LEITE DE CABRA - MINI LATICÍNIO
FICHA TÉCNICA
Setor da Economia: secundário
Ramo de Atividade: indústria
Tipo de Negócio: laticínio
Produtos Ofertados/Produzidos: leite e seus derivados
Investimento inicial: 120mil reais
Área: 115m²
APRESENTAÇÃO
No Brasil é tradicional criar cabras com finalidade de subsistência. Em algumas regiões,
somente as cabras sobrevivem às condições ambientais. A capacidade digestiva dos caprinos é
lendária, o povo diz que cabra “come até pedra” – verdade à qual o criador contrapõe – “mas
também quase nada produz”. Aí começa uma outra história: criar cabras visando a produção
de leite, hoje muito procurado, exige um sistema produtivo de muitos cuidados e atenção.
Propriedades do leite de cabra:
Menos colesterol: o leite de cabra chega a ter 30% menos colesterol que o de vaca.
Menos Alergênico: aproximadamente 6% das crianças têm sintomas de alergia ao leite de vaca
que podem caracterizar-se por distúrbios digestivos, corrimento nasal, otites, erupções
cutâneas. A caseína alfa-S1, proteína encontrada em grandes quantidades no leite de vaca, é a
grande responsável por esse tipo de reação alérgica. O leite de cabra possui apenas traços
desta proteína, além disso, não contém b-lactoglobulina, também grande estimulante de
reações alérgicas não-específicas.
Mais digestivo: o leite de cabra possui características peculiares no que diz respeito a
composição de suas gorduras, que são formadas, na sua maioria, por ácidos graxos de cadeias
médias e curtas . Além disso, as partículas de gordura (glóbulos) são de tamanhos reduzidos
em relação ao leite de vaca. Com isso, o leite é rapidamente absorvido, deixando menos
resíduos no intestino, evitando assim fermentação, formação de gases, má digestão,
constipação, etc. Também possui maior capacidade tamponante.
Mais Cálcio: o leite de cabra tem 130mg de cálcio para cada 100ml de leite, ou seja, 20% mais
que o leite de vaca.
MERCADO
O leite de cabra é uma excelente alternativa. Pessoas alérgicas ao leite vaca, crianças e idosos,
bem como grupos religiosos, consomem o leite da cabra em pó ou “in natura”. Também na
gastronomia usa-se largamente o leite caprino na confecção de pratos e molhos deliciosos,
sem falar da produção de derivados: queijos, iogurtes e outros laticínios. A indústria de
cosméticos também tem toda uma linha de produtos à base do leite de cabra. Como se vê, há
um
mercado
diversificado
e
atraente
ainda
pouco
explorado.
LOCALIZAÇÃO
O local deve oferecer infra-estrutura adequada e condições que propiciem o desenvolvimento
do micro laticínio. A implantação desta unidade industrial é recomendada em municípios onde
o consumo de leite "in natura" ainda é feito, devido à falta de unidades pasteurizadoras. Além
de entrar num mercado livre de concorrência, sua instalação atende à norma legal da
obrigatoriedade de processar o leite nessa tecnologia. Todos os derivados também devem ser
fabricados a partir da matéria-prima pasteurizada. Os produtos sem pasteurização são
considerados clandestinos.
ESTRUTURA
A estrutura básica deve contar com uma área mínima de 115M², que será distribuída entre o
escritório, galpão de produção para a instalação de máquinas, equipamentos, produtos
acabados e almoxarifado.
Esse tipo de empreendimento agroindustrial exige que o empresário submeta à aprovação do
DIPOA -Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal, a área construída,
atendendo aos seguintes padrões:
Pé direito - todas as seções industriais têm o pé direito de 5,8 m, situando-se o piso
a 1m do solo;
Cobertura – de estrutura metálica, provida de telhas;
Vestiário e banheiro sanitário - devem ser proporcionais ao número de empregados e
separado do galpão de produção;
Janelas - do tipo basculante, com vidros translúcidos a 2m do piso;
Piso - construído de material impermeável e resistente a choques, à abrasão, ao ataque de
ácidos, etc., e de fácil limpeza e desinfetação;
Paredes - revestidas até 2m de altura, no mínimo, com azulejos;
Água - dispor de abastecimento de água tratada para atender a todas as necessidades da
micro laticínio;
Eletricidade - energia elétrica: sistema 3 ø (trifásico), 220 volts - 60 hertz, potência
instalada: 25Kw consumo (produção de 3.000 litros de leite/dia - 180 kw/dia).
