Guia Didático 7 HISTÓRIA Sumário Apresentação ....................................................................................................3 Projeto Apoema .................................................................................................4 1. Ensino de História ..........................................................................................6 1.1 A História, o saber escolar e o livro didático ..................................................................................................6 1.2 História na sala de aula ................................................................................................................................7 1.3 A formação cidadã ........................................................................................................................................7 1.4 História da África, da cultura afro-brasileira e dos povos indígenas ..............................................................8 1.5 O uso da tecnologia da informação ............................................................................................................. 10 1.6 O uso de filmes .......................................................................................................................................... 11 2. Competências e habilidades ..........................................................................12 3. Organização do Projeto .................................................................................13 3.1 Estrutura .................................................................................................................................................... 13 3.2 Quadro de conteúdos................................................................................................................................... 15 4. Orientações deste volume..............................................................................19 Unidade 1 – O Período Medieval........................................................................................................................ 20 Unidade 2 – A Idade Moderna............................................................................................................................ 25 Unidade 3 – Culturas da Ásia, África e América.................................................................................................. 30 Unidade 4 – As sociedades coloniais na América............................................................................................... 35 5. Avaliação ....................................................................................................38 6. Referências bibliográficas .............................................................................42 Apresentação Prezado professor, O século XXI vem nos mostrando uma realidade cada vez mais tecnológica. As transformações e as informações são extremamente rápidas e precisamos estar atentos à “leitura” das mídias para podermos interagir no mundo. Estamos em um momento que não basta acumular conhecimentos para depois usufruir deles. É essencial saber onde buscar esses conhecimentos, para estar atualizado e poder propor as mudanças e participar delas. Esse cenário, por vezes, pode fazer parecer que vivemos numa realidade sem historicidade, sem vínculos entre o presente, o passado e o futuro. Diante disso, o papel do professor de História fica ainda mais decisivo. Por meio das propostas de leitura e análise do passado, o professor de História conduz seus alunos no desenvolvimento do pensamento e da consciência histórica, contribuindo para que eles possam compreender o presente e interferir nele, bem como fazer projeções para o futuro. Ser um professor hoje é muito mais que ministrar aulas. É munir o aluno com o acesso ao saber historicamente produzido e levá-lo a decodificar esse saber. É colocá-lo no jogo das informações e, ao mesmo tempo, fornecer-lhe meios para que possa selecioná-las e fazer sua leitura. É mostrar ao aluno o mundo das ideias, mas também, metaforicamente, qual bússola devem usar para nele navegar de forma proveitosa, com descobertas e, sobretudo, realizações. Para auxiliar nesse processo, nas próximas páginas organizamos um material de apoio, bem como os complementos digitais que acompanham esta coleção. O aprendizado significativo instrumentaliza o aluno a ter mais autonomia e o prepara para buscar continuamente o conhecimento, proporcionando seu pleno desenvolvimento. Assim, o “saber escolar” cumpre seu papel na formação de seres humanos atuantes na procura e na construção de uma sociedade mais justa e democrática. Bom ano letivo! Os autores. proJeto apoema BAGAGeM CuLTuRAL gráficos Recursos visuais e info a r lora exp m possibilita interdisciplinaridade. Bagagem cultural ÂNICAS A EXPANSÃO DAS LÍNGUAS ROM 1 INFLUÊNCIA no Re EUROPA GÁLIA LUGDUNENSE GÁLIA BELGA DÁCIA Mar Negro MACEDÔNIA Atenas Esparta SICÍLIA Caesarea CAPADÓCIA Rio ÁSIA MENOR Rio Eufra tes A ÍCI CIL Mileto LÍCIA e Roma Nápoli r Tig HISPÂNIA BÉTICA ÁSIA O NT PO ITÁLIA CÓRSEGA E SARDENHA LUSITÂNIA SÍRIA Cartago MAURITÂNIA Extensão do Império Romano COMUNICAÇÃO PANONIA INFERIOR Florença GÁLIA NARBONENSE HISPÂNIA TERRAGONENSE REINO DO BÓSFORO Rio Danúb io NÓRICA AQUITÂNIA Jerusalém Mar Mediterrâneo NUM ÍDIA 2 Mar Cáspio GERMÂNIA OCEANO ATLÂNTICO (120 a.C.) Limites provinciais ÁFRICA Cirene CIRENAICA E CRETA Alexandria EGITO ARÁBIA Petra Mar Vermelho Os documentos oficiais e religiosos eram escritos em latim, e as pessoas, no dia a dia, adaptavam seu modo de falar incorporando algumas palavras dos povos conquistados, o que alterou sensivelmente a língua falada. Essas variações ficaram conhecidas como “latim vulgar”, pois não seguiam a forma “oficial” do idioma. 3 DIFERENÇAS VARIAÇÕES Do latim vieram idiomas como o português, o espanhol, o francês, o italiano e o romeno. Línguas como o inglês sofreram enorme influência do latim, conservando até hoje vários vocábulos parecidos com os das línguas latinas. Com a formação dos Estados Nacionais, os idiomas neolatinos foram definitivamente adotados como línguas, as quais, ao lado de outras características culturais, contribuem para definir a identidade de um povo. BRETANHA Rio As línguas românicas, ou latinas, são variações de uma única língua: o latim. Com a expansão do Império Romano, o latim, língua oficial em Roma, foi propagado pelas terras conquistadas e, ao longo dos anos, sofreu variações, como ocorre com todas as línguas naturais. 6 5 4 PAÍSES Mar do Norte Hoje, o português falado no mundo apresenta variações não apenas entre as ex-colônias, como também entre elas e a antiga metrópole. Isso quer dizer que há diferença entre a língua falada no Brasil e a falada em Portugal, que por sua vez também difere da falada em Cabo Verde ou em Angola. Em Portugal, por exemplo, o sanduíche é chamado de prego. Já no Brasil, ninguém diz que irá comer um prego. Embora seja fácil perceber semelhanças entre a língua portuguesa e a espanhola, isso não ocorre tão rapidamente com o francês ou o romeno. Essas diferenças ocorrem por uma série de fatores geográficos e de acordo com a história de cada região. Como a língua falada sofre modificações constantes e naturais, é necessário adaptá-las à língua escrita e, ao mesmo tempo, estabelecer regras para que o idioma tenha unidade. L É ORIGINAL DO LATIM PAÍSES ONDE A LÍNGUA OFICIA Portugal No decorrer de muitos séculos, o latim vulgar sofreu ainda mais variações de acordo com o local onde era falado, e as línguas foram se tornando cada vez mais diferentes do latim da Roma Antiga. Em pouco mais de mil anos, o latim falado já havia se transformado em outras línguas, que, com o tempo, adquiriram características próprias. 7 França Espanha • Andorra • Angola • Argentina • Brasil • Bolívia • Cabo Verde • Chile • Guiné Bissau • Colômbia • Guiné Equatorial • Costa Rica • Macau • Cuba (região administrativa da China) • El Salvador • Moçambique • Equador • São Tomé e • Guiné Príncipe Equatorial • Timor-Leste MUDANÇA FRANCÊS ESPANHOL PORTUGUÊS • Guatemala • Honduras • México • Nicarágua • Panamá • Paraguai • Peru • Porto Rico • República Dominicana • Venezuela • Uruguai Alex Argozino CONHEÇA OS RECURSOS E AS POSSIBILIDADES DO PROJETO. • Martinica • Bélgica • Burquina Faso • República Centro• Burundi -Africana • Camarões • República • Canadá Democrática • Comores do Congo • Costa do • República Marfim do Congo • Djibouti • Ruanda • Gabão • Seicheles • Guadalupe • Senegal • Haiti • Luxemburgo • Suíça • Togo • Madagáscar • Vanuatu • Mali ITALIANO ROMENO Romênia Itália • Croácia (segunda língua oficial) • Eslovênia • Ístria • San Marino • Suíça • Moldávia (embora na república separatista da Transnístria, que oficialmente faz parte da Moldávia, seja escrito no alfabeto cirílico) (uma das línguas oficiais) • Vaticano em ar o mesmo idioma falado . há tentativas de uniformiz No caso da língua escrita, é o Novo Acordo Ortográfico da língua portuguesa o países diferentes. Uma delaso português é o idioma oficial, ele propõe a unificaçã Brasil, Cabo Verde, Guiné Assinado pelas nações onde as. Assinaram o acordo Angola, te. Timor-Les de certas regras ortográfic e São Tomé e Príncipe Bissau, Moçambique, Portugal, REGRAS 287 286 HistÓria e ciDaDania HiSTÓRiA e CidAdAniA Protegendo o saber guard ado na biblioteca A ideia de Faça anotações no caderno e não sublinhe o texto dos livros, mesmo que a lápis. tações importantes para As anovocê podem não ser importan tes para outro usuário. patrimônio quase sempre é associada a bens materiais podem ser considerados e de consumo, mas também patrimônio bens que tenham baixo valor comercial e importan emocional, como fotografia te significado s e objetos de família. Atualmente, surgiu a ideia de patrimônio cultural, como um reflexo dos question envolvem as noções de amentos que identidade e memória em nossa sociedade. Assim, mônios culturais tanto bens são consider ados patriimóveis – como castelos, igrejas, casas e praças – quanto como música, folclore e bens imateriais, livros. A exposição dos livros ao sol, à chuva ou ao calor danifica o papel e facilita o desenvol mento de micro-organismo vis. Evite expor a obra a variações de temperatura e umidade . Utilize marcadores de páginas e não as dobre ou marque com clipes, lápis e canetas não danificá-las. para Alexander Fedorov/Dreams time.com A prática e a formação s cidadãs são valorizada tos tex de por meio relacionados à disciplina. Não passe o dedo na língua antes de virar as páginas. Os livros podem conter cios de inseticidas utilizados resquína dedetização das bibliotec as, além de carregarem muitos micro-organismos, tendo em vista que circulam em vários ambientes. A saliva, bém pode deteriorar o livro ácida, tamcom o passar do tempo. Não cole fitas adesivas, adesivos, etiquetas e outros materiais nos livros. Com eles amarelam o papel, o tempo, podem danificar o texto e são difíceis de remover. fazer algum conserto, comuniq Se precisar ue à biblioteca no ato da devolução, para que seja procedimento adequado. feito o Preservar o patrimônio é uma atitude cotidiana. Todos nós podemos fazer parte bibliotecas – escolares ou dessa ação. As não – são patrimônios que guardam outros patrimôn dos, os livros. ios a serem preserva- ícones: Vladgrin/Shutte rstock Quando um livro se encontra disponível para emprésti mo e consulta em uma bibliotec se bem preservado, levar a, ele pode, o conhecimento a muitas pessoas. Quando manusea ções com cuidado, estamos mos livros e publicaajudando a preservá-los, para que possam ser consultad emprestados a mais pessoas. os outras vezes e Além do cuidado e da preservaç ão, para fazermos consultas em uma biblioteca é necessár tomemos alguns cuidados e obedeçamos a algumas io que regras. Há dicas simples tadores das bibliotecas colabore para que os frequenm com a preservação dos exemplares, e não atrapalhe consulentes. m os outros Evite comer e beber perto das obras, pois a comida, em contato com elas, pode fungos e, consequentemen gerar te, deteriorá-las. Nunca rasgue ou recorte folhas, figuras e capítulos de livros. Você estará estragan uma obra que pode ser do consultada por mais pessoas e também mutilando a informaç ali contida. ão 24 Quando retirar um livro da estante da biblioteca, não o pegue pela parte superior bada, pois ela é frágil e pode da lomse romper. A maneira certa é empurrar os livros posiciona nas laterais da obra que dos você deseja e retirá-la puxando -a pelo meio da lombada . Evite falar alto ou fazer barulho nas dependências da bibliotec a. Isso pode atrapalhar a leitura de outros usuários. Não atenda ao celular na biblioteca. Isso também incomoda a leitura das outras pessoas. Seguindo essas simples dicas, você pode contribui r com a preservação dos e com o bom andamento livros das bibliotecas das pesquisas e leituras de outros usuários, ajudando a estrutura física das obras a manter não apenas como também a harmonia do ambiente de leitura informação. e a preservação da 25 CAPÍTuLO 1 5 Preencha o diagrama corretamente com informações sobre as cidades sumérias. O estudo de História Cidades sumérias The Bridgeman Art Library/Keystone Sugestões de livros, sites, filmes, vídeos, jogos etc. para explorar ao máximo cada assunto. 1938 Partida entre Brasil e Suécia na Copa do Mundo de Futebol em Bordeaux, França, 19 jun. 1938. Wei Zheng/Color China Photo/AP/ Glowimages Partida entre Brasil e Itália na Copa do Mundo de Futebol, na Cidade do México, 21 jun. 1970. 2010 Partida entre Brasil e Costa do Marfim na Copa do Mundo de Futebol em Johanesburgo, África do Sul, 20 jun. 2010. Explorando museu do futebol <www.museudofutebol.org.br> nesse site é possível compreender um pouco mais a história do povo brasileiro por meio de sua relação com o futebol, paixão brasileira. Pastoreio Pesca 1 (UFC-CE) Leia com atenção as afirmativas a seguir sobre as condições sociais, políticas e econômicas da Mesopotâmia. I. As condições ecológicas explicam por que a agricultura de irrigação era praticada através de uma organização individualista. II. Na economia da Baixa Mesopotâmia, a fome e as crises de subsistência eram frequentes, causadas pela irregularidade das cheias e também das guerras. SuPeRAndO deSAFiOS III. Na Suméria, os templos e zigurates foram construídos graças à riqueza que os sacerdotes administravam à custa do trabalho de grande parte da população. 1970 12 4 Rolls Press/Popperfoto/Getty Images eXPLORAndO Cultivo superanDo Desafios 1892 Cartão de Natal inglês mostrando uma partida de futebol, 1892. Litografia colorizada. AFP GUIA DIDÁTICO As imagens a seguir ilustram a história do futebol, um dos esportes mais populares do mundo e praticado em quase todos os países. economia O futebol, assim como tudo e todos nós, tem uma história. A origem desse esporte pode ser encontrada na Inglaterra, no século XIX. Entretanto, pesquisas apontam que jogos de bola que usam tanto os pés como as mãos foram comuns em diferentes sociedades ao longo da história. Acredita-se que o futebol tenha sido introduzido no Brasil em 1894 pelo esportista Charles Miller (1874-1953), que era filho de ingleses. Ao voltar de seus estudos na Inglaterra, onde morou por dez anos, ele teria trazido uma bola de futebol e algumas camisas. Não há consenso entre os pesquisadores sobre essa versão, pois há pesquisas que apontam a prática de futebol no Brasil antes mesmo dessa data. IV. A presença dos rios Tigre e Eufrates possibilitou o desenvolvimento da agricultura e da pecuária e também a formação do primeiro reino unificado da história. Sobre as alternativas anteriores, é correto afirmar: a) I e II são verdadeiras. b) II e IV são verdadeiras. Questões de avaliações oficiais, vestibulares e do Enem preparam os alunos e os desafiam a ir além. c) I e IV são verdadeiras. d)I e III são verdadeiras. e)II e III são verdadeiras. 