Linguagens, Códigos e suas
Tecnologias - Português
Ensino Médio, 2º Ano
Pontos de vista em textos publicitários, opinativos, literários
LÍNGUA PORTUGUESA, 2º Ano do Ensino Médio
Pontos de vista em textos publicitários, opinativos,
literários
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Área: códigos, linguagens e suas tecnologias
Disciplina: Língua Portuguesa
Ano: 2º ano do Ensino Médio
Tempo: cerca de 12 aulas
Tema: A televisão brasileira
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Pontos de vista em textos publicitários, opinativos,
literários
Conteúdos
• Produção e compreensão de textos orais
• Expressão de opiniões pessoais
• Leitura e compreensão de textos
• Pontos de vista em textos publicitários, opinativos e
literários
• Produção de textos escritos
• Texto ou parágrafo argumentativo
• Pesquisa bibliográfica
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literários
Literatura
• Análise crítica de texto literário
• Aspectos formais da crônica
Análise linguística
• Verbos no imperativo
• Forma literária
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Exiba o vídeo “História da TV no
Brasil”
• http://www.youtube.com/watch?v=Chj161oJCEo
• (O vídeo faz um breve resumo da história da
televisão no Brasil, destacando fatos muito
relevantes,
culturalmente
e
historicamente,
mostrados pela TV. Também mostra a importância
desse meio de comunicação na vida dos brasileiros,
ao mantê-los informados e atualizados).
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Agora, o aluno responde oralmente:
• Você conhece/já ouviu falar de alguns dos fatos citados
/mostrados no vídeo? Se sim, quais? Se não, vamos consultar
o livro de História .
• Você acha que a TV tem muita importância na vida da
sociedade? Por que isso ocorre?
• Quantas horas por dia você passa em frente à TV?
• Quais são seus programas preferidos?
• O que considera importante em um programa de TV?
• O que tem de positivo e negativo na programação da
televisão brasileira?
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Oriente que o aluno observe, com atenção, o vídeo a
seguir para responder às questões:
• http://www.youtube.com/watch?v=yYD1shrj78g
• a. Que argumentos são utilizados para influenciar/persuadir/convencer o
público-alvo?
• b. A força argumentativa do anúncio está focada mais nas imagens ou nos
enunciados verbais?
• c. A argumentação (em seu conjunto) apela mais para a dimensão
cognitiva (lógica, racional) ou para a dimensão afetiva (emocional)?
• d. Qual a consistência dos argumentos utilizados no anúncio? (São bem
fundamentados ou podem ser facilmente refutados mediante uma análise
crítica?)
• e. Que ideias (valores, princípios, concepções de mundo) são veiculadas
por meio do anúncio e como elas são apresentadas (de modo explícito ou
implícito)?
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É importante lembrar...
• Uma característica importante do texto publicitário diz
respeito à sua função apelativa e ao seu caráter persuasivo.
O processo de persuasão inclui algumas etapas como
chamar a atenção, seduzir e convencer. O convencimento,
porém, depende da argumentação.
• Argumentação, no texto publicitário, não se reduz à
utilização de argumentos lógicos e racionais (como nos
textos dissertativos convencionais), recorrendo com
frequência a apelos emocionais, tanto por meio de
enunciados verbais como de imagens que buscam
sensibilizar o público-alvo.
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O vídeo a seguir deve ser comparado ao exibido na aula
anterior
• http://www.youtube.com/watch?v=gOJ49yAlMwU
• a. Os argumentos utilizados para
influenciar/persuadir/convencer o público-alvo são os mesmos
usados na propaganda do Itaú?
• b. A força argumentativa do anúncio está focada mais nas
imagens ou nos enunciados verbais?
• c. A argumentação apela mais para a lógica ou para a emoção?
• d. Qual a consistência dos argumentos utilizados no anúncio?
(São bem fundamentados ou podem ser facilmente refutados
mediante uma análise crítica?).
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• e. Observe a atitude do cachorro ao pegar o frango e o que
acontece com ele ao final da propaganda e conclua: que ideia
é transmitida sobre pegar algo sem o dono ver?
• f. Essa ideia é apresentada de modo explícito ou implícito?
• g. Quais são as possíveis consequências da veiculação dessas
ideias para adolescentes e jovens com pouca orientação da
família e/ou da escola, nesse sentido?
• h. Nas duas propagandas, a mensagem final sobre valores e
atitude é positiva ou negativa?
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• Para complementar esse estudo, o aluno deve
realizar em casa, e, em grupo, uma pesquisa
sobre a propaganda que as redes de TV fazem
para se promoverem e trazer vídeos ou outros
textos (cartaz, revista, foto, etc) que a
demonstre/ilustre. (Não se esquecer de anotar a
fonte da pesquisa). O resultado deve ser
apresentado na aula seguinte.
