TEORIA E PRÁTICA NA MISSÃO ORGANIZACIONAL EM INSTITUIÇÕES DE
DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO DA REGIÃO SUL
Autoria: Antônio João Hocayen-da-Silva, Israel Ferreira Júnior, Marcos de Castro
Resumo
A declaração de missão indica a razão de ser de uma organização, sendo um importante
instrumento para a formulação de estratégias que contribuem para uma atuação consolidada
perante outras organizações do seu ambiente. O presente estudo teve como objetivo analisar a
missão organizacional de treze instituições de desenvolvimento científico e tecnológico da
região Sul, sendo seis localizadas no Paraná, duas em Santa Catarina e cinco no Rio Grande
do Sul, em relação aos aspectos definidos na literatura como aqueles que devem estar
especificados em uma missão, que são: i) produtos/serviços; ii) mercado de atuação; iii)
consumidores-alvo (público interessado); iv) responsabilidade social; e v) tecnologia. Para a
consecução do trabalho, foram coletadas as definições da missão organizacional dessas
instituições nos seus respectivos sítios na internet. Após a coleta, a missão organizacional de
cada instituição foi submetida à técnica de análise de conteúdo com tratamento qualitativo
com base em uma grade fechada, na qual as categorias de análise foram representadas pelos
cinco aspectos acima citados (BARDIN, 1977). Com base nos critérios estabelecidos
(categorias) para análise, constatou-se que nenhum dos casos analisados atende a todos os
critérios em sua declaração de missão. Em três instituições há referência a quatro critérios,
dentre os analisados. O critério tecnologia foi definido, na missão, por apenas uma instituição.
Os resultados apontam que, apesar de sua importância estratégica, as definições de missão
organizacional, no caso das instituições analisadas, estão inadequadas em relação aos aspectos
utilizados para análise, demonstrando considerável distanciamento entre os conceitos teóricos
e as práticas organizacionais.
INTRODUÇÃO
Assim como a carteira de identidade apresenta e identifica o indivíduo na sociedade, a
definição da missão organizacional torna-se extremamente importante para a identificação e
apresentação da organização no mercado em que atua, tornando-a mais visível para o público
interessado. Conseqüentemente, a missão possivelmente representa a identidade de uma
organização, explicitando os seus propósitos organizacionais.
Em relação ao ambiente externo, o conhecimento e definição dos propósitos
organizacionais são fatores que influenciam a obtenção de sucesso e diferenciam uma
organização de outra que não tenha um entendimento claro de sua razão de existir (AQUINO,
2003; BART, 2001). No ambiente interno, a definição adequada da missão auxilia o processo
de motivação dos funcionários, direcionando os esforços da instituição em prol da conquista
dos objetivos organizacionais e do atendimento das expectativas dos stakeholders (público
interessado, funcionários, fornecedores, demais instituições, parceiros, governo e sociedade).
A definição do propósito do negócio é tão importante quanto buscar a qualidade de
excelência para assumir a posição de liderança competitiva. Ela é o primeiro ponto essencial
na formulação da estratégia organizacional. Esse depoimento da direção do negócio é o que se
define por missão organizacional (HAX; MAJLUF, 1991; RARICK, 1995).
Estrategicamente a definição da missão organizacional torna-se importante uma vez
que, no caso da instituição estar iniciando as suas atividades, permite a ela estabelecer de
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forma concisa em quais mercados atuará e de que forma será desenvolvida essa atuação e, no
caso de instituições que estão promovendo a reavaliação interna, adequar-se às pressões
impostas pelo ambiente, posicionando-se adequadamente.
Diante do exposto, objetivou-se com o presente estudo analisar a missão
organizacional de treze instituições de desenvolvimento científico e tecnológico da região Sul,
sendo seis localizadas no Paraná (PR), duas em Santa Catarina (SC) e cinco no Rio Grande do
Sul (RS).
Para a consecução da análise, foram utilizados os seguintes aspectos: i)
produtos/serviços disponibilizados pela instituição; ii) definição do mercado de atuação; iii)
consumidores-alvo (público interessado); iv) demonstração de preocupação com aspectos
ambientais e sociais (responsabilidade social); e v) tecnologia utilizada nas atividades. Esses
critérios que determinam a validade de uma missão organizacional são definidos por Ackoff
(1986; apud AQUINO, 2003), Campbell (1989), Certo e Peter (1993), Morris (1996), Oliveira
(2001), Piercy e Morgan (1994) e Want (1986).
Dessa forma, o presente artigo está estruturado em quatro seções, a saber:
Primeiramente, apresenta-se uma contextualização teórica, com a qual buscou-se sustentar a
conceituação de missão organizacional, os fatores que estão envolvidos no processo de
definição da missão e a importância da missão para a atuação das instituições no ambiente. Na
sequência são discutidos os procedimentos metodológicos para a consecução do trabalho. Por
fim, são apresentados os resultados devidamente discutidos, bem como as considerações
finais, com as propostas para trabalhos futuros.
