RESPONSABILIDADE SOCIAL: INCLUSÃO SOCIAL ATRAVÉS DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL Alex Oliveira da Silva1 Dra. Margarete Panerai Araújo2 RESUMO Atualmente, diversas crises econômicas têm gerado impactos importantes sobre o mundo do trabalho, à medida, que vem alterando, os modos de trabalhar, bem como, acarretando formas diversificadas de inserção ocupacional, evidenciando uma condição de maior vulnerabilidade relativa ao mercado de trabalho do profissional jovem, em termos laborais. O presente artigo objetiva apresentar o resultado da pesquisa realizada em empresa localizada no Vale do Rio dos Sinos, demonstrando que através de suas ações de responsabilidade social vem oportunizando formação e inclusão, com o desenvolvimento do programa Projeto Pescar. A metodologia utilizou-se de técnicas bibliográficas, descritivas cujo estudo de caso reuniu depoimentos de participantes. A análise das narrativas buscou o discurso histórico, através de um recorte no qual a triagem combinou o lugar social e as práticas científicas do cotidiano, conforme De Certeau. Os resultados apresentados inferem que a formação esteve presente no contexto sócio-histórico cultural da empresa e da amostra pesquisada e que, com perspectivas de educação para o trabalho transdisciplinar, vem se tornando um modelo a ser seguido. Palavras-chave: Responsabilidade Social. Inclusão. Formação profissional. ABSTRACT Currently several economic crises have generated important impacts on the world of work, as that is altering the ways of working, as well as leading diversified forms of job placement, showing a condition of greater vulnerability on the labor market of young professional , in terms of labor. This article presents results of research carried out in a company located in River Valley of the Bells, demonstrating that through its social responsibility is providing opportunities for training and inclusion, with the development of the program Fishing Project. The methodology used is technical literature, descriptive case study which gathered testimonials from participants. The analysis of narratives sought the historic speech, through a cut, where screening has combined social place and the scientific practices of everyday life, as De Certeau. The presented results infer that the formation was present in the socio-cultural history of the company and the sample group who, with prospects of education for work has become a transdisciplinary model to be followed. Key-words: Social Responsibility. Inclusion. Vocational training. 1 Acadêmico do Curso de Gestão da Produção da Universidade Feevale. Contato: [email protected]. Pós-doutorado e Doutorado em Comunicação Social, Mestrado em Serviço Social, Especialista em Antropologia, Bacharel e Licenciada em Ciências Sociais. Professora e pesquisadora da Universidade Feevale. Email: [email protected]. 2 IX Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – adm.convibra.com.br 1 INTRODUÇÃO O mercado de trabalho, a inclusão e as novas competências vem se constituindo em um tema amplamente debatido e estudado sob as mais diversas óticas, geralmente contrapostas à noção de exclusão social. A questão da inclusão social, no entanto, é muito mais ampla do que pode parecer. Nota-se que segundo Sassaki (1997, p.3) “a inclusão social constitui-se, [...] num processo bilateral no qual as pessoas, ainda excluídas, e a sociedade buscam, em parceria, equacionar problemas, decidir sobre soluções e efetivar a equiparação de oportunidades para todos”. Com um mercado, que ainda aponta, desde os anos 90 a precarização do trabalho como a marca prevalente, estudos respaldados, de acordo com Bastos (2007) destacam que foi somente a partir do ano 2000, que o cenário com evolução indicaria situações mais promissoras, sugerindo que essa precarização tenha sido um processo mais circunscrito à década anterior. Conforme Bastos (2007) as transformações no sistema capitalista, exigidas em termos de alternativas de enfrentamento à crise tem gerado impactos importantes sobre o mundo do trabalho, à medida que vem alterando os modos de trabalhar, bem como acarretando o aparecimento de formas diversificadas de inserção ocupacional, e uma das dimensões está centrada na formação do profissional jovem. A elevada incidência do desemprego entre os jovens é uma característica marcante da sua situação no mercado de trabalho, conforme revelam muitos estudos, o que evidencia uma condição de maior vulnerabilidade relativa desse grupo populacional em termos laborais. Pressupõe-se que o mercado de trabalho registre tendências de absorção de pessoas com formação comprovada e com este contexto, definiu-se a questão proposta pelo artigo, ou seja, como a gestão de responsabilidade social, de uma empresa do Vale dos Sinos colabora com a formação e inclusão de jovens no mercado de trabalho? O objetivo geral, portanto, é descrever depoimentos de jovens inclusos na gestão da empresa, que