Boletim Mensal
Número 61
15 / Dez / 2003
Ambiente Macroeconômico e de Investimentos
Embora o ritmo da atividade econômica esteja se recuperando nesses últimos meses, os indicadores mais
recentes mostram que não há agressividade em tal processo. De fato, conquanto o ambiente financeiro
tenha melhorado substancialmente, dinamizando as intenções de investimentos produtivos e de
concessões creditícias, ainda pesa contra o cenário de consumo a grande perda salarial ocorrida até o
terceiro trimestre.
No front político o Governo contabiliza duas reformas constitucionais em seu primeiro ano de mandato.
Mas do ponto de vista tributário as empresas não têm o que comemorar no curto prazo, sendo provável
que o assunto retorne com força num futuro não muito distante. Em todo caso, a partir de janeiro cada
vez mais as atenções políticas irão se focar é nas eleições municipais, palco para os primeiros embates
com vistas a 2006.
Do lado dos negócios, o ritmo dessas últimas semanas pode ser considerado satisfatório. Não houve a
contundência das semanas anteriores, mas isso talvez se explique por questões de sazonalidade. Sem
grandes destaques individuais, chamamos a atenção apenas para a boa distribuição setorial dos negócios
anunciados, o que sempre sugere um ambiente positivo de investimentos.
Cenário Econômico
PIB (PM) - Var %
Inflação IPCA - Var %
Taxa de Câmbio - R$/US$
Taxa de Câmbio - Var %
Taxa de Juros Nominal - %
Dívida Pública - % PIB
Saldo Comercial - US$ Bilhões
Trans. Correntes - US$ Bilhões
Investimentos Diretos - US$ Bilhões
1999
0,5
8,9
1,789
48,0
25,1
49,4
-1,3
-25,5
28,6
2000
4,4
6,0
1,955
9,3
17,3
49,4
-0,7
-24,2
32,8
2001
1,4
7,7
2,320
18,7
17,3
53,3
2,7
-23,2
22,5
2002
1,5
12,5
3,533
52,3
19,1
56,5
13,1
-7,8
16,6
2003
0,3
9,4
3,00
-15,1
23,2
57,5
23,6
2,8
8,8
2004
2,5
7,5
3,45
15,0
19,0
58,5
17,0
-4,0
11,0
Conjuntura de Investimentos - 15/Nov/2003 a 14/Dez/2003
Agroindústria
e Alimentos
* O grupo sucroalcooleiro Tenório Costa, de Alagoas, anunciou a compra da destilaria Decasa
(ex-Caioá) em Presidente Prudente, SP. O negócio foi fechado por R$ 30 m, incluindo investimentos
no arrendamento de terras e na modernização do parque industrial. A destilaria estava desativada
desde 1995. O grupo Tenório Costa opera duas usinas de açúcar e álcool na Região Nordeste.
* A Chapecó Alimentos fechou acordo para a venda de dois de seus quatro frigoríficos. A
paranaense Globoaves que, em parceria com a Sadia, já arrendava o abatedouro de aves da
empresa em Cascavel (PR), assinou contrato para a compra dessa unidade por R$ 24 m. Já a gaúcha
Alibem deverá pagar R$ 21,5 m pelo abatedouro de suínos da Chapecó em Santa Rosa (RS). Ambas
as operações contemplam arrendamento prévio, até que a Chapecó finalize a renegociação de suas
dívidas. A Chapecó é controlada pelo grupo argentino Macri e possui mais de R$ 1 bilhão em
débitos. Além das duas unidades negociadas, ela também tem fábricas em Xaxim e Chapecó (SC).
* A mineira Milênio vai investir R$ 14 m para ampliar duas de suas quatro unidades produtivas. A
empresa produz produtos lácteos e suas fábricas ficam em Itamonte, Três Corações, Campo Belo e
Formiga, sendo que as duas primeiras serão os alvos do investimento. Além do aumento na produção
de leite, a Milênio pretende também ampliar sua fabricação de bebidas lácteas (misturas com soro
de leite).
