TRANSPORTE COLETIVO URBANO: RAMIFICAÇÃO ESPACIAL DA GRANDE CORPORAÇÃO Darlan de Souza Marquezola [email protected] Jorge Luiz Gomes Monteiro [email protected] Departamento de Geografia(DEGEO) Campus Universitário de Rondonópolis(CUR) Universidade Federal de Mato Grosso(UFMT) RESUMO A partir dos anos 1950-60 o fortalecimento de pequenos empresários que atuavam no transporte coletivo de passageiros passou a consolidar-se paulatinamente em função do desenvolvimento do país, permitindo que os mesmos passassem a compor grandes grupos integrados por várias empresas de ônibus. Assim procuramos aqui conhecer as principais e mais conhecidas corporações que atuam no serviço de transporte coletivo urbano de passageiros no Brasil e identificamos a distribuição das cidades médias em que o transporte coletivo urbano é ramificação de uma dessas corporações. Para tanto baseamo-nos nas cinco características da grande corporação conforme Corrêa (2001) e realizamos consultas via websites confiáveis das agências reguladoras do transporte de passageiros no país, e de revistas e blogs especializados acerca do transporte coletivo de passageiros. O Grupo Áurea, Grupo Guanabara, Grupo Ruas, Grupo Belarmino Marta e o Grupo JCA trataram-se das cinco grandes corporações do transporte coletivo urbano aqui analisadas e onze foram as cidades identificadas em que o transporte coletivo urbano é ramificação de uma dessas grandes corporações citadas. Verificamos que o domínio dessas grandes corporações está concentrado em regiões em que a grande maioria das cidades possuem um alto potencial de crescimento da área urbana, fator preponderante para que o uso do transporte coletivo urbano ganhe novas demandas. Em suma independentemente do tamanho da empresa do setor e da massa do urbano a grande corporação está presente na disputa pelo controle do transporte coletivo urbano, tanto nas cidades mais estruturadas do Sudeste, quanto nos rincões mais distantes das regiões menos desenvolvidas. Palavras - Chave: Transporte Coletivo Urbano, Grande Corporação, Ramificação ABSTRACT From the years 1950-60 the strengthening of small business owners who worked in the public transport of passengers began to consolidate itself gradually with the development of the country, allowing them to begin to compose integrated by several major bus companies groups. So here we seek to know the main and best-known corporations that operate in urban public passenger transport service in Brazil and identified the distribution of medium-sized cities in the urban transportation branch is one of those corporations. For this we rely on the five characteristics of the large corporation as Correa (2001 ) and perform queries via trustworthy websites of regulatory agencies of passenger transport in the country, and specialized magazines and blogs about the public transportation of passengers. The Golden Group , Guanabara Group , Streets Group , Belarmino Marta Group and JCA Group were treated the five major corporations in the urban transportation here analyzed and eleven cities were identified in which the urban public transport is branch of one of these large corporations cited. We verified that the domain of these large corporations is concentrated in regions where the vast majority of cities have a high potential for growth of the urban area, leading to the use of urban public transport get new demand factor. In short regardless of company size and the sector of the mass of the big city corporation is present in the race for control of urban public transport, both in the Southeast more structured cities, as in the farthest corners of the less developed regions. ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 1429 Palavras - Chave: Urban Public Transportation, Large Corporation, Branch Eixo Temático 9: Geografia Econômica 1 INTRODUÇÃO Quando nos referimos às corporações existentes no Brasil, fazemos logo referência a uma das suas principais características que Corrêa (2001) nomeia, as suas múltiplas localizações, ou seja, o fato de possuírem filiais ou ramificações em localizações diferentes do país. No Brasil o serviço de transporte de passageiros tem uma longa trajetória de atuação e formação a partir dos anos 1950-60 quando muitos pequenos empresários iniciam suas atividades neste serviço. Desde então o fortalecimento desses pequenos empresários passou a consolidar-se paulatinamente em função do desenvolvimento do país, permitindo assim que os mesmos passassem a compor grandes grupos integrados por várias empresas de ônibus. Por motivos de origem, tradição e necessidade do transporte de passageiros no espaço urbano nas cidades que, a partir dos anos 1970 passam a ter um crescimento exponencial, esses empresários por possuírem a competência mínima em atuar na área, iniciam também a sua atuação no serviço público do transporte coletivo urbano. Desta forma o serviço de transporte coletivo urbano em algumas cidades de porte médio passa a ser operado por empresas oriundas de corporações deste tipo de serviço, pois