EQUIPAMENTOS
Os equipamentos básicos são:
- Tanque para recepção de leite com filtro passador: equipamento pelo qual o leite é
recebido. O filtro tem por finalidade captar materiais sólidos estranhos ao produto;
- Tanque isométrico de aço inox, isolado com lã de vidro e revestido com aço carbono pintado;
- Compressor de ar e empacotadora de leite em embalagens flexíveis;
- Plataforma: base metálica por sobre a qual todos os equipamentos estão dispostos (é
estruturalmente constituída de aço AISE-1020);
- Painel destinado ao comando de todo o sistema e ao registro da temperatura de
pasteurização;
- Pasteurizador de placas paralelas. A temperatura máxima de entrada do leite é de 35o C e a
saída de 5o C;
- Tanque isotérmico: comporta 1.000 litros. Destinado ao armazenamento do leite
pasteurizado e resfriado;
- Máquina para envase automático do leite.
- Circuito do leite: compõe-se de uma série de equipamentos destinados à movimentação do
leite entre o tanque de recepção, o pasteurizador, tanque isotérmico e a embaladora;
- Circuito de água quente para pasteurização: possui diversos equipamentos destinados a
armazenar, aquecer (80o C) e circular água na seção do pasteurizador;
- Circuito de água industrial: destina-se ao armazenamento, resfriamento à temperatura
ambiente, circulação de água pela seção “resfriamento I” do pasteurizador e refrigeração do
compressor de frio.
- Circuito de água gelada: usados no armazenamento, resfriamento a 2º C e circulação de
água na seção de “resfriamento II” do pasteurizador;
- Circuito de ar comprimido que fornece ar comprimido à envasadora;
Obs.: essa estrutura e equipamentos apresentada tem uma capacidade de produção de 3.000
litros/dia a 21.000 litros/dia.
- Veículo utilitário com refrigeração específica para fazer a distribuição do leite empacotado nos
pontos de venda.
- Tanques de aço inox; filtros em aço inox; desnatadeiras elétricas; fermenteiras;
misturadores, etc.
INVESTIMENTOS
O investimento varia muito de acordo com o porte do empreendimento e do quantitativo
que dispõe o investidor. Considerando um mini laticínio de pequeno porte, com capacidade
produzir 3.000litros/dia, montada numa área de 115m2, será necessário um investimento
R$ 120 mil aproximadamente.
Obs.: os valores apresentados são indicativos e servem de base para o empresário decidir
vale ou não a pena aprofundar a análise de investimento.
de
de
de
se
Investindo em INFORMATIZAÇÃO
Uma empresa informatizada tem grandes chances de sair na frente do concorrente. Além de
facilitar os processos, garantem a segurança na tomada de decisões, melhora a produtividade
e diminui os gastos.
Escolha um projeto abrangente que atenda toda a empresa, desde o gerenciamento de
conteúdo para websites, até os controles administrativos (financeiro, estoque, caixa, cadastro
de clientes, etc.), passando pela automação inclusive: caixas eletrônicas, impressoras para
preenchimento automático de cheques, código de barras nos produtos, etc.
Existem no mercado atualmente, três grandes grupos de softwares: SGE Sistema de Gestão
Empresarial; SGC Sistema de Gerenciamento de Clientes e Básicos. Eles podem ser
encontrados nas empresas especializadas ou na Internet, através dos sistemas disponibilizados
nas Provedoras de Serviços de Software (ASP - application service provider).
PESSOAL
As atividades de um mini laticínio podem ser iniciadas com cinco pessoas no processo
produtivo e três na administração e vendas.
PROCESSOS PRODUTIVOS
Raças Leiteiras e Mistas – Algumas raças européias leiteiras que mais tem se destacado:
. Saanem – brancas, altivas, maiores produtoras de leite, maiores e mais exigentes
consumidoras de alimento. Período de lactação de 8 a 10 meses, com pelo menos 3 Kg de leite
por dia. Fêmea fértil, obtém com freqüência dois cabritos por gestação, às vezes três. Exige
sistema
de
confinamento
e
bons
cuidados.
. Toggenburg – pelagem castanho acinzentada (peluda ou não) e com faixas brancas na cara.
Mais rústica que a Saanem, boa leitura (2,0 Kg), boa reprodutora, costuma ter gêmeos. Vive
bem
em
ambos
os
sistemas.
. Parda – coloridas de castanho e negro, um pouco menores que as Saanem, mais rústicas e
também boas produtoras de leite. Durante 8 a 9 meses costumam dar 2 Kg de leite por dia.
. Anglo-Nubiana – Animais de dupla aptidão (leite e carne), pelagem colorida, orelhas
grandes, nariz acarneirado, geralmente mochas. Produz 2 kg de leite por dia durante 7 meses.
Os cabritos vão para o abate aos 3 meses já com 21 kg.
Comercialização - O leite de cabra pode ser comercializado “in natura”, atendendo ao gosto
de muitos e às necessidades de inúmeras pessoas alérgicas ao leite de vaca.
