12 Enraizamento de estacas de Lippia sidoides Cham. utilizando diferentes tipos de estacas, substratos e concentrações do ácido indolbutírico 1* 2 3 3 OLIVEIRA, G.L. ; FIGUEIREDO, L.S. ; MARTINS, E.R. ; COSTA, C.A. 1* Ciências Biológicas, Faculdade de Saúde Ibituruna, Av. Nice, 99, Ibituruna, Montes Claros-MG, CEP: 394002 089. * [email protected]. Departamento de Biologia Geral, Unimontes, CP. 126, Vila Mauricéia s/n, 3 Montes Claros-MG, CEP: 39401-089. Setor de Fitotecnia - Instituto de Ciências Agrárias -UFMG, CP.135, Av. Osmani Barbosa, s/n, JK, Montes Claros-MG, CEP: 39.404-006. RESUMO: A Lippia sidoides Cham. (alecrim-pimenta) é uma planta medicinal nativa do Nordeste brasileiro e do Norte mineiro, é muito utilizada pela sua propriedade anti-séptica. O óleo essencial é rico em timol e carvacrol. Com a comercialização do seu óleo essencial, tem havido maior interesse no cultivo da espécie. No entanto, há dificuldades no seu cultivo em função da baixa porcentagem de enraizamento de estacas. Assim, o objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito de diferentes tipos de estacas, concentrações do ácido indolbutírico (AIB) e substratos no enraizamento de estacas dessa espécie. Realizou-se três experimentos, no primeiro quatro tipos de estaca (apical, mediana com 1 par de folhas, mediana com 2 pares de folhas e mediana sem folhas) foram avaliadas, no segundo experimento utilizou-se a estaca apical (melhor resultado do experimento 1) e cinco concentrações de AIB (0 mg L-1, 250 mg L-1, 500 mg L-1, 750 mg L-1 e 1000 mg L-1) foram testadas e, no terceiro experimento, utilizou-se a estaca apical e 250 mg L-1 de AIB (melhor resultado do experimento 2) para avaliar o efeito de quatro tipos de substratos (areia, terra preta, terra argilosa e substrato comercial “Hortimix”). De acordo com os resultados obtidos foi possível verificar que estacas apicais apresentaram maior desenvolvimento radicial; as estacas apicais tratadas com 250 mg L-1 de ácido indolbutírico apresentaram maior porcentagem de enraizamento e não houve uma diferença significativa nos resultados, em relação à produção de raízes, utilizando diferentes substratos. Palavras-chave: Lippia sidoides Cham., plantas medicinais, estaquia ABSTRACT: Rooting in Lippia sidoides Cham. using different types of cuttings, substrates and indolebutyric acid concentrations. Lippia sidoides Cham. (“alecrim-pimenta”) is a medicinal plant native to Northeast Brazil and to the north of Minas Gerais State. This species has been extensively used due to its antiseptic property, since its essential oil is rich in thymol and carvacrol. Consequently, there is an increasing interest for L. sidoides Cham. cultivation. However, the low percentage of cutting rooting makes difficult such activity. Thus, this work aimed at evaluating the effect of different types of cuttings, indolebutyric acid (IBA) concentrations and substrates on the rooting of L. sidoides Cham. cuttings. Three experiments were carried out. In the first, four types of cuttings (apical, median with 1-pair of leaves, median with 2-pair of leaves, and median without leaves) were evaluated. In the second, apical cuttings (based on the results of the first experiment) were subjected to five IBA concentrations (0 mg L-1, 250 mg L-1, 500 mg L-1, 750 mg L-1 and 1000 mg L-1). In the third experiment, apical cuttings and 250 mg L-1 IBA (based on the results of the second test) were used to evaluate the effect of four types of substrates (sand, dark soil, clayey soil and “Hortimix”). Apical cuttings had higher root development; in addition, those subjected to 250 mg L-1 IBA had higher rooting percentage. As regards root production under different substrates, no significant difference was detected. Key words: Lippia sidoides Cham., medicinal plants, cutting Recebido para publicação em 20/11/2006 Aceito para publicação em 09/08/2008 Rev. Bras. Pl. Med., Botucatu, v.10, n.4, p.12-17, 2008. 