Extremos Flagrantes de um mundo desleal. O brinquedo Hello Kitty mais caro do mundo, que custa cerca de R$ 340 mil, à venda no Japão; feita de platina, a boneca em miniatura tem diamantes, rubis e ametistas em seu lacinho. Ainda bem que a Mãe Natureza, sempre gentil, se recorda das crianças esquecidas, presenteandoas com animais de estimação de verdade, que, mesmo sem tocar música, são mais queridas por elas. Novo brinquedo da empresa Sega, o robô de estimação I-Dog, que toca música e dança. Refugiada da Somália, com seu bebê de seis meses. O drama dos refugiados constitui a ‘chaga vergonhosa de nossa época’. Em 2005, eram 20 milhões espalhados pelo mundo, convivendo com a agonia de um futuro incerto. Lançamento dos novos celulares 707SC, cobertos por cristais Swarovski. E pensar que o aparelho celular é considerado por muitos um bem quase descartável, haja vista a velocidade com que novos modelos chegam ao mercado. Afegã, usando burca que lhe cobre o corpo todo, revira o lixo em Jalalabad, atrás do que possa ser aproveitado. Miséria é miséria em qualquer canto. Modelo jordaniana mostra, em feira sobre indumentária para o casamento realizada em Amman, colar de ouro. O evento reuniu cerca de 50 expositores do mundo árabe, que apresentaram suas peças para um público seleto. Crianças se esquentam ao redor do fogo em Mohammadpur, Bangladesh. No inverno, as ondas de frio matam dezenas de pessoas por semana. Broche em forma de tarântula, uma das peças da exposição "Pérolas, Opulência e Obsessão“, realizada em Sidney. Uma rara pérola é o abdome da aranha, cujo tórax é formado de safiras douradas, o olho é de rubi, e as pernas são de ouro incrustado de diamantes. Preço, sob consulta. Criação de um estilista anônimo. Baixa costura africana; em que mundo eles vivem? Criação do estilista francês Jean-Paul Gaultier. Alta costura européia; em que mundo eles vivem? Imigrante ilegal africano rasteja exausto ao chegar a uma praia européia. Ele e outros 38 africanos realizaram a penosa jornada desde a África num barco improvisado. Todos foram mandados de volta. Não foi desta vez, tente novamente... Ovo de Páscoa decorado com diamantes é exibido em La Maison du Chocolat, em Londres. Valor: 89 mil dólares. Enquanto isso, em uma tenda improvisada, uma jovem mãe prepara a refeição da família, e cuida, como pode, dos filhos pequenos. Banheira de ouro, exposta na Feira dos Milionários, em Xangai, China. A feira exibe peças exóticas, e tem como público alvo, como diz o nome, os novos milionários do país. (ao fundo, a pia e o vaso, também de ouro) Também em Bombaim, dentre as centenas de pedintes que passam o dia a perambular pelas ruas, mãe e filho são molhados pela chuva fina. Infelizmente, nestes tempos de globalização, da farta mesa dos contemplados caem cada vez menos migalhas para os excluídos... Carro Rolls-Royce em exposição na cidade indiana de Bombaim; a empresa voltou a ter concessionária no país depois de 50 anos. São os bons ventos da globalização, produzindo, a exemplo da China, novos milionários também na Índia. Milhares de crianças que sofrem de desnutrição aguardam numa fila organizada por entidade de ajuda humanitária. É a dura realidade dos refugiados africanos, obrigados a abandonar seus lares devido às sangrentas guerras civis que assolam a África, transformando nações em campos de batalha. As crianças são sempre as primeiras vítimas. Milhares de jovens ávidos consumidores formam filas nos Estados Unidos, na esperança de estarem entre os primeiros americanos a comprar o novo jogo eletrônico da Sony, o PlayStation 3 (PS3). Dezenas de milhões de dólares gastos em marketing provocaram um frenesi similar também no Japão e na Europa. Agüentem firmes, ó crianças do campo de refugiados de Thuri Park, na Caxemira! Afinal, o frio castiga e a fome assola, e sem a sopa que vos espera não conseguireis