Laticínios. São estabelecimentos industriais destinados ao recebimento de leite para
pasteurização, manipulação, conservação, fabricação de derivados lácteos, maturação,
embalagem e expedição dos produtos acabados. Um mini laticínio é constituído de: tanque de
recepção, resfriador rápido à placas, tanque de estocagem isotérmico, pasteurizador rápido,
tanque pulmão (para receber o produto pasteurizado), embaladeira automática, bomba
sanitária de transferência, tubulação e conexões sanitárias para a interligação dos
equipamentos, sistemas de produção de água gelada (para o resfriamento) e câmara frigorífica
para o armazenamento.
Derivados. O leite pode também ser transformado em derivados como queijos e iogurtes,
produtos que dispõem de ótimo mercado e que representam maiores ganhos ao produtor.
Obtenção do Leite. As cabras devem ser ordenhadas em locais limpos e adequados, para a
obtenção de um leite puro e higiênico. Em seguida, o leite deve ser filtrado e acondicionado
em latões apropriados. Não usar o leite de animais que tenham sido recentemente tratados
com antibióticos e vermífugos, por causar acentuados danos na qualidade dos produtos
lácteos.
Leite Pasteurizado. A pasteurização consiste em dar um tratamento térmico no produto para
diminuir o índice de contaminação microbiológica e eliminar totalmente os microorganismos
patogênicos (prejudiciais a saúde). O leite é elevado à uma temperatura entre 72,5 *C e 75,5*
C por um período de tempo de 15 a 20 segundos e depois sofre um choque térmico caindo
para
5
*C.
O leite pasteurizado deve ser conservado, no ciclo de distribuição comercial, a uma
temperatura não superior a 10 *C, devendo ser vendido ao consumidor depois de 72 horas de
ter sido embalado.
Técnica de Pasteurização
Por ser um produto perecível, o leite deve ser resfriado imediatamente após a ordenha e
levado à usina onde receberá o tratamento recomendado até chegar ao consumidor. A
pasteurização visa a eliminar os microorganismos patogênicos e reduzir a flora bacteriana de
um modo geral, tornando o alimento adequado ao consumo "in natura". A técnica consiste em
submeter o leite à elevadas temperaturas por algum tempo e em seguida levá-lo a um rápido
resfriamento. Este processo não tem a intenção de recuperar o produto deteriorado, mas
previne e retarda a sua ruína. As "temperaturas e tempos" dos diversos processos de
pasteurização foram determinados de modo que destruíssem, entre outros, o bacilo de Koch
(um dos germes patogênicos mais resistentes) sem alterar a qualidade básica do leite.
Métodos Térmicos
Pasteurização lenta – temperatura de 65º C/30min, é descontínua, demorada, alto consumo
de energia, reduz 95% das bactérias, altera pouco o leite, viável para pequenos volumes e é
pouco utilizada, sempre há sobrevivência de bactérias, necessita ser mantido em refrigeração
e tem vida útil de até 5 dias;
Pasteurização High Temperature Short Time (HTST) – temperatura de 75º C/15-20s,
processo rápido e contínuo, ideal para grandes quantidades, reduz 99,5% das bactérias, maior
alteração nas propriedades do leite, emprega temperaturas brandas, sempre há sobrevivência
de bactérias, necessita ser mantido em refrigeração e tem vida útil de até 5 dias;
Leite Longa Vida – temperatura de 130 a 150º. C/3-5 s
Ultra High Temperature (UHT) - Ultra Alta Temperatura (UAT) – reduz 99,99% das bactérias, o
leite necessita de homogeneização, vida útil de 4 meses, elimina todas as
formas vegetativas das bactérias, o produto torna-se “comercialmente estéril”, armazenagem
em temperatura ambiente. Em contra partida apresenta algumas desvantagens: alteração do
sabor (“cozido”), perdas de nutrientes, alteração da fração protéica, imitado a leite de beber,
não é bom para fabricação de derivados.
Leite Esterilizado – temperatura de 120oC/10 min, elimina todas as formas de
microrganismos, inclusive esporos, carameliza o leite torna-o escuro. Comercialmente inviável
no Brasil.
Fluxograma
1. Recepção;
2. Filtragem ;
3. Classificação;
4. Refrigeração e estocagem;
5. Clarificação e padronização;
6. Pasteurização;
7. Envase.
Embalagem
Entre as opções de envase do leite estão as embalagens em saquinhos, longa vida cartonados
e longa vida em frascos de vidro (custo alto). Uma pesquisa no mercado em que vai atuar
auxilia nessa escolha. Neste processo o maior responsável na formação do custo são os
recipientes, e não o equipamento em si, pois este último entra no investimento e aquele no
preço final, mês a mês.