Conceituação de Missão Organizacional
Existem diversos instrumentos estratégicos que podem ser implementados pelos
gestores visando capacitar a organização a antecipar-se às pressões ambientais buscando
garantir a eficiência organizacional. Aspectos como o processo de tomada de decisões, o
estabelecimento da visão, a definição da missão organizacional e o desenvolvimento de uma
análise do ambiente interno e externo são mecanismos estratégicos que permitem a
organização a implementação de ações adequadas.
Os aspectos acima relacionados tornam-se importantes na medida em que a
sobrevivência da organização e a eficiência das atividades estão diretamente ligadas ao
estabelecimento adequado da missão organizacional, característica que têm a importante
função de determinar os rumos que a organização vai seguir ao longo do ciclo de vida e
garantir o seu alinhamento estratégico.
Nada parece mais simples e óbvio, mas, na verdade, a definição da missão
organizacional é uma questão complexa que requer sério estudo e reflexão por parte dos
gestores. Uma missão deve apresentar ao ambiente organizacional (público interessado,
funcionários, fornecedores, demais instituições, parceiros, governo e sociedade) os motivos
pelos quais a organização existe ou a razão disso. A missão deve conter os diferentes produtos
ou serviços que serão disponibilizados ao mercado, bem como os valores, crenças e princípios
organizacionais que estão atrelados às suas atividades (CERTO; PETER, 1993; WRIGHT;
KROLL; PARNELL, 2000).
A missão de uma organização é uma visão de longo alcance a respeito de sua própria
razão de ser, devendo os gestores, a partir de um diagnóstico que contemple o sistema de
crenças e valores, responder de forma clara e coesa a questões como: i) qual é a natureza do
negócio da organização? e ii) quais são os negócios em que a organização deve concentrar
2
seus esforços no futuro? (OLIVEIRA, 2001).
Segundo Oliveira (1991, p. 372), “missão é a determinação do motivo central do
planejamento estratégico, ou seja, a determinação de onde a organização quer ir [destaque
nosso]. Corresponde a um horizonte dentro do qual a organização atua ou poderá atuar”.
Nesse sentido, Almeida (1999) salienta que o conceito de missão pode estar ligado à
razão de ser de uma organização, de uma unidade, de um setor ou, ainda, de um profissional.
No entanto, os propósitos do particular (unidade, setor ou profissional) devem estar em
sintonia com a missão da organização, com o intuito de se evitar distorções nas ações
institucionais.
A missão da organização tem como função principal a orientação e delimitação da
estratégia organizacional, num período de tempo consideravelmente longo, permanecendo
comprometidos os valores, crenças, princípios, expectativas, conceitos e recursos
organizacionais. A missão torna-se extremamente importante, haja vista que descreve as
habilidades essenciais da organização (OLIVEIRA, 2001; SANTANA, 2004; SAUAIA;
SYLOS, 1999; WICKHAM, 1997).
Dessa forma, observa-se que a definição e formalização da missão organizacional
auxiliam na concentração de esforços para um ponto em comum, na inibição do conflito de
propósitos, na alocação de recursos, na definição de cargos, na definição de responsabilidades
e tarefas e na definição de objetivos organizacionais (CERTO; PETER, 1993; TAVARES,
1991).
Aspectos Relativos à Definição da Missão Organizacional
As técnicas utilizadas para formular a missão organizacional são altamente subjetivas e
requerem análises das expectativas dos detentores de interesse (stakeholders), do ambiente
organizacional e das competências distintivas da organização. Sendo assim, informações
adicionais que auxiliem o processo de definição da missão organizacional podem ser obtidas
pela análise estratégica da instituição.
Costa (2003, p. 36) estabelece que para a formulação da missão organizacional, as
seguintes questões devem ser respondidas: i) qual a necessidade básica que a organização
pretende suprir? ii) que diferença faz para o mundo externo a organização existir ou não? iii)
para que serve a organização? iv) qual a motivação básica que inspirou sua fundação? e v) por
que a organização surgiu? Por meio dessa análise serão obtidas informações que permitirão
definir a missão de forma adequada aos propósitos organizacionais.
Com base na análise do ambiente organizacional, na qual identificam-se pontos fortes
e pontos fracos, oportunidades e ameaças, deve-se efetuar a análise e definição da missão, ou
seja, dos propósitos da instituição. Há casos em que são necessárias adequações nos
propósitos organizacionais ao longo do tempo, porém, é extremamente essencial que o grupo
de stakeholders capte o motivo existencial da instituição e passe a agir em conformidade com
eles (CERTO; PETER, 1993; WRIGHT; KROLL; PARNELL 2000).
