortalidade da alma.
Hoje convivemos com essas duas crenças: de um lado o materialismo
que nega a existência da alma após a morte e do outro o
espiritualismo que a corrobora.
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Alma
• Para os Materialistas
A alma é o princípio da vida orgânica material; não
tem existência própria e se extingue com a vida: é o
puro materialismo.
Neste sentido, e por comparação, dizem de um
instrumento quebrado, que não produz mais som,
que ele não tem alma.
De acordo com esta opinião, a alma seria um efeito
e não uma causa.
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Alma e Imortalidade
Alma
• Para os Panteístas
A alma é o princípio da inteligência, agente universal
de que cada ser absorve uma porção.
Segundo estes, não haveria em todo o Universo
senão uma única alma, distribuindo fagulhas para os
diversos seres inteligentes durante a vida.
Após a morte, cada fagulha volta à fonte comum,
confundindo-se no todo, como os córregos e os rios
retornam ao mar de onde saíram.
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Alma e Imortalidade
Alma
• Para os Espiritualistas
A alma é um ser moral, distinto, independente da matéria e que
conserva a sua individualidade após a morte.
Essa doutrina, para qual a alma é causa e não efeito, é dos
espiritualistas.
Haveria necessidade de três palavras diferentes para
expressar cada uma das idéias.
Assim, Allan Kardec acha que o mais lógico é tomá-la na sua
significação mais vulgar, e por isso chamamos alma ao ser
imaterial e individual que existe em nós e sobrevive ao
corpo.
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Morte
• Experiência Universal
Todo o ser humano nasce, cresce, luta, sonha, traça planos,
constrói para o futuro para, finalmente, ceder à morte.
Os americanos negam a morte e o envelhecimento; os
habitantes das ilhas Truk (Pacífico) ratificam-na.
O Hinduismo afirma que a alma ou essência espiritual (atman)
do indivíduo é eterna.
O Budismo diz que a vida depois da morte é um problema
sobre o qual nada pode ser dito.
O Catolicismo conjectura que a vida depois da morte está
inserida na crença de um Céu, de um Inferno e de um
Purgatório.
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Morte
• Questões para Reflexão
Quem deixa quem: é o Espírito que deixa o corpo ou
o corpo que deixa o Espírito?
É doloroso o instante da morte?
A morte do homem justo difere da do injusto?
Deve-se cremar o cadáver ou enterrá-lo
naturalmente?
O que leva uma pessoa temer a morte?
Por que o Espírita não deve temer a morte?
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Morte
• O Temor da Morte
Allan Kardec, no livro O Céu e o Inferno, diz-nos:
O temor da morte decorre da noção insuficiente da
vida futura, embora denote também a necessidade
de viver e o receio da destruição total.
Para Allan Kardec, o espírita não teme a morte,
porque a vida deixa de ser uma hipótese para ser
realidade.
Continuamos individualizados e sujeitos ao
progresso, mesmo na ausência da vestimenta física.
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Vida Futura
• O Nada
O Niilismo - do lat. nihil, nada, fruto da doutrina
materialista - significa ausência de toda a crença.
Como a matéria é a única fonte do ser, a morte é
considerada o fim de tudo.
Os adeptos do materialismo incentivam o gozo dos
bens materiais, dizendo que quanto mais
usufruirmos deles, mais felizes seremos.
A consequência do niilismo é a corrida em busca do
dinheiro, da projeção social e do bem-estar material.
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Vida Futura
• Absorção no Todo
O Panteísmo – do grego pan, o todo, e Theos, Deus
– significa absorção no todo.
De acordo com essa doutrina, o Espírito, ao
encarnar, é extraído do todo universal; individualizase em cada ser durante a vida e volta, por efeito da
morte, à massa comum.
As consequências morais dessa doutrina são
semelhantes às do materialismo, pois ir para o todo,
sem individualidade e sem consciência de si, é como
não existir.
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Vida Futura
• Céu e Inferno
O Dogmatismo Religioso afirma que a alma,
independente da matéria, é criada por ocasião do
nascimento do ser; sobrevive e conserva a
individualidade após a morte.
A sua sorte já está determinada: os que morreram
em "pecado" irão para o fogo eterno; os justos, para
o céu, gozar as delícias do paraíso.
Essa visão deixa sem respostas uma série de
anomalias que acompanham a humanidade, como,
por exemplo, os aleijões e a idiotia.
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Vida Futura
• Progresso Ininterrupto do Espírito
O Espiritismo mostra-nos que o Espírito, independente da
matéria, foi criado simples e ignorante.
Todos partiram do mesmo ponto, sujeitos à lei do progresso.
Aqueles que praticam o bem evoluem mais rapidamente e
fazem parte da legião dos "anjos", dos "arcanjos" e dos
"querubins".
Os que praticam o mal recebem novas oportunidades de
melhoria, através das inúmeras encarnações.
No mundo dos Espíritos, eles continuam com sua
individualidade, sujeitos a um ininterrupto progresso.
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Conclusão
A imortalidade da alma é um fato
concreto.
Cabe-nos, assim, com o auxílio das
explicações racionais e convincentes
do Espiritismo, pautar a nossa vida
segundo os ensinamentos morais
deixados por Jesus.
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Bibliografia Consultada
KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. 8. ed. São Paulo:
Feesp, 1995.
KARDEC, A. Obras Póstumas. 15. ed. Rio de
Janeiro: FEB, 1975.
GRANDE ENCICLOPÉDIA PORTUGUESA E
BRASILEIRA. Lisboa/Rio de Janeiro: Editorial
Enciclopédia, [s.d. p.]
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