Assepcia
É imprescindível dar à micro usina um tratamento especial na higienização, desde a ordenha
até a entrega do produto. Os tanques, as placas usadas na pasteurização, a plataforma, os
circuitos e os vasilhames de transporte devem limpos diariamente, com detergente alcalino
forte, água e soluções ácidas, para tirar todas as incrustações que possam permitir formação
de microorganismos contaminadores do leite.
Leite Esterilizado. O leite esterilizado, integral ou desnatado, é aquele que, depois de ter
sido embalado, é submetido a um processo de aquecimento a 110*C – 120*C, durante vinte
minutos, o que garante a destruição de todos os microorganismos e esporos nele presentes. O
tratamento térmico durante a esterilização é muito severo, e são perdidos elementos nutritivos
(precipitação de proteínas, por exemplo), enquanto isso não ocorre no suave tratamento da
pasteurização. O leite UHT (Ultra High Temperature) sofre muito menos que o produto
esterilizado, durante o aquecimento, já que embora se alcance uma temperatura mais alta
(135 – 150 *C), ela é mantida por apenas alguns poucos segundos. Por isso o leite tem uma
cor uniforme, ligeiramente amarelada, com cheiro e sabor forte característicos do leite, muito
pouco afetado pelo aquecimento.
Queijo. Fluxograma de produção de queijo tipo frescal:
1) Obtenção do leite
2) Utensílios e materiais para a fabricação de queijo
3) Pasteurização do leite – aquecimento com agitação na temperatura de 62 – 65*C por 30
minutos, em seguida resfriá-lo a 35 *C.
4) Adição do fermento láctico ou de iogurte (15 ml para cada litro de leite)
5) Adição do coalho
6) Teste da faca – após 50 minutos introduz-se uma faca na coalhada que não deve
apresentar
resíduos
de
leite.
7) Corte da coalhada em pedaços de aproximadamente 3 cm, e em seguida mexer a coalhada
com movimentos lentos durante 20 a 40 minutos.
8) Enformagem dos queijos – a coalhada é colocada em formas para a dessoragem.
9) Salga do queijo – a salga deve ser realizada, a gosto, após 30 minutos.
10) Desenformagem e conservação do queijo – por 12 horas deve ser mantido em
temperatura ambiente, após este período, deve-se desenformá-lo e conservá-lo em geladeira
a * 10*C.
Iogurte. É o produto do leite coagulado obtido por fermentação láctica, mediante a ação dos
microorganismos Lactobacillus bulgaricus e streptococcus thermophillus, a partir do leite
pasteurizado, de nata pasteurizada, do leite concentrado, do leite parcialmente desnatado e
pasteurizado, com ou sem adição de leite em pó. Conforme o caso podem-se acrescentar ao
iogurte as seguintes substâncias, antes da fermentação: açucar, polpa de frutas, xaropes,
sucos, ingredientes naturais e aromatizantes inócuos. O iogurte deve ter um mínimo de 2,0%
de massa gordurosa e um extrato magro seco de 8,5%. Quando se tratar de iogurte
desnatado, o conteúdo de gordura não deve passar de 0,5%, com um extrato magro seco no
mínimo de 8,5%. O armazenamento do produto até sua chegada ao consumidor deve ser feito
por um sistema de refrigeração a 4*C/ 6*C, já que a temperatura superiores, o produto pode
ser invalidado por mofos e outros microorganismos.
Características do Leite de Cabra / Vaca. O teor protéico do leite de cabra se assemelha
ao do leite de vaca, com sutis diferenças.
. No leite de cabra, o teor reduzido da caseína favorece a formação de coágulos finos e suaves,
o que facilita o processo digestivo.
. Os teores de gorduras e lactose são quase idênticos, porém, no leite de cabra há mais
glóbulos de gordura de diâmetros menor, o que permite que sejam dispersos com mais
facilidade no processo digestivo. Há também mais ácidos graxos de cadeia curta média, o que
facilita a ação enzimática. Por estas razões, o leite caprino é melhor e mais facilmente digerido
pelo organismo humano.
. O percentual de lactose é o mesmo em ambos os leites e os valores calóricos se assemelham,
sendo ligeiramente mais elevados no leite de cabra.
. No leite caprino, as vitaminas B6, B12 e o ácido fólicos são muito reduzidos. As demais
vitaminas aparecem em teores próximos aos do leite de vaca.
. O teor de minerais é maior no leite de cabra, particularmente fósforo e potássio.
. O leite caprino é especialmente ativo na neutralização da hiperacidez gástrica. Esta aptidão,
chamada de “capacidade tamponante”, se deve às proteínas e aos fosfatos.
. Por suas características, o leite de cabra é tido como substituto satisfatório nos casos de
crianças alérgicas ao leite de vaca.