para as mesmas nasce aí uma nova oportunidade para ampliação dos negócios e atuação da corporação. Atualmente no Brasil são várias as cidades médias que já possuem como operadoras deste tipo de serviço público empresas pertencentes a essas corporações. A atuação múltipla dessas corporações em diversas cidades médias do Brasil é que interessa aos estudos geográficos. Podemos observar que fatores presentes no espaço geográfico e os de natureza política têm possibilitado essas ramificações, dos quais podemos elencar como: o crescimento acelerado de algumas cidades de porte médio e, devido à nova configuração que o poder público passa a propor para concessão do serviço público de transporte coletivo urbano, através das licitações, e não mais por autorizações como acontecia até meados dos anos 90, suscita por exigência do edital à participação de grupos de grande envergadura econômica. Baseando-se nas pré-constatações anteriores procuramos enfatizar questionamentos como Quais os interesses das grandes corporações do serviço de transporte coletivo urbano em ramificar-se em diversas empresas? Que fatores estão ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 1430 presentes no espaço geográfico que determinam essa ramificação por determinados lugares? e se há existência de alguma influência de natureza política nesse processo de escolha por lugares?, a fim de nortear essa investigação. 2 OBJETIVOS Como objetivos norteadores desta pesquisa procuramos conhecer as principais e mais conhecidas corporações que atuam no serviço de transporte coletivo urbano de passageiros no Brasil e identificamos a distribuição das cidades em que o transporte coletivo urbano é ramificação de uma dessas corporações; 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 3.1 Gênese do transporte coletivo no Brasil Barat (1978) comenta que após a Revolução Industrial a combinação entre os processos de industrialização e urbanização que ascenderam-se nessa época, tornou-se um dos fatores que provocaram uma progressiva segregação entre os locais de trabalho e os de residência da população trabalhadora, sendo esta uma das consequências da complexidade do processo produtivo em ascendência. Os novos resultados deste processo industrial passou a impor novos arranjos na organização espacial do solo urbano, o que provocou a expansão principalmente horizontal das cidades. Sendo assim a necessidade de deslocamentos longínquos da população trabalhadora tornou-se mais uma das necessidades das cidades, o que exigiu uma profunda mudança nos transportes urbanos, que segundo Barat (1978 p. 316) “evoluiu-se no sentido de atendimento da coletividade,” ou seja, atendendo as grandes massas. Já quando nos referimos à definição de transporte urbano de passageiros, Borges (2006) afirma que por uma definição operacional o mesmo “abrange o transporte público não individual, realizado em áreas urbanas, com características de deslocamento diário dos cidadãos.” No Brasil a história do transporte urbano de passageiros pode ter como marco inicial de sua expansão a política adotada pelos governos pós anos 1950. Uma delas diz respeito ao rodoviarismo. Diferentemente do ocorrido em outros países e em oposição à cultura ferroviária ainda vigente na primeira parte do século, a receita de desenvolvimento escolhida pelo Brasil consistiu na opção por um forte setor industrial ligado ao rodoviarismo (BRASILEIRO; HENRY; TURMA, 1999 p. 50). Barat (1978 p. 320) assinala três características que justificam a predominância do uso do ônibus no transporte coletivo urbano de passageiros na maioria das cidades brasileiras, são elas: a) grande flexibilidade para conexão de pontos de origem e destino ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 1431 dispersos no espaço urbano; b) custos de implantação relativamente baixos; e c) adaptabilidade de sua oferta a incrementos da demanda até limites de densidade e tráfego que exijam modalidade de atendimento de massa. 3.2 A regulamentação do setor “O transporte coletivo, atualmente, é um serviço público de interesse público, cuja prestação se dá, via de regra, através de delegação (concessão ou permissão), nas formas do art. 175, da Constituição Federal.” (GALO, 2004). Desta forma como menciona Galo (2004) “longe estamos de um serviço público adequado – conforme disposto no art. 6º, da lei 8987/95”. A tendência regulatória dos serviços de transporte coletivo urbano nas cidades brasileiras trata da organização dos serviços por áreas geográficas da cidade, que serão operadas por empresas ou pelos consórcios formados entre um conjunto de várias delas. Esta tem sido uma medida que tem diminuído problemas como a superposição de linhas e horários, a ineficiência das linhas e os conhecidos conflitos entre as empresas operadoras. Como exemplo de implantação de concessão dos serviços de transporte urbano de passageiros por meio de áreas geográficas ou mais comumente conhecidas como “bacias” podemos citar o exemplo de São Paulo-SP, Goiânia-GO, Brasília-DF, São José do Rio Preto-SP e