A RELAÇÃO MESTRE DISCÍPULO COMO FUNDAMENTO DA EDUCAÇÃO EM MOACIR GADOTTI Fabio Junior Cordova1 Resumo: Pretendemos com este trabalho estabelecer uma relação da atividade do mestre na prática educativa como também o processo de aprendizagem por parte do discípulo. Buscar-se-á discutir qual é o fundamento antropológico e como se processa essa relação. Desse modo, se questiona sobre a revelação do eu, da relação mestre-discípulo para que assim, possamos apresentar que a educação não é outra coisa, senão, uma tomada de consciência, por parte de cada indivíduo, da verdade que faz dele Homem. Palavras-chave: Relação. Mestre. Discípulo. Revelador do eu. Introdução É curioso observar que o termo mestre em vários idiomas é atribuído aos que se ocupam do primeiro ensino ou aqueles que dominam determinada arte. Mesmo nesses casos mestre é um termo que se admite cada vez menos. Dos muitos significados que pode assumir esse termo, há sempre um denominador comum ou uma característica essencial que o define como uma pessoa que exerce uma denominação ou que tem o poder de impor-se sobre os outros, poder este que não provém do exercício de uma função exterior, de uma posição hierárquica ou mesmo do produto de sua maestria, mas do seu próprio interior. Segundo Moacir Gadotti, “dentre as relações que caracterizam o homem, existem muitos graus que se definem. Em primeiro lugar, pela maior ou menor dependência entre cada um do elementos que se relacionam”(Gadotti, 1975, p.55). Por isso há um ponto comum nos extremos apontados que se encontra no testemunho que ambos, mestre escola ou grande sábio, dão de uma verdade pessoal que dominam, que descobriram em si mesmos, mas não se preocupa em ensiná-la, como o termo instrutor ou professor querem designar. Ser mestre, então, nada mais significa do que ter feito, em maior ou menor grau, a descoberta de si mesmo, ligada intimamente à outra. Nesta perspectiva todos os homens 1 Professor de Filosofia. E-mail: [email protected]. 2 estão a caminho da maestria, todos estão em permanente educação, cada um tem algumas coisas a dizer de totalmente original, que só ele pode dizer. Por esse testemunho ou do outro chega à confirmação da existência do eu. Por isso, o termo mestre é essencialmente relacional. O mestre não é uma realidade completa em si mesmo. Ele apela necessariamente para um outro termo; discípulo. Qual é o fundamento antropológico e como se processa essa relação entre os homens, é o tema da reflexão proposta nestas páginas. Não se trata de questionar sobre uma casta de privilegiada de sábios que perpetuam suas doutrinas através de um grupo de discípulo, mas de indagar sobre a influência permanente que uma geração exerce sobre a outra, através de seus mestres. Diariamente somos envolvidos nesta relação, de uma forma ou de outra, durante toda a nossa existência. Difícil, contudo será distinguir quando esta influência, essa dominação é verdadeiramente educadora, isto é, quando conduz para a descoberta de si. O ato educativo foge as medidas matemáticas e chama outros critérios de avaliação, cujos limites permanecem sempre imprecisos. O outro revelador do eu Uma filosofia que pretenda, de fato não delirar, deve acercar-se do fenômeno humano. Este fenômeno traz ao debate o outro, o encontro com outrem. Desde o nascimento até a morte a presença do outro está aí, revelando-me que existo. O outro pode se opor a mim ou simpatizar-se comigo, mas ele sempre está presente. O outro vem dar ao eu o acabamento necessário, embora parcial, à delimitação do meu ser, provocado pelo fato da encarnação. Reduzir o homem à sua ipseidade é condená-lo a uma existência menor, visto que este inacabamento não tem um sentido negativo e de restrição, mas um sentido positivo, de construção, de abertura de possibilidades. Assim, o inacabamento aparece como caminho comunitário, na qual ao meu lado se encontram numerosas outras existências nas quais esbarramos ao longo de toda a vida. Este fenômeno é particularmente revelado pela linguagem. Nos falamos porque não estamos sós. O próprio monólogo interior, manifesto que nos referimos a nós próprios como o outro, chamando nossa consciência à nossa consciência. Nesta forma primitiva e rudimentar, a linguagem atesta uma precessão do ser pessoal fora dele mesmo. 