enfrentar as duras realidades que vos traz cada novo dia... Agüentem fortes, ó jovens norteamericanos enfileirados na região central de Manhattan, em Nova Iorque! Afinal, o PS3, além de executar jogos, tem conexão à internet e permite o download de vídeo e música e ainda exibe filmes em seu drive de DVD de alta definição no padrão de última geração Blu-ray. Criança somali tenta sobreviver em acampamento para refugiados no Quênia. Quanto tempo ainda levará para que a humanidade perceba que deste jeito não dá para continuar...? Angie e Peter Plashkow. O jovem casal resolveu acampar em frente à loja Best Buy, de modo a garantir seu aparelho PlayStation 3. Nada como um ideal na vida para fazer com que o ser humano deixe a segurança e o conforto de seu lar, e resolva encarar novos desafios. Como não poderia ser diferente, prepararam-se para os duros dias pela frente com amplo estoque de hambúrgueres, refrigerantes e salgadinhos... E este garotinho da Libéria foi o primeiro da sua fila de mingau; mas não chegou a comemorar, pois os demais cederam-lhe o lugar, por sua desnutrição aparentar ser a mais severa do grupo (ninguém gostaria de vê-lo sucumbir na fila)... E eis o radiante vencedor, Angel Paredes, que comemora a compra de seu PlayStation 3, o primeiro a ser vendido em Nova Iorque. Howard Stringer (à dir.), presidente da Sony Corporation of America, e Kaz Hirai, presidente da Sony Computer Entertainment of America, comemoram os milhões de dólares que faturarão. Angel Paredes, especialista do mercado de ações, de 31 anos de idade, exibe com orgulho seu troféu. E como não poderia ser diferente, virou uma celebridade instantânea. Ganhou os jornais, foi entrevistado em talk-shows, e em seu discurso de vitorioso disse que, nos quatro dias que passou na fila, enfrentou, entre outras dificuldades, um temporal, e que experimentou na própria pele o desconforto, mas que valeu a pena, pois chegar em casa, tomar um rápido banho e começar logo a jogar o PS3 não tem preço... Triste herói dos nossos tempos... E por falar em tristes heróis do nosso tempo, não há como não lembrar a infeliz saudação tantas vezes usada por Pedro Bial ao se dirigir aos participantes do programa Big Brother Brasil: “E agora vamos falar com os nossos heróis...” Se alguém se encontrar com ele, pergunte-lhe, por favor, qual a definição de herói no seu dicionário... Ou talvez não seja necessário perguntar, afinal Pedro Bial parece ser um cara ponderado, e deve ter uma definição sábia do que vem a ser um herói. O mais provável é que as suas infelizes falas sejam escritas pelos diretores do programa, ávidos por aumentar a audiência, ou pelos patrocinadores, sedentos por aumentar as suas vendas. É o lucro que tudo orienta. É o dinheiro infelizmente falando cada vez mais alto... Uma breve pausa será feita nesta apresentação para mostrar, principalmente para os leitores adolescentes e mais jovens, alguns exemplos dos verdadeiros heróis dos nossos tempos... Herói é a Dra. Vanessa Remy-Piccolo, jovem pediatra francesa de 28 anos de idade. Ela que abriu mão do seu conforto para servir na África, como voluntária do programa Médicos sem Fronteiras. Ela que nos relata que cansou de atender crianças que com um ano de idade pesavam em torno de 3,6 kg, que corresponde ao peso de um recém-nascido. Ela que nos relata que viu tantas pequenas crianças morrerem nos seus braços. Ela que nos relata, também, que contribuiu com sua parcela de esforços para que tantas outras pequenas vidas fossem salvas. Herói é a jovem médica que relata que muitas mães chegam até ela desesperadas, dizendo que levaram os alimentos doados para casa, mas que seus pequenos filhos, de tanto esperar, parece que desaprenderam a se alimentar e se recusam a abrir a boca. Parece até que a alma cansada sussurra ao pequenino corpo exausto, ‘Já que te negaram uma existência digna, não mais abra tua boca, e suporte ao menos com dignidade o teu iminente fim...’