Marcus de Oliveira Colhe os frutos de uma vida dedicada ao Boxe M Foto: Selleri arcus de Oliveira “Ratinho” nasceu no Jardim da Saúde, zona sul de São Paulo, e teve seu primeiro contato com o Boxe através de seu pai, Paulo Donizete de Oliveira, que praticava o esporte, na década de 1970, com o saudoso Juarez de Lima, e levou o filho ao Centro Olímpico do Ibirapuera para dar os primeiros passos na modalidade, aos 16 anos. Desde então Ratinho só se dedica ao Boxe. Os fundamentos foram aprendidos com Antonio MC, que dava aulas naqule local, gerenciado pelo veterano Messias Gomes. Era um sonho antigo de Ratinho... moleque que gostava de brigas e assistia a muitas lutas de Boxe. Dizia a um amigo que queria fazer uma modalidade de luta e este o incentivou: “Vai mesmo Marcus, já que você gosta tanto de brigar!” Isso foi em 1998. Em 2002 Ratinho começou a treinar, competir e logo vieram os primeiros títulos. O amigo espantou-se: “Não é que ele virou campeão mesmo!” A estréia foi no mesmo ano, no próprio Centro Olímpico, em um campeonato entre academias. Ratinho venceu por nocaute no 2° round um adversário preparado pelo técnico Emerson Loyola. Essa sensação de vitória já foi uma preparação psicológica para a importante Forja de Campeões - realizada anualmente pela Federação Paulista de Pugilismo. Marcus “Ratinho” de Oliveira - 26 anos e 1m83 de altura - está hoje ranqueado internacionalmente, entre os cinco melhores lutadores do mundo em sua categoria (meio pesado - 79,387) pela WBO. Sonha em deixar seu nome na história do pugilismo nacional, tendo por ídolo Eder Jofre. 20 - Ratinho lutou na Forja de Campeões em 2003 e saiu-se vice-campeão! Depois vieram o Paulista e o Luvas de Ouro. Em 2004 foi convidado para treinar com a bem estruturada equipe do São Caetano, por Gabriel de Oliveira, que havia visto várias lutas suas e se interessado pelo talento do garoto. Ratinho passava toda a semana no centro de treinamento e só voltava para casa aos sábados e domingos... quando dava! Quando não, seu pai ia vê-lo. Foi lá que Ratinho conheceu grandes atletas e fez muitos amigos, entre os quais Valdemir “Sertão” Pereira e Peter Venâncio. Nesse período aprimorou bastante sua técnica com Ivan de Oliveira, treinador da equipe. Foto: Selleri Em 2005, aos 19 anos, Ratinho passou por um dos mais difíceis períodos de sua vida: teve que sair do São Caetano, já com um filho, perdeu a renda que tinha e não pôde se dedicar muito aos treinos. Decidiu voltar a morar com os pais, que haviam comprado um apartamento em Guarulhos. A última luta de Ratinho no Boxe Olímpico foi no Luvas de Ouro, representando a equipe Coliseu. Não conseguiu sagrar-se campeão e como o ano terminava, esperou o início de 2006 para realizar outro sonho: lutar no Boxe profissional. Os responsáveis por essa transição foram o empresário Marcio Fernandes e João Cubano, treinador da Seleção do Brasil de Boxe. Ratinho acreditava que teria sucesso no profissionalismo porque sempre teve um estilo semelhante: golpes justos, na linha da cintura... Nas primeiras lutas começou a ganhar destaque. Depois de um bom período empresariado por Marcio Fernandes, conheceu Luiz Carlos Gonzáles que viu o garoto treinando, gostou de sua técnica e de sua garra e decidiu ajudá-lo. Erislandy Lara e Odlanier Solis. Segundo Ratinho não havia dúvidas quanto à sua vitória, mas depois de 8 rounds foi anunciado o empate, para surpresa de todos. A maior oportunidade internacional apareceu sem que Ratinho esperasse. E veio através de um antigo amigo, chamado Mesquita e que também fora boxeador. Mesquita conhecia o talento de Ratinho e sempre o aconselhava a continuar treinando forte, porque, em futuro próximo, lhe conseguiria uma luta importante nos Estados Unidos. Depois da última vitória em que defendeu o título latinoamericano, Ratinho já estava entre os cinco melhores no ranking da WBO. Devido a problemas pessoais, porém, Luiz Carlos Gonzáles já não o empresariava. Sem patrocinador e sem empresário, Ratinho não via muitas perspectivas em crescer no esporte... Certa manhã, dirigindo-se para a academia onde treinava, teve um bom pressentimento. Com um contrato de 3 anos, Ratinho volta aos