3 Tanto os estudos da psicologia da criança como as conclusões a que chega a etnologia confirmam ainda esta realidade fundamental. A realidade do outro, que a criança descobre ao longo de sua meninice, quando em concorrência com outras individualidades, esta mais ligada ao individualismo moderno, ocidental principalmente, do que às preocupações do homem primitivo. A oposição ao outro não representa qualquer papel decisivo na vida e mentalidade do homem primitivo. Pelo contrário, o conceito de implicação serve, para ele, para afirmar a vida e a verdade. Por outro lado, a existência do outro se afirma com a força de um fato. Inútil a tentativa do racionalismo em tentar prová-la. Nos pensadores contemporâneos encontramos um constante apelo ao outro em busca de uma significação para a realidade pessoal. O problema do outro aparece, igualmente, como tema central da filosofia buberiana. A atitude do homem perante o mundo é dupla de conformidade com a dualidade das palavrasprincípio que pronuncia uma destas palavras-princípio é o par dos vocábulos eu-tu. A outra palavra-princípio é, o par eu-isso na qual ele ou ela pode substituir. Não posso pronunciar nunca a palavra eu sem pronunciar, também, a palavra tu ou isso. O ser do homem, pensado em termos destas atitudes, é um ritmo sucessivo de presença e de ausência destas palavrasprincípio. O apelo constante do homem contemporâneo à existência do outro, busca dar à realidade pessoal à possibilidade de um acabamento, voltando-se para eles às vezes de uma forma angustiante, como um recurso imprescindível à realidade humana. Quando desaparece o outro, há um correspondente deferimento de si. O outro leva cada um além de seus próprios limites, onde cada um procura referências e pontos de apoio. O eu e outro se transformam em dois pólos de atração e de repulsão. O que permite que os elementos do meio ambiente se salientam é a ruptura da indiferença em relação ao eu, o que invariavelmente provoca a simpatia ou intipatia. Estas reações não são de modo algum contraditórias, mas complementares. O ser humano situa-se entre as duas pretensões extremas. Ambas concorrem para dar a vida humana sua real densidade e peso. Isto, por outro lado, faz outorgar ao próximo, ao outro, apenas uma confiança lúcida e limitada. Dar ao outro um amor exclusivo é estar condenado à decepção, pois também o outro é marcado pela finitude. A vida em relação é, pois, uma marcha em que o homem se sente continuamente acuado por estas duas posições opostas, mas 4 complementares; equilíbrio e ruptura de equilíbrio e busca de novo equilíbrio. Só assim se consegue viver com intensidade. A relação mestre-discípulo Se a educação não se limita ao âmbito da relação professor-aluno, pai-filho, à relação, mestre-discípulo, que se torna educadora, é uma relação cujo sentido ultrapassam as fronteiras da escola e do lar. Educador tornou-se hoje uma palavra cujo sentido está ligado a uma classe de pessoas que trabalham como profissionais. Aqui, o mestre não é necessariamente um profissional da educação. É verdade que à relação mestre-discípulo realiza-se numa certa paisagem, onde podem existir normas e instituições, mas, quando estas normas e instituições forem predominantes, ficar-se-á apenas na área do ensino, quando muito, não se operando a relação de maestria, propriamente educadora. O mestre não é, necessariamente, um superior hierárquico. Muitas vezes o inferior pode tornar-se mestre de seu superior, enquanto é exemplo de êxito em sua afirmação. Um Gandhi, um Sócrates, atestam esta verdade fundamental: existe, na verdade, uma hierarquia em nada semelhante à hierarquia baseada no sangue ou na riqueza, no poder, na tradição ou na competência (Gadotti, 