. Herói é a jovem pediatra, que, com a sua demonstração viva de amor, pacientemente convence aquela alma sofrida de que, apesar de tudo, é preciso retomar a esperança e se alimentar. Herói é Martial Ledecq, cirurgião voluntário do Médicos sem Fronteiras, que, arriscando a própria vida, atende, em meio a bombardeios, os civis feridos num Hospital de Tebnine, sul do Líbano, vítimas de uma recente guerra que de tão nefasta não poupou nem os observadores da ONU, e nem mesmo as equipes de ajuda humanitária internacional. Herói, meu amigo Pedro Bial, é quem, nestes dias desleais em que vivemos, enxerga o sofrimento alheio, e se prontifica a amenizá-lo no que estiver ao seu alcance. Atendimento em clínica móvel, Muzafarabad, Paquistão. Herói, meu caro Pedro Bial, não são as celebridades instantâneas e descartáveis, e sim aqueles que abrem mão dos confortos pessoais em prol do coletivo, aqueles plenos de uma vida na qual a paixão sobrepuja a omissão... Campanha de vacinação para prevenção de meningite, em Gonder, Etiópia. Herói é aquele que é solidário, que partilha dons e bens... Voluntária do MSF, trabalhando por um mundo melhor, na Indonésia. E se os exemplos até aqui expostos estão muito distantes da tua realidade, amigo Bial, procure se informar acerca do projeto Meio-fio, promovido pelo Médicos sem Fronteiras aí mesmo na tua cidade, na cidade-maravilhosa... Deste projeto participam heróis que falam a nossa língua... Heróis como Jacinta, enfermeira do projeto Meio-fio, que examina mãe e filho, moradores de rua. Heróis como a médica Renata, que visita aqueles que nem aos precários serviços de saúde pública têm acesso, como este morador de rua, no Largo da Carioca, centro do Rio de Janeiro. Heróis como o educador Altayr, que partilha seus conhecimentos com uma moradora de rua no centro do Rio de Janeiro. Heróis como a psicóloga Andréa, que, a exemplo da pediatra francesa, semeia, mais do que saúde, esperança, por onde passa. Heróis como a enfermeira Eriedna, que aqui atende o Sr. Nilton no núcleo de atendimento do Médicos sem Fronteiras. Heróis como Sr. Nilton, que com o apoio recebido conseguiu encontrar um trabalho, e hoje não mais mora nas ruas. Heróis como Sr. João, um dos moradores de rua atendidos pelo projeto Meio-fio, que relata: "De manhã eu começo a circular igual a um peru doido. Eu só paro na hora do almoço e depois, à noite, pra dormir. Mas catar latinha não é fácil não. Hoje em dia tem uma concorrência muito grande pelas ruas". Heróis silenciosos dos nossos tempos são os excluídos, que vivem a circular ‘igual a um peru doido’, esquecidos por todos, ignorados por todos. Aqueles que acordam cedo pela manhã preocupados com a grande concorrência que irão enfrentar, pois muitos são os catadores, e poucas as latas. Aqueles que, tarde da noite, vasculham os lixos, e atravessam a rua mancando de tanto amassar latinha, uma centena talvez, se tiver sido um dia de grande fartura... Heróis são os que teimam em continuar vivendo, mesmo diante do atual cenário de descaso e abandono. Qual a esperança que eles alimentam? Participar do Big Brother que não é, tendo em vista que este ano até o direito de participar do sorteio lhes foi negado... Foi provavelmente exigência dos patrocinadores, que não querem ver seus produtos e a imagem de sua marca associados a gente desarrumada e humilde... Imaginemos o seguinte diálogo hipotético entre Pedro Bial e o Sr. João: ‘E você João, tirou a sorte grande, hein, comprou a cartela e foi sorteado para participar do BBB 7! Considere-se um vitorioso, meu amigo, pois você está na casa mais vigiada do Brasil!’ ‘Pois é Bial, não foi uma decisão fácil, tive que sacrificar as três refeições do dia para comprar uma única cartela, mas valeu a pena, o destino finalmente se lembrou de mim, sabia que um dia ele enxergaria o meu calcanhar calejado...’ Será que o Sr. João resistiria à tentação de catar as latinhas e garrafas de bebida vazias, com as quais a produção do BBB tenta a todo custo embriagar os participantes do programa nas festas que promove? (que belo exemplo são as festas do BBB para os nossos jovens, “Bebam para serem felizes, para promoverem farras sexuais”. Obrigado Rede Globo.) Sr. João provavelmente juntaria as latas sim, escondidas num canto da casa, para quando a fama instantânea passar... Será que o Sr. João agüentaria tanta futilidade presente no programa, ou será que pediria para sair...? A triste realidade que impera seria cômica, se não fosse trágica. Não podemos prever por quanto tempo ainda subsistirá, mas podemos sim contribuir com o nosso pouco para tentar mudá-la. Devemos permanecer constantemente alertas quanto ao uso que fazemos do nosso tempo, e dos bens com que fomos agraciados nesta nossa breve vida terrena. Como uso o meu tempo? Como utilizo os bens que me foram concedidos – sejam materiais, sejam dons e talentos? As distrações, infelizmente, são muitas. A Rede Globo já comprou os direitos de transmissão do BBB até o ano 2011. E 2011 está aí, batendo à nossa porta. O tempo escoa rapidamente... Quando um dos mais importantes jornalistas do país, responsável por memoráveis reportagens, como a cobertura da queda do muro de Berlim, em 1989 -, vibra e discute os namoricos, as intrigas e as futilidades do programa BBB como se fossem o assunto mais importante da atualidade, e tenta nos convencer a assinarmos o BBB per-pay-view 24 horas, a fim de gastarmos nosso precioso tempo assistindo ao programa durante todo o dia e toda a noite, é sinal de que algo está grave e lamentavelmente errado... Compartilhe esta mensagem, em especial, com jornalistas e profissionais da área de comunicação (editores, redatores, diretores televisivos, apresentadores...). São eles os formadores de opinião dos nossos dias, e detém a capacidade de influenciar pessoas e vidas - para melhor, ou pior. O Brasil será melhor se todos assumirem suas responsabilidades. O mundo será melhor se todos assumirmos as nossas responsabilidades. Para mudar o triste panorama que atualmente impera, é preciso acreditar que um outro mundo é possível. E pequenos gestos poderão produzir mudanças significativas. Um ato simples, que certamente poderá resultar em benefícios concretos, será o de iniciar uma campanha de conscientização para que ninguém mais atenda aos apelos melodramáticos de Pedro Bial, e que, ao invés de efetuar ligações para o programa Big Brother, contribua para entidades que atuam em prol de causas sociais. De tijolo em tijolo, podemos construir escolas e hospitais. De centavo em centavo podemos manter viva uma esperança, ou salvaguardar um destino. Não nos deixemos enganar pela aparente pequena quantia. De grão em grão, formam-se as dunas. E de gota em gota, os rios. A cada paredão, com milhões de ligações para o programa, os centavos e centavos pagos formam rios de dinheiro, e engordam ainda mais as já milionárias fortunas dos donos, diretores e apresentadores televisivos... Os contratos com patrocinadores e as inserções publicitárias já rendem somas astronômicas à emissora, porém, nestes dias de globalização, - de capitalismo levado ao extremo -, quem tem quer ter mais, quem tem muito acha que nunca tem o suficiente, e quem nada tem é esquecido, ignorado... Se você tem algum amigo, familiar ou conhecido que liga para o programa, aconselhe-o, ao invés, a doar a quantia para algum programa humanitário. E não faltam entidades sérias que contam com o nosso apoio para prosseguir com suas nobres atividades. Eis alguns exemplos: Casa Vida - "Elas vieram à vida... para viver" é a frase que rege a instituição, que oferece, em São Paulo, cuidados de saúde e educação, afeto e atenção a crianças