2 (UFSM-RS) A região da Mesopotâmia ocupa lugar central na história da humanidade. Na Antiguidade, foi berço da civilização sumeriana devido ao fato de: a)ser ponto de confluência de rotas comerciais de povos de diversas culturas. b)ter um subsolo rico em minérios, possibilitando o salto tecnológico da Idade da Pedra para a Idade dos Metais. c)apresentar um relevo peculiar e favorável ao isolamento necessário para o crescimento socioeconômico. d)possuir uma área agriculturável extensa, favorecida pelos rios Tigre e Eufrates. e)abrigar um sistema hidrográfico ideal para locomoção de pessoas e apropriado para desenvolvimento comercial. 87 Para não esquecer Sociedade Mesopotâmia “Terra entre rios” – Crescente fértil entre os rios Tigre e Eufrates sistema de canais, barragens e diques Organização social as terras em geral eram do templo divinação dos elementos naturez a, como Sol, Lua, rios e da montanhas Rei cada cidade tem seus deuses Clero uso de sinais Aristoc racia Código de Hamurábi Fazendeiros, banqueiros, negociantes, artesãos etc. Escravos Economia agrária Religião Beata Kraus/Dreamsti me.com Escrita Leis por Jomar Aplaon/Shutters tock Egito “Presente do Nilo” rio possibilita a agricultura e a pecuária intervencionista politeísta, faraó era visto como um deus, crença na vida após a morte. Egito tanto dominou quanto foi dominad o por Cuxe. Cuxe foi influenciado pela cultura, política e religião do Egito. Saarianos e Subsaarianos: • bérberes Antigo Império Oriente Médio Médio Império • prosperidade • estabilidade política • desenvolvimento do • reunificação do Egito • comércio próspero • centralização da comércio Fenícios Novo Império burocracia • bantos • noks Hebreus • comércio marítimo • cidades com reinos • garamantes Persas • nômades • formaram um grande • dedicavam-se ao império independentes pastoreio • dedicavam-se de forma • politeístas • organizavam-se em clãs exclusiva à agricultura • acreditavam em vida após monoteí • stas original • mente politeístas, a morte depois aderiram ao • sociedade patriarcal zoroatrismo • esperavam o Messias • expansionismo • militarismo • dinastia dos faraós negros • uso da escrita pela elite • faraó poderoso • construção das pirâmides Faraó Altos funcionários Nobres Guerreiros Sacerdotes Escribas Artesãos Trabalhadores comuns Camponeses Escravos Núbia e o Reino de Cuxe DAE Resumo esquemático dos conteúdos desenvolvidos, que facilita e organiza o estudo. Rígida divisão social Estado Religião DAE PARA nÃO eSQueCeR 144 145 ReSGATAndO COnTeÚdOS ndentes aos itens abaixo. a com os termos correspo 2 Complete o diagram 1. Principal rio do Egito. do Antigo Egito. iam diretamente ao 2. Título dado aos reis tração egípcia e respond adminis na vam 3. Profissionais que trabalha s resgatanDo conteÚDo se referem aos itens abaixo. os termos que 1 Encontre no diagrama . represar a água corrente condição de esa) Construções feitas para a e levou os judeus na que conquistou a Palestin b) Rei com grande poder a. cravos para a Babilôni tâmicos imponentes. o. c) Templos religiosos mesopo proporçã de uma agressão na mesma na Mesopotâmia. d) Lei que defendia o revide cunha, que era utilizada caracteres em forma de e) Tipo de escrita com para a comunicação. f) Desenho figurativo utilizado tâmia. construções. às cia g) Rio que banhava a Mesopo para dar resistên argila e palha utilizada . h) Mistura seca de tijolo, dos rios Tigre e Eufrates que viveram às margens de lei da i) Um dos primeiros povos um dos primeiros códigos Mesopotâmia e que instituiu j) Rei que governou a a Mesopotâmia e o Antiguidade. entre união a faziam às terras férteis que k) Denominação dada Antigo Egito. tâmia. l) Rio que banhava a Mesopo S E U Q I D Q L C É B A P O U Q T Á Á U T É N Á X T Y Ã L Ã R G O L S O N O D O C U B A N X L P S É D Ã S D T Ã U Y P I É T Á C C P Y K Y É G N M G É O Q I Z Ã U I L Z S E T A R U G I Z B Q D N C Á Q V I Ã N D É P H S Y É Q E T E A Ã E A Q É T F Ã X I S É I O O O Ã I L A T E D I E L J Q F G R J O R N É K G A Ã M F D U O R Á D É V E R G I T O I R Á É R A V E B O D A U Á C L Á T C D M M A C Ã A S O I R É M U S V T E A Q V C Q S P G M Ã A R A É Ã R B É O R I B Á R U M A H J C G U H A C U É O A Á A X S Ã L L T I Ã T R É F E T N E C S E R Á C R B E É R E Á A F Á A G V J V É C H S E T A R F U E O I R A O S Ã B E O Á E M A F Á A G V J Ã H faraó. utiliza ideogramas. 4. Tipo de escrita que Egito. que são referência ao 5. Obras monumentais 23 anos para ficar pronta. 6. Pirâmide que demorou se decomponha. para que o cadáver não cias direitos e deveres de 7. Aplicar substân da pessoa que tem seus diz-se social, ção 8. Dentro da organiza publicamente pela Justiça. cidadão reconhecidos de medicamentos. técnicas de preparação as sobre ento revestimento úmido. 9. Ensinam com tinta e água sobre em parede ou teto, feita 10. Técnica de pintura 1 2 4 3 6 9 Seção de atividades de revisão no final de cada unidade, que possibilitam também uma autoavaliação. 10 5 7 8 a posição a na pirâmide social abaixo a social desigual. Preench e. 3 A Fenícia tinha uma estrutur ocupavam nessa sociedad s indicados no quadro que os agentes histórico ricos comerciantes escravos trabalhadores rei armadores proprietários de terra 147 146 Avaliação - História AVALiAÇÕeS TURMA: ESCOLA: PROFESSOR: Sugestões de avaliação estão disponíveis para o Projeto. DATA: 1. Coloque V para as alternativas verdadeiras e F para as alternativas falsas. a) ( ) O historiador investiga transformações ocorridas nas diversas sociedades. ) As fontes históricas nada revelam sobre os hábitos e tradições da sociedade na b) ( qual ela foi produzida. ) Atualmente o historiador compreende a História como uma versão, um olhar c) ( que explica mais sobre quem relata do que sobre o fato relatado. ) As unidades de tempo: hora, dia, mês, ano e século em nada ajudam na organid) ( zação de nosso cotidiano nem nas pesquisas históricas. Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP Yury Shirokov/Dreamstime.com Alexandre Fagundes De Fagundes/Dreamstime.com f) COnTeÚdO diGiTAL GUIA DIDÁTICO c) d) e) Asaf Eliason/Shutterstock b) Alexander Dashewsky/Shutterstock a) Arquivo Nacional, Rio de Janeiro 2. Identifique o tipo de fonte histórica de cada imagem. 41 Objetos educacionais digitais, disponíveis no Portal Projeto Apoema, que exploram as potencialidades das novas tecnologias. www.editoradobrasil.com.br/ apoema GUIA DIDÁTICO NOME: 5 1. Ensino de História 1.1 A História, o saber escolar e o livro didático A História pode ser definida como: conhecimento relativo à experiência dos seres humanos como seres sociais, que tecem relações entre si e se formam no curso do tempo, na interação alteridade/identidade com os demais. Seu objeto de análise é o ser humano e sua ação ao longo do tempo nos diferentes espaços. Dessa forma, a História estuda o ser humano envolvido em um processo constante de mudanças, permanências e rupturas, de experiências individuais e coletivas, em que ele modifica e constrói seu tempo e seu espaço. GUIA DIDÁTICO Nesses termos, apresentar a reflexão histórica aos alunos não é apenas torná-los detentores das competências e habilidades que depois desenvolveremos, mas algo muito mais importante. Propor caminhos para o percurso dos alunos pela construção da História transcrita nas conclusões dos historiadores é uma grande responsabilidade, pois implica, além de outras questões, levá-los a compreender que a História não é única nem imutável, pois sempre estaremos diante de uma das interpretações possíveis dos acontecimentos históricos. Implica principalmente propor-lhes a compreensão profunda de sua própria humanidade, de sua inegável condição social, de suas múltiplas possibilidades de autoconstrução em meio ao jogo ininterrupto de ações e reações do meio social. 6 Portanto, sabemos que o trabalho com a História como saber escolar é difícil, ou, usando uma frase popular: “Ensinar História não é uma tarefa simples”. Afinal, nós, professores, precisamos abordar questões complexas, refletidas e pesquisadas por gerações de historiadores, o que requer reorganização, reestruturação, ou seja, suscita transposição didática, de modo a tornar essas questões efetivamente transmissíveis e assimiláveis pelos alunos e ainda presentes em sua vida, sem que se tornem apenas uma sucessão de fatos passados sem relevância para a atualidade. Por transposição didática entende-se o processo de transformação do saber acadêmico em conhecimento escolar. Assim, o livro didático constitui um dos suportes da mediação entre o pensamento teórico historicamente produzido e os saberes escolares. Entretanto, é preciso compreender claramente que os livros apresentam um recorte pautado pelos currículos escolares e também pela escolha de quem está envolvido no processo de sua produção (autores, editoras). Essa seleção de conteúdos e de interpretações históricas é inevitável, conforme salienta o historiador Eric Hobsbawm: “Todo estudo histórico, portanto, implica uma seleção, uma seleção minúscula, de algumas coisas da infinidade de atividades humanas do passado, e daquilo que afetou essas atividades. Mas não há nenhum critério geral aceito para se fazer tal seleção [...]”. HOBSBAWM, Eric. Sobre História. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 71. Elaborar um livro didático é fazer uma seleção de conteúdos e torná-los didáticos levando em conta o público que o utilizará, neste caso, professores e alunos do Ensino Fundamental (6º a 9º ano). Esse público não é homogêneo, já que a abrangência é nacional, e, portanto, o livro é destinado a alunos e professores situados em lugares distintos e vivendo em realidades e culturas diversas. Diante dessa complexidade, buscou-se nesta coleção contemplar recortes da História que possam atender esse público, com a visão de que o livro didático é indissociável da experiência de sala de aula, onde professores e alunos vivenciam o processo ensino-aprendizagem. Portanto, é no ambiente escolar que esse recurso será reinterpretado por professores e alunos e se “Uma leitura singular que revela o fato de os professores de história estarem imprimindo à nossa prática cotidiana um significado diverso, provocando talvez uma surpresa e rejeitando uma inferioridade. De modo categórico, afirmamos ainda uma vez que, por meio de uma aula, também se conta uma história; que, ao se contar uma história por meio de aula, também se faz história; e que somente ao se fazer história por meio de uma aula nos tornamos professores de história. [...] Possibilidade de uma prática que se renova a cada dia, a aula como texto ou o texto de nossa aula propicia que cada um dos alunos valorize as diferenças, constitua identidades, crie memórias e exercite a cidadania. E, assim, torne-se capaz de fazer sua própria história.” MATTOS, Ilmar Rohloff de. “Mas não somente assim!” Leitores, autores, aulas como texto e o ensino- ‑aprendizagem de História. Tempo, Niterói, PPGH/UFF; EDUFF, v. 1, n. 21, p. 11 e 15, 2007. 1.2 História na sala de aula 1.2.1 O professor no processo ensino-aprendizagem Hoje as mudanças ocorrem em uma velocidade sem precedentes na história da humanidade, refletindo também na educação. A interação entre educador e educando é mais dinâmica. O professor deixou de ser um mero reprodutor de conteúdos para se tornar mais orientador, estimulador e, principalmente, mediador no processo ensino-aprendizagem. Ao entender o aluno como sujeito que articula os conteúdos trabalhados em sala de aula e constrói significados com base neles, produzindo assim conhecimento, o professor, como mediador, procura propiciar a in- teração interventiva e renovadora dos alunos com outros contextos de socialização e educação não escolar, como família, igrejas, meios de comunicação de massa, clubes, associações de bairro. Dessa forma, o professor atua como um propositor de sentidos integrativos para todo o conjunto de experiências e ações educativas da vivência dos alunos, tornando a escola e, sobretudo, a sala de aula – onde ocorre o processo ensino-aprendizagem – o lugar social da construção de sentidos éticos, políticos e cognitivos. Assim, o professor colabora para a construção da autonomia de pensamento e de ação, auxiliando, aos poucos, os alunos a se capacitarem para exercer seu papel de cidadãos do mundo. Ensinar e aprender História em sala de aula deve ser um processo de via dupla, conforme as palavras de Paulo Freire: “‘Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção’.* […] É preciso que, pelo contrário, desde o começo do processo, vá ficando cada vez mais claro que, embora diferentes entre si, quem forma se forma e re-forma ao formar e quem é formado forma-se e forma ao ser formado […]. Não há docência sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos, apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem à condição de objeto um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender.” *Frase de Paulo Freire. GADOTTI, Moacyr. Pedagogia da terra. São Paulo: Peirópolis, 2000. p. 45. 1.3 A formação cidadã De acordo com o princípio que se encontra no artigo 205 da Constituição de 1988 e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, os conteúdos a serem ministrados para os ensinos Fundamental e Médio têm por finalidade formar os alunos para o exercício consciente da cidadania. GUIA DIDÁTICO tornará significativo nesse processo, pois a aula – neste caso, de História – é, por excelência, um tempo no qual se produz conhecimento histórico. 7 A cidadania pode ser, em breves palavras, conceituada como o direito à participação nas decisões políticas tomadas em determinada formação social, seja exercida diretamente, seja por representação política. Os direitos políticos, ou direitos de cidadania, são liberdades públicas – reconhecidas atualmente como direitos fundamentais de primeira geração – e dependem da conscientização político-social dos cidadãos, missão educativa para a qual a História é convocada a colaborar de modo intensivo. A formação para o exercício pleno, consciente e responsável da cidadania possibilita pensar a escola e o ensino de História como meio de construção de valores éticos. A capacidade de entender os homens como agentes e produtos do processo histórico deve habilitar os alunos a perceber a estreita interdependência entre todos os membros de uma sociedade por meio de seus atos de fala e comunicação. Assim, a ética será construída não como resultado de imposições morais de qualquer grupo, e sim como fruto de embates e consensos de natureza eminentemente política, no contexto de uma disputa social de vários projetos normativos que aspiram à hegemonia. GUIA DIDÁTICO Ao introduzir os alunos em universos culturais e geográficos cronologicamente distintos, o professor, por meio da História, não apenas contempla o respeito à diversidade sexual, étnica, religiosa, política e cultural, como torna a educação um meio de inclusão e reparação de injustiças histórico-sociais. 8 O ensino contemporâneo de História deve saber lidar com a pluralidade de linguagens e os meios de comunicação de massa a que os alunos estão cotidianamente expostos. Entre eles – além de mídias tradicionais e muito penetrantes em todas as classes sociais, como a televisão, o rádio e mesmo, em menor escala, o cinema – hoje se destaca a internet, que traz à cena pública e ao debate pedagógico grandes desafios de natureza ética e educacional. A formação do senso crítico, que fará os alunos perceberem as ideologias veiculadas por tais meios de comunicação, depende da habilidade cognitiva e política de desnaturalizar, historicizar e problematizar aquilo que parece natural, eterno, imutável, denotando seu caráter de construção cultural. Da mesma maneira, a consciência relativa ao meio ambiente e à ecologia da biodiversidade e também aquela das populações rurais e urbanas devem pautar a formação oferecida aos alunos por meio dos conteúdos e metodologias do ensino e da aprendizagem em História. Debater as formas de sustentabilidade ambiental é tarefa fundamental do discurso escolar da História. A discussão e a historicização da ecologia não podem ser dissociadas da perspectiva ética de avaliação do impacto do desenvolvimento tecnológico e seus efeitos tanto no meio ambiente quanto na própria sociedade. 