através da sua responsabilidade social e do desenvolvimento do Projeto Pescar oportunizou a formação e inclusão no mercado de trabalho. Os objetivos específicos consolidados nessa pesquisa estão relacionados em teorizar as categorias referentes a gestão de responsabilidade social empresarial, formação e inclusão no mercado de trabalho, bem como, analisar uma empresa IX Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – adm.convibra.com.br da região e o seu programa e ações práticas e formativas para a inserção de jovens que vivem em situação de precariedade e ou exclusão do mercado de trabalho. O estudo de caso reunirá depoimentos de participantes do projeto e as contribuições formativas de sua inserção no mercado de trabalho. A escolha do tema, atualmente, tornou-se central em vários âmbitos da sociedade. Isso se justifica porque a inclusão social para o mercado, segundo Monteiro et al (2011) tem importância política, cultural, social e econômica, uma vez que a sociedade tem suas estruturas sustentadas pelo trabalho. Dessa forma, o artigo está organizado da seguinte forma: a introdução com o detalhamento do estudo, ou seja, hipótese, problema de pesquisa, objetivos e justificativa; a primeira parte com o embasamento teórico sobre a gestão de responsabilidade social, as categorias formação e inclusão e mercado de trabalho; posteriormente a metodologia, e por fim, o estudo de caso em empresa. 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 GESTÃO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL O conceito de responsabilidade social empresarial, segundo o site do Ethos (2012) é a forma de gestão que se define pela relação ética e de transparência nas empresas com todos os públicos, com os quais ela se relaciona e pelo estabelecimento de metas empresariais que impulsionem o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para as gerações futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais. Nesse sentido, é importante lembrar que o contexto em que apareceu essa prática foi na Europa, na década de 70, ou seja, o site do Ethos (2012) destaca que, era um momento em que a sociedade passou a cobrar maior responsabilidade social das empresas. Também nesse período, a França tornou-se pioneira na criação de uma lei que obrigava as empresas com mais de 300 funcionários a divulgar em balanços suas ações sociais. No Brasil, baseado no site Ethos (2012), esse modelo foi proposto somente na década seguinte pela Fundação Instituto de Desenvolvimento Empresarial Social (Fides), mas não obteve sucesso. Dessa forma, somente em 1990 essa ideia ganhou impulso, pelas ações de entidades não governamentais e institutos de pesquisa, bem como, pela iniciativa privada junto as chamadas políticas sociais do governo. IX Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – adm.convibra.com.br A atuação do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (IBASE), no modelo de relatório social colaborou com as novas formas de gerir ações empresariais e com o início do Instituto Ethos. Assim, um dos objetivos desse Instituto foi criar estratégias de auxílio às empresas em sua gestão social. Umas dessas ferramentas são os Indicadores Ethos que foram desenvolvidos com o propósito de oferecer uma ferramenta de gestão para o diagnóstico e planejamento das práticas de responsabilidade social empresarial, disponíveis desde 2000 e atualizados. Essas ferramentas auxiliam na identificação da gestão empresarial. São os chamados indicadores explicados a seguir de forma simplificada. a) Valores, transparência e governança. A palavra “ética” vem do grego Ethos que tem como tradução “viver bem, morar bem” e Leonardo Boff (2003, p. 28), conceituou como sendo “valores, fins fundamentais e princípios”. Boff, nesse sentido, enfatiza, que esse conjunto se traduz por moral, ou ainda Zenone (2006, p. 17) complementa por “costumes e valores de uma determinada complementa, [...] a ética trata de regras, que nos dizem se algo é um bem ou um mal.”. Assim é possível identificar que a ética é um guia, que dirige os passos da empresa. b) Meio ambiente. É a inserção de valores ambientais e sustentáveis na organização, como por exemplo, o uso de materiais recicláveis. De acordo com Morales et. al.