A África medieval
Impérios islâmicos negros:
sociedade, economia e
culturas
O fenômeno da expansão Islâmica e
suas consequências na África medieval
- A religião: Islã: submissão. Muslim, aquele que
se submete. Alcorão, corão, recitação.
- Mohammed: (570-620) – Meca, Arábia
Saudita;
- Revelação: 610 – Anjo Gabriel. Levar a palavra
de Deus.
- Perseguição: foge para Medina. Transforma-se
em um grande líder religioso e político. Promove
‘jihad’, guerras de anexação de território.
- Assim os dez anos que se seguem, várias
expedições pelas Arábias promoveriam a unificação
das tribos e das cidades, embora que alguns ainda
resistissem a aceitar a crença em um único deus, ou
a se subjugar ao domínio de Medina, em muitos
casos, o profeta realizou casamentos para firmar
alianças, casando-se com filhas ou irmãs dos chefes
dos outros clãs, ou realizando casamentos com suas
filhas e primas.
- Califa: ‘sucessor’. O califa, no caso, era escolhido
através de uma eleição na ‘Majlis al Ummah,’ órgão
que congregava as principais lideranças tribais, e,
mais tarde, provinciais.
- 4 califados ‘bem guiados’: descendentes diretos de
Mohammed. (632-661) (Abu Bakr/ Omar ibn alKhattab/ Othman ibn Affan/ Ali ben Abu Talib).
- Os califados dão lugar as dinastias após a saída da
capital Meca pra outras cidades da expansão
Islâmica
- Dinastia Omíada – Damasco (Séc VII)
- Dinastia Abássida – Bagda (Século VIII, Século XIII,
Século XVI)
- Dinastia Fatimidia – Cartago e Cairo (Século IX)
- Dinastia Córdoba – Sevilha, Espanha (Século IX)
- Dinastia Almôada – Cartago e Espanha (Século XI e
XII)
- Dinastia Otomana – Atual Turquia (Século XVI – XX)
Islã e África: expansão territorial
- O contato dos Islâmicos com a África
subsaariana foi se dando a partir da Dinastia
Abássida, com os impérios Gana, Mali e Songahi.
Dois grandes movimentos de expansão:
1. Vindo da costa atlântica: Dos Impérios de
Gana, Mali e Songahi (Rio Niger) até a a Africa
Central.
2. Vindo do Vale do Nilo: Cairo até toda África
do Índico até chegar a Moçambique. (Zambeze)
Surgimento de cidades e Império/Reinos na
África e sua relação com o islã.
- O comércio, os produtos naturais das regiões e o contato
com os mercadores islâmicos foram fundamentais para o
aparecimento das cidades situadas ao longo das rotas das
caravanas, no interior e na costa tanto ocidental como
oriental.
- Um estado pode emergir quando um grupo
determinado, normalmente da aristocracia, resolve
controlar algumas minas de ouro, o comércio do sal,
marfim e as rotas comerciais. Esta aristocracia, rodeada
de uma clientela numerosa, assegura o domínio sobre os
outros grupos sociais, camponeses livres ou servos,
artesãos, e às vezes comerciantes. Cada aldeia tinha que
pagar tributo, símbolo da sua dependência.
- Rotas Transaarianas: Para os mulçumanos, o
deserto do Saara era como um oceano, com portos
comerciais do norte ao sul. Transportavam objetos
de valor, vidros, cerâmica, sal para os territórios da
África Negra e recolhiam peles, escravos, marfim,
ébano (madeira – móveis e instrumentos musicais)
e ouro.
- Desde o século VIII d. C. os Mulçumanos deram
prioridade as rotas do interior da África entrando
em contato com as civilizações já existentes,
aprendendo suas línguas, trocando seus materiais e
ensinando os seus costumes. A intenção não era a
subjulgar os povos de maneira material, uma vez
que a aceitação da religião já era outra forma de
submissão que passava pela questão econômica.
Rotas
Saara/mediterrâneo
Rotas do Índico
- Do século XI ao XVI: O grande fluxo do Sudão e o
Norte da África aumentou o fluxo de comércio no
interior da África. O ouro era um dos principais
elementos de troca deste período.