1.4 História da África, da cultura afro-brasileira e dos povos indígenas O ensino da história da África, da cultura afro-brasileira e dos povos indígenas procura sanar uma falha nos currículos escolares do Brasil, mas também – e principalmente – faz parte das ações afirmativas no combate ao racismo e à discriminação étnica. “[…] no cotidiano escolar a educação antir racista visa à erradicação do preconceito, das discr iminações e de tr atamentos diferenciados. Nela estereótipos e ideias preconcebidas, estejam onde estiverem (meios de comunicação, material didático e de apoio, corpo discente e docente etc.), precisam ser duramente criticados e banidos. É o caminho que conduz à valorização da igualdade nas relações. E, para isso, o olhar crítico é ferramenta mestra.” SANTOS, Isabel Aparecida dos. A responsabilidade da escola na eliminação do preconceito racial: alguns caminhos. In: CAVALLEIRO, Eliane (Org.). Racismo e antirracismo na educação: repensando nossa escola. São Paulo: Selo Negro, 2001. p. 105. O Brasil mantém relações históricas de parentesco e herança cultural e étnica com a África. Em função da escravização africana na América Portuguesa e no Brasil Império, os membros, muitas vezes famílias inteiras, de diversas etnias africanas foram trazidos ao território que hoje corresponde ao Brasil. As tradições africanas – sobretudo as religiosas, artísticas (principalmente a expressão musical) e culinárias, além das formas de tratamento familiar e íntimo – transcenderam as senzalas e influenciaram os senhores europeus de maneira indelével. Parece bastante claro que, nos quadros de um projeto educacional inclusivo e pluralista, no que se refere ao ensino escolar de História, estudar a contribuição africana no processo de formação da nacionalidade é absolutamente indeclinável. Ainda mais se rememorarmos o fato de o Brasil ser o segundo país do mundo em população afrodescendente ou de origem africana, ficando atrás apenas da Nigéria, na própria África. As lutas e as ações autoafirmativas dos afrodescendentes por liberdade e igualdade de direitos perante os setores hegemônicos de origem europeia já justificam a aborda- gem das raízes culturais africanas, das múltiplas “africanidades” que contribuíram para o processo civilizatório brasileiro. No entanto, o ensino e a aprendizagem das estruturas sociais, políticas e econômicas das distintas populações da África antes da presença predatória europeia ajudam também a desmascarar alguns mitos historiográficos que se mantêm. A legislação brasileira disciplinou essa questão por meio de duas leis sucessivas, a Lei nº 10.639/2003 e a Lei nº 11.645/2008, que determinaram alterações substanciais no artigo 26 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Em seu artigo 25, § 4º, a mesma lei já reproduzia, com mais detalhamento, a norma constitucional anteriormente citada, determinando que o ensino de História deveria privilegiar as matrizes indígena, africana e europeia na formação do povo brasileiro. A primeira lei prescreve que, nas escolas públicas e particulares de ensinos Fundamental e Médio, devem ser ministrados conhecimentos sobre a história e a cultura afro-brasileiras. O parágrafo primeiro do artigo 26, com a nova redação estabelecida pela Lei nº 10.639/2003, detalha as diretrizes para a transmissão desses conteúdos. O programa de História da África nos estabelecimentos de educação básica deve incluir o estudo da história do continente africano e seus povos, bem como tecer as relações históricas entre o tráfico negreiro dos séculos XV ao XIX e a luta dos africanos e afrodescendentes na América Portuguesa e no Brasil independente. A mobilização por liberdade e as várias formas de resistência contra os senhores de escravos, desde os quilombos até as intensas campanhas abolicionistas do século XIX, devem ser enfocadas, nas práticas pedagógicas relacionadas à História do Brasil e da África, como símbolo da enorme contribuição das diversas etnias e culturas africanas para a formação do povo brasileiro. A lei detalha, inclusive, as áreas – social, econômica e política – por meio das quais os alunos podem reconhecer e compreender a contribuição africana. GUIA DIDÁTICO A preocupação com a alteridade das diversas formas de existência humana e com as distintas humanidades que constroem sua história no espaço e no tempo encontrou, no Brasil do fim dos anos 1980, um caldo de cultura fértil para se propagar. Procurando estabelecer consensos a fim de traçar a reabertura política e a consecução do estado de direito no Brasil, a Constituição Federal de 1988 estabeleceu, no artigo 242, § 1º, que “[...] o ensino de História do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro”. A norma estabelece um princípio geral para conduzir as políticas públicas em matéria de ensino de História, procurando transformar as práticas pedagógicas dessa disciplina e a transmissão de seus conteúdos em sala de aula em conscientização sobre a diversidade étnica e cultural do Brasil e combate à intolerância e ao preconceito racial e social. 9 Os avanços jurídicos e políticos na questão indígena não tinham ainda seu correspondente na área educacional, até que a Lei nº 11.645/2011 preencheu essa lacuna tornando obrigatório, nas escolas oficiais e particulares de ensinos Fundamental e Médio, também o ensino das culturas indígenas. Assim como os afrodescendentes, os indígenas, sua forma de organização social, suas lutas por reconhecimento e efetivação de direitos e sua importância para a formação do Brasil contemporâneo devem ser objeto de ensino obrigatório. Dessa maneira, a nova redação do artigo 26 da Lei Darcy Ribeiro contempla, com as necessárias e pertinentes diretrizes de política pública educativa, dois setores tradicionalmente excluídos ou, na melhor das hipóteses, secundarizados nas narrativas que compuseram a memória oficial da nacionalidade brasileira. O estudo da história do Oriente, abordado nesta coleção, também é contemplado como forma de resgatar a história de uma parcela populacional importante no Brasil. Abordar a história do Oriente nas práticas didáticas de uma história escolar constitui conteúdo privilegiado para estimular o apreço à diversidade e à tolerância, para construir uma história contemporânea que contenha diversas e ricas memórias individuais e coletivas. GUIA DIDÁTICO 1.5 O uso da tecnologia da informação 10 No cotidiano escolar, as práticas didático-pedagógicas em História podem se valer de diversos meios e estratégias auxiliares, de modo a ampliar o uso das tecnologias de informação atuais para fins didáticos. É o caso das linguagens audiovisuais, cujo potencial não se esgota na mera organização visual do conteúdo a ser transmitido, como se fosse apenas uma espécie de lousa animada por recursos digitais. As tecnologias audiovisuais possibilitam a reconstituição dos ambientes de época, são animações que mostram formas de vida, sociedade, vestimenta e alimentação de outros períodos. “Assim, a História se beneficia grandemente das possibilidades tecnológicas: desde a digitalização e disponibilização de fontes que durante muito tempo ficavam acessíveis a um pequeno grupo de pessoas, passando pela troca rápida de informações e de possibilidades de discussão em termos globais, até o acesso on-line de várias bibliotecas pelo mundo. Por outro lado, a internet também é responsável, muitas vezes, por multiplicar as informações sem compromisso metodológico, vulgarizar um tipo de memória sobre o passado baseada em identidades coletivas. A rede está repleta de sites com informações históricas questionáveis, blogs que perpetuam memórias, distorcem informações. Nesse sentido, o estudo do conteúdo disponível na internet também pode oferecer amplas possibilidades para a discussão da memória coletiva e da recriação de identidades virtuais.” FERREIRA, Marieta de Moraes; FRANCO, Renato. Aprendendo história: reflexão e ensino. São Paulo: Editora do Brasil, 2009. p. 133. O uso da tecnologia também auxilia nos projetos de História oral a serem desenvolvidos pelos alunos no espaço escolar e fora dele. Os recursos audiovisuais podem armazenar e reproduzir depoimentos, descrições de ambientes e testemunhos de acontecimentos atuais, concretizando o ideal de uma história do tempo presente em sala de aula. Os alunos só têm a ganhar com as possibilidades oferecidas pela conexão com o espaço cibernético, proporcionada pela internet. No entanto, todo esse aparato disponibiliza muitas informações que precisam da mediação do professor, a fim de se tornarem significativas para o estudo da História. Portanto, educar para os meios de comunicação é fundamental. “A imagem gráfica, pictórica, televisiva, cinematográfica e digital deve ser discutida e integrada às metodologias pedagógicas. Os projetos de comunicação nas escolas devem dar ênfase ao trabalho com a imagem, não apenas por seu potencial comunicativo, mas, sobretudo, pelo universo linguístico e expressivo que mobiliza. Nesse sentido, MONTEIRO, Eduardo; FELDMAN, Márcia. Mídia – Educação: formando os cidadãos da era da informação. Pátio, Porto Alegre, Artmed, n. 9, p. 21, maio/jul. 1999. O desafio, além da capacitação prática de uso, reside em depurar as informações disponibilizadas para se beneficiar das possibilidades oferecidas pela tecnologia e usá-las como recurso didático e pedagógico, aproveitando a rapidez com que ocorrem a busca e a transmissão de informações. 1.6 O uso de filmes Para o ensino de História, os filmes oferecem boas possibilidades. De certa forma, todos os filmes são passíveis de análise histórica, pois são produtos de seu tempo, usam a tecnologia disponível no momento da produção e refletem a organização e mentalidade da sociedade que os produziu e consumiu. Assim, esse recurso se apresenta como uma boa possibilidade de discussão sobre os comportamentos, visões de mundo, valores e identidade de determinada sociedade no momento histórico de sua produção. “Os filmes, à semelhança do que ocorre com o conhecimento histórico, são produzidos com base em processos de pluralização de sentidos ou verdades. A pes ar das particularidades e especificidades de cada um – dos filmes e do conhecimento histórico –, incluindo seus métodos de trabalho, ambos são construções mentais que precisam ser pensadas e trabalhadas intensamente. Nesse sentido, as obras cinematográficas são construções carregadas de significados, construídos a partir da seleção dos elementos que irão compor as imagens e o som que as acompanham e, depois, na articulação entre os diferentes conjuntos de imagens a partir da edição e montagem dos filmes. Se a pesquisa historiográfica par te da formulação de questões ou problemas, cujas respostas são produzidas com base em hipóteses construídas por meio da adoção de certos procedimentos metodológicos, mais adequados ao objeto em estudo, fica evidente que a produção do conhecimento histórico também depende de escolhas. Portanto, não se trata de criar verdades absolutas, mas interpretações ou respostas, as quais são resultado do contexto histórico em que são formuladas. Compreender os caminhos pelos quais os filmes e o conhecimento histórico são produzidos, com suas diferenças e convergências, implica em [sic] desenvolver a percepção para se entender como a história é construída na narrativa fílmica. Ao utilizar os filmes em sala de aula, os professores devem evidenciar para os alunos esses processos e suas semelhanças, ainda que seus objetivos e métodos sejam distintos.” ABUD, Katia; SILVA, André Chaves de Melo; ALVES, Ronaldo Cardoso. Ensino de História. São Paulo: Cengage Learning, 2010. p. 165-166. Assim, o filme é um objeto de análise, produto de seu tempo, e, portanto, deve ser observado, analisado e inserido em sua realidade histórica, como fruto da interpretação humana. No ensino de História, os filmes mais utilizados são os de ficção histórica e os documentários. Estes, em geral, não trabalham com atores e relatam, descrevem ou analisam acontecimentos e processos históricos. Já aqueles são apoiados em fatos e acontecimentos históricos, que unem realidade e ficção. Portanto, imbuídos de intenções, interesses e jogos de poder da época em que foram elaborados, reinterpretam os fatos mesclando história passada com o momento de sua produção. Utilizar filmes em sala de aula exige, como toda ação didática, planejamento e informações sobre o assunto e o contexto da produção. Esse planejamento deve levar em consideração algumas informações sobre a obra cinematográfica, como as listadas a seguir. GUIA DIDÁTICO os educadores precisam se apropriar de metodologias que desenvolvam nos alunos uma relação crítica e não ingênua com seu universo audiovisual e virtual, tornando ‑se capazes de dialogar com autonomia nestes campos. Os novos cidadãos que estamos formando necessitam saber ‘ler e interpretar’ o que veem, e também produzir e se expressar em meio audiovisual e virtual.” 11 • Contexto da produção do filme: como, onde e por quem foi produzido; o contexto social, político e econômico da época, além do local da produção. Se possível, é importante saber as características do cineasta, pois elas ajudam a entender as subjetividades que ele inevitavelmente imprimiu à obra. Portanto, são importantes, inclusive, as informações sobre o que não faz parte diretamente do filme: o autor, a produção, a crítica (aceitação ou não da obra) e a organização da sociedade que o produziu. • Informações gerais sobre o filme: qual é o tema abordado; como os processos históricos são apresentados (cenário, figurino, linguagem etc.); o que é ficção no enredo e quais são as questões históricas apresentadas; a idealização dos personagens históricos; se há simbologias, quais são e a que elas remetem (situações atuais ou passadas). A linguagem cinematográfica também pode ser dissecada (se a sequência das cenas está em ordem cronológica, se há dramaticidade, como o som e a luz foram utilizados, como a narrativa e os cenários apresentam-se etc.). Enfim, o filme precisa ser amplamente conhecido, “lido” e “analisado” em detalhes pelo professor, a fim de se tornar um recurso didático. GUIA DIDÁTICO Esse exercício de análise visa à compreensão da obra e da realidade que ela reproduz, para que, ao dominar essas informações básicas, os alunos estejam aptos a ler a obra e discutir suas propostas. Nesta coleção, são apresentadas no Livro do Aluno diversas sugestões de filmes, indicados de acordo com a faixa etária e os temas abordados. 