13 INTRODUÇÃO As plantas são usadas desde o início da civilização humana por suas propriedades alimentícias, terapêuticas ou tóxicas (Martins et al., 2000). As novas tendências globais de uma preocupação com a biodiversidade, as idéias de desenvolvimento sustentável e o intenso apelo comercial advindo do forte movimento cultural dos naturalistas trouxeram novos ares aos estudos das plantas com propriedades terapêuticas, que acabaram despertando novamente um interesse geral na fitoterapia (Lorenzi & Matos, 2002; Veiga Júnior & Pinto, 2005). Este interesse na fitoterapia tem demandado informações a respeito das formas de propagação e cultivo de tais plantas. Informações agronômicas a respeito de plantas medicinais são essenciais para o estabelecimento de qualquer programa de fitoterapia sustentável (França, 2000). A L. sidoides trata-se de uma das plantas utilizadas no projeto “Farmácia Viva”, desenvolvido no Ceará e amplamente difundido em todo o país. Em virtude da grande importância econômica desta espécie, ela poderá sofrer uma forte ação antrópica no seu ambiente natural. A espécie possui mercado externo, interno e regional, e já está sendo explorada pela empresa de Produtos Naturais Ltda (PRONAT) incubada no Parque de Desenvolvimento Tecnológico do Ceará (PADETEC) da Universidade Federal do Ceará (Costa, 2006). A Lippia sidoides Cham, nativa do Nordeste do Brasil e no Norte de Minas Gerais, pertence à família Verbenaceae, é conhecida popularmente como alecrim-pimenta ou estrepa-cavalo (Martins et al., 2000). É um grande arbusto caducifólio, ereto, muito ramificado e quebradiço, possui cerca de 2 a 3 m de altura, os frutos são do tipo aquênio, muito pequenos e as sementes raramente germinam (Lorenzi & Matos, 2002). Esta espécie possui diversas indicações terapêuticas e apresenta propriedades antimicrobianas, graças à presença de timol e carvacrol em seu óleo essencial, o que lhe confere uma grande importância econômica (Martins et al., 2000; Silva & Casali, 2000; Carvalho et al., 2003; Costa, 2006). Apresenta também, ação moluscicida contra o caramujo Biomphalaria glabra e forte atividade contra o principal causador da cárie dentária, a Streptococcus mutans (Lorenzi & Matos, 2002) e atividade larvicida do óleo essencial puro foi demonstrada em pesquisa realizada com as larvas do Aedes aegypti L., onde a mortalidade foi de 100% (Cavalcanti et al., 2004). A técnica de multiplicação vegetativa mais comumente utilizada é a estaquia e a propagação da L. sidoides pode ser realizada por esta técnica e também por alporquia (Mendonça, 1997; Assis & Teixeira, 1998; Martins et al., 2000). De acordo com Martins et al. (2000), para a estaquia desta espécie é recomendado utilizar os ramos mais finos, cultivar as estacas em condições de luz plena, solo bem drenado e espaçamento 3x3cm. Mendonça (1997) conduziu dois experimentos com a Lippia sidoides, um em estufins e outro sob sombrite, com o objetivo de testar o tipo de estaca. A avaliação constituiu da contagem do número de estacas que sobreviveram e que enraizaram após 45 dias do plantio, peso fresco e seco das raízes, peso fresco e seco da parte aérea, e ao final, constatou que o melhor tipo de estaca foi a herbácea com a presença de folhas sob sombrite. Sobre a estaquia é importante ressaltar que fatores externos de natureza física ou química, como intensidade de luz, temperatura, umidade, quantidade de água, podem influenciar na formação de raízes adventícias, estimulando ou inibindo o enraizamento, além de substâncias produzidas pelas plantas, como auxinas e citocianinas, responsáveis pelo início do processo da formação de raízes, além da presença de folhas (Assis & Teixeira, 1998). A presença de folhas e gemas exercem forte influência estimuladora no enraizamento, pois os carboidratos resultantes da atividade fotossintética da planta também contribuem para a formação de raízes, embora os efeitos estimuladores da emissão de folhas e gemas devamse principalmente, à produção de auxina (Ming et al., 1998). A utilização de um regulador vegetal mais adequado para o enraizamento de estacas, varia de acordo com a espécie que se quer propagar, tanto em relação à concentração como ao tempo de imersão destas nas soluções (Ming et al., 1998). De acordo com Assis & Teixeira (1998), as auxinas são os reguladores vegetais indicados para indução de enraizamento e as mais importantes auxinas sintéticas, de uso exógeno, são o ANA (ácido naftaleno acético) e o AIB (ácido indolbutírico), sendo o último mais efetivo para o enraizamento. A comercialização do óleo essencial de L. sidoides proporcionou um maior interesse no cultivo da espécie e diante das dificuldades na emissão de raízes pelas estacas, o presente trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar o efeito de diferentes tipos de estacas, substratos e concentrações de ácido indolbutírico (AIB) na propagação vegetativa dessa espécie. MATERIAL E MÉTODO Material Botânico Um exemplar da espécie estudada, Lippia sidoides Cham. (Verbenaceae), foi herborizado no Herbário da Unimontes (Voucher 729). Os ramos, desta espécie, para a estaquia, foram coletados no Campus da Universidade Federal de Minas Gerais, Rev. Bras. Pl. Med., Botucatu, v.10, n.4, p.12-17, 2008. 