* A Central Leite Nilza, criada em 2001 pela união da Coonai (de Ribeirão Preto-SP) e das
mineiras Casmil e Coopercarmo, está agora incorporando a Cooperlat, de Piumhi (MG). Essa é a
terceira cooperativa incorporada pela Leite Nilza, que já incorporou a Coasa e a Capril, ambas de
MG. A Leite Nilza possui fábricas em Ribeirão Preto (SP), Brodósqui (SP) e Capetinga (MG).
* A Yoki Alimentos está investindo cerca de R$ 2,5 m na compra de máquinas para suas linhas de
refrescos em pó e salgadinhos. Seu objetivo é fortalecer o portfolio de verão, de forma a reduzir a
sazonalidade de suas vendas. A Yoki é líder nos mercados de pipocas e farofas prontas, produtos
tradicionalmente consumidos no inverno.
Bebidas
* A AmBev anunciou sua entrada no mercado equatoriano de bebidas, adquirindo 80% da empresa
local Cervecería SurAmericana, segunda maior daquele mercado, atrás apenas do Grupo Bavaria.
A SurAmericana possui uma das mais modernas fábricas de cerveja da América Latina. Pelo
acordo, a AmBev será a responsável pela quitação da dívida de US$ 36 m da SurAmericana.
Dentre os maiores mercados da América Latina a AmBev hoje só não atua na Colômbia, mercado
dominado pelo grupo Bavaria.
* A cearense Santa Clara, maior torrefadora de café da Região Nordeste, decidiu entrar no mercado
do Centro-Sul e comprou a Pimpinela, de Nova Iguaçu (RJ). A Santa Clara possui fábricas em
Fortaleza (CE) e em Natal (RN), além de uma beneficiadora de grãos em Minas Gerais. A
Pimpinela tem boa penetração no mercado fluminense, que é liderado pela marca Pilão da norteamericana Sara Lee.
* A General Brands, empresa de Guarulhos (SP) decidiu entrar no segmento de bebidas prontas
carbonatadas com as marcas Camp e Campito. A General Brands detém as marcas de refresco em
pó Camp, Sukki e Tanny, o chiclete Gang e o suplemento alimentar Sustaplus. A linha de sucos faz
parte de um investimento de R$ 3,7 m que a empresa fez para colocar em operação a antiga fábrica
Neusa, arrendada em 2001. Antes a General Brands funcionava em São Paulo (SP). Outros R$ 3 m
ainda serão investidos em embalagem e capital de giro da nova atividade.
* A Schincariol definiu o município de Igrejinha (RS) para sediar sua nova unidade produtiva, que
deverá abastecer os mercados da Região Sul e do Mercosul. A unidade deverá entrar em operações
em novembro de 2004 e exigirá investimentos de R$ 170 m. Ela produzirá cervejas (latas e
garrafas), refrigerantes, sucos e água mineral em embalagens PET. Essa é a sétima unidade da
Schincariol no País, sendo que a empresa também se prepara para instalar uma fábrica no Pará,
visando o abastecimento da Região Norte e exportações para os países próximos.
Varejo
* Os grupos Sendas e Pão de Açúcar (CBD-Companhia Brasileira de Distribuição) anunciaram a
formação de uma nova empresa para atuar no Estado do Rio de Janeiro. A união contempla a fusão
de ativos dos grupos naquele Estado e está sendo denominada Companhia Sendas de
Supermercados. Cada um dos grupos ficará com metade do controle da nova companhia, que conta
com 106 lojas, sendo 91 supermercados e 15 hipermercados.
* A rede francesa de livrarias Fnac está inaugurando em São Paulo (SP) sua quarta loja no País. A
empresa investiu R$ 20 m na nova unidade. A Fnac chegou ao Brasil em 1999 e atualmente possui
outras duas lojas no Estado (capital e Campinas), além de uma unidade no Rio de Janeiro.