O processo de definição da missão organizacional pode ser decomposto nas seguintes
etapas: i) estabelecimento da missão para concluir aonde se quer chegar; ii) estabelecimento
dos propósitos atuais e potenciais para auxiliar no planejamento; iii) estruturação e debate de
cenários estratégicos preparando a organização para o futuro; iv) estabelecimento da postura
estratégia, ou seja, posicionamento em relação ao ambiente; e v) estabelecimento das
microestratégias e macropolíticas possibilitando alterações no planejamento de modo
consciente (OLIVEIRA, 2001).
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A análise S.W.O.T. (Pontos Fortes – Strenghts – e Fracos – Weakenesses – do
ambiente interno, Oportunidades – Opportunities – e Ameaças – Threats – do Ambiente
Externo) pode ser utilizada estrategicamente como um instrumento para o levantamento de
informações que auxiliem no processo de definição da missão organizacional (WRIGHT;
KROLL; PARNELL 2000).
Além desse instrumento de análise organizacional, objetivando-se garantir a
efetividade da missão, podem ser utilizadas as seguintes questões para a avaliação dela: i)
transmite a imagem desejada? ii) permite um direcionamento claro para a organização? iii)
serve como ponto de estabelecimento das diretrizes? iv) fornece orientação aos gestores para
resolução de problemas de alocação de recursos e prioridades? v) proporciona uma base
razoável para a construção do planejamento estratégico? vi) é suficientemente compreensiva
para facilitar sua transformação em objetivos, metas e estratégias? vii) é consistente
internamente?; e viii) reconhece as opiniões externas? (STEINER, 1979).
Em virtude da definição de missão estar entre as mais complexas decisões que a
organização precisa tomar, ela deve efetivar-se por meio da formulação explícita ao invés de
implícita.
Freqüentemente, os executivos afirmam que a missão organizacional é óbvia ou
subjacente nas ações da organização. No entanto, é fundamental que a missão seja definida e
difundida como ação estratégica pela organização. Dessa forma, segundo Larson (1998, p.
23), “a chave para criar uma missão efetiva é descrever o que o negócio provê e não o que ele
faz”.
Importância da Missão no Ambiente Organizacional
Segundo Certo e Peter (1993, p. 77), “estabelecer a missão organizacional é parte
importante da tarefa dos gestores, porque a missão formalmente expressa, facilita o alcance
dos objetivos da organização”.
A missão organizacional funciona como uma mão invisível que orienta funcionários a
trabalhar independentemente ou coletivamente para atingir os objetivos organizacionais e
cumprir as metas estabelecidas no planejamento (KOTLER; ARMSTRONG, 1998). Nesse
sentido, Aquino (2003) estabelece que a missão organizacional tem com função primordial
apresentar claramente qual é o negócio principal de uma organização, difundindo os
princípios, valores e filosofia organizacional de modo que o atendimento dos objetivos
organizacionais seja facilitado.
A adequada definição da missão organizacional ajuda aos membros a compreenderem
o que eles fazem na organização e sua importância, auxiliando na uniformização dos esforços
de todos em direção ao que é fundamental para a organização. A missão constitui ainda uma
regra no processo de tomada de decisão (FERNANDES; BERTON, 2004). Por outro lado,
como salienta Oliveira (2001), se é utilizado um conceito restrito de missão, os gestores, ao
seguirem essa definição, podem tornar-se muito focados no seu atendimento, deixando de
lado outras atividades importantes para a organização.
Preocupados com as especificidades do processo de formulação da Missão
organizacional, Wright, Kroll e Parnell (2000) atentam para a necessidade de se estabelecer
um sentido único em relação aos objetivos, pois torna-se complicado determinar a direção
seguida pela organização se não estiver claramente definida a sua razão de ser em relação ao
ambiente, aos stakeholders e às demais instituições.
Oliveira (2001) afirma que a missão organizacional torna-se importante quando
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considerada como princípio gerador das macroestratégias e macropolíticas a serem
perseguidas pela instituição, definindo a direção a ser seguida e os limites de atuação. Do
mesmo modo, Mullane (2002) salienta que a definição da missão organizacional torna-se
imprescindível, uma vez que se coloca como critério essencial para nortear o processo de
tomada de decisão, estabelecer os objetivos organizacionais de curto e de longo prazo e
definir decisões estratégicas adequadas.
A adequada definição da missão organizacional auxilia no processo de inibição do
surgimento de conflitos internos e na consecução de aspectos relevantes para as atividades da
organização, a saber: i) concentração de esforços em uma direção comum; ii) assegurar que
não sejam perseguidos propósitos conflitantes; iii) alocação de recursos organizacionais; iv)
estabelecimento de áreas amplas de responsabilidades por tarefa; e v) desenvolvimento de
objetivos organizacionais (CERTO; PETER, 1993).