2. Competências e habilidades A História, como disciplina escolar, possibilita a ampliação do conhecimento dos 12 educandos sobre seu passado e as problemáticas contemporâneas, visando entender o presente e fazer projeções para o futuro. Portanto, é uma disciplina que deve levar à reflexão sobre a realidade em que estamos inseridos para compreender nossa participação nela, buscando os pontos onde haja possibilidade de mudança ou necessidade de continuidade. Para tanto, não basta munir o aluno de saberes que em pouco tempo serão esquecidos ou superados, mas, sim, desenvolver competências e habilidades, buscando a literacia histórica, ou seja, ler o mundo historicamente. Competência em educação não é simplesmente saber fazer, ter habilidade em algo. As competências envolvem vários recursos cognitivos, como saberes, informações, habilidades operatórias, para possibilitar, com eficiência, o enfrentamento de determinada situação ou problema utilizando diversos recursos de forma criativa e inovadora. Portanto, a educação baseada nas competências deve munir o aluno de saberes e habilidades que lhe propiciem o enfrentamento dos desafios da vida contemporânea, de maneira autônoma e criativa. As habilidades não se resumem apenas em saber fazer, mas também em saber conviver e saber ser. Entre as diversas competências e habilidades possíveis de trabalhar, buscamos as que contribuem para o desenvolvimento do senso crítico e da autonomia dos alunos e as que são necessárias à construção da cidadania. São elas: • dominar a leitura e a escrita não apenas para decodificar símbolos, como também para compreender e construir argumentações; • conhecer, compreender, analisar, interpretar, relacionar, comparar e sintetizar dados buscando o uso dos conhecimentos para resolução de problemas na vida cotidiana; • comparar diferentes processos de formação socioeconômica, identificando seu contexto histórico; • conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos, em diversos tempos e espaços, em suas manifestações culturais, econômicas, políticas e sociais, reconhecendo semelhanças e diferenças entre eles, continuidade e descontinuidade, conflitos e contradições sociais; • questionar sua realidade e identificar problemas e possíveis soluções, conhecendo formas político-institucionais e organizações da sociedade civil que possibilitem modos de atuação; • conhecer e valorizar o patrimônio sociocultural; • compreender as redes de relações sociais e o processo pelo qual foram construídas, além de nelas atuar como cidadãos; • valorizar o diálogo, a compreensão, as relações interpessoais e o respeito à diversidade; • saber selecionar, classificar e compreender as informações recebidas nos diversos meios, buscando agir com discernimento e autonomia no uso dessas informações. CAPÍTULO O conteúdo dos capítulos é apresentado em linguagem acessível e organizado em diferentes seções. Fotografias, mapas, gráficos e textos de diferentes gêneros e autorias integram o texto principal. Diversificando linguagens Nesta seção de atividades, você poderá compreender o conteúdo e refletir sobre ele por meio do trabalho com diferentes fontes, como charges, quadrinhos, mapas, textos historiográficos, textos jornalísticos etc. documentos em análise Nesta seção de atividades, você terá contato com a interpretação de fontes primárias por meio de questões diretas a serem respondidas no caderno. Explorando 3.1 Estrutura A seguir, a descrição de cada seção, que pode ser ampliada pelo professor de acordo com sua realidade ou utilizada na ordem que julgar adequada. unidade Este livro é dividido em quatro unidades, organizadas de acordo com os temas e períodos históricos nele abordados. O tema central é apresentado por meio de um texto introdutório e de uma imagem, acompanhados por questões que o farão refletir sobre os assuntos que serão abordados. Conexões Esta é uma seção de atividades reflexivas, cujo objetivo é incentivar o debate de temas abordados no livro que, de alguma forma, estão presentes no nosso cotidiano ou relacionados a fatos atuais, promovendo assim a análise e comparação de situações semelhantes em tempos históricos diferentes. Palavra-chave Explica o significado de palavras e conceitos que aparecem ao longo do livro e que provavelmente você ainda não conhece. GUIA DIDÁTICO 3. Organização do Projeto Espaço reservado para a sugestão de livros, filmes, vídeos, sites , jogos etc. que o ajudarão a completar e fixar o aprendizado dos temas abordados em sala de aula. 13 superanDo Desafios Nesta seção, você conhecerá histórias e fatos curiosos que complementam os temas tratados ao longo do livro. traBalHo em eQuipe Seção de atividades que envolve a discussão de temas e a produção de materiais por meio de pesquisas realizadas em duplas ou equipes, com o objetivo de complementar o conteúdo e incentivar a interação entre os alunos e a busca por conhecimento. outras versões Seção que procura destacar diferentes versões e análises do mesmo acontecimento histórico, mostrando assim que a História é construída por quem a conta e, por isso, o mesmo fato pode ser interpretado de diversas maneiras. conHeÇa o artista Nesta seção, você terá acesso a informações mais detalhadas sobre obras de arte importantes, que o ajudam a reconstruir e a entender os diversos períodos históricos, e conhecerá ainda seus autores e o contexto em que as obras foram criadas. GUIA DIDÁTICO HistÓria e ciDaDania 14 Aborda temas variados e os relaciona à questão da cidadania, ajudando você a se perceber como sujeito da História e, portanto, responsável pelas transformações sociais. agora É com vocÊ Esta seção está localizada no final de cada capítulo e traz atividades que o auxiliam a sistematizar e fixar os conteúdos desenvolvidos. Também no final do capítulo, você é convidado a responder questões extraídas dos principais vestibulares do país, preparando-o para as provas. com a palavra, o especialista Aqui você encontrará entrevistas realizadas com especialistas nos assuntos que você está estudando, complementando-os e apresentando as versões e opiniões desses profissionais. Para não esquecer No final de cada unidade, esquemas visuais e organogramas o ajudarão a entender e estudar os conteúdos. resgatanDo conteÚDos A proposta aqui é retomar os conteúdos abordados por meio de exercícios que o farão relembrar o que aprendeu. Bagagem cultural Apresenta infográficos que complementarão seu aprendizado, associando a História a outras disciplinas. 3.2 Quadro de conteúdos Apresentamos, a seguir, o conteúdo a ser trabalhado em cada período do segundo ciclo do Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano. 6o ano 1 – A História e a humanidade 2 – Sociedades antigas no Oriente Médio e na África 3 – Sociedades antigas na Ásia e na América 4 – Antiguidade Clássica capítulos CONTEÚDOS 1. O estudo de História • • • • História Fontes históricas Tempo histórico e tempo cronológico Periodização histórica 2. Os caminhos da humanidade • Teorias sobre origem do homem • África como berço da humanidade • Evolução humana 3. A história da Pré-História • Periodização na pré-história (Paleolítico e Neolítico) • Organização das cidades 4. O povoamento da América • Teorias sobre o povoamento da América • A vida dos primeiros habitantes da América • Primeiros habitantes do Brasil 5. Mesopotâmia • Aspectos sociais, religiosos e culturais dos mesopotâmios 6. Egito • Aspectos econômicos, políticos, religiosos, artísticos e sociais da sociedade egípcia 7. Núbia e o Reino de Cuxe • Relação entre Egito e Núbia • O cotidiano no Reino de Cuxe 8. África Saariana e África Subsaariana • Os povos garamantes e berberes • Aspectos da expansão dos bantos na África • Aspectos da cultura nok na África 9. Fenícios, Hebreus e Persas • Aspectos econômicos e culturais dos fenícios • Aspectos econômicos, sociais, culturais, políticos e religiosos dos hebreus e dos persas 10. Índia • Aspectos sociais e religiosos dos povos indianos na Antiguidade 11. China e Japão • Aspectos econômicos, políticos e sociais da Antiguidade dos chineses e dos japoneses • Influência destas sociedades sobre outras civilizações 12. Mesoamérica • Origem e cultura das civilizações da Mesoamérica (olmecas, teotihucanos, zapotecas e mixtecas, maias) 13. América Andina • Organização e aspectos culturais das sociedades da América Andina (chavíns, nazcas, moches, tiahuanacos e chimus) • Influência dos povos da América Andina sobre outras civilizações 14. Grécia • Aspectos políticos e sociais dos povos cretenses e micênicos na Antiguidade Clássica • Aspectos do Período Homérico • A colonização da Grécia Arcaica 15. Grécia Clássica • Aspectos políticos, econômicos e sociais das sociedades espartana e ateniense • Guerras na Grécia Antiga • Império Macedônico 16. Cultura da Grécia Antiga • Aspectos culturais e o cotidiano na Grécia Antiga 17. Roma Antiga • • • • • 18. Cultura na Roma Antiga • Aspectos culturais na Roma Antiga • Direito Romano Organização social, econômica e política do Império Romano O povo etrusco Período Monárquico (753-509 a.C.) Período Republicano (509-27 a.C.) Império Romano GUIA DIDÁTICO UNIDADES 15 7o ano UNIDADES capítulos 1. O Oriente Médio medieval • Aspectos socioeconômicos do Império Bizantino • Surgimento e expansão do islamismo • Aspectos econômicos e sociais das comunidades islâmicas durante a Idade Média 2. Idade Média e feudalismo • Aspectos econômicos, políticos e culturais dos povos germânicos • Organização e cotidiano da sociedade feudal e seus principais aspectos políticos, econômicos e religiosos 3. A Igreja e a cultura medieval • Organização da Igreja Católica na Idade Média • Aspectos culturais e econômicos das Cruzadas • Principais características das artes sacras (arquitetura, pintura, escultura, literatura e teatro), da filosofia e da educação durante a Idade Média 4. R enascimento urbano e a crise do feudalismo • Processo de desenvolvimento comercial na Europa feudal • Crise do feudalismo • Causas e consequências da Peste Negra na Europa feudal 5. A formação do Estado moderno • Processos de formação dos Estados modernos: francês, inglês, espanhol e português 6. O Renascimento • Origens e expansão do Renascimento na Itália e em outras partes da Europa • Principais aspectos artísticos, políticos e científicos do Renascimento (arquitetura, pintura, escultura, literatura, filosofia, astronomia e medicina) 7. As reformas religiosas • Principais características e consequências das Reformas Protestantes (luteranismo, calvinismo e anglicanismo) e Católica 8. Absolutismo, mercantilismo e arte barroca • Formação dos Estados absolutistas • Principais características sociais, políticas e culturais dos regimes absolutistas europeus 9. A expansão marítima europeia • Processos que levaram ao expansionismo português e espanhol • Aspectos culturais do expansionismo marítimo 10. Impérios e sultanatos na Índia • Aspectos políticos, econômicos e religiosos das comunidades indianas durante o período entre a unificação sob o Império Gupta e a dominação muçulmana 11. O Segundo Império na China • Principais características das Dinastias Sui, Tang, Song, Yuan e Ming na China 12 Japão medieval: a corte e os guerreiros • Principais características dos Períodos Nara, Heian, Xogunato, Kamakura, Muromachi e Azuchi-Momoyanma do Japão 13. Sociedades da África Subsaariana • Organização das sociedades e grupos africanos (reino de Axum, sociedades do Sudão ocidental, iorubás e bantos) • A escravidão na África 14. Sociedades americanas • Aspectos econômicos, políticos e culturais das sociedades americanas (maias, astecas e incas) 15. Os nativos do Brasil • Aspectos econômicos, políticos e culturais dos grupos nativos do território que hoje corresponde ao Brasil 16. Europeus na América • Processo de conquista e dominação dos povos e territórios da Mesoamérica e da América Andina pelos espanhóis • Aspectos econômicos, sociais e políticos da conquista portuguesa da América 17. Colonização espanhola • Aspectos econômicos, administrativos, políticos e religiosos do processo de colonização liderado pelos espanhóis • Movimentos de resistência dos nativos contra o imperialismo europeu 18. Colonização inglesa, francesa e holandesa • Aspectos econômicos, administrativos e políticos dos processos de colonização liderados pelas metrópoles inglesa, francesa e inglesa 19. Colonização da América Portuguesa • Aspectos econômicos, administrativos, políticos e do processo de colonização liderado pelos portugueses 1 – O período medieval 2 – A Idade Moderna GUIA DIDÁTICO 3 – Culturas da Ásia, África e América 16 4 – As sociedades coloniais na América CONTEÚDOS 8o ano 1 – A era das revoluções 2 – A expansão da América Portuguesa 3 – Independências na América 4 – Século XIX: nacionalismo e expansionismo capítulos CONTEÚDOS 1. A Europa no século XVII • Aspectos políticos, econômicos e sociais da Espanha, França, Países Baixos e Inglaterra no século XVII 2. Revolução Iluminista • Iluminismo 3. Revolução Americana • Os antecedentes da independência dos Estados Unidos • Processo de independência dos Estados Unidos • Guerra de independência na América do Norte • Características da França pré-revolucionária 4. Revoluções Francesa e Napoleônica • Aspectos gerais da Revolução Francesa • O início da Era Napoleônica e sua decadência, com o advento da Santa Aliança 5. Revolução Industrial • • • • Aspectos do pioneirismo inglês no processo de industrialização As inovações tecnológicas da Revolução Industrial As transformações econômicas e sociais da industrialização O cotidiano nas fábricas e a reação operária contra a exploração 6. Os holandeses no Brasil • • • • O Brasil durante a União Ibérica A invasão holandesa no nordeste brasileiro Aspectos políticos, administrativos e culturais da dominação holandesa A Insurreição Pernambucana 7. A colonização do interior do Brasil • A conquista do norte • Os bandeirantes e a exploração do interior do continente • Influencia das bandeiras nas fronteiras do Brasil 8. Mineração na América Portuguesa • A exploração do ouro • O declínio da mineração • Aspectos políticos, sociais e culturais das regiões mineradoras do Brasil 9. Conjurações mineira e baiana • Antecedentes, motivações políticas e econômicas e desfecho da Conjuração Mineira • Antecedentes, motivações políticas e econômicas e desfecho da Conjuração Baiana 10. Independências no Haiti e na América Espanhola • • • • • Principais características da Revolução Haitiana Aspectos sociais da América Espanhola Colonial A crise do império colonial espanhol Os processos de independências na América Espanhola (México, América Central e América do Sul) A conjuntura pós-independência na América Espanhola 11. O processo de independência do Brasil • • • • A vinda da família real para o Brasil A emancipação política do Brasil Aspectos políticos e econômicos da Revolução Pernambucana Reconhecimento da independência 12. O Primeiro Reinado no Brasil • • • • A Constituição de 1824 A abdicação de D. Pedro I Características do Período Regencial do Brasil Revoltas do Período Regencial 13. O Segundo Reinado no Brasil • Aspectos políticos, econômicos e sociais do Segundo Reinado no Brasil • Principais aspectos da crise no império 14. Ideologias políticas no século XIX • Principais aspectos dos conceitos: liberalismo, nacionalismo, socialismo e anarquismo 15. M ovimentos nacionalistas e expansionistas • • • • 16. O imperialismo na África • As origens e o conceito de imperialismo • Aspectos do imperialismo na África 17. Imperialismo na Ásia e América Latina • Principais características do imperialismo japonês • Aspectos do imperialismo na Ásia e na América Latina 18. Os primeiros anos da república no Brasil (1889-1894) • Proclamação da República no Brasil • Os primeiros anos da república no Brasil (1889-1894) Revoluções na França Processo de unificação da Itália Processo de unificação da Alemanha Ideologia e expansão dos Estados Unidos GUIA DIDÁTICO UNIDADES 17 9o ano UNIDADES 1 – Entre guerras e revoluções 2 – O mundo no período da Guerra fria GUIA DIDÁTICO 3 – Rumo ao Terceiro Milênio 18 capítulos CONTEÚDOS 1. A consolidação da república no Brasil (1894-1930) • Aspectos políticos, econômicos, sociais e culturais da Primeira República no Brasil • Movimentos sociais brasileiros durante a República Oligárquica • Aspectos da crise e o fim da República Oligárquica 2. a Grande Guerra e a Revolução Russa • • • • • 3. O período entre guerras • Ascensão e a crise dos Estados Unidos • Ascensão dos regimes totalitários na Itália, Alemanha, Portugal e Espanha • A Guerra Civil Espanhola 4. A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) • • • • 5. O Brasil de Getúlio Vargas • A Revolução de 1930 • Os governos de Getúlio Vargas (Provisório, Constitucional e, após o golpe, Estado Novo) 6. A s rivalidades durante a Guerra fria • A bipolarização do mundo entre Estados Unidos e União Soviética • Principais acontecimentos durante a Guerra fria • Revolução e socialismo na China 7. L utas sociais e descolonização na África e Ásia • Movimentos de resistência na África e crise do sistema colonial • O processo de descolonização da África • O processo de descolonização na Ásia 8. República democrática no Brasil • Aspectos políticos, sociais e econômicos dos governos entre 1945 e 1964 (Dutra, Vargas, Juscelino Kubitschek, Janio Quadros e João Goulart) 9. Conflitos no Oriente Médio • Causas e consequências dos principais conflitos no Oriente Médio 10. Brasil sob a ditadura militar • Aspectos políticos, sociais, culturais e econômicos durante o regime militar no Brasil (1964-1985) • Reações ao regime militar no Brasil 11. Nacionalismo e populismo na América Latina • Golpes, regimes militares e movimentos de resistência na Argentina e no Chile • Principais características da Revolução Cubana 12.Crise mundial e o fim do bloco socialista • Crise mundial e o neoliberalismo • Os Estados Unidos a partir da década de 1970 • O fim do bloco soviético 13. O Brasil da abertura política • Avanços e retrocessos da abertura política no Brasil • O fim do Regime Militar • A campanha de redemocratização 