Energia Offshore Jorge Cruz Morais factores da alteração Aumento da Procura Emissões de CO2 O consumo mundial de energia primária Evolução do consumo mundial de energia primária, 1970-2009 Mtep 11.164 2% 9.263 8.095 6.630 4.970 1970 1980 Fonte: BP Statistical Review of World Energy, June 2010 1990 2000 2009 3 um problema dinâmico... dois principais drivers para o crescimento dos consumos de energia: demografia desenvolvimento económico evolução demográfica 9 biliões 6 biliões 60 2000 2050 desenvolvimento económico o bilião mais rico é responsável por mais de 50% do consumo de energia … o mais pobre consome menos de 4% um novo paradigma no horizonte de 2050 os consumos de energia deverão no mínimo duplicar face a 2000 pressão sobre as reservas pressão sobre os preços factores da alteração Aumento da Procura Emissões de CO2 Em 2009, o consumo de combustíveis fósseis representou 88% do consumo mundial de energia primária Decomposição do consumo mundial de energia primária em 2009, por combustível Mtep 11.164 Combustíveis fósseis = 88% 3.882 Petróleo: 85 M b/dia 2.653 3.278 Total Petróleo Gás Natural Carvão 611 740 Energia nuclear Hidroelectricidade Fonte: BP Statistical Review of World Energy, June 2010 9 aquecimento global CO2… Concentração de CO2 na atmosfera 700-1000 (em ppm) 280 1900 380 2000 2100 o novo paradigma... Como compatibilizar, num cenário de energia mais escassa e mais cara, o necessário desenvolvimento económico com a necessidade de reduzir as emissões de CO2 ? previsões da AIE… implicações de um cenário de 450 ppm… como se pode cumprir esse cenário… necessidade de descarbonizar o sector eléctrico até 2050 representa um enorme desafio à inovação Objectivos explícitos G8 Objectivos globais da UE % Objectivos estimados da UE para o sector eléctrico % 60 Redução de CO2 ~90 20 2020 ~30 2050 2020 40 40 Redução do consumo Quota de renováveis ~20 20 2020 2050 33 20 2020 2050 2050 2020 2050 50 34 2020 2050 Sector eléctrico neutro em carbono key drivers para o futuro próximo… Descarbonização ...para limitar as emissões de CO2 Eficiência energética ...como forma de limitar o crescimento electrificação do consumo o que vai mudar? Energias renováveis Microgeração Eficiência Energética Mobilidade Eléctrica Redes Inteligentes Cinco estudos recentes apresentam propostas para uma Política Energética Europeia sustentável no horizonte 2050 2 1 4 3 5 Vários destes estudos foram desenvolvidos com o objectivo de apoiar a revisão da Política Energética Europeia para 2050, que deverá ser discutida durante 2010 …e um aumento na contribuição das fontes renováveis Peso das Renováveis na produção total de electricidade na UE %, 2000-2050 1 Média= 62 1 2 3 2050 1. Reino Unido 4 5 Energia offshore Energias das ondas Energia eólica offshore A energia das ondas tem condições favoráveis em Portugal Melhores localizações + Aspectos Regulamentares* Zonas prioritárias * 1 Bom Recurso Rede eléctrica ao largo da Costa Melhor classificação . . . Pior classificação * Wave Energy Center study * * At present, only for wave energy Boa logística Capacidade 250 MW • Decreto-lei define 250 MW a serem atribuídos em 3 fases: • Fase de demonstração (20 MW) • Fase Pré-Comercial (100 MW) • Fase Comercial (130 MW) 2 Tarifa de 15 anos • Valor inicial €260 MWh 3 Licenciamento simplificado Tecnologia Coluna de água oscilante (onshore, nearshore ou offshore) Point Absorbers – Flutuante ou submerso, PTO tipicamente hidráulico Articulado Overtopping (onshore, nearshore ou offshore) Fases de maturidade da tecnologia 4 Pré-comercial Produz energia continuamente para a rede, sem respeitar o plano de negócios 3 Testes no mar Escala:1/4 a escala completa 2 Simulação em tank Escala:1/40 – 1/10 1 Simulação numérica O desenvolvimento da energia das ondas requer uma aproximação sistemática Photos are illustrative and do no reflect present state of devices 5 Comercial / Maduro Respeitando o plano de negócios Energia das Ondas - tecnologia A principal conclusão desta tecnologia é que o princípio de conversão ainda não se encontra estabilizado Como irá evoluir a tecnologia? • Apenas um princípio de conversão, como em eólicas com turbinas de eixo horizontal? • Dois ou três princípios de conversão, segmentados pelas características de recursos, proximidade à Costa, etc.? Projectos de energia das ondas A edp está a desenvolver uma série de projectos para conseguir obter uma visão tecnológica do sector da Energia das Ondas • Aquisição e gestão de um sítio de demonstração : Aguçadoura. • Desenvolvimento de projectos de demonstração no sítio A indústria offshore começou a desenvolver-se há quase um século com as plataformas petrolíferas… 20s 90s 30s Desde 1947 a indústria Offshore passou da primeira plataforma fora de vista para produção a 2 km de profundidade Fonte: SPE – Society of Petroleum Engineers (2004), Principle Power (2009) 50s Conhecidos