Além de ter influência direta no estabelecimento de objetivos organizacionais, sejam
de curto ou de longo prazo, que agem estrategicamente no microambiente e no
macroambiente organizacional, observa-se que a missão organizacional influencia
indiretamente as ameaças e as oportunidades, bem como os pontos fortes e os pontos fracos,
preparando a organização para se defender das ameaças e aproveitar as oportunidades.
Em face da existência de vários detentores de interesses gravitando ao redor de uma
organização, cada qual com interesses específicos, o entendimento das expectativas dos
interessados é, particularmente, importante na definição da missão organizacional. No
entanto, o equívoco de muitas organizações é o de considerar as necessidades do público
interessado em termos de produtos ou serviços físicos, ao invés de analisar os problemas
subjacentes (KOTLER, 1980; TAVARES, 1991).
Vasconcellos Filho (1983) chama a atenção para o fato de que é imprescindível que os
gestores tenham na definição da missão alguma flexibilidade que lhes permita acompanhar as
mudanças e pressões ambientais, para que sua validade seja constante no contexto ambiental
em que a organização está inserida, pois, do contrário, pode ocasionar a replicação de práticas
inadequadas à realidade da instituição.
METODOLOGIA
Os procedimentos metodológicos compreendem três etapas, que são: i) revisão
bibliográfica; ii) definição do universo de pesquisa e coleta de dados referentes à missão
organizacional das treze instituições de desenvolvimento científico e tecnológico da região
Sul, por meio de seus respectivos sítios na internet; e iii) análise de conteúdo das definições
de missão a partir dos critérios (categorias de análise) definidos no objetivo do trabalho, com
base no referencial teórico adotado.
Em virtude do tema delimitado na pesquisa ser ainda pouco estudado nos Estados do
Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná justificou-se classificar a pesquisa como
um estudo de caráter exploratório, no qual foi efetuada uma pesquisa bibliográfica de modo a
caracterizar as diferentes abordagens teóricas adotadas. Saunders, Lewis e Thornhill (2000)
enfatizam que os estudos exploratórios são desenvolvidos, primordialmente, por pesquisas
bibliográficas com denso diagnóstico na literatura e por meio de conversas com outros
pesquisadores, especialistas na área, buscando informações sobre as especificidades do
fenômeno pesquisado.
Por descrever as características específicas do fenômeno estudado, com base nas
diferentes categorias analíticas estabelecidas como dimensões que melhor contextualizam o
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tema proposto, a presente pesquisa pode ser ainda definida como descritiva. Nesse sentido,
Neuman (1997) salienta que a pesquisa descritiva visa efetuar a descrição de processos,
mecanismos e relacionamentos existentes no fenômeno estudado utilizando, para tanto, um
conjunto de categorias ou tipos variados de classificações.
A pesquisa bibliográfica caracteriza-se por um estudo sistematizado realizado a partir
de material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, ou seja, material acessível
ao público interessado em geral (VERGARA, 1998), já elaborados anteriormente por outros
pesquisadores. Nessa revisão bibliográfica buscou-se levantar todo o material referente ao
tema, em livros, dissertações, teses e artigos científicos.
Observou-se que a missão organizacional, isoladamente, não constitui um tema de
estudo com vasto referencial teórico ou de interesse dos pesquisadores, sendo encontradas
abordagens individualizadas e superficiais de diferentes autores em estudos ligados à
administração estratégica e ao planejamento estratégico.
O critério de seleção das treze instituições de desenvolvimento científico e tecnológico
da região Sul levou em conta aspectos de acessibilidade (seleciona elementos pela facilidade
de acesso a eles) e tipicidade (selecionando elementos representativos na população)
(MARCONI; LAKATOS, 1990; VERGARA, 1998).
Apesar de terem sido utilizadas na análise a missão de treze instituições, foram
visitados ainda os sítios de outras oito instituições do setor, totalizando o universo pesquisado
que é representado por vinte e uma instituições. No entanto, não foi possível localizar a
missão dessas organizações, contrariando o estabelecido pela literatura, uma vez que, segundo
Fernandes e Berton (2004, p. 167), “a missão deve ser constantemente lembrada, vivida e
aplicada na organização” e divulgada externamente (FERNANDES; BERTON, 2005).
Por fim, foi realizada a análise de conteúdo da missão organizacional do grupo de
instituições dentro dos moldes estabelecidos por Bardin (1977), Freitas, Cunha Jr. e
Moscarola (1996) e Vergara (2005). Para Bardin (1977), a análise de conteúdo é composta
por um conjunto de técnicas de análise do teor manifesto das comunicações que visa obter,
sistemática e objetivamente, indicadores (quantitativos ou qualitativos) que permitam inferir
sobre as condições de produção e recepção das mensagens. Nessa pesquisa, a análise de
conteúdo compreendeu as três etapas básicas estabelecidas por Bardin (1977), que são: i) préanálise; ii) exploração do material; e iii) tratamento dos dados e interpretação.