14. A redemocratização no Brasil • A redemocratização • A Constituição de 1988 • Aspectos econômicos, políticos e sociais nos governos entre 1985 e 2002 (Sarney, Collor, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso) 15. Novos rumos da América Latina • Aspectos econômicos e políticos da América Latina ao final do século XX 16. Globalização • Histórico da globalização • Formação dos blocos econômicos • Aspectos positivos e negativos da globalização 17. Os conflitos atuais • Exploração econômica do setor bélico • O fundamentalismo como vetor de conflitos armados • Intervencionismo dos Estados Unidos 18. Á frica: um continente de desafios • • • • • 19. R umos do Brasil contemporâneo • Aspectos sociais econômicos e políticos dos governos entre 2002 e 2013 (Lula e Dilma) • Os desafios do Brasil contemporâneo 4 – O mundo contemporâneo Antecedentes da Primeira Guerra Mundial Principais eventos relacionados à Primeira Guerra Os principais tratados do pós-guerra e suas repercussões Principais características da Revolução Russa A criação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas Antecedentes da Segunda Guerra Mundial Principais acontecimentos da Segunda Guerra Mundial Participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial As consequências da Segunda Guerra Mundial A formação dos Estados Nacionais africanos Os problemas atuais na África Aspectos culturais e africanidades Conceito de tolerância Educação para a tolerância Este volume abrange o período que vai do fim do Império Romano do Ocidente e a formação do Império Romano do Oriente, iniciando o período denominado de Idade Média, até parte da Idade Moderna. O termo Idade Média foi criado por estudiosos e artistas no final do próprio período para designar um tempo obscuro e de declínio em relação à Antiguidade, considerada uma época áurea. A Unidade 1 aborda as características da Idade Média desde o fim do Império Romano do Ocidente, passando pelo feudalismo – instituição econômica, política e social, base desse período –, até a crise que leva à desagregação desse sistema. Depois são abordados os temas que fazem parte da construção da Idade Moderna. Até os séculos XII e XIII, havia as monarquias feudais e, embora essa forma de governo fosse representada pelos reis, o poder político não estava em suas mãos, e sim nas da nobreza. Com a expansão do comércio e o desenvolvimento das cidades, aconteceram grandes mudanças na economia que foram desagregando o sistema feudal. Os centros urbanos e o comércio fizeram surgir uma nova classe, os burgueses. Essas alterações também fizeram com que o poder ficasse centralizado na figura dos reis e consequentemente fossem formadas monarquias nacionais. A Idade Moderna é marcada ainda pelo Renascimento cultural e novas visões do mundo e do ser humano. O catolicismo foi contestado pelo movimento denominado Reforma, do qual surgiram as igrejas protestantes. E é também na Idade Moderna que o mapa do mundo conhecido se transforma, pois, com as Grandes Navegações, chega-se à América, continente há muito tempo habitado, mas desconhecido dos europeus até o século XV. O século XV trouxe os primórdios da globalização ao integrar os continentes comercialmente. As culturas que habitavam a América, Ásia e a África também são apresentadas neste volume. E, com as navegações, o Brasil passa a ser visitado e explorado pelos europeus. Aqui viviam populações nativas organizadas, que, a partir do início do século XVI, passaram a conviver – e sofrer as consequências por isso – com os portugueses, que se intitularam donos da terra, e com outros povos europeus, além de receber os africanos que eram trazidos como escravos para estas terras. Na América, os europeus organizaram sociedades coloniais – espanholas, inglesas, francesas, holandesas e a portuguesa (atual Brasil), descritas nesse volume – em vários pontos da região. As estruturas políticas e econômicas iniciais do Período Colonial brasileiro também foram contempladas na unidade final deste volume. Este volume está dividido em quatro unidades, descritas a seguir. Cada uma reúne períodos ou questões históricas em um grande tema. Unidade 1 – O Período Medieval: aborda o Império Bizantino, o surgimento do Islã, a formação, o apogeu e o declínio do mundo feudal, incluindo nele o poder da Igreja até o renascimento comercial e urbano, que seria de suma importância para as mudanças que dariam fim ao feudalismo. Unidade 2 – A Idade Moderna: aborda a formação das monarquias nacionais, o Renascimento, as reformas religiosas, a expansão marítima europeia e a centralização do poder no absolutismo monárquico. Unidade 3 – Culturas da Ásia, África e América: são abordadas as culturas da Índia, do Japão e da China, na Ásia, e também as culturas da América e da África antes da chegada dos europeus. Unidade 4 – As sociedades coloniais na América: trata das diferentes colonizações na América (espanhola, inglesa, francesa e holandesa) e a formação do Brasil Colonial. GUIA DIDÁTICO 4. Orientações deste volume 19 Unidade 1 3. Da mesma forma que a cobrança de impostos era realizada tanto pela Igreja, quanto pelo Estado, a prestação de serviços era dividida entre as duas instituições. CAPÍTULO 1 – O ORIENTE mÉDIO MEDIEVAL p. 22 – Documentos em análise O Período Medieval No livro do 6º ano, foi abordado o fim do Império Romano do Ocidente. Mas, por volta de 284, ou seja, antes desse acontecimento, começou a divisão do Império entre Ocidente e Oriente. A partir do século III, houve a invasão dos povos vindos do leste da Europa e, enquanto a porção ocidental foi dominada, a porção oriental resistiu às incursões e expulsou os invasores, mantendo o poder romano sediado na cidade de Constantinopla, atual Istambul, na Turquia. O chamado Império Bizantino continuou unido ao Ocidente por meio da religião, o cristianismo. A queda dessa porção do Império Romano em 1453, pela ascensão do islamismo entre os turcos otomanos, marca a passagem da Idade Média para a Idade Moderna. Resoluções das atividades GUIA DIDÁTICO p. 18 – Diversificando linguagens 20 1. De acordo com o autor, o Império Bizantino não foi formado por causa da vontade de um indivíduo apenas; ao contrário, ela é resultado da sociedade bizantina, que, sob forte influência das tradições romanas, foi se modificando de acordo com a demanda ao longo dos séculos para manter a unidade. É importante que os alunos percebam que as estruturas históricas são construídas coletivamente e não sobrevivem apenas em razão dos desmandos de uma pessoa. 2. De acordo com os textos, a política econômica estabelecida por mais de 1 100 anos pelos imperadores em Constantinopla funcionava melhor do que em outros lugares da Europa. 1. No documento 1, o assunto abordado é o casamento poligâmico; o documento 2 aborda a superioridade masculina em relação às mulheres. 2. Sob a condição de que todas tenham um tratamento igualitário. 3. Não. As mulheres piedosas são submissas às disposições de Deus; são reservadas na ausência de seus maridos no que Deus mandou ser reservado. 4. Caso a esposa não siga os preceitos islâmicos, o marido deverá castigá-la. p. 25 – Diversificando linguagens 1. Sim. Eles introduziram no Ocidente os algarismos hindus, chamados hoje de arábicos. Desenvolveram a Álgebra e a Astronomia. Imortalizaram nomes como Averróis e Avicena, esse último teve sua obra enciclopédica, chamada Cânon, utilizada durante muito tempo nas escolas europeias de Medicina. 2. Sim, pois levou aos locais conquistados diversas culturas enriquecendo os conhecimentos das novas regiões sob domínio muçulmano. Idade Média A partir do século III, o Império Romano do Ocidente passou a sofrer com a invasão de povos chamados por eles de bárbaros, pois não falavam a mesma língua que os romanos nem tinham as mesmas tradições e costumes. Aliada à crise que já assolava o Império desde o século II, essa situação acabou desagregando e pondo fim a ele. Os povos que invadiram o Império eram diversos, e os que se instalaram ao norte da região falavam idiomas germânicos. Eles não constituíam um único grupo e formaram os chamados reinos germânicos. Dentre os reinos, esse capítulo destaca o mais importante deles, o reino dos francos, que foram os primeiros a se estabelecer em caráter permanente nos domínios imperiais. Feudalismo Este tema apresenta a formação e consolidação do feudalismo, um sistema econômico, político e social baseado na hierarquia e na sujeição de uma classe (servos) a outra (senhores), em que cada uma delas ocupa determinada função. Esse sistema ligado à posse e exploração da terra foi a base da Idade Média. São apresentadas a organização do feudo, a política, a economia e a sociedade desse período. Resoluções das atividades p. 31 – Diversificando linguagens 1. Sim. De acordo com o texto, Odin era considerado a principal divindade do panteão de deuses nórdicos. 2. Por meio das informações levadas a ele pelos corvos Hugin e Munin, que lhe contam tudo o que vêm e ouvem. 3. Sim. O politeísmo e a associação de deuses e deusas a fenômenos naturais, guerra, fertilidade, entre outros elementos. p. 33 – Documentos em análise 1. Porque se converteu ao cristianismo, religião de sua esposa. 2. Representou não apenas sua conversão, mas a do reino dos francos ao cristianismo. 3. A Igreja Romana deu total apoio a Clovis e ao reino dos francos no processo de expansão de seus territórios p. 35 – Diversificando linguagens 1. O papa queria garantir sua segurança e a posição da Santa Sé por mais tempo, e o interesse do rei era se tornar o novo imperador de Roma. 2. Era uma emergência, pois o papa precisava ser protegido. 3. Demonstra que os dois estavam agindo em favor de seus interesses. p. 37 – Diversificando linguagens 1. A Igreja era a autoridade maior no mundo medieval, guiava todos os passos dos homens desse período, educava as crianças, controlava a vida e os sentimentos determinando no que eles deveriam acreditar. Servia como meio de comunicação e propaganda. 2. Por meio da participação massiva da Igreja no cotidiano das pessoas. p. 39 – Documentos em análise 1. Por meio de uma cerimônia que cumpria vários rituais, na qual o vassalo prestava juramentos de fidelidade e prestação de serviços ao suserano. 2. O vassalo jurou sobre as relíquias do santo. 3. Sim. A imagem mostra uma cerimônia de enfeudação. p. 41 – Documentos em análise 1. Imagem 1: Representantes da Igreja fazendo orações. Imagem 2: Servos trabalhando. Imagem 3: Cavaleiros medievais em guerra. GUIA DIDÁTICO Capítulo 2 – Idade Média e feudalismo 21 2. A Igreja. Responsáveis pela vida religiosa de todas as pessoas desse período, eram também proprietários de grandes extensões de terra e formavam uma instituição forte e poderosa. 3. Os servos. Eram os trabalhadores dos feudos, responsáveis pelo cultivo dos campos do senhor, e subordinados aos senhores. 4. Os senhores e os nobres. Tinham poder sobre o feudo e os servos que ali viviam. Eles guerreavam, assistiam a torneios etc. 5. As imagens reúnem os representantes do mundo medieval. Eles estavam ligados por uma relação de poder econômico ou religioso e de obediência. Os servos e nobres mantinham um vínculo de poder econômico relacionado à terra, em que os nobres dominavam e os servos trabalhavam. Nobres e Igreja estavam ligados pela dependência econômica e religiosa. O mesmo ocorria entre Igreja e servos, uma vez que a primeira exercia seu poder sobre todas as pessoas, incluindo a relação de suserania e vassalagem, pois também era proprietária de terras. Capítulo 3 – A igreja e a cultura medieval GUIA DIDÁTICO A Igreja medieval é a instituição mais poderosa do período, devido a sua estrutura centralizada e rigorosamente hierarquizada. Esse poder, conquistado gradativamente, foi determinante na sociedade de ordens feudal. 22 O combate às heresias e a criação da Inquisição foram armas usadas pelos religiosos para manter e perpetuar seu poder e ainda combater toda forma contrária aos dogmas da religião cristã. Nesse combate aos não cristãos, foram organizadas as Cruzadas, expedições incentivadas pelo papa para libertar a Palestina do domínio muçulmano. A arte em função da Igreja Este tema apresenta aspectos da cultura e do cotidiano dos medievos. Nobres e servos viviam de acordo com suas condições econômicas e sociais. A diferença no modo de vida de cada segmento mostra a organização da sociedade, principalmente as ocidentais, rigidamente hierarquizadas. Os medievos, impregnados de valores religiosos, deixavam transparecê-los na arte. Foi o período da construção das imensas catedrais, que deixaram um riquíssimo legado arquitetônico. Assim como em todas as sociedades, predominava a mentalidade do tempo em questão, pela qual alguns grupos eram tidos como inferiores e, portanto, discriminados. Dentre eles, destacamos as mulheres, que eram consideradas culpadas pelos sofrimentos da humanidade, numa clara visão de pecado original que consta na Bíblia católica; os leprosos, pois sua doença, numa visão religiosa, era vista como podridão da alma, tornando-os seres repugnáveis; e os judeus, considerados responsáveis pela morte de Jesus. Percebe-se que a mentalidade medieval tinha forte conotação religiosa. Esse capítulo é repleto de questões que suscitam debates para a construção da cidadania. A questão da discriminação, que obviamente não é exclusiva do período, pode levantar um debate sobre essa situação na sociedade atual. Os grupos discriminados na região onde a cidade está localizada, por exemplo, podem ser um tema importante. Cabe ressaltar aos alunos que alguns grupos sofrem o que podemos chamar de discriminação local. Outra questão para ser discutida e aprofundada está sugerida no Livro do Aluno: o acesso ao ensino. Embora as universidades tenham surgido na Idade Média, tantos séculos depois ainda não são acessíveis a todos. Pode-se aqui buscar as políticas públicas de acesso à universidade e debater a democratização do ensino. Resoluções das atividades p. 51 – Documentos em análise 1. A partir da queda de Roma, em 410 d.C. 2. A Igreja se colocava como representante de Deus na terra, tomando para si o papel de liderança que Jesus teria concedido ao apóstolo Pedro. p. 55 – Diversificando linguagens 1. Era um processo por meio do qual a Igreja Católica julgava os heréticos e as pessoas de fé duvidosa, condenando-os até mesmo à morte. 2. Não devemos emitir juízo de valor sobre esse assunto, pois é uma prática que estava inserida na mentalidade da época. 3. Sim, pois as pessoas viam-se obrigadas a aceitar os preceitos católicos; caso contrário, poderiam ser julgadas e mortas. 4. Uma cerimônia de condenação. 5. Não se podia deixar o herege impune, pois poderia corromper mais cristãos com suas ações e pensamentos. p. 59 – Documentos em análise 1. À Cruzada popular. 2. Foi um evento não oficial, organizado pelo monge Pedro, o Eremita, que ganhou o apoio da população mais humilde, formada por mendigos, camponeses e cavaleiros pobres. Diferentemente das outras cruzadas, não foi organizada por senhores feudais ou pela Igreja. p. 64 – Documentos em análise 1. Foi o responsável pela síntese entre a filosofia clássica e a doutrina cristã. 2. Na cidade dos homens, prevalecem os desejos do corpo e todos os males humanos e, na cidade divina, os dons espirituais, como a bondade, a piedade e tudo o que glorifica a Deus. 3. A mentalidade religiosa teocêntrica, para a qual o poder de Deus paira sobre todos os homens. Capítulo 4 – Renascimento urbano e a crise do feudalismo Este capítulo ressalta a importância do ressurgimento de uma economia monetária, sobretudo suas consequências não só na esfera econômica, como também do ponto de vista político. A economia monetária ajudou a solapar o regime feudal, daí sua grande importância. A partir do século XI, com o aumento da produção agrícola e a diminuição dos conflitos bélicos, além das Cruzadas, ocorreu na Europa ocidental um vertiginoso crescimento do comércio e das cidades. Desenvolveu-se com isso uma economia monetária. Naquele período, ainda sob a égide do pensamento religioso, um sério obstáculo à acumulação de capital era a condenação da usura. Um dos temas abordados no capítulo é a usura, ou seja, o valor excedente financeiro, além do lucro. Os alunos podem fazer uma pesquisa no dicionário sobre a definição de preço, de lucro e de usura. O que esses termos significam? Depois, pode-se elaborar uma definição para preço justo. Para isso, cabe analisar a diferença entre produto (resultado de uma produção) e mercadoria (o objeto de comércio). Como e por que o produto se transforma em mercadoria? Essa GUIA DIDÁTICO Uma terceira questão é a mentalidade religiosa como determinante da vida social dos medievos, na qual também se podem trabalhar os paralelos atuais. Como a religião ainda influencia a vida das pessoas? Existem relig iões que mantêm padrões rígidos de conduta. É possível conversar com os alunos sobre essas questões, mas sempre deixando claro que a visão de fora, de quem não é partícipe da religião, difere de quem está inserido nela, motivo pelo qual é preciso compreender e aceitar as ideias diferentes. 