Setor 1202 CINEMÁTICA ESCALAR Prof. Calil MOVIMENTO UNIFORME – ENCONTRO DE PONTOS MATERIAIS ULTRAPASSAGEM DE CORPOS EXTENSOS – aula 06 e 06 extra O corpo que executa o movimento uniforme mantém o valor absoluto da velocidade constante, e, portanto a aceleração escalar (tangencial) é nula. Obtém-se apenas a posição S num dado instante t, pois o valor da velocidade fica inalterado. Para se obter a posição S, podemos adotar dois procedimentos: 1- Procedimento Físico - Saber o valor da posição ocupada pelo corpo no instante inicial da cronometragem (t = 0). É o espaço inicial = S0 ou posição inicial. -Saber como as posições variam com o tempo, dado pelo valor da velocidade =V -Usando a regra de três: Se o corpo se desloca V posições em cada 1 instante, em t s irá se deslocar ∆S. Como saiu da posição So, e deslocou-se ∆S, chega no instante t considerado, na posição So + ∆S = S, que é a posição do corpo no instante t. Em 1s desloca-se V Sno instante t = Sinicial + ΔS V.t = ΔS Em ts desloca-se ΔS 2- Procedimento Matemático Determina-se a função horária, equação que fornece o valor da posição S do corpo, em cada instante t. Retrata o fenômeno físico. “Se o corpo sai da posição So e avança V posições em cada instante, então: Sno instante t = So + V.t 3- Gráficos S=f(t) S So α v=f(t) aescalar=f(t) V a v ângulo α = zero T tg α = V T área = ΔS T tgα = ΔV = zero (v constante) ENCONTRO DE PONTOS MATERIAIS que executam mU Cálculo do valor da velocidade relativa = Vr Quando dois pontos materiais A e B separados pela distância inicial D, deslocam-se sobre uma mesma trajetória orientada, é conveniente supor que um deles está parado, passando a ser um referencial. Então, o outro corpo se aproxima ou se afasta daquele que está sendo considerado como referencial, com uma velocidade relativa VA,B (velocidade de A em relação à B), ou VBA (velocidade de B em relação a A). Notar que VAB = VBA. Caso aconteça o encontro dos pontos, o tempo e a posição do encontro ficam facilmente definidos usando-se a noção da velocidade relativa. Podem acontecer duas situações: a) Os pontos movem-se em sentidos opostos A velocidade relativa é a soma das velocidaD des dos pontos: VAB = VBA = VR = VA + VB VA VB Monta-se a seguinte regra e três: A B inicial inicial Se em 1 Instante se aproximam VR, para se SA =0 SB =D aproximarem D (distância inicial) gastarão TE ponto do encontro: D = 0 tempo gasto para se encontrarem Exemplo: Sejam dois pontos materiais A e B, separados pela distância inicial D = 100m, movendo-se com velocidades VA = 3 m/s e VB = 7 m/s. Para um observador, em cada 1 segundo A avança 3m, enquanto no mesmo segundo B volta 7m. Portanto, neste segundo eles se aproximaram 10m. Se em cada 1 segundo se aproximam 10m (VR), para se aproximarem os 100m iniciais que os separava,levarão 10s. O tempo gasto para os pontos se encontrarem é: TE = 10s Posição do encontro: Supondo-se que A saia da posição SoA = 0 m, como ele avança 3m em cada 1s (VA = 3m/s), em 10s, que é o tempo gasto para que A se encontre com B, ele desloca-se 30m. Como saiu da posição zero, chega à posição do encontro: S encontro = 30m b) Os pontos movem-se no mesmo sentido. A velocidade relativa é a subtração das velocidaencontro: SA=SB des dos pontos: VR = VAB = VBA = VA - VB D O procedimento para se obter o tempo de encontro é o mesmo descrito no item a. VA VB D=0 Lembrar que VA tem que ter valor maior que VB. Seja o ponto A aquele o ponto que está atrás de B. No instante em que começamos a resolver o problema, sua posição inicial é a origem (SoA = 0). Se o ponto A mantém a velocidade VA, então em cada 1 instante ele avança VA posições enquanto B avança menos, pois a sua velocidade VB é menor. A velocidade relativa de B em relação a A será: VA,B = VA – VB. Então: 1 segundo A avança VA,B posições. Para avançar D posições, (distância inicial entre A e B), gastará o tempo TE . Procedimento Matemático para se obter o tempo e o ponto do encontro Escrevem-se as funções horárias de cada ponto. No encontro, a posição é mesma para os dois pontos. Então igualamos as funções horárias para obter o instante do encontro. Em seguida, substituindo-se o instante do encontro obtido em qualquer uma das funções horárias, obtemos a posição do encontro. Vamos usar os dados do exemplo apresentado no item a: Supondo que o ponto A saia da origem, o ponto B estará neste instante na posição SB= 100m, pois a distância inicial entre eles é D = 100m. Temos: SA = S0 + VA.t SA = 0 + 3.t SA = 3.t SB = So + VB.t SB = 100 + (- 7).t SB = 100 – 7.t 0 SE 100 No encontro: SA = SB: 3.t = 100 - 7.t 10.t = 100: TE = 10s VA=3m/s VB = - 7m/s Considerando-se a função horária de A: SA = 3.t SA = 3.10 e: SA = SE = 30m Considerando-se a função horária de B: SB = 100 – 7.t SB = 100- 7.10 e: SB = SE = 30m Ultrapassagem de corpos extensos Quando os corpos têm dimensões apreciáveis em relação aos dados do problema, para facilitar a solução dos problemas de ultrapassagem envolvendo estes corpos consideramos um ponto em cada corpo os mais distantes entre si . Ao determinarmos o tempo gasto para que estes pontos se encontrem, estaremos determinando o tempo gasto na ultrapassagem dos corpos extensos. Exemplo: Sejam dois trens, A e B, com comprimentos de 200m e 600m respectivamente. Se a velocidade de A for igual a 40m/s e a LA=200m de B 20 m/s, e os trens se movimentam A LB=600m A B B em sentidos opostos. D O ponto na traseira de A avança 40 m em cada 1 segundo, e o ponto na traseira VA VB de B volta 20 m no mesmo 1 segundo. D=0 Então, em cada 1 segundo a distância entre os pontos diminui 60m (VR = VA + VB).Para se aproximarem os 600m iniciais gastaram 10 segundos, que é o tempo que os trens gastam para completarem a ultrapassagem. O tempo de ultrapassagem pode ser também calculado matematicamente igualandose as funções horárias dos pontos A e B. SA = 0 + 40.t 40.t = 600 - 20.t SB = 600 - 20.t 40.t + 20.t = 600 60.t = 600 T = 10s