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• Um ou dois trabalhos serão selecionados para
que todos analisem, oralmente, o ponto de
vista e os recursos utilizados para persuadir o
telespectador, inclusive os linguísticos, como
os verbos no imperativo.
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Faça com os alunos a análise da charge abaixo, observando
seu conteúdo e ressaltando o ponto de vista do autor sobre
a televisão brasileira.
•
Veja a charge no link abaixo:
•
http://perlbal.hi-pi.com/blogimages/341230/gd/128200609
4/Horario-politico-na-tv.jpg
•
•
•
Observe a expressão e o vestuário da mulher
e responda: você a considera vaidosa?
Relacione essa imagem àquela da mulher
moderna que contabiliza conquistas e
acúmulo de papéis dentro da sociedade.
O que denota a expressão da mulher frente ao
conteúdo da TV? E a atitude dela, o que
denota?
A que se refere à série de bla bla bla que sai
da televisão? E a lata em que ela cai? Por que
a lata está transbordando? Por que a mulher
segura vassoura e pá ?
Qual seria, então, o ponto de vista do chargista
sobre a televisão?
Você concorda com a opinião do chargista?
Justifique sua resposta.
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Em casa, os alunos devem comparar o ponto de vista
do chargista na charge abaixo (ou na seguinte, ou nas
duas) sobre a TV com aquele percebido no comercial
de uma rede de TV, conforme pesquisa realizada.
•
Veja a charge no link abaixo:
•
http://sandromeira12.files.wordpress.com/2
010/01/chavez.jpg
•
•
•
A partir das imagens e da parte
verbal da charge, reflita: qual seria
o ponto de vista do chargista
sobre a televisão brasileira?
Você concorda com essa opinião?
Justifique.
Alguns programas deveriam,
realmente, sair do ar? Por quê?
Nesse caso, qual o poder de
escolha do telespectador?
A própria rede de TV deve fazer
alguma coisa quanto a isso? E o
poder público? E você, enquanto
cidadão?
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Veja a charge no link abaixo:
http://1.bp.blogspot.com/-VlSpmWDfnQ/Txl2B5c5lI/AAAAAAAAEXM/pwoF90nFfo/s1600/charge+tv+brasileira
.jpg
• A modernidade
citada na charge é
do eletrodoméstico
ou do conteúdo da
televisão?
• A modernidade da
programação da TV
pode ser percebida
pelo telespectador?
• E você, como se
sente diante disso?
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Neste momento, alguns alunos apresentam as
tarefas de casa e expõem suas conclusões
• Em seguida, a crônica Ela, de Luis Fernando
Veríssimo, deve ser lida (da forma que você
julgar melhor) e analisada para que os
alunos possam perceber o ponto de vista do
autor sobre a TV e, ainda, observar que a
argumentação também ocorre em textos
literários.
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•Antes de iniciar a leitura da crônica, informe o título
(Ela) e peça que os alunos levantem hipóteses: de que
trata a crônica? (depois da leitura, é bom comentar
sobre essas hipóteses, a intenção do autor ao escolher
o título e a importância deste em qualquer texto).
• Faça uma rápida revisão sobre as características do
gênero e sobre o autor.
• Chame a atenção, ainda, para o contexto histórico, o
momento em que a crônica foi produzida.
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ELA – Luís Fernando Veríssimo
Ainda me lembro do dia em que ela chegou lá em casa. Tão pequenininha!
Foi uma festa. Botamos ela num quartinho dos fundos. Nosso Filho – Naquele
tempo só tinha o mais velho – ficou maravilhado com ela. Era um custo tirá-lo da
frente dela para ir dormir.
Combinamos que ele só poderia ir para o quarto dos fundos depois de fazer
todas as lições.
- Certo, certo.
- Eu não ligava muito para ela. Só para ver um futebol ou política. Naquele
tempo, tinha política. Minha mulher também não via muito. Um programa
humorístico, de vez em quando. Noites Cariocas… Lembra de Noites Cariocas?
- Lembro vagamente. O senhor vai querer mais alguma coisa? E me serve
mais um destes. Depois decidimos que ela podia ficar na copa. Aí ela já estava
mais crescidinha. Jantávamos com ela ligada, porque tinha um programa que o
garoto não queria perder. Capitão Qualquer Coisa. A empregada também
gostava de dar uma espiada. José Roberto Kely. Não tinha um José Roberto Kely?
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- Não me lembro bem. O senhor não me leva a mal, mas não posso servir mais nada
depois deste. Vamos fechar.
