C.8.1 - Genética. Comparação genética entre dois bancos de bivalves da espécie Castalia ambigua do Rio Tocantins. 1 2 3 Marianne C. da C. Silva , Aldilene G. Monteiro , Mayra N. C. Baldez , Claudia H. Tagliaro 4 1. Estudante de IC da Faculdade de Ciências Naturais LCBE/IECOS/UFPA Campus Bragança/PA 2. Estudante de IC da Faculdade de Ciências Biológicas LCBE/IECOS/UFPA Campus Bragança/PA 3. Estudante de IC da Faculdade de Ciências Biológicas LCBE/IECOS/UFPA Campus Bragança/PA 4. Professora-Pesquisadora LCBE/IECOS/UFPA Campus Bragança/PA Palavras Chave: COI, Hyriidae, populações Introdução A carência de estudos em relação aos bivalves amazônicos dificulta a criação de políticas de conservação. Castalia ambigua é um bivalve da família Hyriidae, da tribo Castaliini, amplamente distribuída na bacia Amazônica. O estudo teve por objetivo comparar molecularmente, através do sequenciamento do gene citocromo c oxidase subunidade I (COI), espécimes de Castalia ambigua do rio Tocantins, coletadas em dois bancos proximamente localizados. Tabela 1. Diversidades haplotípicas e nucleotídicas. Diversidades Haplotípica (h) Nucleotídica (π) Grupo A Capim Tabatinga Capim 0,5111 0,4646 0,6583 0,9524 0,0016 0,0016 0,0044 0,0067 Tabela 2. Testes de neutralidade de Tajima (D) e de Fu (FST), de R2 e a Soma dos Desvios do Quadrado (SSD) e suas probabilidades (P). Grupo A Resultados e Discussão A amostragem foi realizada no rio Tocantins na Ilha Capim (N=26) e na ilha Tabatinga (N=33). O fragmento de COI foi amplificado pela técnica da PCR, com os iniciadores: LCO1490 e HCO 2198 Folmer et al., (1994) com temperatura de hibridização à 47°C. O sequenciamento foi pelo método didesoxiterminal de Sanger et al. (1987). As sequências foram alinhadas no programa BIOEDIT (Hall, 1999). As análises populacionais foram realizadas nos programas DNAsp 5 program (Librado & Rozas, 2009) e ARLEQUIN 3.5.1.2 program (Excoffier & Lischer, 2010). A rede de haplótipos foi desenhada no programa Network (Bandelt et al., 1999). As sequências de COI geraram um banco de dados com 580 sítios nucleotídicos. As amostras das duas localidades mostraram heterogeneidade (AMOVA; P=0,015). Na rede de haplótipos foi observada que as sequências de COI se dividiram em dois grupos. A e B. foram gerados 7 haplótipos do grupo A, sendo o HA1 o mais frequente e os haplótipos HA1 e HA3 compartilhados entre as amostras de Capim e Tabatinga. E no grupo B foram observados 8 haplótipos, sendo o HB1 o mais frequente e os haplótipos HB3 e HB4 compartilhados entre as amostras dos dois pontos de coleta. No grupo A, os índices de diversidades haplotípicas e nucleotídicas nos dois pontos foram moderados e baixos, respectivamente. No grupo B a diversidade haplotípica for moderada em Capim e alta em Tabatinga e as diversidades nucleotídicas foram baixas nos dois pontos, porém maiores que no grupo A. Os resultados do teste de neutralidade de Tajima (D) e o de Fu (Fs) para os grupos A e B de ambos os anos não foram significativos. Apesar do teste R2 apresentar significância sugestiva de expansão populacional recente, os resultados de SSD e Fs não apoiaram esta hipótese. Estudos adicionais estão sendo ser realizados para verificar a possibilidade da existência de espécies crípticas. Grupo B Tabatinga D (P) Fs (P) R2 (P) SSD (P) Capim 1,24468 (0,117) 0,39010 (0,512) 0,21459 (0,638) 0,2482 (0.000) Tabatinga -1,48477 (0,063) 2,02182 (0,069) 0,14268 (0,006) 0,30302 (0,000) Grupo B Capim 1,43580 (0,929) 2,14798 (0,871) 0,14887 (0,943) 0,10874 (0,101) Tabatinga 1,10412 (0,167) -1,64228 (0,110) 0,20819 (0,449) 0,04831 (0,311) Figura 1. Rede de Haplótipos. Capim: Vermelho; Tabatinga: Azul Conclusões A presença de dois grupos distintos de C. ambigua pode ser devido à retenção de duas linhagens mitocondriais ancestrais ou pela presença duas espécies crípticas. Agradecimentos Ao PIBIC/FAPESPA, FAPESPA/VALE S.A (Edital 001/2010, Processo: 2010/110634; ICAAF 057/2011). Licença ambiental do ICMBio para coleta número 21187-1. ______________________________________________ Bandelt HJ et al.(1999) Mol. Biol. Evol. 16:37-48. Excoffier L, Lischer, HEL (2010). Mol. Ecol. Resour. 10:564-567. Folmer O. et al. (1994) Mol. Marine Biol. Biotech. 3: 294-299. Hall T.A. (1999). Nucleic Acids Symp. Ser. 41: 95-98. Librado P, Rozas J (2009) Bioinformatics, 25: 1451-1452. Sanger F. et al. (1977) Proc Nat. Acad. Sci. USA, 74, 5463-546 67ª Reunião Anual da SBPC