23 reflexão é de grande valia para eles entenderem a diferença entre o valor do produto e aquele que pagamos ao comprá-lo como mercadoria nas casas comerciais. Também é importante para compreendermos a realidade econômica a que estamos submetidos. A crise do feudalismo A partir do século XIV, o sistema feudal entrou em uma crise que variou nas diversas regiões onde ele prevalecia. As mudanças políticas e demográficas estão entre as causas da crise que levou ao fim dessa forma de organização. GUIA DIDÁTICO O capítulo aborda ainda a peste negra e as revoltas camponesas. A primeira, uma terrível epidemia que se alastrou pela Europa, fez inúmeras vítimas e está entre as causas das revoltas camponesas que também assolaram o continente. Fome, peste e crise econômica incitaram os camponeses a promover protestos e revoltas no campo, o que causou em muitos casos a fuga em massa para as cidades. Eram os passos finais do regime feudal. 24 Um dos problemas enfrentados pela Europa durante a crise do feudalismo foi a mendicância. Hoje essa realidade ainda está presente em muitas cidades. Pessoas nas ruas pedindo esmolas e comida para poder sobreviver, infelizmente, fazem parte da realidade principalmente dos grandes centros urbanos. Entretanto, como em outras questões, há os que se profissionalizam na mendicância, aqueles que criam um personagem para ganhar dinheiro com a bondade alheia. Esse é um assunto interessante para ser abordado com os alunos. Pode também ser promovida uma discussão sobre os motivos que levam uma pessoa a mendigar. Resoluções das atividades p. 71 – Diversificando linguagens 1. Para o autor do texto, o dinheiro era uma mercadoria com a qual se fazia comércio por meio dos empréstimos a juros. 2. A usura era proibida pela Igreja, que no contexto medieval tinha grande poder. Apesar disso, a usura era muito praticada de forma velada. p. 73 – Documentos em análise 1. As relações comerciais entre os mercadores das cidades italianas de Veneza, Amalfi, Pisa e Gênova com o Império Bizantino, os países muçulmanos da África no Norte e o Oriente Médio. 2. Madeira para construção, metais, escravos e produtos de luxo, como especiarias, tecidos, óleo de oliva e sabão. 3. Com o aumento do volume de comércio realizado em Veneza, o imperador bizantino concedeu à cidade o direito de livre-comércio entre seus portos. O que ocorreu, no entanto, foi o domínio veneziano dos transportes marítimos e o comércio bizantinos. p. 75 – Diversificando linguagens 1. A cidade medieval era um local cercado de muralhas, onde todas as construções eram altas, repletas de torres, e a igreja sobressaía desse conjunto. 2. As cidades medievais eram bastante movimentadas, com grande concentração de pessoas num pequeno espaço. 3. O papel de concentrar criatividade e novas discussões, que se parece com o papel da universidade atualmente, tendo em vista o espaço de discussão e formação de ideias que ela representa. p. 76 – Documentos em análise 1. Elas eram “unidades de negócios”, que regulamentavam os ofícios da população. 2. Eram as figuras dominantes das corporações, que trabalhavam em casa e elegiam os governantes das guildas. 3. Os mestres organizavam o trabalho, ensinavam os aprendizes diaristas e p. 79 – Diversificando linguagens 1. A peste chegou à Europa provavelmente da Ásia, pela Rota da Seda. Espalhou-se por meio dos negociantes que circulavam pelo continente. 2. Não, pois as péssimas condições de higiene e a debilitação ocasionada pela fome contribuíam para que a peste se espalhasse rapidamente. Para impedir a propagação, seria necessário modificar hábitos sanitários e de higiene. 3. Culpavam os leprosos e os judeus dizendo que eles teriam envenenado os poços e que eram instrumento de castigo de um Deus vingativo, que lançava sobre todos a doença. 4. Sim. Pela mentalidade medieval, tudo acontecia de acordo com os desígnios de Deus, que castigava ou beneficiava as pessoas segundo seus atos. p. 81 – Diversificando linguagens 1. São movimentos organizados por grupos sociais em defesa de direitos para toda a sociedade. Exemplos: movimentos dos sem-moradia, movimentos operários etc. 2. Em razão da miséria e da pressão dos senhores feudais sobre os camponeses. 3. Não apresentavam organização nem objetivos claros. Os chefes surgiam durante o movimento e não exerciam grande liderança. 4. Ao que parece, não, pois os camponeses procuravam uma solução para a crise que gerava a miséria e a exploração, sem se dar conta do poder que os envolvia, representado pelo sistema feudal. Unidade 2 A Idade Moderna Capítulo 5 – A formação do Estado moderno Este capítulo aborda a formação das monarquias nacionais, os Estados Nacionais Modernos. É essa mudança que vai dando a conformação física da Europa atual. Até o século XI, a Europa era dividida em uma série de unidades políticas (reinos, ducados, condados) que se ligavam por meio das relações de vassalagem. Com a crise do feudalismo e a ascensão da burguesia graças à expansão comercial, o rei passou a ter mais importância. A partir da união da burguesia, dos reis e de parte da nobreza, entre os séculos XII e XV ocorreu a formação de vários Estados Nacionais, que deram origem à Inglaterra, à França, à Portugal e à Espanha. Cada Estado surgiu dentro de sua localidade, com base nas condições que ali se estabeleceram. O conceito de nação tal qual entendemos hoje é uma construção recente na história da humanidade. Ele passou a ter sentido político após a Revolução Francesa e as revoltas nacionalistas do século XIX. No entanto, a ideia de nação como uma comunidade com origem, língua, usos e costumes comuns ocupando determinado território começou a ser forjada com a formação dos Estados Nacionais Modernos. Diante disso, proponha aos alunos a discussão sobre o que torna o Brasil uma nação, o que os identifica como brasileiros, independentemente do estado ou cidade que habitem neste território. Essa atividade visa contribuir com a construção da cidadania. Resoluções das atividades p. 95 – Diversificando linguagens 1. Os reis, pois conseguiram subjugar os sistemas de poder locais. GUIA DIDÁTICO pagavam pelo trabalho deles. Estes, com o passar do tempo, aprendiam os ofícios ensinados, podendo, inclusive, tornar-se mestres. 25 2. Estado é uma entidade política autônoma, à qual os súditos devem taxas e obrigações. 3. Não. Algumas regiões se unificaram e outras – por exemplo, Itália e Alemanha – só foram unificadas no século XIX. 4. Sentimento de devoção à nação, idioma nacional, território unificado sob o comando de um rei, soberania. p. 98 – Diversificando linguagens 1. Questões políticas, como as vitórias sobre os ingleses, mas também pelo fato de ser mulher e não se comportar de acordo com os padrões exigidos na época. 2. Além de as mulheres terem uma vida mais reclusa, sua imagem estava associada ao pecado e à heresia. p. 100 – Documentos em análise 1. Liberdade e soberania para a cidade e para os cidadãos; não exploração dos cidadãos por meio de impostos e tributos. 2. Garantir que ele governe para o povo e não de acordo com sua vontade. p. 102 – Diversificando linguagens GUIA DIDÁTICO 1. A reconquista da região ocupada pelos mouros ocorreu por volta de 1250, e os povos da Península Ibérica conseguiram recuperar boa parte de seu território. 26 2. A herança cultural deixada pelos mouros foram a arquitetura e a engenharia naval, estilos musicais como o flamenco e o fado, incluindo a introdução do uso do violão, que deriva de antigos instrumentos árabes. Além disso, as traduções árabes de textos clássicos gregos e latinos possibilitaram a recuperação dessas obras para a Europa renascentista. p. 103 – Diversificando linguagens 3. O desenvolvimento da agricultura, a valorização da língua portuguesa, o incentivo ao desenvolvimento cultural e a fundação da primeira Universidade portuguesa, entre outras benfeitorias. Capítulo 6 – O Renascimento O desenvolvimento das cidades e do comércio a partir do século XI provocou várias mudanças nas formas de organização das sociedades, entre elas o florescimento de uma cultura urbana. Em algumas cidades italianas que estavam nas rotas comerciais com o norte da Europa, a Ásia e a África, começou a surgiu um movimento artístico literário e científico nas classes burguesas. Liderado pelos chamados humanistas, ele criticava alguns valores da sociedade medieval. Mais tarde chamado de Renascimento, esse movimento propunha uma renovação dos estudos e uma revalorização do ser humano e da razão humana, desvinculando-o da mentalidade religiosa dominante na Idade Média. É esse movimento que é detalhado nesse capítulo. Resoluções das atividades p. 109 – Documentos em análise 1. Sobre a natureza humana e as formas mais eficazes de domínio de territórios e de suas populações. 2. O comportamento humano. 3. A instalação de colônias nos territórios conquistados. p. 111 – Documentos em análise 1. A tentativa sincera de reavivar a cultura presente na Antiguidade Clássica. 1. O reinado de D. Dinis foi próspero. 2. Na Itália. 2. A retomada do território português dominado pelos mouros, ação empreendida por seu pai, D. Afonso III. 3. A conservação de monumentos e aspectos da cultura clássica na Itália, que facilitou seu estudo e reprodução. 1. Espera-se que o aluno perceba que François Rabelais foi um literato e filósofo francês, e sua obra glorificava ideais humanistas. 2. O personagem Gargântua aconselha seu filho a estudar tudo sobre o Universo e o ser humano. 3. Ao estudar diferentes línguas e culturas, a prioridade inicial era a grega (retorno à Antiguidade Clássica). O humanismo também está presente na recomendação de estudos que levam à valorização do ser humano, ponto principal do Renascimento. p. 117 – Documentos em análise 1. Tendo uma condição financeira melhor que a dos outros, a burguesia passa a se preocupar não apenas com a saúde, mas também com os bons modos. 2. Etiqueta social são formas cerimoniosas empregadas nos tratamentos sociais, mas os itens indicados dizem respeito à higiene pessoal e às condutas que uma pessoa deve adotar em sociedade. 3. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos compreendam que é necessário que haja a aceitação de um conjunto de regras a seguir em sociedade para que o convívio entre as pessoas se torne possível e pacífico. 4. Resposta pessoal. Vários exemplos podem ser citados pelos alunos, como ceder lugar aos idosos no transporte público, obedecer aos sinais de trânsito, entre outros. Capítulo 7 – As reformas religiosas Este capítulo aborda a crise da Igreja no século XVI, que trouxe mudanças, inclusive em razão das dissidências e da formação das igrejas protestantes. A Igreja, desde sua fundação, sempre passou por momentos de crise devido a disputas políticas e divergências internas. No entanto, no século XVI os questionamentos à Igreja tomaram uma dimensão maior. As ideias humanistas de contestação do domínio cultural do clero abriram caminho para novas ideias e consequentemente para as contestações. Nesse capítulo são abordados os motivos e as consequências dessas contestações, ou seja, a Reforma protestante e a Contrarreforma católica. Depois do movimento de Reforma protestante, a Igreja Católica buscou meios de reafirmar seus dogmas e rituais, muitos deles criticados pelos protestantes. Medidas foram tomadas, como as abordadas no capítulo: novas ordens religiosas, Concílio de Trento e Inquisição. Outro artifício usado pela Igreja foi a ênfase ao teatro religioso. Ele não foi uma criação desse período, mas, por meio dele, houve uma retomada do catolicismo visando ordená-lo e uniformizá-lo, pois havia a necessidade de reconquistar seus fiéis e conter o avanço das igrejas protestantes. Essas representações teatrais ainda ocorrem em vários lugares no mundo. No Brasil, as encenações de episódios bíblicos são muito comuns. Cabe uma pesquisa sobre onde e como são feitas essa encenações na região onde está localizada a escola e, caso não haja nenhuma, podem-se pesquisar encenações conhecidas nacionalmente, como a Paixão de Cristo em Nova Jerusalém, Pernambuco. Após a pesquisa, procurem conversar sobre o impacto dessas encenações hoje e o que motiva as pessoas a realizar esses espetáculos e assisti-los. Seriam as mesmas motivações do período das reformas? GUIA DIDÁTICO p. 113 – Documentos em análise 27 Resoluções das atividades p. 126 – Diversificando linguagens 1. Para Calvino, Deus era algo transcendente e incompreensível ao ser humano e do qual só se poderia saber o que a Bíblia revelava. 2. Acreditava que a salvação era uma graça divina e não dependia dos sacramentos impostos pela Igreja Católica. 3. Em sua concepção, tudo o que acontece na vida das pessoas sofre intervenção direta da vontade de Deus. p. 128 – Diversificando linguagens 1. Não. Apesar de haver predominância religiosa em alguns países, o mapa mostra a presença de minorias. 2. Não. O mapa mostra o território bem dividido entre católicos e protestantes. 3. Parte da França e o Leste Europeu. p. 131 – Documentos em análise 1. As bruxas eram perseguidas porque eram consideradas seres do mal, capazes de prejudicar as pessoas. GUIA DIDÁTICO 2. Espera-se que o aluno responda que sim. Ele pode citar, como exemplo, a crença em vários tipos de magias, a existência de curandeiros, benzedores e outros. 28 3. Espera-se que o aluno se reporte às ideias difundidas por sua religião. De forma geral, todas as religiões ensinam o princípio de oposição entre o bem e o mal. O mal geralmente é personificado por um ser que tem diferentes nomes: demônio, diabo, capeta, espírito mal etc., dependendo da crença. Capítulo 8 – Absolutismo, mercantilismo e arte barroca Este capítulo aborda questões essenciais relativas à Idade Moderna: o absolutismo monárquico, o mercantilismo e a arte barroca. A formação dos Estados Nacionais Modernos, estudada no Capítulo 5, garantiu a centralização do poder nas mãos dos reis, o que precipitou o absolutismo monárquico. Nesse sistema, o rei é identificado com o Estado e constitui um dos elementos fundamentais da unidade nacional, concentrando assim o poder em suas mãos. A doutrina econômica desse período foi o mercantilismo, segundo o qual o poder e a riqueza das nações passam a ser determinados pelo acúmulo de riquezas – a saber, ouro e prata – pelas monarquias. Na formação dos Estados Nacionais, foi necessário criar um conjunto de leis para o reino, o que difere da situação anterior, na qual as leis eram locais e decididas pelo senhor de cada feudo ou região. A unificação também se estendeu às leis. A proposta então é debater com os alunos a necessidade de um sistema único de leis para reger uma nação. Resoluções das atividades p. 138 – Documentos em análise 1. Maquiavel aconselhava o príncipe a usar as leis para governar e recorrer à força, mas sabendo dosar o uso delas para manipular o povo. 2. Segundo Maquiavel, para obter obediência dos súbitos, o príncipe deveria ser temido. Os conselhos demonstram a forma de governo absolutista, em que o poder do soberano é supremo. 3. Justifica dizendo que o poder dos reis vem da vontade divina, ou seja, os reis são representantes diretos de Deus na Terra, são deuses também e, por isso, devem ser obedecidos. Isso demonstra a estreita relação entre poder e religião existente em sua época. 