- Minha mulher nem sonhava em botar ela na sala. Arruinaria toda a decoração. Nessa
época já tinha nascido o nosso segundo filho e ele só ficava quieto, para comer, com ela
ligada. Quer dizer, aos poucos ela foi afetando os hábitos da casa. E então surgiu um
personagem novo nas nossas casas que iria mudar tudo. Sabe quem foi?
- Quem?
- O Sheik de Agadir. Eu, se quisesse, poderia processar o Sheik de Agadir. Ele arruinou o
meu lar.
- Certo. Vai querer a conta?
- Minha mulher se apaixonou pelo Sheik de Agadir. Por causa dele, decidimos que ela
poderia ir para a sala de visitas. Desde que ficasse num canto, escondida, e só aparecesse
quando estivesse ligada. Nós tínhamos uma vida social intensa. Sempre iam visitas lá em
casa. Também saíamos muito. Cinema, Teatro, jantar fora. Eu continuava só vendo futebol e
notícia. Mas minha mulher estava sucumbindo depois do Sheik de Agadir, não queria perder
nenhuma novela.
- Certo. Aqui está a sua conta. Infelizmente temos que fechar o bar.
- Eu não quero a conta. Quero outra bebida. Só mais uma.
- Está bem… Só mais uma.
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- Nosso filho menor, o que nasceu depois do Sheik de Agadir, não saía de frente dela. Foi
praticamente criado por ela. É mais apegado a ela do que à própria mãe. Quando a mãe briga
com ele, ele corre pra perto dela pra se proteger. Mas onde é que eu estava? Nas novelas.
Minha mulher sucumbiu às novelas. Não queria mais sair de casa. Quando chegava visita, ela
fazia cara feia. E as crianças, claro, só faltavam bater em visita que chegasse em horário nobre.
Ninguém mais conversava dentro de casa. Todo mundo de olho grudado nela. E então
aconteceu outra coisa fatal. Se arrependimento matasse…
- Termine a sua bebida, por favor. Temos que fechar.
- Foi a copa do mundo. A de 74. Decidi que para as transmissões da copa do mundo ela
deveria ser bem maior. E colorida. Foi a minha ruína. Perdemos a copa, mas ela continua lá, no
meio da sala. Gigantesca. É o móvel mais importante da casa. Minha mulher mudou a
decoração da casa para combinar com ela. Antigamente ela ficava na copa para acompanhar o
jantar. Agora todos jantam na sala para acompanhá-la.
- Aqui está a conta.
- E, então, aconteceu o pior. Foi ontem, hora do Dancin´Days e bateram na porta. Visitas.
Ninguém se mexeu. Falei para a empregada abrir a porta, mas ela fez “Shhh!” sem tirar os
olhos da novela. Mandei os filhos, um por um, abrirem a porta, mas eles nem me
responderam. Comecei a me levantar. E então todos pularam em cima de mim. Sentaram no
meu peito. Quando comecei a protestar, abafaram o meu rosto com a almofada cor de tijolo
que minha mulher comprou para combinar com a maquiagem da Júlia. Só na hora do
comercial, consegui recuperar o ar e aí sentenciei, apontando para ela ali, impávida no meio da
sala: “Ou ela, ou eu!”. O silêncio foi terrível.
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- Está bem… mas agora vá para casa que precisamos fechar. Já está quase clareando o
dia…
- Mais tarde, depois da Sessão Coruja, quando todos estava dormindo, entrei na sala, pé
ante pé. Com a chave de parafuso na mão. Meu plano era atacá-la por trás, abri-la e retirar uma
válvula qualquer. Não iria adiantar muita coisa, eu sei. Eles chamariam um técnico às pressas.
Mas era um gesto simbólico. Ela precisava saber quem é que mandava dentro de casa.
Precisava saber que alguém não se entregava completamente a ela, que alguém resistia. E
então, quando me preparava para soltar o primeiro parafuso, ouvi a sua voz. “Se tocar em mim
você morre”. Assim com toda a clareza. “Se tocar em mim você morre”. Uma voz feminina, mas
autoritária, dura. Tremi. Ela podia estar blefando, mas podia não estar. Agi depressa. Dei um
chute no fio, desligando-a da tomada e pulei para longe antes que ela revidasse. Durante alguns
minutos, nada aconteceu. Então ela falou outra vez. ” Se não me ligar outra vez em um minuto,
você vai se arrepender”. Eu não tinha alternativa. Conhecia o seu poder. Ela chegara lá em casa
pequenininha e aos poucos foi crescendo e tomando conta. Passiva, humilde, obediente. E
vencera. Agora chegara a hora da conquista definitiva. Eu era o único empecilho à sua
dominação completa. Só esperava bom pretexto para me eliminar com um raio caótico. Ainda
tentei parlamentar. Pedi que ela poupasse a minha vida. Perguntei o que ela queria, afinal.