14 em Montes Claros. Essas plantas matrizes são nativas e encontradas em bastante quantidade nesta região. A coleta foi realizada às 8 horas e o material coletado foi transportado em sacos plásticos para reduzir a transpiração. Três experimentos foram conduzidos em casa de vegetação, sob sombrite 50%, no Campus da Universidade Estadual de Montes Claros – MG. Foi utilizado o Delineamento Inteiramente Casualizado (D.I.C.), cinco repetições de 10 estacas por parcela nos três experimentos e a estaquia foi realizada em caixas plásticas (23cm de largura, 38cm de comprimento e 8cm de profundidade). A irrigação foi realizada diariamente pela manhã. Experimento 1 - Efeito do tipo de estaca O experimento conduzido em março de 2003 foi disposto em esquema fatorial 4x2, sendo quatro tipos de estacas e duas épocas de avaliação (30 e 60 dias após a instalação do experimento), 5 repetições de 10 estacas por parcela. Utilizou-se como substrato, areia lavada. Os tipos de estacas avaliados foram: estaca apical com 1 par de folhas expandidas na parte superior da estaca (T1), mediana com 1 par de folhas opostas (T2), mediana com 2 pares de folhas opostas (T3) e mediana sem folhas (T4). Experimento 2 - Efeito da concentração de AIB O experimento foi conduzido em junho de 2003. Foram testadas 5 concentrações de ácido indolbutírico (AIB): 0 mg L-1 (Testemunha), 250 mg L-1, 500 mg L-1, 750 mg L-1 e 1000 mg L-1. O tipo de estaca utilizada neste experimento foi a apical (com 1 par de folhas expandidas na parte superior), que ficou imersa no AIB durante 20 horas, antes do plantio. Esta estaca foi escolhida por apresentar o melhor resultado no experimento 1. O substrato utilizado foi areia lavada e a avaliação realizada 30 dias após a instalação. Experimento 3 - Efeito do tipo substrato O experimento foi conduzido em agosto de 2003. Utilizou-se a estaca apical (com 1 par de folhas expandidas na parte superior), que foi imersa em solução de AIB à 250 mg L-1 (melhor resultado do experimento 2) durante 20 horas, antes do plantio. Os substratos testados foram: areia lavada, terra preta, terra argilosa e substrato comercial – “Hortimix” (fabricado pela Agritech, constituído por casca de pinus bio estabilizada, vermiculita e calcário dolomítico; pH: 5,0-6,0). A avaliação foi realizada 30 dias após a instalação do experimento. Variáveis analisadas Nos três experimentos foram analisados o número de brotações por estaca (brot), número total de folhas expandidas por estaca (ft), porcentagem de enraizamento total (enrt), número total de raízes por estaca (raest), porcentagem de estacas mortas (mort), peso da matéria fresca (mf) e peso da matéria seca (ms). A massa da matéria seca da estaca (contendo raízes, folha e brotos) foi obtida após secagem à 70ºC, em estufa de circulação forçada, até peso constante. Análise Estatística Os dados foram submetidos à análise de variância e comparação das médias utilizando-se o teste de Tukey para os experimentos de tipos de estacas e substratos. Para os diferentes níveis de AIB, fez-se a análise de variância e teste de regressão. Para a análise estatística utilizou-se o programa SAEG -Sistema para Análises Estatísticas e Genéticas (Ribeiro Júnior, 2001). RESULTADO E DISCUSSÃO Experimento 1 - Efeito do tipo de estaca A análise de variância para os diferentes tipos de estacas apresentou valores significativos para todas as características e a análise das épocas apresentou valores significativos somente para as características massa da matéria fresca e massa da matéria seca. Entretanto, não houve nenhum valor significativo para a interação épocas x estacas. Na Tabela 1, observa-se que os tipos de estacas testados não apresentaram diferenças significativas quanto ao enraizamento total, mas, constatou-se a dificuldade da Lippia sidoides em formar