1. O mercantilismo era a doutrina econômica que caracterizava o período histórico da revolução comercial (séculos XVI-XVIII). Essa prática estava centrada na busca de metais preciosos e no comércio exterior com características protecionistas. 2. A prática mercantilista foi a responsável pela busca de novos mercados e de metais preciosos fora da Europa, o que impulsionou as Grandes Navegações. p. 143 – Diversificando linguagens 1. De acordo com o texto, o barroco brasileiro começou a ser notado no século XVIII, 100 anos após o surgimento do movimento barroco europeu. Foi trazido ao país pelos colonizadores europeus. 2. A característica marcante do barroco brasileiro foi a presença dos rococós. 3. Motivos religiosos, uma vez que os artistas, apesar do patrocínio laico, costumavam produzir peças que retratavam a religiosidade popular. 4. Influências do barroco português, francês, italiano e espanhol. Capítulo 9 – A expansão marítima europeia Este capítulo aborda um dos grandes acontecimentos que marcaram a passagem da Idade Média para a Idade Moderna. A Expansão Marítima europeia aconteceu no contexto da formação dos Estados Nacionais e do mercantilismo. Desde o século XII, as atividades comerciais estavam aumentando. A consolidação das monarquias nacionais teve o apoio da burguesia e dos grupos mercantis. Assim, o comércio se tornou importantíssimo para esses reinos, que atendiam ao ideal mercantilista buscando acúmulo de metais preciosos. Para isso, principalmente portugueses e espanhóis enfrentaram oceanos pouco conhecidos e realizaram o que entrou para a história como Expansão Marítima. Com essas viagens, estabeleceram novos pontos de comércio na Ásia e na África e chegaram às Américas, continente que até então não fazia parte do mapa do mundo europeu. Desde a primeira viagem de circum-navegação da Terra, iniciada em 1519 e finalizada em 1522, navegantes de diferentes épocas e lugares atravessaram os oceanos para dar a “volta ao mundo”. Atualmente, essa viagem se tornou muito mais comum e pode ser realizada não só por meio de expedições, como também de navios de passageiros. Entretanto, ainda há pessoas que a fazem movidas pelo espírito de aventura, para explorar ou pesquisar. Entre os brasileiros, Amyr Klink e a família Schürmann já realizaram essa rota. Cabe pedir uma pesquisa sobre eles e uma análise do que os motivou e quais as semelhanças ou diferenças entre os navegadores atuais e os dos séculos XV e XVI. Resoluções das atividades p. 149 – Documento em análise 1. Sobre a terra: acharam-na muito produtiva e bem servida de água. Sobre os habitantes: acreditaram que precisavam de salvação e notaram que eram diferentes dos portugueses, principalmente por sua inocência, representada pela nudez. 2. A necessidade de salvar os indígenas vinha do fato de não professarem a religião católica, oficial do Estado português, e tida por seu povo como única fonte de salvação. 3. Significa que é o primeiro documento oficial que descreve as terras brasileiras. p. 150 – Documento em análise 1. O aluno deve descrever a cena do encontro entre Colombo e os nativos observando os símbolos mais evidentes: GUIA DIDÁTICO p. 139 e 140 – Diversificando linguagens 29 ouro ou colares nas mãos dos nativos, que representam a busca de metais preciosos; a cruz sendo plantada representa a religião e a expansão da fé católica; e a espada simboliza a conquista. p. 154 – Documentos em análise Unidade 3 Culturas da Ásia, África e América 1. Medo dos perigos do mar, dos corsários, das doenças, do desconhecido. Capítulo 10 – Impérios e Sultanatos na Índia 2. Tempestades, ataques de piratas e corsários, doenças, fome, miséria, morte, naufrágios, péssimas condições de higiene etc. Este capítulo aborda da reunificação no século IV até o fim do sultanato de Délhi, no século XVI. 3. As condições de alimentação da população nos navios eram péssimas. Como as viagens eram longas, os poucos alimentos apodreciam com facilidade, além de não serem suficientes para toda a viagem, fato que os obrigava a se alimentar até mesmo de ratos. p. 166 e 167 – Bagagem cultural Vitrais Esse infográfico integra as disciplinas de História e Matemática por meio do estudo da arquitetura da Catedral de Notre-Dame, na França. O objetivo da seção é colocar os alunos em contato com os detalhes arquitetônicos da construção, atentando não apenas para as características históricas e artísticas da catedral, como também para seus aspectos geométricos. O Período Imperial da Índia é chamado de Era Clássica, pois representou uma época de grande prosperidade. No entanto, a invasão dos hunos dividiu a Índia em reinos menores. A partir do século VIII, o domínio da Índia pelos muçulmanos inaugurou uma nova fase de sua história: os sultanatos, governo dos sultões, que eram nomeados pelo califa de Bagdá. A Índia é uma nação de grandes contrastes, onde coexistem o tradicional e o moderno. Esse país ainda desperta o fascínio de muitos que desejam aprender técnicas de meditação com os famosos gurus e também esclarecimento espiritual. O misticismo indiano desperta bastante curiosidade entre os que desconhecem essas práticas. É interessante propor uma pesquisa sobre esse assunto. Resoluções das atividades GUIA DIDÁTICO p. 172 – Diversificando linguagens 30 1. Sim, a Matemática já havia se desenvolvido e houve descobertas na Astronomia, por exemplo, que a Terra é esférica, gira em torno de seu próprio eixo e o ano tem pouco mais de 365 dias. 2. Elas foram comprovadas e são consideradas verdadeiras. 3. Os algarismos foram desenvolvidos pelos indianos e apropriados pelos árabes, que os difundiram, por isso, os chamamos de algarismos indo-arábicos. p. 175 – Documentos em análise p. 188 – Diversificando linguagens 1. O texto fala da extração de pérolas, e o comércio de mercadorias. 1. A emigração e deportação de pessoas e o aumento do número de viajantes transcontinentais, como diplomatas, pregadores cristãos, aventureiros e comerciantes. Capítulo 11 – O Segundo Império na China Neste capítulo são abordados aspectos compreendidos entre os séculos VI e XVII na China. A China passou por um período de fragmentação após a Dinastia Han e voltou a ser unificada no século VI com a Dinastia Sui. Depois passou pelos governos das Dinastias Tang, um período áureo, seguido de nova fragmentação e nova centralização, dessa vez na Dinastia Song. Assim como outras regiões, a China enfrentou o domínio estrangeiro com a invasão mongol a partir do século XIII e retomou o poder no século XIV, com a Dinastia Ming. Ainda durante a Dinastia Ming, a China fechou-se para o mundo por um longo período, que se estendeu até o século XIX. Resoluções das atividades p. 180 – Diversificando linguagens 1. A reputação do imperador Yang Guang é de um esbanjador que cometeu muitos erros militares e levou milhares de súditos à morte. 2. Essa reputação se deve à morte de milhares de trabalhadores nas obras realizadas em seu império. p. 183 – Diversificando linguagens 1. Em seu governo, a imperatriz Wu, apesar de ser uma política talentosa, usava métodos ilícitos para se conservar no poder. 2. Que ela governava de maneira autoritária, dominadora e tirânica. 2. Os registros feitos pelos viajantes que estiveram no continente asiático naquele período. 3. Ficaram espantados e maravilhados com o que encontraram na Ásia. p. 190 – Diversificando linguagens 1. Os chineses ficaram isolados. 2. O isolamento e as disputas internas de poder fizeram os chineses perder territórios; além disso, passaram a ser ameaçados por forças externas, inclusive pelos mongóis novamente, até serem dominados pelos manchus, vindos do norte. Capítulo 12 – Japão medieval: a corte e os guerreiros Neste capítulo são apresentados os aspectos históricos japoneses do século V ao século XVI. A maior parte do capítulo destina-se ao período em que o Japão foi governado pela nobreza militar. O imperador perdeu poder, que ficou nas mãos do xógum. Foi o período denominado de xogunato, que pode ser comparado ao feudalismo europeu, pois a base de poder era a terra. GUIA DIDÁTICO 2. O comércio de produtos considerados exóticos ainda ocorre na Índia atual. 31 Resoluções das atividades p. 196 – Diversificando linguagens 1. O grande destaque do Período Nara no Japão foi a intensificação das relações comerciais e culturais com outros países. 2. A religião budista, introduzida no Japão por meio do contato com a China, influenciou a arquitetura e a escultura, resultando na construção de inúmeros templos. Foi nesse período que o budismo se tornou a religião oficial do país. p. 198 – Diversificando linguagens 1. Durante o Período Heian, a cultura japonesa se nacionalizou, deixando de lado a forte influência chinesa e coreana e dando início a uma faceta japonesa do budismo e à criação de símbolos da cultura japonesa, como o silabário nacional. 2. Nesse período, as mulheres se destacavam na cultura japonesa, especialmente na literatura. p. 203 – Diversificando linguagens GUIA DIDÁTICO 1. A introdução no Japão do arcabuz, uma arma de fogo. 32 reinos bantos do Congo e de Monomotapa. No final, há informações importantes sobre a escravidão no continente africano. Grande parte dos escravizados que foram trazidos para o Brasil era de origem iorubá. Aqui, a religião iorubá, misturada aos cultos católicos, originou o candomblé e a umbanda. Pode-se fazer uma pesquisa sobre a influência iorubá no país. Os temas podem ser as danças, os cantos e os instrumentos religiosos, os orixás cultuados no Brasil e as festas do candomblé. Resoluções das atividades p. 209 – Diversificando linguagens 1. A economia do Reino de Axum era próspera e independente. Embora predominasse a economia doméstica natural, a economia da sociedade axumita era bem desenvolvida. 2. A cunhagem de uma moeda e a existência de medidas econômicas e políticas próprias. p. 212 – Documentos em análise 2. Porque os mestres japoneses em guerra transformaram essa arma antiga em armas mais evoluídas, que serviram para a reunificação do Japão. 1. A existência de cidades organizadas, o predomínio da religião muçulmana, a posição social dos ganenses mostrada pela diferença nas vestimentas, a presença de eruditos, o Estado organizado com cerimonial, o poderio militar do reino. Capítulo 13 – Sociedades da África Subsaariana 2. A hierarquia é mostrada na diferença das vestimentas: o rei usava-as cortadas e costuradas, e os súditos usavam panos de algodão, seda ou brocado. Nesse capítulo são abordadas as sociedades africanas subsaarianas. São trabalhados os reinos mais conhecidos ou sobre os quais há algumas informações. Um dos reinos é Axum, que dominou o Reino de Cuxe. Os outros reinos tratados nesse capítulo são os que ocuparam a área denominada Sudão ocidental, a saber, os de Gana, Mali e Songai. O capítulo também traz informações sobre as cidades-Estado iorubás de Ifé e Benin e os 3. O poderio militar apresentado pelo número de guerreiros e de armas. 4. Sim, o texto mostra que o rei marcava audiências para escutar o povo. p. 215 – Diversificando linguagens 1. Os escravos no Império de Mali. 2. Eram os arqueiros da cavalaria, faziam a guarda pessoal do mansa, exerciam funções 3. Pessoas encarregadas de transmitir a história oral de forma cantada. Eram importantes porque conheciam a história do Império. p. 217 – Diversificando linguagens 1. A forte estrutura de centralização do poder e o absolutismo real. 2. O rei era considerado o pai do povo, dotado de poderes semissagrados e fonte de fecundidade e prosperidade. 3. Por meio do debate a respeito desses problemas em um conselho imperial, no qual eram redigidas atas, as leis eram estipuladas e executadas. p. 220 – Documentos em análise 1. Provavelmente é o obá. As roupas diferentes e a posição à frente dos outros levam a essa conclusão. 2. Parecem ser guardas ou protetores do rei, já que seguram armas e escudo. 3. Por essas figuras, a imagem parece representar um ritual ou uma cerimônia comandada pelo obá. p. 224 – Diversificando linguagens 1. Uma expansão linguística. 2. Na região onde hoje estão localizadas a República de Camarões e a Nigéria. 3. Por meio do contato com povos africanos durante o período escravista. p. 227 – Diversificando linguagens 1. Era inicialmente doméstica. 2. Significa que gradativamente os escravos passaram a ser essenciais para a economia da sociedade, tendo aos poucos desenvolvido a escravidão como base da mão de obra. 3. Não. Havia outros tipos de trabalhadores não cativos. Capítulo 14 – Sociedades americanas Neste capítulo são abordadas as civilizações que habitavam o continente americano antes da chegada dos europeus. São denominadas de pré-colombianas, pois se referem ao período antes de Colombo (1492), ou mesmo civilizações clássicas, já que são as mais conhecidas. São tratados aspectos das culturas maia, asteca e inca. A cidade de Machu Picchu, localizada no alto da Cordilheira dos Andes, é um grande atrativo turístico na região por se tratar de um legado inca. Os alunos podem ser orientados a realizar uma pesquisa na internet sobre essa cidade e depois apresentá-la aos colegas. Cabe uma discussão sobre a grandiosidade dessa arquitetura. Resoluções das atividades p. 234 – Diversificando linguagens 1. Para os maias, os astros representavam a vontade dos deuses. Com base na astronomia, desenvolveram o calendário. 2. Tinham dois calendários: um ritual, de 260 dias, divididos em 13 grupos de 20 dias; e outro, solar, “vago” ou civil, de 365 dias. O calendário solar se baseava em precisos cálculos astronômicos. 3. Nosso calendário apresenta 365 dias divididos em 12 meses. Assim como o calendário maia, nosso calendário se baseia em cálculos astronômicos. p. 237 e 238 – Documentos em análise 1. Nas escolas astecas, eles aprendiam a praticar exercícios, ser bem-educados, respeitar os mais velhos, servir, obedecer, cantar GUIA DIDÁTICO de confiança do rei, eram soldados. Alguns serviam a homens livres e, neste caso, cultivavam a terra e podiam ser incorporados à família pelo casamento. Também trabalhavam nas terras do mansa. 33 e dançar; também aprendiam exercícios de guerra. não humanos, o que justificaria a posse e a escravidão. 2. Sim. A educação era diferenciada entre jovens comuns e filhos de nobres. 2. Entre os tarairius, era comum a mãe consumir o filho morto, pois assim ele voltaria a fazer parte dela. 3. Espera-se que o aluno responda que legalmente não, mas as classes mais favorecidas economicamente têm acesso às melhores escolas. 4. Educar os jovens nos preceitos da religião. Catequizar os indígenas. p. 241 – Diversificando linguagens 1. O soberano era filho do Sol, que para eles era um deus, o que lhe garantia proteção divina e assegurava a ordem social. 2. Como meio de manter os velhos e doentes e fornecer alimentos em épocas de má colheita. 3. Escreviam duas versões, uma para a hierarquia e outra para o povo. Na história contada ao povo, não podia aparecer nada que desabonasse o soberano para não correr o risco de diminuir o respeito e a fidelidade a ele. Capítulo 15 – Os nativos do Brasil GUIA DIDÁTICO Esse capítulo dá sequência ao anterior apresentando os povos habitantes da região que hoje forma o Brasil quando da chegada dos portugueses, no ano de 1500. Era muito grande a diversidade de povos, dos quais possuímos pouca informação, coletada de achados arqueológicos e dos escritos legados pelos europeus nos primeiros anos da colonização, que são poucos ou raros. 34 Resoluções das atividades p. 248 e 249 – Diversificando linguagens 1. Relatos e imagens produzidas pelos exploradores e viajantes estrangeiros nos primeiros séculos após a chegada dos portugueses. A visão deles estava carregada de preconceitos e ideias que classificavam os indígenas como bestas, e até 3. Espera-se que o aluno discorra sobre nossas crenças religiosas e culturais, que não permitem nem consideram correta a ingestão de carne humana. 4. Espera-se que o aluno responda que não, pois devemos analisar a organização, a cultura e o tempo histórico de cada sociedade. Analisarmos o outro sem aceitar sua diversidade gera intolerância, preconceito etc. p. 251 – Documentos em análise 1. O “velho chefe” achava que os bens materiais eram desnecessários, pois a “terra” poderia suprir as pessoas de tudo de que precisassem. 