DIVULGAÇÃO
Conquistar a preferência dos clientes pelos seus produtos não é uma tarefa fácil, por isso, você
deve traçar um plano para divulgar o estabelecimento e a marca de forma atraente e que
desperte curiosidade nas pessoas.
Marketing é a técnica de criar, desenvolver e fixar a imagem de uma empresa junto a seus
consumidores. Ele começa na escolha do nome da empresa e vai até as campanhas
publicitárias, passando pela definição da melhor forma de atendimento ao público.
Componentes do marketing: nome; logomarca e slogan; o estabelecimento e a divulgação.
Esta última está presente em três fases distintas: a primeira é a inauguração – a campanha
publicitária de lançamento da sua empresa pode ser feita através de distribuição de folder,
convites por mala direta, out-door, espaços publicitários em rádio, tv, revistas e jornais e é
bom que esteja associada a uma promoção ou coquetel de lançamento. A segunda é a
divulgação permanente – feita dia a dia, através da qualidade do serviço prestado. É a que
mantém os clientes assíduos. A terceira é a específica - direcionada a atuações específicas –
fazer degustação em eventos específicos, por exemplo.
DIVERSIFICAÇÃO
Para alcançar o sucesso neste mercado é importante oferecer diferenciais. Procurar novas
formas de apresentar os produtos tornando-os mais atrativos que os do concorrente.
Incrementar as vendas, usando os meios de comunicação disponíveis no mercado,
implementar sistemas de vendas diversificados. Uma boa forma de diversificar seu leque de
atuação é agregando valor ao produto principal. As variedades num laticínio ficam por conta
dos itens produzidos. Variar nos sabores de iogurtes, queijos e qualhadas.
Outra forma de fazer diferente está no processo de esterilização do leite que pode ser feito
dentro do próprio frasco, depois de envasado, através do aquecimento controlado de toda a
embalagem, que se expande.
NOTÍCIAS
Revista Leite Brasil
http://www.leitebrasil.org.br/revista.htm
LEITE CAPRINO: UM NOVO ENFOQUE DE PESQUISA
Arlindo Luiz da Costa
Um produto começa a se firmar e ganhar conceito como um alimento de valor na dieta do
povo brasileiro. Trata-se do leite de cabra. Ele tem valor nutritivo e é conhecido, contendo os
elementos necessários à nutrição humana, como Açúcar (Lactose), Proteínas, Gorduras,
Vitaminas, Ferro, Cálcio, Fósforo e outros minerais.
O produto tem reação alcalina e dificilmente azeda no estômago humano, tornando-se assim
um fator de alta eficiência no tratamento de cólicas em crianças. Sua digestibilidade é elevada
e ocorre pelo tamanho reduzido e fácil dispersão dos seus glóbulos de gordura e pela sua
proteína de coagulação que forma uma coalhada fina, macia e com perfeita digestão em um
curto espaço de tempo.
A produção nacional diária de leite de cabra é de 22.000 litros, sendo a produção mensal de
660.000 litros e a produção anual de 7.920.000 litros. O potencial de demanda, mesmo se
considerando que a clientela para o leite de cabra é formada por um público diferenciado é,
com certeza, o dobro destes valores de produção, havendo, portanto, um déficit de oferta de
22.000 litros de leite por dia e 660.000 litros de leite por mês.
A região Nordeste produz diariamente 10.000 litros de leite de cabra, 45.4% da produção
nacional. O Estado do Rio Grande do Norte é o principal produtor, com 8.500 litros-dia. No
Estado do Ceará, a produção de leite diária chega aos 1.000 litros, sendo que a região Norte
do Estado apresenta um potencial de produção de 400 litros de leite por dia.
A produção do Sudeste é de 12.000 litros, 54.6% de todo o leite de cabra que é produzido no
País, e por apresentar uma cadeia produtiva organizada, com processamento industrial e a
garantia de comercialização do leite e de seus derivados, o que garante a evolução do setor.
O leite de cabra aos poucos vai gerando emprego e renda nas propriedades rurais. O mercado
está subdividido em venda de leite fluído (93%), venda de leite em pó (4%) e venda de
queijos, doces e iogurtes (3%). O preço médio do leite in natura adquirido aos produtores é de
R$ 0,70 e o leite pasteurizado chega aos varejistas com o preço médio de R$ 1,30 e chega aos
consumidores a um preço médio de 1,80.
No Estado do Rio Grande do Norte, por exemplo, existe uma atividade organizada com 300
produtores em 33 municípios com produção diária de 8.500 litros de leite gerando ao todo
35.000 empregos e garantindo uma renda de um salário mínimo de R$ 180.00 por mês com a
produção de sete cabras em lactação. Este leite está sendo adquirido pelo Governo daquele
Estado e distribuído para a merenda escolar e para crianças carentes já tendo contribuído para
reduzir em 39% a mortalidade infantil naquela região.
