62 Publicação da Sandvik Coromant do Brasil issn 1518-6091 rg bn 217-147 Metal duro Benefícios que extrapolam o campo da usinagem Inclusão Exemplos de superação e valorização da vida Cortes interrompidos Como lidar com este inevitável desafio da manufatura HAAP Media Ltd. pAra começar... Não corra que você vai acabar caindo. Olhe por onde pisa. Arrume seu quarto. Não deixe suas roupas no chão do banheiro. Não tome gelado. Coma tudo pra ficar forte. Cuide de sua irmãzinha. Cuidado com suas amizades. Não saia sem documentos e avise se for chegar tarde. Leve os estudos a sério. Tenha uma profissão digna. Seja dedicado e trabalhe duro. Adquira experiência trabalhando com especialistas. Se com tudo isso não obtiver êxito: vá um dia à faculdade só de cuecas! O Mundo da Usinagem Índice 62 Edição 08 / 2009 62 Publicação da Sandvik Coromant do Brasil issn 1518-6091 rg bn 217-147 Metal duro Benefícios que extrapolam o campo da usinagem Inclusão Exemplos de superação e valorização da vida Publicação da Sandvik Coromant do Brasil ISSN 1518-6091 RG. BN 217-147 Sandvik Hard Materials Cortes interrompidos Foto de Capa: Arquivo AB Sandvik Coromant Como lidar com este inevitável desafio da manufatura 0 3 para começar... 04 ÍNDICE / Expediente 06 desafios da usinagem: as Técnicas que garantem a durabilidade do ferramental em condições críticas 12 manufatura: conheça as outras aplicações do Metal duro 18 Tecnologia: Sistema mAPPS IV otimiza processos em usinagens complexas 22 EMO 2009: MAN FERrostaal apresenta tendências em feira DE milão 24perspectiva: ABTCP aponta oportunidades para o setor metalmecânico 26evento: seminário coloca em pauta novos processos de manufatura 28sustentabilidade: Troféu do GP Brasil de F1 é usinado durante a corrida 30superação e competência: inclusão social que faz toda a diferença 40Nossa parcela de responsabilidade 42anunciantes / distribuidores / fale com eles e-mail: [email protected] ou ligue: 0800 770 5700 EXPEDIENTE O MUNDO DA USINAGEM é uma publicação da Sandvik Coromant do Brasil, com circulação de doze edições ao ano e distribuição gratuita para 20.000 leitores qualificados. Av. das Nações Unidas, 21.732 - Sto. Amaro - CEP 04795-914 - São Paulo - SP. Conselho editorial: Aldeci Santos, Ancelmo Diniz, Aryoldo Machado, Edson Truzsco, Edson Bernini, Eduardo Debone, Fernando de Oliveira, Francisco Marcondes, Heloisa Giraldes, Nivaldo Braz, Nivaldo Coppini, Nixon Malveira e Vera Natale. Editor-chefe: Francisco Marcondes Coordenação editorial, edição de arte, revisão e produção gráfica: House Press Propaganda Jornalista responsável: Francisco Marcondes - MTB 56.136/SP Propaganda: Gerente de contas - Thaís Viceconti / Tel: (11) 2335-7558 Cel: (11) 9909-8808 Projeto gráfico: AA Design Gráfica: RUSH O Mundo da Usinagem desafios da usinagem Fotos: Arquivo AB Sandvik Coromant Conheça as técnicas que permitem prolongar a vida útil das ferramentas que operam em condições críticas Cuidado com D os cortes interrompidos urante um processo de usinagem, vários fatores influenciam o comportamento das ferramentas. Essa influência pode ser considerável principalmente no que tange à produtividade. Caso não seja feita uma análise adequada e medidas corretivas não sejam tomadas a tempo sempre que necessário, os custos de fabricação poderão aumentar. Entre estes fatores, um dos principais vilões na redução da vida útil das ferramentas são os cortes interrompidos. Geralmente causados por irregularidades superficiais do material bruto ou pela geometria assimétrica de componentes que ostentam furos, chavetas, ressaltos, depressões ou canais, os cortes interrompidos são responsáveis pelo desempenho precário das ferramentas de corte em muitas operações de usinagem. É importante O Mundo da Usinagem lembrar que nos casos que envolvem materiais fundidos somam-se ainda a dureza e a abrasividade das carepas superficiais (superfícies ásperas deixadas pela operação de fundição), que aceleram os desgastes na aresta de corte. Peças forjadas costumam apresentar saliências e alterações dimensionais que podem provocar intermitência e variações contínuas de profundidade de corte durante o primeiro passo em uma operação de desbaste. Esta ocorrência de intermitências e variações também são comuns no torneamento de rotores para bombas de sucção, faceamento de engrenagens automotivas e operações de fresamento em geral, entre outras. No fresamento de carcaças fundidas, blocos de motores e cabeçotes de válvulas, as pastilhas sofrem choques mecânicos sub- sequentes e estão quase sempre fadadas ao fim de sua vida útil por conta de uma avaria qualquer. Estas avarias podem ser causadas por microlascamentos, trincas térmicas e quebras das arestas de corte – que de modo geral acabam comprometendo também os calços e corpos de fixação, gerando custos maiores com o ferramental em função da necessidade de substituição de acessórios e componentes, quando não de toda a ferramenta. Por estas razões, o conhecimento das técnicas que permitem prolongar a vida útil de ferramentas que trabalham em condições críticas seguramente irá auxiliá-lo a obter melhores resultados em suas operações de usinagem. Classes e coberturas Observe previamente as informações sobre as características da peça a ser usinada. Um ponto muito importante é a classe do metal duro. Classes que apresentam substratos mais ricos em cobalto proporcionam maior tenacidade e, consequentemente, maior resistência aos impactos gerados em operações de cortes interrompidos. O revestimento da pastilha também influi no rendimento da peça. Os processos de revestimento mais recentes – MTCVD (Medium Temperatures – Chemical Vapour Deposition, em português Temperaturas Médias – Deposição Química de Vapor), MTCVD com jateamento posterior e PVD (Phisical Vapour Deposition, em português Deposição Física de Vapor) – conferem baixas tensões residuais à superfície da pastilha. Por decorrência, isto melhora significativamente sua resistência à fratura, ao lascamento e à escamação – avarias recorrentes nos cortes interrompidos. No caso das pastilhas revestidas pelo método MTCVD, as temperaturas de deposição das camadas (ao redor de 850ºC) são mais baixas que as utilizadas no processo CVD tradicional. Esta redução nas temperaturas diminui a possibilidade de surgirem microtrincas na superfície de saída da ferramenta. Os coeficientes de expansão e contração térmicas também se adaptam melhor a este processo e favorecem a tenacidade da aresta de corte. Além disso, na nova geração de pastilhas de metal duro, logo após a fase de revestimento, as peças são jateadas para a eliminação completa das trincas superficiais. Por conta deste processo, as pastilhas apresentam dupla coloração (preta e amarela). Classes PVD Já no caso das pastilhas revestidas pelo processo PVD, a deposição das camadas ocorre a temperaturas ainda mais baixas (em torno de 500ºC), o que incorre em menores tensões residuais e, consequentemente, melhor resistência a impactos. Embora tanto as classes PVD Com relação à geometria dos quebra-cavacos, ferramentas com menores ângulos de saída apresentam melhor rendimento O Mundo da Usinagem desafios da usinagem Dicas de aplicação para condições serveras de corte Prefira máquinas estáveis Selecione as ferramentas mais curtas possíveis