* O Grupo Caseli, de Cuiabá (MT), anunciou investimentos de R$ 20 m para expandir seus negócios
em Minas Gerais ao longo dos próximos cinco anos. O grupo pretende abrir um centro de
distribuição e oito lojas da Tecelagem Avenida, que atua no segmento de vestuário e cama/mesa
/banco, concorrendo com a Lojas Renner e a Riachuelo. Atualmente o Grupo Caseli possui 33
lojas espalhadas em MT, RO, MD, GO, DF, ES e MG.
* A C&C, maior rede de lojas de materiais de construção do País, comprou as quatro lojas da
francesa Castorama em São Paulo. A Castorama foi adquirida no ano passado pelo grupo inglês
Kingfisher e decidiu sair do Brasil para concentrar-se na Europa e Ásia. O valor da transação entre
a C&C e a Castorama não foi revelado. A C&C teve origem a partir dos pontos-de-venda da
Conibra e nesse ano já realizou três operações de aquisição. De suas atuais 33 lojas, 21 foram
compradas.
* A rede gaúcha Lojas Colombo vai investir na abertura de novos pontos-de-venda na Região
Sudeste. A empresa pretende aplicar R$ 7 m no primeiro trimestre de 2004 e inaugurar 17 novas
lojas, sendo 12 delas no Estado de São Paulo.
Química
* A Elekeiroz, empresa química do grupo Itaúsa, tem planos de investir R$ 100 m em 2004 para
modernizar e ampliar a produção de suas três fábricas. A empresa tem unidades em Taubaté (SP),
Várzea Paulista (SP) e Camaçari (BA). Um dos principais focos será a produção de álcoois na
unidade de Camaçari, herdada com a compra da Ciquine em maio de 2002. A Elekeiroz ainda
prepara novas investidas para o período 2005/2006.
* A norte-americana Koch Industries vai pagar US$ 4,4 bilhões pela Invista, empresa de nylon e
outros fios têxteis pertencente à também norte-americana DuPont. A Invista (ex-DuPont Têxtil e
Interiores - DTI) é detentora da tradicional marca Lycra. A Koch atua em diversos setores, como
petróleo, química, gás natural, resinas e outros. Sem fábrica no Brasil, a empresa ganha agora três
operações, sendo uma em Paulínia (SP), uma em Americana (SP) e outra em Camaçari (BA). Ela
ainda ficará com uma pequena operação na Argentina e outra na Colômbia. A DuPont há tempos
decidiu focar seus negócios na área química.
* A Braskem inicia em janeiro suas vendas de polietileno metaloceno, utilizado na fabricação de
filmes plásticos, embalagens rígidas, flexíveis e industriais. O produto foi desenvolvido sob licença
da norte-americana Univation Technologies e será produzido no Pólo de Camaçari (BA). O
investimento no projeto ficou em R$ 10 m, sendo R$ 4,5 m na adaptação de processos.
Energia
* A Guaraniana, holding com negócios na área de energia, anunciou a alienação das ações da
distribuidora Celpe no controle da Termopernambuco. Na prática, a térmica passará a ficar
diretamente subordinada à holding que já controla a Coelba, a Celpe e a Cosern. A operação teve
valor de R$ 333,8 m.
* Em sociedade com a Biogás Energia Ambiental e com a AES Eletropaulo, o Unibanco, terceiro
maior banco privado do País, decidiu entrar no mercado de energia. Serão investidos R$ 60 m em
uma nova termelétrica para suprir o consumo próprio da instituição financeira. O Unibanco possui
800 agências por todo o País e sua usina atuará através do sistema interligado nacional. A unidade
será abastecida por gás metano (lixo) e a Biogás participará do empreendimento com R$ 12 m.