raízes, devido ao baixo número de estacas que enraizaram. Entretanto, apesar da dificuldade de enraizamento, a estaca apical (com 1 par de folhas expandidas na parte superior) apresentou maior quantidade de raízes por estaca, enquanto a estaca sem folhas a menor quantidade, apesar desta ter obtido uma maior média nos pesos das matérias fresca e seca. As estacas apicais e com 2 pares de folhas apresentaram índices de mortalidade mais baixos que as estacas sem folhas e não diferiram significantemente na quantidade de brotos, apesar desta segunda ter obtido uma maior quantidade de folhas expandidas. Biase & Costa (2003), trabalhando com Lippia alba, mostraram que diferente da L. sidoides, os tipos de estacas não apresentaram diferenças quanto ao enraizamento, demonstrando uma grande facilidade da formação de raízes, confirmando os resultados obtidos por Arbuquerque et al. (2001) e Rocha et al. (2001). As médias não apresentaram valores muito diferentes de uma forma geral, sendo a estaca apical Rev. Bras. Pl. Med., Botucatu, v.10, n.4, p.12-17, 2008. 15 TABELA 1. Valores médios para as características peso da matéria fresca (ms), peso da matéria sec (ms), enraizamento (enrt), mortalidade (mort), número de folhas (ft), brotos (brot) e raízes por estaca (raest) avaliados em diferentes tipos de estacas de Lippia sidoides, em duas épocas de determinação (EP). As médias seguidas de pelo menos uma mesma letra na coluna, não diferem significativamente entre si pelo teste Tukey, a 5% de probabilidade. a mais indicada para o enraizamento de L. sidoides, por ter apresentado, como diferencial, a tendência para formar um maior número de raízes por estacas, embora não tenha diferido dos tratamentos com 1 e 2 pares de folhas. Experimento 2 - Efeito da concentração de AIB Número Porcentagem A análise de variância apresentou valores significativos somente para as características número de brotações por estaca, número de raízes por estaca e porcentagem de estacas enraizadas. O número de brotações por estaca (Figura 1) diminuiu à medida que a concentração do AIB aumentou e o número de raízes por estacas e a porcentagem de estacas enraizadas apresentaram um maior enraizamento na concentração de 250 mg L-1. Aparentemente o desenvolvimento de raízes foi inibido pelo aumento na concentração do AIB. Mendonça (1997), trabalhando com Lippia sidoides , concluiu que esta espécie pode ser propagada pelo processo de estaquia, principalmente usando-se estacas herbáceas com a presença de folhas, sob sombrite, e que o ácido indolbutírico, nas concentrações 0 mg L-1, 100 mg L-1, 200 mg L-1 e 400 mg L-1 não influenciou no enraizamento e sob altas concentrações tornou-se prejudicial ao enraizamento e sobrevivência das estacas. O presente trabalho apresentou um resultado diferente, em relação à concentração do AIB, do que o demonstrado por Mendonça (1997). As respostas variadas ao uso de reguladores vegetais no enraizamento, possivelmente ocorre em conseqüência de diferenças ambientais, ou seja, local onde o experimento foi realizado, da intensidade luminosa, temperatura, umidade, além de variações Nível de AIB (ppm) FIGURA 1. Relação entre número de brotações por estaca, número de raízes por estaca e porcentagem de estacas enraizadas de Lippia sidoides e cinco níveis de concentração de AIB. Rev. Bras. Pl. Med., Botucatu, v.10, n.4, p.12-17, 2008. 16 decorrentes da espécie utilizada e metodologia experimental (Ming et al.,1998). Experimento 3 - Efeito do tipo de substrato A análise de variância para os tipos de substratos só não apresentou valores significativos para o peso da matéria seca, demonstrando que sob estas condições há um tipo de substrato que aumenta o enraizamento destas estacas, devendo ser o escolhido. Na Tabela 2 pode-se observar que a L. sidoides, quando colocada para enraizar em areia, apresentou maior valor de brotos formados, de folhas expandidas e peso da matéria fresca, mas não houve diferença significativa quanto à porcentagem de enraizamento total (enrt) e ao número de raízes por estaca (raest) entre os substratos. Confirmando estes dados, Biase & Costa (2003) mostraram que diferentes substratos não apresentaram diferenças significativas no enraizamento de estacas de L. alba. Entretanto, o substrato argiloso mostrou-se inadequado para o enraizamento, pois apresentou uma alta taxa de mortalidade das estacas, possivelmente devido ao menor arejamento deste solo. Segundo Ming et al. (1998), para que o substrato seja considerado adequado para o enraizamento, devem ser consideradas algumas características importantes, como a capacidade de sustentar as estacas durante todo processo, proporcionar umidade e permitir aeração em suas bases. Durante o experimento estas características puderam ser percebidas nos substratos areia e terra preta. Entretanto, o substrato comercial aparentemente reteve menos água e no argiloso foi observado que a água não penetrava com facilidade, o que faz supor que a aeração das bases das estacas era prejudicada. A partir dos resultados obtidos pode-se concluir que a estaca apical foi o tipo mais indicado TABELA 2. Valores médios para as características peso da matéria fresca (ms), peso da matéria seca (ms), enraizamento (enrt), mortalidade (mort), número de folhas (ft), brotos (brot) e raízes por estaca (raest) avaliados em diferentes tipos de substratos no enraizamento de estacas de Lippia sidoides. As médias seguidas de pelo menos uma mesma letra na coluna, não diferem significativamente entre si pelo teste Tukey, a 5% de probabilidade. para o enraizamento de Lippia sidoides Cham., por ter apresentado tendência para formar maior quantidade de raízes por estaca. A maior porcentagem de enraizamento de estacas apicais foi observada com o uso da concentração de 250 mg L-1 de AIB e apesar de não haver uma diferença significativa de enraizamento entre os substratos, uma maior quantidade de brotos formados, folhas expandidas e maior peso da matéria fresca foram observados no substrato areia. AGRADECIMENTO Os autores agradecem à Rúbia e Valdimar pela grande ajuda durante a realização do experimento, ao Núcleo de Ciência Agrárias da UFMG pelo fornecimento de material. REFERÊNCIA ALBUQUERQUE, H.A. et al. Estaquia de erva-cidreira quimiotipo II (citral - limoneno). Horticultura Brasileira, v.19, n.2, p.245, 2001. ASSIS, T.F.; TEIXEIRA, S.L. Enraizamento de plantas lenhosas. Cultura de tecidos e transformação de plantas. Brasília: EMBRAPA - SPI, p.261-96,1998. BIASE, L.A.; COSTA, G. Propagação vegetativa de Lippia alba. Ciência Rural, v.33, n.3, p.455-9, 2003. CARVALHO, A.F.U. et al. Larvicidal activity of the essential oil from Lippia sidoides Cham. against Aedes aegypti Linn. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v.98, n.4, p.569-71, 2003. CAVALCANTI, E.S.B. et al. Larvicidal activity of essential oils from brazilian plants against Aedes aegypti L. Memórias do Instituto Osvaldo Cruz, v. 99, p.541-4, 2004. COSTA, A.S. Sustentabilidade da produção de AlecrimPimenta (Lippia sidoides Cham.): micropropagação visando a conservação in vitro. 2006. 56p. Dissertação (Mestrado em Agroecossistemas) - Núcleo de Pesquisa e Pós-Graduação e Estudos em Recursos naturais. Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão. FRANÇA, S.C. Abordagens biotecnológicas para a obtenção de substâncias ativas. In: SIMÕES, C.M.O. et al. Farmacognosia: da planta ao medicamento. 2.ed. Porto Alegre/Florianópolis: Ed. UFRGS/UFSC., 2000. 821p. LORENZI, H.; MATOS, F.J.A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. Nova Odessa: Instituto Rev. Bras. Pl. Med., Botucatu, v.10, n.4, p.12-17, 2008. 17 Plantarum, 2002. 512p. MARTINS, E.R. et al. Plantas medicinais. Viçosa: UFV, 2000. MENDONÇA, M.C.S. Efeito do ácido indolbutírico no enraizamento de estacas de alecrim-pimenta (Lippia sidoides Cham.). 1997. 43p. Dissertação (Mestrado em Fitotecnia) - Departamento de Fitotecnia, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza. MING, L.C. et al. Plantas madicinais, aromáticas e codimentares: avanços na pesquisa agronômica. v.2, apoio PROIN/CAPES. Botucatu: UNESP, 1998. 238p. RIBEIRO JÚNIOR, J.I. Análises estatísticas no SAEG. Viçosa: UFV, 2001. 301p. ROCHA, M.F.A. et al. Enraizamento de estacas de ervacidreira quimiotipo I (mirceno – citral). In: CONGRESSO BRASILEIRO DE OLERICULTURA, 41., Brasília. Horticultura Brasileira. v.19, n.2, p.245, 2001. SILVA, F.; CASALI, V.W.D. Plantas medicinais e aromáticas: pós colheita e óleos essenciais. Viçosa: UFV, 2000. 135p. VEIGA JUNIOR, V.F.; PINTO, A.C. Plantas medicinais: cura segura? Química Nova, v.28, n.3, p.519-28, 2005. Rev. Bras. Pl. Med., Botucatu, v.10, n.4, p.12-17, 2008.