- A partir do século IX: Os mulçumanos começam o
comércio com a costa oriental da África. As cidades
costeiras do Índico se tornaram prósperas por causa
da exportação das matérias primas (ouro, marfim,
chifres, couros e escravos) oriundos dos Impérios
presentes nas regiões de selva.
- Estas cidades ficaram nas mãos de uma elite que
ostentava o seu poder através dos artigos de metais.
Os quatro grandes Impérios/Estados/Reinos Negros
Gana, Almorávida, Mali e Songahi.
ALMORAVIDA
GANA
MALI
SONGAHI
Segundo Alberto Costa e Silva
- Império: expansão;
- Reino: um soberano;
- Estado: possuir governo próprio, embora
muitos não respondiam ao rei, pagavam
tributo.
- O interesse do rei era o pagamento de tributos
e fornecimento de soldados e não a expansão
territorial.
Cidade-Estado de Gana (300 – 1075)
- Gana: Rei guerreiro.
- Surge a partir do Século IV como Estado
centralizado – junção dos pastores de origem
berbere e cultivadores negros sedentários;
- Fronteiras: Rio Senegal e Rio Niger. Origem: povo
soninquê. Chamavam o território de Wagadu.
- Sucessão de poder: Matrilinear – era o filho da
irmã do rei que sucedia. Manter a linhagem de
sangue.
- O apogeu de Gana acontece no Século IX quando os
Azenegues conquistam Audagoste, grande centro
agrícola, artesanal e mercantil. Grande poderio militar.
Tropas de camelos e dromedários e armas para
manutenção do Gana. O cavalo era sinal de poder real.
- Tinha seus próprios rituais em momentos decisivos
como guerras, cerimoniais junto ao povo e morte. O ouro
era usado como ornamento em todos eles (inclusive nos
animais).
- Religião: Animista (Deus serpente – Ugandu Bida)
- Arquitetura e cultura: Material das casas era de pedra e
madeira. Palácio feito de choças em formato cônico.
Organização em espécie de ruas e avenidas grandes.
- A roupa com costuras era permitida apenas para o rei,
todo o restante do povo usava apenas tecidos amarrados
no corpo e saudavam o rei jogando pó sobre as suas
cabeças. Os enfeites eram permitidos apenas para os reis e
governadores.
- O ouro era moeda de tributo para ao Gana para manter a
sua corte. Possuíam uma técnica refinada para a utilização
do ouro. O sal era artigo raro e era trocado como o mesmo
peso do ouro.
- Quando os mulçumanos chegaram (Século IX) o Reino de
Gana já era organizado e rico. Sua capital era Kumbi-Saleh.
Nela os reis controlavam o comércio e os povos vizinhos.
Nesta cidade havia aproximadamente 20 mil e entre um
entreposto comercial de diversos outros povos étnicos
cordofanianos. Durante anos o Reino de Gana resistiu a
conversão ao islã.
- Os ataques do Almorávidas (na região do atual
Marrocos) desestabilizam a centralidade deste
governo ajudando ao seu enfraquecimento e
seu posterior isolamento.
- Em 1076, os Almorávidas que faziam parte de
um dos califados da Dinastia Almôdoa invade a
capital, destronam o seu rei e transforma a
cidade e um reino tributário subjugando o
poder do Gana.
Império Almorávida (1056 – 1147)
- Desde 487: várias tribos se organizaram em torno
de As mais célebres são as de lamtuna (ou
lemtuna), da qual o príncipe dos crentes Ali ibn
Taxufin faz parte, e os chadala. Saídas do Yêmen nos
tempos de Abu Bakr Siddiq, que as enviou para a
Síria, elas passaram depois para o Egito e depois se
transferiram para o Magreb, com Musa ibn Nusayr.
Seguiram depois para Tariq até o Tanger, mas seu
gosto pelo isolamento as empurraram para o
interior e ali habitaram.
- Corresponde a região da costa da Mauritânia,
Saara Ocidental, Marrocos e península ibérica;
- Século X: Islamismo era praticado por tribos
berberes na costa da Mauritânia como os Sanhadjas
– por questões políticas;
- Almorávidas: Al Morabetin (aqueles do Ribat):
Convento e forte militar implantado na região para
impor a religião islâmica, construir o exército e
expandir territórios.