2. Que são calmos, dóceis, amigáveis etc. Unidade 4 4. Resposta pessoal. Espera-se que o aluno relacione questões referentes à desigualdade de forças na luta (os espanhóis tinham armas de fogo), à visão dos espanhóis a respeito das sociedades diferentes da europeia etc. Capítulo 16 – Europeus na América p. 270 – Diversificando linguagens Esse capítulo aborda a chegada dos europeus ao continente americano e as ações de conquista e colonização iniciais. A respeito da região onde chegaram os espanhóis, são abordados aspectos de violência nas ações de conquista e extermínio das populações locais. E na América portuguesa são abordadas as ações para subjugar os nativos. Resoluções das atividades p. 264 – Documentos em análise 1. São pessoas naturalmente corruptas, inúteis, de pouco trabalho, melancólicas, covardes, sujas, de má condição, mentirosas, sem constância nem firmeza. 2. Os enormes e abomináveis pecados dos chamados selvagens que habitavam as Américas. 3. Sim. “Vários índios, por prazer e passatempo, deixaram-se morrer com veneno para não trabalhar. Outros se enforcaram pelas próprias mãos.” p. 267 e 268 – Documentos em análise 1. Os espanhóis agiram de maneira violenta, destruindo e matando. 2. Quando os espanhóis começaram a matar, destruir sua cidade e seu modo de vida, passaram a ser vistos como bárbaros, e a visão mítica se desfez. 3. São descritas cenas de destruição de casas e de objetos, de corpos despedaçados, de sangue espalhado na água, e os astecas pediam para morrer, já que seus deuses estariam mortos. 1. Foram complementares. Do ponto de vista religioso, os espanhóis se aproveitaram de algumas visões míticas para se posicionar como deuses, manipulando o imaginário e dominando os povos do México e do Peru. Aproveitaram-se de templos e pirâmides nativas para construir igrejas católicas. 2. Pela imposição da religião católica, destruição de templos, documentos e ídolos dos indígenas. 3. Sim. Várias práticas de extrema violência eram usadas, como massacres e assassinatos com crueldade. 4. Os conquistadores refletiam os costumes e os valores de sua sociedade, que não aceitava o outro. p. 273 – Diversificando linguagens 1. Os portugueses achavam que salvariam os índios ao lhes ensinar a fé católica, que prega a imortalidade da alma. 2. Para criar uma massa de trabalhadores domesticados que serviriam de mão de obra para os missionários nas guerras com outros indígenas e também de povoadores das terras da colônia portuguesa. 3. A criação de mão de obra servil que gerasse lucros ao reino. GUIA DIDÁTICO As sociedades coloniais na América 35 Capítulo 17 – Colonização espanhola Este capítulo dá sequência ao anterior apresentando o processo de colonização da América espanhola. Descreve como era a organização e a administração das colônias espanholas na América, bem como a utilização da escravização dos nativos e depois dos africanos como mão de obra principalmente na exploração de metais preciosos realizada na região. Você pode solicitar aos alunos que pesquisem na internet imagens atuais de indígenas latino-americanos. Eles devem perceber as difíceis condições de vida dos descendentes dos povos pré-colombianos andinos ou da Mesoamérica, de maneira geral. Em seguida, estimule-os a falar sobre as impressões que tiveram depois de terminada a pesquisa de imagens e peça-lhes que as associem ao conteúdo do capítulo, de forma a entenderem que as duras condições de sobrevivência dos indígenas e a impossibilidade de eles saírem da pobreza hoje decorrem da exploração a que foram submetidos durante séculos pelos conquistadores. GUIA DIDÁTICO p. 283 – Documento em análise 1. Sim, pois o autor expõe as agressões feitas pelos europeus aos indígenas americanos. 2. O direito natural e o direito divino. 3. Ele não concorda que isso ocorra por meio da violência e defende os nativos. 4. Sim. Em todos os relatos do período, é possível conhecer a violência usada pelo colonizador Capítulo 18 – Colonizações inglesa, francesa e holandesa Neste capítulo são abordadas as colônias formadas nas Américas pela Inglaterra, França e Holanda. Além de Espanha e Portugal, essas outras nações mantiveram colônias em terras americanas. Resoluções das atividades A colônia inglesa eram os atuais Estados Unidos, denominado de Treze Colônias da América do Norte. São abordados aspectos de como se realizou essa colonização, sobretudo por meio da imigração religiosa. Na sequência, são abordadas as colônias francesas e holandesas. p. 279 – Diversificando linguagens Resoluções das atividades 1. Foi o motor da conquista e da colonização, pois, quando esgotavam as minas, os europeus seguiam para outros lugares. 36 2. A influência de quem as recebia. 2. Um dos princípios mercantilistas era a busca de metais preciosos para cunhar moedas na Europa. Outro ponto é que a riqueza de um Estado era medida por sua quantidade de metais preciosos. 3. Eram tratados como escravos. p. 281 – Diversificando linguagens 1. Era a Coroa que concedia os territórios de acordo com a influência de quem os receberia. p. 289 – Diversificando linguagens 1. Não, as colônias receberam imigrantes irlandeses, escoceses, alemães e suíços, além de grupos das Antilhas. 2. Os servos (imigrantes ingleses) e principalmente os escravos africanos. p. 293 – Diversificando linguagens 1. O holandês Peter Minuit comprou o território dos índios lenapes por uma quantia equivalente a 24 dólares. 2. Sim. Menciona ataques indígenas e de outras potências coloniais. Capítulo 19 – Colonização da América Portuguesa Esse capítulo aborda o início da colonização portuguesa no Brasil. Nos primeiros anos, as feitorias foram usadas para o armazenamento do pau-brasil aqui explorado. Após 1530, inicia-se a colonização do território e são tomadas medidas para garantir a colonização, exploração e administração da colônia portuguesa. O capítulo aborda ainda a presença francesa nas terras brasileiras. A distribuição de terras no Brasil ao longo da colonização é um dos fatores que levou à concentração de grandes propriedades de terra nas mãos de poucos. Cabe uma pesquisa sobre esse assunto hoje para averiguar se essa situação ainda permanece. Depois pode ser realizado um debate sobre os benefícios e dificuldades causados por esse modelo fundiário, ainda existente no Brasil. Resoluções das atividades p. 297 – Diversificando linguagens 1. A mata da Região Nordeste. 2. Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. 3. O Nordeste, área mais devastada, foi a primeira região a começar a ser explorada pelos colonizadores. p. 305 – Diversificando linguagens 1. Para os portugueses, os exploradores franceses eram invasores. 2. Os tupis não viam os franceses como invasores, já que estes sempre lhes pediam licença para entrar nas regiões onde os nativos moravam. p. 307 – Documentos em análise 1. Todos tratam do massacre de indígenas. 2. Como pessoas que deveriam ser eliminadas. 3. Ele tratava os nativos com crueldade, matando todos os que resistissem e destruindo suas aldeias. 4. Não. Eles reagiram e lutaram, enfrentando os portugueses. p. 318 e 319 – Bagagem cultural Constelações indígenas Esse infográfico integra as disciplinas História e Ciências mostrando que os indígenas brasileiros realizavam atividades como o plantio e a colheita de gêneros agrícolas e a pesca de acordo com seus conhecimentos de astronomia. O objetivo da seção é ajudar os alunos a compreenderem a junção dos aspectos culturais e naturais da organização social indígena. p. 300 – Diversificando linguagens 2. As feitorias foram usadas para impedir o contrabando de indígenas e de pau-brasil. Nelas, o feitor cuidava da segurança e do embarque da madeira extraída. As capitanias eram porções de terras doadas aos fidalgos para que as povoassem e cuidassem delas. O governo-geral foi uma solução encontrada, já que as capitanias malograram. Era uma estrutura político-administrativa que visava à colonização e ao povoamento do Brasil. GUIA DIDÁTICO 1. Feitorias, capitanias hereditárias e governo-geral. 37 5. Avaliação O propósito de todo o procedimento de avaliação do aproveitamento efetivo dos alunos no processo ensino-aprendizagem consiste em emitir um juízo de valor que qualifique e reflita as situações de aprendizagem e as práticas didáticas e pedagógicas em sala de aula, para compreendê-las. Isso é feito seja em vista dos objetivos e conteúdos de ensino, das expectativas de aprendizagem dos professores e das equipes pedagógicas das escolas, seja em vista dos resultados e consequências do esforço pedagógico. GUIA DIDÁTICO Entretanto, a avaliação não pode se limitar a uma situação de teste ou controle externo, impessoal, burocratizado e estéril. Nem pode ser pensada como uma instância formal de recompensa ou punição pelo desempenho dos alunos em determinado ciclo escolar. 38 Por essa razão, os professores não devem limitar o procedimento avaliativo às tradicionais provas de final de período escolar nem desconectá-lo de todo o processo ensino-aprendizagem desenvolvido. A avaliação deve traduzir e concretizar um conjunto sistêmico de atuações com a finalidade de nutrir, sustentar e direcionar as práticas de intervenção pedagógica. Portanto, ela deve ser um processo ininterrupto ao longo de todo o período letivo, para que o professor consiga, por meio dele, interpretar qualitativamente a efetiva aprendizagem dos alunos, objetivo fundamental da prática de ensino. Da mesma forma, qualquer método de avaliação adotado em determinado projeto político-pedagógico nas escolas deve considerar as reais condições materiais de aprendizagem e as oportunidades disponibilizadas aos alunos no contexto escolar. De outra maneira, não seria possível verificar a efetiva adequação da proposta pedagógica da escola e das situações didáticas elaboradas pelo professor em sala de aula aos objetivos do ensino e à valorização dos conhecimentos prévios dos educandos. Ademais, do ponto de vista do próprio aluno, avaliado em sua progressão escolar e cognitiva, o procedimento deve sinalizar quais são suas reais conquistas, dificuldades, aspectos a aperfeiçoar ou corrigir, para que o aluno repense seu comprometimento pessoal com o processo ensino-aprendizagem. Simultaneamente, o professor e a equipe pedagógica devem se valer dos mecanismos de avaliação como indicativos para redefinir, a cada momento do processo, as prioridades e os aspectos que demandam mais ênfase e apoio em termos de ação educativa. Especificamente para a área de História, é necessário pensar e conceber formas de avaliação que, de alguma maneira, possam estimular os alunos a buscar conhecimento e análise histórica, não com o intuito de formar historiadores, e sim como modo de habilitá-los a decodificar e interpretar o mundo desconstituindo e analisando seus modos de representação ideológica. Para isso, é possível propor, por exemplo, a elaboração de textos dissertativos com base na interpretação de ilustrações, gravuras, pinturas, letras de canções e outras formas documentais que representem lugares da memória. A seguir, elaboramos para você a seção Sugestão de avaliação, que pode ser utilizada no 1º bimestre. Quanto aos bimestres seguintes, as sugestões de avaliação estarão disponíveis para download no Portal Projeto Apoema. Avaliação - História NOME: TURMA: escola: Professor: DATA: 1. Preencha os quadros com as três funções da arte durante o Período Medieval. a) b) c) 2. Assinale somente o que for incorreto. a) ( ) Embora a religião bizantina fosse o cristianismo, havia uma grande tolerância religiosa, já que a localidade era habitada por diversos povos de culturas diferentes. b) ( ) Um modo pacífico de entender o cristianismo de forma ecumênica foi a divisão da Igreja Católica em Igreja Católica Apostólica Romana – com sede em Roma, liderada pelo papa e tendo como língua oficial o latim – e a Igreja Ortodoxa Grega – com sede em Constantinopla, liderada pelo patriarca e tendo o grego como língua oficial. c) ( ) O bispo de Constantinopla era o chefe religioso da Igreja Católica do Oriente. d) ( ) Não existiam divergências litúrgicas e doutrinárias entre a Igreja do Oriente e do Ocidente, as divergências eram todas políticas. f) ( ) Os iconoclastas reverenciavam imagens, hábito que se iniciou com Leão III. 3. Qual era a situação da mulher no Renascimento? GUIA DIDÁTICO e) ( ) Os monofisistas acreditavam na natureza divina. 39 4. Quais são as principais características do mercantilismo? 5. Comente a Dinastia Tang e suas principais realizações. 6. Qual foi a importância do Império Axum na construção histórico-econômica da África Subsaariana? 7. Encontre, no quadro a seguir, o termo solicitado nas frases. a) Missão dos jesuítas. b) Primeiro nome dado ao Brasil. c) Sede do governo-geral do Sul. d) Local onde foi instalado o primeiro engenho açucareiro no Brasil. e) Empreendimento francês em terras brasileiras. f) Lotes de terras doados a quem se dispusesse a cultivá-las. g) Sistema administrativo estabelecido por Portugal no Brasil para garantir o pleno domínio territorial. h) Responsáveis pela destruição do navio de Luís de Vasconcelos. GUIA DIDÁTICO i) Grupo étnico que fez parte da Confederação dos Tamoios. 40 j) Comandante da expedição para a colonização brasileira. Catequização São Vicente governo-geral corsários Rio de Janeiro França Antártica guayanás sesmarias Martin Afonso Ilha de Vera Cruz 1.a) Louvar a Deus com beleza. b) Usar monumentos, objetos e imagens como mediadores de Deus. c) Realçar o poder, distinguir, tornar visível e justificar a dominação. 2. Os alunos deverão marcar as letras a, b, d, f como incorretas. 3. A desigualdade entre os sexos começava logo no nascimento: a maioria das crianças abandonadas eram meninas. As mulheres viviam subordinadas ao pai, e, depois de se casarem, ao marido. A mulher, durante a Renascença, deveria ser submissa, pura, silenciosa, paciente e, sobretudo, boa mãe, pois ser mãe era seu ideal e profissão. Apesar de, nesse período, ter sido permitido à mulher, pelo menos no escalão superior da sociedade, uma participação mais intensa na vida social, poucas conquistaram o poder político ou se destacaram no mecenato. 4. Balança comercial favorável; acumulação de reservas de ouro e prata; protecionismo, ou seja, a possibilidade de o Estado intervir na economia. De acordo com as concepções mercantilistas, para manter o poder absoluto e centralizado do Estado, era preciso acumular riquezas. Assim, o mercantilismo fundamentava-se na intervenção do Estado na economia para garantir o equilíbrio da balança comercial, visando a seu próprio enriquecimento e fortalecimento. 5. A Dinastia Tang foi o primeiro grande império dinástico após a reunificação chinesa e um período de muita prosperidade e expansão militar. Economicamente, foi essa dinastia que fez a transição do escambo para a economia monetária. Os Tang organizaram uma burocracia civil que garantia a organização do império. Por causa da incorporação dos novos territórios obtidos em conquistas militares, uma grande área territorial ficou sob o comando de um único governante. Os Tang contribuíram muito para o desenvolvimento de expressões culturais, e a poesia desse período tornou-se modelo para os anos posteriores. 6. Axum foi a capital da sociedade que se organizou na costa oriental do continente africano, uma das áreas comerciais mais importantes no período porque era um entreposto de trocas comerciais entre países do Mediterrâneo, da Ásia Oriental e de partes da África Subsaariana. Eram comercializados cobertores, mantas, cristal, murano, ferro, folhas de cobre, azeite, vinho, cereais, ferro, aço e tecidos, além de outros produtos. 7. a)catequização b) Ilha de Vera Cruz c) Rio de Janeiro d) São Vicente e) França Antártica f) sesmarias g) Governo Geral h) corsários i) guayanás j) Martin Afonso GUIA DIDÁTICO Gabarito 41 6. Referências bibliográficas ABREU, Capistrano de. Capítulos de história colonial. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Publifolha, 2000. ABUD, Katia; SILVA, André Chaves de Melo; ALVES, Ronaldo Cardoso. Ensino de História. 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