Nada. Só o que ela disse foi “Você tem 30 segundos”.
- Muito bem. Mas preciso fechar. Vá para casa.
- Não posso.
-Por quê?
- Ela me proibiu de voltar lá.
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• Peça que eles grifem todas as referências a fatos
históricos e os títulos de programações de televisão
que aparecem na crônica. Pergunte aos estudantes
se entenderam essas referências, se sabem, por
exemplo, o que era o Sheik de Agadir (título de uma
novela da década de 1960) citado na crônica. É
importante que conheçam, também, os demais
programas citados, inclusive, a personagem Júlia, da
novela Dancin’Days.
• Apresente as questões político-históricas do Brasil na
década de 1970 (e/ou consulte o livro ou convide o
professor de História para ajudar).
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SUGESTÕES PARA DISCUSSÃO OU PARA ATIVIDADE ESCRITA
• A crônica "Ela" conta a história da influência
crescente da televisão na vida de uma família
brasileira, entre as décadas de 1960 e 1970. A partir
das citações e da argumentação do autor, podemos
perceber seu ponto de vista sobre essa influência.
Qual é esse ponto de vista ? Você concorda com essa
opinião? E ,hoje, você percebe essa influência? Como
ocorre? Quais programas mais a exercem? O que as
famílias podem fazer quanto a isso?
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• Como o autor faz referência, entre outros
fatos históricos, ao golpe militar de 1964
("Naquele tempo tinha política"), é
importante que, ao conversar sobre a época
em que a crônica foi escrita e sobre a ditadura
militar, retome a charge que cita Chavez e
promova algumas reflexões sobre liberdade de
imprensa, liberdade dos cidadãos, etc.
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• É importante, ainda, observar que o autor recorre não só no título, como em toda a crônica - à figura
de linguagem chamada personificação ao se referir à
televisão (Aí ela já estava mais crescidinha.
Jantávamos com ela ligada, porque tinha um
programa que o garoto não queria perder... “
“Nosso filho menor, o que nasceu depois do Sheik de
Agadir, não saía da frente dela. Foi praticamente
criado por ela“). (revisar as características da
personificação, se necessário).
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• Caracterizar o locutor e o interlocutor e
analisar as estratégias de produção é
necessário para que o texto seja melhor
compreendido. Assim, seria bom chamar a
atenção para questões como: Qual é o tipo de
narrador? Quem/como seria o personagem
que está narrando os fatos; onde está? Quem
é seu interlocutor? Por que este não dá muita
atenção ao que ele diz? Em quais trechos do
texto tudo isso fica evidente?
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• O aluno precisa perceber que o humor crítico de
Veríssimo deixa claro o ponto de vista dele sobre a
TV e a família: enquanto a população brasileira
diante da cultura de massa televisiva, aliena-se e
torna-se praticamente refém do que esta dita, a
ponto de quase ser apenas coisa, a televisão,
personificada, torna-se gente.
• E, ainda que, ao citar fatos históricos, o autor mostra
que desde sempre a televisão desagrega as famílias.
• Todos concordam? Em parte? Totalmente? Por quê?
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• Em casa, os alunos se preparam para um debate
sobre a televisão brasileira, considerando todos os
pontos de vista evidenciados nos textos lidos e a
própria opinião construída a partir das leituras feitas e
das discussões já realizadas. Também pode ser feito
um júri simulado sobre a influência da televisão na
vida da família brasileira, durante o qual os alunos
possam defender e reforçar/refazer seus conceitos e
ideias.
• A atividade deve ser apresentada em sala, na aula
seguinte.
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Após a apresentação do debate ou do júri,
apresentar/revisar o quadro-resumo a seguir:
Gêneros argumentativos:
 pretendem convencer;
 o locutor tem consciência das características do interlocutor e
usa os argumentos mais adequados;
 a discussão agressiva é uma péssima maneira de argumentar e
tentar convencer;
 charge, editorial, carta do leitor, artigo de opinião, dissertação
escolar, propaganda;
 TEXTO ARGUMENTATIVO é o texto em que defendemos uma
ideia, opinião ou ponto de vista, uma tese, procurando (por todos
os meios) fazer com que nosso ouvinte/leitor aceite-a, creia nela.
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Estratégias de argumentação
X
argumentos
 ARGUMENTOS respondem à pergunta “por quê?” (o autor
defende uma tese tal PORQUE ... )- e aí vêm os argumentos...
 ESTRATÉGIAS argumentativas são todos os recursos (verbais e
não verbais) utilizados para envolver o leitor/ouvinte, para
impressioná-lo, para convencê-lo melhor, para persuadi-lo
mais facilmente, para gerar credibilidade, etc. (Observe as
propagandas).
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• A produção final deve ser escrita: o aluno
produzirá um texto ou um parágrafo
(conforme estrutura estudada em aulas
anteriores ou a partir das orientações do
livro didático) expondo seu ponto de vista
sobre a temática e defendendo-o com
argumentos consistentes. Caso queira, o
texto a seguir pode ser distribuído para a
turma a título de acréscimo às opiniões já
vistas.
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O lado bom da televisão brasileira
Uma pesquisa recente divulgada no site UOL informa que o brasileiro passa
cerca de cinco horas em frente à televisão. É muito tempo, considerando que um dia
útil tem, em média, 14 horas nas quais são realizadas outras atividades como
refeição, trabalho, estudo etc. Tudo bem que tem gente que faz tudo isso (come,
dorme, estuda e até trabalha) na frente do aparelho de TV, atitude que ilustra
claramente a dependência quase total da "caixinha mágica".
A televisão e o conteúdo transmitido por ela ao espectador, desde que
surgiu hipnotizando as pessoas, são constantes alvos de polêmicas. Há quem diga que
ela produz desinformação, manipula, causa dependência, emburrece, toma um
tempo precioso que poderia ser ocupado com outras atividades mais enriquecedoras
como a leitura de um livro ou a conversa em família, por exemplo.
Obviamente, como em todos os setores, todos os lugares e todas as
pessoas, há coisas boas e ruins sobre a TV. As ruins, atualmente, estão em maior
número. São programas de conteúdo pobre que disseminam preconceitos e não
acrescentam nada de útil ao espectador. Predominam aos domingos, quando assistir
televisão é uma atividade quase impossível, salvo uma programação mais variada dos
canais pagos, que infelizmente não são acessíveis a todos.
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Mas basta procurar com insistência, ter um pouco de paciência e "dar um tempo" ao dedo no
controle remoto para encontrar atrações dignas de nossa atenção e de nossa audiência fiel. Um
exemplo mais recente é a macrossérie Hoje é Dia de Maria, que estreou nesta terça-feira na Rede
Globo. Vale a espera, o esforço de superar o (chatinho) reality show Big Brother para se deparar
com uma produção primorosa e, o melhor de tudo, com conteúdo que ressalta o melhor e mais
precioso da cultura brasileira.
Não aquela cultura do axé, da dança do tchan, do carnaval de mulheres peladas... Uma
cultura das raízes de um Brasil que permanece escondido, ainda pouco descoberto nos rincões do
país, regiões onde o pouco contato com a modernidade ainda preserva tradições riquíssimas da
nossa história.
A cultura destes lugares, os contos populares passados de geração a geração pela tradição
oral foram registrados por gente competente e preocupada com o país como Luís da Câmara
Cascudo e Silvio Romero. Em suas obras o dramaturgo Carlos Alberto Soffredini se inspirou para
produzir a macrossérie, em 1995, mas somente dez anos depois o diretor Luiz Fernando Carvalho
conseguiu trazer para a tela.
A espera valeu a pena. Cenários incrivelmente bem feitos, fotografia primorosa, uma
história cativante e um elenco de primeira, com destaque para a estreante Carolina Oliveira,
preenchem a tela já tarde da noite, nos emocionam e mostram que ainda há motivos para se
orgulhar da televisão brasileira.
http://www.gazetadigital.com.br/conteudo/show/secao/60/materia/61639 Quinta, 13 de janeiro de 2005, 03h00
Maria Angélica de Moraes é editora de Variedades e escreve às quintas-feiras neste espaço
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Referências
• http://www.blogdobauru.com.br/2010/01/charge-critica-sobretelevisao.html
• http://yudicerandol.blogspot.com.br/2010/01/sinais-podres.html
• ARGUMENTAÇÃO E LINGUAGEM - 13ª EDIÇÃO – 2012 INGEDORE G.
VILLACA KOCH – CORTEZ
• O TEXTO PUBLICITÁRIO NA SALA DE AULA: UMA PROPOSTA DE ANÁLISE
Otávio Schimieguel1 [email protected]
• http://starnet15anos.blogspot.com.br/2012/04/joelmir-beting-fala-sobrecompras-de.html
• http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/praticapedagogica/literatura-escola-7o-ano-cronicas-luis-fernando-verissimo556378.shtml
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