Em atenção à importância do produto leite de cabra para a diversificação das atividades rurais,
a pesquisa agropecuária, através da Embrapa Caprinos, criou um Núcleo de Pesquisa que tem
como tema central o agronegócio sustentável do leite caprino com qualidade, dando ênfase à
produção, ao processamento e ao mercado, com o objetivo geral de contribuir para promover
o desenvolvimento da cadeia produtiva da caprinocultura leiteira.
O Núcleo Temático de Pesquisa com leite de cabra já está em funcionamento e de inicio estão
sendo desenvolvidas, a partir de demandas solicitadas pelos próprios produtores, três
propostas de Pesquisa relacionadas com Biotécnicas de Reprodução em Pequenos Ruminantes
Domésticos com Inseminação Artificial e Transferencia de Embriões, Sistemas de Alimentação
para Cabras Leiteiras e Avaliação da Resistência a Verminose Gastrointestinal em Caprinos
Leiteiros.
Apesar de ser recomendado por médicos e nutricionistas como uma opção de alimento que
deve ser consumido por crianças alérgicas ao leite de vaca e por idosos, o leite de cabra deve
ter seu uso orientado como um fator de elevado potencial nutritivo capaz de proporcionar à
população em geral uma alimentação completa.
Espera-se, com mais essa ação, um aumento no consumo e um crescimento da produção de
leite de cabra em nossa região, estimulando o setor de laticínios, aumentando o emprego e a
renda, melhorando as condições de vida do homem do campo e reduzindo o êxodo rural.
Fonte: http://www.cnpc.embrapa.br
CURSOS E TREINAMENTOS
Videocurso – Centro de Produções Técnicas
Rua Dr. João Alfredo 130 - Bairro Ramos - Viçosa-MG
CEP: 36570-000
Tel.: (31) 3899-7000 / Fax: (31) 3899-7091
http://www.cpt.com.br/produtos
Boas Práticas de Higiene e Manipulação de Alimentos
Carga horária: 12 horas
SENAC – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial
Av. Marechal Mascarenhas de Moraes, 2077, Bento Ferreira
Vitória/ES
CEP: 29052-121
Tel.: 3325-8222 - 3325-8311
http://www.es.senac.br
EVENTOS
Expo Inverno de Caprinos e Ovinos
Local: Parque de Exposições da Secretaria de Agricultura do Estado do Ceará
Organização: Clube do Berro
AV. Sargento Hermínio, 2677
Cep: 60350-502
Fortaleza/CE
Tel.: (85) 3281-3603
EXPOMILK - Feira internacional da Cadeia Produtiva do Leite
Exposição Nacional da Pecuária Leiteira
Organização: Associação Brasileira dos Produtores de Leite.
Rua Bento Freitas, 178/9º, São Paulo/SP
CEP: 01220-000
Tel.: (11) 3221-3599 / Fax: (11) 3222-6495
E-mail: [email protected]
http://www.leitebrasil.org.br
ACAPS - Convenção Capixaba de Supermercados
Periodicidade: anual
Local: Pavilhão de Carapina – Serra/ES
Organização: ACAPS – Associação Capixaba de Supermercados
Tel.: 3324-3599
http://www.acaps.com.br
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
É interessante fazer uma consulta à “Cartilha do Fornecedor Capixaba”, que se encontra
disponível na Biblioteca do SEBRAE/ES.
Essa atividade exige o conhecimento de algumas leis:
- Lei Federal nº. 8.078/1990 - Código de Defesa do Consumidor.
- Lei Municipal nº. 6.080/2003 – Código de Posturas e Atividades Urbanas do Município de
Vitória.
- Lei 6.705/2006 – Aprovou o PDU do Município de Vitória.
- Portaria nº. 326/SUS/MS/97. Aprova o Regulamento Técnico; "Condições Higiênico-sanitárias
e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Produtores / Industrializadores de
Alimentos", disponível no site do Ministério da Agricultura.
- Lei Federal nº. 6.437/77 - Configura infrações à legislação sanitária federal, estabelece as
sanções respectivas, e dá outras providências.
- Decreto-Lei nº. 986/69 - Institui Normas Básicas sobre Alimentos.
REGISTRO ESPECIAL
Para registrar sua empresa você precisa de um contador. Profissional legalmente habilitado
para elaborar os atos constitutivos da empresa, auxilia-lo na escolha da forma jurídica mais
adequada para o seu projeto e preencher os formulários exigidos pelos órgãos públicos de
inscrição de pessoas jurídicas. Além disso, ele é conhecedor da legislação tributária à qual está
subordinada a nossa produção e comercialização. Mas, na hora de escolher tal prestador de
serviço, deve-se dar preferência a profissionais qualificados, que tenha boa reputação no
mercado e melhor que seja indicado por alguém que já tenha estabelecido com ele uma
relação de trabalho.
