A CRISE DO SISTEMA FEUDAL O DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA FEUDAL NA EUROPA OCIDENTAL • O apogeu do feudalismo ocorre entre os séculos IX e XIII; 4. CAUSAS PARA O DESENVOLVIMENTO DO FEUDALISMO • • • • • • • Fim das invasões “bárbaras”; Crescimento demográfico; Colheitas abundantes; Aperfeiçoamento das técnicas agrícolas; Excedentes agrícolas Comércio (feiras medievais) Campo (agricultura e criação de animais) + cidades (artesanato e comércio); • Invasões árabes ANO POPULAÇÃO 1050 46 milhões 1150 50 milhões 1200 61 milhões 1300 73 milhões *PAZZINATO, Alceu Luiz. História moderna e contemporânea. Ed Ática: São Paulo, 1997. 5. RENASCIMENTO COMERCIAL Região do Flandres (lã) Genova e Veneza (mediterrâneo) • Esse comércio possibilitou o retorno das transações financeiras, o reaparecimento da moeda, ou seja, deu vida as atividades bancárias. • Com isso a terra deixava de ser a única fonte de riqueza e um novo grupo social surge, os mercadores ou comerciantes (burguesia) As feiras eram os locais de compra e venda de produtos dos negociantes. Até o século XIV, as feiras mais importantes eram na região de Champanhe, França RENASCIMENTO DAS CIDADES E A BURGUESIA MERCANTIL • As transformações provocadas pelo comércio vão proporcionar o desenvolvimento das cidades; • Crescimento da produção local; • Substituição das oficinas senhoriais por urbanas; • Relações livres; • Cidades como asilo para servos fugitivos. “As pequenas novidades que foram surgindo na sociedade medieval proporcionaram o desenvolvimento do sistema para além dos seus limites”. A CRISE DO FEUDALISMO (PERRY ANDERSON) • A crise do feudalismo foi fruto das contradições internas do sistema que chegou aos seus limites objetivos; • Perry Anderson analisa o colapso do sistema feudal tendo em vista as causas e consequências sobre as questões agrícolas; CAUSAS PARA A CRISE DO SISTEMA FEUDAL • Menor rentabilidade das terras; • Esgotamento dos solos; • Comércio voltado para exportação; • Más colheitas; • Crise monetária; • Dificuldades tecnológicas; • Aumento dos preços dos alimentos OUTROS FATORES PARA A CRISE GUERRAS PESTE FOME GUERRA DOS CEM ANOS EPIDEMIA AGRICULTURA • “Em Florença, no começo, apareciam, tanto nos homens como nas mulheres, seja na virilha, seja na axila, determinadas inchações. Destas, algumas cresciam como maçãs, outras como ovos. [...] dentro em breve o citado tumor passava a repontar e surgir por toda a parte, criando manchas negras nos doentes [...] tornando-se mortíferas para aqueles em que elas se instalavam...” REVOLTAS CAMPONESAS • As revoltas tem como causa a super exploração dos nobres sobre seus servos; • Jacquerie (França/1328); • Gand (1381); • Paris (1382); • “Todo este quadro de crise internas e externas do sistema feudal tem como consequência a necessidade de um poder forte e capaz de resolver a situação”. • Neste sentido, tem-se as condições de emergência para o fenômeno político e social dos Estados Nacionais modernos. FORMAÇÃO DOS ESTADOS NACIONAIS MODERNOS E ABSOLUTISMO Slide desenvolvido por NOGUEIRA, Natania DA IDADE MÉDIA PARA A IDADE MODERNA • A partir do século XII, a Europa Medieval passou por grandes mudanças: 1 – Surgiram os primeiros Estados Nacionais; 2 – Ocorreu o renascimento das cidades e do comércio; 3 – O poder dos nobres enfraqueceu devido às revoltas camponesas e às dividas contraídas durante as cruzadas; 4 – Surge a Burguesia, um grupo formado por comerciantes ricos. OS ESTADOS NACIONAIS • Os Estados Nacionais surgiram da unificação dos feudos em uma determinada região. • Suas características são: 1 – Poder centralizado nas mãos do rei (executivo, legislativo, judiciário). 2 – Submissão da nobreza feudal que se torna nobreza cortesã. OS ESTADOS NACIONAIS 3 – Aliança entre o rei e a Burguesia 4 – Unificação de pesos e medidas 5 – Moeda nacional 6 – Exército Nacional OS PRIMEIROS ESTADOS NACIONAIS • O primeiro Estado Nacional foi Portugal, que fez sua unificação no século XII. • Os reis portugueses conseguiram expulsar os mulçumanos e com o apoio da burguesia consolidaram seu poder. A GUERRA DA RECONQUISTA A ESPANHA FEZ SUA UNIFICAÇÃO ATRAVÉS DO CASAMENTO DE FERNANDO DE ARAGÃO E ISABEL DE CASTELA. • O Estado Nacional Inglês tem como característica a existência da Magna Carta e do Parlamento. • Os franceses fizeram a unificação