ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS PARA ETA CONVENCIONAL EM FIBRA DE VIDRO Sistema de Abastecimento de Água: Baraúna – PB com vazão de 13,00 l/s. Objetivos Visa estabelecer os principais requisitos para aquisição de equipamentos inerentes a uma Estação de Tratamento de Água (ETA), fabricada totalmente em fibra de vidro (PRFV), composta em módulos conjugados de forma a dar um arranjo harmonioso à estação. A água bruta a ser tratada é proveniente de manancial de água doce, cujos parâmetros físico-químicos e bacteriológicos estão enquadrados nos limites definidos pela Resolução CONAMA nº 357, de 17 de março de 2005, para águas de até classe 3, que pedem tratamento convencional ou avançado. Será adotado o tratamento convencional completo, conforme preconiza a Portaria nº 2.914/2011, no que se refere à obrigatoriedade do tratamento por filtração de água para consumo humano suprido por manancial de superfície e distribuído por meio de canalização, além da obrigação de monitoramento. Escopo do fornecimento e dos serviços O fornecimento compreende além dos equipamentos completos constantes no projeto aprovado previamente pela CAGEPA, a montagem, instalação e teste operacional (partida inicial). Será de responsabilidade do fornecedor a execução das obras relativas às bases de apoio das unidades da ETA. Cada proponente deverá detalhar na íntegra da sua proposta, com base na premissa de que a ETA é convencional completa, informando todos os principais componentes bem como material, dimensões, etc. Na descrição das características dos materiais deverão conter: alto desempenho mecânico com a espessura das paredes de forma a não permitir deformações, resistência à corrosão de agentes químicos empregados no tratamento da água bruta e intempéries (sol, chuva, raios ultravioleta, etc). Principais componentes e características técnicas • Base de apoio das unidades – Constituída de laje de concreto armado, suportada por fundação em alvenaria de pedra. As paredes laterais em alvenaria de tijolo, quando necessárias, terão altura média máxima de 0,80 m. • vidro. Material de fabricação da ETA – Em resina poliéster estruturada em fibra de • Dispositivo de mistura rápida – A mistura rápida ocorrerá na tubulação de chegada a ETA através de uma placa perfurada instalada a uma distância mínima de um metro da primeira câmara do floculador. A placa é de fibra de vidro com orifício central dimensionado para garantir gradientes de velocidade de 700 a 1.000 s-1. • Dispositivo de Medição de Vazão – A medição de vazão, na entrada da ETA, será realizada de forma instantânea através de “Calha Parshall” com garganta de três polegadas (W = 3”), fabricada em resina poliéster estruturada com fibra de vidro. • Floculador hidráulico de fluxo vertical – Será formado por três câmaras em série para cada decantador. A primeira câmara com 8 células e aberturas (inferior e superior) que propiciem gradientes de velocidade mínimo de 40s-1 e máximo de até 70s-1; a segunda câmara com 9 células com uma faixa de variação de 20 a 50s-1; e a terceira câmara com 8 células e gradientes de 30 a 15s-1. • Decantador de alta taxa – Quatro decantadores dotados de módulo tubular. Os módulos serão confeccionados em tubos de PVC, reforçados em fibra de vidro, inclinados num ângulo de 500 a 600 e dimensionados de tal forma que produzam um baixo número de Reynolds. A taxa máxima de decantação deve ser inferior a 180 m3/m2/dia, a velocidade crítica de sedimentação deve estar em conformidade com o que recomenda a NBR 12.216 da ABNT. As calhas de coleta de água decantada também deverão ter comprimento compatível com as recomendações da norma. Cada decantador deverá ter capacidade para armazenar o lodo produzido por um período mínimo de 20 dias e conter dispositivos de remoção hidráulica periódica, através de tubos de 150 mm de diâmetro ou superior. • Filtro de fluxo descendente – Oito filtros de fluxo descendente, por gravidade, dotados de uma camada de sustentação (pedregulho) distribuída em subcamadas com granulometria distinta e leito filtrante de dupla camada constituída de antracito e areia na granulometria especificada quando da apresentação do projeto. Os filtros contarão com dispositivo de autolavagem e deverão trabalhar com taxa declinante variável. A taxa de filtração máxima será de 280 m3/m2/dia e a de lavagem do leito deve garantir a expansão do meio filtrante nos limites recomendados pela NBR 12.216. • Dispositivos e acessórios adicionais necessários: - Passarela – A passarela deve permitir o acesso das pessoas, em segurança, a todas as unidades da ETA. O material será em tubo de ferro galvanizado de 1” a 2” e o piso em chapa de alumino ou