Marília-SP. A estrutura de bacias pressupõe a formação de uma grande estrutura que demanda quase sempre na participação de grandes grupos econômicos, as denominadas corporações. Como exemplo de funcionamento do serviço de transporte coletivo urbano por meio das áreas geográficas, podemos citar o caso de São Paulo - SP, onde cada uma delas é operada por um Consórcio formado por um conjunto de empresas e por uma Cooperativa constituída também por uma parcela de empresas (SPTrans, 2013). Um fato peculiar da operação do sistema é que a área 2 - azul escuro: Zona Norte é operado pelo Consórcio Sambaíba composto por apenas uma empresa: a Sambaíba, que é propriedade do Grupo Belarmino Marta que também trata-se de uma das grandes corporações do transporte coletivo urbano aqui estudadas. 3.3 Por uma geografia das corporações “A grande corporação e a nova divisão internacional do trabalho derivam de um processo interno ao capitalismo. Resultam de um lado, do conflito entre capital e trabalho e, de outro, da competição entre diferentes capitalistas” (CORRÊA, 2001). ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 1432 Corrêa (2001) apresenta cinco características básicas das corporações, estando essas além de interligadas, vinculadas juntamente do processo de acumulação. A primeira delas trata-se da ampla escala de operações; a segunda se baseia na natureza multifuncional que uma corporação apresenta; a terceira dessas características é a que trata da segmentação da corporação; a quarta, marca as características de uma corporação e as suas múltiplas funções e, na quinta característica, o autor faz referência ao enorme poder de pressão econômica e política que a grande corporação detém. Sendo assim no que diz respeito às grandes corporações do transporte coletivo urbano de passageiros podemos dizer que as mesmas são beneficiadas pelo Estado em função do fácil acesso aos financiamentos, seja para a sua equipamentação ou, mesmo devido ao seu acúmulo de capital para o investir em outros ramos de negócios. Segundo Santos (2001, p. 110) ao tratar de um dos efeitos da atuação de grandes grupos empresariais às suas concorrentes, diz ser o mercado da época de 1985 unificado e que “amplia-se, sob o comando de firmas cada vez mais poderosas, que eliminam as empresas concorrentes.” Por outro lado Florestan Fernandes (1973, p. 18) apud Santos (2001, p. 112) revela ser o final da década de 1980 um período de dominação externa no que diz respeito à expansão das grandes empresas corporativas nos países latinos por meio de um novo estilo de “organização de produção e marketing, com novos padrões de planejamento, propaganda de massa, concorrência e controle interno das economias dependentes pelos interesses externos.” Quando nos referimos à ação política exercida pelas grandes corporações do transporte urbano de passageiros, nos deparamos com um cenário muito típico que diz respeito às prioridades nos processos de licitação dos serviços de transporte urbano de passageiros, sejam elas por meios corruptivos do poder público ou pelo financiamento das campanhas políticas. Santos (2001) ao comentar sobre o assunto revela que “elas representam o capitalismo corporativo ou monopolista, e se apoderam das posições de liderança ocupadas anteriormente pelas empresas nativas e por seus “policy-makers””. 3.4 As “cidades médias” no cenário brasileiro Conforme explicita Costa (2002) apud Gomes (2013, p. 3), “o conceito de “cidades médias” surge na França no final da década de 1960, devido à necessidade de desaglomeração de população e equilíbrio econômico após a Segunda Guerra Mundial.” Ao fazer uma comparação entre cidades médias e cidades pequenas Maia (2010) relata que a cidade média seria aquela que está entre a cidade pequena e a cidade grande, ou seja, aquela com dimensão intermediária entre as duas primeiras. Ainda conforme o ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 1433 mesmo autor, definindo o conceito de cidade média “na classe de cidades pequenas inserem-se aquelas que possuem até 20 mil habitantes; acima deste montante são classificadas como cidades médias e aquelas com mais de 500 mil habitantes são consideradas cidades grandes.” Ao trabalhar sobre o papel das cidades médias na primeira década do século XXI na rede urbana brasileira, Santos (2010) relata “que está em curso uma tendência de urbanização com grande volume da população em um número reduzido de cidades” atrelado principalmente como propõe o autor “em um contexto de perda de centralidade da indústria”. Ainda assim “nesse processo, afirmam-se as metrópoles, mas aumenta a relevância de um grupo de cidades de médio porte na rede urbana, algumas das quais se tornaram centros regionais e articuladores do território.”