Aplique fixações rígidas e seguras Escolha classes tenazes com coberturas de baixa tensão Opte por pastilhas com maiores ângulos de ponta Use ângulos de posição menores Utilize refrigeração abundante ou evite-a por completo Trabalhe com raios de ponta maiores Adote pastilhas negativas ao invés de positivas quanto as MTCVD com jateamento posterior pareçam concorrer para os mesmos tipos de aplicação, as em PVD são mais adequadas à usinagem de materiais mais dúcteis, em operações onde se tenha maiores pressões de corte e não se possa utilizar muita velocidade de corte – como nas operações de rosqueamento e em aplicações voltadas a cortes e ranhuras. Influências dos formatos e ângulos Além das classes, a escolha dos ângulos e formatos das ferramentas é fundamental. Os diferentes ângulos de folga, ponta, ataque, saída e posição, somados à forma da pastilha, influenciam sobremaneira a vida do fio de corte. A forma ajuda a determinar a área da ponta, sendo que, quanto maior for a área, maior será a resistência ao choque mecânico. Pastilhas triangulares, por exemplo, apresentam ângulos de ponta de 60º, enquanto as quadradas apresentam 90º; ou seja, as quadradas são mais reforçadas que as O Mundo da Usinagem triangulares. No fresamento, o uso de fresas com pastilhas redondas pode ser uma solução para cortes intermitentes no faceamento em desbaste, já que este formato é o que oferece maior robustez. O ângulo de cunha das ferramentas também tem valiosa importância quando o foco é resistência ao impacto. Quanto maiores forem os ângulos de saída e folga, menor será o ângulo de cunha e quanto menor o ângulo de cunha, menor a resistência aos impactos provenientes dos cortes interrompidos. Por isso, pastilhas positivas são mais frágeis que as negativas. Geometria dos quebra-cavacos Com relação à geometria dos quebra-cavacos, ferramentas com menores ângulos de saída apresentam melhor rendimento em operações intermitentes. Em contrapartida, poderão ampliar o esforço de corte e o consumo de potência. Na maioria das vezes, geometrias dedicadas a cortes pesados e desafios da usinagem em condições desfavoráveis apresentam ângulos de saída menores com compensações angulares na geometria dos quebra-cavacos e reforços do fio de corte. Tais reforços são usualmente obtidos por intermédio do tratamento ER (Edge Rounding – Arredondamento da Aresta) aplicado à aresta cortante. Isso tudo com o objetivo de encontrar o melhor balanço entre maior resistência a quebras e menor consumo de potência. Existem ainda situações onde a melhor opção é a execução de chanfros retificados para que a pastilha resista aos impactos em operações mais extremas. De forma geral, o chanframento é mais utilizado em fer- ramentas para fresamento e também em pastilhas de materiais avançados, como cerâmicas e CBNs, tanto nas operações de torneamento quanto fresamento. Já o arredondamento da aresta de corte é mais comum em pastilhas para tornear. Soluções possíveis Para que a durabilidade das pastilhas atinja rendimentos mais satisfatórios, algumas ações anteriores à usinagem principal poderão ser efetuadas. Um bom exemplo é o chanframento da superfície de entrada da ferramenta na peça. Isto proporcionará penetração mais suave e progressiva até que toda a pro- fundidade de corte seja atingida, livrando a aresta de um primeiro impacto extremo logo no primeiro contato de corte. Os dentes arredondados de uma engrenagem, por exemplo, também são menos danosos às pastilhas que rasgos de chaveta, que possuem cantos vivos. Estabilidade é outra variável que contribui para a obtenção de maior produtividade. Máquinas mais rígidas, ferramentas de hastes mais curtas e peças muito bem fixadas resultarão em maior rendimento do ferramental. Carlos Ancelmo Especialista em Usinagem da Sandvik Coromant do Brasil Sandvik Hard Materials manufatura Metal duro Muito além das ferramentas de corte Liga especial pode ser utilizada com êxito em aplicações diversas à usinagem C omo garantir a durabilidade de ferramentas que realizam a conformação metálica de peças de forte resistência mecânica? Como realizar a conformação de vergalhões em aço sem que haja alterações de medidas nos rolos de laminação? E como cortar com alta velocidade materiais altamente abrasivos como as fibras de papel? Em muitos casos, estas questões podem ser resolvidas da mesma forma: com o emprego do metal duro, composto metálico 12 O Mundo da Usinagem produzido à base de cobalto ligado a carbonetos de tungstênio, tântalo e nióbio, que pode ainda ser revestido com finíssimas camadas de óxido de alumínio, nitretos ou carbonitretos de titânio. No setor metalmecânico, o metal duro já tem desempenho bastante conhecido e comprovado na composição de ferramentas para usinagem, mas as propriedades deste material também permitem que ele seja uma solução eficaz em diversos outros tipos de operações que imponham altos níveis de exigência da ferramenta conformadora. Na indústria, são muitas as empresas que enfrentam o problema do desgaste em seu ferramental convencional, produzido com ligas de aço temperado de alta dureza ou mesmo com aço rápido; nestes casos, o metal duro pode representar uma substituição inteligente para tais ferramentas, já que este é um material extremamente resistente. manufatura Conformação de metais Exemplos de aplicações industriais que dependem de produtos altamente resistentes ao desgaste são as operações de trefilação, laminação e extrusão – nestes casos é importante que as ferramentas envolvidas sejam capazes de suportar o constante atrito com metais de alta resistência. Fábio Plensack, gerente de Vendas da área de produtos Hard Materials da Sandvik Tooling – área que comercializa tanto blanks de metal duro (tarugos ou peças semi-acabadas) quanto as ferramentas de corte já finalizadas neste material –, assegura que este composto pode aumentar significativamente a Shutterstock Sua composição de grãos metálicos faz com que seu desgaste se dê de forma diferenciada dos demais materiais pois, com o tempo, os grãos vão se desprendendo da superfície das ferramentas ou dos componentes fabricados com metal duro, promovendo um desgaste mais uniforme. Conformação de latas de alumínio depende do uso de punções e matrizes de metal duro produtividade das indústrias do setor de conformação. “Fabricadas com o metal duro, as ferramentas de conformação mantém suas medidas inalteradas por muito mais tempo, o que assegura dimensionais corretos para o produto final em toda uma ordem de produção”, explica Plensack. “Por ter vida útil mais longa, as ferramentas compostas por metal duro reduzem o tempo de máquinas paradas ocasionado pela troca de ferramentas”, acrescenta. Outra aplicação industrial em que o metal duro pode ser a solução mais adequada e rentável é a fabricação de vergalhões para construção ou grades de aço. Rolos de laminação fabricados com este composto não perderão sua forma e suportarão por mais tempo o atrito constante com as barras de aço. Os canais de conformação resistem aos desgastes e não perdem seu formato original com o uso. Para continuar operando dentro das medidas ideais, os canais de conformação precisam ser reconstruídos periodicamente, e isso, nos rolos de laminação comum, quase sempre é feito com aplicações de solda, recurso que normalmente não permite a recuperação das dimensões iniciais da peça. Ainda neste setor, outro processo com presença significativa do metal duro é a conformação de latas metálicas. Velocidade e precisão são fatores importantes neste tipo de serviço, por isso o metal duro é preferido na fabricação das peças que irão compor os chamados bodymakers – máquinas que dão forma ao corpo da lata. As ferramentas feitas de metal duro têm excelente desempenho nestas aplicações justamente por manterem a precisão da conformação mesmo sob elevados índices de repetibilidade que são característicos destes processos. Outros horizontes Muito mais do que servir como matéria-prima ideal para ferramentas que vão usinar metais de alta resistência, o metal duro também pode compor peças capazes de cumprir muitas outras finalidades. Entre elas destacam-se os cortantes rotativos empregados na produção de artigos de higiene como fraldas, absorventes higiênicos, filtros de café e esponjas de cozinha. Geralmente feitos de plástico, fibras de poliéster, fibras de não- tecido ou papel, estes produtos são compostos por materiais pouco resistentes, mas por isso mesmo muito difíceis de cortar. “Os equipamentos onde estes produtos são fabricados podem cortar milhares de unidades por minuto e nesse contexto é fundamental dispor de ferramentas eficientes que reduzam o tempo de máquina parada”, aponta o gerente. Este é outro problema que pode ser solucionado com a utilização do metal duro. “Enquanto um cortante de aço comum pode processar em média dez milhões de cortes entre suas afiações, a mesma peça feita com metal duro é capaz de superar os cem milhões de cortes”, compara Plensack. Utilização adequada De forma geral, em todas as aplicações que sofrem com o desgaste precoce de ferramentas Como adquirir uma solução resistente A área de produtos Hard Materials da Sandvik Tooling detém todo o processo de fabricação do metal duro, desde a extração do minério até o fornecimento e aplicação das peças fabricadas com este composto, além dos ensaios de qualidade atribuídos a estes componentes. Para garantir que todas essas etapas e processos sejam cumpridos com excelência, a Sandvik Tooling mantém fábricas na Austrália, Estados Unidos, Espanha, França, Inglaterra, México, Suécia e Taiwan. Estas unidades desenvolvem ferramentas e outros componentes de metal duro para os mais diversos segmentos e aplicações. Outra operação importante atendida pela Hard Materials é o fornecimento de botões de metal duro incorporados às cabeças das brocas empregadas nos setores de mineração e exploração de petróleo. Para conhecer todas as soluções em metal duro fornecidas por essa área de produtos, acesse o site www.hardmaterials.sandvik.com ou entre em contato pelo telefone (11) 5696-5490. O Mundo da Usinagem 15 manufatura De onde vem? E para onde vai? O tungstênio (tung significa “pedra” e sten quer dizer “pesada” no idioma sueco) está entre os compostos do metal duro mais conhecidos. A substância foi descoberta em 1923 por um grupo de estudos patrocinado pela Osram, fabricante europeia de lâmpadas elétricas, que na época buscava desenvolver filamentos mais resistentes para seus produtos. Depois que seu excelente desempenho como ferramenta de corte foi descoberto, o metal duro passou a ganhar espaço no ambiente industrial. Desde pontas de tacos de golf até serras para o corte de madeira, o metal duro está presente também em muitas situações de nosso cotidiano que extrapolam os ambientes fabris. Este material pode ser encontrado tanto em operações gerais, que exigem compostos de alta resistência, quanto nas máquinas empregadas no recapeamento das estradas, bem como em objetos pequenos e compactos, como as esferas das canetas esferográficas. é possível que o metal duro seja a alternativa ideal e definitiva para a resolução do problema. Mas como descobrir se este material pode ser uma solução para o seu caso? Não há fórmula exata para a utilização do metal duro, pois ele oferece ampla gama de possibilidades. Portanto, para não errar é interessante que a empresa procure um especialista para verificar a viabilidade de utilização do metal duro em uma determinada operação. Este profissional poderá inclusive identificar gargalos da produção e indicar o tipo de metal duro mais adequado para cada caso. Além disso, depois que ferramentas de metal duro são adotadas, algumas medidas devem ser tomadas para que o fluxo produtivo chegue ao máximo de suas potencialidades. Se uma 16 O Mundo da Usinagem peça de aço, por exemplo, é substituída por outra de metal duro, é importante que a empresa conscientize seus profissionais de que o método e a cultura de trabalho necessitará de algumas adaptações. Finalmente, é importante notar que a aquisição de ferramentas de conformação feitas de metal duro não segue a mesma lógica da seleção válida para ferramentas de corte, em que um catálogo pode reunir todas as orientações. Cada aplicação exige cuidados diferentes, e sempre que possível deve-se consultar um especialista. Acesse o site www. allaboutcementedcarbide.com para saber mais sobre as características do metal duro. Thaís Tüchumantel Jornalista tecnologia Excelência para usinagens complexas Divulgação Mori Seiki Novo sistema operacional MAPPS IV otimiza processos e facilita operações Quarta geração do painel de controle permite utilizar métodos iguais de operação em qualquer modelo de máquina O s sistemas voltados à indústria de manufatura e os processos produtivos de empresas do setor metalmecânico estão se tornando a cada dia mais complexos e diversificados. Com isso, é crescente a demanda por métodos de usinagem de alta tecnologia que envolvam máquinas equipadas com sistemas de operação mais amigáveis. Diante deste cenário, a Mori Seiki – fabricante japonesa de máquinas-ferramenta – percebeu a necessidade de lançar no mer18 O Mundo da Usinagem cado um sistema operacional com interface simples, que pudesse facilitar o processo de usinagem e proporcionar operações de alta performance. Surgiu então a quarta geração do painel de controle MAPPS – sistema que permite ao usuário a utilização de métodos iguais de operação em qualquer modelo de máquina. Com novas funções e desenvolvido para atender máquinas de maior complexidade – com quatro ou mais eixos programáveis –, o MAPPS IV combina tecnologia de ponta e avançado sistema de aplicação, possibilitando a redução do tempo de programação do processo de usinagem. “Este novo painel incorpora funções que facilitam a operação, tornando possível programar a usinagem de peças complexas e de maior valor agregado”, afirma Ulisses Tsutsumi, engenheiro de Aplicação da Mori Seiki. Mais agilidade Em relação ao modelo anterior, o novo sistema apresenta inova- MAPPS IV combina tecnologia de ponta e avançado sistema de aplicação, possibilitando a redução do tempo de programação tecnologia MAPPS IV possibilita reduzir o tempo de programação do processo de usinagem ções que tornam o processo de usinagem ainda mais otimizado. Equipado com hardware e interface aprimorados, o painel do MAPPS IV apresenta monitor com tela de 10.4” ou 19”. Além disso, também introduz teclas programáveis verticais que po- Software ESPRIT CAM permite simulações reais do processo de usinagem dem ser utilizadas como botões para o acionamento de sistemas opcionais de máquinas, ou como atalho para a visualização rápida de informações desejadas pelo usuário. “A interface de operação simples e o novo hardware possibilitam tempos de resposta mais rápidos”, garante Tsutsumi. Novas funções na tela do monitor também ajudam a facilitar o trabalho do operador, como a memorização e visualização de procedimentos de preparação e dados de ferramentas, assim como o registro das telas de trabalho mais utilizadas. No novo programa ainda é permitido instalar câmeras opcionais dentro ou fora da máquina para que o profissional possa monitorar as operações e verificar o acúmulo de cavacos. O MAPPS IV também possui sistema de identificação de erros que indica a solução adequada para cada falha encontrada. Programação Outra novidade incorporada ao sistema MAPPS IV é o software ESPRIT CAM. Desenvolvido pela DP Technology, o programa já vem instalado como item standard em alguns modelos de máquinas e permite programar tornos, fresas, centros de usinagem, centros de torneamento e máquinas de eletroerosão a fio. Com o ESPRIT é possível programar a usinagem de peças complexas e de alto valor agregado na própria máquina, sem depender de estações CAM adicionais. Por utilizar este sistema, o software oferece um ambiente de simulação que permite a representação real do processo de usinagem. “Com o sistema CAM o profissional consegue fazer uma análise detalhada de como produzir a peça, um recurso que ajuda a evitar colisões, reduzindo o tempo de corte”, aponta José Eduardo Escobar, Diretor de Aplicações da UVW Computação Gráfica – uma das empresas responsáveis pela comercialização do ESPRIT CAM. Fernanda Feres Jornalista Novo MAPPS IV apresenta Divulgação Mori Seiki Interface simples Software ESPRIT com sistema CAM Hardware que reduz tempos de respostas Monitor com tela de 10.4” ou 19” Sistema de identificação de falhas Possibilidade de instalação de câmeras para monitoramento de operações internas e externas 20 O Mundo da Usinagem Divulgação MAN Ferrostaal EMO 2009 MAN Ferrostaal marca presença em Milão Fabricantes de sistemas para manufatura apresentaram tendências em feira internacional M áquinas e ferramentas operando com precisão e qualidade, e profissionais atuando com eficácia, de maneira segura e organizada, são algumas das características que garantem boa apresentação em uma feira industrial. Por outro lado, sempre que possível, nada melhor do que conhecer pessoalmente as instalações de um fornecedor para discutir dúvidas e avaliar o fornecimento de produtos e serviços. Contudo, a experiência tem mostrado que existem outras formas igualmente eficientes de se chegar a decisões tão importantes. Para Edson S. Oliveira, gerente geral de Vendas no Brasil da MAN Ferrostaal Equipamentos e Soluções – multinacional alemã que atua na divulgação, comercialização, financiamento e suporte 22 O Mundo da Usinagem técnico de pós-venda de máquinas operatrizes –, a participação em feiras internacionais direcionadas ao setor industrial traz benefícios tanto para os expositores quanto para os visitantes interessados em bons negócios. “Em momentos como estes, os fabricantes têm a oportunidade de apresentar seus novos desenvolvimentos e também, muitas vezes, comprovar estas vantagens”, ressalta. Com esta meta, a EMO 2009 – feira realizada em Milão, na Itália, entre os dias 05 e 10 de outubro – reuniu as principais empresas multinacionais do setor metalmecânico. Considerado um dos eventos mais importantes do setor no mundo, o encontro apresentou as inovações em máquinas de corte, conformação, soldagem, softwares e hardwares de automação e montagem. Durante todo o evento, a MAN Ferrostaal assessorou seus clientes do Brasil junto às suas dez empresas representadas, fabricantes de máquinas de origem europeia e asiática – todas líderes em seus segmentos de atuação. Destaque Global “Ao longo de 2009, as empresas brasileiras demonstraram que são capazes de administrar crises sem deixar de investir em novas máquinas e processos de manufatura. Nossa indústria liderou a retomada do crescimento industrial mundial e está à frente de nações mais industrializadas, como as da Europa, América e Ásia”. Com esta afirmação, Edson ressalta a relevância de as empresas atuantes no mercado brasileiro participarem de eventos internacionais. “Em feiras como a EMO, é possível acompanhar de perto os novos desenvolvimentos de abrangência mundial”, esclarece. Segundo Edson, os destaques expostos pelas fabricantes parceiras da MAN Ferrostaal foram soluções que visaram a melhoria na qualidade dos produtos e substancial redução dos custos de manufatura. Os equipamentos apresentados demonstraram a importância e as vantagens de se continuar investindo em novas soluções tecnológicas, como a representada PRIMA, que apresentou tecnologias a laser por fibra óptica. Para mais informações, atualize-se com a MAN Ferrostaal pelo telefone (11) 5522-5999. Fabíola Perez Jornalista Fotomontagem: Rogério Morais perspectiva Papel e Celulose reaquece mercado de equipamentos Tendências divulgadas pela ABTCP revelam oportunidades para a expansão de negócios “A s empresas que integram a cadeia produtiva do setor de celulose e papel acreditam que o mercado nunca esteve tão competitivo e que há significativas oportunidades para a expansão de negócios”. É com esta afirmação que Valdir Premero, diretor de Marketing e Exposição da Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP), apresenta o atual cenário econômico do setor papeleiro. De acordo com o relatório divulgado pela PricewaterhouseCoopers – empresa prestadora de serviços de auditoria –, o Brasil vem se fortalecendo como fornecedor de celulose no mercado mundial e conquistando posição de destaque frente aos demais países emergentes. 24 O Mundo da Usinagem Diante deste panorama, em setembro de 2009 foi realizado um encontro para o debate das novas perspectivas da indústria de celulose e papel. Na sede da ABTCP, em São Paulo, além de Valdir Premero, também esteve presente Carlos Nogueira, vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), que analisou as relações e influências econômicas entre o setor de celulose e papel e o segmento metalmecânico. De acordo com Nogueira, máquinas específicas são imprescindíveis para a indústria de celulose e papel, e o setor metalmecânico é fornecedor de boa parte dos equipamentos empregados neste segmento. Premero explica que, com o aumento do interesse dos fabricantes de celulose e papel de todo o mundo em investir na América do Sul, o Brasil pode ocupar posição privilegiada na exportação destes produtos. Com isso, as condições econômicas se mostram favoráveis para o surgimento de novas oportunidades para o desenvolvimento de projetos em ambos os setores. Forte retomada Com o início da crise econômica mundial, os investimentos em máquinas e equipamentos sofreram gradativamente um enfraquecimento em sua demanda. Contudo, o vice-presidente da ABIMAQ já observa algumas mudanças importantes neste cenário: “Com a possibilidade de retomada de vários projetos que haviam sido adiados, o setor metalmecânico pode voltar a considerar os níveis de faturamento anteriores à crise”. Neste contexto, a participação em eventos direcionados a setores econômicos que atuam em conjunto se apresenta estratégica para empresários que desejam alavancar negócios. Uma destas oportunidades surgiu entre os dias 26 e 29 de outubro, com o ABTCP-PI 2009 – 42º Congresso e Exposição Internacional de Papel e Celulose, que contou com a parceria das instituições ABIMAQ e ABTCP, entre outras congêneres. Para conferir os próximos eventos deste setor, visite www.abtcp.org.br Fabíola Perez Jornalista Divulgação Unimep Evento Seminário discute novos processos de manufatura Com abordagens práticas, encontro propõe inovações para o setor metalmecânico U ma performance de acrobatas durante a abertura do 14º Seminário Internacional de Alta Tecnologia surpreendeu os participantes do evento, realizado no dia 22 de outubro no auditório da Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep), promotora do encontro. Segundo Klaus Schützer, presidente do comitê organizador e do comitê científico do seminário, o show foi uma representação de como deve ser o desempenho de um profissional da indústria em meio a períodos de desaceleração econômica. “Em momentos de incerteza do mercado, os empresários devem estar muito bem preparados, ser extremamente flexíveis e criativos”, explica o presidente. 26 O Mundo da Usinagem O seminário, que teve como foco principal de estudos as inovações em processos e pesquisas no setor de máquinas-ferramenta, reuniu 200 participantes, sendo 95% do público formado por profissionais da indústria. Avanços na eficiência Representando fabricantes nacionais e internacionais, cinco palestrantes mostraram as novidades do setor por meio de casos de sucesso. Alguns exemplos foram a palestra do engenheiro Jacek Kruszynski, da Boehlerit GmbH & Co KG, da Áustria, que apresentou a possibilidade de se alcançar bons resultados com diferentes revestimentos de ferramentas; e a palestra de Jochen Bretschneider, da Siemens AG, da Alemanha, que apontou o sucesso obtido com o aumento da exatidão volumétrica de máquinas-ferramenta por meio de funções com o sistema de compensação volumétrica em equipamentos CNC. Outros quatro especialistas, docentes de universidades nacionais e internacionais, aproveitaram a oportunidade para divulgar resultados obtidos em projetos que estudam tendências em ferramentas e máquinasferramenta. Entre estes palestrantes, a professora Christina Berger, da universidade de Technische Universität Darmstadt, da Alemanha, apontou a necessidade de se utilizar novos materiais na fabricação de ferramentas de conformação. Importando conhecimento Para assegurar o alto nível tecnológico das discussões promovidas no evento que ocorre anualmente, a Unimep mantém parcerias com duas universidades alemãs – Technische Universität Darmstadt, da cidade de Darmstadt, e Fraunhofer IPK, de Berlim. Schützer acredita que, apresentando um rico panorama das tendências para o segmento, o seminário contribui fortemente para enriquecer o conhecimento dos participantes e suas empresas. Para saber mais sobre o evento, acesse o site www.unimep. br/feau/scpm/seminario Thaís Tüchumantel Jornalista Divulgação Romi sustentabilidade Usinagem veloz Troféu do GP Brasil de Fórmula 1 é usinado no autódromo durante a prova F oi em meio ao ronco dos motores do Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 que a empresa petroquímica Braskem aproveitou para colocar o tema da sustentabilidade em pauta. Entre os dias 16 e 18 de outubro, período em que foi realizada a corrida no autódromo de Interlagos (SP), o material reciclável descartado pelos espectadores – como caixas longa vida, embalagem de alumínio, papel e plástico – foi coletado das lixeiras do autódromo para atender a um objetivo diferenciado. Entre as 29 toneladas de material recolhidas, as tampinhas das garrafas de água mineral foram separadas e tiveram um destino especial: dar origem aos troféus entregues aos vencedores da prova. Contando com o apoio de em28 O Mundo da Usinagem presas e entidades parceiras – Fortymil, Plastivida e a Cooperativa Seletiva da Capela do Socorro –, a Braskem organizou a coleta, triagem, extrusão, granulação e prensagem do plástico reciclado. Depois destes processos, as placas plásticas foram encaminhadas para a operação de usinagem, que ficou a cargo da Romi, fabricante de máquinas-ferramenta e máquinas para usinagem de plásticos. Três horas depois, os troféus tomaram a forma final com os traços concebidos pelo renomado arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer (veja foto acima). Tarefa cumprida Mário Hiroshi Assada, gerente do departamento de Engenharia de Vendas da Romi, informa que tanto o equipamento quanto os componentes que foram levados para a miniusina montada em Interlagos foram especialmente selecionados para atender as necessidades da Braskem: cumprir o prazo de produção do troféu, que deveria ficar pronto ao final da corrida. Outra condição importante foram as propriedades do plástico, que determinaram a escolha das máquinas e dos componentes empregados nesta tarefa. O equipamento escolhido foi o centro de Usinagem Vertical de Alta Performance Romi D800. Ferramenta adequada A partir do projeto do troféu, os profissionais da Romi desenvolveram o programa de usinagem, selecionaram os dispositivos de fixação e, junto à Sandvik Coromant, selecionaram as ferramentas mais adequadas para a operação – fresas inteiriças de metal duro com corte positivo acompanhadas dos respectivos cones de fixação. Após todos os ajustes, a usinagem foi realizada com sucesso em pleno autódromo. Diretor de Marketing da Braskem, Frank Alcântara justifica a inusitada ação: “Esperamos promover a coleta seletiva e incentivar o reaproveitamento de materiais como as tampinhas plásticas, que podem ser recicladas até oito vezes”. Thaís Tüchumantel Jornalista Superação e competência Histórias de quem não se entrega Por meio de algumas boas lições de vida, acompanhe o que mudou e o que ainda pode melhorar no cotidiano das pessoas com deficiência física A o longo dos últimos anos, conceitos como acessibilidade, adequação de infraestrutura e igualdade de condições profissionais se tornaram amplamente difundidos no cenário brasileiro, ganhando relevância principalmente em ambientes empresariais. Com isso, a partir da implantação da Lei de Cotas para Pessoas com Deficiência Física (nº 8.213/91), estas questões passaram a fazer significativa diferença no mercado de trabalho em todo o País. Um em cada oito brasileiros apresenta algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida. Esta estatística foi levantada a partir de uma pesquisa realizada no período de um ano (2008–2009) para 30 O Mundo da Usinagem a produção do livro-reportagem Vai encarar? A nação (quase) invisível de pessoas com deficiência, lançado em junho de 2009 por Cláudia Matarazzo, jornalista e chefe de Cerimonial do Governo do Estado de São Paulo. “A questão da acessibilidade física para pessoas com deficiência vai muito além da adequação de banheiros e da construção de rampas”, enfatiza a autora. “Atualmente estas mudanças já não são consideradas tão complicadas quanto eram há vinte anos; são adaptações que proporcionam melhorias para toda a equipe de profissionais de uma empresa”, defende. Gradativamente, as companhias passaram a valorizar as diferenças sociais, adotando políticas Shutterstock aos desafios da vida de inclusão que, simultaneamente, eliminassem comportamentos de discriminação e introduzissem a filosofia de integração social. No entanto, para a implantação concreta de uma realidade inclusiva em qualquer sociedade, um longo caminho teve de ser percorrido. Desconstruindo barreiras Oficialmente, a inclusão de pessoas com deficiência na sociedade em geral e sobretudo no mercado de trabalho é considerada um fato recente, que teve início com a aprovação do artigo 93 da Lei de Cotas – em vigor desde 1991. Esta lei prevê que as empresas devem cumprir De 20 anos para cá, empresas passaram a valorizar as diferenças sociais, adotando políticas de inclusão Pura energia A voz transmite segurança e descontração, e os risos intercalam quase todas as frases ditas por Giovanna Maira, bacharel em canto lírico pela Universidade de São Paulo. A cantora perdeu a visão com apenas um ano e dois meses, decorrente de um câncer que atingiu grau irreversível. Hoje com 23 anos, Giovanna ainda carrega na personalidade a espontaneidade e a leveza de algumas características de sua infância. “Nunca tive problemas com a deficiência, não encarava isso como uma limitação”, recorda. “Gostava de brincar, jogar bola e andar de bicicleta”, lembra. Com quatro anos, Giovanna começou a estudar em uma escola regular para crianças, e sempre contou com o apoio e a dedicação da família para acompanhar normalmente as aulas. Também estudou braile no colégio paulistano Laramara. “Fiz muitos cursos para saber administrar melhor o equilíbrio corporal e orientar a mobilidade física”, explica a cantora. Depois do ensino médio, o próximo desafio de Giovanna foi ingressar no curso de Música da Universidade de São Paulo. “Nesta época minha família teve papel fundamental para meu desenvolvimento profissional, porque não existiam livros de física, matemática e química em braile”, enfatiza. Rodeada por amigos sem nenhum tipo de deficiência, Giovanna conta que em situações constrangedoras sempre adota uma postura descontraída. “Não acredito que exista preconceito em relação às Fernando Favoretto determinada porcentagem como cota para a contratação de pessoas com deficiência, em relação ao número total de profissionais empregados. Assim, muitas companhias perceberam que a inclusão de portadores de deficiência física ou mobilidade reduzida conferia à empresa, além da diversidade do potencial humano, uma presença com mais responsabilidade social no mercado. Atualmente, 80 mil pessoas com deficiência física estão empregadas sob o regime de contratação que exige carteira de trabalho assinada. Esta conquista se deve a um conjunto de mudanças políticas que as empresas vêm adotando; entretanto, se deve principalmente à superação constante das pessoas com deficiência, que provam diariamente sua competência profissional. “É a superação da superação; ou seja, além de encarar o desafio de nos adaptar às nossas dificuldades, precisamos mostrar que somos igualmente competentes para atuar em qualquer segmento do mercado”, resume Kênia Pottes, portadora de nanismo. Cláudio Teixeira, deficiente visual, atua há 29 anos na área de Desenvolvimento de Sistemas do Serpro de São Paulo O Mundo da Usinagem 31 Fernando Favoretto superação e competência pessoas com deficiência física, o que existe é um desconhecimento que só poderá ser sanado com a convivência”, explica. Como uma de suas maiores dificuldades foi aprender a grafar músicas em braile, ainda na faculdade a estudante procurou uma aula de Musicografia Braile, disciplina pouco comum no País. Além de trabalhar com música, Giovanna também produz eventos. Segundo ela, o trabalho é capaz de oferecer uma sensação exclusiva de dignidade. “Quando fecho os olhos e sinto a vibração positiva do público fico emocionada; neste momento considero-me uma profissional realizada”, reflete. Independência Aos 61 anos, Cláudio Teixeira trabalha como técnico de informática do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). Considerada uma das maiores organizações do setor em toda a América Latina, o Serpro desenvolve projetos e programas relacionados a questões como acessibilidade e inclusão social. Teixeira perdeu a visão com “Considero o curso de graduação em direito e o emprego no Serpro minhas maiores conquistas” (Cláudio Teixeira, deficiente visual) 32 O Mundo da Usinagem Serpro desenvolve as adaptações necessárias para promover a inclusão social e o bem-estar dos colaboradores da organização sete anos, em decorrência de uma queimadura com cal. Em razão do acidente, ele só pôde retornar à escola regular aos 11 anos e, paralelamente, aprendeu braile em aulas particulares proporcionadas por órgão do governo. Segundo ele, naquela época as escolas não estavam habituadas com o tema inclusão e não contavam com infraestrutura adequada para atender às necessidades de pessoas com deficiência. Mesmo assim, seguiu com os estudos e foi aprovado em Direito pela Universidade de São Paulo. “Considero o curso de graduação e o emprego em uma empresa de grande representatividade como o Serpro minhas maiores conquistas”, revela. Há 29 anos atuando na área de Desenvolvimento de Sistemas, Teixeira lista algumas de suas responsabilidades profissionais: “No Serpro desenvolvo programas e os codifico para a linguagem de computador; todas as adaptações necessárias foram implantadas para que eu pudesse realizar meu trabalho”. De acordo com Odúlia Maria Munhoz, chefe do Departamento de Pessoas da Regional de São Paulo do Serpro, a política de inclusão social da empresa começou muito antes do surgimento da Lei de Cotas no Brasil. “Quando um portador de deficiência física é contratado, durante a avaliação médica ele é acompanhado por um assistente social; assim podemos diagnosticar quais as adequações necessárias à sua rotina de trabalho”, explica. Também músico profissional, Teixeira estudou flauta e música clássica na Escola Municipal de Música de São Paulo. Seguindo hoje mais o estilo popular, ele integra uma banda formada por outros três deficientes visuais. Outra conquista de Teixeira foi em 1979, quando ajudou na fundação da Adeva – Associação de Deficientes Visuais e Amigos. O Arquivo pessoal: Giovanna Maira superação e competência técnico e músico também foi voluntário de outras instituições, como o Cadevi – Centro de Apoio ao Deficiente Visual. Entre os palcos e o escritório A sala composta pela mesa de trabalho, computadores e telefones alterna-se com o cenário de palcos, luzes e coreografias. Basicamente, estes são os ambientes de trabalho de André Henrique Ferreira. Engenheiro elétrico graduado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (POLI-USP) e ator profissional, André tem rotina muito agitada e afirma que a cadeira de rodas que usa para sua locomoção não o impede de fazer o que deseja. Aos 28 anos, André sofreu um acidente de moto que reduziu os movimentos de seus membros inferiores. Hoje com 35 anos, atua em uma empresa especializada em softwares e se apresenta 34 O Mundo da Usinagem “Quando fecho os olhos e sinto a vibração positiva do público, fico emocionada" (Giovanna Maira, deficiente visual) ainda, junto a outros portadores de deficiência física, em peças teatrais com o grupo Oficina dos Menestréis. “Ter que enfrentar adaptações é sempre um processo difícil; a realidade do corpo se altera completamente e surgem outras necessidades”, esclarece. Segundo André, os cadeirantes aprendem a ter um novo controle sobre o corpo. “Depois do acidente, comecei a praticar mais esportes, faço natação, atletismo e jogo tênis; aprendi que esta pode ser uma das melhores formas de continuar vivendo bem”. Antes de sofrer o acidente, André era estagiário de engenharia elétrica em um laboratório de pesquisa na POLI-USP. Ao voltar a atrabalhar, após o período de recuperação, passou a atuar como consultor júnior de engenharia elétrica da Oracle – empresa em que trabalha até hoje. O engenheiro acredita que pessoas portadoras de deficiência física ainda encontram muitas dificuldades em seu dia a dia. “Dizer que já podemos nos sentir cem por cento incluídos socialmente ainda não é possível, mas estamos neste processo”, observa. “A tendência é que cada vez mais as empresas valorizem a diversidade de estilos e invistam na competência de pessoas com deficiência”, acredita. Qualificação diferenciada Mais conhecido como Marinho, Mário Pimentel, analista de microinformática da Sandvik Vale a pena conhecer Instituto Brasileiro de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência Lei de Cotas para Pessoas com Deficiência Física (nº 8.213) “Mobilidade acessível na cidade de São Paulo”, disponível em: www.prefeitura.sp.gov.br Norma NBR 9050 p/ Acessibilidade em Estabelecimentos, ABNT 2004 Um outro olhar, documentário sobre nanismo, disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=WNY-DWk60H8 Vai encarar? A nação (quase) invisível de pessoas com deficiência, livro-reportagem de Cláudia Matarazzo. Editora Melhoramentos, SP, junho 2009 Associação de Deficientes Visuais e Amigos Centro de Apoio ao Deficiente Visual Associação Gente Pequena do Brasil Associação dos Surdos de São Paulo Fernando Favoretto superação e competência “O mundo não se adaptará a nós; nós é que devemos nos adaptar a ele" (Mário Pimentel, deficiente auditivo) Arquivo pessoal: André Henrique Ferreira Coromant, leva uma vida bastante agitada. Gosta de viajar, pedalar, praticar esportes aquáticos e andar de kart. O mesmo ritmo dinâmico que o acompanha no lado pessoal também faz parte de seu cotidiano profissional. Formado em 2002 no curso de Tecnologia em Informática pela Faculdade Radial, hoje Mário está se formando no curso à distância de Letras/Libras (Língua Brasileira de Sinais), pela Universidade de São Paulo. Mário é portador de deficiência auditiva e, depois de tanto tempo acostumado a 36 O Mundo da Usinagem conviver com pessoas ouvintes, desenvolveu uma habilidade singular para a leitura labial. O analista afirma que fez muita diferença ter pais também surdos e que graças à educação oralizada que recebeu durante a infância consegue se comunicar com muito mais pessoas do que se tivesse realizado apenas o curso de libras. Embora tenha superado muitas dificuldades, Mário acredita que estar aberto às adaptações é fundamental para pessoas com qualquer tipo de deficiência. “Precisamos ter consciência de que o mundo não se adaptará plenamente aos portadores de deficiência; nós é que vamos nos adaptando a ele”, enfatiza. Sua história profissional é marcada ainda por outras importantes passagens, entre elas, pela Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, como instrutor de informática para surdos; pela Associação dos Surdos de São Paulo, como conselheiro, vice-presidente e presidente, e ainda como um dos organizadores da Conferência dos Direitos Humanos e Cidadania dos Surdos do Estado de São Paulo, em 2001. Mesmo acreditando que a deficiência auditiva requer poucas adaptações físicas, Mário alerta: como a surdez não é algo visível, muitas pessoas não reconhecem André Henrique Ferreira divide sua vida entre a Engenharia e os palcos do teatro Mário Pimentel acredita que, com um pouco de paciência, a integração acontece normalmente entre ouvintes e não-ouvintes as necessidades inerentes a esta deficiência. “Com a ajuda de um intérprete e um pouco de paciência durante as conversas, a integração acontece normalmente”, comenta o analista. No ambiente de trabalho, Mário conta que seus colegas mais próximos sempre o ajudam durante reuniões ou até mesmo eventos da empresa. “Os colegas que trabalham diretamente comigo já estabeleceram uma forma fácil de comunicação”, ressalta ele. “Ficou muito feliz por trabalhar em uma empresa como a Sandvik, pois aqui tenho a oportunidade de me envolver em novos projetos e crescer”, conclui. superação e competência Arquivo pessoal: Kênia Pottes Enfermeira Kênia Pottes (à esq.), seu marido Hélio e sua filha Maria Rita lutam pela igualdade dos anões na sociedade Superação à toda Prova Ágil e pró-ativa, Kênia Maria Pottes percorre diariamente os longos e largos corredores do hospital paulistano Beneficência Portuguesa. Com 1,23 metro de altura, a enfermeira de um dos mais importantes hospitais do País já se acostumou com a árdua rotina diária de trabalho. “A superação nada mais é do que aprender a lidar com as dificuldades, imprevistos e adaptações cotidianas”, acredita a enfermeira. Kênia é a sexta filha de um casal de estatura alta e nenhum de seus irmãos possui nanismo. A enfermeira é portadora de acondroplasia, um dos tipos de nanismo caracterizado pelo encurtamento de membros, como pernas e braços. Para a maior parte dos anões, as principais dificuldades chegam durante a adolescência. “Se não contarmos com uma base familiar 38 O Mundo da Usinagem sólida, não estaremos preparados para enfrentar as dificuldades futuras”, adverte. Com quase 30 anos de profissão, Kênia acredita que alcançar um cargo renomado requer muita competência e dedicação. “Costumo dizer que, além de mostrar que possuímos conhecimento para executar tarefas difíceis, precisamos provar que podemos concorrer profissionalmente com pessoas sem deficiência física”, indica. “Lembro-me que, por muitas vezes, para realizar o atendimento ao paciente precisei subir na esca- “Superação é aprender a lidar com as dificuldades e adaptações cotidianas" (Kênia Pottes, anã) dinha ao lado da cama, porque os leitos são muito altos”. Segundo ela, a princípio é comum notar algum tipo de preconceito. Mas, adotando uma postura profissional, os pacientes não demoram a depositar confiança na pessoa que há por traz da deficiência. Kênia lembra que até 20 anos atrás as pessoas em sua condição eram desencorajadas de lutar pela inclusão no mercado de trabalho, por isso não investiam em educação para conquistar boas colocações nas empresas. Nos dias atuais, a situação é outra. Pessoas com deficiência física e empresas estão cada vez mais empenhadas em buscar informações para o aumento da qualidade profissional. Kênia vive com seu marido, Hélio Pottes, e sua filha, Maria Rita Pottes, ambos anões. Juntos, reativaram a Associação Gente Pequena do Brasil com o objetivo de ampliar a troca de experiências entre portadores de nanismo e para orientar pais que têm filhos anões. “Orientamos nossa filha da melhor maneira possível, estimulando valores como competência e igualdade; evitamos minimizar as dificuldades e esperamos que ela se torne uma profissional segura e confiante”, conclui Kênia. Fabíola Perez Jornalista O segredo das grandes realizações