Ferreira Leite defende mudança radical" nas obras públicas – DIÁRIO DE NOTÍCIAS 27-08-2009
A presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, defendeu hoje uma "mudança radical" na política de
investimento público e de obras públicas que contribua para retirar a economia portuguesa do
"plano inclinado".
Durante a apresentação do programa eleitoral do PSD, na Fundação Portuguesa das
Telecomunicações, em Lisboa, Manuela Ferreira Leite reiterou o compromisso de suspender de
imediato a rede ferroviária de alta-velocidade se formar Governo: "Suspenderemos de imediato o
mega projecto do TGV, sujeitando-o a uma reavaliação".
De acordo com a presidente do PSD, o Governo do PS deixou Portugal "num ciclo imparável de
declínio e de empobrecimento crescente, que chegou já ao cúmulo de não hesitar viver hoje à custa
das gerações futuras".
Se vencer as eleições legislativas de 27 de Setembro, o PSD quer inverter essa situação através de
uma política económica orientada para o investimento privado nacional e estrangeiro, com uma
"atenção preferencial ao mundo das pequenas e médias empresas".
Manuela Ferreira Leite acrescentou que "o papel do Estado será prioritariamente o de eliminar
constrangimentos que se põem às empresas" e de diminuir a despesa pública, "garantindo uma
consolidação orçamental efectiva".
"É, por isso, é necessária uma revisão radical da política de investimentos púbicos, substituindo o
actual conjunto de obras megalómanas por investimentos de proximidade, com impacto directo na
produtividade e na competitividade", prosseguiu a presidente do PSD.
O novo aeroporto internacional de Lisboa, se o PSD formar Governo "será equacionado por
módulos pou fases de construção, em função das estritas necessidades de complemento do
aeroporto da Portela", enquanto "a política rodoviária, designadamente de auto-estradas terá de ser
revista, seja quanto a subconcessões contratadas, seja quanto a subconcessões em vias de
adjudicação".
Manuela Ferreira Leite afirmou que o programa eleitoral do PSD não contém "medidas-bandeira" e
"resulta do trabalho de longos meses do Instituto Francisco Sá Carneiro, do gabinete de estudos do
PSD e dos fóruns Portugal de Verdade".
Quanto à política de saúde, declarou que quer assegurar a universalidade do acesso, permitir a
liberdade de escolha dos utentes, reduzir as listas de espera e melhorar a qualidade dos serviços.
"Neste contexto, na próxima legislatura não aceitamos co-pagamentos ou taxas moderadoras para
efeitos de financiamento do sistema de saúde", acrescentou Manuela Ferreira Leite.
O programa eleitoral do PSD refere, a este propósito, que os socais-democratas rejeitam "a
introdução, na próxima legislatura, de co-pagamentos ou taxas moderadoras progressivamente mais
elevadas com finalidades de financiamento do sistema de saúde" e se comprometem a pôr "termo às
incompreensíveis taxas moderadoras para internamento e cirurgias".
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