(SANTOS, 2010, p. 103). Com o advento do deslocamento das indústrias para as cidades médias frente às possibilidades que nessas cidades encontram, há a tendência do aumento dos deslocamentos da população trabalhadora rumo a essas indústrias, ou seja ao seus distritos industriais, onde grande maioria delas tende a se instalar. Tal fato pode ser considerado como potencializador do uso do transporte coletivo urbano dessas cidades médias, uma vez que também, na maioria das vezes esses distritos industriais ocupam áreas afastados da malha urbana desse tipo de cidades. A partir daí a atuação das grandes corporações do transporte coletivo de passageiros encontram mais um atributo para a ramificação de sua atuação através também dos serviços de fretamento. 4 METODOLOGIA A realização da pesquisa esteve fundamentada teoricamente na análise das grandes corporações no espaço conforme interpretação de Corrêa (2001), onde são estabelecidas algumas características desses grandes grupos econômicos: a ampla escala de operações, a natureza multifuncional, a segmentação da corporação, as suas múltiplas localizações e o enorme poder de pressão econômica e política que possui. Para complementar e historicizar informações sobre o transporte coletivo urbano utilizou-se de fontes bibliográficas acerca de temas como o transporte coletivo urbano e toda a sua dinâmica em obras de referência sobre o assunto, principalmente de Barat (1978) e Brasileiro; Henry e TURMA (1999). Para conhecermos as grandes corporações do ramo do transporte coletivo urbano de passageiros no Brasil procurou-se, num primeiro momento, pesquisa via internet em sites confiáveis das agências reguladoras do transporte no país, e de revistas também ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 1434 especializadas no ramo do transporte de passageiros e blogs especializados acerca do assunto. Para essa etapa da pesquisa selecionamos apenas cinco das grandes corporações, baseando-se primeiramente em um encarte especial da Revista ABRATI de 2003 e num segundo momento numa reportagem do site da revista Veja de 1998 intitulada “Os barões do Transporte”, afim de ter um universo de estudo bem mais limitado. No que diz respeito ao segundo objetivo específico que tratou da identificação da distribuição das cidades em que o transporte coletivo urbano é ramificação de uma dessas corporações, foi selecionada apenas uma das cinco corporações, ou seja, a maior e mais conhecida delas. Em seguida baseando-se em informações principalmente de reportagens de portais de jornais e blogs na internet buscamos informações acerca de tal corporação, com a respectiva mancha de atuação espacial. Assim identificando essas cidades foco. Para confirmação de tais informações foi realizada uma consulta através do site dos órgãos ou empresas que gerenciam e operam o transporte coletivo urbano em tais cidades. 5 RESULTADOS 5.1 As corporações do transporte urbano no Brasil Acerca do domínio de grandes corporações do transporte coletivo urbano de passageiros a Professora Marilena Chauí, em uma entrevista concedida em junho de 2013 à Rede Brasil Atual, comenta sobre o domínio do oligopolismo do transporte coletivo urbano na capital paulista: “No nível municipal o transporte público está na mão de um oligopólio, são duas grandes empresas que têm praticamente um oligopólio, são verdadeiras máfias, chegaram a assassinar sindicalistas, os ônibus estão velhos, a frota defasada e as linhas são absurdas, são linhas longas, porque são elas que dão lucro.” (CHAUÍ, 2013ENTREVISTA). Iniciamos o esboço do perfil dessas grandes corporações pelo denominado Grupo Áurea que teve como primogênita do conglomerado a União Transportes que foi fundada nos anos 50 no estado de Minas Gerais. Com o passar dos anos o grupo se consolidou até a década de 80 como um conglomerado de empresas de transporte rodoviário e, já na década de 90 era um dos maiores transportadores de passageiros da capital paulista. Atualmente o grupo também opera no ramo de concessão de rodovias através da BRVias juntamente da Splice e da Construtora Walter Torre Jr. Além disso como não podemos deixar de mencionar o grupo também é proprietário da segunda maior companhia ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 1435 aérea do país, a Gol Linhas Aéreas que em 2001 foi fundada do zero por um dos filhos do patriarca da família: Joaquim Constantino de Oliveira. Como marco inicial do Grupo Guanabara pode-se assinalar conforme reportagem do encarte da Revista ABRATI de 2003, a lotação de 12 lugares com que, em meados da década de 50, o paraense Jacob Barata fazia a linha Madureira-Irajá, na cidade do Rio de Janeiro. Na época na estrutura do transporte de passageiros da cidade havia lugar para a figura do transportador autônomo – o chamado lotação. As empresas do grupo estão distribuídas pelos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Pará, Paraíba e Piauí oferecendo emprego a mais de 22.000 funcionários. Atualmente são meninas dos olhos do grupo as empresas de transporte rodoviário de passageiros Expresso Guanabara, Viação UTIL, Única e Fácil (ABRATI, 2003).e mais recentemente, em pesquisas prévias que realizamos, o grupo adquiriu também empresas de transporte de passageiros do Vale do Paraíba como a Viação Sampaio. José Ruas Vaz é conhecido também pelo raro faro que possui para os bons negócios, pois hoje além se ser conhecido, segundo reportagem da Revista Isto é Dinheiro, como “o papa das catracas”, ele é o maior empresário do setor de ônibus de São Paulo - SP, proprietário do Grupo Ruas, gigante que emprega 30 mil funcionários e opera nada menos que 6,8 mil ônibus na capital paulistana (90 milhões de passageiros por mês), equivalente a 53% do total da frota da cidade. Em 2001 deu a tacada que precisava para consolidar-se como grande empresário do ramo, comprando a tradicional encarroçadora de ônibus: a Caio, da qual faziam e fazem grande parte dos ônibus da frota de suas empresas. Outra característica do empresário é a sua atenção quanto às novidades de mercado, apesar de ser uma pessoa de hábitos bem simples, é um empresário arrojado e moderno, fator que o diferencia de muitos empresários do setor na cidade de São Paulo - SP. Na mesma reportagem citada anteriormente o mesmo fez uso das seguintes palavras em relação a tal fato "Enquanto eles insistem com os 'cacarecos', eu compro tudo novinho". A história do Grupo Belarmino é marcada pelo pioneirismo e desbravar de seu patriarca, uma vez que o mesmo já conseguia ter o visionismo dos pontos de crescimento das cidades que necessitavam de um serviço de locomoção interna mais intenso, em função da nova dinâmica urbana pela qual algumas cidades brasileiras passavam. Durante o período de 1920 e 1960 eram poucos os que se arriscavam em dizer que São Paulo, ABC Paulista e Campinas tomariam as proporções que conhecemos de atividades econômicas, urbanização e número populacional. O grupo possui linhas urbanas em cidades como Campinas - SP, Franca -SP, São João da Boa Vista -SP, Guarulhos -SP e São Paulo - SP onde ganha destaque a conhecida Viação Sambaíba que é a operadora da bacia geográfica Área 2 (Zona Norte), sendo uma ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 1436 das maiores operadoras de transporte coletivo urbano da capital paulista. Além deste segmento o grupo também opera no transporte intermunicipal, suburbano e de fretamento (este último também no estado de MG) nas cidades de Jundiaí - SP, Campinas –SP e São Paulo - SP. Pertencem ao grupo empresas como a Intersul, Nove de Julho, Osastur, Casquel, VB(Viação Bonavita), Cidade Azul, Expresso Limeira, Santa Izabel, Sambaíba (já citada) entre outras. Como já discutido anteriormente o poder do capital acumulado desses grandes grupos permite que os mesmos ampliem a sua atuação de mercado. Com o Grupo Belarmino a coisa não foi diferente, o grupo é proprietário de uma das maiores revendedoras da montadora Mercedes Benz no Brasil, a concessionária Sambaíba com sedes em São Paulo -SP e Campinas - SP, e é sócio também no ramo de alimentação juntamente de Pastifício Selmi detentor de marcas famosas como Galo e Renata. A história do Grupo JCA tem início nos primeiros anos da década de 1930 com o primeiro emprego do garoto Jelson da Costa Antunes na Viação Cambuçú, uma pequena empresa de transporte coletivo urbano da cidade de São Gonçalo no Rio de Janeiro. Lá Jelson além de ser faxineiro, cobrador e mecânico, aprendeu também o ofício de eletricista. (SASAHARA, 2008). Atualmente o grupo JCA é uma Holding de transporte rodoviário de passageiros, cargas e turismo, pertencendo à mesma a Viação 1001 que também opera o transporte intermunicipal na região metropolitana do Rio de Janeiro, Viação Cometa, Viação Catarinense, Viação Macaense, o Sistema Integrado de Transporte de Macaé e as Barcas S.A. responsável pelo transporte marítimo de passageiros entre a capital fluminense e Niterói – RJ. O grupo conta também com empresas como a Opção Turismo e Fretamento que atua principalmente na região do Vale do Paraíba e Região Metropolitana do Rio de Janeiro, a Metar Logística, o Rápido Ribeirão Preto que atua no transporte rodoviário de passageiros entre a capital paulista e Ribeirão Preto - SP, e o Expresso do Sul que atua também no transporte rodoviário de passageiros no eixo Rio-São Paulo. 5.2 Distribuição espacial da grande corporação do transporte coletivo urbano Após as análises realizadas conforme um dos objetivos desta pesquisa foi possível a identificação das empresas que operam o transporte coletivo urbano de cidades com população urbana acima de 100.000 habitantes, em que existe a ramificação de uma das grandes corporações do transporte coletivo de passageiros que selecionamos para esta análise: o Grupo Áurea (de 2013 em diante passou a ter a denominação de Comporte). ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 1437 CAPITAIS E CIDADES COM POPULAÇÃO ENTRE 100.000 E 1.000.000 DE HAB. - TRANSPORTE COLETIVO URBANO OPERADO POR RAMIFICAÇÕES DO GRUPO ÁUREA(Família Constantino) POPULAÇÃO CIDADE ESTADO URBANA TOTAL(IBGE EMPRESA QUE OPERA 2010) Sete Lagoas MG 208.956 Turi Transportes Montes Claros MG 344.427 Princesa do Norte(ALPRINO) Campo Grande MS 776.242 Viação Cidade Morena Rondonópolis MT 188.028 Transportes Coletivos Cidade de Pedra Londrina PR 493.520 Transporte Coletivo Grande Londrina Maringá PR 350.653 Transporte Coletivo Cidade Canção Apucarana PR 114.098 Viação Apucarana LTDA Petrópolis RJ 281.286 TURB Santos SP 419.086 Viação Piracicabana São José do Rio Preto SP 383.490 Expresso Itamarati Ribeirão Preto SP 602.966 Transcorp e TURB QUADRO 1 - Área de atuação do Grupo Áurea (Família Constantino) - 2014. Org.: MARQUEZOLA, D. S. (2014) FONTE: Websites das empresas operadoras (2014) O serviço de transporte coletivo urbano da cidade de Sete Lagoas-MG é gerido pela Secretaria de Trânsito e Transportes Urbanos, e a empresa que opera tal serviço é a Turi Transportes. Na cidade mineira de Montes Claros - MG o serviço de transporte coletivo urbano de passageiros possui também como órgão organizador dos serviços a ATCMC (Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Montes Claros) que tem como principais objetivos a congregação das empresas que operam o serviço na cidade, além de papéis relacionados ao sindicalismo, como identificado em seu website. Montes Claros - MG conta com duas empresas operadoras do serviço de transporte coletivo urbano de passageiros a Princesa do Norte e a Transmoc, onde cada uma explora 50% da área geográfica urbana da cidade. Grande parte dos 776.242 habitantes de Campo Grande - MS depende e faz uso diário do sistema de transporte coletivo urbano da cidade, o que faz da cidade um enorme mercado de estabilidade financeira propiciado pelo setor como coloca (BRASILEIRO; HENRY; TURMA, 1999, p. 382), um fator preponderante para o interesse de atuação das grandes corporações do ramo. A capital sul-matogrossense tem como gerenciadora dos serviços de transporte coletivo urbano o Consórcio Guaicurus, vencedor da última licitação realizada pelo poder municipal em 2012. O consórcio funciona como uma agência reguladora dos serviços e congrega as quatro empresas que o operam: a Viação Cidade Morena, a Viação São Francisco LTDA, a Jaguar Transporte Urbano LTDA e a Viação Campo Grande LTDA. ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 1438 A viação Cidade Morena, segundo inúmeras reportagens é intimamente ligada ao Grupo Áurea de propriedade de Joaquim Constantino de Oliveira. Em seu site onde está a descrição da empresa e que certamente deveria estar a descrição do nome do grupo ao qual a empresa pertence, aparece uma frase interessante: “Em 1971, novamente a empresa foi vendida, dessa vez para um grupo de empresários de Bauru - SP.” O que nos intriga é porque não aparece o nome dos tais empresários ou do grupo composto por tais? Outro questionamento que almejamos é, será que realmente tal grupo de empresários é realmente da cidade de Bauru-SP? Em Rondonópolis – MT o serviço de transporte coletivo urbano conta com apenas uma operadora, o Transporte Coletivo Cidade de Pedra S.A., que iniciou os seus trabalhos no ano de 2008, quando foi vencedora do último processo licitatório do serviço que aconteceu na cidade. A empresa segundo informações do Gerente Geral da empresa Paulo Sérgio da Silva, é originária também de uma corporação do transporte coletivo urbano de passageiros(durante a entrevista o mesmo não disse o nome da grande corporação) é parte de um conglomerado de empresas, que segundo rumores e informações de websites do meio, pertence também ao Grupo Áurea de propriedade da Família Constantino. As cidades paranaenses de Londrina, Maringá e Apucarana possuem como operadoras dos seus sistemas de transporte coletivo urbano empresas que pertencem ao Grupo de Joaquim Constantino de Oliveira, como verificamos nos websites das três empresas. O Transporte Coletivo Grande Londrina foi adquirido pelo Grupo de Joaquim Constantino de Oliveira em 1997 e possui atualmente 129 linhas que atendem todos os bairros da área urbana da cidade de Londrina - PR. Já Maringá - PR é servida pelo Transporte Coletivo Cidade Canção que foi incorporado ao Grupo de Joaquim Constantino de Oliveira em 1975. E a cidade de Apucarana - PR tem como operadora do serviço de transporte coletivo urbano a Viação Apucarana que pertence ao Grupo de Joaquim Constantino de Oliveira desde de 2010, atuando na cidade com uma frota de 57 veículos. A cidade de Petrópolis - RJ tem o serviço de transporte coletivo urbano gerenciado pela Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes. Dentre as operadoras está a TURB-Transportes Urbanos S.A. que, também pertence ao Grupo Áurea de Joaquim Constantino de Oliveira, atua na cidade carioca com 28 linhas na região do distrito de Corrêas e 25 linhas na região do distrito de Itaipava. Como de praxe no website da empresa a seção que deveria falar das características da empresa está “em construção” há vários meses, fato que nos remete a um questionamento, se realmente a seção do website está em construção ou se é uma forma de não publicar informações acerca da empresa, além de ser também uma das operadoras do serviço na cidade paulista de Ribeirão Preto. ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 1439 Como se sabe o espaço urbano de Petrópolis não é como os das cidades anteriormente mencionadas, a cidade ocupa espaços do meio da Serra do Mar, desta forma sua porção urbana é dispersa composta por vários distritos distantes um dos outros. O distrito sede comporta 66% da população da cidade e é o principal foco atrativo da população em função da instalação de indústrias, estabelecimentos comerciais e serviços. A cidade de Santos -SP tem como operadora do serviço de transporte coletivo urbano a Viação Piracicabana desde de 1993 quando a Viação Santos, São Vivente e Litoral S.A. foram adquiridas pela mesma que, também pertence ao Grupo de Joaquim Constantino de Oliveira. A empresa também opera o serviço na cidade de Praia Grande -SP na região da Baixada Santista, além das linhas intermunicipais que percorrem por Santos - SP, Cubatão SP, São Vicente - SP, Praia Grande -SP, Mongaguá - SP, Itanhanhém -SP e Peruíbe -SP. Com o advento do processo licitatório do serviço na cidade ocorrido em 1997 e 1998, cerca de 100% das linhas urbanas de Santos - SP passaram a ser operadas pela Viação Piracicabana. Um fato que também nos chama atenção, uma vez que concerteza outras empresas participaram desse processo, é que, o mais engraçado, apenas a Viação Piracicaba levou essa barganha. Mas apesar disso, a empresa possui e mantém desde de 2009 certificações internacionais como ISO 9001 e 14001 e OHSAS 18001 além de ter conquistado em 2013 o Prêmio ANTP de Qualidade na categoria Bronze, estando entre as três melhores empresas de transporte público do país. A cidade paulista de São Jose do Rio Preto possui desde 2011 uma nova configuração do transporte coletivo urbano após o processo licitatório que aconteceu no mesmo ano. Anteriormente, uma empresa apenas detinha 95% das linhas urbanas da cidade. Com o processo licitatório a cidade foi dividida em duas bacias (áreas geográficas) das quais cada uma passou a ser operada por uma empresa: a Circular Santa Luzia detentora anterior do sistema e a outra o Expresso Itamarati que no ano de 2000 teve 50% de suas ações adquiridas pelo Grupo de Joaquim Constantino de Oliveira. Apesar de ter ganho a bacia de menor potencial da cidade, o Expresso Itamarati conseguiu através de tal aquisição, almejar um grande sonho da empresa, que era operar o sistema de transporte coletivo urbano da cidade, já que a mesma é originária da cidade. O Expresso Itamarati detém 20 linhas das 55 linhas que compõe o sistema, abrangendo a parte leste da cidade, onde estão bairros da região do João Paulo II e da Vila Toninho que possuem uma considerável população que faz uso do serviço em direção ao centro da cidade. Ribeirão Preto é um importante centro urbano do interior paulista, advento que impulsiona ainda mais o uso do transporte coletivo urbano da cidade, uma vez que recebe ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 1440 diariamente uma grande parcela de população de cidades importantes da região como Araraquara - SP, São Carlos - SP e Sertãozinho - SP, além de outras. Os serviços tomaram um novo formato após a realização do processo licitatório em 2012, tendo como vencedor o Consórcio PróUrbano, que explorará o serviço durante 20 anos e é composto pelas empresas Rápido d’Oeste, TURB-Transportes Urbanos S.A., Transcorp e Sertran. A Rede Integrada do Transporte Municipal por Ônibus (conhecida pela sigla RITMO) implantado pelo consórcio subdivide a cidade em oito setores: Norte, Nordeste, Leste, Sudeste, Sul, Sudoeste, Oeste e Noroeste. O domínio do Grupo Áurea na cidade está consolidado com duas empresas: a TURB-Transporte Urbanos S.A. que possui participações da família Constantino, e a Transcorp que foi adquirida por Pedro Constantino(primo dos fundadores da Gol Linhas Aéreas), após dificuldades financeiras e recuperação judicial, uma vez que pertencia também ao conhecido Grupo Passaredo originário da cidade. Fato que foi muito veiculado na imprensa local pelos dois serem parentes e poder estar havendo alguma ligação entre os empresários proprietários de tais empresas, fato que foi negado pelo próprio Pedro Constantino que também esteve na época da aquisição da Transcorp conversando com a Prefeita Darcy Vera(PSD), juntamente dos outros empresários das empresas que compõe o Consórcio PróUrbano. 6 CONCLUSÕES É possível assinalar diante da temática trabalhada que existe um interesse ínfimo dessas grandes corporações do transporte coletivo urbano em ramificar-se com a finalidade de dominar o mercado de determinado espaço geográfico, como observado no caso do grupo Áurea que possui uma presença sólida no transporte coletivo urbano nas cidades do norte paranaense como Londrina e Maringá. Um outro interesse dessas grandes corporações em ramificar-se é de uma certa forma abocanhar os concorrentes, por se tratarem de grandes corporações o valor de suas operações é bem mais diluído do que numa empresa pequena, o que permite a elas prestarem um melhor serviço, como renovação de frota em menores intervalos de tempo, acesso a financiamento com o oferecimento de lastro econômico. Verifica-se também que o domínio dessas grandes corporações está concentrado em regiões em que a grande maioria das cidades possuem um alto potencial de crescimento da área urbana, um dos fatores que como visto, em outra seção desta pesquisa, se torna um fator preponderante para que o uso do transporte coletivo urbano ganhe novas demandas. ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 1441 Na seção desta pesquisa que tratamos das cinco grandes corporações mais conhecidas que atuam no transporte coletivo urbano de passageiros, identificou-se que os seus empresários(patriarcas) iniciaram a formação dos conglomerados em um momento da história do país em que o espaço geográfico do Brasil e das cidades estavam em pleno crescimento espacial. Dessas grandes corporações podemos elencar que todas atuam também no transporte rodoviário intermunicipal de passageiros. Assim fazem uso da estrutura física e humana já existente nas cidades em que o transporte coletivo urbano é de seu domínio, ou então, quando há o interesse em ramificar-se na atuação do transporte coletivo urbano de determinada cidade que já é abrangência de sua área de atuação no setor de transporte rodoviário intermunicipal de passageiros. Outro aspecto digno de nota é a segmentação da grande corporação tratada por Corrêa(2001). Se constatou que as grandes corporações do transporte coletivo urbano de passageiros se segmentam nos mais variados setores de negócios, o de cargas, por exemplo, é o mais comum aproveitando a estrutura existente nas cidades em que já possuem alguma ramificação ou então no setor de venda e revenda de veículos. Em suma independentemente do tamanho da empresa do setor e da massa do urbano a grande corporação está presente na disputa pelo controle do transporte coletivo urbano, tanto faz nas cidades mais estruturadas do sudeste, quanto nos rincões mais distantes das regiões menos desenvolvidas. Mesmo quando há licitação do sistema, com aparente transparência e lisura, ainda assim as artimanhas de natureza jurídica, financeiras, políticas e corporativas ultrapassam todos os limites. 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABRIL.COM. Os barões do Transporte urbano. <http://veja.abril.com.br/280198/p_064.html> Acesso em: 15 jan. 2014 Disponível em: BARAT, José. A evolução dos transportes no Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 1978. BORGES, Rodrigo César Neiva. Definição de transporte coletivo urbano. (Nota Técnica) Brasília: Biblioteca digital da Câmara dos Deputados, 2006. BRASILEIRO, Anísio; HENRY, Etienne; TURMA. Viação ilimitada: ônibus das cidades brasileiras. São Paulo: Cultura Editores Associados, 1999. CARDOSO, Tom. O papa das catracas: com um apetite incomum para novos negócios, o ex-dono de padaria José Ruas Vaz domina metade da frota de ônibus de São Paulo. Isto é Dinheiro – A revista semanal de negócios. Disponível em: <http://www.terra.com.br/istoedinheiro-temp/edicoes/634/imprime157108.htm>. Acesso em: 21 fev. 2014. ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 1442 CORRÊA, Roberto Lobato. Trajetórias Geográficas. 3. Ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001. GOMES, Maria Terezinha Serafim. Cidades médias e a formação de novos espaços produtivos na rede urbana brasileira: Algumas considerações sobre a cidade de Uberaba-MG/Brasil. Uberaba: UFTM. XIV EGAL 2013- Peru. Disponível em: <http://www.egal2013.pe/wp-content/uploads/2013/07/Tra_Maria-Terezinha-SerafimGomes.pdf> Acesso em: 27 mar. 2014. GOMIDE, Alexandre de Ávila. A regulação dos transportes urbanos: tendências e desafios para o futuro. Disponível em; <http://www.cbtu.gov.br/estudos/pesquisa/antp_15congr/pdf/TP-297.pdf> Acesso em 24 nov. 2013. GRUPO J.C.A.. Institucional – Histórico. Disponível em:<http://www.jcaholding.com.br/institucional/historico>. Acesso em: 14 dez. 2013. OYAMA, Thais.Nenê voa alto: Constantino de Oliveira, o nenê, dono da maior frota de ônibus do país, lança empresa aérea. Veja on-line. São Paulo, ano 1, n. 1666 segundafeira, 13 set. 2000. Disponível em:<http://veja.abril.com.br/130900/p_104.html>. Acesso em 17 jan. 2014. ROSA, Ciro Marcos; et al. Os Pioneiros: Homens que ajudaram a fazer a história do transporte rodoviário de passageiros no Brasil. Encarte da Revista ABRATI, Brasília, n. 35, dez. 2003. Disponível em: <http://www.abrati.org.br/uploads/arquivos/revista/Rev35_edespecial.pdf>. Acesso em: 20 fev. 2013. RUY, Marcos Aurélio; MARTINS, Van. Constantino, Setti Braga, Jacob Barata: os barões do transporte no Brasil. Disponível em:<http://ujs.org.br/portal/?p=16486>. Acesso em 16 jun. 2013. SANTOS, Angela Moulin S. Penalva. Urbanização Barsileira – Um olhar sobre o papel das cidades médias na primeira década do século XXI.p 103-118. In: Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais – v12, n 2, 2010 – Associação de Pós-Graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional(ANPUR). SANTOS, Milton. A urbanização brasileira. 5 ed. São Paulo: EDUSP, 2001. SASAHARA, Aline. Tudo começou com meio ônibus – A história do Grupo JCA / Aline ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 1443