Para legalizar a empresa é necessário procurar os órgãos responsáveis para as devidas
inscrições:
- Você deve procurar a prefeitura da cidade onde pretende montar a seu laticínio para fazer a
consulta de local;
- Registro na Junta Comercial;
- Registro na Secretaria da Receita Federal (CNPJ);
- Registro na Secretaria Estadual de Fazenda – Sefaz-ES;
- Registro na Prefeitura do Município para obter o alvará de funcionamento;
- Enquadramento na Entidade Sindical Patronal (empresa ficará obrigada a recolher por
ocasião da constituição e até o dia 31 de janeiro de cada ano, a Contribuição Sindical
Patronal);
- Cadastramento junto à Caixa Econômica Federal no sistema “Conectividade Social - INSS”.
- Corpo de Bombeiros Militar.
- O projeto da estrutura deverá ser entregue no Serviço de Inspeção de Produto Animal, da
Delegacia Federal de Agricultura e do Abastecimento no Estado em que estiver sendo
pretendida a instalação da indústria. Esses documentos serão anexados ao pedido inicial para
aprovação do terreno (que deverá ser feito previamente), analisados e remetidos para o
Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal - DIPOA - em Brasília, para
aprovação prévia.
ENTIDADES
EMBRAPA CAPRINOS - Centro Nacional de Pesquisa de Caprinos
Estrada Sobral/Groaíras, Km 04 - Zona Rural, Sobral/CE
Caixa Postal: D-10
CEP: 62011-970
Tel.: (88) 3677-7000
Fax: (88) 3677-7055
http://www.cnpc.embrapa.br
ARCO
Av. 7 de Setembro, 1159 – Caixa Postal 145, Bagé/RS
Tel.: (53) 3242-2422 / 3242 2871
BRASTEXEL
Av. Borges de Medeiros, 541 - 5º andar, Porto Alegre/RS
CEP: 90020-023
Tel.: (51) 3211-0930
Associação Brasileira dos Criadores de Ovinos da Raça Morada Nova
Rua Raul Nogueira, 9, Morada Nova/CE
CEP: 62940-000
Tel.: (88) 3422-1234
ABCD - Associação Brasileira dos Criadores de Deslanados
Fortaleza/CE
Tel.: (85) 3261-8327
http://www.baydenet.com.br/users/ocapana
ASSOCAPRE - Associacao dos Ovinocaprinocultores da Regiao de Eunápolis
Eunápolis/BA
Tel.: (73) 9985-2597
Fax: (73) 3281-1007
E-mail: [email protected].
ABRINI - Associação de Indústria de Iogurte
Praça Dom José Gaspar, 30 - 10ª - São Paulo/SP
CEP: 01047-901
Tel.: (11) 3259-3251 - Fax: (11) 3259-8482
ITAL – Instituto de Tecnologia de Alimentos
Av. Brasil, n.º 2880 - Jardim Brasil - Campinas –SP
Caixa Postal 139 - CEP 13.073-001
Tel.: (019) 3743-1700
http://www.ital.sp.gov.br
IAC - Instituto Agronômico de Campinas
Av. Barão de Itapura, 1481, Campinas/SP
CEP: 13020-902
Tel.: (19) 3231-5422
http://www.iac.sp.gov.br
Ministério da Saúde
http://www.saude.gov.br
Agencia Nacional de Vigilância Sanitária
SEPN 515, Bloco B - Edifício Ômega
Brasília/DF
CEP: 70770-502
Tel.: (0xx61) 3448-1000
http://www.anvisa.gov.br
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS PRODUTORES DE LEITE.
Rua Bento Freitas, 178/9º
São Paulo/SP
CEP: 01220-000
Tel.: (11) 3221-3599
Fax: (11) 3222-6495
E-mail: [email protected]
http://www.leitebrasil.org.br
Procon – Vitória
Casa do Cidadão João Luiz Barone
Av. Maruípe, nº. 2544 – Itararé, Vitória/ES
CEP: 29.045-230
Tel.: (27) 3382-5545
http://www.vitoria.es.gov.br/procon/procon.htm
Junta Comercial do Estado do Espírito Santo
Av. Nossa Senhora da Penha, 1433, Praia do Canto - Vitória/ES
CEP: 29045-401
Tel.: (27) 3135-3167
http://www.jucees.es.gov.br
Prefeitura de Vitória
SEDEC – DCOPP – Secretaria de Desenvolvimento Urbano
Rua Vitória Nunes da Mota, 220, CIAC, Ed. Ítalo Batan Regis, Enseada do Suá – Vitória/ES
CEP: 29010-331
Tel.: (27) 3135-1097
http://www.vitoria.es.gov.br/home.htm
Secretaria da Receita Federal
Rua Pietrângelo de Biase, n°. 56, Centro, Vitória/ES
Tel.: 3322-0711 e 146
http://www.receita.fazenda.gov.br
Secretaria de Estado da Fazenda do Espírito Santo
Rua Duque de Caxias, no. 105, Centro – Vitória/ES
CEP: 29010-000
Tel.: (27) 3380-3922 / 3848 / 3894 - Fax: (27) 3380-3963
E-mail: [email protected]
http://www.sefaz.es.gov.br
Prefeitura de Vitória
SEMUS - Sec. Municipal de Saúde – Vigilância Sanitária do Município de Vitória.