1975, p. 59). O essencial testemunho de um mestre, não diz respeito a um saber, ou a um saberfazer. O mestre é, porque a sua vida tem um sentido, ensina a possibilidade de existir. À “elação mestre-discípulo é, pois, uma relação de dependência revestida de um caráter específico e particular. Nesta relação à dependência é dupla, porque é cada um dos elementos que fornece a identidade do outro” (Gadotti, 1975, p.59). O mestre é mestre graças ao discípulo. É o apelo do discípulo que faz com que o mestre seja capaz de enfrentar uma nova incumbência, ser mediador, ser suscitador do eu. O mestre assume, então, um caráter quase sacramental, na medida em que ele com sua presença significa e produz no discípulo uma tensão para a verdade pessoal. Mesmo no ensino de massa, e por mais confusa que sejam as relações estabelecidas numa classe numerosa, a verdadeira pedagogia, é um caso individual, processa de pessoa a pessoa. Muitas vezes não é a palavra calculada, ou bem preparada a que toca e influência o discípulo. Palavra “às vezes não 5 muito pretensiosa são as que conseguem o fruto de um amadurecimento, de um despertar, no discípulo. Isto acontece porque o outro é sempre um mistério” (Gadotti, 1975, p. 61), e não é porque a palavra é proferida da melhor forma e de acordo com as melhores técnicas que produzirá fruto. Gadotti diz que a pedagogia geral que desconhece esta realidade caracteriza-se por uma confiança ilimitada na eficácia da palavra: ensinar se reduz a apresentar um conjunto de noções da maneira a mais clara e inteligível possível. O aluno acaba assistindo à aula com personalidade ausente. Professor e aluno enfrentam-se sem se dizerem nada uns aos outros, além do estritamente necessário. E o resultado será que a personalidade do bom aluno e do bom professor consiste em não ter personalidade (Gadotti, 1975, p.60). E “na prova de resolver o problema do ensino, por meios reformistas ou por meios revolucionárias muitas experiências têm sido tentadas, principalmente em nível universitário” (Gadotti, 1975, p.61). Mas afirmar que a, relação mestre-discípulo é uma relação de pessoa a pessoa, não significa, por si só, que esta seja uma formula mágica que resolvesse todos os problemas. Ela também não esta isenta de perigos. Por parte do mestre há o perigo do imperialismo, isto é, a confusão entre mestre verdadeiro e chefe que conduz suas tropas para o combate (Gadotti, 1975, p. 63). Também por parte do discípulo, o perigo encontra-se na oscilação entre a admiração servil e o medo de ver sua própria originalidade sufocado, preso entre a fidelidade e a revolta obrigado, a procurar um caminho difícil onde a revolta não sufoca a fidelidade e onde a fidelidade não impeça salutares libertações. Por isso, o ponto de partida para um relacionamento autêntico entre mestre e discípulo, para que esta relação se torne verdadeiramente educadora, deve ser o diálogo (Gadotti, 1975, p. 64). O diálogo tem uma particular eficácia e peculiaridade. Sua eficácia está ligada à sua própria estrutura e natureza. É a palavra que penetra através da personalidade para se poder ler o outro por dentro. O verdadeiro diálogo supõe, contudo a expressão sem reserva, isto é, a perfeita transparência das duas consciências que entram em relação. Nisto consiste toda a 6 eficácia e igualmente toda a dificuldade da vida em diálogo, que é ao mesmo tempo uma ascese e uma luta constante contra a aparência. Mas é desta maneira que o outro exerce em relação ao parceiro uma orientação da consciência e a voz que dialoga torna-se educadora. Em conseqüência o fundamento de uma pedagogia verdadeira deve ser deslocado da esfera técnica para a esfera do diálogo, no qual duas personalidades se defrontam, apesar das instituições ou por meios delas, apesar do ensino ou por meio dele. Para além do diálogo puramente técnico, ou como técnica de atrair o outro para a própria esfera de influência, existe o diálogo aberto e imbuído de uma personalidade igualmente ampla e comum aos dois