A pré-análise refere-se à seleção do material (coleta dos dados) e dos procedimentos a
serem seguidos (BARDIN, 1977; VERGARA, 2005). Para tanto, Vergara (2005) estabelece
que nessa fase deverá ser definido o tipo de grade a ser adotada, as categorias analíticas e a
unidade de análise.
A grade de análise adotada foi a fechada. Nesse tipo de grade “definem-se
preliminarmente as categorias pertinentes ao objetivo da pesquisa. Identificam-se, no material
selecionado, os elementos a serem integrados nas categorias já estabelecidas” (VERGARA,
2005, p. 17), ou seja, o pesquisador recorre à literatura pertinente ao tema de pesquisa para
formular as categorias que são estabelecidas a priori. Tal procedimento é indicado quando o
pesquisador deseja verificar a presença ou ausência de determinados elementos (VERGARA,
2005).
Para Freitas, Cunha Jr. e Moscarola (1996, p. 7), “as categorias de análise são as
rubricas significativas em função das quais o conteúdo será classificado e eventualmente
quantificado”. Nesta pesquisa, as categorias de análise foram definidas a partir de cinco
critérios encontrados na literatura como sendo aqueles que devem constar numa declaração de
missão, que são: i) produtos/serviços disponibilizados pela instituição; ii) definição do
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mercado de atuação; iii) consumidores-alvos (público interessado); iv) demonstração de
preocupação com aspectos ambientais e sociais (responsabilidade social); e v) tecnologia
utilizada em suas atividades.
Com relação à unidade de análise, Vergara (2005) estabelece que na análise de
conteúdo ela pode ser uma palavra, expressão, frase ou parágrafo. Para este trabalho a unidade
de análise foi definida como a declaração de missão (um parágrafo) disponível no site de cada
uma das instituições analisadas.
A segunda etapa da análise de conteúdo compreende a exploração do material e diz
respeito à implementação dos procedimentos escolhidos (VERGARA, 2005). Nesta pesquisa,
adotou-se o tipo de análise qualitativa a qual se baseia na presença ou ausência de uma dada
característica (FREITAS; CUNHA JR.; MOSCAROLA, 1996). Dessa forma, procurou-se
verificar a existência de cada um dos aspectos definidos como categorias de análise na
declaração de missão das instituições analisadas.
A última fase da análise de conteúdo compreende o tratamento e a interpretação dos
dados e refere-se à geração dos resultados da investigação (VERGARA, 2005), os quais são
apresentados detalhadamente na próxima seção.
O trabalho restringiu-se à análise da missão organizacional em treze instituições, uma
amostra pequena em relação ao universo de instituições de desenvolvimento científico e
tecnológico existentes no país, o que em hipótese alguma permite generalizações de
resultados por parte dos pesquisadores.
RESULTADOS
A partir da análise do conteúdo apresentado das definições de missão constantes nos
sítios das treze instituições, objeto de estudo deste trabalho, com base nos cinco critérios
teóricos escolhidos para esta análise, foram obtidos os resultados que são apresentados e
discutidos a seguir.
Produto/Serviço
Um produto/serviço se caracteriza como qualquer coisa que possa ser oferecida ao
mercado com o objetivo de satisfazer uma necessidade ainda não satisfeita dos consumidores
ou interessados. Para os consumidores, mais importante do que adquirir produtos ou serviços
é obter os benefícios que eles podem proporcionar (COBRA, 1992; KOTLER;
ARMSTRONG, 1998).
Identificou-se que das treze instituições base para o estudo, onze apresentaram
especificações dos respectivos produtos/serviços disponibilizados aos interessados. Dessas,
cinco estão localizadas no Paraná, duas em Santa Catarina e quatro no Rio Grande do Sul. Os
produtos/serviços dessas onze instituições foram definidos de forma consideravelmente ampla
e genérica, o que transmite ao público interessado uma idéia vaga dos tipos de
produtos/serviços que as instituições pretendem disponibilizar ao mercado e quais são os
benefícios que poderão ser obtidos pelos interessados caso optem por efetuar suas operações
com uma dessas instituições.
Alguns dos produtos/serviços foram definidos por essas onze instituições como:
“...soluções tecnológicas...” ou ainda como “...promover a interação e a cooperação no
campo da inovação tecnológica...”, “...ações de promoção e apoio ao desenvolvimento
científico e tecnológico...” e “...fomento à pesquisa...”. Caso os interessados tenham em
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mente conhecimentos prévios das atividades da organização, será possível a partir da leitura
dessas definições identificar quais são os produtos/serviços que as instituições pretendem
disponibilizar, caso contrário, isso não será possível em virtude da forma vaga que elas estão
explicitadas.