* A alemã Eternegy e a gaúcha ProWind pretendem implantar três parques de geração eólica no
litoral do Rio Grande do Sul. Os projetos são orçados em 120 m de euros e devem entrar em
operação no início de 2006. A Eternegy é controlada pela MVV Energie, terceira maior empresa
geradora na Alemanha.
* A espanhola Gas Natural fechou acordo com a norte-americana Enron para a aquisição das
participações de 25,39% na CEG e 33,75% na CEG Rio. O valor do acordo não foi revelado. Se
ele prosperar, o que depende de aprovação oficial, a Gas Natural se tornará a maior acionista
individual das duas distribuidoras de gás, aumentando sua participação na CEG para 54,15% e na
CEG Rio para 72%.
* A Petrobras lidera o consórcio vencedor da licitação para produção de gás natural no bloco
Fronterizo, no México. A oferta do grupo vencedor, que também conta com a japonesa Teikoku Oil
e a mexicana D&S Petroleum (Diavaz), foi de US$ 265 m. Antes, o mesmo consórcio já havia
vencido a licitação para explorar gás natural no bloco Cuervito, com a oferta de US$ 260 m. A
Petrobras possui 45% de participação no consórcio.
Mineração e
Siderurgia
* A mineradora canadense Yamana Gold pretende triplicar sua produção de ouro no Brasil. A
empresa atualmente produz a partir da mina Fazenda Brasileiro, adquirida da CVRD. O aumento de
produção deverá vir dos projetos São Francisco/São Vicente, que começarão a operar em 2005 e
2006 e também do um terceiro projeto, esse de ouro e cobre, planejado para operar em 2007.
* A Samarco Mineração, empresa controlada pela CVRD e pela australiana BHP Billinton,
pretende construir mais um mineroduto ligando as minas de Mariana (MG) à unidade pelotizadora de
Ubú (ES). Esse projeto, mais a construção de uma outra usina de pelotização na cidade capixaba,
envolvem investimentos de US$ 500 m. A expansão, prevista para até 2010, visa atender à crescente
demanda externa de pelotas de minério. Por ora, a Samarco está concluindo investimentos de US$
25 m na estação de bombeamento de seu atual mineroduto.
* O Grupo Gerdau vai assumir a mineração de ferro da Companhia Paraibuna de Metais, empresa
do Grupo Votorantim. A Paraibuna possui 15 concessões de lavra no quadrilátero ferrífero de
Minas Gerais e o valor da operação alcança US$ 30 m. As reservas de minério visam garantir a
expansão da Gerdau Açominas, empresa essa que deverá duplicar sua capacidade produtiva de
aços semi-acabados. A Gerdau também anunciou a aquisição da Maranhão Gusa (Margusa),
empresa de Bacabeira (MA). A usina vai suprir a demanda de gusa das três siderúrgicas do grupo
Gerdau na Região Nordeste (Cearense, Açonorte e Usiba) e na América do Norte. A Margusa
fica próxima à mina de ferro de Carajás e do terminal portuário de São Luís (MA). A Gerdau
pagou US$ 18 m pela empresa.
Bens de
Capital
* A AGCO Corporation, dona das marcas Massey Ferguson e Valtra no Brasil, pretende investir
entre US$ 15 m e US$ 20 m na construção de uma nova fábrica, provavelmente na Região CentroOeste. A empresa visa o forte crescimento da agricultura de exportação do País. No Brasil, a
AGCO detém 56% do mercado de tratores. Ela tem fábricas em Canoas e Santa Rosa (RS) e em
Sumaré (SP).
* A alemã Voith Paper está investindo US$ 10 m em seu complexo industrial de São Paulo (SP)
para ampliar sua divisão de serviços. A empresa está introduzindo uma nova tecnologia de
revestimento de rolos, usada em máquinas de papel. A unidade deverá exportar produtos para outros
mercados latino-americanos.