participantes: a verdade. A relação entre mestre e discípulo só se torna realmente diálogo quando existir esta invocação de verdade (Gadotti, 1975, p.65-66). Desse modo, a importância do diálogo se configura, pois, fundamentalmente na própria comunidade humana que é um diálogo sucessivo de existências. Assim, o diálogo será um enfrentar-se de personalidades e não de intelectos, que se unem sob uma invocação de uma vontade comum de verdade. Em concreto, porém, o mestre normalmente é entendido como o professor numa classe de aula. Aí sem dúvida os alunos esperam do professor o ensino e a orientação da aprendizagem. Todavia, mesmo neste caso, o professor ensina, além de um saber ou de uma técnica, a verdade humana, mesmo que a não ensine. Está é a diferença: “entre o professor e o mestre: o primeiro é um profissional que ensina certos princípios, bem determinados, cumpre honestamente sua tarefa. O segundo, renuncia ao ensino de uma doutrina porque nenhuma doutrina é vida” (Gadotti, 1975, p.69). O mestre é, sobretudo um inventário de possibilidades humanas. Ele encoraja e desencoraja, com sua presença. Ele revela a cada um a sua condição, não por palavras bem torneadas, mas por palavras ocultas e sem certezas apodíticas. Ele testemunha e este testemunho é uma lição que dá certeza de uma existência. Ele não será, então, um mero repetidor de verdades já feitas. Ele abre uma perspectiva sobre a verdade, porque a verdade é, sobretudo um caminho para ela. 7 A condição de discípulo inclui a certeza de que o mestre é apenas um intercessor. Ele é mediador e não finalidade. A finalidade é a verdade. Por isso o verdadeiro discípulo procurará a verdade como o seu mestre a procurou, mas com os próprios meios. Nisso consiste a verdadeira fidelidade ao mestre. Cada um é verdadeiro e revela sua própria verdade ao outro, apenas na relação, ou seja, ambos são uma verdade em reciprocidade. Os limites aqui se tornam inevitavelmente imprecisos, tanto os mestres, como o discípulo, nunca deixarão de ser discípulo. Ninguém educa ninguém, mas ambos se educam em comum. Eles se descobrem realmente na sua relação de diálogo em que o que se põe em questão é a própria verdade. Em última análise, poder-se ia dizer que se trata sempre da verdade, ou seja, que a verdade humana é uma verdade em diálogo. No diálogo dois homens tentam pôr-se de acordo um pelo outro. Há, porém, uma verdade mais ampla a que esta referência mútua deve conduzir, uma verdade ontológica em função da qual ambos se devem pautar. Está verdade, universal, absoluta, permanece no homem como um desejo do impossível, que nunca se realiza. A verdade humana é sempre uma verdade provisória, precária. A verdade acabada (absoluta) permanece como um horizonte, que recua na medida em que avançamos em sua direção. A referência à verdade estabelece entre mestre e discípulo uma relação de reciprocidade e ao mesmo tempo de dependência. Mestre e discípulo se encontram no mesmo caminho para a verdade. Existe, todavia uma distância entre eles: o mestre é aquele que possui um grau de ascendência, como a palavra magister o indica. É desta relação com a verdade que nasce a autoridade do mestre e não simplesmente como uma conseqüência de exigências formais ou exteriores. Devido à sua ascendência hierárquica em relação à verdade, ele é autoridade para o discípulo. Reduzir “a relação, mestre-discípulo a uma relação na distância, baseada na superioridade do mestre, é trair a invocação que está na base desta relação” (Gadotti, 1975, p. 89). Segundo Gadotti, este dualismo criado muitas vezes fratário em torno do diálogo é responsável pelo fracasso da maioria das empresas educativas. Esta situação de distância é, aliás, incomparável com a própria noção de educação. Ambos, mestre e discípulo, estão subordinados à mesma exigência, pois nenhum dos dois ainda é chegado. Ambos, ainda estão a caminho, estão tensos para a verdade. Daí se estabelecer como que um parentesco, 8 uma fraternidade ou uma amizade. Moacir comenta que o “amor e amizade têm, pois, um valor educativo muito grande. Deles depende, muitas vezes, o êxito ou o fracasso escolar. Fundamentalmente, ensinar é uma vocação de amizade”(Gadotti, 1975, p.90). Considerações finais Quando a maioria das pedagogias experimental do nosso tempo tenta reduzir a esquemas estatísticos esta questão fundamental da educação, quando toda sorte de dinâmicas é colocada em ação para produzir o diálogo como se produz uma coisa, quando uma pedagogia geral, científica ou experimental, tenta dirigir-se para um aluno médio, único interlocutor válido do qual cada um é uma aproximação por excesso ou por faltas vale a pena refletir sobre a realidade pessoal, encarnada em cada aluno, em cada professor, cujo projeto, cujo encontro, de pequenos eventos cotidianos, foge a todas as medidas cientificas. Esta questão surge no momento em que parecem tomar conta de toda a informação e de toda transmissão cultural e se pergunta se a relação bipolar professor-aluno não é um arcaísmo, desde que estes meios podem, com muito maior eficiência, desempenhar seu papel. Em conseqüência, assistimos hoje não apenas a uma grande impessoalidade da sociedade, mas também á uma grande impessoalidade no ensino. Ele não se dirige a pessoas humanas, mas a entidades abstratas, frutos de abstração pedagógica. O contato não é mais do que o contado de um indivíduo qualquer, onde a presença humana foi banida. Este certamente é o maior impasse da educação atual. Volta hoje ao debate sobre o fim da educação e a verdadeira vocação do professor na nossa sociedade. Cada vez mais surgem novos meios e novas técnicas para transmitir, cada vez menos, idéias significativas. Hoje o aluno recebe desordenamento, uma incrível massa de informação e sugestões, fragmentadas pelos meios de comunicação. O mestre perdeu o poder de informar para meios muitos mais poderosos que ele contribui apenas com uma pequena parcela, porém, devido à impessoalidade da informação recebida por esses veículos. A presença do mestre se tornou-se, hoje, mais do que nunca, indispensável para dar um rosto humano à esta desordem 9 proveniente da divulgação cultural de uma civilização em estado de constante mudança (Gadotti, 1975, p.113). Nesta desordem provocada pela mídia, surge o mestre em sua função integrador. Não é só um transmissor da cultura, tarefa que a biblioteca de certa forma exerce, e que os novos recursos tecnológicos, bem ou mal, também podem realizar. O mestre é um estimulador e um mediador do estudante. Mais do que o conteúdo cabe-lhe ensinar um método, a exemplo de Sócrates. Podem mudar, portanto, os meios, mas a exigência que é feita ao mestre, e indiretamente ao professor, permanece a mesma. Exige-se que seja mais . sua vocação é a de revelador do essencial. Importa, antes de qualquer coisa, que ele já tenha feito a descoberta de si, que é essa revelação do essencial, para que possa dar testemunho dela para o discípulo. A educação não é outra coisa, senão, uma tomada de consciência, por parte de cada individuo, da verdade que faz dele um homem. A verdade que o mestre tenta despertar em cada um de seus discípulos, com autoridade, amor e amizade, é uma verdade particular que é, para cada um, o sentido da sua própria situação. Nenhum teste nenhuma medida será capaz de aferir a capacidade de verdade própria de cada um, que se descobre e conquista no encontro, no embate de pessoa a pessoa. E o próprio interessado continua a este respeito numa incerteza derradeira. Referências bibliográficas GADOTTI, Moacir. A educação contra a educação. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984. _____. Comunicação Docente. São Paulo: Edições Loyola, 1975. _____. Concepção dialética da educação. Um estudo introdutório. São Paulo: Cortez, 2000. CARMAGNANI, R.; DANIELI, S. J. M. Ser para o outro. São Paulo: Edições Loyola, 1993. FURTER, P. Educação e Vida. Petrópolis, RJ: Vozes, 1970. ____. Educação e Reflexão. 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