Estados Unidos em junho/julho para continuar a treinar e lutar. Já número 1 do ranking brasileiro, Ratinho conseguiu o direito de desafiar o campeão brasileiro Edson Francisco Guedes “Rapadura”, na época em que era transmitido o Sábado Campeão, pela RedeTV. Venceu por nocaute e deu prosseguimento à sua trajetória de sucesso, vencendo grandes nomes do Pugilismo como: Martin Abel Bluer (bom lutador argentino), Walter Havier (derrotado por pontos em 12 rounds, após 4 knockdowns), Gastão Vega (outro bom lutador argentino). Seu cartel profissional está em 25 lutas, 23 vitórias, 1 derrota e 1 empate. Esse único empate foi polêmico: Luis Carlos Gonzáles tinha um contato na Europa com o Arena Boxe Promotion e Ratinho pôde treinar 3 meses na Alemanha ao lado de feras como Juan Carlos Gomes, Voltou para casa e o telefone tocou: era Mesquita pedindo que Ratinho abrisse seu e-mail pois lá havia uma surpresa! Era um convite, com passagem e estadia para os Estados Unidos, para lá treinar e lutar sob contrato com o empresário Don King. Curiosidade: o e-mail foi visto numa 3ª feira e Ratinho deveria viajar na próxima 2ª feira... Por sorte seu passaporte já continha o devido visto de uma viagem à Califórnia para onde não pudera ir lutar. Unicamente com o Boxe em sua vida, a única coisa que poderia segurá-lo no Brasil seriam sua esposa Eliana e seu filho Bruno de 2 anos. Mas, percebendo a grande oportunidade, Eliana não pensou duas vezes e incentivou o marido a ir em busca desse novo sonho. Em setembro de 2011, Ratinho foi para Miami, hospedando-se no Hotel Hilton. Haveria um importante combate no Hard Rock e Ratinho esteve como convidado. Seguiu depois para Cleveland, em Ohio, direto ao campo de treinamento onde grandes campeões haviam praticado o Boxe... Mike Tyson, Lary Holmes... uma fazenda com toda a estrutura de que um atleta pode dispor. No dia 31 de dezembro do mesmo ano já teria uma luta marcada, mas infelizmente teve que ficar ainda - 21 nos Estados Unidos. Diz ele: “Até o Telecatch e o Baisebol são mais fortes que o MMA nos Estados Unidos. O reporter que fotografar o momento em que o rebatedor atinge a bola fica famoso. Imaginem o atleta!” Diz ainda que o MMA não tem tradição, apesar de viver um grande momento já que estreou na década de 1990 e teve uma boa fase no ano 2000, com o Pride e o UFC. Mas o Boxe é olímpico e tem ídolos como Cassius Clay, que no seu aniversário por exemplo, gerou comemorações e shows durante 2 meses seguidos. Já no Brasil, temos o grande Eder Jofre, um dos melhores boxeadores dos últimos tempos e a mídia não lhe deu o devido destaque... se fosse nos Estados Unidos! Fotos: arquivo pessoal nos treinos porque a documentação exigida naquele pais (visto de trabalho, imposto pago etc...) não estava em ordem. Nevava... do clima tropical do Brasil para o frio de Ohio era só treino e quarto. Depois de 3 meses, Ratinho foi transferido para um campo de treinamento na ensolarada Flórida. Seu primeiro combate nos Estados Unidos aconteceu em 14 de abril de 2012 no Casino Miami Jai-Alai, quando venceu por nocaute no 1° round o adversário Paul Jennette. Com um contrato de 3 anos, Ratinho volta aos Estados Unidos em junho/ julho para continuar a treinar e lutar. Sua meta: o título mundial da categoria. Se conseguir, mais um ídolo nacional do Boxe emerge em um momento em que o MMA vem tomando espaço como esporte revelação. COMO RATINHO VÊ O MMA Por sua experiência internacional e pelo renome alcançado além fronteiras, Ratinho diz ver o MMA como um esporte ainda em ascenção, longe de passar o Boxe que é muito idolatrado Ratinho com o empresário Don King na coletiva de imprensa, e no momento que nocauteia Paul Jennette no primeiro round. Ratinho agradece a seu grande amigo e incentivador, o advogado Paulo Mortari, aos amigos Michel e Boca, donos da academia Adrena Radical Fitness, à Academia Orion, à sua esposa Eliane Pavin e aos filhos Bruno e Rodrigo e ao seu treinador e amigo que faleceu recentemente, André, grande responsável pelo treinamento para a disputa do título latino-americano. Vitrine Sua suplementação com praticidade e conveniência! 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