depois da Guerra dos 100 anos. • Após concretizado o processo de unificação, surgiu o Absolutismo, forma de monarquia que caracterizou os governos das principais potências européias até o século XIX. O ABSOLUTISMO • São características do absolutismo: - Centralização do poder nas mãos do rei - Aliança entre rei e burguesia - Mercantilismo • O mercantilismo é um conjunto de regras criado para regulamentar a economia mercantil OS PRINCIPAIS DEFENSORES DO ABSOLUTISMO • Os teóricos do absolutismo foram filósofos que defenderam a centralização do poder dos reis como sendo a melhor forma de se governar um país. • Os principais teóricos foram: NICOLAU MAQUIAVEL • Filósofo italiano • Escreveu O Príncipe, livro considerado um manual para os reis absolutistas • Para ele os fins justificam os meios JACQUES BOSSUET • Justificava o poder dos reis pela vontade de Deus: o rei era escolhido por Deus para governar. • Suas ideias deram origem à TEORIA DO DIREITO DIVINO DOS REIS. THOMAS HOBBES • Hobbes afirmava que o rei deveria impor sua autoridade para poder manter a ordem social, mesmo que tivesse que impor a força. • Para ele, o homem era incapaz de viver em sociedade sem leis e sem justiça. • Sua frase mais famosa é “o homem é lobo do próprio homem”. O ABSOLUTISMO NA INGLATERRA • O Absolutismo na Inglaterra teve início após a guerra das Duas Rosas. Essa guerra foi uma luta entre duas famílias nobres – os Lancaster e os York -, apoiadas por grupos rivais da nobreza. A guerra terminou com a ascensão de Henrique Tudor, apoiado pela burguesia. O novo monarca subiu ao trono com o nome de Henrique VII e fundou a dinastia Tudor. Seu reinado foi de 1485 a 1509. O ABSOLUTISMO NA INGLATERRA • Henrique VIII, segundo rei da dinastia, governou até 1547 e conseguiu impor sua autoridade aos nobres, com o auxílio da burguesia. Fundador do anglicanismo, seu rompimento com a Igreja católica permitiu-lhe assumir o controle das propriedades eclesiásticas na Inglaterra. • A rainha Elizabeth I, que reinou de 1558 a 1603, conseguiu aumentar ainda mais o poder real. Completou a obra de Henrique VIII, seu pai, consolidando a Igreja anglicana. • Incentivou o comércio e a navegação, incentivando o crescimento da economia inglesa. • Foi durante seu reinado que teve início a colonização inglesa na América do Norte. • Elizabeth morreu sem deixar herdeiros e, por isso, subiu ao trono seu primo Jaime I, que deu início à dinastia Stuart. O ABSOLUTISMO NA FRANÇA • O absolutismo vigorou na França entre os séculos 16 e 18, período conhecido como Antigo Regime - ou Ancien Regime, para os franceses. Trata-se de uma longa fase da história monárquica francesa, dominada em sua maior parte pela dinastia dos Bourbon. • O ápice do absolutismo francês ocorreu sob o reinado de Luís XIV, o Rei Sol. Seu extenso governo foi o modelo acabado do Antigo Regime francês, tendo influenciado outras monarquias europeias, suas contemporâneas. A NOITE DE SÃO BARTOLONEU E O EDITO DE NANTES • O processo centralizador foi marcado, no século XVI, pelas disputas religiosas. • Esses conflitos envolviam a burguesia, nobreza e populares e se referia à fragmentação de poder e à imposição de limites ao poder real. • As lutas se intensificaram no governo de Carlos IX, envolvendo a burguesia calvinista (huguenotes) e a nobreza católica. • O auge desse conflito foi a noite de São Bartolomeu, 24 de agosto de 1572, quando milhares de protestantes foram massacrados em Paris. • No governo de Henrique IV, ocorreu a pacificação do país, com a conversão ao catolicismo, com o decreto de liberdade de culto aos protestantes, por meio do Edito de Nantes. Porém, nos governos seguintes ocorreu a retomada dos conflitos ocasionando o declínio da França e a ascensão da Inglaterra como potência européia. LUIZ XIV – O REI SOL • Também conhecido como Rei Sol, Luís XIV governou a França entre 1643 a 1715, período em que promoveu mudanças na economia, na política, no exército e nos costumes franceses. • Associava sua figura a imagens míticas, como a do Sol e usou da Teoria do Direito Divino para exercer seu poder de forma centralizada. • Luís XIV foi um dos maiores exemplos de rei absolutista especialmente pela organização político-social que construiu em torno de si mesmo. Sua frase mais famosa traduz a extensão do seu poder: L'État c'est moi - o Estado sou eu.