Desse modo, faz-se necessário que os gestores tenham maior preocupação e interesse
em especificar detalhadamente os produtos/serviços da organização, buscando torná-los de
fácil percepção para o público interessado. Essa definição pode tornar-se o diferencial da
organização em relação às demais instituições que atuam no mesmo setor e o fator-chave que
elevará o reconhecimento e a importância das ações da organização.
Mercado
O mercado pode ser definido como um grupo de compradores ou usuários, reais e
potenciais, de um produto ou serviço, ou ainda por pessoas ou instituições interessadas nas
atividades da organização. Esses apresentam uma necessidade ou desejo que possivelmente
seja satisfeito por trocas com o mercado (KOTLER; ARMSTRONG, 1998). Muitas vezes o
público interessado está atento aos benefícios que serão obtidos por meio dos
produtos/serviços desenvolvidos pelas organizações, ainda que esses não sejam econômicos e
financeiros.
Em relação à definição do mercado de atuação das instituições analisadas, observa-se
que somente sete instituições especificaram claramente o mercado no qual estão atuando,
podendo esse ser em nível local, regional, nacional ou internacional, de acordo com as
atividades desenvolvidas e os interesses da organização. Das sete instituições três
denominaram como mercado de atuação a região Sul do país, sendo que duas delas definiram
claramente qual estado da região Sul têm como mercado-alvo.
No caso de instituições de desenvolvimento científico e tecnológico essa informação
torna-se relevante, uma vez que tais organizações restringindo sua atuação a uma região
específica terão maior condição de desenvolver produtos/serviços de acordo com as
necessidades desses públicos por conhecer mais de perto a realidade do setor no qual estão
inseridas, tornando-se mais eficientes e transmitindo maior segurança aos interessados.
Consumidores (Público Interessado)
O público interessado constitui-se em agentes com interesses positivos vinculados
diretamente à organização, que influenciam suas atividades e são influenciados por ela
(RAZZOLINI FILHO; ZARPELON, 2004). Quando esses agentes localizam-se no ambiente
externo (governo, mídia, sindicatos, fornecedores e clientes), são denominados stakeholders
externos. Os stakeholders internos são os empregados e os acionistas (LACOMBE;
HEILBORN, 2004).
Em relação à definição do público interessado, observa-se uma situação idêntica à
apresentada pelo critério anterior (mercado de atuação), uma vez que, das treze instituições
analisadas, apenas sete apresentaram algum tipo de referência ao tipo de público que
pretendem atender por meio de suas atividades (produtos/serviços), sejam eles “...clientes...”,
“...funcionários...”, “...instituições...”, “...governo...” ou “...sociedade em geral...”. Essas
instituições referem-se ao público interessado, estabelecendo que suas atividades estão
direcionadas ao atendimento de seus interesses e necessidades, buscando disponibilizar
diversos benefícios a eles.
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O público-alvo foi especificado na missão organizacional de sete instituições. No
entanto, observou-se que a definição foi realizada de modo muito amplo e genérico por essas
instituições. Houve casos em que foram definidos os “...ofertantes e demandantes de
tecnologia...” como público diretamente interessado nos produtos ou serviços
disponibilizados pelas organizações.
Porém, cinco instituições, em virtude de suas áreas de atuação e de seus objetivos
enquanto institutos de pesquisa estabeleceram como público-alvo “...universidades, empresas
e instituições representativas do setor público e privado...”, o que demonstra a constante
interação, por meio de parcerias e convênios, existentes entre as instituições, no intuito de
promover o desenvolvimento tecnológico, particularmente da região Sul do país, em função
da criação de inovações em termos de produtos e serviços.
Manter claramente definido o público que a instituição pretende atender torna-se um
facilitador em relação ao processo de desenvolvimento e de oferecimento de serviços
especializados e produtos personalizados, permitindo que o instituto crie um diferencial no
mercado, fortalecendo sua imagem em relação ao demais institutos de pesquisa, instituições
de ensino superior, empresas públicas e privadas e órgãos de fomento a pesquisa.
Responsabilidade Social
A responsabilidade social em organizações corresponde à obrigação das mesmas em
estabelecer diretrizes, tomar decisões e adotar ações que estejam em conexão com os valores,
crenças e interesses da sociedade (MEGGINSON; MOSLEY; PIETRI, 1998).