- Principal missão: impor a fé islâmica aos nãocrentes. As tribos negras berberes (Tekrur)
aderiram a eles para se impor ao Império de Gana.
Yacine ataca o Marrocos (Maghred el-Alacsa)- 1056.
Em 1062, Emir AbuBakr funda a cidade de
Marrakesh e invade a cidade de Fez e Tlemcem até
chegar a Argel. Instalando na atual Mauritânia
(Tagant) decidi invadir o império de Gana.
- Os almorávidas invadem a capital de Gana (kumbi
Saleh) conseguindo por imposição comercial e
política a conversão dos negros de Gana. Em 1087
com a morte de Emir, Gana recupera a sua
independência, porém não mais como um império,
mas como uma pequena cidade. As caravanas
passaram a utilizar outras rotas comerciais,
esvaziando o poder e a economia de Gana.
- Os mulçumanos ricos passaram se refugiar em
Wallata, depois do segundo saque da antiga capital
de Gana (1203) As rotas fora desviadas para outras
cidades: Tombuctu, Gao e Djena que vão se
fortificando e dando espaço para o nascimento de
um outro império, o de Mali.
- Atenção: embora o islamismo tenha chegado
as tribos negras, a sua prática era bastante
mesclada com as praticas animistas dos antigos
grupos sociais.
Império Mali (1235 – 1500)
- Atual: Senegal, Gâmbia, Mali, Burquina até a lagoa entre
o Chade, Niger e Nigéria.
- Pequena região do império de Gana habitada pelo
grupo dos Mandigas e chamava seu território de
Manden.
- Nascimento: tribo dos Sosso dos Kantés.
- 1180: Diarra Kanté (clã dos ferreiros animistas): famoso
feiticeiro e guerreiro, tomou parte da cidade de kumbi
saleh, menos a tribo que dominava as minas de ouro que
eram os Malinqués. Apoderou-se das tribos de Dyara,
Bakunu , bumbu e Buré.
- Território de brigas: Soninques de
Gana, Almorávidas (século XI), e os
Sossos (século XII). Em 1235,
conseguiram conquistar os territórios
de Gana.
- Os Mandigas eram compostos por 12
tribos menores e uma capital chamada
Kangaba. Seu unificador foi Soundiata
Keita, que recebeu o título de Mansa,
que significa “imperador.”
- O nome do império era ‘Mandem Kurufa’,
porém os vizinhos chamavam de Mali (os da tribo
dos mandigas). Após a expansão final do império
a capital passou a ser Niani, onde atualmente é o
pais da República da Guiné.
- Política: Diferente de Gana (Preocupação com a
dominação dos povos e controle do comércio),
estabeleceu-se como um império centralizador,
com fronteiras bem definidas e formulando leis
por meio de uma assembleia chamada Gbara,
que tinha representantes das diversas tribos
negras que compunham o império.
- Justiça: Zelavam pela aplicação das leis. O
imperador era o que aplicava as leis. Os povos
islâmicos tinham grande pavor e medo do
sistema de leis do império.
- Soudiata adicionou ao comércio de ouro e sal, o
controle da navegação da bacia do niger que
ligava a zona da floresta com o deserto e a o
oceano atlântico. O ouro retirado de Mali
sustentava grande parte do comércio
mediterrâneo. O Soberano favorece o comercio
com os árabes-berberes para o controle do
deserto do Saara.
- O Mansa criou 5 clãs para
manter o rigor religioso
aprendido dos islâmicos, 1
clã de artesão para o ferro,
o ouro e o do couro, 4 clãs
de feiticeiros para cantar as
suas explorações e
transmiti-las às gerações
futuras. As crônicas
mulçumanas mencionam
que em 1324 Mansa Mussa
fez sua peregrinação a Meca
e passou pelo Cairo.
- Era dividido em províncias administradas
por conselhos (Kafo) e aldeias (dugu).
Autoridade Bicéfala: político e religioso. O
farba recolhia impostos e requisitava as
tropas.
- A corte do Mansa:Composto de escravos
e pajens comprados no Cairo. Os cortesão
vestiam-se de tecido branco e as jovens e
mulheres andavam nuas.
- A religião: era uma mistura de várias
influencias. A maior era do islamismo, poreém
muito pouco se cumpria do que estava no
Corão. (exemplo: ter mais de 4 mulheres e
carnes proibidas). Os sacerdotes usavam
máscaras feita de penas de aves e praticavam
ritos animistas. As festas islâmicas eram
celebradas com grande pompa. As crianças
aprendiam a ler no Corão e eram imposto
castigos corporais a aprendizagem.
- Arte: a cidade de Tombuktu (ou
timbuktu) tornou-se a mais rica e
importante da região. Tinha uma
“universidade” que traduzia os
textos gregos, cultura
mulçumana, matemática, lógica e
astronomia. Mansa Musa traz um
arquiteto Abu Isaak, para
construção de uma grande
mesquita de Djinger-ber na
cidade. Esta cidade está no
centro do Mali e faz parte do
Patrimônio Mundial.
- Os sucessores de Mansa Mussa tiveram dificuldades de
manter um território tão vasto. Depois de Maghan (13321336) até Mussa II (1374-1387) o reino sofreu diversos
ataques e assassinatos palacianos. Lentamente passa o
poder para a tribo de Gao, que vai se separando das outras
tribos de Mali e tomam o comércio da cidade de Djena, uma
da mais prósperas metrópoles comerciais do império.
- Final do século XV, a etnia dos volofos assumem a maioria
dos entrepostos de Mali. Houve um período confuso entre
os Mali e os Gao. Surgiram os movimentos dos peules do
bundu, conduzido por Teguella II (o libertador). Ele invade o
restante das cidades de Mali e terminam com a dinastia dos
Mansa. O imperador tentou uma aliança com povos
europeus (como Portugal), mas ninguém quis ajudá-los.
Império Songahi (Gao) –
1371 - 1591
Atual: Mauritânia, Mali, Niger, Chade, Nigeria,
Camarões, Republica centro africana até o Sudão.
- Surgimento lendário: Cidade de Gao fundada
pelo feiticeiro Makan Boté no século V
dominado duas outras etnias, os Gows
(caçadores) e os sorkos (pescadores). Em 500,
os berberes do deserto chegam a curvo do rio
Niger e Libertam os sorkos e os gabibis
(camponeses) do domínio do feiticeiro. Surge a
dinastia Za Aliamen que dura até o século XIII,
como cidade independente do Império.
- Em 1009, o rei Dia Kossoi se converte ao
islamismo e junto toda sua população para
melhoria das rotas comerciais.
- Em 1325: Os malinqués conquistam o pequeno
reinado de Gao. Porém em 1337, os príncipes
songaleses Ali Kolen e Suleiman Nar retomam a
cidade e ameaçam as fronteiras de Mali até o
desaparecimento deste último no século XV.
- A dinastia dos Sonnis, feita pelos dois irmãos
atacaram os outros povos e etnias existentes em
toda a bacia do Rio Niger. Porém foi com Sonni Ali
Ber (1464) que o Império ganhou as suas maiores
dimensões fortalecendo a cidade de Dejne e
realizando o massacre de Tumbuctu, sendo chamado
pelos Árabes de Sunni Ali (O tirano sanguinário).
- Com sua morte, o seu filho assumiu o poder
porém renegou a fé islâmica. O tenente
Mohammed Torodo (1493), assumiu o poder
com ajuda dos ulemás (estudiosos islâmicos) e é
proclamado Mussa.
- De Mohammed até Askia Ishak (1549), o
Império se fortaleceu, ainda mais com a
anexação do território do antigo Império Mali. A
organização do império era dispendiosa e
conhecida por intrigas e assassinatos no
ambiente Islâmico.
-Corte: Guarda pessoal
de 1700 homens,
organizado por um
harém, festas com
orquestas e instrumentos
musicais que
acompanhavam o
príncipe em suas viagens
as cidades vizinhas e
peregrinações à Meca e
outros países
mulçumanos.
- A organização era mais estruturada que a Mali e
estava centrada na figura do Imperador que não
era eleito pela descendência sanguínea.
Entronização: recebia um selo, uma espada e o
Corão. Assumia os tributos religiosos como
feiticeiro: tambor e fogo sagrado (dinturi).
- A corte recebia um protocolo rígido. O cuspe do
rei não podia cair no chão e era limpo por homens
cobertos de seda branca. Todos os que se
aproximavam do rei não podiam olhar nos olhos e
se cobrir de pó na cabeça, exceto os generais que
se cobriam de farinha de mandioca.
- Exército: Vários corpos e patentes. A sociedade civil não ia
para guerra e trabalhava na terra, na produção artesanal e
no comércio com outros povos árabes e europeus que vinha
pelo oceano atlântico ou pelo vale do Nilo.
- Sociedade bem estruturada: Os Koys e os Fari (altos
funcionários), Tondi-fari (ministros e governadores das
montanhas), as feiticeiras (mulheres que podiam dizer o
nome do imperador), o governador da província (Gurmafari), ministro da navegação fluvial (Hi-hoy), os cobradores
de impostos ( fari-mondyo), os sacerdotes do antepassados
(horé-farima), o inspetor da floresta (são-farima), o chefe
dos pescadores (ho-hoy) e o ministro encarregado de
governar os brancos no Império (korey-farima). Todos eram
escolhidos e demitidos pelo Imperador quando eles
queriam.
- Economia: baseada na escravidão que poderia ser de
negros ou caucasianos. Caráter religioso-simbólico de
dádiva: ao senhor em ter o maior número de famílias
como servos e de servos que estavam sendo acolhidos e
podiam prestar serviços aos seus senhores. Escondiam a
exploração econômica. Este sistema era chamado de
Dom-contra-dom. O ser e ter escravos era regulado por
um cumprimento divino sobre a organização social.
- A moeda: tentativa de unificação de pesos e medidas
para trocas. Criação dos cauris como moeda oficial (feita
de conchas de moluscos). Porém o ouro e o sal
continuavam como moeda corrente de troca em
Songahi.
- As cidades eram populosas: O historiador da época
(Mahmud Kati) chega a narra que as cidades de Gao e
de Cano possuiam 7,626 casas e o transito de pessoas
eram de aproximadamente 100 mil pessoas.
- Cidade de Tumbucti (1484): Construção de uma
grande Medina que agrupava os cultos religiosos,
culturais e de estudos da sagrada escritura, o Corão, e
de Direito. A educação era incentivada pelos impérios
locais. Existência de professores. Na cidade de
Tumbuctu, foi criado a ‘Universidade’ de Sankore (em
torno de 3 mesquitas) que no século XII chegou a ter
em seus registro a passagem de 25 mil estudantes.
- Os professores vinham de outras cidades do mundo
islâmico. O estudo das leis era obrigatório não
somente para os ministros e governadores para a
população masculina juntamente com a religião
mulçumana.
- Maior professor: Ahmed Baba (1556-1620): Nascido
perto de Tumbuctu (Aruane) reza-se a lenda ter
escrito 700 obras, entre elas dicionários dos ritos
malekita e um tratado sobre a história do Sudão
Ocidental. Seus estudos encontrados versvam sobre a
lígua árabe, retórica, exegese corânica e direito. Tinha
uma biblioteca de 1600 obras que foram doadas a
universidade de Sankore.
- Em 1584, o novo reino Marroquino invade as
minas de ouro e sal do Império Songahi,
porém sem sucesso. Em 1591, o Sultão
marroquino, agora com armas de fogo e se
impõem na cidade de Tumbuctu.
- Após a saquear toda a cidade dominaram as
minas de ouro, e outros produtas como
pimentas, madeiras, cavalos e escravos de
ambos os sexos.
- Após a invasão a cidade de Tumbuctu e a morte
do Imperador, Songahi não consegue a unificarse. As etnias sofrem com a escassez de comida e
com a peste que se instala na região dizimando
metade da população. A uma dispersão da
população para outros povos em busca de novos
recursos. A cultura Songahi se mistura com
outras culturas.
- No século XVII, a etnia Bambara (do antigo
grupo que habitou o Mali e Gana) conquista a
cidade de Tumbuctu e a reconstrói, tendo a sua
configuração atual.
Enfim,
- Os impérios/Reinos mulçumanos são
estruturas grandes com cultura, sociedade e
economia própria;
- As suas relações se estabelecem – e se
fortalecem – no interior do continente com os
mulçumanos.
- Mostram a organização entre os diversos clãs
e etnias africanas em uma estrutura sólida.
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A África medieval Impérios islâmicos negros: sociedade, economia