Av. Mal. Mascarenhas de Moraes, 1185, Forte São João – Vitória/ES
CEP: 29010-331
Tel.: (27) 3132-5047 / 3132-5044 / 3132-5045
http://www.vitoria.es.gov.br/home.htm
Divisão da Vigilância Sanitária Estadual
Av. Marechal Mascarenhas de Moraes, 2025, Bento Ferreira, Vitória/ES
CEP: 29052-121
Tel.: (27) 3137 –2427 - Fax: (27) 3137- 2432 / 2472
E-mail:[email protected]
http://www.saude.es.gov.br
FORNECEDORES E FABRICANTES
TETRA PAK
Av. Cristovão Colombo, 485/4º andar, Belo Horizonte/MG
CEP: 30140-140
Tel.: (31) 2101-4600
Fax: (31) 2101-4101
E-mail: [email protected]
http://www.tetrapak.com.br
Frigomor Indústria e Comércio Ltda.
Rua Dr. Arthur Rodrigues de Castro, nº. 99, São Carlos/SP
CEP: 13570-410
Tel.: (16) 3363-4242
Fax: (16) 3363-4249
E-mail: [email protected]
http://www.frigomor.com.br
SUMÁ Indústria e Comércio LTDA.
Rua. São Luiz do Paraitinga, 1458, Jardim Trevo - Campinas/SP
CEP: 13031-070
Tel.: (19) 3272-9005
E-mail: [email protected]
Produtos: Fornecedor de equipamentos para laticínios.
DAN - FOOD – Comércio e Representações Ltda.
Av. Brig. Faria Lima, 1664 CJ 1113/1114
São Paulo / SP
CEP: 01452-001
Tel.: (11) 3815-8795
Fax: (11) 3815-2663
South América Indústria Ltda
Rua João Daprat, 231 – Rudge Ramos, São Bernardo do Campo/SP
CEP: 09600-010
Fone: (11) 4366-3100
Fax: (11) 4366-3103
E-mail: [email protected]
http://www.apv.com
West Indústria Comércio e Representação
Rua Jayme Schmitz, 27 – Encosta do Sol, Juiz de Fora/MG
CEP: 36083-013
Fone: (32) 3224-8558
Fax: (32) 3224-7955
E-mail: [email protected]
http://www.westequipamentos.com.br
Globo Inox Equipamentos Industriais
Av. Cavalhada II, 800 - Parque dos Anjos, Gravataí/RS
CEP: 94180-510
Tel.: (51) 3489-2400
Fax: (51) 3488-1734
E-mail: [email protected]
http://www.globoinox.com.br
Inoxmilk Ind. e Com. Ltda
Rua José Capistrano, 568 – Pinhão Roxo, Lambari/MG
CEP: 38480-000
Tel.: (35) 3271-1770
E-mail: [email protected]
http://inoxmilk.com.br
Miraínox Indústria e Comércio Ltda
Rod. Ataulfo Alves, 145 Km 0 – Miraí/Cataguases, Miraí/MG
CEP: 36790-000
Tel.: (32) 3426-1764
E-mail: [email protected]
http://www.mirainox.com.br
Leite
Leite de Cabra Maméia
http://www.sitiorekantinho.com.br
BIBLIOGRAFIA
- Tips Brasil
- Fábrica de laticínios. Série Agronegócios. “Como Criar Cabras”. Sebrae. 1997
- Sites:
http://www.leitebrasil.org.br
http://www.milkpoint.com.br
http://www.ablv.org.br
http://www.dipemar.com.br/leite
http://www.agrocentro.com.br/expomilk
http://www.cnpc.embrapa.br
http://www.sitiorekantinho.com.br
http://www.ladell.com.br
ÁREA RESPONSÁVEL E DATA DE ATUALIZAÇÃO
UAC – Unidade de Atendimento e Comercio - SEBRAE/ES
Data de atualização: Janeiro de 2007.
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