Aspectos relativos à preocupação das instituições analisadas com o desenvolvimento
econômico, social e político do país ou da comunidade na qual estão inseridas, foram
observados em somente cinco instituições. Esses aspectos são apresentados por algumas
instituições do seguinte modo: “...visando o progresso e o bem estar da sociedade...”, “...em
prol do desenvolvimento sustentado do Estado...”, “...promove o desenvolvimento econômico,
científico e social, preservando o e conservando o meio ambiente...” e “...defesa, preservação
e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável...”.
Como a definição da Missão organizacional é reconhecida por muitos como uma
descrição que se apresenta em um texto breve (pequeno parágrafo), muitas instituições não se
preocupam em descrever detalhadamente os termos utilizados para apresentar a sua
preocupação com os aspectos de responsabilidade social. Esse fato pode ser observado
claramente nos aspectos descritos em relação à preocupação das instituições com a
responsabilidade social, nos quais foram usados termos como: “...bem estar da sociedade...”,
“...desenvolvimento...” e “...preservação e conservação...”. Foram utilizados termos amplos,
que para um determinado público pode ter significado específico e para outro pode não ter
relevância, ocasionando o não atendimento dos objetivos pretendidos pelas instituições.
Em função das características dos públicos interessados, que atualmente estão mais
preocupados com a contrapartida das instituições em relação à sociedade (saúde, renda,
saneamento, emprego, educação, habitação e alimentação) e em relação ao meio ambiente
(preservação, limpeza, reflorestamento e despoluição), praticar ações de responsabilidade
social, torna-se um instrumento potencializador da imagem da organização na sociedade.
Porém, não basta apenas estabelecer esse interesse, faz-se necessário que as ações das
instituições estejam alinhadas ao que foi definido na missão organizacional.
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Tecnologia
A eficiência de uma instituição não se restringe ao bom atendimento ou à qualidade
dos produtos e/ou dos serviços disponíveis, mas está atrelada, ainda, à implantação de
recursos tecnológicos buscando facilitar a decisão e a ação do público interessado,
proporcionando-lhes maior segurança e comodidade no momento de fazer uso dos
produtos/serviços adquiridos (ABREU; CARVALHO, 1996).
Analisando-se as definições de missão nas instituições de desenvolvimento científico e
tecnológico objetos de estudo, observou-se que das treze organizações analisadas somente
uma fez referência ao aspecto tecnologia, no entanto essa descrição foi feita de forma não
muito clara do seguinte modo: “...por meio de soluções tecnológicas...”. Esse fato é
problemático por se tratar de instituições de desenvolvimento científico e tecnológico que
fazem uso de antigos e novos recursos tecnológicos.
Ainda que as informações referentes às tecnologias utilizadas pelas instituições não
demonstrem a complexidade dos conhecimentos e recursos tecnológicos aplicados no
processo, demonstram oportunamente a preocupação das instituições em manter-se
tecnologicamente atualizadas, prestando serviços ou disponibilizando produtos de alta
qualidade e desempenho satisfatório.
DISCUSSÃO
Finalizando, observa-se no Quadro 1 uma síntese da situação das treze instituições de
desenvolvimento científico e tecnológico em relação aos atributos teóricos que foram
escolhidos para nortear a análise.
Quadro 1: Existência dos Aspectos na Missão das Instituições Analisadas.
INSTITUIÇÕES
Produto/
Serviço
Mercado
Consumidores
PR 1
Sim
Sim
Não
Não
Não
02
PR 2
Não
Sim
Não
Sim
Não
02
PR 3
Sim
Sim
Sim
Sim
Não
04
PR 4
Sim
Não
Não
Sim
Sim
03
PR 5
Sim
Sim
Sim
Não
Não
03
PR 6
Sim
Não
Não
Sim
Não
02
SC 1
Sim
Sim
Sim
Não
Não
03
SC 2
Sim
Não
Não
Não
Não
01
RS 1
Sim
Sim
Sim
Não
Não
03
RS 2
Sim
Sim
Sim
Sim
Não
04
RS 3
Sim
Não
Não
Não
Não
01
RS 4
Não
Não
Sim
Não
Não
01
Sim
Não
Sim
Não
Não
02
11
07
07
05
01
31
RS 5
i
TOTAL
Responsabilidade
Tecnologia TOTALi
Social
Fonte: Análise de conteúdo da missão das instituições de desenvolvimento científico e tecnológico da região Sul.
A missão organizacional, definida como um atributo que caracteriza e apresenta a
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organização ao ambiente competitivo, configura-se como elemento básico para nortear as
ações da organização, com o intuito de cumprir seus objetivos e metas.
No entanto, de acordo com o Quadro 1, observa-se que nenhuma das treze instituições
de desenvolvimento científico e tecnológico localizadas na região Sul do país apresentou na
definição de missão organizacional todos os aspectos: i) produto/serviço; ii) mercado; iii)
consumidores (público interessado); iv) responsabilidade social; e v) tecnologia.
