ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO 1 1. NOME DO MEDICAMENTO Retacrit 1 000 UI/0,3 ml solução injectável em seringa pré-cheia 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Uma seringa pré-cheia com 0,3 ml de solução injetável contém 1 000 unidades internacionais (UI) de epoetina zeta* (eritropoetina humana recombinante). A solução contém 3 333 UI de epoetina zeta por ml. *Produzida por tecnologia de ADN recombinante na linhagem celular de ovário de hamster chinês (CHO). Excipiente com efeito conhecido: Cada seringa pré-cheia contém 0,15 mg de fenilalanina. Para a para a lista completa de excipientes, ver secção 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução injetável em seringa pré-cheia. Solução incolor e límpida. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia sintomática associada a insuficiência renal crónica (IRC) em doentes adultos e pediátricos: o Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em doentes adultos e pediátricos em hemodiálise e doentes adultos em diálise peritoneal (ver secção 4.4). o Tratamento da anemia grave de causa renal acompanhada de sintomas clínicos em doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise (ver secção 4.4). − Tratamento da anemia e redução dos requisitos de transfusão em doentes adultos a receber quimioterapia para tumores sólidos, linfoma maligno ou mieloma múltiplo, e em risco de transfusão conforme a avaliação do estado geral do doente (p.ex. estado cardiovascular, anemia prévia no início da quimioterapia). − Pode utilizar-se Retacrit para aumentar a colheita de sangue autólogo em doentes num programa de doação prévia. A sua utilização nesta indicação deve ser ponderada face ao risco de ocorrência de acontecimentos tromboembólicos notificado. O tratamento só deve ser administrado a doentes com anemia moderada (sem deficiência em ferro), se não estiverem disponíveis processos de conservação de sangue ou se estes forem insuficientes quando uma cirurgia eletiva programada importante requerer um grande volume de sangue (4 ou mais unidades de sangue na mulher ou 5, ou mais unidades, no homem). − Retacrit pode ser utilizado para reduzir a exposição à transfusão sanguínea alogénica em adultos sem deficiência de ferro, antes de cirurgia eletiva ortopédica major, que tenham um elevado um risco elevado para complicações associadas a transfusões. O seu uso deve ser restrito a doentes adultos com anemia moderada (ex. hemoglobina 10-13 g/dl) que não tenham disponível um programa de pré-doação autólogo e em que é previsível uma perda moderada de sangue (900 a 1 800 ml). 4.2 Posologia e modo de administração 2 O tratamento com Retacrit tem de ser iniciado sob a supervisão de médicos com experiência na gestão de doentes com as indicações acima mencionadas. Posologia Tratamento da anemia sintomática em doentes insuficientes renais crónicos adultos e pediátricos Retacrit deve ser administrado por via subcutânea ou por via intravenosa.. A concentração de hemoglobina pretendida situa-se entre 10 e 12 g/dl (6,2-7,5 mmol/l), excepto em doentes pediátricos nos quais a concentração de hemoglobina se deverá situar entre 9,5 e 11 g/dl (5,96,8 mmol/l). Não se deve exceder o limite superior da concentração de hemoglobina a atingir. Os sintomas e as sequelas da anemia podem variar com a idade, o sexo e a carga geral da doença, sendo necessária a avaliação por parte de um médico do estado clínico e da condição de cada doente. Retacrit deve ser administrado por via intravenosa a fim de aumentar a hemoglobina para valores não superiores a 12 g/dl (7,5 mmol/l). Devido à variabilidade intra-doente, pode observar-se ocasionalmente valores de hemoglobina superiores e inferiores ao nível de hemoglobina desejado num doente individual. A variabilidade da hemoglobina deve ser resolvida através da gestão da dose, tendo em consideração o intervalo de hemoglobina pretendida de 10 g/dl (6,2 mmol/l) a 12 g/dl (7,5 mmol). Devem ser evitados valores de hemoglobina que se mantenham superiores a 12 g/dl. As recomendações para o ajuste adequado da dose quando se observam valores de hemoglobina superiores a 12 g/dl (7,5 mmol/l) estão descritas abaixo. Deve ser evitado um aumento do valor de hemoglobina superior a 2 g/dl (1,25 mmol/l) num período de quatro semanas. Caso ocorra, o ajuste de dose apropriado deverá ser efectuado. Os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados para assegurar que é utilizada a dose efetiva mais baixa aprovada de Retacrit, para o controlo adequado dos sintomas da anemia enquanto se mantém uma concentração de hemoglobina inferior ou igual a 12 g/dl (7,5 mmol/l). Deve ter-se precaução com o aumento gradual das doses de Retacrit em doentes com insuficiência renal crónica. Em doentes com uma resposta fraca da hemoglobina ao Retacrit, explicações alternativas para a fraca resposta devem ser consideradas (ver secções 4.4 e 5.1). Em doentes com insuficiência renal crónica e cardiopatia isquémica ou insuficiência cardíaca congestiva clinicamente evidentes, a concentração de hemoglobina de manutenção não deverá exceder o limite superior da concentração de hemoglobina a atingir. Doentes adultos em hemodiálise Retacrit deve ser administrado por via subcutânea ou por via intravenosa. O tratamento divide-se em duas fases: 1. Fase de correção: 50 UI/kg 3 vezes por semana. Quando for necessário um ajuste da dose, este deve ser feito em etapas de, pelo menos, quatro semanas. Em cada etapa, o aumento ou redução da dose deve ser de 25 UI/kg 3 vezes por semana. 2. Fase de manutenção: Ajuste da dose para manter os valores da hemoglobina (Hb) no nível desejado: Hb entre 10 e 12 g/dl (6,2-7,5 mmol/l). A dose total semanal recomendada situa-se entre 75 e 300 UI/kg. Os dados clínicos disponíveis sugerem que aqueles doentes cuja hemoglobina inicial é muito baixa (< 6 g/dl ou < 3,75 mmol/l) podem necessitar de doses de manutenção mais altas do que aqueles cuja anemia inicial é menos grave (Hb > 8 g/dl ou > 5 mmol/l). Doentes pediátricos em hemodiálise O tratamento divide-se em duas fases: 3 1. Fase de correção: 50 UI/kg 3 vezes por semana por via intravenosa. Quando for necessário um ajuste da dose, este deve ser feito em etapas de 25 UI/kg, 3 vezes por semana em intervalos de, pelo menos, 4 semanas até o objectivo pretendido ser atingido. 2. Fase de manutenção: Ajuste da dose para manter os valores da hemoglobina (Hb) no nível desejado: Hb entre 9,5 e 11 g/dl (5,9-6,8 mmol/l). Geralmente, as crianças e adolescentes com menos de 30 kg de peso necessitam de doses de manutenção mais altas do que as crianças com mais de 30 kg e os adultos. As seguintes doses de manutenção foram observadas em estudos clínicos após 6 meses de tratamento. Peso (kg) < 10 10-30 > 30 Dose (UI/kg administrada 3 vezes por semana) Mediana Dose de manutenção habitual 100 75-150 75 60-150 33 30-100 Os dados clínicos disponíveis sugerem que aqueles doentes cuja hemoglobina inicial é muito baixa (< 6,8 g/dl ou < 4,25 mmol/l) podem necessitar de doses de manutenção mais altas do que aqueles cuja hemoglobina inicial é superior a > 6,8 g/dl ou > 4,25 mmol/l. Doentes adultos em diálise peritoneal Retacrit deve ser administrado por subcutânea ou por via intravenosa. O tratamento divide-se em duas fases: 1. Fase de correção: A dose inicial é de 50 UI/kg 2 vezes por semana. 2. Fase de manutenção: Ajuste da dose para manter os valores da hemoglobina (Hb) no nível desejado: (Hb entre 10 e 12 g/dl (6,2-7,5 mmol/l). Dose de manutenção entre 25 e 50 UI/kg 2 vezes por semana em 2 doses iguais. Doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise Retacrit deve ser administrado por subcutânea ou por via intravenosa. O tratamento divide-se em duas fases: 1. Fase de correção: A dose inicial é de 50 UI/kg 3 vezes por semana, seguida, se necessário, por um aumento da dose com incrementos de 25 UI/kg (3 vezes por semana) até o objectivo pretendido ser atingido (isto deve ser feito em etapas de, pelo menos, quatro semanas). 2. Fase de manutenção: Durante a fase de manutenção, o Retacrit pode ser administrado 3 vezes por semana e em caso de administração subcutânea, uma vez por semana ou uma vez em cada 2 semanas. Deve ser realizado o ajuste apropriado da dose e dos intervalos da dose para manter os valores da hemoglobina (Hb) no nível desejado: Hb entre 10 e 12 g/dl (6,2-7,5 mmol/l). Uma extensão dos intervalos da dose pode requerer um aumento da dose. A dosagem máxima não deverá exceder 150 UI/Kg 3 vezes por semana, 240 UI/Kg (até um máximo de 20 000 UI) uma vez por semana ou 480 UI/Kg (até um máximo de 40 000 UI) uma vez em cada 2 semanas. Tratamento de doentes com anemia induzida por quimioterapia Retacrit deve ser administrada por via subcutânea a doentes com anemia (p. ex., concentração de hemoglobina ≤ 10 g/dl (6,2 mmol/l). Os sintomas e as sequelas da anemia podem variar com a idade, o 4 sexo e a carga geral da doença; sendo necessária a avaliação por parte de um médico do estado clínico e da condição de cada doente. Devido à variabilidade intra-doente, pode observar-se ocasionalmente valores de hemoglobina superiores e inferiores ao nível de hemoglobina desejado num doente individual. A variabilidade da hemoglobina deve ser resolvida através da gestão da dose, tendo em consideração o intervalo de hemoglobina pretendida de 10 g/dl (6,2 mmol/l) a 12 g/dl (7,5 mmol). Deve ser evitado que o nível de hemoglobina se mantenha superior a 12 g/dl (7,5 mmol/l), sendo de seguida fornecida uma orientação para o ajuste adequado da dose para os casos em que se observam valores de hemoglobina que excedam 12 g/dl (7,5 mmol/l). Os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados para assegurar que é utilizada a dose mais baixa aprovada de Retacrit, para o controlo adequado dos sintomas da anemia. A terapêutica com Retacrit deve continuar até um mês após o final da quimioterapia. A dose inicial é de 150 UI/kg administrada por via subcutânea 3 vezes por semana. Em alternativa, pode administrar-se Retacrit com uma dose inicial de 450 UI/kg por via subcutânea uma vez por semana. Se a hemoglobina aumentou, pelo menos, 1 g/dl (0,62 mmol/l) ou a contagem reticulocitária aumentou ≥ 40 000 células/µl acima do valor inicial após 4 semanas de tratamento, a dose deve permanecer em 150 UI/kg 3 vezes por semana ou 450 UI/kg uma vez por semana. Se o aumento da hemoglobina for < 1 g/dl (< 0,62 mmol/l) e a contagem reticulocitária tiver aumentado < 40 000 células/µl acima do valor inicial, aumente a dose para 300 UI/kg 3 vezes por semana. Se após mais 4 semanas de terapêutica com 300 UI/kg 3 vezes por semana, a hemoglobina aumentou ≥ 1 g/dl (0,62 mmol/l) ou a contagem reticulocitária aumentou ≥ 40 000 células/µl, a dose deve permanecer em 300 UI/kg 3 vezes por semana. Contudo, se a hemoglobina aumentou < 1 g/dl (< 0,62 mmol/l) e a contagem reticulocitária aumentou < 40 000 células/µl acima do valor inicial, não é provável a obtenção de resposta, pelo que, o tratamento deve ser interrompido. O regime posológico recomendado é descrito no diagrama seguinte: 5 150 UI/kg, 3x/semana ou 450 UI/kg, uma vez por semana durante 4 semanas Aumento da contagem de reticulócitos < 40.000/μl e aumento de Hb < 1 g/dl Aumento da contagem de reticulócitos ≥ 40.000/μl ou aumento de Hb ≥ 1 g/d 300 UI/kg 3x/semana durante 4 semanas Hb pretentida (10-12 g/dl) Aumento da contagem de reticulócitos ≥ 40.000/μl ou aumento de Hb ≥ 1 g/d Aumento da contagem de reticulócitos < 40.000/μl e aumento de Hb < 1 g/dl Interromper o tratamento Assim que o objectivo terapêutico para um doente individual tiver sido atingido, a dose deve ser reduzida em 25 a 50% de modo a manter a hemoglobina nesse nível. Deve ser considerada a titulação adequada da dose. Ajuste da dose A uma taxa de aumento na hemoglobina de >2 g/dl (>1,25 mmol/l) por mês, a dose de Retacrit deve ser reduzida em cerca de 25-50%. Se o valor da hemoglobina exceder 12 g/dl (7,5 mmol/l), interrompa a terapêutica até baixar para 12 g/dl (7,5 mmol/l) ou menos e, depois, reintroduza a terapêutica com Retacrit a uma dose 25% inferior à dose anterior. Tratamento de doentes adultos cirúrgicos em programas de pré-doação autóloga Retacrit deve ser administrado por via intravenosa. Na altura da colheita de sangue, deve administrar-se Retacrit após a conclusão do procedimento de colheita de sangue. Os doentes moderadamente anémicos (hematócrito de 33-39%) que necessitam de um depósito prévio de ≥ 4 unidades de sangue devem ser tratados com Retacrit a uma dose de 600 UI/kg de peso corporal 2 vezes por semana durante 3 semanas antes da cirurgia. 6 Todos os doentes tratados com Retacrit deverão receber um suplemento de ferro adequado (p.ex. 200 mg de ferro elementar por via oral diariamente) durante o tratamento. Deve iniciar-se o suplemento de ferro o mais rapidamente possível, mesmo várias semanas antes de iniciar o depósito prévio autólogo, para obter níveis de ferro altos antes de iniciar a terapêutica com Retacrit. Tratamento de doentes adultos sujeitos a cirurgia eletiva ortopédica major O Retacrit deve ser administrado por via subcutânea A dose recomendada de Retacrit é de 600 UI/kg administrada semanalmente, durante três semanas (dias 21, 14, e 7) antes da cirurgia e no dia da cirurgia (dia 0). Em casos em que haja necessidade clínica, o tempo antes da cirurgia pode ser reduzido para menos de três semanas. Nestes casos devemse administrar 300 mg/kg diariamente durante 10 dias consecutivos antes da cirurgia, no dia da cirurgia, e durante quatro dias imediatamente após a cirurgia. Se durante o período pré-operatório, a hemoglobina atingir níveis de 15 g/dl, ou superior, a administração de Retacrit deve ser interrompida e não se devem administrar doses adicionais. As deficiências em ferro devem ser tratadas antes de iniciar o tratamento com Retacrit. Além disto, todos os doentes devem receber o suplemento de ferro adequado (por exemplo, 200 mg por dia, por via oral, de elemento ferro) durante o decorrer do tratamento com Retacrit. Se possível, o suplemento de ferro deve ser iniciado antes do tratamento com Retacrit, para atingir os níveis internos de ferro adequados. Modo de administração Injeção intravenosa A dose deve ser administrada durante, pelo menos, 1-5 minutos, dependendo da dose total. Em doentes submetidos a hemodiálise, pode administrar-se uma injeção de bólus durante a sessão de diálise através de uma porta venosa adequada na linha de diálise. Em alternativa, a injeção pode ser administrada no final da sessão de diálise através do tubo da agulha da fístula, seguida de 10 ml de solução de cloreto de sódio 9 mg/ml (0,9%) para enxaguar o tubo e garantir uma injeção satisfatória do medicamento na circulação. É preferível uma injeção mais lenta em doentes que reagem ao tratamento com sintomas gripais. Retacrit não deve ser administrado por perfusão intravenosa. Retacrit não deve ser misturado com outros medicamentos (ver secção 6.2). Injeção subcutânea Geralmente, não se deve exceder um volume máximo de 1 ml no local da injeção. Em caso de volumes superiores, deve escolher-se mais de um local para a injeção. As injeções são administradas nos membros ou na parede abdominal anterior. Para instruções acerca do manuseamento do medicamento antes da administração, ver secção 6.6. 4.3 − − − − Contraindicações Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes listados na secção 6.1. Os doentes que desenvolvem Aplasia Eritróide Pura (AEP) após tratamento com qualquer eritropoetina não podem receber Retacrit ou qualquer outra eritropoetina (ver secção 4.4). Hipertensão descontrolada. Na indicação “para aumentar a colheita de sangue autólogo”: enfarte do miocárdio ou acidente vascular cerebral no mês anterior ao tratamento, angina de peito instável, risco aumentado de 7 − − 4.4 trombose venosa profunda, nomeadamente, história clínica de doença tromboembólica venosa. Na indicação de cirurgia eletiva ortopédica major: doença coronária grave, doença arterial periférica, carotídea ou doença vascular cerebral, incluindo doentes com antecedentes de enfarte do miocárdio recente ou acidente vascular cerebral. Doentes que, por qualquer razão, não podem receber profilaxia antitrombótica adequada. Advertências e precauções especiais de utilização Informações gerais Como em todos os doentes a receber eritropoetina, a pressão arterial pode aumentar durante o tratamento com Retacrit. A pressão arterial deve ser monitorizada de perto e controlada adequadamente em todos os doentes antes, no início e durante o tratamento com Retacrit. Pode ser necessário adicionar ou aumentar o tratamento anti-hipertensivo. Se a pressão arterial não puder ser bem controlada, o tratamento com Retacrit deve ser interrompido. Retacrit também deve ser usado com precaução em presença de epilepsia e insuficiência hepática crónica. Durante o tratamento com eritropoetina, pode ocorrer um aumento moderado do número de plaquetas, dentro dos valores normais, dependente da dose. Este efeito regride com o tratamento. Recomenda-se a monitorização regular do número de plaquetas nas primeiras 8 semanas de tratamento. Todas as outras causas de anemia (deficiência em ferro, hemólise, perda de sangue, deficiências em vitamina B12- ou folato) devem ser consideradas e tratadas antes de iniciar e durante a terapêutica com Retacrit. Na maioria dos casos, observa-se diminuição dos valores da ferritina sérica em simultâneo com o aumento do hematócrito. Para garantir uma resposta óptima à eritropoetina, devem garantir-se níveis de ferro adequados: − recomenda-se suplemento de ferro, p.ex. 200-300 mg/dia oralmente (100-200 mg/dia para doentes pediátricos) para doentes com insuficiência renal crónica cujos níveis séricos de ferritina sejam inferiores a 100 ng/ml − recomenda-se substituição de ferro na dose de 200-300 mg/dia para todos os doentes com neoplasia com saturação da transferrina inferior a 20% Todos estes factores que contribuem para a anemia devem ser considerados cuidadosamente ao tomar a decisão de aumentar a dose de eritropoetina em doentes com neoplasia. A diminuição paradoxal da hemoglobina e desenvolvimento de anemia grave associada com uma contagem baixa de reticulócitos deve levar à interrupção imediata do tratamento com epoetina e efetuar a análise para pesquisa de anticorpos anti-epoetinas. Têm sido notificados casos de doentes com hepatite C tratados com interferão e ribavirina, e com epoetinas utilizadas concomitantemente. As epoetinas não estão aprovadas para controlar a anemia associada à hepatite C. De forma a melhorar a rastreabilidade dos agentes estimulantes da eritropoiése (AEEs), o nome do AEE prescrito deve ser claramente registado (ou indicado) no processo do doente. Este medicamento contém menos de 1 mmol de sódio (23 mg) por dose, ou seja, é praticamente “isento de sódio”. Doentes que vão ser submetidos a cirurgia ortopédica eletiva major Em doentes que vão ser submetidos a cirurgia eletiva ortopédica major, a causa da anemia deve ser esclarecida e tratada, se possível, antes do início do tratamento com Retacrit. Os acontecimentos trombóticos podem ser um risco nesta população de doentes e esta possibilidade tem de ser cuidadosamente avaliada em relação ao benefício relacionado com o tratamento. 8 Os doentes devem receber profilaxia adequada com anticoagulantes, pois podem ocorrer eventos tromboembólicos e vasculares em doentes cirúrgicos, especialmente os que apresentam doença cardiovascular. Para além disto, também deverá ser observada precaução especial em doentes predispostos para o desenvolvimento de trombose venosa profunda (DVTs). Não se pode também excluir a possibilidade de que o tratamento com Retacrit, em doentes com um nível de hemoglobina > 13 g/dl, se associe a um aumento de risco de eventos trombóticos e vasculares pós-operatórios. A epoetina alfa não deverá, portanto, ser utilizada em doentes com valores de hemoglobina > 13 g/dl. Doentes insuficientes renais crónicos Concentração de hemoglobina Em doentes com insuficiência renal crónica, a concentração da hemoglobina de manutenção não deve exceder o limite superior da concentração de hemoglobina pretendida recomendada na secção 4.2. Em ensaios clínicos, observou-se um aumento do risco de morte, de acontecimentos cardiovasculares ou cerebrovasculares graves, incluindo AVC quando foram administrados AEE para alcançar uma hemoglobina superior a 12 g/dl (7,5 mmol/l). Ensaios clínicos controlados não demonstraram benefícios significativos atribuíveis à administração de epoetinas quando a concentração de hemoglobina aumenta para além do nível necessário para controlar os sintomas da anemia e para evitar transfusões sanguíneas. Os valores da hemoglobina devem ser medidos de forma regular até se atingir um valor estável e, posteriormente, de forma periódica. A taxa de aumento em hemoglobina deverá ser aproximadamente de 1 g/dl (0,62 mmol/l) por mês e não deverá exceder 2 g/dl (1,25 mmol/l) por mês para minimizar o risco de desenvolvimento ou agravamento de hipertensão. Os doentes com insuficiência renal crónica tratados com Retacrit por via subcutânea devem ser monitorizados regularmente quanto à perda de eficácia, definido como ausência ou diminuição de resposta ao tratamento de Retacrit nos doentes que responderam previamente a esta terapia. Isto caracteriza-se por uma diminuição constante dos níveis de hemoglobina, apesar do aumento da dose de Retacrit Alguns doentes com intervalos de dosagem mais alargados (superiores a uma vez por semana) de epoetina podem não manter níveis adequados de hemoglobina (ver secção 5.1) e podem requerer um aumento na dose de epoetina. Os níveis de hemoglobina devem ser monitorizados regularmente. Deve ter-se precaução com o aumento gradual das doses de Retacrit em doentes com insuficiência renal crónica, uma vez que doses cumulativas elevadas de epoetina podem estar associadas a um aumento do risco de mortalidade, acontecimentos cardiovasculares e cerebrovasculares graves. Em doentes com uma resposta fraca da hemoglobina ao Retacrit, explicações alternativas para a fraca resposta devem ser consideradas (ver secções 4.2 e 5.1). A falta de resposta à terapêutica com eritropoetina deve levar a uma procura dos factores causais. Estes incluem: deficiência em ferro, folato, ou Vitamina B12; intoxicação por alumínio; infecções intercorrentes; episódios inflamatórios ou traumáticos; perda de sangue oculta; hemólise e fibrose da medula óssea de qualquer origem. Foram notificados muito raramente, casos de AEP (Aplasia Eritróide Pura) mediada por anticorpos em doentes com insuficiência renal crónica com eritropoetina administrada por via subcutânea. Em doentes que desenvolvam uma falta de eficácia súbita, definida por uma diminuição na hemoglobina (1-2 g/dl por mês) com uma maior necessidade de transfusões, deve efectuar-se uma contagem reticulocitária e as causas típicas para a falta de resposta (p.ex. deficiência em ferro, folato, ou vitamina B12, intoxicação por alumínio, infecção ou inflamação, perda de sangue e hemólise) devem 9 ser investigadas. Se não for identificada uma causa, deve ser considerado um exame da medula óssea para o diagnóstico da AEP. Se for diagnosticada AEP, a terapêutica com Retacrit deve ser interrompida imediatamente e deve considerar-se efetuar um teste aos anticorpos anti-eritropoetina. Os doentes não devem ser transferidos para outro medicamento pois os anticorpos anti-eritropoetina apresentam reatividade cruzada com outras eritropoetinas. Devem ser excluídas outras causas de AEP e deve ser instituída uma terapêutica apropriada. Recomenda-se a monitorização da contagem reticulocitária de forma regular para detectar possível ocorrência de falta de eficácia em doentes com insuficiência renal crónica. Observou-se hipercalcemia em casos isolados. Em doentes com insuficiência renal crónica, a correção da anemia pode conduzir a aumento do apetite, e a uma maior ingestão de potássio e proteínas. As prescrições de diálises podem ter de ser ajustadas periodicamente para manter a ureia, a creatinina e o potássio dentro dos valores desejados. Os electrólitos séricos devem ser monitorizados em doentes com insuficiência renal crónica. Se for detectado um nível sérico de potássio elevado (ou crescente), deve considerar-se suspender a administração de eritropoetina até à normalização da hipercalcemia. Durante o tratamento com eritropoetina, é frequentemente requerido um aumento da dose de heparina, durante a hemodiálise, devido ao aumento do hematócrito. Se a heparinização não for óptima pode ocorrer a oclusão do sistema de diálise. Com base em informações disponíveis à data, a correção da anemia com eritropoetina em doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise não acelera a taxa de progressão da insuficiência renal. Doentes adultos com neoplasia e anemia sintomática a receber quimioterapia Em doentes com neoplasia a receber quimioterapia, o atraso de 2-3 semanas entre a administração de eritropoetina e o aparecimento de glóbulos vermelhos induzidos pela eritropoetina deve considerado ao avaliar se a terapêutica com Retacrit é apropriada (doente em risco de transfusão). Os valores da hemoglobina devem ser monitorizados de perto até se atingir um valor estável e, posteriormente, de forma periódica. Caso a taxa de aumento na hemoglobina exceda 2 g/dl (1,25 mmol/l) por mês ou o valor da hemoglobina exceda 12 g/dl (7,5 mmol/l), o ajuste da dose detalhado na secção 4.2 deve ser executado cuidadosamente para minimizar o risco de acontecimentos trombóticos (ver secção 4.2). Como se observou um aumento na incidência episódios vasculares trombóticos (EVT) em doentes com neoplasia a receber agentes eritropoéticos (ver secção 4.8), este risco deve ser ponderado cuidadosamente face ao benefício a ser obtido do tratamento (com Retacrit), particularmente em doentes com neoplasia com um aumento do risco de episódios vasculares trombóticos, tais como obesidade e doentes com uma história clínica de EVT (p.ex. trombose venosa profunda ou Embolia pulmonar). Doentes cirúrgicos adultos num programa de doação prévia de sangue autólogo Todas as advertências e precauções especiais associadas aos programas de doação prévia de sangue autólogo, especialmente a substituição de volume de rotina, devem ser respeitadas. Potencial crescimento do tumor As epoetinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção dos eritrócitos. Os receptores da eritropoetina podem expressar-se na superfície de várias células tumorais. Como sucede com todos os factores de crescimentos, existe a preocupação de que as epoetinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de malignidade. Em vários estudos controlados, as epoetinas não 10 revelaram aumentar a sobrevivência global ou reduzir o risco de progressão do tumor em doentes com anemia associada a neoplasia. Vários ensaios clínicos controlados em doentes com várias neoplasias frequentes, incluindo a neoplasia da cabeça e pescoço, neoplasia do pulmão e neoplasia da mama, aos quais foram administradas epoetinas, revelaram um aumento inexplicado da mortalidade. Em estudos clínicos controlados, a utilização de epoetina alfa e de outros agentes estimuladores da eritropoiese (AEE) demonstraram: • tempo reduzido para a progressão do tumor em doentes com cancro avançado da cabeça e do pescoço submetidos a radioterapia quando administradas para alcançar uma hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l), • sobrevivência geral reduzida e aumento do número de mortes atribuídos à progressão da doença aos 4 meses em doentes com cancro da mama metastático submetidos a quimioterapia quando administradas para alcançar uma hemoglobina de 12-14 g/dl (7,5-8,7 mmol/l), • aumento do risco de morte quando administradas para alcançar uma hemoglobina de 12 g/dl (7,5 mmol/l) em doentes com malignidade ativa que não estejam a ser submetidos a quimioterapia nem radioterapia. Os AEE não estão indicados para a utilização nesta população de doentes. Face ao acima descrito, em certas situações clínicas, a transfusão de sangue deve ser o tratamento preferencial para o tratamento da anemia em doentes com cancro. A decisão de administrar eritropoietinas recombinantes deve-se basear numa avaliação do risco/benefício com a participação do doente individual, que deve ter em conta o contexto clínico específico. Os factores que devem ser considerados nesta avaliação devem incluir o tipo de tumor e a sua fase, o grau de anemia, a esperança de vida, o ambiente em que o doente está a ser tratado e a preferência do doente (ver secção 5.1) Na pericirurgia devem-se seguir sempre as boas práticas de utilização de sangue. Este medicamento contém fenilalanina que pode ser prejudicial para indivíduos com fenilcetonúria. 4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação Não existem provas que indiquem que o tratamento com eritropoetina altere o metabolismo de outros medicamentos. Contudo, visto que a ciclosporina se liga através dos eritrócitos, existe potencial para inteirações com outros medicamentos. Se a eritropoetina for administrada concomitantemente com a ciclosporina, os níveis séricos da ciclosporina devem ser monitorizados e a dose ciclosporina ajustada à medida que o hematócrito aumenta. Não existe evidência que indique uma interação entre a epoetina alfa e G-CSF ou GM-CSF em relação à diferenciação hematológica ou proliferação in vitro de tecido tumoral obtido por biopsia. 4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento Não existem estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Os estudos em animais revelaram toxicidade reprodutiva (ver secção 5.3). Não é sabido se a epoetina zeta exógena é excretada no leite humano. Por conseguinte, deve utilizar-se a eritropoetina durante a gravidez e o aleitamento apenas se o benefício potencial compensar o risco potencial para o feto. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Os efeitos de Retacrit sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas são nulos ou desprezíveis. 4.8 Efeitos indesejáveis Resumo do perfil de segurança: 11 Os dados provenientes de estudos clínicos com Retacrit estão em linha com o perfil de segurança de outra eritropoetinas autorizadas. Com base nos resultados dos estudos clínicos com outras eritropoetinas autorizadas, aproximadamente 8% dos doentes tratados com eritropoetina poderão apresentar reações adversas. As reações adversas, durante o tratamento com eritropoetina, são observados, predominantemente, em doentes com insuficiência renal crónica ou malignidade subjacente; e são mais frequentemente cefaleias e aumento na pressão arterial, dependente da dose. Podem ocorrer crises hipertensivas com sintomas do tipo encefalopatia. Deve ser dada atenção ao aparecimento súbito de cefaleias graves tipo enxaqueca como um possível sinal de alarme. Foi notificada congestão do tracto respiratório, que inclui eventos de congestão do tracto respiratório superior, congestão nasal e nasofaringite em estudos com intervalo de dosagem alargada em doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise. Foram notificados acontecimentos trombóticos/vasculares, tais como isquemia do miocárdio, enfarte do miocárdio, acidentes vasculares cerebrais (hemorragia cerebral e enfarte cerebral), crises isquémicas transitórias, trombose venosa profunda, trombose arterial, embolia pulmonar, aneurismas, trombose da retina e coagulação de um rim artificial em doentes a receberem agentes eritropoiéticos. Foi notificada eritroblastopenia (AEP) mediada por anticorpos após meses a anos de tratamento com epoetina alfa. Na maioria destes doentes, foram observados anticorpos anti-eritropoietinas (ver secções 4.3 e 4.4). Lista tabelada de reações adversas Nesta secção as frequências das reações adversas reações adversas são definidos da seguinte forma: muito frequentes (≥1/10), frequentes (≥1/100, <1/10), pouco frequentes (≥1/1.000, <1/100), raros (≥1/10.000, <1/1.000), muito raros (<1/10.000), desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis) Dentro de cada grupo de frequência, as reações adversas devem ser apresentados por ordem decrescente de gravidade. As frequências podem variar dependendo da indicação. CSO Doenças do sangue e do sistema linfático Frequência Muito raro Desconhecido Doenças do sistema imunitário Raro Muito raro Muito frequentes Doenças do sistema nervoso Frequentes Pouco frequentes Desconhecido Afecções oculares Cardiopatias Desconhecido Desconhecido Vasculopatias Frequentes 12 Efeito Adverso Trombocitose (ver secção 4.4) eritroblastopenia (AEP) mediada por anticorpos Reações de hipersensibilidade Reação anafiláctica Tonturas (doentes com insuficiência renal crónica) Cefaleias (doentes com cancro) Acidente Vascular Cerebral Tonturas (doentes com cancro) Cefaleia (doentes com insuficiência renal crónica) Hemorragia cerebral Enfarte cerebral Encefalopatia hipertensiva Ataques isquémicos transitórios Trombose na retina Enfarte do miocárdio Isquémia do miocárdio Trombose em veias profundas (doentes com cancro) Aumento da pressão sanguínea Desconhecido Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino Frequentes Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos Frequente Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos Perturbações gerais e alterações no local de administração Pouco frequente Desconhecido Muito raro Desconhecido Muito frequentes Frequentes Muito frequentes Frequentes Complicações de intervenções relacionadas com lesões e intoxicações Frequentes Aneurisma Trombose arterial Trombose em veias profundas (doentes com insuficiência renal crónica) Crise hipertensiva Embolismo pulmonar (doentes com cancro) Congestão do trato respiratório Embolismo pulmonar (doentes com cancro) Erupções cutâneas não específicas Angioedema Prurido Dores nas articulações (doentes com insuficiência renal) Dores nas articulações (doentes com cancro) Sintomas gripais (doentes com insuficiência renal) Sensação de fraqueza (doentes com insuficiência renal) Sensação de cansaço (doentes com insuficiência renal) Sintomas gripais (doentes com cancro) Sensação de fraqueza (doentes com cancro) Sensação de cansaço (doentes com cancro) Coagulação de um rim artificial Doentes adultos e pediátricos em hemodiálise, doentes adultos em diálise peritoneal e doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise A reação adversa mais frequente durante o tratamento com epoetina alfa é um aumento dependente da dose da tensão arterial ou um agravamento da hipertensão existente. Estes aumentos na tensão arterial podem ser tratados com medicamentos. Além disso, recomenda-se a monitorização da tensão arterial particularmente no início do tratamento. Também ocorreram as seguintes reações em doentes isolados com tensão arterial normal ou baixa: crises hipertensivas com sintomas do tipo encefalopatia (p. ex., cefaleias e estado de confusão) e convulsões tónico-clónicas generalizadas, necessitando de cuidados médicos imediatos e tratamento intensivo. Deve ser dada particular atenção ao aparecimento súbito de cefaleias graves tipo enxaqueca como um possível sinal de alerta. Pode ocorrer trombose do shunt, especialmente em doentes com tendência para hipotensão ou com complicações da fístula arteriovenosa (p. ex., estenoses, aneurismas, etc.). Nestes doentes recomendase a revisão precoce do shunt e a profilaxia da trombose através da administração de ácido acetilsalicílico, por exemplo. Doentes oncológicos adultos com anemia sintomática em quimioterapia Pode ocorrer hipertensão em doentes tratados com epoetina alfa. Consequentemente, a hemoglobina e a tensão arterial devem ser cuidadosamente monitorizadas. 13 Foi observado um aumento da incidência dos acontecimentos vasculares trombóticos (ver secção 4.4 e secção 4.8 - Gerais) em doentes tratados com agentes eritropoiéticos. Doentes cirúrgicos Independentemente do tratamento com eritropoetina, podem ocorrer acontecimentos trombóticos e vasculares em doentes cirúrgicos com doença cardiovascular subjacente após flebotomia repetida. Portanto, deve efectuar-se a substituição de volume de rotina nesses doentes. Em doentes com valores basais de hemoglobina > 13g/dl , não pode ser excluída a possibilidade de que o tratamento com Retacrit possa estar associado a um aumento do risco de eventos trombóticos/vasculares pós-cirurgia. Notificação de suspeitas de reações adversas A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas de reações adversas através do sistema nacional de notificação mencionado no Apêndice V. 4.9 Sobredosagem A margem terapêutica da eritropoetina é muito larga. A sobredosagem de eritropoetina pode produzir efeitos que são prolongamentos dos efeitos farmacológicos da hormona. Pode efectuar-se a flebotomia se ocorrerem valores da hemoglobina excessivamente altos. Deve ser fornecido cuidado de apoio adicional conforme for necessário. 5. 5.1 PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS Propriedades farmacodinâmicas Grupo farmacoterapêutico: Outras preparações antianémicas, eritropoetina Código ATC: B03XA01 Retacrit é um medicamento biológico similar. Está disponível informação pormenorizada no sítio da Agência Europeia de Medicamentos http://www.ema.europa.eu Efeitos farmacodinâmicos A eritropoetina é uma glicoproteína que estimula, como um factor estimulante das mitoses e como hormona diferenciadora, a formação de eritrócitos a partir de precursores do compartimento da célula estaminal. O peso molecular aparente da eritropoetina é de 32 000-40 000 Dalton. A metade proteica da molécula contribui para cerca de 58% do peso molecular total e é composta por 165 aminoácidos. As quatro cadeias de hidratos de carbono estão ligadas à proteína através de três ligações N-glicosídeas e uma ligação O-glicosídea. A epoetina zeta é idêntica, na sua composição em aminoácidos e em hidratos de carbono, à eritropoetina humana endógena isolada da urina de doentes anémicos. A eficácia biológica da eritropoetina foi demonstrada em vários modelos animais in vivo (rato normal e rato anémico, ratinho policitémico). Após a administração da eritropoetina, o número de eritrócitos, os valores de hemoglobina e a contagem reticulocitária, bem como a taxa de incorporação de 59Fe, aumentam. Após incubação das células eritróides n ucleadas do baço (cultura de células de baço de ratinho) com epoetina beta, detectou-se um aumento da incorporação da timidina tritiada (3H-timidina) in vitro. Poderia demonstrar-se com a ajuda de células humanas de medula óssea que a eritropoetina estimula 14 especificamente a eritropoiese, não afectando a leucopoiese. Não foi detectada ação citotóxica da eritropoetina em células da medula óssea. Como sucede com outros factores de crescimentos hematopoéticos, a eritropoetina demonstrou propriedades estimulantes in vitro em células endoteliais humanas. Doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise Em 2 estudos com intervalo de dosagem alargada de eritropoetina (3 vezes por semana, uma vez por semana, uma vez em cada 2 semanas e uma vez em cada 4 semanas) alguns doentes com intervalos de dosagem mais longos não mantiveram níveis de hemoglobina adequados e alcançaram o critério de retirada de hemoglobina definido no protocolo (0% nos grupos de uma vez por semana, 3,7% nos grupos de uma vez em cada 2 semanas e 3,3% nos grupos de uma vez em cada 4 semanas). Eficácia clínica e segurança 721 doentes com neoplasia a receber quimioterapia sem platina foram incluídos em três estudos controlados com placebo, 389 doentes com neoplasias hematológicas (221 mielomas múltiplos, 144 linfoma não-Hodgkin e 24 outras neoplasias hematológicas) e 332 com tumores sólidos (172 da mama, 64 ginecológicos, 23 do pulmão, 22 da próstata, 21 gastrointestinais, e 30 outros tipos de tumor). Em dois grandes estudos, em aberto, 2 697 doentes com neoplasia a receber quimioterapia sem platina foram incluídos, 1 895 com tumores sólidos (683 da mama, 260 do pulmão, 174 ginecológicos, 300 gastrointestinais e 478 outros tipos de tumor) e 802 com neoplasias hematológicas. Num estudo prospectivo, aleatório, com ocultação dupla, controlado com placebo, conduzido em 375 doentes anémicos com várias neoplasias não-mielóides a receber quimioterapia sem platina, verificouse uma redução significativa de sequelas relacionadas com a anemia (p.ex. fadiga, diminuição da energia e redução da atividade), medidas pelos instrumentos e escalas seguintes: escala geral de Avaliação Funcional de Terapia da Neoplasia-Anemia (FACT-An), escala de fadiga FACT-An e Escala Linear Analógica da Neoplasia (CLAS). Dois outros estudos mais pequenos, aleatórios, controlados com placebo, não demonstraram uma melhoria significativa nos parâmetros de qualidade de vida na escala EORTC-QLQ-C30 ou CLAS, respectivamente. A eritropoetina é um factor de crescimento que estimula principalmente a produção dos eritrócitos. Os receptores da eritropoetina podem expressar-se na superfície de várias células tumorais. A sobrevivência e a progressão tumoral foram examinadas em cinco grandes estudos controlados envolvendo um total de 2833 doentes, dos quais quatro foram estudos duplamente cegos controlados com placebo e um foi um estudo aberto. Os estudos recrutaram doentes que estavam a ser tratados com quimioterapia (dois estudos) ou utilizaram populações de doentes nas quais os agentes estimuladores da eritropoiese não estavam indicados: anemia em doentes com cancro que não estavam submetidos a quimioterapia e doentes com cancro da cabeça e do pescoço submetidos a radioterapia. A concentração de hemoglobina pretendida em dois estudos foi de > 13 g/dl; nos restantes três estudos esta foi de 12-14 g/dl. No estudo aberto não houve diferença na sobrevivência geral entre os doentes tratados com a eritropoietina humana recombinante e os controlos. Nos quatro estudos controlados com placebo, as taxas de risco da sobrevivência geral foram de 1,25 e 2,47 a favor dos controlos. Estes estudos demonstraram uma mortalidade excessiva consistente inexplicada e estatisticamente significativa em doentes com anemia associada a vários cancros vulgares que receberam eritropoietina humana recombinante comparativamente aos controlos. O resultado da sobrevivência geral nos ensaios não conseguiu ser explicado de modo satisfatório pelas diferenças na incidência da trombose e das complicações relacionadas entre os doentes aos quais foi administrada a eritropoietina humana e os doentes no grupo de controlo. Também foi realizada uma análise sistemática envolvendo mais de 9 000 doentes com cancro que participaram em 57 ensaios clínicos. A meta-análise dos dados de sobrevivência geral produziu uma estimativa pontual da razão de perigo de 1,08 a favor dos controlos (95% IC: 0,99; 1,18; 42 ensaios e 8 167 doentes). Foi observado um aumento do risco relativo de acontecimentos tromboembólicos (RR 1,67; 95% IC: 1,35; 2,06; 35 ensaios e 6 769 doentes) em doentes tratados com eritropoietina humana 15 recombinante. Existe um aumento do risco de acontecimentos tromboembólicos em doentes com cancro tratados com eritropoietina humana recombinante e não se pode excluir um impacto negativo na sobrevivência geral. A extensão da possível aplicação destes resultados à administração da eritropoietina humana recombinante a doentes com cancro, tratados com quimioterapia para alcançarem concentrações de hemoglobina inferiores a 13 g/dl, está por clarificar uma vez que foram incluídos poucos doentes com estas características nos dados analisados . Foi efectuada uma análise dos dados individuais dos doentes em mais de 13.900 doentes com cancro (quimio-, rádio-, quimioradio-, ou sem terapia) que participaram em 53 ensaios clínicos controlados envolvendo várias epoetinas. A meta-análise dos dados de sobrevivência geral conduziram a uma taxa de risco estimado de 1,06 favorável ao controle (IC 95%: 1,00; 1,12; 53 ensaios clínicos e 13.933 doentes) e para os doentes com cancro recebendo quimioterapia, a Hazard ratio de sobrevivência geral foi de 1,04 (IC 95%: 0,97; 1,11; 38 ensaios e 10.411 doentes). A meta-análise também indicou um aumento consistente e significativo do risco relativo de acontecimentos trombóides nos doentes com cancro recebendo eritropoeitina humana recombinante (ver secção 4.4). Num estudo randomizado, duplamente oculto, controlado por placebo com 4.037 doentes com insuficiência renal crónica, não em diálise, com diabetes tipo 2, e níveis de hemoglobina ≤ 11 g/dl, os doentes receberam tratamento com darbepoetina alfa para obter níveis de hemoblogina de 13 g/dl ou com placebo (ver secção 4.4). O estudo não cumpriu o seu objectivo primário de demonstração da redução do risco para todas as causas de mortalidade, morbilidade cardiovascular, ou doença renal em fase final (DRFF). A análise dos components dos marcadores finais compostos dos indíviduos mostraram as seguintes HR (IC 95%): morte 1,05 (0,92; 1,21), AVC 1,92 (1,38; 2,68), falha cardíaca congestiva (FCC) 0,89 (0,74; 1,08), enfarte do miocárdio (EM) 0,96 (0,75; 1,23), hospitalização por isquemia do miocárdio 0,84 (0,55; 1,27), DRFF 1.02 (0.87, 1.18). Foram realizadas análises subsequentes agrupadas dos estudos clínicos de AEEs em doentes com IRC (em doentes dialisados, não dialisados, diabéticos e não diabéticos). Foi observado a tendência para o aumento da estimativa do risco para todas as causas de mortalidade, acontecimentos cardiovasculares e cerebrovasculares associados a doses cumulativas elevadas de AEE independentes do estado de diabetes ou diálise (ver secções 4.2 e 4.4). 5.2 Propriedades farmacocinéticas Por via intravenosa A medição da eritropoetina após a administração de várias doses por via intravenosa revelou uma semivida de aproximadamente 4 horas em voluntários normais e uma semivida ligeiramente mais prolongada em doentes com insuficiência renal, aproximadamente 5 horas. Foi notificada uma semivida de aproximadamente 6 horas em crianças. Por via subcutânea Após a injeção subcutânea, os níveis séricos da eritropoetina são muito inferiores aos níveis atingidos após a injeção IV, os níveis aumentam lentamente e atingem um pico entre 12 e 18 horas após a dose. O pico fica sempre muito abaixo do pico que se atinge utilizando a via IV (aproximadamente 1/20 do valor). Não existe acumulação: os níveis permanecem os mesmos, quer sejam determinados 24 horas após a primeira injeção ou 24 horas após a última injeção. A semivida é difícil de avaliar para a via subcutânea e estima-se cerca de 24 horas. A biodisponibilidade da eritropoetina injetável por via subcutânea é muito inferior à do medicamento por via intravenosa: aproximadamente 20%. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em alguns estudos toxicológicos pré-clínicos em cães e ratos, mas não em macacos, a terapêutica com eritropoetina esteve associada a fibrose da medula óssea subclínica (a fibrose da medula óssea é uma 16 complicação conhecida da insuficiência renal crónica no Homem e pode estar relacionada com hiperparatiroidismo secundário ou factores desconhecidos. A incidência de fibrose da medula óssea não aumentou num estudo de doentes em hemodiálise que foram tratados com eritropoetina durante 3 anos comparativamente com um grupo de controlo equiparado de doentes em diálise que não foram tratados com eritropoetina). Em estudos em animais, demonstrou-se que a eritropoetina diminui o peso corporal fetal, atrasa a ossificação e aumenta a mortalidade fetal quando administrada em doses semanais de aproximadamente 20 vezes a dose semanal recomendada no Homem. Estas alterações são interpretadas como secundárias relativamente à diminuição do ganho de peso corporal materno. A eritropoetina não demonstrou quaisquer alterações nos testes bacterianos e de mutagenicidade da cultura celular em mamíferos e num teste de micronúcleo in vivo em ratinhos. Não foram efectuados estudos de carcinogenicidade a longo prazo. Existem relatórios contraditórios na literatura relativamente a se a eritropoetina pode desempenhar um papel importante como proliferadora de tumores. Estes relatórios baseiam-se em resultados in vitro de amostras de tumores humanos, mas o seu significado é incerto na situação clínica. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1 Lista dos excipientes Fosfato dissódico di-hidratado Fosfato monossódico di-hidratado Cloreto de sódio Cloreto de cálcio di-hidratado Polissorbato 20 Glicina Leucina Isoleucina Treonina Ácido glutâmico Fenilalanina Água para preparações injectáveis Hidróxido de sódio (regulador de pH) Ácido clorídrico (regulador de pH) 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de compatibilidade, este medicamento não deve ser misturado com outros medicamentos. 6.3 Prazo de validade 30 meses 6.4 Precauções especiais de conservação Conservar no frigorífico (2°C - 8°C). Não congelar. Manter a seringa pré-cheia dentro da embalagem exterior para proteger da luz. Durante a utilização em ambulatório, o doente pode retirar o medicamento do frigorífico e armazenálo à temperatura ambiente (não superior a 25°C), por um período único até 3 dias. 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente 17 0,3 ml de solução em seringa pré-cheia de vidro do tipo I com uma agulha fixa em aço e um êmbolo com revestimento PTFE com ou sem proteção de agulha. Cada embalagem contém 1 ou 6 seringas pré-cheias. É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações. 6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento Instruções de manuseamento para Retacrit: 1. Após retirar uma seringa da embalagem blister, verifique a solução se apresenta límpida, incolor e praticamente isenta de partículas visíveis. 2. Retire a tampa de protecção da agulha da seringa e o ar é expelido da seringa e da agulha segurando a seringa na vertical e pressionando suavemente o êmbolo para cima. 3. A seringa está agora pronta a usar. Retacrit não deve ser usado se • o selo do estiver quebrado ou se o blister estiver danificado de alguma forma • o líquido estiver colorido ou conseguir ver partículas a flutuar nele • qualquer líquido tiver derramado da seringa pré-cheia ou se for visível condensação dentro do blister selado • tiver sido congelado acidentalmente Este medicamento destina-se apenas a uma administração. Não agitar. Os medicamentos não utilizados ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Hospira UK Limited Horizon Honey Lane Hurley Maidenhead SL6 6RJ Reino Unido 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/07/431/001 seringa pré-cheia EU/1/07/431/002 seringa pré-cheia EU/1/07/431/026 seringa pré-cheia com protecção de agulha EU/1/07/431/027 seringa pré-cheia com protecção de agulha 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Data da primeira autorização: 18 de Dezembro de 2007 Data da última renovação: 15 de novembro de 2012 18 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO A informação detalhada sobre este medicamento está disponível na página da Europeia Medicines Agency http://www.ema.europa.eu. 19 1. NOME DO MEDICAMENTO Retacrit 2 000 UI/0,6 ml solução injetável em seringa pré-cheia 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Uma seringa pré-cheia com 0,6 ml de solução injetável contém 2 000 unidades internacionais (UI) de epoetina zeta* (eritropoetina humana recombinante). A solução contém 3333 UI de epoetina zeta por ml. *Produzida por tecnologia de ADN recombinante na linhagem celular de ovário de hamster chinês (CHO). Excipiente com efeito conhecido Cada seringa pré-cheia contém 0,30 mg de fenilalanina. Para a lista completa de excipientes, ver secção 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução injetável em seringa pré-cheia. Solução incolor e límpida. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia sintomática associada a insuficiência renal crónica (IRC) em doentes adultos e pediátricos: o Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em doentes adultos e pediátricos em hemodiálise e doentes adultos em diálise peritoneal (ver secção 4.4). o Tratamento da anemia grave de causa renal acompanhada de sintomas clínicos em doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise (ver secção 4.4). − Tratamento da anemia e redução dos requisitos de transfusão em doentes adultos a receber quimioterapia para tumores sólidos, linfoma maligno ou mieloma múltiplo, e em risco de transfusão conforme a avaliação do estado geral do doente (p.ex. estado cardiovascular, anemia prévia no início da quimioterapia). − Pode utilizar-se Retacrit para aumentar a colheita de sangue autólogo em doentes num programa de doação prévia. A sua utilização nesta indicação deve ser ponderada face ao risco de ocorrência de acontecimentos tromboembólicos notificado. O tratamento só deve ser administrado a doentes com anemia moderada (sem deficiência em ferro), se não estiverem disponíveis processos de conservação de sangue ou se estes forem insuficientes quando uma cirurgia eletiva programada importante requerer um grande volume de sangue (4 ou mais unidades de sangue na mulher ou 5, ou mais unidades, no homem). − Retacrit pode ser utilizado para reduzir a exposição à transfusão sanguínea alogénica em adultos sem deficiência de ferro, antes de cirurgia eletiva ortopédica major, que tenham um elevado um risco elevado para complicações associadas a transfusões. O seu uso deve ser restrito a doentes adultos com anemia moderada (ex. hemoglobina 10-13 g/dl) que não tenham disponível um programa de pré-doação autólogo e em que é previsível uma perda moderada de sangue (900 a 1 800 ml). 4.2 Posologia e modo de administração 20 O tratamento com Retacrit tem de ser iniciado sob a supervisão de médicos com experiência na gestão de doentes com as indicações acima mencionadas. Posologia Tratamento da anemia sintomática em doentes insuficientes renais crónicos adultos e pediátricos Retacrit deve ser administrado por via subcutânea ou por via intravenosa. A concentração de hemoglobina pretendida situa-se entre 10 e 12 g/dl (6,2-7,5 mmol/l), excepto em doentes pediátricos nos quais a concentração de hemoglobina se deverá situar entre 9,5 e 11 g/dl (5,96,8 mmol/l). Não se deve exceder o limite superior da concentração de hemoglobina a atingir. Os sintomas e as sequelas da anemia podem variar com a idade, o sexo e a carga geral da doença, sendo necessária a avaliação por parte de um médico do estado clínico e da condição de cada doente. Retacrit deve ser administrado por via subcutânea ou por via intravenosa a fim de aumentar a hemoglobina para valores não superiores a 12 g/dl (7,5 mmol/l). Devido à variabilidade intra-doente, pode observar-se ocasionalmente valores de hemoglobina superiores e inferiores ao nível de hemoglobina desejado num doente individual. A variabilidade da hemoglobina deve ser resolvida através da gestão da dose, tendo em consideração o intervalo de hemoglobina pretendida de 10 g/dl (6,2 mmol/l) a 12 g/dl (7,5 mmol). Devem ser evitados valores de hemoglobina que se mantenham superiores a 12 g/dl. As recomendações para o ajuste adequado da dose quando se observam valores de hemoglobina superiores a 12 g/dl (7,5 mmol/l) estão descritas abaixo. Deve ser evitado um aumento do valor de hemoglobina superior a 2 g/dl (1,25 mmol/l) num período de quatro semanas. Caso ocorra, o ajuste de dose apropriado deverá ser efectuado. Os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados para assegurar que é utilizada a dose efetiva mais baixa aprovada de Retacrit, para o controlo adequado dos sintomas da anemia enquanto se mantém uma concentração de hemoglobina inferior ou igual a 12 g/dl (7,5 mmol/l). Deve ter-se precaução com o aumento gradual das doses de Retacrit em doentes com insuficiência renal crónica. Em doentes com uma resposta fraca da hemoglobina ao Retacrit, explicações alternativas para a fraca resposta devem ser consideradas (ver secções 4.4 e 5.1). Em doentes com insuficiência renal crónica e cardiopatia isquémica ou insuficiência cardíaca congestiva clinicamente evidentes, a concentração de hemoglobina de manutenção não deverá exceder o limite superior da concentração de hemoglobina a atingir. Doentes adultos em hemodiálise Retacrit deve ser administrado por via subcutânea ou por via intravenosa O tratamento divide-se em duas fases: 1. Fase de correção: 50 UI/kg 3 vezes por semana. Quando for necessário um ajuste da dose, este deve ser feito em etapas de, pelo menos, quatro semanas. Em cada etapa, o aumento ou redução da dose deve ser de 25 UI/kg 3 vezes por semana. 2. Fase de manutenção: Ajuste da dose para manter os valores da hemoglobina (Hb) no nível desejado: Hb entre 10 e 12 g/dl (6,2-7,5 mmol/l). A dose total semanal recomendada situa-se entre 75 e 300 UI/kg. Os dados clínicos disponíveis sugerem que aqueles doentes cuja hemoglobina inicial é muito baixa (< 6 g/dl ou < 3,75 mmol/l) podem necessitar de doses de manutenção mais altas do que aqueles cuja anemia inicial é menos grave (Hb > 8 g/dl ou > 5 mmol/l). Doentes pediátricos em hemodiálise 21 O tratamento divide-se em duas fases: 1. Fase de correção: 50 UI/kg 3 vezes por semana por via intravenosa. Quando for necessário um ajuste da dose, este deve ser feito em etapas de 25 UI/kg, 3 vezes por semana em intervalos de, pelo menos, 4 semanas até o objectivo pretendido ser atingido. 2. Fase de manutenção: Ajuste da dose para manter os valores da hemoglobina (Hb) no nível desejado: Hb entre 9,5 e 11 g/dl (5,9-6,8 mmol/l). Geralmente, as crianças e adolescentes com menos de 30 kg de peso necessitam de doses de manutenção mais altas do que as crianças com mais de 30 kg e os adultos. As seguintes doses de manutenção foram observadas em estudos clínicos após 6 meses de tratamento. Peso (kg) < 10 10-30 > 30 Dose (UI/kg administrada 3 vezes por semana) Mediana Dose de manutenção habitual 100 75-150 75 60-150 33 30-100 Os dados clínicos disponíveis sugerem que aqueles doentes cuja hemoglobina inicial é muito baixa (< 6,8 g/dl ou < 4,25 mmol/l) podem necessitar de doses de manutenção mais altas do que aqueles cuja hemoglobina inicial é superior a > 6,8 g/dl ou > 4,25 mmol/l. Doentes adultos em diálise peritoneal Retacrit deve ser administrado por subcutânea ou por via intravenosa. O tratamento divide-se em duas fases: 1. Fase de correção: A dose inicial é de 50 UI/kg 2 vezes por semana. 2. Fase de manutenção: Ajuste da dose para manter os valores da hemoglobina (Hb) no nível desejado: (Hb entre 10 e 12 g/dl (6,2-7,5 mmol/l). Dose de manutenção entre 25 e 50 UI/kg 2 vezes por semana em 2 doses iguais. Doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise Retacrit deve ser administrado por subcutânea ou por via intravenosa. O tratamento divide-se em duas fases: 1. Fase de correção: A dose inicial é de 50 UI/kg 3 vezes por semana, por via intravenosa, seguida, se necessário, por um aumento da dose com incrementos de 25 UI/kg (3 vezes por semana) até o objectivo pretendido ser atingido (isto deve ser feito em etapas de, pelo menos, quatro semanas). 2. Fase de manutenção: Durante a fase de manutenção, o Retacrit pode ser administrado 3 vezes por semana por via subcutânea ou intravenosa, ou, em caso de administração subcutânea, uma vez por semana ou uma vez em cada 2 semanas. Deve ser realizado o ajuste apropriado da dose e do intervalo da dose para manter os valores da hemoglobina (Hb) no nível desejado: Hb entre 10 e 12 g/dl (6,2-7,5 mmol/l). Uma extensão dos intervalos da dose pode requerer um aumento da dose. A dosagem máxima não deverá exceder 150 UI/Kg 3 vezes por semana, 240 UI/Kg (até um máximo de 20,000 UI) uma vez por semana ou 480 UI/Kg (até um máximo de 40,000 UI) uma vez em cada 2 semanas. 22 Tratamento de doentes com anemia induzida por quimioterapia Retacrit deve ser administrada por via subcutânea a doentes com anemia (p. ex., concentração de hemoglobina ≤ 10 g/dl (6,2 mmol/l). Os sintomas e as sequelas da anemia podem variar com a idade, o sexo e a carga geral da doença; sendo necessária a avaliação por parte de um médico do estado clínico e da condição de cada doente. Devido à variabilidade intra-doente, pode observar-se ocasionalmente valores de hemoglobina superiores e inferiores ao nível de hemoglobina desejado num doente individual. A variabilidade da hemoglobina deve ser resolvida através da gestão da dose, tendo em consideração o intervalo de hemoglobina pretendida de 10 g/dl (6,2 mmol/l) a 12 g/dl (7,5 mmol). Deve ser evitado que o nível de hemoglobina se mantenha superior a 12 g/dl (7,5 mmol/l), sendo de seguida fornecida uma orientação para o ajuste adequado da dose para os casos em que se observam valores de hemoglobina que excedam 12 g/dl (7,5 mmol/l). Os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados para assegurar que é utilizada a dose mais baixa aprovada de Retacrit, para o controlo adequado dos sintomas da anemia. A terapêutica com Retacrit deve continuar até um mês após o final da quimioterapia. A dose inicial é de 150 UI/kg administrada por via subcutânea 3 vezes por semana. Em alternativa, pode administrar-se Retacrit com uma dose inicial de 450 UI/kg por via subcutânea uma vez por semana. Se a hemoglobina aumentou, pelo menos, 1 g/dl (0,62 mmol/l) ou a contagem reticulocitária aumentou ≥ 40 000 células/µl acima do valor inicial após 4 semanas de tratamento, a dose deve permanecer em 150 UI/kg 3 vezes por semana ou 450 UI/kg uma vez por semana. Se o aumento da hemoglobina for < 1 g/dl (< 0,62 mmol/l) e a contagem reticulocitária tiver aumentado < 40 000 células/µl acima do valor inicial, aumente a dose para 300 UI/kg 3 vezes por semana. Se após mais 4 semanas de terapêutica com 300 UI/kg 3 vezes por semana, a hemoglobina aumentou ≥ 1 g/dl (0,62 mmol/l) ou a contagem reticulocitária aumentou ≥ 40 000 células/µl, a dose deve permanecer em 300 UI/kg 3 vezes por semana. Contudo, se a hemoglobina aumentou < 1 g/dl (< 0,62 mmol/l) e a contagem reticulocitária aumentou < 40 000 células/µl acima do valor inicial, não é provável a obtenção de resposta, pelo que, o tratamento deve ser interrompido. O regime posológico recomendado é descrito no diagrama seguinte: 23 150 UI/kg, 3x/semana ou 450 UI/kg, uma vez por semana durante 4 semanas Aumento da contagem de reticulócitos < 40.000/μl e aumento de Hb < 1 g/dl Aumento da contagem de reticulócitos ≥ 40.000/μl ou aumento de Hb ≥ 1 g/d 300 UI/kg 3x/semana durante 4 semanas Hb pretentida (10-12 g/dl) Aumento da contagem de reticulócitos ≥ 40.000/μl ou aumento de Hb ≥ 1 g/d Aumento da contagem de reticulócitos < 40.000/μl e aumento de Hb < 1 g/dl Interromper o tratamento Assim que o objectivo terapêutico para um doente individual tiver sido atingido, a dose deve ser reduzida em 25 a 50% de modo a manter a hemoglobina nesse nível. Deve ser considerada a titulação adequada da dose. Ajuste da dose A uma taxa de aumento na hemoglobina de >2 g/dl (>1,25 mmol/l) por mês, a dose de Retacrit deve ser reduzida em cerca de 25-50%. Se o valor da hemoglobina exceder 12 g/dl (7,5 mmol/l), interrompa a terapêutica até baixar para 12 g/dl (7,5 mmol/l) ou menos e, depois, reintroduza a terapêutica com Retacrit a uma dose 25% inferior à dose anterior. Tratamento de doentes adultos cirúrgicos em programas de pré-doação autóloga Retacrit deve ser administrado por via intravenosa. Na altura da colheita de sangue, deve administrar-se Retacrit após a conclusão do procedimento de colheita de sangue. 24 Os doentes moderadamente anémicos (hematócrito de 33-39%) que necessitam de um depósito prévio de ≥ 4 unidades de sangue devem ser tratados com Retacrit a uma dose de 600 UI/kg de peso corporal 2 vezes por semana durante 3 semanas antes da cirurgia. Todos os doentes tratados com Retacrit deverão receber um suplemento de ferro adequado (p.ex. 200 mg de ferro elementar por via oral diariamente) durante o tratamento. Deve iniciar-se o suplemento de ferro o mais rapidamente possível, mesmo várias semanas antes de iniciar o depósito prévio autólogo, para obter níveis de ferro altos antes de iniciar a terapêutica com Retacrit. Tratamento de doentes adultos sujeitos a cirurgia eletiva ortopédica major O Retacrit deve ser administrado por via subcutânea A dose recomendada de Retacrit é de 600 UI/kg administrada semanalmente, durante três semanas (dias 21, 14, e 7) antes da cirurgia e no dia da cirurgia (dia 0). Em casos em que haja necessidade clínica, o tempo antes da cirurgia pode ser reduzido para menos de três semanas. Nestes casos devemse administrar 300 mg/kg diariamente durante 10 dias consecutivos antes da cirurgia, no dia da cirurgia, e durante quatro dias imediatamente após a cirurgia. Se durante o período pré-operatório, a hemoglobina atingir níveis de 15 g/dl, ou superior, a administração de Retacrit deve ser interrompida e não se devem administrar doses adicionais. As deficiências em ferro devem ser tratadas antes de iniciar o tratamento com Retacrit. Além disto, todos os doentes devem receber o suplemento de ferro adequado (por exemplo, 200 mg por dia, por via oral, de elemento ferro) durante o decorrer do tratamento com Retacrit. Se possível, o suplemento de ferro deve ser iniciado antes do tratamento com Retacrit, para atingir os níveis internos de ferro adequados. Modo de administração Injeção intravenosa A dose deve ser administrada durante, pelo menos, 1-5 minutos, dependendo da dose total. Em doentes submetidos a hemodiálise, pode administrar-se uma injeção de bólus durante a sessão de diálise através de uma porta venosa adequada na linha de diálise. Em alternativa, a injeção pode ser administrada no final da sessão de diálise através do tubo da agulha da fístula, seguida de 10 ml de solução de cloreto de sódio 9 mg/ml (0,9%) para enxaguar o tubo e garantir uma injeção satisfatória do medicamento na circulação. É preferível uma injeção mais lenta em doentes que reagem ao tratamento com sintomas gripais. Retacrit não deve ser administrado por perfusão intravenosa. Retacrit não deve ser misturado com outros medicamentos (ver secção 6.2). Injeção subcutânea Geralmente, não se deve exceder um volume máximo de 1 ml no local da injeção. Em caso de volumes superiores, deve escolher-se mais de um local para a injeção. As injeções são administradas nos membros ou na parede abdominal anterior. Para instruções acerca do manuseamento do medicamento antes da administração, ver secção 6.6. 4.3 − − − − Contraindicações Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes listados na secção 6.1. Os doentes que desenvolvem Aplasia Eritróide Pura (AEP) após tratamento com qualquer eritropoetina não podem receber Retacrit ou qualquer outra eritropoetina (ver secção 4.4). Hipertensão descontrolada. Na indicação “para aumentar a colheita de sangue autólogo”: enfarte do miocárdio ou acidente 25 − − 4.4 vascular cerebral no mês anterior ao tratamento, angina de peito instável, risco aumentado de trombose venosa profunda, nomeadamente, história clínica de doença tromboembólica venosa. Na indicação de cirurgia eletiva ortopédica major: doença coronária grave, doença arterial periférica, carotídea ou doença vascular cerebral, incluindo doentes com antecedentes de enfarte do miocárdio recente ou acidente vascular cerebral. Doentes que, por qualquer razão, não podem receber profilaxia antitrombótica adequada. Advertências e precauções especiais de utilização Informações gerais Como em todos os doentes a receber eritropoetina, a pressão arterial pode aumentar durante o tratamento com Retacrit. A pressão arterial deve ser monitorizada de perto e controlada adequadamente em todos os doentes antes, no início e durante o tratamento com Retacrit. Pode ser necessário adicionar ou aumentar o tratamento anti-hipertensivo. Se a pressão arterial não puder ser bem controlada, o tratamento com Retacrit deve ser interrompido. Retacrit também deve ser usado com precaução em presença de epilepsia e insuficiência hepática crónica. Durante o tratamento com eritropoetina, pode ocorrer um aumento moderado do número de plaquetas, dentro dos valores normais, dependente da dose. Este efeito regride com o tratamento. Recomenda-se a monitorização regular do número de plaquetas nas primeiras 8 semanas de tratamento. Todas as outras causas de anemia (deficiência em ferro, hemólise, perda de sangue, deficiências em vitamina B12- ou folato) devem ser consideradas e tratadas antes de iniciar e durante a terapêutica com Retacrit. Na maioria dos casos, observa-se diminuição dos valores da ferritina sérica em simultâneo com o aumento do hematócrito. Para garantir uma resposta óptima à eritropoetina, devem garantir-se níveis de ferro adequados: − recomenda-se suplemento de ferro, p.ex. 200-300 mg/dia oralmente (100-200 mg/dia para doentes pediátricos) para doentes com insuficiência renal crónica cujos níveis séricos de ferritina sejam inferiores a 100 ng/ml − recomenda-se substituição de ferro na dose de 200-300 mg/dia para todos os doentes com neoplasia com saturação da transferrina inferior a 20% Todos estes factores que contribuem para a anemia devem ser considerados cuidadosamente ao tomar a decisão de aumentar a dose de eritropoetina em doentes com neoplasia. A diminuição paradoxal da hemoglobina e desenvolvimento de anemia grave associada com uma contagem baixa de reticulócitos deve levar à interrupção imediata do tratamento com epoetina e efetuar a análise para pesquisa de anticorpos anti-epoetinas. Têm sido notificados casos de doentes com hepatite C tratados com interferão e ribavirina, e com epoetinas utilizadas concomitantemente. As Epoetinas não estão aprovadas para controlar a anemia associada à hepatite C. De forma a melhorar a rastreabilidade dos agentes estimulantes da eritropoiése (AEEs), o nome do AEE prescrito deve ser claramente registado (ou indicado) no processo do doente. Na pericirurgia devem-se seguir sempre as boas práticas de utilização de sangue. Doentes que vão ser submetidos a cirurgia ortopédica eletiva major Em doentes que vão ser submetidos a cirurgia eletiva ortopédica major, a causa da anemia deve ser esclarecida e tratada, se possível, antes do início do tratamento com Retacrit. Os acontecimentos trombóticos podem ser um risco nesta população de doentes e esta possibilidade tem de ser cuidadosamente avaliada em relação ao benefício relacionado com o 26 tratamento. Os doentes devem receber profilaxia adequada com anticoagulantes, pois podem ocorrer eventos tromboembólicos e vasculares em doentes cirúrgicos, especialmente os que apresentam doença cardiovascular. Para além disto, também deverá ser observada precaução especial em doentes predispostos para o desenvolvimento de trombose venosa profunda (DVTs). Não se pode também excluir a possibilidade de que o tratamento com Retacrit, em doentes com um nível de hemoglobina > 13 g/dl, se associe a um aumento de risco de eventos trombóticos e vasculares pós-operatórios. A epoetina alfa não deverá, portanto, ser utilizada em doentes com valores de hemoglobina > 13 g/dl. Doentes insuficientes renais crónicos Concentração de hemoglobina Em doentes com insuficiência renal crónica, a concentração da hemoglobina de manutenção não deve exceder o limite superior da concentração de hemoglobina pretendida recomendada na secção 4.2. Em ensaios clínicos, observou-se um aumento do risco de morte, de acontecimentos cardiovasculares ou cerebrovasculares graves, incluindo AVC quando foram administrados AEE para alcançar uma hemoglobina superior a 12 g/dl (7,5 mmol/l). Ensaios clínicos controlados não demonstraram benefícios significativos atribuíveis à administração de epoetinas quando a concentração de hemoglobina aumenta para além do nível necessário para controlar os sintomas da anemia e para evitar transfusões sanguíneas. Os valores da hemoglobina devem ser medidos de forma regular até se atingir um valor estável e, posteriormente, de forma periódica. A taxa de aumento em hemoglobina deverá ser aproximadamente de 1 g/dl (0,62 mmol/l) por mês e não deverá exceder 2 g/dl (1,25 mmol/l) por mês para minimizar o risco de desenvolvimento ou agravamento de hipertensão. Os doentes com insuficiência renal crónica tratados com Retacrit por via subcutânea devem ser monitorizados regularmente quanto à perda de eficácia, definido como ausência ou diminuição de resposta ao tratamento de Retacrit nos doentes que responderam previamente a esta terapia. Isto caracteriza-se por uma diminuição constante dos níveis de hemoglobina, apesar do aumento da dose de Retacrit. Alguns doentes com intervalos de dosagem mais alargados (superiores a uma vez por semana) de epoetina podem não manter níveis adequados de hemoglobina (ver secção 5.1) e podem requerer um aumento na dose de epoetina. Os níveis de hemoglobina devem ser monitorizados regularmente. Deve ter-se precaução com o aumento gradual das doses de Retacrit em doentes com insuficiência renal crónica, uma vez que doses cumulativas elevadas de epoetina podem estar associadas a um aumento do risco de mortalidade, acontecimentos cardiovasculares e cerebrovasculares graves. Em doentes com uma resposta fraca da hemoglobina ao Retacrit, explicações alternativas para a fraca resposta devem ser consideradas (ver secções 4.2 e 5.1). A falta de resposta à terapêutica com eritropoetina deve levar a uma procura dos factores causais. Estes incluem: deficiência em ferro, folato, ou Vitamina B12; intoxicação por alumínio; infecções intercorrentes; episódios inflamatórios ou traumáticos; perda de sangue oculta; hemólise e fibrose da medula óssea de qualquer origem. Foram notificados muito raramente, casos de AEP (Aplasia Eritróide Pura) mediada por anticorpos em doentes com insuficiência renal crónica com eritropoetina administrada por via subcutânea. Em doentes que desenvolvam uma falta de eficácia súbita, definida por uma diminuição na hemoglobina (1-2 g/dl por mês) com uma maior necessidade de transfusões, deve efectuar-se uma contagem reticulocitária e as causas típicas para a falta de resposta (p.ex. deficiência em ferro, folato, ou vitamina B12, intoxicação por alumínio, infecção ou inflamação, perda de sangue e hemólise) devem ser investigadas. Se não for identificada uma causa, deve ser considerado um exame da medula óssea para o diagnóstico da AEP. 27 Se for diagnosticada AEP, a terapêutica com Retacrit deve ser interrompida imediatamente e deve considerar-se efetuar um teste aos anticorpos anti-eritropoetina. Os doentes não devem ser transferidos para outro medicamento pois os anticorpos anti-eritropoetina apresentam reatividade cruzada com outras eritropoetinas. Devem ser excluídas outras causas de AEP e deve ser instituída uma terapêutica apropriada. Recomenda-se a monitorização da contagem reticulocitária de forma regular para detectar possível ocorrência de falta de eficácia em doentes com insuficiência renal crónica. Observou-se hipercalcemia em casos isolados. Em doentes com insuficiência renal crónica, a correção da anemia pode conduzir a aumento do apetite, e a uma maior ingestão de potássio e proteínas. As prescrições de diálises podem ter de ser ajustadas periodicamente para manter a ureia, a creatinina e o potássio dentro dos valores desejados. Os electrólitos séricos devem ser monitorizados em doentes com insuficiência renal crónica. Se for detectado um nível sérico de potássio elevado (ou crescente), deve considerar-se suspender a administração de eritropoetina até à normalização da hipercalcemia. Durante o tratamento com eritropoetina, é frequentemente requerido um aumento da dose de heparina, durante a hemodiálise, devido ao aumento do hematócrito. Se a heparinização não for óptima pode ocorrer a oclusão do sistema de diálise. Com base em informações disponíveis à data, a correção da anemia com eritropoetina em doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise não acelera a taxa de progressão da insuficiência renal. Doentes adultos com neoplasia e anemia sintomática a receber quimioterapia Em doentes com neoplasia a receber quimioterapia, o atraso de 2-3 semanas entre a administração de eritropoetina e o aparecimento de glóbulos vermelhos induzidos pela eritropoetina deve considerado ao avaliar se a terapêutica com Retacrit é apropriada (doente em risco de transfusão). Os valores da hemoglobina devem ser monitorizados de perto até se atingir um valor estável e, posteriormente, de forma periódica. Caso a taxa de aumento na hemoglobina exceda 2 g/dl (1,25 mmol/l) por mês ou o valor da hemoglobina exceda 12 g/dl (7,5 mmol/l), o ajuste da dose detalhado na secção 4.2 deve ser executado cuidadosamente para minimizar o risco de acontecimentos trombóticos (ver secção 4.2). Como se observou um aumento na incidência episódios vasculares trombóticos (EVT) em doentes com neoplasia a receber agentes eritropoéticos (ver secção 4.8), este risco deve ser ponderado cuidadosamente face ao benefício a ser obtido do tratamento (com Retacrit), particularmente em doentes com neoplasia com um aumento do risco de episódios vasculares trombóticos, tais como obesidade e doentes com uma história clínica de EVT (p.ex. trombose venosa profunda ou Embolia pulmonar). Doentes cirúrgicos adultos num programa de doação prévia de sangue autólogo Todas as advertências e precauções especiais associadas aos programas de doação prévia de sangue autólogo, especialmente a substituição de volume de rotina, devem ser respeitadas. Potencial crescimento do tumor As epoetinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção dos eritrócitos. Os receptores da eritropoetina podem expressar-se na superfície de várias células tumorais. Como sucede com todos os factores de crescimentos, existe a preocupação de que as epoetinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de malignidade. Em vários estudos controlados, as epoetinas não revelaram aumentar a sobrevivência global ou reduzir o risco de progressão do tumor em doentes com anemia associada a neoplasia. 28 Vários ensaios clínicos controlados em doentes com várias neoplasias frequentes, incluindo a neoplasia da cabeça e pescoço, neoplasia do pulmão e neoplasia da mama, aos quais foram administradas epoetinas, revelaram um aumento inexplicado da mortalidade. Em estudos clínicos controlados, a utilização de epoetina alfa e de outros agentes estimuladores da eritropoiese (AEE) demonstraram: • tempo reduzido para a progressão do tumor em doentes com cancro avançado da cabeça e do pescoço submetidos a radioterapia quando administradas para alcançar uma hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l), • sobrevivência geral reduzida e aumento do número de mortes atribuídos à progressão da doença aos 4 meses em doentes com cancro da mama metastático submetidos a quimioterapia quando administradas para alcançar uma hemoglobina de 12-14 g/dl (7,5-8,7 mmol/l), • aumento do risco de morte quando administradas para alcançar uma hemoglobina de 12 g/dl (7,5 mmol/l) em doentes com malignidade activa que não estejam a ser submetidos a quimioterapia nem radioterapia. Os AEE não estão indicados para a utilização nesta população de doentes. Face ao acima descrito, em certas situações clínicas, a transfusão de sangue deve ser o tratamento preferencial para o tratamento da anemia em doentes com cancro. A decisão de administrar eritropoietinas recombinantes deve-se basear numa avaliação do risco/benefício com a participação do doente individual, que deve ter em conta o contexto clínico específico. Os factores que devem ser considerados nesta avaliação devem incluir o tipo de tumor e a sua fase, o grau de anemia, a esperança de vida, o ambiente em que o doente está a ser tratado e a preferência do doente (ver secção 5.1) Este medicamento contém fenilalanina que pode ser prejudicial para indivíduos com fenilcetonúria. Este medicamento contém menos de 1 mmol de sódio (23 mg) por dose, ou seja, é praticamente “isento de sódio”. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Não existem provas que indiquem que o tratamento com eritropoetina altere o metabolismo de outros medicamentos. Contudo, visto que a ciclosporina se liga através dos eritrócitos, existe potencial para interacções com outros medicamentos. Se a eritropoetina for administrada concomitantemente com a ciclosporina, os níveis séricos da ciclosporina devem ser monitorizados e a dose ciclosporina ajustada à medida que o hematócrito aumenta. Não existe evidência que indique uma interacção entre a epoetina alfa e G-CSF ou GM-CSF em relação à diferenciação hematológica ou proliferação in vitro de tecido tumoral obtido por biopsia. 4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento Não existem estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Os estudos em animais revelaram toxicidade reprodutiva (ver secção 5.3). Não é sabido se a epoetina zeta exogena é excretada no leite materno. Por conseguinte, deve utilizar-se a eritropoetina durante a gravidez e o aleitamento apenas se o benefício potencial compensar o risco potencial para o feto. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Os efeitos de Retacrit sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas são nulos ou desprezíveis. 4.8 Efeitos indesejáveis Sumário do perfil de segurança. Os dados provenientes de estudos clínicos com Retacrit estão em linha com o perfil de segurança de outra eritropoetinas autorizadas. Com base nos resultados dos 29 estudos clínicos com outras eritropoetinas autorizadas, aproximadamente 8% dos doentes tratados com eritropoetina poderão apresentar reacções adversas. As reacções adversas, durante o tratamento com eritropoetina, são observados, predominantemente, em doentes com insuficiência renal crónica ou malignidade subjacente; e são mais frequentemente cefaleias e aumento na pressão arterial, dependente da dose. Podem ocorrer crises hipertensivas com sintomas do tipo encefalopatia. Deve ser dada atenção ao aparecimento súbito de cefaleias graves tipo enxaqueca como um possível sinal de alarme. Foi notificada congestão do tracto respiratório, que inclui eventos de congestão do tracto respiratório superior, congestão nasal e nasofaringite em estudos com intervalo de dosagem alargada em doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise. Foram notificados acontecimentos trombóticos/vasculares, tais como isquémia do miocárdio, enfarte do miocárdio, acidentes vasculares cerebrais (hemorragia cerebral e enfarte cerebral), crises isquémicas transitórias, trombose venosa profunda, trombose arterial, embolia pulmonar, aneurismas, trombose da retina e coagulação de um rim artificial em doentes a receberem agentes eritropoiéticos. Foi notificada eritroblastopenia (AEP) mediada por anticorpos após meses a anos de tratamento com epoetina alfa. Na maioria destes doentes, foram observados anticorpos anti-eritropoietinas (ver secções 4.3 e 4.4). Lista tabelada das reacções adversas Nesta secção as frequências das reacções adversas são definidos da seguinte forma: muito frequentes (≥1/10), frequentes (≥1/100, <1/10), pouco frequentes (≥1/1.000, <1/100), raros (≥1/10.000, <1/1.000), muito raros (<1/10.000), desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis) Dentro de cada grupo de frequência, as reacções adversas devem ser apresentados por ordem decrescente de gravidade. As frequências podem variar dependendo da indicação. CSO Doenças do sangue e do sistema linfático Frequência Muito raro Desconhecido Doenças do sistema imunitário Raro Muito raro Muito frequentes Doenças do sistema nervoso Frequentes Pouco frequentes Desconhecido Afecções oculares Cardiopatias Desconhecido Desconhecido Vasculopatias Frequentes 30 Efeito Adverso Trombocitose (ver secção 4.4) eritroblastopenia (AEP) mediada por anticorpos Reacções de hipersensibilidade Reacção anafiláctica Tonturas (doentes com insuficiência renal crónica) Cefaleias (doentes com cancro) Acidente Vascular Cerebral Tonturas (doentes com cancro) Cefaleias (doentes com com insuficiência renal crónica) Hemorragia cerebral Enfarte cerebral Encefalopatia hipertensiva Ataques isquémicos transitórios Trombose na retina Enfarte do miocárdio Isquémia do miocárdio Trombose em veias profundas (doentes com cancro) Aumento da pressão sanguínea Aneurisma Desconhecido Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino Frequentes Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos Frequente Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos Perturbações gerais e alterações no local de administração Pouco frequente Desconhecido Muito raro Desconhecido Muito frequentes Frequentes Muito frequentes Frequentes Complicações de intervenções relacionadas com lesões e intoxicações Frequentes Trombose arterial Trombose em veias profundas (doentes com insuficiência renal crónica) Crise hipertensiva Embolismo pumonar (doentes com cancro) Congestão do trato respiratório Embolismo pumonar (doentes com cancro) Erupções cutâneas não específicas Angioedema Prúrido Dores nas articulações (doentes com insuficiência renal) Dores nas articulações (doentes com cancro) Sintomas gripais (doentes com insuficiência renal) Sensação de fraqueza (doentes com insuficiência renal) Sensação de cansaço (doentes com insuficiência renal) Sintomas gripais (doentes com cancro) Sensação de fraqueza (doentes com cancro) Sensação de cansaço (doentes com cancro) Coagulação de um rim artificial Doentes adultos e pediátricos em hemodiálise, doentes adultos em diálise peritoneal e doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise A reacção adversa mais frequente durante o tratamento com epoetina alfa é um aumento dependente da dose da tensão arterial ou um agravamento da hipertensão existente. Estes aumentos na tensão arterial podem ser tratados com medicamentos. Além disso, recomenda-se a monitorização da tensão arterial particularmente no início do tratamento. Também ocorreram as seguintes reacções em doentes isolados com tensão arterial normal ou baixa: crises hipertensivas com sintomas do tipo encefalopatia (p. ex., cefaleias e estado de confusão) e convulsões tónico-clónicas generalizadas, necessitando de cuidados médicos imediatos e tratamento intensivo. Deve ser dada particular atenção ao aparecimento súbito de cefaleias graves tipo enxaqueca como um possível sinal de alerta. Pode ocorrer trombose do shunt, especialmente em doentes com tendência para hipotensão ou com complicações da fístula arteriovenosa (p. ex., estenoses, aneurismas, etc.). Nestes doentes recomendase a revisão precoce do shunt e a profilaxia da trombose através da administração de ácido acetilsalicílico, por exemplo. Doentes oncológicos adultos com anemia sintomática em quimioterapia Pode ocorrer hipertensão em doentes tratados com epoetina alfa. Consequentemente, a hemoglobina e a tensão arterial devem ser cuidadosamente monitorizadas. 31 Foi observado um aumento da incidência dos acontecimentos vasculares trombóticos (ver secção 4.4 e secção 4.8 - Gerais) em doentes tratados com agentes eritropoiéticos. Doentes cirúrgicos Independentemente do tratamento com eritropoetina, podem ocorrer acontecimentos trombóticos e vasculares em doentes cirúrgicos com doença cardiovascular subjacente após flebotomia repetida. Portanto, deve efectuar-se a substituição de volume de rotina nesses doentes. Em doentes com valores basais de hemoglobina > 13g/dl, não pode ser excluída a possibilidade de que o tratamento com Retacrit possa estar associado a um aumento do risco de eventos trombóticos/vasculares pós-cirurgia. Notificação de suspeitas de reações adversas A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas de reações adversas através do sistema nacional de notificação mencionado no Apêndice V. 4.9 Sobredosagem A margem terapêutica da eritropoetina é muito larga. A sobredosagem de eritropoetina pode produzir efeitos que são prolongamentos dos efeitos farmacológicos da hormona. Pode efectuar-se a flebotomia se ocorrerem valores da hemoglobina excessivamente altos. Deve ser fornecido cuidado de apoio adicional conforme for necessário. 5. 5.1 PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS Propriedades farmacodinâmicas Grupo farmacoterapêutico: Outras preparações antianémicas, eritropoetina Código ATC: B03XA01 Retacrit é um medicamento biológico similar. Está disponível informação pormenorizada no sítio da Agência Europeia de Medicamentos http://www.ema.europa.eu Efeitos farmacodinâmicos A eritropoetina é uma glicoproteína que estimula, como um factor estimulante das mitoses e como hormona diferenciadora, a formação de eritrócitos a partir de precursores do compartimento da célula estaminal. O peso molecular aparente da eritropoetina é de 32 000-40 000 Dalton. A metade proteica da molécula contribui para cerca de 58% do peso molecular total e é composta por 165 aminoácidos. As quatro cadeias de hidratos de carbono estão ligadas à proteína através de três ligações N-glicosídeas e uma ligação O-glicosídea. A epoetina zeta é idêntica, na sua composição em aminoácidos e em hidratos de carbono, à eritropoetina humana endógena isolada da urina de doentes anémicos. A eficácia biológica da eritropoetina foi demonstrada em vários modelos animais in vivo (rato normal e rato anémico, ratinho policitémico). Após a administração da eritropoetina, o número de eritrócitos, os valores de hemoglobina e a contagem reticulocitária, bem como a taxa de incorporação de 59Fe, aumentam. Após incubação das células eritróides nucleadas do baço (cultura de células de baço de ratinho) com epoetina beta, detectou-se um aumento da incorporação da timidina tritiada (3H-timidina) in vitro. Poderia demonstrar-se com a ajuda de células humanas de medula óssea que a eritropoetina estimula 32 especificamente a eritropoiese, não afectando a leucopoiese. Não foi detectada acção citotóxica da eritropoetina em células da medula óssea. Como sucede com outros factores de crescimentos hematopoéticos, a eritropoetina demonstrou propriedades estimulantes in vitro em células endoteliais humanas. Doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise Em 2 estudos com intervalo de dosagem alargada de eritropoetina (3 vezes por semana, uma vez por semana, uma vez em cada 2 semanas e uma vez em cada 4 semanas) alguns doentes com intervalos de dosagem mais longos não mantiveram níveis de hemoglobina adequados e alcançaram o critério de retirada de hemoglobina definido no protocolo (0% nos grupos de uma vez por semana, 3,7% nos grupos de uma vez em cada 2 semanas e 3,3% nos grupos de uma vez em cada 4 semanas). Eficácia clínica e segurança 721 doentes com neoplasia a receber quimioterapia sem platina foram incluídos em três estudos controlados com placebo, 389 doentes com neoplasias hematológicas (221 mielomas múltiplos, 144 linfoma não-Hodgkin e 24 outras neoplasias hematológicas) e 332 com tumores sólidos (172 da mama, 64 ginecológicos, 23 do pulmão, 22 da próstata, 21 gastrointestinais, e 30 outros tipos de tumor). Em dois grandes estudos, em aberto, 2 697 doentes com neoplasia a receber quimioterapia sem platina foram incluídos, 1 895 com tumores sólidos (683 da mama, 260 do pulmão, 174 ginecológicos, 300 gastrointestinais e 478 outros tipos de tumor) e 802 com neoplasias hematológicas. Num estudo prospectivo, aleatório, com ocultação dupla, controlado com placebo, conduzido em 375 doentes anémicos com várias neoplasias não-mielóides a receber quimioterapia sem platina, verificouse uma redução significativa de sequelas relacionadas com a anemia (p.ex. fadiga, diminuição da energia e redução da actividade), medidas pelos instrumentos e escalas seguintes: escala geral de Avaliação Funcional de Terapia da Neoplasia-Anemia (FACT-An), escala de fadiga FACT-An e Escala Linear Analógica da Neoplasia (CLAS). Dois outros estudos mais pequenos, aleatórios, controlados com placebo, não demonstraram uma melhoria significativa nos parâmetros de qualidade de vida na escala EORTC-QLQ-C30 ou CLAS, respectivamente. A eritropoetina é um factor de crescimento que estimula principalmente a produção dos eritrócitos. Os receptores da eritropoetina podem expressar-se na superfície de várias células tumorais. A sobrevivência e a progressão tumoral foram examinadas em cinco grandes estudos controlados envolvendo um total de 2 833 doentes, dos quais quatro foram estudos duplamente cegos controlados com placebo e um foi um estudo aberto. Os estudos recrutaram doentes que estavam a ser tratados com quimioterapia (dois estudos) ou utilizaram populações de doentes nas quais os agentes estimuladores da eritropoiese não estavam indicados: anemia em doentes com cancro que não estavam submetidos a quimioterapia e doentes com cancro da cabeça e do pescoço submetidos a radioterapia. A concentração de hemoglobina pretentida em dois estudos foi de > 13 g/dl; nos restantes três estudos esta foi de 12-14 g/dl. No estudo aberto não houve diferença na sobrevivência geral entre os doentes tratados com a eritropoietina humana recombinante e os controlos. Nos quatro estudos controlados com placebo, as taxas de risco da sobrevivência geral foram de 1,25 e 2,47 a favor dos controlos. Estes estudos demonstraram uma mortalidade excessiva consistente inexplicada e estatisticamente significativa em doentes com anemia associada a vários cancros vulgares que receberam eritropoietina humana recombinante comparativamente aos controlos. O resultado da sobrevivência geral nos ensaios não conseguiu ser explicado de modo satisfatório pelas diferenças na incidência da trombose e das complicações relacionadas entre os doentes aos quais foi administrada a eritropoietina humana e os doentes no grupo de controlo. Também foi realizada uma análise sistemática envolvendo mais de 9000 doentes com cancro que participaram em 57 ensaios clínicos. A meta-análise dos dados de sobrevivência geral produziu uma estimativa pontual da razão de perigo de 1,08 a favor dos controlos (95% IC: 0,99; 1,18; 42 ensaios e 8 167 doentes). Foi observado um aumento do risco relativo de acontecimentos tromboembólicos (RR 1,67; 95% IC: 1,35; 2,06; 35 ensaios e 6769 doentes) em doentes tratados com eritropoietina humana 33 recombinante. Existe um aumento do risco de acontecimentos tromboembólicos em doentes com cancro tratados com eritropoietina humana recombinante e não se pode excluir um impacto negativo na sobrevivência geral. A extensão da possível aplicação destes resultados à administração da eritropoietina humana recombinante a doentes com cancro, tratados com quimioterapia para alcançarem concentrações de hemoglobina inferiores a 13 g/dl, está por clarificar uma vez que foram incluídos poucos doentes com estas características nos dados analisados . Foi efectuada uma análise dos dados individuais dos doentes em mais de 13.900 doentes com cancro (quimio-, rádio-, quimioradio-, ou sem terapia) que participaram em 53 ensaios clínicos controlados envolvendo várias epoetinas. A meta-análise dos dados de sobrevivência geral conduziram a uma taxa de risco estimado de 1,06 favorável ao controle (IC 95%: 1,00; 1,12; 53 ensaios clínicos e 13.933 doentes) e para os doentes com cancro recebendo quimioterapia, a Hazard ratio de sobrevivência geral foi de 1,04 (IC 95%: 0,97; 1,11; 38 ensaios e 10.411 doentes). A meta-análise também indicou um aumento consistente e significativo do risco relativo de acontecimentos trombóides nos doentes com cancro recebendo eritropoeitina humana recombinante (ver secção 4.4). Num estudo randomizado, duplamente oculto, controlado por placebo com 4.037 doentes com insuficiência renal crónica, não em diálise, com diabetes tipo 2, e níveis de hemoglobina ≤ 11 g/dl, os doentes receberam tratamento com darbepoetina alfa para obter níveis de hemoblogina de 13 g/dl ou com placebo (ver secção 4.4). O estudo não cumpriu o seu objectivo primário de demonstração da redução do risco para todas as causas de mortalidade, morbilidade cardiovascular, ou doença renal em fase final (DRFF). A análise dos components dos marcadores finais compostos dos indíviduos mostraram as seguintes HR (IC 95%): morte 1,05 (0,92; 1,21), AVC 1,92 (1,38; 2,68), falha cardíaca congestiva (FCC) 0,89 (0,74; 1,08), enfarte do miocárdio (EM) 0,96 (0,75; 1,23), hospitalização por isquémia do miocárdio 0,84 (0,55; 1,27), DRFF 1.02 (0.87, 1.18). Foram realizadas análises subsequentes agrupadas dos estudos clínicos de AEEs em doentes com IRC (em doentes dialisados, não dialisados, diabéticos e não diabéticos). Foi observado a tendência para o aumento da estimativa do risco para todas as causas de mortalidade, acontecimentos cardiovasculares e cerebrovasculares associados a doses cumulativas elevadas de AEE independentes do estado de diabetes ou diálise (ver secções 4.2 e 4.4). 5.2 Propriedades farmacocinéticas Por via intravenosa A medição da eritropoetina após a administração de várias doses por via intravenosa revelou uma semi-vida de aproximadamente 4 horas em voluntários normais e uma semi-vida ligeiramente mais prolongada em doentes com insuficiência renal, aproximadamente 5 horas. Foi notificada uma semi-vida de aproximadamente 6 horas em crianças. Por via subcutânea Após a injecção subcutânea, os níveis séricos da eritropoetina são muito inferiores aos níveis atingidos após a injecção IV, os níveis aumentam lentamente e atingem um pico entre 12 e 18 horas após a dose. O pico fica sempre muito abaixo do pico que se atinge utilizando a via IV (aproximadamente 1/20 do valor). Não existe acumulação: os níveis permanecem os mesmos, quer sejam determinados 24 horas após a primeira injecção ou 24 horas após a última injecção. A semi-vida é difícil de avaliar para a via subcutânea e estima-se cerca de 24 horas. A biodisponibilidade da eritropoetina injectável por via subcutânea é muito inferior à do medicamento por via intravenosa: aproximadamente 20%. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em alguns estudos toxicológicos pré-clínicos em cães e ratos, mas não em macacos, a terapêutica com eritropoetina esteve associada a fibrose da medula óssea subclínica (a fibrose da medula óssea é uma complicação conhecida da insuficiência renal crónica no Homem e pode estar relacionada com hiperparatiroidismo secundário ou factores desconhecidos. A incidência de fibrose da medula óssea 34 não aumentou num estudo de doentes em hemodiálise que foram tratados com eritropoetina durante 3 anos comparativamente com um grupo de controlo equiparado de doentes em diálise que não foram tratados com eritropoetina). Em estudos em animais, demonstrou-se que a eritropoetina diminui o peso corporal fetal, atrasa a ossificação e aumenta a mortalidade fetal quando administrada em doses semanais de aproximadamente 20 vezes a dose semanal recomendada no Homem. Estas alterações são interpretadas como secundárias relativamente à diminuição do ganho de peso corporal materno. A eritropoetina não demonstrou quaisquer alterações nos testes bacterianos e de mutagenicidade da cultura celular em mamíferos e num teste de micronúcleo in vivo em ratinhos. Não foram efectuados estudos de carcinogenicidade a longo prazo. Existem relatórios contraditórios na literatura relativamente a se a eritropoetina pode desempenhar um papel importante como proliferadora de tumores. Estes relatórios baseiam-se em resultados in vitro de amostras de tumores humanos, mas o seu significado é incerto na situação clínica. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1 Lista dos excipientes Fosfato dissódico di-hidratado Fosfato monossódico di-hidratado Cloreto de sódio Cloreto de cálcio di-hidratado Polissorbato 20 Glicina Leucina Isoleucina Treonina Ácido glutâmico Fenilalanina Água para preparações injectáveis Hidróxido de sódio (regulador de pH) Ácido clorídrico (regulador de pH) 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de compatibilidade, este medicamento não deve ser misturado com outros medicamentos. 6.3 Prazo de validade 30 meses 6.4 Precauções especiais de conservação Conservar no frigorífico (2°C - 8°C). Não congelar. Manter a seringa pré-cheia dentro da embalagem exterior para proteger da luz. Durante a utilização em ambulatório, o doente pode retirar o medicamento do frigorífico e armazenálo à temperatura ambiente (não superior a 25°C), por um período único até 3 dias. 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente 0,6 ml de solução injectável em seringa pré-cheia de vidro do tipo I com uma agulha fixa em aço e um êmbolo com revestimento PTFE com ou sem proteção de agulha. 35 Cada embalagem contém 1 ou 6 seringas pré-cheias. É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações. 6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento Instruções de manuseamento para Retacrit: 1. Após retirar uma seringa da embalagem blister, verifique a solução se apresenta límpida, incolor e praticamente isenta de partículas visíveis. 2. Retire a tampa de protecção da agulha da seringa e o ar é expelido da seringa e da agulha segurando a seringa na vertical e pressionando suavemente o êmbolo para cima. 3. A seringa está agora pronta a usar. Retacrit não deve ser usado se • o selo do estiver quebrado ou se o blister estiver danificado de alguma forma • o líquido estiver colorido ou conseguir ver partículas a flutuar nele • qualquer líquido tiver derramado da seringa pré-cheia ou se for visível condensação dentro do blister selado • tiver sido congelado acidentalmente Este medicamento destina-se apenas a uma administração. Não agitar. Os medicamentos não utilizados ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Hospira UK Limited Horizon Honey Lane Hurley Maidenhead SL6 6RJ Reino Unido 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/07/431/003 seringa pré-cheia EU/1/07/431/004 seringa pré-cheia EU/1/07/431/028 seringa pré-cheia com protecção de agulha EU/1/07/431/029 seringa pré-cheia com protecção de agulha 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Data da primeira autorização: 18 de Dezembro de 2007 Data da última renovação: 15 de novembro de 2012 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO 36 A informaçãoo detalhada sobre este medicamento está disponível na página da European Medicines Agency http://www.ema.europa.eu. 37 1. NOME DO MEDICAMENTO Retacrit 3 000 UI/0,9 ml solução injectável em seringa pré-cheia 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Uma seringa pré-cheia com 0,9 ml de solução injectável contém 3 000 unidades internacionais (UI) de epoetina zeta* (eritropoetina humana recombinante). A solução contém 3 333 UI de epoetina zeta por ml. *Produzida por tecnologia de ADN recombinante na linhagem celular de ovário de hamster chinês (CHO). Excipiente com efeito conhecido Cada seringa pré-cheia contém 0,45 mg de fenilalanina. Para a lista completa de excipientes, ver secção 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em seringa pré-cheia. Solução incolor e límpida. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia sintomática associada a insuficiência renal crónica (IRC) em doentes adultos e pediátricos: o Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em doentes adultos e pediátricos em hemodiálise e doentes adultos em diálise peritoneal (ver secção 4.4). o Tratamento da anemia grave de causa renal acompanhada de sintomas clínicos em doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise (ver secção 4.4). − Tratamento da anemia e redução dos requisitos de transfusão em doentes adultos a receber quimioterapia para tumores sólidos, linfoma maligno ou mieloma múltiplo, e em risco de transfusão conforme a avaliação do estado geral do doente (p.ex. estado cardiovascular, anemia prévia no início da quimioterapia). − Pode utilizar-se Retacrit para aumentar a colheita de sangue autólogo em doentes num programa de doação prévia. A sua utilização nesta indicação deve ser ponderada face ao risco de ocorrência de acontecimentos tromboembólicos notificado. O tratamento só deve ser administrado a doentes com anemia moderada (sem deficiência em ferro), se não estiverem disponíveis processos de conservação de sangue ou se estes forem insuficientes quando uma cirurgia electiva programada importante requerer um grande volume de sangue (4 ou mais unidades de sangue na mulher ou 5, ou mais unidades, no homem). − Retacrit pode ser utilizado para reduzir a exposição à transfusão sanguínea alogénica em adultos sem deficiência de ferro, antes de cirurgia electiva ortopédica major, que tenham um elevado um risco elevado para complicações associadas a transfusões. O seu uso deve ser restrito a doentes adultos com anemia moderada (ex. hemoglobina 10-13 g/dl) que não tenham disponível um programa de pré-doação autólogo e em que é previsível uma perda moderada de sangue (900 a 1 800 ml). 4.2 Posologia e modo de administração 38 O tratamento com Retacrit tem de ser iniciado sob a supervisão de médicos com experiência na gestão de doentes com as indicações acima mencionadas. Posologia Tratamento da anemia sintomática em doentes insuficientes renais crónicos adultos e pediátricos Retacrit deve ser administrado por via subcutânea ou por via intravenosa. A concentração de hemoglobina pretendida situa-se entre 10 e 12 g/dl (6,2-7,5 mmol/l), excepto em doentes pediátricos nos quais a concentração de hemoglobina se deverá situar entre 9,5 e 11 g/dl (5,96,8 mmol/l). Não se deve exceder o limite superior da concentração de hemoglobina a atingir. Os sintomas e as sequelas da anemia podem variar com a idade, o sexo e a carga geral da doença, sendo necessária a avaliação por parte de um médico do estado clínico e da condição de cada doente. Retacrit deve ser administrado por via subcutânea ou por via intravenosa a fim de aumentar a hemoglobina para valores não superiores a 12 g/dl (7,5 mmol/l). Devido à variabilidade intra-doente, pode observar-se ocasionalmente valores de hemoglobina superiores e inferiores ao nível de hemoglobina desejado num doente individual. A variabilidade da hemoglobina deve ser resolvida através da gestão da dose, tendo em consideração o intervalo de hemoglobina pretentida de 10 g/dl (6,2 mmol/l) a 12 g/dl (7,5 mmol). Devem ser evitados valores de hemoglobina que se mantenham superiores a 12 g/dl. As recomendações para o ajuste adequado da dose quando se observam valores de hemoglobina superiores a 12 g/dl (7,5 mmol/l) estão descritas abaixo. Deve ser evitado um aumento do valor de hemoglobina superior a 2 g/dl (1,25 mmol/l) num período de quatro semanas. Caso ocorra, o ajuste de dose apropriado deverá ser efectuado. Os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados para assegurar que é utilizada a dose efetiva mais baixa aprovada de Retacrit, para o controlo adequado dos sintomas da anemia enquanto se mantém uma concentração de hemoglobina inferior ou igual a 12 g/dl (7,5 mmol/l). Deve ter-se precaução com o aumento gradual das doses de Retacrit em doentes com insuficiência renal crónica. Em doentes com uma resposta fraca da hemoglobina ao Retacrit, explicações alternativas para a fraca resposta devem ser consideradas (ver secções 4.4 e 5.1). Em doentes com insuficiência renal crónica e cardiopatia isquémica ou insuficiência cardíaca congestiva clinicamente evidentes, a concentração de hemoglobina de manutenção não deverá exceder o limite superior da concentração de hemoglobina a atingir. Doentes adultos em hemodiálise Retacrit deve ser administrado por via subcutânea ou por via intravenosa O tratamento divide-se em duas fases: 1. Fase de correcção: 50 UI/kg 3 vezes por semana. Quando for necessário um ajuste da dose, este deve ser feito em etapas de, pelo menos, quatro semanas. Em cada etapa, o aumento ou redução da dose deve ser de 25 UI/kg 3 vezes por semana. 2. Fase de manutenção: Ajuste da dose para manter os valores da hemoglobina (Hb) no nível desejado: Hb entre 10 e 12 g/dl (6,2-7,5 mmol/l). A dose total semanal recomendada situa-se entre 75 e 300 UI/kg. Os dados clínicos disponíveis sugerem que aqueles doentes cuja hemoglobina inicial é muito baixa (< 6 g/dl ou < 3,75 mmol/l) podem necessitar de doses de manutenção mais altas do que aqueles cuja anemia inicial é menos grave (Hb > 8 g/dl ou > 5 mmol/l). Doentes pediátricos em hemodiálise 39 O tratamento divide-se em duas fases: 1. Fase de correcção: 50 UI/kg 3 vezes por semana por via intravenosa. Quando for necessário um ajuste da dose, este deve ser feito em etapas de 25 UI/kg, 3 vezes por semana em intervalos de, pelo menos, 4 semanas até o objectivo pretendido ser atingido. 2. Fase de manutenção: Ajuste da dose para manter os valores da hemoglobina (Hb) no nível desejado: Hb entre 9,5 e 11 g/dl (5,9-6,8 mmol/l). Geralmente, as crianças e adolescentes com menos de 30 kg de peso necessitam de doses de manutenção mais altas do que as crianças com mais de 30 kg e os adultos. As seguintes doses de manutenção foram observadas em estudos clínicos após 6 meses de tratamento. Peso (kg) < 10 10-30 > 30 Dose (UI/kg administrada 3 vezes por semana) Mediana Dose de manutenção habitual 100 75-150 75 60-150 33 30-100 Os dados clínicos disponíveis sugerem que aqueles doentes cuja hemoglobina inicial é muito baixa (< 6,8 g/dl ou < 4,25 mmol/l) podem necessitar de doses de manutenção mais altas do que aqueles cuja hemoglobina inicial é superior a > 6,8 g/dl ou > 4,25 mmol/l. Doentes adultos em diálise peritoneal Retacrit deve ser administrado por subcutânea ou por via intravenosa. O tratamento divide-se em duas fases: 1. Fase de correcção: A dose inicial é de 50 UI/kg 2 vezes por semana. 2. Fase de manutenção: Ajuste da dose para manter os valores da hemoglobina (Hb) no nível desejado: (Hb entre 10 e 12 g/dl (6,2-7,5 mmol/l). Dose de manutenção entre 25 e 50 UI/kg 2 vezes por semana em 2 doses iguais. Doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise Retacrit deve ser administrado por subcutânea ou por via intravenosa. O tratamento divide-se em duas fases: 1. Fase de correcção: A dose inicial é de 50 UI/kg 3 vezes por semana, por via intravenosa, seguida, se necessário, por um aumento da dose com incrementos de 25 UI/kg (3 vezes por semana) até o objectivo pretendido ser atingido (isto deve ser feito em etapas de, pelo menos, quatro semanas). 2. Fase de manutenção: Durante a fase de manutenção, o Retacrit pode ser administrado 3 vezes por semana e em caso de administração subcutânea, uma vez por semana ou uma vez em cada 2 semanas. Deve ser realizado o ajuste apropriado da dose e dos intervalos da dose para manter os valores da hemoglobina (Hb) no nível desejado: Hb entre 10 e 12 g/dl (6,2-7,5 mmol/l). Uma extensão dos intervalos da dose pode requerer um aumento da dose. A dosagem máxima não deverá exceder 150 UI/Kg 3 vezes por semana, 240 UI/Kg (até um máximo de 20 000 UI) uma vez por semana ou 480 UI/Kg (até um máximo de 40 000 UI) uma vez em cada 2 semanas. Tratamento de doentes com anemia induzida por quimioterapia Retacrit deve ser administrada por via subcutânea a doentes com anemia (p. ex., concentração de hemoglobina ≤ 10 g/dl (6,2 mmol/l). Os sintomas e as sequelas da anemia podem variar com a idade, o 40 sexo e a carga geral da doença; sendo necessária a avaliação por parte de um médico do estado clínico e da condição de cada doente. Devido à variabilidade intra-doente, pode observar-se ocasionalmente valores de hemoglobina superiores e inferiores ao nível de hemoglobina desejado num doente individual. A variabilidade da hemoglobina deve ser resolvida através da gestão da dose, tendo em consideração o intervalo de hemoglobina pretentida de 10 g/dl (6,2 mmol/l) a 12 g/dl (7,5 mmol). Deve ser evitado que o nível de hemoglobina se mantenha superior a 12 g/dl (7,5 mmol/l), sendo de seguida fornecida uma orientação para o ajuste adequado da dose para os casos em que se observam valores de hemoglobina que excedam 12 g/dl (7,5 mmol/l). Os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados para assegurar que é utilizada a dose mais baixa aprovada de Retacrit, para o controlo adequado dos sintomas da anemia. A terapêutica com Retacrit deve continuar até um mês após o final da quimioterapia. A dose inicial é de 150 UI/kg administrada por via subcutânea 3 vezes por semana. Em alternativa, pode administrar-se Retacrit com uma dose inicial de 450 UI/kg por via subcutânea uma vez por semana. Se a hemoglobina aumentou, pelo menos, 1 g/dl (0,62 mmol/l) ou a contagem reticulocitária aumentou ≥ 40 000 células/µl acima do valor inicial após 4 semanas de tratamento, a dose deve permanecer em 150 UI/kg 3 vezes por semana ou 450 UI/kg uma vez por semana. Se o aumento da hemoglobina for < 1 g/dl (< 0,62 mmol/l) e a contagem reticulocitária tiver aumentado < 40 000 células/µl acima do valor inicial, aumente a dose para 300 UI/kg 3 vezes por semana. Se após mais 4 semanas de terapêutica com 300 UI/kg 3 vezes por semana, a hemoglobina aumentou ≥ 1 g/dl (0,62 mmol/l) ou a contagem reticulocitária aumentou ≥ 40 000 células/µl, a dose deve permanecer em 300 UI/kg 3 vezes por semana. Contudo, se a hemoglobina aumentou < 1 g/dl (< 0,62 mmol/l) e a contagem reticulocitária aumentou < 40 000 células/µl acima do valor inicial, não é provável a obtenção de resposta, pelo que, o tratamento deve ser interrompido. O regime posológico recomendado é descrito no diagrama seguinte: 41 150 UI/kg, 3x/semana ou 450 UI/kg, uma vez por semana durante 4 semanas Aumento da contagem de reticulócitos < 40.000/μl e aumento de Hb < 1 g/dl Aumento da contagem de reticulócitos ≥ 40.000/μl ou aumento de Hb ≥ 1 g/d 300 UI/kg 3x/semana durante 4 semanas Hb pretentida (10-12 g/dl) Aumento da contagem de reticulócitos ≥ 40.000/μl ou aumento de Hb ≥ 1 g/d Aumento da contagem de reticulócitos < 40.000/μl e aumento de Hb < 1 g/dl Interromper o tratamento Assim que o objectivo terapêutico para um doente individual tiver sido atingido, a dose deve ser reduzida em 25 a 50% de modo a manter a hemoglobina nesse nível. Deve ser considerada a titulação adequada da dose. Ajuste da dose A uma taxa de aumento na hemoglobina de >2 g/dl (>1,25 mmol/l) por mês, a dose de Retacrit deve ser reduzida em cerca de 25-50%. Se o valor da hemoglobina exceder 12 g/dl (7,5 mmol/l), interrompa a terapêutica até baixar para 12 g/dl (7,5 mmol/l) ou menos e, depois, reintroduza a terapêutica com Retacrit a uma dose 25% inferior à dose anterior. Tratamento de doentes adultos cirúrgicos em programas de pré-doação autóloga Retacrit deve ser administrado por via intravenosa. Na altura da colheita de sangue, deve administrar-se Retacrit após a conclusão do procedimento de colheita de sangue. 42 Os doentes moderadamente anémicos (hematócrito de 33-39%) que necessitam de um depósito prévio de ≥ 4 unidades de sangue devem ser tratados com Retacrit a uma dose de 600 UI/kg de peso corporal 2 vezes por semana durante 3 semanas antes da cirurgia. Todos os doentes tratados com Retacrit deverão receber um suplemento de ferro adequado (p.ex. 200 mg de ferro elementar por via oral diariamente) durante o tratamento. Deve iniciar-se o suplemento de ferro o mais rapidamente possível, mesmo várias semanas antes de iniciar o depósito prévio autólogo, para obter níveis de ferro altos antes de iniciar a terapêutica com Retacrit. Tratamento de doentes adultos sujeitos a cirurgia electiva ortopédica major O Retacrit deve ser administrado por via subcutânea A dose recomendada de Retacrit é de 600 UI/kg administrada semanalmente, durante três semanas (dias 21, 14, e 7) antes da cirurgia e no dia da cirurgia (dia 0). Em casos em que haja necessidade clínica, o tempo antes da cirurgia pode ser reduzido para menos de três semanas. Nestes casos devemse administrar 300 mg/kg diariamente durante 10 dias consecutivos antes da cirurgia, no dia da cirurgia, e durante quatro dias imediatamente após a cirurgia. Se durante o período pré-operatório, a hemoglobina atingir níveis de 15 g/dl, ou superior, a administração de Retacrit deve ser interrompida e não se devem administrar doses adicionais. As deficiências em ferro devem ser tratadas antes de iniciar o tratamento com Retacrit. Além disto, todos os doentes devem receber o suplemento de ferro adequado (por exemplo, 200 mg por dia, por via oral, de elemento ferro) durante o decorrer do tratamento com Retacrit. Se possível, o suplemento de ferro deve ser inciado antes do tratamento com Retacrit, para atingir os níveis internos de ferro adequados. Modo de administração Injecção intravenosa A dose deve ser administrada durante, pelo menos, 1-5 minutos, dependendo da dose total. Em doentes submetidos a hemodiálise, pode administrar-se uma injecção de bólus durante a sessão de diálise através de uma porta venosa adequada na linha de diálise. Em alternativa, a injecção pode ser administrada no final da sessão de diálise através do tubo da agulha da fístula, seguida de 10 ml de solução de cloreto de sódio 9 mg/ml (0,9%) para enxaguar o tubo e garantir uma injecção satisfatória do medicamento na circulação. É preferível uma injecção mais lenta em doentes que reagem ao tratamento com sintomas gripais. Retacrit não deve ser administrado por perfusão intravenosa. Retacrit não deve ser misturado com outros medicamentos (ver secção 6.2). Injecção subcutânea Geralmente, não se deve exceder um volume máximo de 1 ml no local da injecção. Em caso de volumes superiores, deve escolher-se mais de um local para a injecção. As injecções são administradas nos membros ou na parede abdominal anterior. Para instruções acerca do manuseamento do medicamento antes da administração, ver secção 6.6. 4.3 − − − Contra-indicações Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes listados na secção 6.1. Os doentes que desenvolvem Aplasia Eritróide Pura (AEP) após tratamento com qualquer eritropoetina não podem receber Retacrit ou qualquer outra eritropoetina (ver secção 4.4). Hipertensão descontrolada. 43 − − − 4.4 Na indicação “para aumentar a colheita de sangue autólogo”: enfarte do miocárdio ou acidente vascular cerebral no mês anterior ao tratamento, angina de peito instável, risco aumentado de trombose venosa profunda, nomeadamente, história clínica de doença tromboembólica venosa. Na indicação de cirurgia electiva ortopédica major: doença coronária grave, doença arterial periférica, carotídea ou doença vascular cerebral, incluindo doentes com antecedentes de enfarte do miocárdio recente ou acidente vascular cerebral. Doentes que, por qualquer razão, não podem receber profilaxia antitrombótica adequada. Advertências e precauções especiais de utilização Informações gerais Como em todos os doentes a receber eritropoetina, a pressão arterial pode aumentar durante o tratamento com Retacrit. A pressão arterial deve ser monitorizada de perto e controlada adequadamente em todos os doentes antes, no início e durante o tratamento com Retacrit. Pode ser necessário adicionar ou aumentar o tratamento anti-hipertensivo. Se a pressão arterial não puder ser bem controlada, o tratamento com Retacrit deve ser interrompido. Retacrit também deve ser usado com precaução em presença de epilepsia e insuficiência hepática crónica. Durante o tratamento com eritropoetina, pode ocorrer um aumento moderado do número de plaquetas, dentro dos valores normais, dependente da dose. Este efeito regride com o tratamento. Recomenda-se a monitorização regular do número de plaquetas nas primeiras 8 semanas de tratamento. Todas as outras causas de anemia (deficiência em ferro, hemólise, perda de sangue, deficiências em vitamina B12- ou folato) devem ser consideradas e tratadas antes de iniciar e durante a terapêutica com Retacrit. Na maioria dos casos, observa-se diminuição dos valores da ferritina sérica em simultâneo com o aumento do hematócrito. Para garantir uma resposta óptima à eritropoetina, devem garantir-se níveis de ferro adequados: − recomenda-se suplemento de ferro, p.ex. 200-300 mg/dia oralmente (100-200 mg/dia para doentes pediátricos) para doentes com insuficiência renal crónica cujos níveis séricos de ferritina sejam inferiores a 100 ng/ml − recomenda-se substituição de ferro na dose de 200-300 mg/dia para todos os doentes com neoplasia com saturação da transferrina inferior a 20% Todos estes factores que contribuem para a anemia devem ser considerados cuidadosamente ao tomar a decisão de aumentar a dose de eritropoetina em doentes com neoplasia. A diminuição paradoxal da hemoglobina e desenvolvimento de anemia grave associada com uma contagem baixa de reticulócitos deve levar à interrupção imediata do tratamento com epoetina e efectuar a análise para pesquisa de anticorpos anti-epoetinas. Têm sido notificados casos de doentes com hepatite C tratados com interferão e ribavirina, e com epoetinas utilizadas concomitantemente. As Epoetinas não estão aprovadas para controlar a anemia associada à hepatite C. De forma a melhorar a rastreabilidade dos agentes estimulantes da eritropoiese (AEEs), o nome do AEE prescrito deve ser claramente registado (ou indicado) no processo do doente. Na pericirurgia devem-se seguir sempre as boas práticas de utilização de sangue. Doentes que vão ser submetidos a cirurgia ortopédica electiva major Em doentes que vão ser submetidos a cirurgia electiva ortopédica major, a causa da anemia deve ser esclarecida e tratada, se possível, antes do início do tratamento com Retacrit. Os acontecimentos trombóticos podem ser um risco nesta população de doentes e esta 44 possibilidade tem de ser cuidadosamente avaliada em relação ao benefício relacionado com o tratamento. Os doentes devem receber profilaxia adequada com anticoagulantes, pois podem ocorrer eventos tromboembólicos e vasculares em doentes cirúrgicos, especialmente os que apresentam doença cardiovascular. Para além disto, também deverá ser observada precaução especial em doentes predispostos para o desenvolvimento de trombose venosa profunda (DVTs). Não se pode também excluir a possibilidade de que o tratamento com Retacrit, em doentes com um nível de hemoglobina > 13 g/dl, se associe a um aumento de risco de eventos trombóticos e vasculares pós-operatórios. A epoetina alfa não deverá, portanto, ser utilizada em doentes com valores de hemoglobina > 13 g/dl. Doentes insuficientes renais crónicos Concentração de hemoglobina Em doentes com insuficiência renal crónica, a concentração da hemoglobina de manutenção não deve exceder o limite superior da concentração de hemoglobina pretentida recomendada na secção 4.2. Em ensaios clínicos, observou-se um aumento do risco de morte, de acontecimentos cardiovasculares ou cerebrovasculares graves, incluindo AVC quando foram administrados AEE para alcançar uma hemoglobina superior a 12 g/dl (7,5 mmol/l). Ensaios clínicos controlados não demonstraram benefícios significativos atribuíveis à administração de epoetinas quando a concentração de hemoglobina aumenta para além do nível necessário para controlar os sintomas da anemia e para evitar transfusões sanguíneas. Os valores da hemoglobina devem ser medidos de forma regular até se atingir um valor estável e, posteriormente, de forma periódica. A taxa de aumento em hemoglobina deverá ser aproximadamente de 1 g/dl (0,62 mmol/l) por mês e não deverá exceder 2 g/dl (1,25 mmol/l) por mês para minimizar o risco de desenvolvimento ou agravamento de hipertensão. Os doentes com insuficiência renal crónica tratados com Retacrit por via subcutânea devem ser monitorizados regularmente quanto à perda de eficácia, definido como ausência ou diminuição de resposta ao tratamento de Retacrit nos doentes que responderam previamente a esta terapia. Isto caracteriza-se por uma diminuição constante dos níveis de hemoglobina, apesar do aumento da dose de Retacrit. Alguns doentes com intervalos de dosagem mais alargados (superiores a uma vez por semana) de epoetina podem não manter níveis adequados de hemoglobina (ver secção 5.1) e podem requerer um aumento na dose de epoetina. Os níveis de hemoglobina devem ser monitorizados regularmente. Deve ter-se precaução com o aumento gradual das doses de Retacrit em doentes com insuficiência renal crónica, uma vez que doses cumulativas elevadas de epoetina podem estar associadas a um aumento do risco de mortalidade, acontecimentos cardiovasculares e cerebrovasculares graves. Em doentes com uma resposta fraca da hemoglobina ao Retacrit, explicações alternativas para a fraca resposta devem ser consideradas (ver secções 4.2 e 5.1). A falta de resposta à terapêutica com eritropoetina deve levar a uma procura dos factores causais. Estes incluem: deficiência em ferro, folato, ou Vitamina B12; intoxicação por alumínio; infecções intercorrentes; episódios inflamatórios ou traumáticos; perda de sangue oculta; hemólise e fibrose da medula óssea de qualquer origem. Foram notificados muito raramente, casos de AEP (Aplasia Eritróide Pura) mediada por anticorpos em doentes com insuficiência renal crónica com eritropoetina administrada por via subcutânea. Em doentes que desenvolvam uma falta de eficácia súbita, definida por uma diminuição na hemoglobina (1-2 g/dl por mês) com uma maior necessidade de transfusões, deve efectuar-se uma contagem reticulocitária e as causas típicas para a falta de resposta (p.ex. deficiência em ferro, folato, ou vitamina B12, intoxicação por alumínio, infecção ou inflamação, perda de sangue e hemólise) devem 45 ser investigadas. Se não for identificada uma causa, deve ser considerado um exame da medula óssea para o diagnóstico da AEP. Se for diagnosticada AEP, a terapêutica com Retacrit deve ser interrompida imediatamente e deve considerar-se efectuar um teste aos anticorpos anti-eritropoetina. Os doentes não devem ser transferidos para outro medicamento pois os anticorpos anti-eritropoetina apresentam reactividade cruzada com outras eritropoetinas. Devem ser excluídas ooutras causas de AEP e deve ser instituída uma terapêutica apropriada. Recomenda-se a monitorização da contagem reticulocitária de forma regular para detectar possível ocorrência de falta de eficácia em doentes com insuficiência renal crónica. Observou-se hipercalemia em casos isolados. Em doentes com insuficiência renal crónica, a correcção da anemia pode conduzir a aumento do apetite, e a uma maior ingestão de potássio e proteínas. As prescrições de diálises podem ter de ser ajustadas periodicamente para manter a ureia, a creatinina e o potássio dentro dos valores desejados. Os electrólitos séricos devem ser monitorizados em doentes com insuficiência renal crónica. Se for detectado um nível sérico de potássio elevado (ou crescente), deve considerar-se suspender a administração de eritropoetina até à normalização da hipercalemia. Durante o tratamento com eritropoetina, é frequentemente requerido um aumento da dose de heparina, durante a hemodiálise, devido ao aumento do hematócrito. Se a heparinização não for óptima pode ocorrer a oclusão do sistema de diálise. Com base em informações disponíveis à data, a correcção da anemia com eritropoetina em doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise não acelera a taxa de progressão da insuficiência renal. Doentes adultos com neoplasia e anemia sintomática a receber quimioterapia Em doentes com neoplasia a receber quimioterapia, o atraso de 2-3 semanas entre a administração de eritropoetina e o aparecimento de glóbulos vermelhos induzidos pela eritropoetina deve considerado ao avaliar se a terapêutica com Retacrit é apropriada (doente em risco de transfusão). Os valores da hemoglobina devem ser monitorizados de perto até se atingir um valor estável e, posteriormente, de forma periódica. Caso a taxa de aumento na hemoglobina exceda 2 g/dl (1,25 mmol/l) por mês ou o valor da hemoglobina exceda 12 g/dl (7,5 mmol/l), o ajuste da dose detalhado na secção 4.2 deve ser executado cuidadosamente para minimizar o risco de acontecimentos trombóticos (ver secção 4.2). Como se observou um aumento na incidência episódios vasculares trombóticos (EVT) em doentes com neoplasia a receber agentes eritropoéticos (ver secção 4.8), este risco deve ser ponderado cuidadosamente face ao benefício a ser obtido do tratamento (com Retacrit), particularmente em doentes com neoplasia com um aumento do risco de episódios vasculares trombóticos, tais como obesidade e doentes com uma história clínica de EVT (p.ex. trombose venosa profunda ou Embolia pulmonar). Doentes cirúrgicos adultos num programa de doação prévia de sangue autólogo Todas as advertências e precauções especiais associadas aos programas de doação prévia de sangue autólogo, especialmente a substituição de volume de rotina, devem ser respeitadas. Potencial crescimento do tumor As epoetinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção dos eritrócitos. Os receptores da eritropoetina podem expressar-se na superfície de várias células tumorais. Como sucede com todos os factores de crescimentos, existe a preocupação de que as epoetinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de malignidade. Em vários estudos controlados, as epoetinas não 46 revelaram aumentar a sobrevivência global ou reduzir o risco de progressão do tumor em doentes com anemia associada a neoplasia. Vários ensaios clínicos controlados em doentes com várias neoplasias frequentes, incluindo a neoplasia da cabeça e pescoço, neoplasia do pulmão e neoplasia da mama, aos quais foram administradas epoetinas, revelaram um aumento inexplicado da mortalidade. Em estudos clínicos controlados, a utilização de epoetina alfa e de outros agentes estimuladores da eritropoiese (AEE) demonstraram: • tempo reduzido para a progressão do tumor em doentes com cancro avançado da cabeça e do pescoço submetidos a radioterapia quando administradas para alcançar uma hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l), • sobrevivência geral reduzida e aumento do número de mortes atribuídos à progressão da doença aos 4 meses em doentes com cancro da mama metastático submetidos a quimioterapia quando administradas para alcançar uma hemoglobina de 12-14 g/dl (7,5-8,7 mmol/l), • aumento do risco de morte quando administradas para alcançar uma hemoglobina de 12 g/dl (7,5 mmol/l) em doentes com malignidade activa que não estejam a ser submetidos a quimioterapia nem radioterapia. Os AEE não estão indicados para a utilização nesta população de doentes. Face ao acima descrito, em certas situações clínicas, a transfusão de sangue deve ser o tratamento preferencial para o tratamento da anemia em doentes com cancro. A decisão de administrar eritropoietinas recombinantes deve-se basear numa avaliação do risco/benefício com a participação do doente individual, que deve ter em conta o contexto clínico específico. Os factores que devem ser considerados nesta avaliação devem incluir o tipo de tumor e a sua fase, o grau de anemia, a esperança de vida, o ambiente em que o doente está a ser tratado e a preferência do doente (ver secção 5.1) Este medicamento contém fenilalanina que pode ser prejudicial para indivíduos com fenilcetonúria. Este medicamento contém menos de 1 mmol de sódio (23 mg) por dose, ou seja, é praticamente “isento de sódio”. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Não existem provas que indiquem que o tratamento com eritropoetina altere o metabolismo de outros medicamentos. Contudo, visto que a ciclosporina se liga através dos eritrócitos, existe potencial para interacções com outros medicamentos. Se a eritropoetina for administrada concomitantemente com a ciclosporina, os níveis séricos da ciclosporina devem ser monitorizados e a dose ciclosporina ajustada à medida que o hematócrito aumenta. Não existe evidência que indique uma interacção entre a epoetina alfa e G-CSF ou GM-CSF em relação à diferenciação hematológica ou proliferação in vitro de tecido tumoral obtido por biopsia. 4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento Não existem estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Os estudos em animais revelaram toxicidade reprodutiva (ver secção 5.3). Não é sabido se a epoetina zeta exogena é excretada no leite materno. Por conseguinte, deve utilizar-se a eritropoetina durante a gravidez e o aleitamento apenas se o benefício potencial compensar o risco potencial para o feto. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Os efeitos de Retacrit sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas são nulos ou desprezíveis. 4.8 Efeitos indesejáveis 47 Sumário do perfil de segurança. Os dados provenientes de estudos clínicos com Retacrit estão em linha com o perfil de segurança de outra eritropoetinas autorizadas. Com base nos resultados dos estudos clínicos com outras eritropoetinas autorizadas, aproximadamente 8% dos doentes tratados com eritropoetina poderão apresentar reacções adversas. As reacções adversas, durante o tratamento com eritropoetina, são observados, predominantemente, em doentes com insuficiência renal crónica ou malignidade subjacente; e são mais frequentemente cefaleias e aumento na pressão arterial, dependente da dose. Podem ocorrer crises hipertensivas com sintomas do tipo encefalopatia. Deve ser dada atenção ao aparecimento súbito de cefaleias graves tipo enxaqueca como um possível sinal de alarme. Foi notificada congestão do tracto respiratório, que inclui eventos de congestão do tracto respiratório superior, congestão nasal e nasofaringite em estudos com intervalo de dosagem alargada em doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise. Foram notificados acontecimentos trombóticos/vasculares, tais como isquémia do miocárdio, enfarte do miocárdio, acidentes vasculares cerebrais (hemorragia cerebral e enfarte cerebral), crises isquémicas transitórias, trombose venosa profunda, trombose arterial, embolia pulmonar, aneurismas, trombose da retina e coagulação de um rim artificial em doentes a receberem agentes eritropoiéticos. Foi notificada eritroblastopenia (AEP) mediada por anticorpos após meses a anos de tratamento com epoetina alfa. Na maioria destes doentes, foram observados anticorpos anti-eritropoietinas (ver secções 4.3 e 4.4). Lista tabelada das reacções adversas Nesta secção as frequências das reacções adversas são definidos da seguinte forma: muito frequentes (≥1/10), frequentes (≥1/100, <1/10), pouco frequentes (≥1/1.000, <1/100), raros (≥1/10.000, <1/1.000), muito raros (<1/10.000), desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis) Dentro de cada grupo de frequência, as reacções adversas devem ser apresentados por ordem decrescente de gravidade. As frequências podem variar dependendo da indicação. CSO Doenças do sangue e do sistema linfático Frequência Muito raro Desconhecido Doenças do sistema imunitário Raro Muito raro Muito frequentes Doenças do sistema nervoso Frequentes Pouco frequentes Desconhecido Afecções oculares Cardiopatias Desconhecido Desconhecido Vasculopatias Frequentes 48 Efeito Adverso Trombocitose (ver secção 4.4) eritroblastopenia (AEP) mediada por anticorpos Reacções de hipersensibilidade Reacção anafiláctica Tonturas (doentes com insuficiência renal crónica) Cefaleias (doentes com cancro) Acidente Vascular Cerebral Tonturas (doentes com cancro) Cefaleias (doentes com com insuficiência renal crónica) Hemorragia cerebral Enfarte cerebral Encefalopatia hipertensiva Ataques isquémicos transitórios Trombose na retina Enfarte do miocárdio Isquémia do miocárdio Trombose em veias profundas (doentes com cancro) Desconhecido Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino Frequentes Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos Frequente Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos Perturbações gerais e alterações no local de administração Pouco frequente Desconhecido Muito raro Desconhecido Muito frequentes Frequentes Muito frequentes Frequentes Complicações de intervenções relacionadas com lesões e intoxicações Frequentes Aumento da pressão sanguínea Aneurisma Trombose arterial Trombose em veias profundas (doentes com insuficiência renal crónica) Crise hipertensiva Embolismo pumonar (doentes com cancro) Congestão do trato respiratório Embolismo pumonar (doentes com cancro) Erupções cutâneas não específicas Angioedema Prúrido Dores nas articulações (doentes com insuficiência renal) Dores nas articulações (doentes com cancro) Sintomas gripais (doentes com insuficiência renal) Sensação de fraqueza (doentes com insuficiência renal) Sensação de cansaço (doentes com insuficiência renal) Sintomas gripais (doentes com cancro) Sensação de fraqueza (doentes com cancro) Sensação de cansaço (doentes com cancro) Coagulação de um rim artificial Doentes adultos e pediátricos em hemodiálise, doentes adultos em diálise peritoneal e doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise A reacção adversa mais frequente durante o tratamento com epoetina alfa é um aumento dependente da dose da tensão arterial ou um agravamento da hipertensão existente. Estes aumentos na tensão arterial podem ser tratados com medicamentos. Além disso, recomenda-se a monitorização da tensão arterial particularmente no início do tratamento. Também ocorreram as seguintes reacções em doentes isolados com tensão arterial normal ou baixa: crises hipertensivas com sintomas do tipo encefalopatia (p. ex., cefaleias e estado de confusão) e convulsões tónico-clónicas generalizadas, necessitando de cuidados médicos imediatos e tratamento intensivo. Deve ser dada particular atenção ao aparecimento súbito de cefaleias graves tipo enxaqueca como um possível sinal de alerta. Pode ocorrer trombose do shunt, especialmente em doentes com tendência para hipotensão ou com complicações da fístula arteriovenosa (p. ex., estenoses, aneurismas, etc.). Nestes doentes recomendase a revisão precoce do shunt e a profilaxia da trombose através da administração de ácido acetilsalicílico, por exemplo. Doentes oncológicos adultos com anemia sintomática em quimioterapia 49 Pode ocorrer hipertensão em doentes tratados com epoetina alfa. Consequentemente, a hemoglobina e a tensão arterial devem ser cuidadosamente monitorizadas. Foi observado um aumento da incidência dos acontecimentos vasculares trombóticos (ver secção 4.4 e secção 4.8 - Gerais) em doentes tratados com agentes eritropoiéticos. Doentes cirúrgicos Independentemente do tratamento com eritropoetina, podem ocorrer acontecimentos trombóticos e vasculares em doentes cirúrgicos com doença cardiovascular subjacente após flebotomia repetida. Portanto, deve efectuar-se a substituição de volume de rotina nesses doentes. Em doentes com valores basais de hemoglobina > 13g/dl , não pode ser excluída a possibilidade de que o tratamento com Retacrit possa estar associado a um aumento do risco de eventos trombóticos/vasculares pós-cirurgia. Notificação de suspeitas de reações adversas A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas de reações adversas através do sistema nacional de notificação mencionado no Apêndice V. 4.9 Sobredosagem A margem terapêutica da eritropoetina é muito larga. A sobredosagem de eritropoetina pode produzir efeitos que são prolongamentos dos efeitos farmacológicos da hormona. Pode efectuar-se a flebotomia se ocorrerem valores da hemoglobina excessivamente altos. Deve ser fornecido cuidado de apoio adicional conforme for necessário. 5. 5.1 PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS Propriedades farmacodinâmicas Grupo farmacoterapêutico: Outras preparações antianémicas, eritropoetina Código ATC: B03XA01 Retacrit é um medicamento biológico similar. Está disponível informação pormenorizada no sítio da Agência Europeia de Medicamentos http://www.ema.europa.eu Efeitos farmacodinâmico A eritropoetina é uma glicoproteína que estimula, como um factor estimulante das mitoses e como hormona diferenciadora, a formação de eritrócitos a partir de precursores do compartimento da célula estaminal. O peso molecular aparente da eritropoetina é de 32 000-40 000 Dalton. A metade proteica da molécula contribui para cerca de 58% do peso molecular total e é composta por 165 aminoácidos. As quatro cadeias de hidratos de carbono estão ligadas à proteína através de três ligações N-glicosídeas e uma ligação O-glicosídea. A epoetina zeta é idêntica, na sua composição em aminoácidos e em hidratos de carbono, à eritropoetina humana endógena isolada da urina de doentes anémicos. A eficácia biológica da eritropoetina foi demonstrada em vários modelos animais in vivo (rato normal e rato anémico, ratinho policitémico). Após a administração da eritropoetina, o número de eritrócitos, os valores de hemoglobina e a contagem reticulocitária, bem como a taxa de incorporação de 59Fe, aumentam. 50 Após incubação das células eritróides nucleadas do baço (cultura de células de baço de ratinho) com epoetina beta, detectou-se um aumento da incorporação da timidina tritiada (3H-timidina) in vitro. Poderia demonstrar-se com a ajuda de células humanas de medula óssea que a eritropoetina estimula especificamente a eritropoiese, não afectando a leucopoiese. Não foi detectada acção citotóxica da eritropoetina em células da medula óssea. Como sucede com outros factores de crescimentos hematopoéticos, a eritropoetina demonstrou propriedades estimulantes in vitro em células endoteliais humanas. Doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise Em 2 estudos com intervalo de dosagem alargada de eritropoetina (3 vezes por semana, uma vez por semana, uma vez em cada 2 semanas e uma vez em cada 4 semanas) alguns doentes com intervalos de dosagem mais longos não mantiveram níveis de hemoglobina adequados e alcançaram o critério de retirada de hemoglobina definido no protocolo (0% nos grupos de uma vez por semana, 3,7% nos grupos de uma vez em cada 2 semanas e 3,3% nos grupos de uma vez em cada 4 semanas). Eficácia clínica e segurança 721 doentes com neoplasia a receber quimioterapia sem platina foram incluídos em três estudos controlados com placebo, 389 doentes com neoplasias hematológicas (221 mielomas múltiplos, 144 linfoma não-Hodgkin e 24 outras neoplasias hematológicas) e 332 com tumores sólidos (172 da mama, 64 ginecológicos, 23 do pulmão, 22 da próstata, 21 gastrointestinais, e 30 outros tipos de tumor). Em dois grandes estudos, em aberto, 2 697 doentes com neoplasia a receber quimioterapia sem platina foram incluídos, 1 895 com tumores sólidos (683 da mama, 260 do pulmão, 174 ginecológicos, 300 gastrointestinais e 478 outros tipos de tumor) e 802 com neoplasias hematológicas. Num estudo prospectivo, aleatório, com ocultação dupla, controlado com placebo, conduzido em 375 doentes anémicos com várias neoplasias não-mielóides a receber quimioterapia sem platina, verificouse uma redução significativa de sequelas relacionadas com a anemia (p.ex. fadiga, diminuição da energia e redução da actividade), medidas pelos instrumentos e escalas seguintes: escala geral de Avaliação Funcional de Terapia da Neoplasia-Anemia (FACT-An), escala de fadiga FACT-An e Escala Linear Analógica da Neoplasia (CLAS). Dois outros estudos mais pequenos, aleatórios, controlados com placebo, não demonstraram uma melhoria significativa nos parâmetros de qualidade de vida na escala EORTC-QLQ-C30 ou CLAS, respectivamente. A eritropoetina é um factor de crescimento que estimula principalmente a produção dos eritrócitos. Os receptores da eritropoetina podem expressar-se na superfície de várias células tumorais. A sobrevivência e a progressão tumoral foram examinadas em cinco grandes estudos controlados envolvendo um total de 2 833 doentes, dos quais quatro foram estudos duplamente cegos controlados com placebo e um foi um estudo aberto. Os estudos recrutaram doentes que estavam a ser tratados com quimioterapia (dois estudos) ou utilizaram populações de doentes nas quais os agentes estimuladores da eritropoiese não estavam indicados: anemia em doentes com cancro que não estavam submetidos a quimioterapia e doentes com cancro da cabeça e do pescoço submetidos a radioterapia. A concentração de hemoglobina pretentida em dois estudos foi de > 13 g/dl; nos restantes três estudos esta foi de 12-14 g/dl. No estudo aberto não houve diferença na sobrevivência geral entre os doentes tratados com a eritropoietina humana recombinante e os controlos. Nos quatro estudos controlados com placebo, as taxas de risco da sobrevivência geral foram de 1,25 e 2,47 a favor dos controlos. Estes estudos demonstraram uma mortalidade excessiva consistente inexplicada e estatisticamente significativa em doentes com anemia associada a vários cancros vulgares que receberam eritropoietina humana recombinante comparativamente aos controlos. O resultado da sobrevivência geral nos ensaios não conseguiu ser explicado de modo satisfatório pelas diferenças na incidência da trombose e das complicações relacionadas entre os doentes aos quais foi administrada a eritropoietina humana e os doentes no grupo de controlo. Também foi realizada uma análise sistemática envolvendo mais de 9 000 doentes com cancro que participaram em 57 ensaios clínicos. A meta-análise dos dados de sobrevivência geral produziu uma estimativa pontual da razão de perigo de 1,08 a favor dos controlos (95% IC: 0,99; 1,18; 42 ensaios e 51 8167 doentes). Foi observado um aumento do risco relativo de acontecimentos tromboembólicos (RR 1,67; 95% IC: 1,35; 2,06; 35 ensaios e 6 769 doentes) em doentes tratados com eritropoietina humana recombinante. Existe um aumento do risco de acontecimentos tromboembólicos em doentes com cancro tratados com eritropoietina humana recombinante e não se pode excluir um impacto negativo na sobrevivência geral. A extensão da possível aplicação destes resultados à administração da eritropoietina humana recombinante a doentes com cancro, tratados com quimioterapia para alcançarem concentrações de hemoglobina inferiores a 13 g/dl, está por clarificar uma vez que foram incluídos poucos doentes com estas características nos dados analisados . Foi efectuada uma análise dos dados individuais dos doentes em mais de 13.900 doentes com cancro (quimio-, rádio-, quimioradio-, ou sem terapia) que participaram em 53 ensaios clínicos controlados envolvendo várias epoetinas. A meta-análise dos dados de sobrevivência geral conduziram a uma taxa de risco estimado de 1,06 favorável ao controle (IC 95%: 1,00; 1,12; 53 ensaios clínicos e 13.933 doentes) e para os doentes com cancro recebendo quimioterapia, a Hazard ratio de sobrevivência geral foi de 1,04 (IC 95%: 0,97; 1,11; 38 ensaios e 10.411 doentes). A meta-análise também indicou um aumento consistente e significativo do risco relativo de acontecimentos trombóides nos doentes com cancro recebendo eritropoeitina humana recombinante (ver secção 4.4). Num estudo randomizado, duplamente oculto, controlado por placebo com 4.037 doentes com insuficiência renal crónica, não em diálise, com diabetes tipo 2, e níveis de hemoglobina ≤ 11 g/dl, os doentes receberam tratamento com darbepoetina alfa para obter níveis de hemoblogina de 13 g/dl ou com placebo (ver secção 4.4). O estudo não cumpriu o seu objectivo primário de demonstração da redução do risco para todas as causas de mortalidade, morbilidade cardiovascular, ou doença renal em fase final (DRFF). A análise dos components dos marcadores finais compostos dos indíviduos mostraram as seguintes HR (IC 95%): morte 1,05 (0,92; 1,21), AVC 1,92 (1,38; 2,68), falha cardíaca congestiva (FCC) 0,89 (0,74; 1,08), enfarte do miocárdio (EM) 0,96 (0,75; 1,23), hospitalização por isquémia do miocárdio 0,84 (0,55; 1,27), DRFF 1.02 (0.87, 1.18). Foram realizadas análises subsequentes agrupadas dos estudos clínicos de AEEs em doentes com IRC (em doentes dialisados, não dialisados, diabéticos e não diabéticos). Foi observado a tendência para o aumento da estimativa do risco para todas as causas de mortalidade, acontecimentos cardiovasculares e cerebrovasculares associados a doses cumulativas elevadas de AEE independentes do estado de diabetes ou diálise (ver secções 4.2 e 4.4). 5.2 Propriedades farmacocinéticas Por via intravenosa A medição da eritropoetina após a administração de várias doses por via intravenosa revelou uma semi-vida de aproximadamente 4 horas em voluntários normais e uma semi-vida ligeiramente mais prolongada em doentes com insuficiência renal, aproximadamente 5 horas. Foi notificada uma semi-vida de aproximadamente 6 horas em crianças. Por via subcutânea Após a injecção subcutânea, os níveis séricos da eritropoetina são muito inferiores aos níveis atingidos após a injecção IV, os níveis aumentam lentamente e atingem um pico entre 12 e 18 horas após a dose. O pico fica sempre muito abaixo do pico que se atinge utilizando a via IV (aproximadamente 1/20 do valor). Não existe acumulação: os níveis permanecem os mesmos, quer sejam determinados 24 horas após a primeira injecção ou 24 horas após a última injecção. A semi-vida é difícil de avaliar para a via subcutânea e estima-se cerca de 24 horas. A biodisponibilidade da eritropoetina injectável por via subcutânea é muito inferior à do medicamento por via intravenosa: aproximadamente 20%. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em alguns estudos toxicológicos pré-clínicos em cães e ratos, mas não em macacos, a terapêutica com eritropoetina esteve associada a fibrose da medula óssea subclínica (a fibrose da medula óssea é uma 52 complicação conhecida da insuficiência renal crónica no Homem e pode estar relacionada com hiperparatiroidismo secundário ou factores desconhecidos. A incidência de fibrose da medula óssea não aumentou num estudo de doentes em hemodiálise que foram tratados com eritropoetina durante 3 anos comparativamente com um grupo de controlo equiparado de doentes em diálise que não foram tratados com eritropoetina). Em estudos em animais, demonstrou-se que a eritropoetina diminui o peso corporal fetal, atrasa a ossificação e aumenta a mortalidade fetal quando administrada em doses semanais de aproximadamente 20 vezes a dose semanal recomendada no Homem. Estas alterações são interpretadas como secundárias relativamente à diminuição do ganho de peso corporal materno. A eritropoetina não demonstrou quaisquer alterações nos testes bacterianos e de mutagenicidade da cultura celular em mamíferos e num teste de micronúcleo in vivo em ratinhos. Não foram efectuados estudos de carcinogenicidade a longo prazo. Existem relatórios contraditórios na literatura relativamente a se a eritropoetina pode desempenhar um papel importante como proliferadora de tumores. Estes relatórios baseiam-se em resultados in vitro de amostras de tumores humanos, mas o seu significado é incerto na situação clínica. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1 Lista dos excipientes Fosfato dissódico di-hidratado Fosfato monossódico di-hidratado Cloreto de sódio Cloreto de cálcio di-hidratado Polissorbato 20 Glicina Leucina Isoleucina Treonina Ácido glutâmico Fenilalanina Água para preparações injectáveis Hidróxido de sódio (regulador de pH) Ácido clorídrico (regulador de pH) 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de compatibilidade, este medicamento não deve ser misturado com outros medicamentos. 6.3 Prazo de validade 30 meses 6.4 Precauções especiais de conservação Conservar no frigorífico (2°C - 8°C). Não congelar. Manter a seringa pré-cheia dentro da embalagem exterior para proteger da luz. Durante a utilização em ambulatório, o doente pode retirar o medicamento do frigorífico e armazenálo à temperatura ambiente (não superior a 25°C), por um período único até 3 dias. 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente 53 0,9 ml de solução injectável em seringa pré-cheia de vidro do tipo I com uma agulha fixa em aço e um êmbolo com revestimento PTFE com ou sem proteção de agulha.. Cada embalagem contém 1 ou 6 seringas pré-cheias. É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações. 6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento Instruções de manuseamento para Retacrit: 1. Após retirar uma seringa da embalagem blister, verifique a solução se apresenta límpida, incolor e praticamente isenta de partículas visíveis. 2. Retire a tampa de protecção da agulha da seringa e o ar é expelido da seringa e da agulha segurando a seringa na vertical e pressionando suavemente o êmbolo para cima. 3. A seringa está agora pronta a usar. Retacrit não deve ser usado se • o selo do estiver quebrado ou se o blister estiver danificado de alguma forma • o líquido estiver colorido ou conseguir ver partículas a flutuar nele • qualquer líquido tiver derramado da seringa pré-cheia ou se for visível condensação dentro do blister selado • tiver sido congelado acidentalmente Este medicamento destina-se apenas a uma administração. Não agitar. Os medicamentos não utilizados ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Hospira UK Limited Horizon Honey Lane Hurley Maidenhead SL6 6RJ Reino Unido 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/07/431/005 seringa pré-cheia EU/1/07/431/006 seringa pré-cheia EU/1/07/431/030 seringa pré-cheia com protecção de agulha EU/1/07/431/031 seringa pré-cheia com protecção de agulha 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Data da primeira autorização: 18 de Dezembro de 2007 Data da última renovação: 15 de novembro de 2012 54 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO A informaçãoo detalhada sobre este medicamento está disponível na página da European Medicines Agency http://www.ema.europa.eu. 55 1. NOME DO MEDICAMENTO Retacrit 4 000 UI/0,4 ml solução injectável em seringa pré-cheia 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Uma seringa pré-cheia com 0,4 ml de solução injectável contém 4 000 unidades internacionais (UI) de epoetina zeta* (eritropoetina humana recombinante). A solução contém 10 000 UI de epoetina zeta por ml. *Produzida por tecnologia de ADN recombinante na linhagem celular de ovário de hamster chinês (CHO). Excipiente com efeito conhecido Cada seringa pré-cheia contém 0,20 mg de fenilalanina. Para a lista completa de excipientes, ver secção 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em seringa pré-cheia. Solução incolor e límpida. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia sintomática associada a insuficiência renal crónica (IRC) em doentes adultos e pediátricos: o Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em doentes adultos e pediátricos em hemodiálise e doentes adultos em diálise peritoneal (ver secção 4.4). o Tratamento da anemia grave de causa renal acompanhada de sintomas clínicos em doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise (ver secção 4.4). − Tratamento da anemia e redução dos requisitos de transfusão em doentes adultos a receber quimioterapia para tumores sólidos, linfoma maligno ou mieloma múltiplo, e em risco de transfusão conforme a avaliação do estado geral do doente (p.ex. estado cardiovascular, anemia prévia no início da quimioterapia). − Pode utilizar-se Retacrit para aumentar a colheita de sangue autólogo em doentes num programa de doação prévia. A sua utilização nesta indicação deve ser ponderada face ao risco de ocorrência de acontecimentos tromboembólicos notificado. O tratamento só deve ser administrado a doentes com anemia moderada (sem deficiência em ferro), se não estiverem disponíveis processos de conservação de sangue ou se estes forem insuficientes quando uma cirurgia electiva programada importante requerer um grande volume de sangue (4 ou mais unidades de sangue na mulher ou 5, ou mais unidades, no homem). − Retacrit pode ser utilizado para reduzir a exposição à transfusão sanguínea alogénica em adultos sem deficiência de ferro, antes de cirurgia electiva ortopédica major, que tenham um elevado um risco elevado para complicações associadas a transfusões. O seu uso deve ser restrito a doentes adultos com anemia moderada (ex. hemoglobina 10-13 g/dl) que não tenham disponível um programa de pré-doação autólogo e em que é previsível uma perda moderada de sangue (900 a 1 800 ml). 4.2 Posologia e modo de administração 56 O tratamento com Retacrit tem de ser iniciado sob a supervisão de médicos com experiência na gestão de doentes com as indicações acima mencionadas. Posologia Tratamento da anemia sintomática em doentes insuficientes renais crónicos adultos e pediátricos Retacrit deve ser administrado por via subcutânea ou por via intravenosa. A concentração de hemoglobina pretendida situa-se entre 10 e 12 g/dl (6,2-7,5 mmol/l), excepto em doentes pediátricos nos quais a concentração de hemoglobina se deverá situar entre 9,5 e 11 g/dl (5,96,8 mmol/l). Não se deve exceder o limite superior da concentração de hemoglobina a atingir. Os sintomas e as sequelas da anemia podem variar com a idade, o sexo e a carga geral da doença, sendo necessária a avaliação por parte de um médico do estado clínico e da condição de cada doente. Retacrit deve ser administrado por via subcutânea ou por via intravenosa a fim de aumentar a hemoglobina para valores não superiores a 12 g/dl (7,5 mmol/l). Devido à variabilidade intra-doente, pode observar-se ocasionalmente valores de hemoglobina superiores e inferiores ao nível de hemoglobina desejado num doente individual. A variabilidade da hemoglobina deve ser resolvida através da gestão da dose, tendo em consideração o intervalo de hemoglobina pretentida de 10 g/dl (6,2 mmol/l) a 12 g/dl (7,5 mmol). Devem ser evitados valores de hemoglobina que se mantenham superiores a 12 g/dl. As recomendações para o ajuste adequado da dose quando se observam valores de hemoglobina superiores a 12 g/dl (7,5 mmol/l) estão descritas abaixo. Deve ser evitado um aumento do valor de hemoglobina superior a 2 g/dl (1,25 mmol/l) num período de quatro semanas. Caso ocorra, o ajuste de dose apropriado deverá ser efectuado. Os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados para assegurar que é utilizada a dose efetiva mais baixa aprovada de Retacrit, para o controlo adequado dos sintomas da anemia enquanto se mantém uma concentração de hemoglobina inferior ou igual a 12 g/dl (7,5 mmol/l). Deve ter-se precaução com o aumento gradual das doses de Retacrit em doentes com insuficiência renal crónica. Em doentes com uma resposta fraca da hemoglobina ao Retacrit, explicações alternativas para a fraca resposta devem ser consideradas (ver secções 4.4 e 5.1). Em doentes com insuficiência renal crónica e cardiopatia isquémica ou insuficiência cardíaca congestiva clinicamente evidentes, a concentração de hemoglobina de manutenção não deverá exceder o limite superior da concentração de hemoglobina a atingir. Doentes adultos em hemodiálise Retacrit deve ser administrado por via subcutânea ou por via intravenosa O tratamento divide-se em duas fases: 1. Fase de correcção: 50 UI/kg 3 vezes por semana. Quando for necessário um ajuste da dose, este deve ser feito em etapas de, pelo menos, quatro semanas. Em cada etapa, o aumento ou redução da dose deve ser de 25 UI/kg 3 vezes por semana. 2. Fase de manutenção: Ajuste da dose para manter os valores da hemoglobina (Hb) no nível desejado: Hb entre 10 e 12 g/dl (6,2-7,5 mmol/l). A dose total semanal recomendada situa-se entre 75 e 300 UI/kg. Os dados clínicos disponíveis sugerem que aqueles doentes cuja hemoglobina inicial é muito baixa (< 6 g/dl ou < 3,75 mmol/l) podem necessitar de doses de manutenção mais altas do que aqueles cuja anemia inicial é menos grave (Hb > 8 g/dl ou > 5 mmol/l). Doentes pediátricos em hemodiálise 57 O tratamento divide-se em duas fases: 1. Fase de correcção: 50 UI/kg 3 vezes por semana por via intravenosa. Quando for necessário um ajuste da dose, este deve ser feito em etapas de 25 UI/kg, 3 vezes por semana em intervalos de, pelo menos, 4 semanas até o objectivo pretendido ser atingido. 2. Fase de manutenção: Ajuste da dose para manter os valores da hemoglobina (Hb) no nível desejado: Hb entre 9,5 e 11 g/dl (5,9-6,8 mmol/l). Geralmente, as crianças e adolescentes com menos de 30 kg de peso necessitam de doses de manutenção mais altas do que as crianças com mais de 30 kg e os adultos. As seguintes doses de manutenção foram observadas em estudos clínicos após 6 meses de tratamento. Peso (kg) < 10 10-30 > 30 Dose (UI/kg administrada 3 vezes por semana) Mediana Dose de manutenção habitual 100 75-150 75 60-150 33 30-100 Os dados clínicos disponíveis sugerem que aqueles doentes cuja hemoglobina inicial é muito baixa (< 6,8 g/dl ou < 4,25 mmol/l) podem necessitar de doses de manutenção mais altas do que aqueles cuja hemoglobina inicial é superior a > 6,8 g/dl ou > 4,25 mmol/l. Doentes adultos em diálise peritoneal Retacrit deve ser administrado por subcutânea ou por via intravenosa. O tratamento divide-se em duas fases: 1. Fase de correcção: A dose inicial é de 50 UI/kg 2 vezes por semana. 2. Fase de manutenção: Ajuste da dose para manter os valores da hemoglobina (Hb) no nível desejado: (Hb entre 10 e 12 g/dl (6,2-7,5 mmol/l). Dose de manutenção entre 25 e 50 UI/kg 2 vezes por semana em 2 doses iguais. Doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise Retacrit deve ser administrado por subcutânea ou por via intravenosa. O tratamento divide-se em duas fases: 1. Fase de correcção: A dose inicial é de 50 UI/kg 3 vezes por semana, por via intravenosa, seguida, se necessário, por um aumento da dose com incrementos de 25 UI/kg (3 vezes por semana) até o objectivo pretendido ser atingido (isto deve ser feito em etapas de, pelo menos, quatro semanas). 2. Fase de manutenção: Durante a fase de manutenção, o Retacrit pode ser administrado 3 vezes por semana por via subcutânea ou intravenosa, ou, em caso de administração subcutânea, uma vez por semana ou uma vez em cada 2 semanas. Deve ser realizado o ajuste apropriado da dose e do intervalo da dose para manter os valores da hemoglobina (Hb) no nível desejado: Hb entre 10 e 12 g/dl (6,2-7,5 mmol/l). Uma extensão dos intervalos da dose pode requerer um aumento da dose. A dosagem máxima não deverá exceder 150 UI/Kg 3 vezes por semana, 240 UI/Kg (até um máximo de 20,000 UI) uma vez por semana ou 480 UI/Kg (até um máximo de 40,000 UI) uma vez em cada 2 semanas. Tratamento de doentes com anemia induzida por quimioterapia Retacrit deve ser administrada por via subcutânea a doentes com anemia (p. ex., concentração de hemoglobina ≤ 10 g/dl (6,2 mmol/l). Os sintomas e as sequelas da anemia podem variar com a idade, o 58 sexo e a carga geral da doença; sendo necessária a avaliação por parte de um médico do estado clínico e da condição de cada doente. Devido à variabilidade intra-doente, pode observar-se ocasionalmente valores de hemoglobina superiores e inferiores ao nível de hemoglobina desejado num doente individual. A variabilidade da hemoglobina deve ser resolvida através da gestão da dose, tendo em consideração o intervalo de hemoglobina pretentida de 10 g/dl (6,2 mmol/l) a 12 g/dl (7,5 mmol). Deve ser evitado que o nível de hemoglobina se mantenha superior a 12 g/dl (7,5 mmol/l), sendo de seguida fornecida uma orientação para o ajuste adequado da dose para os casos em que se observam valores de hemoglobina que excedam 12 g/dl (7,5 mmol/l). Os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados para assegurar que é utilizada a dose mais baixa aprovada de Retacrit, para o controlo adequado dos sintomas da anemia. A terapêutica com Retacrit deve continuar até um mês após o final da quimioterapia. A dose inicial é de 150 UI/kg administrada por via subcutânea 3 vezes por semana. Em alternativa, pode administrar-se Retacrit com uma dose inicial de 450 UI/kg por via subcutânea uma vez por semana. Se a hemoglobina aumentou, pelo menos, 1 g/dl (0,62 mmol/l) ou a contagem reticulocitária aumentou ≥ 40 000 células/µl acima do valor inicial após 4 semanas de tratamento, a dose deve permanecer em 150 UI/kg 3 vezes por semana ou 450 UI/kg uma vez por semana. Se o aumento da hemoglobina for < 1 g/dl (< 0,62 mmol/l) e a contagem reticulocitária tiver aumentado < 40 000 células/µl acima do valor inicial, aumente a dose para 300 UI/kg 3 vezes por semana. Se após mais 4 semanas de terapêutica com 300 UI/kg 3 vezes por semana, a hemoglobina aumentou ≥ 1 g/dl (0,62 mmol/l) ou a contagem reticulocitária aumentou ≥ 40 000 células/µl, a dose deve permanecer em 300 UI/kg 3 vezes por semana. Contudo, se a hemoglobina aumentou < 1 g/dl (< 0,62 mmol/l) e a contagem reticulocitária aumentou < 40 000 células/µl acima do valor inicial, não é provável a obtenção de resposta, pelo que, o tratamento deve ser interrompido. O regime posológico recomendado é descrito no diagrama seguinte: 59 150 UI/kg, 3x/semana ou 450 UI/kg, uma vez por semana durante 4 semanas Aumento da contagem de reticulócitos < 40.000/μl e aumento de Hb < 1 g/dl Aumento da contagem de reticulócitos ≥ 40.000/μl ou aumento de Hb ≥ 1 g/d 300 UI/kg 3x/semana durante 4 semanas Hb pretentida (10-12 g/dl) Aumento da contagem de reticulócitos ≥ 40.000/μl ou aumento de Hb ≥ 1 g/d Aumento da contagem de reticulócitos < 40.000/μl e aumento de Hb < 1 g/dl Interromper o tratamento Assim que o objectivo terapêutico para um doente individual tiver sido atingido, a dose deve ser reduzida em 25 a 50% de modo a manter a hemoglobina nesse nível. Deve ser considerada a titulação adequada da dose. Ajuste da dose A uma taxa de aumento na hemoglobina de >2 g/dl (>1,25 mmol/l) por mês, a dose de Retacrit deve ser reduzida em cerca de 25-50%. Se o valor da hemoglobina exceder 12 g/dl (7,5 mmol/l), interrompa a terapêutica até baixar para 12 g/dl (7,5 mmol/l) ou menos e, depois, reintroduza a terapêutica com Retacrit a uma dose 25% inferior à dose anterior. Tratamento de doentes adultos cirúrgicos em programas de pré-doação autóloga Retacrit deve ser administrado por via intravenosa. Na altura da colheita de sangue, deve administrar-se Retacrit após a conclusão do procedimento de colheita de sangue. 60 Os doentes moderadamente anémicos (hematócrito de 33-39%) que necessitam de um depósito prévio de ≥ 4 unidades de sangue devem ser tratados com Retacrit a uma dose de 600 UI/kg de peso corporal 2 vezes por semana durante 3 semanas antes da cirurgia. Todos os doentes tratados com Retacrit deverão receber um suplemento de ferro adequado (p.ex. 200 mg de ferro elementar por via oral diariamente) durante o tratamento. Deve iniciar-se o suplemento de ferro o mais rapidamente possível, mesmo várias semanas antes de iniciar o depósito prévio autólogo, para obter níveis de ferro altos antes de iniciar a terapêutica com Retacrit. Tratamentos de doentes adultos sujeitos a cirurgia electiva ortopédica major O Retacrit deve ser administrado por via subcutânea A dose recomendada de Retacrit é de 600 UI/kg administrada semanalmente, durante três semanas (dias 21, 14, e 7) antes da cirurgia e no dia da cirurgia (dia 0). Em casos em que haja necessidade clínica, o tempo antes da cirurgia pode ser reduzido para menos de três semanas. Nestes casos devemse administrar 300 mg/kg diariamente durante 10 dias consecutivos antes da cirurgia, no dia da cirurgia, e durante quatro dias imediatamente após a cirurgia. Se durante o período pré-operatório, a hemoglobina atingir níveis de 15 g/dl, ou superior, a administração de Retacrit deve ser interrompida e não se devem administrar doses adicionais. As deficiências em ferro devem ser tratadas antes de iniciar o tratamento com Retacrit. Além disto, todos os doentes devem receber o suplemento de ferro adequado (por exemplo, 200 mg por dia, por via oral, de elemento ferro) durante o decorrer do tratamento com Retacrit. Se possível, o suplemento de ferro deve ser inciado antes do tratamento com Retacrit, para atingir os níveis internos de ferro adequados. Modo de administração Injecção intravenosa A dose deve ser administrada durante, pelo menos, 1-5 minutos, dependendo da dose total. Em doentes submetidos a hemodiálise, pode administrar-se uma injecção de bólus durante a sessão de diálise através de uma porta venosa adequada na linha de diálise. Em alternativa, a injecção pode ser administrada no final da sessão de diálise através do tubo da agulha da fístula, seguida de 10 ml de solução de cloreto de sódio 9 mg/ml (0,9%) para enxaguar o tubo e garantir uma injecção satisfatória do medicamento na circulação. É preferível uma injecção mais lenta em doentes que reagem ao tratamento com sintomas gripais. Retacrit não deve ser administrado por perfusão intravenosa. Retacrit não deve ser misturado com outros medicamentos (ver secção 6.2). Injecção subcutânea Geralmente, não se deve exceder um volume máximo de 1 ml no local da injecção. Em caso de volumes superiores, deve escolher-se mais de um local para a injecção. As injecções são administradas nos membros ou na parede abdominal anterior. Para instruções acerca do manuseamento do medicamento antes da administração, ver secção 6.6. 4.3 − − − − Contra-indicações Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes listados na secção 6.1. Os doentes que desenvolvem Aplasia Eritróide Pura (AEP) após tratamento com qualquer eritropoetina não podem receber Retacrit ou qualquer outra eritropoetina (ver secção 4.4). Hipertensão descontrolada. Na indicação “para aumentar a colheita de sangue autólogo”: enfarte do miocárdio ou acidente 61 − − 4.4 vascular cerebral no mês anterior ao tratamento, angina de peito instável, risco aumentado de trombose venosa profunda, nomeadamente, história clínica de doença tromboembólica venosa. Na indicação de cirurgia electiva ortopédica major: doença coronária grave, doença arterial periférica, carotídea ou doença vascular cerebral, incluindo doentes com antecedentes de enfarte do miocárdio recente ou acidente vascular cerebral. Doentes que, por qualquer razão, não podem receber profilaxia antitrombótica adequada. Advertências e precauções especiais de utilização Informações gerais Como em todos os doentes a receber eritropoetina, a pressão arterial pode aumentar durante o tratamento com Retacrit. A pressão arterial deve ser monitorizada de perto e controlada adequadamente em todos os doentes antes, no início e durante o tratamento com Retacrit. Pode ser necessário adicionar ou aumentar o tratamento anti-hipertensivo. Se a pressão arterial não puder ser bem controlada, o tratamento com Retacrit deve ser interrompido. Retacrit também deve ser usado com precaução em presença de epilepsia e insuficiência hepática crónica. Durante o tratamento com eritropoetina, pode ocorrer um aumento moderado do número de plaquetas, dentro dos valores normais, dependente da dose. Este efeito regride com o tratamento. Recomenda-se a monitorização regular do número de plaquetas nas primeiras 8 semanas de tratamento. Todas as outras causas de anemia (deficiência em ferro, hemólise, perda de sangue, deficiências em vitamina B12- ou folato) devem ser consideradas e tratadas antes de iniciar e durante a terapêutica com Retacrit. Na maioria dos casos, observa-se diminuição dos valores da ferritina sérica em simultâneo com o aumento do hematócrito. Para garantir uma resposta óptima à eritropoetina, devem garantir-se níveis de ferro adequados: − recomenda-se suplemento de ferro, p.ex. 200-300 mg/dia oralmente (100-200 mg/dia para doentes pediátricos) para doentes com insuficiência renal crónica cujos níveis séricos de ferritina sejam inferiores a 100 ng/ml − recomenda-se substituição de ferro na dose de 200-300 mg/dia para todos os doentes com neoplasia com saturação da transferrina inferior a 20% Todos estes factores que contribuem para a anemia devem ser considerados cuidadosamente ao tomar a decisão de aumentar a dose de eritropoetina em doentes com neoplasia. A diminuição paradoxal da hemoglobina e desenvolvimento de anemia grave associada com uma contagem baixa de reticulócitos deve levar à interrupção imediata do tratamento com epoetina e efectuar a análise para pesquisa de anticorpos anti-epoetinas. Têm sido notificados casos de doentes com hepatite C tratados com interferão e ribavirina, e com epoetinas utilizadas concomitantemente. As Epoetinas não estão aprovadas para controlar a anemia associada à hepatite C. De forma a melhorar a rastreabilidade dos agentes estimulantes da eritropoiese (AEEs), o nome do AEE prescrito deve ser claramente registado (ou indicado) no processo do doente. Na pericirurgia devem-se seguir sempre as boas práticas de utilização de sangue. Doentes que vão ser submetidos a cirurgia ortopédica electiva major Em doentes que vão ser submetidos a cirurgia electiva ortopédica major, a causa da anemia deve ser esclarecida e tratada, se possível, antes do início do tratamento com Retacrit. Os acontecimentos trombóticos podem ser um risco nesta população de doentes e esta possibilidade tem de ser cuidadosamente avaliada em relação ao benefício relacionado com o tratamento. 62 Os doentes devem receber profilaxia adequada com anticoagulantes, pois podem ocorrer eventos tromboembólicos e vasculares em doentes cirúrgicos, especialmente os que apresentam doença cardiovascular. Para além disto, também deverá ser observada precaução especial em doentes predispostos para o desenvolvimento de trombose venosa profunda (DVTs). Não se pode também excluir a possibilidade de que o tratamento com Retacrit, em doentes com um nível de hemoglobina > 13 g/dl, se associe a um aumento de risco de eventos trombóticos e vasculares pós-operatórios. A epoetina alfa não deverá, portanto, ser utilizada em doentes com valores de hemoglobina > 13 g/dl. Doentes insuficientes renais crónicos Concentração de hemoglobina Em doentes com insuficiência renal crónica, a concentração da hemoglobina de manutenção não deve exceder o limite superior da concentração de hemoglobina pretentida recomendada na secção 4.2. Em ensaios clínicos, observou-se um aumento do risco de morte, de acontecimentos cardiovasculares ou cerebrovasculares graves, incluindo AVC quando foram administrados AEE para alcançar uma hemoglobina superior a 12 g/dl (7,5 mmol/l). Ensaios clínicos controlados não demonstraram benefícios significativos atribuíveis à administração de epoetinas quando a concentração de hemoglobina aumenta para além do nível necessário para controlar os sintomas da anemia e para evitar transfusões sanguíneas. Os valores da hemoglobina devem ser medidos de forma regular até se atingir um valor estável e, posteriormente, de forma periódica. A taxa de aumento em hemoglobina deverá ser aproximadamente de 1 g/dl (0,62 mmol/l) por mês e não deverá exceder 2 g/dl (1,25 mmol/l) por mês para minimizar o risco de desenvolvimento ou agravamento de hipertensão. Os doentes com insuficiência renal crónica tratados com Retacrit por via subcutânea devem ser monitorizados regularmente quanto à perda de eficácia, definido como ausência ou diminuição de resposta ao tratamento de Retacrit nos doentes que responderam previamente a esta terapia. Isto caracteriza-se por uma diminuição constante dos níveis de hemoglobina, apesar do aumento da dose de Retacrit. Alguns doentes com intervalos de dosagem mais alargados (superiores a uma vez por semana) de epoetina podem não manter níveis adequados de hemoglobina (ver secção 5.1) e podem requerer um aumento na dose de epoetina. Os níveis de hemoglobina devem ser monitorizados regularmente. Deve ter-se precaução com o aumento gradual das doses de Retacrit em doentes com insuficiência renal crónica, uma vez que doses cumulativas elevadas de epoetina podem estar associadas a um aumento do risco de mortalidade, acontecimentos cardiovasculares e cerebrovasculares graves. Em doentes com uma resposta fraca da hemoglobina ao Retacrit, explicações alternativas para a fraca resposta devem ser consideradas (ver secções 4.2 e 5.1). A falta de resposta à terapêutica com eritropoetina deve levar a uma procura dos factores causais. Estes incluem: deficiência em ferro, folato, ou Vitamina B12; intoxicação por alumínio; infecções intercorrentes; episódios inflamatórios ou traumáticos; perda de sangue oculta; hemólise e fibrose da medula óssea de qualquer origem. Foram notificados muito raramente, casos de AEP (Aplasia Eritróide Pura) mediada por anticorpos em doentes com insuficiência renal crónica com eritropoetina administrada por via subcutânea. Em doentes que desenvolvam uma falta de eficácia súbita, definida por uma diminuição na hemoglobina (1-2 g/dl por mês) com uma maior necessidade de transfusões, deve efectuar-se uma contagem reticulocitária e as causas típicas para a falta de resposta (p.ex. deficiência em ferro, folato, ou vitamina B12, intoxicação por alumínio, infecção ou inflamação, perda de sangue e hemólise) devem ser investigadas. Se não for identificada uma causa, deve ser considerado um exame da medula óssea para o diagnóstico da AEP. 63 Se for diagnosticada AEP, a terapêutica com Retacrit deve ser interrompida imediatamente e deve considerar-se efectuar um teste aos anticorpos anti-eritropoetina. Os doentes não devem ser transferidos para outro medicamento pois os anticorpos anti-eritropoetina apresentam reactividade cruzada com outras eritropoetinas. Devem ser excluídas ooutras causas de AEP e deve ser instituída uma terapêutica apropriada. Recomenda-se a monitorização da contagem reticulocitária de forma regular para detectar possível ocorrência de falta de eficácia em doentes com insuficiência renal crónica. Observou-se hipercalemia em casos isolados. Em doentes com insuficiência renal crónica, a correcção da anemia pode conduzir a aumento do apetite, e a uma maior ingestão de potássio e proteínas. As prescrições de diálises podem ter de ser ajustadas periodicamente para manter a ureia, a creatinina e o potássio dentro dos valores desejados. Os electrólitos séricos devem ser monitorizados em doentes com insuficiência renal crónica. Se for detectado um nível sérico de potássio elevado (ou crescente), deve considerar-se suspender a administração de eritropoetina até à normalização da hipercalemia. Durante o tratamento com eritropoetina, é frequentemente requerido um aumento da dose de heparina, durante a hemodiálise, devido ao aumento do hematócrito. Se a heparinização não for óptima pode ocorrer a oclusão do sistema de diálise. Com base em informações disponíveis à data, a correcção da anemia com eritropoetina em doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise não acelera a taxa de progressão da insuficiência renal. Doentes adultos com neoplasia e anemia sintomática a receber quimioterapia Em doentes com neoplasia a receber quimioterapia, o atraso de 2-3 semanas entre a administração de eritropoetina e o aparecimento de glóbulos vermelhos induzidos pela eritropoetina deve considerado ao avaliar se a terapêutica com Retacrit é apropriada (doente em risco de transfusão). Os valores da hemoglobina devem ser monitorizados de perto até se atingir um valor estável e, posteriormente, de forma periódica. Caso a taxa de aumento na hemoglobina exceda 2 g/dl (1,25 mmol/l) por mês ou o valor da hemoglobina exceda 12 g/dl (7,5 mmol/l), o ajuste da dose detalhado na secção 4.2 deve ser executado cuidadosamente para minimizar o risco de acontecimentos trombóticos (ver secção 4.2). Como se observou um aumento na incidência episódios vasculares trombóticos (EVT) em doentes com neoplasia a receber agentes eritropoéticos (ver secção 4.8), este risco deve ser ponderado cuidadosamente face ao benefício a ser obtido do tratamento (com Retacrit), particularmente em doentes com neoplasia com um aumento do risco de episódios vasculares trombóticos, tais como obesidade e doentes com uma história clínica de EVT (p.ex. trombose venosa profunda ou Embolia pulmonar). Doentes cirúrgicos adultos num programa de doação prévia de sangue autólogo Todas as advertências e precauções especiais associadas aos programas de doação prévia de sangue autólogo, especialmente a substituição de volume de rotina, devem ser respeitadas. Potencial crescimento do tumor As epoetinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção dos eritrócitos. Os receptores da eritropoetina podem expressar-se na superfície de várias células tumorais. Como sucede com todos os factores de crescimentos, existe a preocupação de que as epoetinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de malignidade. Em vários estudos controlados, as epoetinas não revelaram aumentar a sobrevivência global ou reduzir o risco de progressão do tumor em doentes com anemia associada a neoplasia. 64 Vários ensaios clínicos controlados em doentes com várias neoplasias frequentes, incluindo a neoplasia da cabeça e pescoço, neoplasia do pulmão e neoplasia da mama, aos quais foram administradas epoetinas, revelaram um aumento inexplicado da mortalidade. Em estudos clínicos controlados, a utilização de epoetina alfa e de outros agentes estimuladores da eritropoiese (AEE) demonstraram: • tempo reduzido para a progressão do tumor em doentes com cancro avançado da cabeça e do pescoço submetidos a radioterapia quando administradas para alcançar uma hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l), • sobrevivência geral reduzida e aumento do número de mortes atribuídos à progressão da doença aos 4 meses em doentes com cancro da mama metastático submetidos a quimioterapia quando administradas para alcançar uma hemoglobina de 12-14 g/dl (7,5-8,7 mmol/l), • aumento do risco de morte quando administradas para alcançar uma hemoglobina de 12 g/dl (7,5 mmol/l) em doentes com malignidade activa que não estejam a ser submetidos a quimioterapia nem radioterapia. Os AEE não estão indicados para a utilização nesta população de doentes. Face ao acima descrito, em certas situações clínicas, a transfusão de sangue deve ser o tratamento preferencial para o tratamento da anemia em doentes com cancro. A decisão de administrar eritropoietinas recombinantes deve-se basear numa avaliação do risco/benefício com a participação do doente individual, que deve ter em conta o contexto clínico específico. Os factores que devem ser considerados nesta avaliação devem incluir o tipo de tumor e a sua fase, o grau de anemia, a esperança de vida, o ambiente em que o doente está a ser tratado e a preferência do doente (ver secção 5.1) Este medicamento contém fenilalanina que pode ser prejudicial para indivíduos com fenilcetonúria. Este medicamento contém menos de 1 mmol de sódio (23 mg) por dose, ou seja, é praticamente “isento de sódio”. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Não existem provas que indiquem que o tratamento com eritropoetina altere o metabolismo de outros medicamentos. Contudo, visto que a ciclosporina se liga através dos eritrócitos, existe potencial para interacções com outros medicamentos. Se a eritropoetina for administrada concomitantemente com a ciclosporina, os níveis séricos da ciclosporina devem ser monitorizados e a dose ciclosporina ajustada à medida que o hematócrito aumenta. Não existe evidência que indique uma interacção entre a epoetina alfa e G-CSF ou GM-CSF em relação à diferenciação hematológica ou proliferação in vitro de tecido tumoral obtido por biopsia. 4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento Não existem estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Os estudos em animais revelaram toxicidade reprodutiva (ver secção 5.3). Não é sabido se a epoetina zeta exogena é excretada no leite materno. Por conseguinte, deve utilizar-se a eritropoetina durante a gravidez e o aleitamento apenas se o benefício potencial compensar o risco potencial para o feto. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Os efeitos de Retacrit sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas são nulos ou desprezíveis. 4.8 Efeitos indesejáveis Sumário do perfil de segurança. Os dados provenientes de estudos clínicos com Retacrit estão em linha com o perfil de segurança de outra eritropoetinas autorizadas. Com base nos resultados dos estudos clínicos com outras 65 eritropoetinas autorizadas, aproximadamente 8% dos doentes tratados com eritropoetina poderão apresentar reacções adversas. As reacções adversas, durante o tratamento com eritropoetina, são observados, predominantemente, em doentes com insuficiência renal crónica ou malignidade subjacente; e são mais frequentemente cefaleias e aumento na pressão arterial, dependente da dose. Podem ocorrer crises hipertensivas com sintomas do tipo encefalopatia. Deve ser dada atenção ao aparecimento súbito de cefaleias graves tipo enxaqueca como um possível sinal de alarme. Foi notificada congestão do tracto respiratório, que inclui eventos de congestão do tracto respiratório superior, congestão nasal e nasofaringite em estudos com intervalo de dosagem alargada em doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise. Foram notificados acontecimentos trombóticos/vasculares, tais como isquémia do miocárdio, enfarte do miocárdio, acidentes vasculares cerebrais (hemorragia cerebral e enfarte cerebral), crises isquémicas transitórias, trombose venosa profunda, trombose arterial, embolia pulmonar, aneurismas, trombose da retina e coagulação de um rim artificial em doentes a receberem agentes eritropoiéticos. Foi notificada eritroblastopenia (AEP) mediada por anticorpos após meses a anos de tratamento com epoetina alfa. Na maioria destes doentes, foram observados anticorpos anti-eritropoietinas (ver secções 4.3 e 4.4). Lista tabelada das reacções adversas Nesta secção as frequências das reacções adversas são definidos da seguinte forma: muito frequentes (≥1/10), frequentes (≥1/100, <1/10), pouco frequentes (≥1/1.000, <1/100), raros (≥1/10.000, <1/1.000), muito raros (<1/10.000), desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis) Dentro de cada grupo de frequência, as reacções adversas devem ser apresentados por ordem decrescente de gravidade. As frequências podem variar dependendo da indicação. CSO Doenças do sangue e do sistema linfático Frequência Muito raro Desconhecido Doenças do sistema imunitário Raro Muito raro Muito frequentes Doenças do sistema nervoso Frequentes Pouco frequentes Desconhecido Afecções oculares Cardiopatias Desconhecido Desconhecido Vasculopatias Frequentes Desconhecido 66 Efeito Adverso Trombocitose (ver secção 4.4) eritroblastopenia (AEP) mediada por anticorpos Reacções de hipersensibilidade Reacção anafiláctica Tonturas (doentes com insuficiência renal crónica) Cefaleias (doentes com cancro) Acidente Vascular Cerebral Tonturas (doentes com cancro) Cefaleias (doentes com com insuficiência renal crónica) Hemorragia cerebral Enfarte cerebral Encefalopatia hipertensiva Ataques isquémicos transitórios Trombose na retina Enfarte do miocárdio Isquémia do miocárdio Trombose em veias profundas (doentes com cancro) Aumento da pressão sanguínea Aneurisma Trombose arterial Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino Frequentes Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos Frequente Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos Perturbações gerais e alterações no local de administração Pouco frequente Desconhecido Muito raro Desconhecido Muito frequentes Frequentes Muito frequentes Frequentes Complicações de intervenções relacionadas com lesões e intoxicações Frequentes Trombose em veias profundas (doentes com insuficiência renal crónica) Crise hipertensiva Embolismo pumonar (doentes com cancro) Congestão do trato respiratório Embolismo pumonar (doentes com cancro) Erupções cutâneas não específicas Angioedema Prúrido Dores nas articulações (doentes com insuficiência renal) Dores nas articulações (doentes com cancro) Sintomas gripais (doentes com insuficiência renal) Sensação de fraqueza (doentes com insuficiência renal) Sensação de cansaço (doentes com insuficiência renal) Sintomas gripais (doentes com cancro) Sensação de fraqueza (doentes com cancro) Sensação de cansaço (doentes com cancro) Coagulação de um rim artificial Doentes adultos e pediátricos em hemodiálise, doentes adultos em diálise peritoneal e doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise A reacção adversa mais frequente durante o tratamento com epoetina alfa é um aumento dependente da dose da tensão arterial ou um agravamento da hipertensão existente. Estes aumentos na tensão arterial podem ser tratados com medicamentos. Além disso, recomenda-se a monitorização da tensão arterial particularmente no início do tratamento. Também ocorreram as seguintes reacções em doentes isolados com tensão arterial normal ou baixa: crises hipertensivas com sintomas do tipo encefalopatia (p. ex., cefaleias e estado de confusão) e convulsões tónico-clónicas generalizadas, necessitando de cuidados médicos imediatos e tratamento intensivo. Deve ser dada particular atenção ao aparecimento súbito de cefaleias graves tipo enxaqueca como um possível sinal de alerta. Pode ocorrer trombose do shunt, especialmente em doentes com tendência para hipotensão ou com complicações da fístula arteriovenosa (p. ex., estenoses, aneurismas, etc.). Nestes doentes recomendase a revisão precoce do shunt e a profilaxia da trombose através da administração de ácido acetilsalicílico, por exemplo. Doentes oncológicos adultos com anemia sintomática em quimioterapia Pode ocorrer hipertensão em doentes tratados com epoetina alfa. Consequentemente, a hemoglobina e a tensão arterial devem ser cuidadosamente monitorizadas. 67 Foi observado um aumento da incidência dos acontecimentos vasculares trombóticos (ver secção 4.4 e secção 4.8 - Gerais) em doentes tratados com agentes eritropoiéticos. Doentes cirúrgicos em programas de pré-doação autóloga Independentemente do tratamento com eritropoetina, podem ocorrer acontecimentos trombóticos e vasculares em doentes cirúrgicos com doença cardiovascular subjacente após flebotomia repetida. Portanto, deve efectuar-se a substituição de volume de rotina nesses doentes. Em doentes com valores basais de hemoglobina > 13g/dl , não pode ser excluída a possibilidade de que o tratamento com Retacrit possa estar associado a um aumento do risco de eventos trombóticos/vasculares pós-cirurgia. Notificação de suspeitas de reações adversas A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas de reações adversas através do sistema nacional de notificação mencionado no Apêndice V. 4.9 Sobredosagem A margem terapêutica da eritropoetina é muito larga. A sobredosagem de eritropoetina pode produzir efeitos que são prolongamentos dos efeitos farmacológicos da hormona. Pode efectuar-se a flebotomia se ocorrerem valores da hemoglobina excessivamente altos. Deve ser fornecido cuidado de apoio adicional conforme for necessário. 5. 5.1 PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS Propriedades farmacodinâmicas Grupo farmacoterapêutico: Outras preparações antianémicas, eritropoetina Código ATC: B03XA01 Retacrit é um medicamento biológico similar. Está disponível informação pormenorizada no sítio da Agência Europeia de Medicamentos http://www.ema.europa.eu Efeitos farmacodinâmicos A eritropoetina é uma glicoproteína que estimula, como um factor estimulante das mitoses e como hormona diferenciadora, a formação de eritrócitos a partir de precursores do compartimento da célula estaminal. O peso molecular aparente da eritropoetina é de 32 000-40 000 Dalton. A metade proteica da molécula contribui para cerca de 58% do peso molecular total e é composta por 165 aminoácidos. As quatro cadeias de hidratos de carbono estão ligadas à proteína através de três ligações N-glicosídeas e uma ligação O-glicosídea. A epoetina zeta é idêntica, na sua composição em aminoácidos e em hidratos de carbono, à eritropoetina humana endógena isolada da urina de doentes anémicos. A eficácia biológica da eritropoetina foi demonstrada em vários modelos animais in vivo (rato normal e rato anémico, ratinho policitémico). Após a administração da eritropoetina, o número de eritrócitos, os valores de hemoglobina e a contagem reticulocitária, bem como a taxa de incorporação de 59Fe, aumentam. Após incubação das células eritróides nucleadas do baço (cultura de células de baço de ratinho) com epoetina beta, detectou-se um aumento da incorporação da timidina tritiada (3H-timidina) in vitro. Poderia demonstrar-se com a ajuda de células humanas de medula óssea que a eritropoetina estimula 68 especificamente a eritropoiese, não afectando a leucopoiese. Não foi detectada acção citotóxica da eritropoetina em células da medula óssea. Como sucede com outros factores de crescimentos hematopoéticos, a eritropoetina demonstrou propriedades estimulantes in vitro em células endoteliais humanas. Doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise Em 2 estudos com intervalo de dosagem alargada de eritropoetina (3 vezes por semana, uma vez por semana, uma vez em cada 2 semanas e uma vez em cada 4 semanas) alguns doentes com intervalos de dosagem mais longos não mantiveram níveis de hemoglobina adequados e alcançaram o critério de retirada de hemoglobina definido no protocolo (0% nos grupos de uma vez por semana, 3,7% nos grupos de uma vez em cada 2 semanas e 3,3% nos grupos de uma vez em cada 4 semanas). Eficácia clínica e segurança 721 doentes com neoplasia a receber quimioterapia sem platina foram incluídos em três estudos controlados com placebo, 389 doentes com neoplasias hematológicas (221 mielomas múltiplos, 144 linfoma não-Hodgkin e 24 outras neoplasias hematológicas) e 332 com tumores sólidos (172 da mama, 64 ginecológicos, 23 do pulmão, 22 da próstata, 21 gastrointestinais, e 30 outros tipos de tumor). Em dois grandes estudos, em aberto, 2697 doentes com neoplasia a receber quimioterapia sem platina foram incluídos, 1 895 com tumores sólidos (683 da mama, 260 do pulmão, 174 ginecológicos, 300 gastrointestinais e 478 outros tipos de tumor) e 802 com neoplasias hematológicas. Num estudo prospectivo, aleatório, com ocultação dupla, controlado com placebo, conduzido em 375 doentes anémicos com várias neoplasias não-mielóides a receber quimioterapia sem platina, verificouse uma redução significativa de sequelas relacionadas com a anemia (p.ex. fadiga, diminuição da energia e redução da actividade), medidas pelos instrumentos e escalas seguintes: escala geral de Avaliação Funcional de Terapia da Neoplasia-Anemia (FACT-An), escala de fadiga FACT-An e Escala Linear Analógica da Neoplasia (CLAS). Dois outros estudos mais pequenos, aleatórios, controlados com placebo, não demonstraram uma melhoria significativa nos parâmetros de qualidade de vida na escala EORTC-QLQ-C30 ou CLAS, respectivamente. A eritropoetina é um factor de crescimento que estimula principalmente a produção dos eritrócitos. Os receptores da eritropoetina podem expressar-se na superfície de várias células tumorais. A sobrevivência e a progressão tumoral foram examinadas em cinco grandes estudos controlados envolvendo um total de 2 833 doentes, dos quais quatro foram estudos duplamente cegos controlados com placebo e um foi um estudo aberto. Os estudos recrutaram doentes que estavam a ser tratados com quimioterapia (dois estudos) ou utilizaram populações de doentes nas quais os agentes estimuladores da eritropoiese não estavam indicados: anemia em doentes com cancro que não estavam submetidos a quimioterapia e doentes com cancro da cabeça e do pescoço submetidos a radioterapia. A concentração de hemoglobina pretentida em dois estudos foi de > 13 g/dl; nos restantes três estudos esta foi de 12-14 g/dl. No estudo aberto não houve diferença na sobrevivência geral entre os doentes tratados com a eritropoietina humana recombinante e os controlos. Nos quatro estudos controlados com placebo, as taxas de risco da sobrevivência geral foram de 1,25 e 2,47 a favor dos controlos. Estes estudos demonstraram uma mortalidade excessiva consistente inexplicada e estatisticamente significativa em doentes com anemia associada a vários cancros vulgares que receberam eritropoietina humana recombinante comparativamente aos controlos. O resultado da sobrevivência geral nos ensaios não conseguiu ser explicado de modo satisfatório pelas diferenças na incidência da trombose e das complicações relacionadas entre os doentes aos quais foi administrada a eritropoietina humana e os doentes no grupo de controlo. Também foi realizada uma análise sistemática envolvendo mais de 9000 doentes com cancro que participaram em 57 ensaios clínicos. A meta-análise dos dados de sobrevivência geral produziu uma estimativa pontual da razão de perigo de 1,08 a favor dos controlos (95% IC: 0,99; 1,18; 42 ensaios e 8 167 doentes). Foi observado um aumento do risco relativo de acontecimentos tromboembólicos (RR 1,67; 95% IC: 1,35; 2,06; 35 ensaios e 6 769 doentes) em doentes tratados com eritropoietina humana 69 recombinante. Existe um aumento do risco de acontecimentos tromboembólicos em doentes com cancro tratados com eritropoietina humana recombinante e não se pode excluir um impacto negativo na sobrevivência geral. A extensão da possível aplicação destes resultados à administração da eritropoietina humana recombinante a doentes com cancro, tratados com quimioterapia para alcançarem concentrações de hemoglobina inferiores a 13 g/dl, está por clarificar uma vez que foram incluídos poucos doentes com estas características nos dados analisados . Foi efectuada uma análise dos dados individuais dos doentes em mais de 13.900 doentes com cancro (quimio-, rádio-, quimioradio-, ou sem terapia) que participaram em 53 ensaios clínicos controlados envolvendo várias epoetinas. A meta-análise dos dados de sobrevivência geral conduziram a uma taxa de risco estimado de 1,06 favorável ao controle (IC 95%: 1,00; 1,12; 53 ensaios clínicos e 13.933 doentes) e para os doentes com cancro recebendo quimioterapia, a Hazard ratio de sobrevivência geral foi de 1,04 (IC 95%: 0,97; 1,11; 38 ensaios e 10.411 doentes). A meta-análise também indicou um aumento consistente e significativo do risco relativo de acontecimentos trombóides nos doentes com cancro recebendo eritropoeitina humana recombinante (ver secção 4.4). Num estudo randomizado, duplamente oculto, controlado por placebo com 4.037 doentes com insuficiência renal crónica, não em diálise, com diabetes tipo 2, e níveis de hemoglobina ≤ 11 g/dl, os doentes receberam tratamento com darbepoetina alfa para obter níveis de hemoblogina de 13 g/dl ou com placebo (ver secção 4.4). O estudo não cumpriu o seu objectivo primário de demonstração da redução do risco para todas as causas de mortalidade, morbilidade cardiovascular, ou doença renal em fase final (DRFF). A análise dos components dos marcadores finais compostos dos indíviduos mostraram as seguintes HR (IC 95%): morte 1,05 (0,92; 1,21), AVC 1,92 (1,38; 2,68), falha cardíaca congestiva (FCC) 0,89 (0,74; 1,08), enfarte do miocárdio (EM) 0,96 (0,75; 1,23), hospitalização por isquémia do miocárdio 0,84 (0,55; 1,27), DRFF 1.02 (0.87, 1.18). Foram realizadas análises subsequentes agrupadas dos estudos clínicos de AEEs em doentes com IRC (em doentes dialisados, não dialisados, diabéticos e não diabéticos). Foi observado a tendência para o aumento da estimativa do risco para todas as causas de mortalidade, acontecimentos cardiovasculares e cerebrovasculares associados a doses cumulativas elevadas de AEE independentes do estado de diabetes ou diálise (ver secções 4.2 e 4.4). 5.2 Propriedades farmacocinéticas Por via intravenosa A medição da eritropoetina após a administração de várias doses por via intravenosa revelou uma semi-vida de aproximadamente 4 horas em voluntários normais e uma semi-vida ligeiramente mais prolongada em doentes com insuficiência renal, aproximadamente 5 horas. Foi notificada uma semi-vida de aproximadamente 6 horas em crianças. Por via subcutânea Após a injecção subcutânea, os níveis séricos da eritropoetina são muito inferiores aos níveis atingidos após a injecção IV, os níveis aumentam lentamente e atingem um pico entre 12 e 18 horas após a dose. O pico fica sempre muito abaixo do pico que se atinge utilizando a via IV (aproximadamente 1/20 do valor). Não existe acumulação: os níveis permanecem os mesmos, quer sejam determinados 24 horas após a primeira injecção ou 24 horas após a última injecção. A semi-vida é difícil de avaliar para a via subcutânea e estima-se cerca de 24 horas. A biodisponibilidade da eritropoetina injectável por via subcutânea é muito inferior à do medicamento por via intravenosa: aproximadamente 20%. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em alguns estudos toxicológicos pré-clínicos em cães e ratos, mas não em macacos, a terapêutica com eritropoetina esteve associada a fibrose da medula óssea subclínica (a fibrose da medula óssea é uma complicação conhecida da insuficiência renal crónica no Homem e pode estar relacionada com hiperparatiroidismo secundário ou factores desconhecidos. A incidência de fibrose da medula óssea não aumentou num estudo de doentes em hemodiálise que foram tratados com eritropoetina durante 3 70 anos comparativamente com um grupo de controlo equiparado de doentes em diálise que não foram tratados com eritropoetina). Em estudos em animais, demonstrou-se que a eritropoetina diminui o peso corporal fetal, atrasa a ossificação e aumenta a mortalidade fetal quando administrada em doses semanais de aproximadamente 20 vezes a dose semanal recomendada no Homem. Estas alterações são interpretadas como secundárias relativamente à diminuição do ganho de peso corporal materno. A eritropoetina não demonstrou quaisquer alterações nos testes bacterianos e de mutagenicidade da cultura celular em mamíferos e num teste de micronúcleo in vivo em ratinhos. Não foram efectuados estudos de carcinogenicidade a longo prazo. Existem relatórios contraditórios na literatura relativamente a se a eritropoetina pode desempenhar um papel importante como proliferadora de tumores. Estes relatórios baseiam-se em resultados in vitro de amostras de tumores humanos, mas o seu significado é incerto na situação clínica. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1 Lista dos excipientes Fosfato dissódico di-hidratado Fosfato monossódico di-hidratado Cloreto de sódio Cloreto de cálcio di-hidratado Polissorbato 20 Glicina Leucina Isoleucina Treonina Ácido glutâmico Fenilalanina Água para preparações injectáveis Hidróxido de sódio (regulador de pH) Ácido clorídrico (regulador de pH) 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de compatibilidade, este medicamento não deve ser misturado com outros medicamentos. 6.3 Prazo de validade 30 meses 6.4 Precauções especiais de conservação Conservar no frigorífico (2°C - 8°C). Não congelar. Manter a seringa pré-cheia dentro da embalagem exterior para proteger da luz. Durante a utilização em ambulatório, o doente pode retirar o medicamento do frigorífico e armazenálo à temperatura ambiente (não superior a 25°C), por um período único até 3 dias. 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente 0,4 ml de solução injectável em seringa pré-cheia de vidro do tipo I com uma agulha fixa em aço e um êmbolo com revestimento PTFE com ou sem proteção de agulha. 71 Cada embalagem contém 1 ou 6 seringas pré-cheias. É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações. 6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento Instruções de manuseamento para Retacrit: 1. Após retirar uma seringa da embalagem blister, verifique a solução se apresenta límpida, incolor e praticamente isenta de partículas visíveis. 2. Retire a tampa de protecção da agulha da seringa e o ar é expelido da seringa e da agulha segurando a seringa na vertical e pressionando suavemente o êmbolo para cima. 3. A seringa está agora pronta a usar. Retacrit não deve ser usado se • o selo do estiver quebrado ou se o blister estiver danificado de alguma forma • o líquido estiver colorido ou conseguir ver partículas a flutuar nele • qualquer líquido tiver derramado da seringa pré-cheia ou se for visível condensação dentro do blister selado • tiver sido congelado acidentalmente Este medicamento destina-se apenas a uma administração. Não agitar. Os medicamentos não utilizados ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Hospira UK Limited Horizon Honey Lane Hurley Maidenhead SL6 6RJ Reino Unido 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/07/431/007 seringa pré-cheia EU/1/07/431/008 seringa pré-cheia EU/1/07/431/032 seringa pré-cheia com protecção de agulha EU/1/07/431/033 seringa pré-cheia com protecção de agulha 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Data da primeira autorização: 18 de Dezembro de 2007 Data da última renovação: 15 de novembro de 2012 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO 72 A informaçãoo detalhada sobre este medicamento está disponível na página da European Medicines Agency http://www.ema.europa.eu. 73 1. NOME DO MEDICAMENTO Retacrit 5 000 UI/0,5 ml solução injectável em seringa pré-cheia 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Uma seringa pré-cheia com 0,5 ml de solução injectável contém 5000 unidades internacionais (UI) de epoetina zeta* (eritropoetina humana recombinante). A solução contém 10 000 UI de epoetina zeta por ml. *Produzida por tecnologia de ADN recombinante na linhagem celular de ovário de hamster chinês (CHO). Excipiente com efeito conhecido Cada seringa pré-cheia contém 0,25 mg de fenilalanina. Para a lista completa de excipientes, ver secção 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em seringa pré-cheia. Solução incolor e límpida. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia sintomática associada a insuficiência renal crónica (IRC) em doentes adultos e pediátricos: o Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em doentes adultos e pediátricos em hemodiálise e doentes adultos em diálise peritoneal (ver secção 4.4). o Tratamento da anemia grave de causa renal acompanhada de sintomas clínicos em doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise (ver secção 4.4). − Tratamento da anemia e redução dos requisitos de transfusão em doentes adultos a receber quimioterapia para tumores sólidos, linfoma maligno ou mieloma múltiplo, e em risco de transfusão conforme a avaliação do estado geral do doente (p.ex. estado cardiovascular, anemia prévia no início da quimioterapia). − Pode utilizar-se Retacrit para aumentar a colheita de sangue autólogo em doentes num programa de doação prévia. A sua utilização nesta indicação deve ser ponderada face ao risco de ocorrência de acontecimentos tromboembólicos notificado. O tratamento só deve ser administrado a doentes com anemia moderada (sem deficiência em ferro), se não estiverem disponíveis processos de conservação de sangue ou se estes forem insuficientes quando uma cirurgia electiva programada importante requerer um grande volume de sangue (4 ou mais unidades de sangue na mulher ou 5, ou mais unidades, no homem). − Retacrit pode ser utilizado para reduzir a exposição à transfusão sanguínea alogénica em adultos sem deficiência de ferro, antes de cirurgia electiva ortopédica major, que tenham um elevado um risco elevado para complicações associadas a transfusões. O seu uso deve ser restrito a doentes adultos com anemia moderada (ex. hemoglobina 10-13 g/dl) que não tenham disponível um programa de pré-doação autólogo e em que é previsível uma perda moderada de sangue (900 a 1 800 ml). 4.2 Posologia e modo de administração 74 O tratamento com Retacrit tem de ser iniciado sob a supervisão de médicos com experiência na gestão de doentes com as indicações acima mencionadas. Posologia Tratamento da anemia sintomática em doentes insuficientes renais crónicos adultos e pediátricos Retacrit deve ser administrado por via subcutânea ou por via intravenosa. A concentração de hemoglobina pretendida situa-se entre 10 e 12 g/dl (6,2-7,5 mmol/l), excepto em doentes pediátricos nos quais a concentração de hemoglobina se deverá situar entre 9,5 e 11 g/dl (5,96,8 mmol/l). Não se deve exceder o limite superior da concentração de hemoglobina a atingir. Os sintomas e as sequelas da anemia podem variar com a idade, o sexo e a carga geral da doença, sendo necessária a avaliação por parte de um médico do estado clínico e da condição de cada doente. Retacrit deve ser administrado por via subcutânea ou por via intravenosa a fim de aumentar a hemoglobina para valores não superiores a 12 g/dl (7,5 mmol/l). Devido à variabilidade intra-doente, pode observar-se ocasionalmente valores de hemoglobina superiores e inferiores ao nível de hemoglobina desejado num doente individual. A variabilidade da hemoglobina deve ser resolvida através da gestão da dose, tendo em consideração o intervalo de hemoglobina pretentida de 10 g/dl (6,2 mmol/l) a 12 g/dl (7,5 mmol). Devem ser evitados valores de hemoglobina que se mantenham superiores a 12 g/dl. As recomendações para o ajuste adequado da dose quando se observam valores de hemoglobina superiores a 12 g/dl (7,5 mmol/l) estão descritas abaixo. Deve ser evitado um aumento do valor de hemoglobina superior a 2 g/dl (1,25 mmol/l) num período de quatro semanas. Caso ocorra, o ajuste de dose apropriado deverá ser efectuado. Os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados para assegurar que é utilizada a dose efetiva mais baixa aprovada de Retacrit, para o controlo adequado dos sintomas da anemia enquanto se mantém uma concentração de hemoglobina inferior ou igual a 12 g/dl (7,5 mmol/l). Deve ter-se precaução com o aumento gradual das doses de Retacrit em doentes com insuficiência renal crónica. Em doentes com uma resposta fraca da hemoglobina ao Retacrit, explicações alternativas para a fraca resposta devem ser consideradas (ver secções 4.4 e 5.1). Em doentes com insuficiência renal crónica e cardiopatia isquémica ou insuficiência cardíaca congestiva clinicamente evidentes, a concentração de hemoglobina de manutenção não deverá exceder o limite superior da concentração de hemoglobina a atingir. Doentes adultos em hemodiálise Retacrit deve ser administrado por via subcutânea ou por via intravenosa O tratamento divide-se em duas fases: 1. Fase de correcção: 50 UI/kg 3 vezes por semana. Quando for necessário um ajuste da dose, este deve ser feito em etapas de, pelo menos, quatro semanas. Em cada etapa, o aumento ou redução da dose deve ser de 25 UI/kg 3 vezes por semana. 2. Fase de manutenção: Ajuste da dose para manter os valores da hemoglobina (Hb) no nível desejado: Hb entre 10 e 12 g/dl (6,2-7,5 mmol/l). A dose total semanal recomendada situa-se entre 75 e 300 UI/kg. Os dados clínicos disponíveis sugerem que aqueles doentes cuja hemoglobina inicial é muito baixa (< 6 g/dl ou < 3,75 mmol/l) podem necessitar de doses de manutenção mais altas do que aqueles cuja anemia inicial é menos grave (Hb > 8 g/dl ou > 5 mmol/l). Doentes pediátricos em hemodiálise 75 O tratamento divide-se em duas fases: 1. Fase de correcção: 50 UI/kg 3 vezes por semana por via intravenosa. Quando for necessário um ajuste da dose, este deve ser feito em etapas de 25 UI/kg, 3 vezes por semana em intervalos de, pelo menos, 4 semanas até o objectivo pretendido ser atingido. 2. Fase de manutenção: Ajuste da dose para manter os valores da hemoglobina (Hb) no nível desejado: Hb entre 9,5 e 11 g/dl (5,9-6,8 mmol/l). Geralmente, as crianças e adolescentes com menos de 30 kg de peso necessitam de doses de manutenção mais altas do que as crianças com mais de 30 kg e os adultos. As seguintes doses de manutenção foram observadas em estudos clínicos após 6 meses de tratamento. Peso (kg) < 10 10-30 > 30 Dose (UI/kg administrada 3 vezes por semana) Mediana Dose de manutenção habitual 100 75-150 75 60-150 33 30-100 Os dados clínicos disponíveis sugerem que aqueles doentes cuja hemoglobina inicial é muito baixa (< 6,8 g/dl ou < 4,25 mmol/l) podem necessitar de doses de manutenção mais altas do que aqueles cuja hemoglobina inicial é superior a > 6,8 g/dl ou > 4,25 mmol/l. Doentes adultos em diálise peritoneal Retacrit deve ser administrado por subcutânea ou por via intravenosa. O tratamento divide-se em duas fases: 1. Fase de correcção: A dose inicial é de 50 UI/kg 2 vezes por semana. 2. Fase de manutenção: Ajuste da dose para manter os valores da hemoglobina (Hb) no nível desejado: (Hb entre 10 e 12 g/dl (6,2-7,5 mmol/l). Dose de manutenção entre 25 e 50 UI/kg 2 vezes por semana em 2 doses iguais. Doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise Retacrit deve ser administrado por subcutânea ou por via intravenosa. O tratamento divide-se em duas fases: 1. Fase de correcção: A dose inicial é de 50 UI/kg 3 vezes por semana, por via intravenosa, seguida, se necessário, por um aumento da dose com incrementos de 25 UI/kg (3 vezes por semana) até o objectivo pretendido ser atingido (isto deve ser feito em etapas de, pelo menos, quatro semanas). 2. Fase de manutenção: Durante a fase de manutenção, o Retacrit pode ser administrado 3 vezes por semana e em caso de administração subcutânea, uma vez por semana ou uma vez em cada 2 semanas. Deve ser realizado o ajuste apropriado da dose e dos intervalos da dose para manter os valores da hemoglobina (Hb) no nível desejado: Hb entre 10 e 12 g/dl (6,2-7,5 mmol/l). Uma extensão dos intervalos da dose pode requerer um aumento da dose. A dosagem máxima não deverá exceder 150 UI/Kg 3 vezes por semana, 240 UI/Kg (até um máximo de 20 000 UI) uma vez por semana ou 480 UI/Kg (até um máximo de 40 000 UI) uma vez em cada 2 semanas. Tratamento de doentes com anemia induzida por quimioterapia 76 Retacrit deve ser administrada por via subcutânea a doentes com anemia (p. ex., concentração de hemoglobina ≤ 10 g/dl (6,2 mmol/l). Os sintomas e as sequelas da anemia podem variar com a idade, o sexo e a carga geral da doença; sendo necessária a avaliação por parte de um médico do estado clínico e da condição de cada doente. Devido à variabilidade intra-doente, pode observar-se ocasionalmente valores de hemoglobina superiores e inferiores ao nível de hemoglobina desejado num doente individual. A variabilidade da hemoglobina deve ser resolvida através da gestão da dose, tendo em consideração o intervalo de hemoglobina pretentida de 10 g/dl (6,2 mmol/l) a 12 g/dl (7,5 mmol). Deve ser evitado que o nível de hemoglobina se mantenha superior a 12 g/dl (7,5 mmol/l), sendo de seguida fornecida uma orientação para o ajuste adequado da dose para os casos em que se observam valores de hemoglobina que excedam 12 g/dl (7,5 mmol/l). Os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados para assegurar que é utilizada a dose mais baixa aprovada de Retacrit, para o controlo adequado dos sintomas da anemia. A terapêutica com Retacrit deve continuar até um mês após o final da quimioterapia. A dose inicial é de 150 UI/kg administrada por via subcutânea 3 vezes por semana. Em alternativa, pode administrar-se Retacrit com uma dose inicial de 450 UI/kg por via subcutânea uma vez por semana. Se a hemoglobina aumentou, pelo menos, 1 g/dl (0,62 mmol/l) ou a contagem reticulocitária aumentou ≥ 40 000 células/µl acima do valor inicial após 4 semanas de tratamento, a dose deve permanecer em 150 UI/kg 3 vezes por semana ou 450 UI/kg uma vez por semana. Se o aumento da hemoglobina for < 1 g/dl (< 0,62 mmol/l) e a contagem reticulocitária tiver aumentado < 40 000 células/µl acima do valor inicial, aumente a dose para 300 UI/kg 3 vezes por semana. Se após mais 4 semanas de terapêutica com 300 UI/kg 3 vezes por semana, a hemoglobina aumentou ≥ 1 g/dl (0,62 mmol/l) ou a contagem reticulocitária aumentou ≥ 40 000 células/µl, a dose deve permanecer em 300 UI/kg 3 vezes por semana. Contudo, se a hemoglobina aumentou < 1 g/dl (< 0,62 mmol/l) e a contagem reticulocitária aumentou < 40 000 células/µl acima do valor inicial, não é provável a obtenção de resposta, pelo que, o tratamento deve ser interrompido. O regime posológico recomendado é descrito no diagrama seguinte: 77 150 UI/kg, 3x/semana ou 450 UI/kg, uma vez por semana durante 4 semanas Aumento da contagem de reticulócitos < 40.000/μl e aumento de Hb < 1 g/dl Aumento da contagem de reticulócitos ≥ 40.000/μl ou aumento de Hb ≥ 1 g/d 300 UI/kg 3x/semana durante 4 semanas Hb pretentida (10-12 g/dl) Aumento da contagem de reticulócitos ≥ 40.000/μl ou aumento de Hb ≥ 1 g/d Aumento da contagem de reticulócitos < 40.000/μl e aumento de Hb < 1 g/dl Interromper o tratamento Assim que o objectivo terapêutico para um doente individual tiver sido atingido, a dose deve ser reduzida em 25 a 50% de modo a manter a hemoglobina nesse nível. Deve ser considerada a titulação adequada da dose. Ajuste da dose A uma taxa de aumento na hemoglobina de >2 g/dl (>1,25 mmol/l) por mês, a dose de Retacrit deve ser reduzida em cerca de 25-50%. Se o valor da hemoglobina exceder 12 g/dl (7,5 mmol/l), interrompa a terapêutica até baixar para 12 g/dl (7,5 mmol/l) ou menos e, depois, reintroduza a terapêutica com Retacrit a uma dose 25% inferior à dose anterior. Tratamento de doentes adultos cirúrgicos em programas de pré-doação autóloga Retacrit deve ser administrado por via intravenosa. Na altura da colheita de sangue, deve administrar-se Retacrit após a conclusão do procedimento de colheita de sangue. 78 Os doentes moderadamente anémicos (hematócrito de 33-39%) que necessitam de um depósito prévio de ≥ 4 unidades de sangue devem ser tratados com Retacrit a uma dose de 600 UI/kg de peso corporal 2 vezes por semana durante 3 semanas antes da cirurgia. Todos os doentes tratados com Retacrit deverão receber um suplemento de ferro adequado (p.ex. 200 mg de ferro elementar por via oral diariamente) durante o tratamento. Deve iniciar-se o suplemento de ferro o mais rapidamente possível, mesmo várias semanas antes de iniciar o depósito prévio autólogo, para obter níveis de ferro altos antes de iniciar a terapêutica com Retacrit. Tratamento de doentes adultos sujeitos a cirurgia electiva ortopédica major O Retacrit deve ser administrado por via subcutânea A dose recomendada de Retacrit é de 600 UI/kg administrada semanalmente, durante três semanas (dias 21, 14, e 7) antes da cirurgia e no dia da cirurgia (dia 0). Em casos em que haja necessidade clínica, o tempo antes da cirurgia pode ser reduzido para menos de três semanas. Nestes casos devemse administrar 300 mg/kg diariamente durante 10 dias consecutivos antes da cirurgia, no dia da cirurgia, e durante quatro dias imediatamente após a cirurgia. Se durante o período pré-operatório, a hemoglobina atingir níveis de 15 g/dl, ou superior, a administração de Retacrit deve ser interrompida e não se devem administrar doses adicionais. As deficiências em ferro devem ser tratadas antes de iniciar o tratamento com Retacrit. