Fernando Henrique Schüffner Neto
24/Março/2011
Diretoria de Desenvolvimento de Negócios e Controle Empresarial das Controladas e Coligadas
Tópicos
i.
Produção de Energia Elétrica
ii.
Comercialização da Energia Elétrica
iii.
Panorama Atual das Fontes Geração

Grandes Centrais Hidrelétricas (UHE)

Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH)

Geração Termelétrica (UTE)

Geração Térmica de Biomassa (BIO)

Geração Eólica (EOL)
iv. Algumas Constatações
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Produção de Energia Elétrica
Participação das Fontes no Mix Brasileiro
 Percebe-se uma
tendência de redução na
participação percentual
das grandes gerações
hidrelétricas no mix de
produção de energia
elétrica
Potência Instalada
Ano
GW
2001
74,9
2010
113,4
2019 *
167,1
(*) Projeção PDE 2019
 As fontes renováveis têm
apresentado uma
participação crescente
na matriz energética
 O recente acidente
nuclear no Japão deverá
aumentar a pressão pela
exploração das fontes de
menor impacto ambiental
(eólica, solar, biomassa,
hídrica, etc.)
Fontes: ANEEL e EPE
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Comercialização da Energia Elétrica
Evolução dos preços de comercialização
PREÇO MÉDIO DE COMERCIALIZAÇÃO
R$/MWh (março/2011)
2004
UHE
PCH
UTE
BIO
EOL
S. ANTÔNIO
JIRAU
BELO MONTE
TELES PIRES
2006
152
168
173
135
276
2007
156
165
155
169
2008
113
2009
165
177
160
2010
104
148
165
151
137
94
83
82
69
Valores praticados nos leilões da ANEEL
 Nos leilões de
comercialização de
energia promovidos
pela ANEEL, tem-se
verificado uma
tendência decrescente
de preço de energia,
particularmente da
energia eólica e dos
grandes projetos
 Esta tendência deverá
se manter nos
próximos leilões e
influenciará, também, a
comercialização de
energia no mercado
livre
Fontes: ANEEL, CCEE, CEMIG
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Grandes Centrais Hidrelétricas (UHE)
Panorama Atual
 Dificuldade crescente no licenciamento ambiental, resultando em menor
aproveitamento dos potenciais hidrelétricos (usinas a fio d’água) e implicando
custos de mitigação cada vez mais elevados.
 Oposição por parte de ONG’s ambientalistas e movimentos sociais, Ministério
Público, FUNAI, IPHAN.
 Esgotamento dos aproveitamentos de médio porte situados mais próximos
dos centros de carga, obrigando o desenvolvimento de projetos na Amazônia,
de maior porte, implicando grandes desafios tecnológicos e financeiros.
 Dificuldade na estruturação de parcerias para o desenvolvimento dos novos
projetos, em virtude do seu porte.
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Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH)
Panorama Atual
 Concorrência de outras fontes renováveis com preços de energia mais
atrativos.
 Dificuldades no licenciamento ambiental (aumento dos trechos de vazão
reduzida).
 Oposição por parte de ONG’s ambientalistas e Ministério Público.
 Aumento no risco de construção (os melhores projetos já foram construídos).
 Custos de implantação elevados.
 Alteração das regras para estabelecimento da garantia física dos projetos e do
critério para participação do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE).
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Geração Termelétrica (UTE)
Panorama Atual
 Com a implantação de grandes projetos hidrelétricos a fio-d’água (com
reduzida ou nenhuma capacidade de armazenamento), cresce a importância
das térmicas na regularização da capacidade de produção energética do
Brasil.
 A perspectiva de disponibilidade de gás natural estimula o desenvolvimento
de novos projetos termoelétricos.

Há uma expectativa de retomada dos leilões de contratação de geração
térmica a gás em ciclo combinado.
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Geração Térmica de Biomassa (BIO)
Panorama Atual
 Baixo custo de implantação e reduzido prazo de maturação dos
empreendimentos.
 Licenciamento ambiental de menor complexidade e menor impacto.
 Boa previsibilidade de geração e disponibilidade.
 Complementaridade com o regime hidrológico, particularmente nas Regiões
Sudeste e Centro-Oeste.
 Potencial conflito entre a produção de açúcar/etanol e a geração de energia
elétrica, dificultando o estabelecimento de parcerias para implantação de
projetos de geração a partir de biomassa.
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Geração Eólica (EOL)
Panorama Atual
 Tendência decrescente no custo de implantação, em virtude da consolidação
da indústria nacional de aerogeradores, com a implantação de fábricas de
grandes fabricantes mundiais.
 Potencial eólico expressivo (estimado em 300 GW) e pouco explorado,
possibilitando a priorização de projetos com fatores de capacidade elevados.
 Baixa complexidade ambiental resultando em maior facilidade no
licenciamento dos empreendimentos.
 Reduzido tempo de implantação.
 Complementaridade da geração eólica com as fontes hídricas, possibilitando
a maximização da capacidade energética do parque gerador existente.
 Tendência decrescente nas tarifas de venda de energia, resultando em maior
competitividade para esta fonte.
 Requer a criação de um mecanismo de mitigação de riscos similar ao do
MRE aplicável às fontes hídricas.
 Peso significativo do custo de conexão no CAPEX dos empreendimentos.
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Produção de Energia Elétrica
Participação das Fontes no Mix Brasileiro (2)
Eólicas
PDE
(% Mix)
2010
1.436
2011
1.436
2012
3.241
2013
3.641
2014
4.041
2015
4.441
2016
4.841
2017
5.241
2018
5.641
2019
6.041
1,3%
1,2%
2,6%
2,8%
3,0%
3,2%
3,3%
3,4%
3,6%
3,6%
Estimando um crescimento de 1.500 MW/ano na capacidade instalada
Contratado
(% Mix)
929
1.190
3.475
5.524
7.024
0,8%
1,0%
2,8%
4,2%
5,3%
8.524 10.024 11.524 13.024 14.524
6,0%
6,8%
7,6%
8,3%
8,7%
Notas: (1) O Plano Decenal (PDE) 2010-2019 é o último disponíbilizado pela EPE.
(2) O PDE 2010-2019 considerou que toda geração do PROINFA estaria disponível ao final de 2010, o que não se verificou.
 No último ciclo de planejamento decenal (2010-2019), a EPE foi apenas reativa aos resultados da política de
inserção da energia eólica na matriz energética brasileira, limitando-se a considerar os resultados do leilão
anterior (2009) e uma tímida projeção para os anos seguintes (400 MW/ano)
 Os leilões ocorridos em 2010 implicaram uma defasagem de quase 5 anos entre as projeções da EPE e o
volume e geração eólica autorizado pela ANEEL
 Assumindo um crescimento de anual de 1,5 GW na capacidade instalada após 2013 (valor inferior ao
montante contratado nos últimos leilões), a energia eólica representará 8,7% da matriz brasileira em 2019
 A EPE também não considerou a inserção da energia solar neste ciclo do PDE
 A conjugação destes aspectos sugere que a participação das energias renováveis na matriz brasileira será
ainda mais expressiva do que o previsto pela EPE neste ciclo de planejamento
Fontes: ANEEL, CCEE e EPE
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Algumas Constatações
 Percebe-se uma tendência de redução nos preços de comercialização de
energia elétrica, particularmente daquela proveniente de grandes
empreendimentos hidrelétricos e de projetos eólicos.
 Os grandes projetos hidrelétricos deverão apresentar desafios cada vez
maiores para sua implantação, em virtude de seu porte e localização.
 Os novos empreendimentos de PCH deverão ter seu ritmo de implantação
reduzido em virtude da perda de competitividade em relação a projetos
eólicos.
 Dentre as fontes renováveis, a eólica é a que tem apresentado melhores
perspectivas de desenvolvimento, com uma tendência de crescimento
expressiva nos próximos anos.
 As UTE´s terão aumento de participação na matriz energética.
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11
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