órfãs ou abandonadas, portadoras do vírus HIV. www.casavida.org.br Se Essa Rua Fosse Minha - Criado há 15 anos por Herbert de Souza (Betinho) e quatro organizações nãogovernamentais, o projeto busca fornecer a crianças e jovens em situação de rua, por meio de uma abordagem que incorpora arte e educação, subsídios para que eles encontrem outras estratégias de sobrevivência. www.seessaruafosseminha.org.br Médicos Sem Fronteiras - Há 30 anos salvando vidas, a organização faz-se presente nos 5 continentes, nas regiões mais remotas. O fato de contar com recursos provenientes de doações e contribuições privadas possibilita, em situações de crise humanitária, uma atuação com agilidade e independência. Em 1999, o recebimento do Prêmio Nobel da Paz consagrou internacionalmente o trabalho da organização. www.msf.org.br Rede Rio Criança - Formada por 17 organizações nãogovernamentais que realizam ações coordenadas, buscando otimizar o atendimento às crianças e adolescentes em situação de rua na cidade do Rio de Janeiro. www.rederiocrianca.org.br Revista Ocas - Publicação que aborda cultura, política e temas sociais, com dinamismo e um belo projeto gráfico, e que atua como um instrumento de reintegração, ampliando as alternativas de inserção social da população em situação de rua. Os vendedores e vendedoras da revista são moradores de rua, que também participam com sugestões de temas a serem abordados. Os responsáveis pela revista são todos voluntários, e a renda gerada com a venda é destinada integralmente aos sem-teto. A revista é vendida atualmente no Rio e em São Paulo (parcerias podem viabilizar a implementação em outros estados). Colabore com um trabalho que possibilita uma saída digna da rua. www.ocas.org.br Listagem de algumas outras entidades e projetos – www.unicef.org/brazil/lista_projetos06.htm Existem inúmeras outras nobres iniciativas como estas, e certamente existe alguma instituição de amparo aos necessitados atuando na tua cidade. Os recursos destas instituições provém, na sua maior parte, do apoio voluntário, - material e humano -, necessitando, portanto, de nosso auxílio e colaboração para que possam fazer diferença e recuperar o valor da vida dos tantos destituídos, excluídos da sociedade. A contribuição, mesmo que aparentemente pequena, quando oferecida na hora e no local oportunos, poderá fazer uma grande diferença, ou mesmo toda a diferença, salvando uma vida, resguardando um destino... Talvez já seja hora de destinarmos o nosso suado dinheiro a causas mais nobres...? Ao invés de ligar para o Big Brother Brasil, contribua com alguma instituição de ajuda ao próximo necessitado. Divulgue esta idéia por email, mas principalmente junto às pessoas mais humildes que não acessam o correio-eletrônico, e que infelizmente são as que mais efetuam ligações ao programa. Vamos deixar a cargo dos familiares dos participantes, que têm interesse particular no assunto, decidir se fulaninho ou fulaninha deve sair do programa. Mérito tem o amparo ao próximo necessitado, e nos ajuda a fortalecermos a nossa própria alma. Colabore com quem realmente precisa de você. Está na hora de começarmos a mudar os nossos paradigmas. Está na hora de começarmos a virar o jogo. Um outro mundo é possível. Um mundo melhor depende de cada um de nós. Um mundo onde é respeitado o direito básico à felicidade e a uma existência digna. Teremos coragem para aceitar este desafio? Coragem Cor, em latim, significa coração + agem, de agir Ação guiada pelo Coração Coragem significa arriscar o conhecido em nome do desconhecido, o familiar pelo não familiar, o que é confortável pela peregrinação desconfortável e árdua rumo a outro destino. Não é possível saber se você conseguirá fazer a travessia ou não. É um aposta, mas apenas os que apostam sabem o que é a vida. Quem são os teus heróis? Quem são as tuas heroínas? [email protected]