Autopeças
* A Magneti Marelli, fabricante de componentes automotivos do Grupo Fiat, anunciou a
reestruturação de suas fábricas no Brasil. Nesse processo, a montagem de escapamentos será
interrompida na unidade de Contagem (MG) e concentrada na fábrica de Amparo (SP). Em
Contagem ainda permanecerá a fabricação de faróis e lanternas. Já a unidade de Lavras (MG) ficará
com toda a produção de amortecedores fornecidos à DaimlerChrysler, deslocando parte da
produção da empresa nos EUA. A Magneti Marelli é líder na fabricação local de amortecedores,
escapamentos e injeção eletrônica e possui sete fábricas no Brasil.
* Com o fechamento de suas unidades no México e na Argentina e com a recuperação do mercado
doméstico, a Goodyear planeja investir R$ 80 m em suas duas unidades brasileiras de pneus ao
longo de 2004. A filial brasileira hoje atende mais de 90 países e tem 40% de sua produção voltada
para exportações, mas seu foco continuará sendo o mercado local.
Telecom
* Nos próximos meses a operadora Vésper vai investir entre US$ 25 m e US$ 35 m em sua infraestrutura. A Vésper foi adquirida em agosto pela Embratel. Ela atua em São Paulo e nos 16 Estados
atendidos pela Telemar.
* Depois de ficar com as 622 antenas da operadora Vésper, como forma a viabilizar sua venda para
a Embratel, a Qualcomm vendeu parte da nova empresa formada pela cisão. Com as torres, a
Qualcomm formou a CT Torres. Dessa subsidiária a empresa norte-americana negociou 30% de
seu capital para a International Tower Company (ITC). O valor da operação foi de US$ 10 m. O
objetivo da Qualcomm é vender a totalidade da empresa, de forma a concentrar-se apenas nos
negócios com chip sets e patentes em CDMA.
Transporte
* A Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN) vai investir R$ 220 m na recuperação e
manutenção de trechos. Desse montante, R$ 65 m serão destinados à substituição de dormentes e
geometria no trecho entre o Maranhão e Pernambuco. Outros R$ 35 m serão aplicados na reforma de
locomotivas e vagões. Os demais R$ 120 m correspondem à segunda fase de obras, que incluem a
recuperação da ferrovia entre Pernambuco e Alagoas.
* A SVE Participações, joint venture entre a Servix e a Via Empreendimentos, vai vender sua
participação de 5,13% no capital da Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR). A exemplo
da Odebrecht, que no início de outubro também saiu do capital da CCR, a SVE venderá sua
participação para os demais sócios: a Andrade Gutierrez, a Camargo Corrêa, a Serveng-Civilsan
e a Brisa. O valor da transação é de R$ 105,8 m.
* A Localiza Rent a Car, empresa com uma frota de 30 mil veículos de aluguel, está adquirindo 9
mil veículos. A operação envolve investimentos de R$ 170 m. Das novas unidades, 67% são da
Fiat, 30% da Chevrolet e 3% de outras marcas. Um terço dos veículos serão destinados à
ampliação de frota e dois terços à renovação. A Localiza possui 337 agências no País, sendo 80
próprias.
* A holding Brasil Ferrovias pretende unificar operacionalmente suas controladas segundo a bitola
dos trilhos (estreita ou larga). De um lado, deverão ficar a Novoeste e a Ferroban; de outro ficará a
Ferronorte. O objetivo é ganhar sinergias e, no futuro, pode haver evolução para uma unificação
societária. Atualmente a empresa, responsável por boa parte do escoamento das exportações
brasileiras, enfrenta uma delicada situação financeira.
Imobiliário
* A Alphaville Urbanismo vai investir R$ 750 m até 2005 para lançar 14 novos complexos
urbanísticos no País. Desde sua criação, a empresa já lançou 27 empreendimentos em 12 Estados
brasileiros e na Europa. Os condomínios contemplam áreas residenciais, comerciais e de serviços
como clubes, escolas e supermercados. Os primeiros lançamentos serão em Cuiabá (MT), Gramado
(RS), Campinas (SP) e Camaçari (BA).
* Até fins de 2004 o complexo paulistano Mart Center passará a contar com um hotel. O Mart
Center é o maior shopping atacadista de moda da América Latina. O empreendimento será da rede
Atlantica Hotels, que instalará a bandeira Comfort no local. Os investimentos serão de R$ 12
milhões.
Comunicação
* O Grupo Estado, que edita o jornal O Estado de São Paulo, fechou acordo para reestruturação
de sua dívida bancária. Com ele, o Grupo Estado, que pretende abrir seu capital, ajusta sua
capacidade de pagamentos à geração operacional de caixa. A dívida bancária do grupo fechou 2002
em R$ 385 m.
* O Banco Português de Investimentos (BPI) comprou a participação de 15% que a brasileira
Rede Globo detinha na cadeia de televisão portuguesa SIC. Com a aquisição, o BPI passa a ficar
com 41% das ações da SIC.
* O fundo de investimento Bataguaçu Capital adquiriu 100% do controle da LabOne, empresa de
geração e distribuição de mídia digital do Grupo Abril. O valor da transação não foi revelado, mas
a LabOne receberá investimentos de R$ 2 m até o final de 2004 visando a internacionalização de
suas operações.
Financeiro
* A francesa AXA, segunda maior seguradora da Europa, anunciou a venda de suas operações
brasileiras para a Porto Seguro Seguros. A Porto Seguro é a quinta maior no ranking nacional e
segunda no segmento de automóveis, depois da Bradesco Seguros. O valor da transação não foi
divulgado. Em princípio, as operações da AXA não serão incorporadas, devendo ter autonomia em
suas atividades. A AXA Seguros Brasil tem sede no Rio de Janeiro e filiais em São Paulo, Ribeirão
Preto (SP), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS) e Belo Horizonte (MG). A empresa também já de
desfez de suas operações na Argentina e no Chile.
* O Unibanco comprou 100% da Creditec, braço de crédito ao varejo do grupo baiano BBM. O
Unibanco é controlador da Finivest, empresa líder no financiamento ao consumo no Brasil. Também
atua com a Unicard, a InvestCred (com a Globex) e a LuizaCard (com o Magazine Luiza). O
negócio custou R$ 47 m ao banco. Ele inclui a transferência da infra-estrutura física e tecnológica,
funcionários e base de clientes, mas não a carteira de crédito. A Creditec possui 226 pontos de
venda, sendo 64 lojas próprias.
Outros
Setores
* A norte-americana Pfizer tem planos de investir US$ 57 m no Brasil. A empresa, fabricante do
Viagra, possui 250 medicamentos em seu portfólio local. Dos US$ 57 m, US$ 45 m serão destinados
às unidades de Guarulhos (SP) e Jandira (SP), essa última herdada na recente aquisição da
Pharmacia. Os US$ 12 m restantes serão destinados a estudos clínicos no País. A Pfizer também
pensa na construção de uma nova unidade produtiva, que poderá estar pronta em 2005.
* A rede O Boticário, líder nacional na franquia de cosméticos e perfumaria, vai investir R$ 230 m
na Região Nordeste para erguer seu segundo complexo industrial. A unidade, cuja localização exata
ainda não foi definida, contará com uma planta industrial, uma central de distribuição e um
laboratório. Seu foco será o abastecimento das Regiões Norte e Nordeste, responsáveis por 38% das
vendas da empresa, além do mercado exportador. A previsão é de que o empreendimento seja
concluído em quatro anos.
* Mal iniciou a construção de sua fábrica, que ficará pronta em 2005, a Veracel Celulose já planeja
construir outras duas unidades no mesmo parque, que fica entre Eunápolis e Belmonte (BA). A
primeira unidade da Veracel, voltada para celulose branqueada de eucalipto, foi iniciada em
setembro e é orçada em US$ 1,25 bilhão. A Veracel é resultado de uma parceria entre a Aracruz
Celulose e a sueco-finlandesa Stora Enso.
* Para atender o aumento das exportações para China, EUA e Emirados Árabes, a Ingleza está
investindo R$ 15 m na construção de uma nova fábrica em Santa Luzia, MG. A Ingleza é líder no
mercado de ceras para assoalho. A nova unidade deverá estar concluída em meados de 2004 e
também visa atender à expansão do mercado doméstico de linhas profissionais.
* A Maje do Brasil, fabricante de materiais elétricos, está inaugurando uma unidade em São
Lourenço da Mata, em PE. Os investimentos foram de R$ 24 m e visam a liderança da empresa na
Região Nordeste, além de ampliar suas exportações. A Maje atua com a marca Mec-Tronic,
comercializando tomadas, interruptores e plugues, além de acessórios residenciais e industriais.
Atualmente ele possui unidade industrial em São Paulo, SP.
* A chinesa TCL Corporation vai entrar no mercado brasileiro em 2004. A empresa recentemente
tirou da coreana Samsung o posto de maior fabricante mundial de televisores, ao associar-se à
francesa Thomson, que detém as marcas GE e RGA. No Brasil, a TCL vai atuar através da
fabricante local Sondai Eletronic, que produz a marca Cougar em sua unidade de Manaus (AM). A
TCL deve adquirir uma participação no capital da empresa brasileira.
* A rede norte-americana de cinemas Cinemark vai retomar seus investimentos no Brasil e pretende
aplicar R$ 40 m na abertura de novas salas em 2004. A Cinemark prevê um salto de 264 para 293
salas de exibição no País. As unidades a serem inauguradas ficam em São Paulo, Belo Horizonte
(MG), Curitiba (PR), Niterói (RJ) e Jacareí (SP).
A BRASILPAR atua na área de Serviços Financeiros, prestando serviços envolvendo compra,
venda, associação entre empresas, atração de sócios, avaliação de empresas e projetos, assim como
assessoria no levantamento de recursos de longo prazo e de capital (Project Financing e
Restruturação de Empresas).
A BPE INVESTIMENTOS é o novo nome para as atividades das empresas:
Brasilprivate Consultoria e Participações Ltda., administradora do FIRE - Fundo Mútuo de
Investimentimentos em Empresas Emergentes e da Brasil Private Equity Ltda., contratada exclusiva
da WestSphere do Brasil Ltda. para a administração da carteira de investimentos do South America
Private Equity Growth Fund Coinvestors, L.P. no Brasil. Combinados esses dois fundos a BPE já
conta com 12 investimentos em suas carteiras de participações nas seguintes empresas:
Armco Staco (produtos metalurgicos para construção viária e saneamento)
Autotrac (serviços de telecomunicação e rastreamento para frotas)
CBE (serviços de esterilização por cobalto)
Datasul (software de gestão empresarial)
Getec (insumos derivados do açúcar para indústria química)
Latina (fabricação de eletrodomésticos)
Metalkraft (fundição e usinagem de peças em metal)
Mobitel (serviços de call center)
Mr. Clean (serviços de lavanderia industrial)
OpenCommerce (automação comercial de serviços de varejo)
Padron (fabricação de cartões eletrônicos)
TendTudo (varejo de material de construção)
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O boletim NEGÓCIOS E INVESTIMENTOS é editado mensalmente pela BPE Investimentos e pela Brasilpar Serviços Financeiros
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O cenário econômico contido neste boletim refere-se aos resultados de nossas simulações e podem ser modificados sem prévia
comunicação. A BPE Investimentos e a Brasilpar não se responsabilizam pela utilização comercial ou financeira dessas previsões.
Os projetos e valores de investimentos das empresas citadas nesse boletim referem-se aos divulgados nos principais meios
jornalísticos. A BPE Investimentos e a Brasilpar não se responsabilizam pela veracidade dessas informações. Não é permitida a
reprodução sem autorização da BPE Investimentos e da Brasilpar.
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