Filogeografia do Complexo Myrcia laurotteana
Cambess. (Myrtaceae)
Anna Victoria Silvério Righetto Mauad
Iniciação Científica (PIBIC/CNPq)
Eric de Camargo Smidt, Viviane da Silva-Pereira, Duane F. Lima, Renato Goldemberg
O complexo M. laruotteana é constituído por M.
laruotteana, M. selloi, M. lajeana e M. tomentosa.
Dezessete populações destas espécies foram
analisadas utilizando o sequenciamento de dois
fragmentos do DNA plastidial, rpl2–psbA e rpL32–
trnL, para determinar a variabilidade e a estruturação
genética interpopulacional histórica e verificar se
existem relações entre padrões genéticos e
geográficos que ajudem na delimitação destas
espécies.
Foram gerados 23 haplótipos, com os quais foi montada uma
rede (Figura 01), que está disposta em estrela, indicando
derivação de todos a partir de um ancestral. A AMOVA realizada
para os grupos taxonômicos atuais mostrou que 58% das
variações genéticas se dão entre as populações e 42% dentro
delas, com pouca variação entre os grupos (3%), indicando falta
de sustentação genética para os nomes propostos. A análise
Bayesiana agrupou os indivíduos em 10 grupos genéticos ou
clusters. Uma AMOVA realizada para os clusters formados
indicou que 42% da variação ocorre dentro das populações, 37%
dentro dos clusters e 21% entre os clusters.
Foi realizada a extração, amplificação e
sequenciamento de DNA de 101 indivíduos
amostrados para as duas regiões intergênicas.
Foram obtidas as sequências consenso e o
alinhamento
das
regiões.
Os
haplótipos
contabilizados das duas regiões combinadas
passaram por análises de Variância Molecular
(AMOVA) e Bayesiana. Valendo-se também das
coordenadas geográficas de cada população, foi
elaborada uma rede haplotípica
Figura 01: Rede de
haplótipos. Círculos
representam
os
haplótipos
e
os
traços os passos
mutacionais.
AVISE, J. C.. 2000
KOICHIRO, T. et al. 2011
LUCAS, E.J. et al. 2011
NYBOM, H. et al. 2000
PEAKALL, R. et al. 2012
Os primers utilizados para as duas regiões se mostraram
bastantes variáveis. As AMOVAs indicaram grande variação
genética entre as populações de indivíduos e baixa variação
entre os quatro grupos taxonômicos, resultados que encontram
sustentação na rede de haplótipos formada, a qual indica a
derivação de todos os haplótipos a partir de um ancestral. Os
clusters derivados da Análise Bayesiana receberam maior
suporte, indicando que a circunscrição morfológica dos táxons
deve ser revista.
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