(2002), isso representa uma mudança cultural e comportamental com base na educação e na influência dos stakeholders, não se caracterizado apenas pelo cumprimento da legislação e de projetos antipoluição. c) Público Interno. Conforme Zenone (2006), as empresas têm de ir além das obrigações trabalhistas. Elas devem criar um ambiente de parceria e alinhar objetivos estratégicos dos colaboradores. Deve pensar, ainda, no investimento no desenvolvimento pessoal do público interno, para o bem estar de seus colaboradores. Esse indicador é de grande importância nesse estudo e merece detalhamento. Assim, os aspectos do público interno relevantes são: A iniciativa de empregar menores entre 14 e 16 anos, como aprendizes permite procedimentos e exigência de sua permanência na escola. Assim aprendizes podem exercitar sua cidadania e para capacitar-se profissionalmente, baseado no Ethos (2012). d) Fornecedores. Para Zenone (2006), uma das premissas básicas da organização é manter o respeito aos contratos com os fornecedores e, também, difundir o comprometimento social aos seus parceiros comerciais. A organização deve incentivar a “adoção de práticas socialmente responsáveis pelos fornecedores, garantindo o cumprimento de padrões de IX Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – adm.convibra.com.br proteção ambiental e de segurança e a não utilização de mão de obra infantil” (MORALES et. al., 2002, p. 59). e) Consumidores e clientes. As organizações devem aplicar constantemente o desenvolvimento em forma de melhorias de confiança, eficiência, segurança e disponibilidade de produtos e serviços, minimizando os possíveis riscos e danos à saúde dos consumidores. Zenone (2006) destaca que a responsabilidade social com os clientes está relacionada ao desenvolvimento de produtos e serviços confiáveis, sem provocar danos e expectativas excessivas aos consumidores e à sociedade. f) Comunidade. De acordo com Ashley (2004), a orientação para a comunidade, é vista como um ato voluntário, de forma esporádica ou estratégica. Portanto, o investimento da empresa em ações se reverte em benefícios, em respeito a sua ética, cultura organizacional. Cita-se Melo Neto e Froes (1999, p. 86) que destacam que a responsabilidade social externa tem como foco a comunidade, através de ações sociais voltadas principalmente para as áreas de educação, saúde, assistência social e ecologia, visando um maior retorno social, de imagem, publicitário e para os acionistas. g) Governo e sociedade. Uma organização socialmente responsável deve assumir o seu papel natural de formadora de cidadãos. De acordo com Ashley (2004, p. 38), “[...] na orientação para o Estado ou Governo, a responsabilidade social da empresa está no estrito cumprimento de suas obrigações definidas e regulamentadas em lei”. Assim, é vista apenas sob o aspecto jurídico/legal no cumprimento de seus compromissos. Conforme Ashley et al. (2004, p. 85) a visão das ações sociais das empresas “[...] como produto de maior sensibilidade e responsabilidade social do empresariado, resulta numa visão romântica e fetichizada da realidade”. Ashley et al. (2004, p. 86), destaca que a responsabilidade social “[...] agrega um caráter de integração entre a empresa e a sociedade, tendo a prática social e a valorização humana como responsáveis pelo desenvolvimento do público interno e externo, ou seja, pelo desenvolvimento da própria empresa”. De acordo com informações veiculadas pelo próprio site da Ethos (2012), as empresas que optarem por usar as ferramentas de gestão podem obter uma abordagem diferenciada, dada a complexidade desse processo. Quando aplicados os Indicadores Ethos, o instituto oferece um diagnóstico que contém o desempenho, os temas mencionados e comparativos com o grupo de Benchmark e de outras ferramentas e/ou iniciativas legítimas em responsabilidade social empresarial como, por exemplo, normas ABNT, NBR ISO 26000, Diretrizes da Global Reporting Initiative (G3), Metas do Milênio, Pacto Global e a Norma SA8000. Percebe-se que IX Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – adm.convibra.com.br os indicadores auxiliam as empresas a criarem uma “visão” geral sobre elas mesmas, criando formas de uma melhor atuação dentro da sociedade. É possível perceber que a responsabilidade social nas empresas caminha, cada vez mais, para um olhar estratégico que deve estar incorporado à gestão da organização: seus valores, sua missão, visão e processos. Trata-se, portanto, de uma consciência e atitude corporativa, envolvendo a política de recursos humanos como área-chave para mobilizar e sensibilizar toda a estrutura empresarial. Assim, a responsabilidade social em sua expressão maior, está incluindo e colaborando na formação de todos. 3 FORMAÇÃO, INCLUSÃO E MERCADO DE TRABALHO: QUAL A RELAÇÃO? Quando uma sociedade se dispõe a refletir sobre a temática de inclusão tais questões oportunizam um “empoderamento” junto aos grupos que outrora já estiveram à margem de políticas públicas, conforme destacou Sassaki (1997). Considerando-se que a formação geral e abrangente permite o enfrentamento num contexto de rotatividade de empregos e/ou ameaça de desemprego através das diferentes tecnologias e possibilidades de trabalho, segundo Tanguy (1997), dar conta dessa literatura que tem por objetivo, o domínio de pesquisas designadas com a etiqueta ‘formação-emprego’ sempre foi uma tarefa embaraçosa. Para a autora, o termo se apresenta como uma constelação de objetos de pesquisa, de contornos instáveis e fortemente fixados nos problemas sociais. Tanguy (1997) ainda afirma que a falta de qualificação da mão de obra era considerado o principal fator para o desemprego e, portanto, a formação é fundamental para evitar. Nesse sentido, vale lembrar Chalita (2000) que sustenta o processo educativo sobre três pilares básicos: as habilidades cognitiva, social e emocional. É preciso lembrar que resgatar momentos importantes de diálogos dentro da sociedade, resgatar o tempo dos limites, do respeito com o outro, do saber colocar-se no lugar do outro e estar consciente da sua atuação no mundo como um sujeito crítico, autônomo e decidido. Ashley (2004, p.153) também destaca questões semelhantes. A qualificação e a formação profissional melhoram o desenvolvimento do funcionário na organização, basta lembrar que “[...] a qualificação está intrinsecamente ligada ao trabalho, sendo fator de ingresso, permanência no mercado de trabalho” (MELO 2009, p. 64 e 65). O indivíduo, conforme Frigotto (2000) detém um conjunto de conhecimentos, habilidades, valores e atitudes que se constituem em fatores principais para dar conta dos interesses e IX Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – adm.convibra.com.br necessidades, e, portanto, a educação torna-se constituída e constituinte e o desenvolvimento dessas potencialidades representa a apropriação de “saber social [...] que são produzidos pelas classes, em situação histórica dada de relações para dar conta de interesses e necessidades” (FRIGOTTO 2000, p. 26). A formação passou por transformações em razão da globalização, com os avanços tecnológicos explora a educação formal, para todos os aspectos do indivíduo para a sua vida social e profissional. Dessa forma, pode se concluir que todo o aprendizado representa o conhecimento, experiências, habilidades e capacidades próprias que reúne a formação e conta com “conhecimentos abstratos e técnicos e saberes adquiridos dentro e fora das experiências do trabalho, e know how adquiridos em outras esferas sociais”. Conforme Santos (2006) destaca uma transformação na educação-trabalho, ao expor [...] a educação, que fora inicialmente transmissão da cultura, formação do caráter, modo de aculturação e de socialização adequado ao desempenho da direção da sociedade, passou a ser também educação para o trabalho, ensino de conhecimentos utilitários, de aptidões técnicas especializadas capazes de responder aos desafios do desenvolvimento tecnológico no espaço da produção. [...] o trabalho, que fora inicialmente desempenho de força física no manuseio dos meios de produção, passou a ser também trabalho intelectual, qualificado, produto de uma formação [...] mais ou menos prolongada (SANTOS, 2006, p. 196). Observou-se que a educação e a profissionalização estão juntas no mesmo processo, relacionadas a inclusão indicando um direito de todos os sujeitos postos em uma sociedade. Segundo Sassaki (1997) esse é um processo amplo, urgente e necessário, pois discute práticas educativas para promover uma sociedade que aceite e valorize as diferenças individuais, e no mercado de trabalho esses princípios podem ser aliados nessa construção de uma nova sociedade, ou seja, um grande desafio para todos educadores sociais. Antunes (2004), e Bastos (2007) assinalam que a população juvenil passa por um momento particular do ciclo de vida, que envolve o processo de gradativo ingresso no mercado de trabalho. Portanto, características próprias, enquanto integrante da População Economicamente Ativa, dentre as quais a ausência de experiência anterior de trabalho e a necessidade de coadunar, com recorrência, escola e trabalho. Essas características singulares explicam melhor a situação dos jovens no mercado de trabalho e, o que é de particular interesse aqui, o problema do desemprego para esse grupo populacional. De acordo com diversos estudos, a situação dos jovens no mercado de trabalho é relativamente mais sensível às variações do nível de atividade econômica para Bastos (2007) comparativamente aos adultos. Isso porque os níveis de emprego e desemprego reajam de forma desproporcional às fases de retração do ciclo econômico, evidenciando uma condição de maior vulnerabilidade IX Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – adm.convibra.com.br dos trabalhadores desse grupo populacional no mercado de trabalho. As desvantagens ampliam os seus riscos de desemprego, no emprego e a menor cobertura da legislação de proteção ao trabalho, e registram um crescimento desproporcional do desemprego. Existem leis e políticas públicas que visam à inclusão de jovens no mercado de trabalho. No Brasil, a lei 10.097/2000 regulamentou a questão do trabalho de menores, estabelecendo legalmente a função de jovens aprendizes. De acordo com a Lei, fica proibido o trabalho aos menores de 16 anos, exceto para aqueles, que têm 14 anos ou mais e atuarem na função de jovens aprendizes. Foi estabelecido ainda que empresas com mais de cem funcionários sejam obrigadas a manterem entre 5 e 15% de seus funcionários na condição de aprendizes. Para Bastos (2007) a experiência do desemprego entre os jovens pode trazer consigo sequelas negativas para as suas trajetórias no mercado de trabalho, ou seja, o fato de estar desempregado em algum momento aumenta a probabilidade de que essa situação se reproduza no futuro próximo, deteriorando os seus atributos enquanto trabalhador ativo, face à exclusão do trabalho gerando um círculo negativo. É preciso políticas públicas, que ofereçam formação adequada e de qualidade para que esses jovens, por exemplo, possam ingressar verdadeiramente no mercado de trabalho. Pochmann (2009, p.2), “quando falamos na problemática do desemprego estamos falando fundamentalmente de jovens. Então, inegavelmente, temos uma crise de reprodução social também, na medida em que os jovens, que estão com maior escolaridade do que os jovens de uma ou duas décadas atrás, não encontram oportunidade de trabalho”. Nesse sentido, Antunes (2004, p. 5), também caracteriza essa tendência presente no mundo do trabalho “[...] é a crescente exclusão dos jovens, que atingiram a idade de ingresso no mercado de trabalho e que, sem perspectiva de emprego, acabam muitas vezes engrossando as fileiras dos trabalhos precários, sem perspectivas de trabalho”. Considerando que a exclusão social não é um problema só dos excluídos, mas de toda a sociedade, e entendendo-a como a ausência de direitos básicos compatíveis com a garantia de mínimos sociais para a cidadania, existe muitos programas de inclusão social, tanto como políticas públicas como, também, por programas junto às empresas privadas que atualmente estão formando sujeitos para o ingresso e permanência no mercado de trabalho. Essas novas competências superam a estreiteza das habilidades manuais e colocam-se sobre a clássica noção de qualificação e transformam a natureza do trabalho, que passou a ser redefinido. Assim, a esfera de inclusão, tem o direito de cidadania, de construção de um IX Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – adm.convibra.com.br sujeito atuante e “que faz” da sua própria história. Frente a esses argumentos propostos pela literatura recente sobre esse tema, o ritmo de crescimento da população jovem na RMPA foi superior ao da população total, o que caracteriza a expansão da parcela de jovens na população total da região, comportamento presente no gênero masculino, de forma mais acelerada, do que a feminina, conforme Bastos (2007). A incidência do desemprego na RMPA é bem mais elevada entre a população juvenil comparativamente à adulta, acompanhando o que se pode tomar como um padrão internacional. Bastos (2007, p 60). Tais resultados confirmam plenamente o padrão de desigualdade identificado por outros estudos para a América Latina e o Caribe. Por sua vez, os vínculos entre desemprego juvenil e educação formal na RMPA mostraram-se em concordância com o previsto pela literatura, no sentido de que, quanto maior o nível de escolaridade, menor a incidência do desemprego entre os jovens. Todavia, a esse respeito, é importante recuperar que, dadas as mudanças no perfil de escolaridade da população jovem metropolitana e a capacidade de absorção de mão de obra da economia local, ocorreu uma redistribuição do desemprego juvenil por níveis de educação formal, com um grande aumento da proporção de indivíduos relativamente mais escolarizados entre os desempregados desse grupo populacional. Finalmente, caberia assinalar que a análise da inserção dos jovens no mercado de trabalho vem sendo tratada. Na busca de ampliar a inserção de jovens aprendizes nas empresas e contribuir para que a Lei da Aprendizagem fosse cumprida, entidades passaram a se dedicar a capacitação de jovens para o mercado de trabalho e esse é o caso da Fundação Projeto Pescar que iniciou em 1976. Organização não governamental, sem fins lucrativos, que tem como mantenedoras empresas e instituições privadas e públicas. A Rede Projeto Pescar é formado por 146 Unidades que, com suas respectivas lideranças e comprometimento social, tornam possível a realização dos sonhos de milhares de jovens em situação de vulnerabilidade social, conforme o site institucional Projeto Pescar (2012). Pioneira na franquia social replica a Tecnologia Social desenvolvida com objetivo de sensibilizar e envolver organizações no resgate da cidadania e na preparação de adolescentes em vulnerabilidade social por meio do exercício de uma profissão, promovendo assim sua inclusão social. O Projeto Pescar está dedicado a educação e capacitação profissional, sendo compartilhada com as Franqueadas que mantêm suas próprias Unidades Pescar e encaminham os Jovens formados ao mercado de trabalho. De acordo com dados veiculados no site da Fundação, já passaram 17.479 Jovens, com 145 Unidades nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará, Pernambuco, Bahia, Alagoas, Rio Grande do Norte e Brasília (DF). Assim, analisando teoricamente as categorias IX Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – adm.convibra.com.br de pesquisa responsabilidade social, formação, inclusão e mercado de trabalho pode-se descrever o estudo de caso de uma empresa, que desenvolve, através de sua política interna, projetos de formação e qualificação para o mercado de trabalho. 4 METODOLOGIA As características da pesquisa, para Gómez (1999) embasam e fortalece todo o trabalho científico, visto a necessidade de sistematizar e organizar os dados coletados e criar condições objetivas para a análise desses dados. O estudo de caso foi realizado durante os meses de abril a junho de 2012, na empresa AGCO, a partir do Projeto Pescar, sendo o estudo caracterizado como descritivo e qualitativo. Destaca-se, ainda, as técnicas utilizadas estão centradas na pesquisa bibliográfica, documental, com uso de entrevistas. Os instrumentos para a coleta de informações foram o roteiro de entrevistas e a observação participante realizada na empresa referida. A análise dos dados envolveu a escrita da história, baseada em De Certeau, (1982, p. 14-15), que explica que [...] a relação entre um lugar (um recrutamento, um meio, um ofício, etc.), procedimentos de análise (uma disciplina) e a construção de um texto (uma literatura). É admitir que ela faz parte da “realidade” de que trata, e essa realidade pode ser compreendida “como atividade humana”, “como prática”. Nessa perspectiva, (...) a operação histórica se refere à combinação de um lugar social, de práticas “científicas” e de uma escrita. Convém destacar, que este historiador depositou suas preocupações na linguística e no discurso histórico, de uma maneira deslocada em relação à realidade passada, uma vez que, para o autor, o passado não pode ser apreendido plenamente, não só pelas limitações dos métodos historiográficos (recortes, triagem, inteligibilidade do presente), mas, principalmente, devido ao lugar de onde fala o historiador. Assim, destaca que o cotidiano [...] é aquilo que nos é dado cada dia (ou que nos cabe em partilha), [...] cotidiano é aquilo que nos prende intimamente, a partir do interior. [...] é uma história a caminho de nós mesmos, quase em retirada, às vezes velada” (CERTEAU, 1996, p. 31). O seu trabalho a partir do presente, e das preocupações de sua realidade, fazem de seu discurso, um "discurso particularizado", que tem um emissor, e um destinatário, seja ele qual for, a academia, a sociedade de forma geral ou um grupo específico (De Certeau, 1996, p. 224). Os dados coletados buscaram examinar as maneiras como as pessoas IX Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – adm.convibra.com.br individualizam (aqui jovens do Projeto Pescar) sua formação e a forma de apropriá-los. O contexto, desse novo modelo teórico metodológico, considera os objetivos propostos e os imaginários sociais narrados. O papel do texto linguístico materializado é também compreender o contexto sócio-histórico cultural dessa produção numa perspectiva transdisciplinar. 5 APLICAÇÃO DO ESTUDO: A EMPRESA A empresa AGCO (2012) é fabricante e distribuidora global de equipamentos agrícolas e controlam algumas das mais respeitadas marcas do setor - Challenger, Fendt, Massey Ferguson e Valtra. Com sede em Duluth, na Georgia, EUA, a empresa investe constantemente em tecnologia, além de possuir um grande diferencial em atendimento por meio de suas mais de 2.600 concessionárias independentes e distribuidores em mais de 140 países. Hoje é considerada no Brasil, uma empresa de grande porte e nasceu com a força e a tradição da marca Massey Ferguson. Ganhou prêmio Top of Mind em tratores nos três estados da região sul na pesquisa “Marcas de Expressão”, sendo líder com mais de 36% de mercado há mais de 40 anos. Seu compromisso é solucionar as necessidades da mecanização agrícola brasileira. Com produtos fabricados para atender o ramo agrícola, sua história tornou-se sólida a partir de 1990 com a aquisição da Allis Gleaner Corporation tornando-se uma empresa multinacional com o nome de AGCO Corporation. Em sua história, nota-se um compromisso firmado com a responsabilidade social percebido em sua missão e valores, voltados ao crescimento sustentável, bem como, o atendimento a todos os públicos, inovação, qualidade e comprometimento. Sua visão e sua filosofia são de oferecer produtos de boa qualidade, proporcionar garantias do mercado e atender as necessidades de todos (AGCO, 2012). Na próxima seção os discursos, em relação à realidade, objetivam identificar ações práticas e formativas de colaboradores dessa empresa através dos seus projetos sociais. 6 DEPOIMENTOS DOS PARTICIPANTES DO PROJETO PESCAR As entrevistas ocorreram durante o mês de maio. É importante lembrar que a problemática inicial de que a gestão da responsabilidade social, em uma empresa do Vale dos Sinos, através de do Projeto Pescar, contribui no processo de formação e inclusão de jovens IX Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – adm.convibra.com.br no mercado de trabalho. Os jovens com perfil decorrentes de famílias pobres possuem grau de instrução de Ensino Médio. O "discurso particularizado", que tem um emissor, e um destinatário, seja ele qual for, segundo De Certeau (1996), buscou examinar as maneiras como essas pessoas individualizam a sua formação e a forma de apropriá-los. Declararam que a participação no Projeto Pescar dentro dessa empresa, foi decisivo, ou seja, um “divisor de águas” no que se refere à inserção no mercado de trabalho. Quando questionados sobre sua vida escolar, os entrevistados estudaram em escolas públicas e declararam o enfrentamento de dificuldades na escola em relação a aprendizagem. A percepção de finalizar o Ensino Médio foi lembrada nos depoimentos e Chalita (2000) sustenta, que o processo educativo em três pilares básicos: as habilidades cognitiva, social e emocional. Os entrevistados relatam de forma subliminar que a à formação profissional, educação, questões relacionadas à formação cognitiva são importantes. No percurso de sua formação acadêmica os jovens percebem, que estar envolvido no Projeto Pescar, dentro de uma empresa foi muito relevante para o ingresso no mercado de trabalho, almejando a formação técnica. As transformações no sistema capitalista, de enfrentamento à crise têm gerado impactos importantes sobre o mundo do trabalho, e principalmente centrado na formação do profissional jovem. Para Bastos (2007) e Tanguy (1997), a formação geral e abrangente permite o enfrentamento do contexto de rotatividade de empregos e/ou ameaça de desemprego como forma de contornar os problemas sociais. Tanguy (1997) reafirma, que a falta de qualificação da mão de obra era considerado o principal fator para o desemprego e, portanto, a formação é fundamental para evitar isso. Assim, ao questionar a relevância do Projeto Pescar na vida desses jovens obtiveram-se as seguintes narrativas. Eu fique sabendo do projeto Pescar pelo meu irmão que trabalhava na empresa, [...] ele falou que era um programa social, que ajudava os jovens a se prepara para o mercado de trabalho. Então fui atrás (ENTREVISTADO, 2012). [...] Fiz a prova e passei e consegui uma vaga entre mais de 150 jovens. Onde as aulas eram matérias relacionadas ao curso, eu aprendi ambiente de trabalho, comunicação e tecnologia, descobertas do “eu”, ecologia, elemento de máquinas e ferramentas, empreendedorismo, família, gestão básica da produção, higiene e segurança do trabalho, leitura e interpretação de desenho técnico-mecânico, matemática fundamental aplicada, meio ambiente, metrologia, processos básicos de produção, saúde, tecnologia das matérias, inglês, administração, Comex ”exportação e importação” e recursos humanos (ENTREVISTADO, 2012). Ali, você aprende muitas técnicas, desde fazer um desenho técnico mecânico, como se dar num ambiente de trabalho, etc. (ENTREVISTADO, 2012). IX Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – adm.convibra.com.br Ao longo do curso tive dificuldades em inglês, eu não sabia falar direito e sem falar que não gostava dessa matéria, porque não sabia lidar bem com ela. Esse curso, eu tiro como base, que eu nunca tinha trabalhado em um fábrica, então foi ali que eu aprendi, porque eles colocam você para dentro [...], para você ter uma experiência ver como é um ambiente; o dia-a-dia na empresa (ENTREVISTADO, 2012). [...] em melhorias de processo, sempre focados em qualidade e segurança do trabalho [...]. Na opinião global, [...] todos querem crescer dentro de uma organização. [...] um bom trabalho com projetos sociais [...], além de o Projeto Pescar, tem o projeto que se chama ISCA, ajuda pessoas com todos os tipos deficiências e desenvolver a capacidade de trabalhos em grupos (ENTREVISTADO 1, 2012). A defasagem entre a oferta e a demanda de emprego, é penalizadora para todos, segundo Tanguy (1997) e Melo (2009), pois a qualificação e a formação profissional colaboram com o desenvolvimento do funcionário na organização, e está intrinsecamente ligada ao trabalho, sendo fator de ingresso, permanência no processo produtivo e do mercado de trabalho, pois é justamente essa preparação do trabalhador, relatada sobre o projeto Pescar, que reduz o desemprego, incluindo no mercado de trabalho contingentes cada vez maiores de trabalhadores. Frigotto (2000) destaca que o desenvolvimento dessas potencialidades narradas pelos entrevistados, representa a apropriação de saber social, que são produzidos pelas classes, em situação histórica dada de relações, para dar conta de interesses e necessidades sociais. De Certeau (1996) evidencia isso no método utilizado, pois aquilo que nos é dado cada dia (ou que nos cabe em partilha), existe no cotidiano é aquilo e, portanto, é o que nos prende intimamente, “a partir do interior. [...] é uma história a caminho de nós mesmos [...]. O que interessa ao historiador do cotidiano é o Invisível.” (CERTEAU, 1996, p. 31). Os jovens entrevistados têm conhecimento da responsabilidade social da empresa e reconhecem os benefícios de toda a comunidade local. A formação passou por transformações em razão da globalização, com os avanços tecnológicos e explora a educação formal, para todos os aspectos do indivíduo para a sua vida social e profissional. É possível concluir que todo o aprendizado representa o conhecimento, experiências, habilidades e capacidades próprias que reúne a formação e conta com conhecimentos abstratos e técnicos e saberes adquiridos dentro e fora das experiências do trabalho, e know how adquiridos em outras esferas sociais. A responsabilidade social da empresa destaca uma transformação na educação-trabalho para os colaboradores. A empresa conta com um histórico de compromisso firmado com a responsabilidade social que é percebida em sua missão e meta de valores enquanto indústria de equipamentos agrícolas. Preocupam-se com o desenvolvimento pessoal do público interno, indicador de IX Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – adm.convibra.com.br grande importância, pois, permite procedimentos para aprendizes, para capacitar-se profissionalmente, colaborando com o processo de desenvolvimento de políticas e programas de boas práticas e lições. As premissas básicas da organização são de manter o respeito aos contratos com os fornecedores, consumidores, clientes, governo e à sociedade de acordo com Ashley (2004), pois essas são as verdadeiras estratégicas da responsabilidade social. Portanto, os investimentos da empresa em ações se revertem em benefícios, em respeito a sua ética, cultura organizacional, segundo, Melo Neto e Froes (1999) estão voltadas principalmente para as áreas de educação, formação, saúde, assistência social e ecologia, visando um maior retorno social. É possível perceber que a responsabilidade social na empresa caminha, cada vez mais, para um olhar estratégico que está incorporado à gestão da organização, através dos seus valores, missão, visão e processos. Trata-se, portanto, de uma consciência e atitude corporativa, envolvendo a política de recursos humanos como áreachave para mobilizar e sensibilizar toda a estrutura. Assim, a responsabilidade social em sua expressão maior está incluindo e colaborando na formação de todos. A educação, que fora inicialmente a transmissão da cultura, formação do caráter, modo de aculturação e de socialização adequada ao desempenho da direção da sociedade, passou a ser também, educação para o trabalho, ensino de conhecimentos utilitários, de aptidões técnicas especializadas, capazes de responder aos desafios do desenvolvimento tecnológico no espaço da produção, conforme, destacou Santos (2006). Desta forma, observamos que a educação e a profissionalização estão juntas no mesmo processo, relacionadas a inclusão indicando um direito de todos. A formação é um processo amplo, urgente e necessário, discute práticas educativas para promover uma sociedade, que aceite e valorize as diferenças individuais. No mercado de trabalho esses princípios podem ser aliados de uma nova sociedade, um grande desafio para todos educadores sociais. Todos devem, segundo Antunes (2004), pensar em estratégias e processos de formação, que sejam capazes de incluir minorias da sociedade no mercado. CONSIDERAÇÕES FINAIS O estudo permitiu verificar que o tema responsabilidade social, inclui a ideia das “empresas cidadãs”, imbuídas em auxiliar a inserção de jovens em situação de risco dentro do mercado de trabalho. Assim, o pressuposto inicial, de que o mercado de trabalho registra IX Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – adm.convibra.com.br tendências de absorção de pessoas com formação foi comprovada na análise, pois a gestão da responsabilidade social, através do Projeto Pescar, realmente contribui com a inclusão de público jovem. Os objetivos, também foram cumpridos, visto que, as categorias teóricas são atuais e permitiram descrever sobre a gestão de responsabilidade social empresarial, a formação e inclusão no mercado de trabalho. Esse estudo de caso destacou as ferramentas e Indicadores Ethos, através das divulgações feitas em seu site e o diagnóstico e planejamento das práticas que, representam hoje um olhar estratégico, incorporado à gestão social da organização. A responsabilidade social, em sua expressão maior está incluindo e colaborando na formação de todos. Sobre a formação, última categoria de análise, foi possível entender que o mundo ainda apresenta ameaça de desemprego e dificuldades tecnológicas nas possibilidades de trabalho. Tanguy (1997) e Bartalotti (2010) destacam a real necessidade da educação e a profissionalização, relacionadas a inclusão, indicando ser um direito de todos na sociedade. REFERÊNCIAS AGCO. AGCO do Brasil. Disponível em: www. agco.com.br. ANTUNES, Ricardo; ALVES, Giovanni. As mutações no mundo do trabalho na Era da Mundialização do Capital. Educ. Soc., Campinas, vol. 25, n. 87, p. 335-351, maio/ago. 2004 Disponível em http://www.cedes.unicamp.br. Acesso em Maio de 2012. 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