A vida humana tem sido uma preparação contínua e sem retorno rumo ao futuro. Uma viagem sem fim em direção a algo melhor, ou no mínimo similar ao que lograram nossos pais e outras pessoas que, por algum motivo, tornaram-se nossas referências de êxito ou para quem nos tornamos promessas de superação. Embora possamos ser tanta coisa à luz das comparações menores, quando nos vemos sob a perspectiva de nossas próprias ambições, na maioria das vezes, estamos sempre a dever. É comum pensarmos que somos menos do que poderíamos ser e, por razão disso, nos submetemos a um eterno por quê: Por que me tornei só o que sou se poderia ser tanto? O que fiz ou deixei de fazer para que me restasse ser apenas o que sou? Ainda que tenhamos contabilizado tantas vitórias sob o julgamento de tantos, e mesmo que verdadeiras, tais vitórias pouco significam se não forem reconhecidas por aqueles a quem nos julgamos cativos, sejam estes amores ou pessoas a quem devemos respeito e consideramos dignas de apreço. Hoje, muitos de nós, paranóicos urbanos, à mercê de um trânsito enfadonho e infindo, nos perdemos em devaneios, sonhando e desejando ser tanta coisa, que às vezes nos custa saber qual seria nossa melhor opção de êxito. Ocorre que não nos damos conta de que, entre os milhões que ali se aglomeram, a sós em seus automóveis, são tantos os que pensam e desejam ser a mesma coisa, que não poderia haver lugar para tantos no mesmo pódio. A grande verdade é que somos o que somos e não aquilo que pensamos ser, assim como também não somos o que tantos creem que sejamos. Mas se nem nós e nem os outros podemos definir exatamente o que somos, como consolidar todo o nosso potencial de realizações, sem um entendimento concreto do que verdadeiramente podemos ser? De tantas respostas possíveis, a que me parece melhor é a renúncia do eu próprio, o desapego ao que nos é pessoal em favor do que possa ser considerado justo ou belo. Quando uma pessoa deixa de existir para si e apaixona-se por uma causa justa ou bela à luz da razão, torna-se um instrumento de amor, não só porque será regido por decisões isentas de egocentrismos, mas também porque suas atitudes poderão ser suficientemente elevadas para que se sinta bem consigo mesma, revestindo-se assim de nobreza aos olhos de tantos. Quando isto acontecer, já não terá tanta importância saber se somos isto ou aquilo, pois a felicidade habitará na consciência do quanto pudemos contribuir para que tantos que pensavam nada ser, pudessem alcançar a consciência do quanto são e o quanto podem fazer para que todos sejam, um dia, justos, belos e nobres. Eng MsC Francisco Marcondes Gerente de Marketing e Treinamento Técnico da Sandvik Coromant do Brasil Fernando Favoretto nossaparcelade responsabilidade 40 O Mundo da Usinagem 62 Publicação da Sandvik Coromant do Brasil issn 1518-6091 rg bn 217-147 Metal duro SANDVIK COROMANT - DISTRIBUIDORES ARWI Tel: 54 3026-8888 Caxias do Sul - RS MACHFER Tel: 21 3882-9600 Rio de Janeiro - RJ ATALANTA TOOLS Tel: 11 3837 9106 São Paulo - SP MAXVALE Tel: 12 3941 2902 São José dos Campos - SP COFAST Tel: 11 4997 1255 Santo André - SP MSC Tel: 92 3613 9117 Manaus - AM COFECORT Tel: 16 3333 7700 Araraquara - SP NEOPAQ Tel: 51 3527 1111 Novo Hamburgo - RS COMED Tel: 11 2442 7780 Guarulhos - SP PRODUS Tel: 15 3225 3496 Sorocaba - SP CONSULTEC Tel: 51 3343 6666 Porto Alegre - RS PS Tel: 14 3312-3312 Bauru - SP COROFERGS Tel: 51 33371515 Porto Alegre - RS PS Tel: 44 3265 1600 Maringá - PR CUTTING TOOLS Tel: 19 3243 0422 Campinas – SP PÉRSICO Tel: 19 3421 2182 Piracicaba - SP DIRETHA Tel: 11 2063-0004 São Paulo - SP REPATRI Tel: 48 3433 4415 Criciúma - SC ESCÂNDIA Tel: 31 3295 7297 Belo Horizonte - MG SANDI Tel: 31 3295 5438 Belo Horizonte - MG FERRAMETAL Tel: 85 3226 5400 Fortaleza - CE SINAFERRMAQ Tel: 71 3379 5653 Lauro de Freitas - BA GALE Tel: 41 3339 2831 Curitiba - PR TECNITOOLS Tel: 31 3295 2951 Belo Horizonte - MG GC Tel: 49 3522 0955 Joaçaba - SC THIJAN Tel: 47 3433 3939 Joinville - SC HAILTOOLS Tel: 27 3320 6047 Vila Velha - ES TOOLSET Tel: 21 2290-6397 Rio de Janeiro - RJ JAFER Tel: 21 2270 4835 Rio de Janeiro - RJ TRIGON Tel: 21 2270 4566 Rio de Janeiro - RJ KAYMÃ Tel: 67 3321 3593 Campo Grande - MS TUNGSFER Tel: 31 3825 3637 Ipatinga - MG FALE COM ELES André Ferreira: (11) 8618-6260 Carlos Ancelmo (Sandvik Coromant): (11) 5696-6935 Carlos Nogueira (ABIMAQ): [email protected] Cláudia Matarazzo: (11) 2193-8411 Cláudio Teixeira (Serpro): (11) 2173-1299 Edson de Oliveira (MAN Ferrostaal): (11) 5522-5999 Fábio Plensack (Sandvik Coromant): (11) 5696-5414 Frank Alcântara (Braskem): (11) 3567-9395 Giovanna Maira: (11) 3682-4077 José Eduardo Escobar (UVW): (19) 3236-1701 Benefícios que extrapolam o campo da usinagem Inclusão Exemplos de superação e valorização da vida Cortes interrompidos Como lidar com este inevitável desafio da manufatura anunciantes nesta edição O Mundo da Usinagem 62 Arwi. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 Blaser . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 Casa do Metal. . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 Deb´Maq . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 Dormer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 Dynamach. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 Ergomat. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39 Grob . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 Haas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 HDT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9/37 Hexagon . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 Intertech . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 Mazak. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 Mitutoyo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 Okuma. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 Ricavi. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 ROMI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 Sandvik. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4ª capa Sandvik Local. . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 Selltis. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2ª capa Stamac . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 Takamaz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35 Techmei . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41 Turrettini . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3ª capa Kênia Pottes: (11) 5044-9611 Klaus Schützer (Unimep): (19) 3124-1810 Mário Hiroshi Assada (Romi): (19) 3455-9301 O leitor de O Mundo da Usinagem pode entrar em contato com os editores pelo e-mail: [email protected] ou ligue: 0800 770 5700 Mário Pimentel (Sandvik Coromant): [email protected] Odúlia Maria Bogaz Munhoz (Serpro): (11) 2173-1299 Ulisses Tsutsumi (Mori Seiki): (11) 5533-2275 Valdir Premero (ABTCP): [email protected] SANDVIK COROMANT - Atendimento ao cliente 0800 559698 42 O Mundo da Usinagem Movimento - Cursos Durante todo o ano, a Sandvik Coromant oferece cursos específicos para os profissionais do mundo da usinagem.Acessewww.coromant.sandvik.com/br, na barra principal, clique em 'treinamento' e confira o ProgramadeTreinamento2009.Vocêpoderáparticipar de palestras e também de cursos in plant, ministrados dentro de sua empresa!