Dentre as treze instituições analisadas, duas apresentam uma situação menos
preocupante, que são a terceira instituição, localizada no Paraná, e a décima instituição,
localizada no Rio Grande do Sul, as quais apresentaram na missão atributos relacionados aos
quatro primeiros aspectos, faltando apenas referência aos recursos tecnológicos utilizados.
Conseqüentemente, deduz-se que, no caso das instituições analisadas, não houve uma
preocupação dos responsáveis, ao nortear suas ações no mercado, em definir eficientemente a
missão da organização, de acordo com os aspectos apresentados como essenciais pela teoria.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A análise dos resultados encontrados no trabalho permite verificar que o grupo de treze
instituições de desenvolvimento científico e tecnológico da região Sul em estudo,
comparativamente às demais instituições do setor, preocupou-se em elaborar uma missão
organizacional e colocar a mesma à disposição do público interessado em seu sítio na internet.
No entanto, uma análise mais detalhada revelou que a missão organizacional, tida por
muitos autores como a razão de existência de uma organização, a sua identidade e o seu cartão
de apresentação na sociedade, em relação a esse grupo de treze instituições, não vem sendo
definida adequadamente, uma vez que estão sendo negligenciados nessa definição aspectos
básicos e essenciais à transmissão dos propósitos da organização.
Caso os gestores dessas instituições passem a se preocupar com o adequado tratamento
e a definição eficiente desses aspectos, a missão organizacional pode atuar estrategicamente
na divulgação e no fortalecimento da imagem da organização entre as demais instituições do
meio em que ela atua, facilitando o acesso a financiamentos e à formação de parcerias com
outras organizações. Para a definição de uma missão organizacional, os aspectos mais
relevantes a serem considerados devem ser a identificação dos propósitos da organização e o
público interessado.
A carência de definição de como a organização pretende atender às necessidades e
interesses da sociedade, que tipos de produtos/serviços serão desenvolvidos e em que setor
atua especificamente, pode ocasionar na perda de credibilidade, na transmissão de falta de
segurança, na baixa qualidade de produtos/serviços e pouca atenção ao público. Conforme
salienta Aquino (2003, p. 14), “se é comum se criticar que missão enfeitando parede não serve
para nada, que se pode dizer das instituições que ainda não conseguiram nem enfeitar as
paredes?”.
Observa-se que na literatura acadêmica, a missão organizacional é tratada como um
importante instrumento para a definição do planejamento estratégico e para a gestão
estratégica das organizações. É o ponto de partida para todas as ações estratégicas de uma
organização, determinando o seu relacionamento com o público interessado e com as demais
instituições do mercado.
No caso das instituições analisadas, os resultados apresentados parecem apontar para o
fato de que a importância da missão organizacional não foi levada em conta no momento de
sua definição, uma vez que nenhuma das treze definições de missão apresentou aspectos
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relacionados aos cinco critérios (produto/serviço, mercado, consumidores (público
interessado), responsabilidade social e tecnologia) estabelecidos para direcionar a análise.
O estudo não teve a pretensão de estabelecer o que é certo e o que é errado na
definição da missão, mas buscou apenas demonstrar, a partir de conceitos teóricos, a
importância da definição adequada da missão organizacional. A partir da análise da missão
organizacional de treze instituições de desenvolvimento científico e tecnológico da região Sul,
buscou-se demonstrar que há um distanciamento entre teoria e prática, uma vez que não há,
em algumas definições, a devida preocupação com os aspectos básicos de identificação da
organização no setor.
Sugere-se para futuros trabalhos a ampliação do número de instituições, no mesmo
setor ou em outros setores da economia, de forma que os resultados possam apresentar maior
consistência e de certa forma, caso sejam analisadas todas as instituições de uma região ou
estado brasileiro, descrever a situação das instituições dessas localidades.
Como foram utilizados para este diagnóstico apenas cinco critérios, restringindo de
certo modo a análise, sugere-se, portanto, um estudo mais aprofundado nas instituições de
desenvolvimento científico e tecnológico, em virtude da existência de aspectos como: i)
objetivos organizacionais; ii) filosofia; iii) valores; iv) princípios; e v) autoconhecimento
institucional. Incluindo se possível, uma avaliação da definição e utilização da missão
organizacional em relação ao desenvolvimento dessas instituições no setor de ciência e
tecnologia.
Por fim, sugere-se, em futuros trabalhos, a utilização de instrumentos de pesquisa
como entrevistas semi-estruturadas com gestores e públicos interessados dessas instituições,
para se analisar a percepção deles em relação à definição de missão apresentada pela
organização.
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Referente a freqüência do SIM indicando que o critério analisado consta na missão organizacional da
correspondente instituição.
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1 Autoria: Antônio João Hocayen-da-Silva, Israel Ferreira Júnior