desde o século v os moinhos há muito que fazem parte da nossa paisagem … Existe uma longa curva de conhecimento relacionada com a energia eólica … Alcabideche : Moinhos datados do século X … A energia eólica evoluiu em muito pouco tempo… 30 anos Tecnologia eólica Offshore e profundidade da água Monopiles Custo – – Jackets Floating Extensão básica com torre de turbina e acessório de transição Economicamente viável em águas pouco profundas (10-60m) Jackets – MonoPiles – – Economicamente viável em águas de profundidade transicionais (30-60m) Derivado das tecnologias óleo e gás Operacionalização de Beatriz foi um sucesso (2 jackets e RePower 5M) Flutuante – Profundidade da água Fonte: NREL – Economicamente viável em águas profundas (50-900m) Dois protótipos em operação (Hywind e Blue H) Porquê eólica Offshore e porquê flutuante? Porquê Offshore? – – – – Maior recurso de vento e menos turbulência Mais área de oceano disponível Os melhores pontos para eólicas onshore estão a escassear A capacidade de eólica offshore (incluindo offshore profundo) é quase ilimitada Porquê Flutuante? – – – – – Limitação de pontos com águas menos profundas (maioritariamente no mar do norte ou junto à costa) Maioria dos recursos são em águas profundas Mais área disponível Menos restrições para operacionalizar offshores e redução no impacto visual Elevado potencial– PT, Espanha, RU, França, Alemanha, Itália, EUA … A tecnologia offshore apresenta novos desafios no desenvolvimento de projectos • A velocidade de vento ideal para produção de electricidade eólica offshore ronda os 8-10 m/s Recursos eólicos offshore na Europa • Caracteristicamente o norte da Europa tem níveis de vento elevados , por vezes excedendo as condições ideais1 • O sul da Europa tem locais com níveis de vento inferiores, limitando o potencial de carga 0 1.500 3.000 Profundidade do mar na Europa 5.000 7.000+ Depth (meters) • Actualmente a tecnologia disponível permite instalações até 30m de profundidade • Já existem parques de demonstração colocados a 30-60m de profundidade • Projectos estão a ser desenvolvidos para profundidades superiores a 60m Fonte: 1989 Risø National Laboratory, Roskilde, Denmark (www.windatlas.dk); National Geophysical Data Centre – NOAA 1. As pás automaticamente desviam-se do vento e diminuem velocidade por motivos de segurança quando a velocidade do vento excede 22 m/s BWEA) 31 Tecnologia eólica offshore profunda Principais desenvolvimentos ocorrem nos mecanismos flutuantes Hywind Sway Wectop WindSea Wind Float Existem drivers que levarão a um aumento da competitividade de custos do offshore face ao onshore Drivers para redução de custos a longo prazo • O efeito da curva de Turbina Instalação • aprendizagem levará a uma redução de ~30% em custos equiparados até 2020 Maiores e melhores turbinas potenciarão o factor de carga (de 35% para 45%) • Economias de escala • Aprendizagem pela execução • Nova tecnologia (HVDC) deverá Ligação à rede beneficiar da curva de aprendizagem semelhante à usada nos projectos Offshore • Haverá mais meios com Meios capacidade para instalar turbinas para o Offshore (ex. embarcações) Fonte: McKinsey & Co. (2009) Evolução LRR eólica Onshore e Offshore €2009/MWh Onshore @ 2.150h 120 Offshore @ 3.200 110 Offshore @ 4.000h 100 90 80 70 60 50 40 2009 2011 2013 2015 2017 2019 Viabilidade económica No actual estádio de desenvolvimento das tecnologias a energia offshore não é competitiva. Qual a perspectiva de evolução ? A crescente competitividade das energias renováveis permitirá limitar os sobrecustos da transição… Comparação de custos por tecnologias LRR1 €2010/MWh 2010 300 270 240 210 Descom. 2020 300 Max e Min 270 CO2 Fuel 237 O&M 21 210 Invest. 177 180 30 0 150 127 120 60 180 28 150 90 240 37 78 12 51 11 5 79 80 5 12 11 33 23 17 6 51 120 216 90 76 17 148 90 59 Gas Carvão Nuclear Eólica Eólica Solar PV (CCGT) Onshore Offshore 58 9 60 49 30 0 Solar CSP Hidro 103 82 16 53 9 4 83 73 40 70 11 5 15 11 24 56 14 6 46 130 18 25 32 113 71 Gas Carvão Nuclear Eólica Eólica Solar PV (CCGT) Onshore Offshore 1. Receita unitária nivelada necessária ao longo da vida do projecto para assegurar TIR alvo (em valores reais constantes) Nota: Pressupostos detalhados no Anexo 1 112 88 56 8 48 Solar CSP Hidro … permitindo criar valor ao substituir importação de combustíveis por investimento com incorporação nacional… Composição dos custos e potencial de incorporação nacional Incorporação nacional Comentários • Tecnologia Potencial incorporação nacional • Hídrica Até ~85% • Investimento • Fabrico de O&M Eólica aerogeradores já existente (e.g., ENEOP, Ventinvest) Até ~100% • Parte da cadeia Combustível Solar Térmicas convencionais madura Apenas 46% do potencial nacional explorado Know-how nacional Renováveis Até ~100% • de manufactura já existente Potencial para criação de cluster mais abrangente Energia Offshore Jorge Cruz Morais