PROBIC-FAPERGS INFLUÊNCIA DA ORIENTAÇÃO CRISTALINA NO ATRITO E EM NANOESCALA DE SI MONOCRISTALINO (100) Pedro Henrique Bolzan, Caren Menezes, Nério Bogoni Jr, Carlos Alejandro Figueroa Palavras-chave: Atrito em nano escala; diamante; silício monocristalino; orientação cristalográfica; coeficiente de atrito. Introdução O estudo do coeficiente de atrito é importante para se reduzir perdas energéticas que podem ser geradas pela composição química das superfícies, bem como através de seus parâmetros de rede e suas orientações cristalográficas. Objetivos Para os ensaios feitos utilizando uma força de 5 mN, esperava-se valores com uma confiabilidade menor, uma vez que a força esta próxima do limite do equipamento, mas os valores se mostraram próximos dos encontrados quando feitos com outras forças. Onde foi obtido um coeficiente de atrito máximo para um ângulo de 0˚, e diferentemente dos outros experimentos, o obteve-se um mínimo para 45˚. Analisar a influência da orientação cristalina no atrito em nanoescala através do coeficiente de atrito proveniente da variação da força e da orientação de movimento entre uma amostra de silício monicristalino (100) e o diamente. Tendo em vista que a amostra de silício e o diamante possuem parâmetros de rede diferentes, e não multiplos, um do outro. Metodologia Durante a pesquisa feita até o momento foi possível analisar o atrito em apenas três diferentes orientações, 0˚, 45˚ e 90˚. Cada uma delas utilizando forças de 5 mN, 10 mN e 15 mN. Para ter uma ideia inicial dos valores obtidos e assim posteriormente prosseguir com as medições nos demais ângulos pré-determinados (iniciando em 0˚, e com um passo de 15˚ realizar medições até que uma volta completa, 360˚, seja completa). Os parâmetros utilizados serão seguidos conforme a tabela abaixo: Velocidade de Carga Taxa de Comprimento mapeamento carregamento Normal (μm) (μm/s) (mN/s) (mN) Seguindo para os resultados obtidos para forças de 10 mN e 15 mN, diferentemente dos valores encontrados anteriormente, o atrito mínimo foi encontrado seguindo um trajeto formando 90˚ em relação ao referencial. Repetições 1 5 0,05 680 10 1 10 0,07 680 10 1 15 0,15 680 10 A amostra de silício monocristalino, com orientação cristalina <100>, esta centralizada em um porta amostra de alumínio, com as devidas marcações angulares, e acoplada ao nanotribômetro NanoTest-600 (MicroMaterials) , onde esta localizada a ponteira de diamante, que irá exercer uma força sobre a amostra de silício. As medições foram feitas primeiramente para que fosse analisar os resultados, e ter em mente um possível comportamento do atrito em relação a orientação da força, fazendo a limpeza da ponta de diamante entre cada mudança de direção. Posteriormente foram refeitas as medições, desta vez sem que a ponta de diamante fosse limpa entre cada mudança de ângulo, para que fosse possível comprovar os dados obtidos inicialmente, e assim dar continuidade a pesquisa fazendo uso das demais angulações. Resultados e Discussão A partir dos resultados obtidos foram gerados gráficos relacionando o coeficiente de atrito (COF) e os ângulos onde foram aplicada as forças. Os gráficos foram separados conforme a força aplicada em cada trajeto percorrido pela ponta de diamante. Para cada trajeto, os pontos demarcados com a cor preta equivalem às primeiras medições feitas, e os com a cor vermelha equivalem à repetição posteriormente feita. Para todas as medições foi considerado mais confiável utilizar os valores obtidos na repetição dos experimentos, uma vez que não ouve interferência externa na ponta de diamante, que ocorria durante a limpeza feita entre cada medição. Esta queda do coeficiente de atrito deve-se à orientação cristalográfica do silício monocristalino, e às estruturas comensuradas e incomensuradas de interação entre os átomos. Referências Dienwiebel, Martin et al. Superlubricity of Graphite. Phys. Rev. Lett. 92, 126101 (2004) B. N. J. Persson, E. Tosatti, D. Fuhrmann, G. Witte, and Ch. Wöll, Lowfrequency adsorbate vibrational relaxation and sliding friction, Phys. Rev. B 59, 11777