outro material (fibra de vidro) resistente a ação dos produtos químicos empregados no processo de tratamento. - Escada - A escada de acesso a ETA deve ser inclinada e conter degraus com dimensões e altura dentro dos padrões de segurança recomendados pela norma. - Válvulas e Tubos - As válvulas são do tipo “waffer”, com flanges, dotadas de volante para facilitar as manobras, diâmetros variáveis e posicionadas conforme “layout” da estação. Os tubos são de PVC revestidos em fibra de vidro e os flanges confeccionados em resina poliéster, estruturada em fibra de vidro. - Bomba Dosadora – As especificações das bombas dosadoras deverão ser submetidas à aprovação da Gerência de Controle da Qualidade (GECQ) da CAGEPA e apresentar atestado de garantia de pelo menos dois anos de funcionamento. Projeto Executivo da ETA A empresa vencedora deverá apresentar projeto executivo da estação de tratamento com desenhos apresentados em escala conveniente para análise e aprovação da CAGEPA. Deverá ainda apresentar a CAGEPA, antes de iniciar os serviços de fabricação, um plano de trabalho contendo cronograma de produção dos módulos que compõem cada unidade da ETA e submetê-lo a análise de técnicos da Diretoria de Operação e Manutenção (DOM) da CAGEPA. Efetuadas as correções, se for o caso, e depois de aprovado a empresa contratada deverá remeter duas cópias do plano de fabricação a DOM para que um Técnico, indicado pelo Diretor de Operação, acompanhe o processo de fabricação. Garantias do Produto Todos os equipamentos e demais componentes deverão possuir garantia de 05 anos no mínimo após sua entrada em funcionamento. Roteiro de Inspeções e Testes Poderá ser feita na fábrica uma inspeção pormenorizada dos materiais e trabalhos concernentes. Para tanto deverão ser disponibilizadas a mão de obra auxiliar e instrumentação necessária à inspeção. Os materiais aprovados para fabricação deverão ser marcados para possibilitar sua futura identificação. Os custos de exames e ensaios de rotina de todos os componentes inerentes ao contrato deverão correr por conta do fornecedor e deverão ser realizados de preferência no próprio local de fabricação. Os ensaios e exames de rotina envolvem todos os previstos nas normas técnicas correlatas (ABNT, ASTM, ANSI, ASME e outras) e serão realizados sem ônus para a CAGEPA, tais como: • Exame de documentação técnica (certificados, análises químicas, etc.) dos materiais aplicados na fabricação. • Ensaios destrutivos e não destrutível onde aplicável • Verificação dimensional dos componentes e dos conjuntos • Verificação de funcionamento dos equipamentos mecânicos auxiliares • Verificação de funcionamento do conjunto • Verificação de funcionamento dos circuitos elétricos de comando e proteção em conjunto com o funcionamento da parte mecânica • Verificação da pintura e de outros tipos de proteção • Deverá ser fornecido um relatório (inclusive com fotos, se for o caso) mostrando um histórico de todas as matérias primas / equipamentos utilizados na obra. Documentos e Informações Técnicas A empresa contratada fica obrigada a apresentar os seguintes documentos e informações: • Manual de Operação da ETA com informações técnicas sobre as etapas do processo e descrição clara dos procedimentos operacionais para cada fase ou período em que a qualidade da água bruta sofre alterações importantes. • Catálogo com a descrição geral dos equipamentos denominados de componentes auxiliares. • No caso de subfornecedores deverão ser fornecidas as referências dos mesmos. • Programa de fabricação e teste • Duas vias dos desenhos dimensionais de fabricação e montagem do conjunto, mostrando os componentes montados, contendo as seguintes informações quanto a tubulação, eletricidade e de construção civil. • Especificação completa e localização dos flanges e conexões • Dimensões principais • Espaço necessário para remoção das partes para manutenção • Desenho de corte contendo lista de peças com referências comerciais, número de parte (Part Number) do fabricante e classificação de materiais (ASTM, ANSI, SAE, etc...). Nota: Todos os desenhos acima relacionados deverão ser encaminhados a DOM previamente ao início da fabricação para aprovação, apresentados em forma de tabela localizada preferencialmente na parte inferior direita com as seguintes informações: • Nome do cliente • Localização da obra • Número do item (designação) do equipamento • Título do desenho, conforme a designação constante no índice de desenhos e documentos. Fornecimento e entrega Prazo de entrega • A ETA deverá ser entregue em até 90 dias, contados a partir do recebimento da Ordem de Fornecimento, sendo sua medição realizada conforme cronograma físicofinanceiro.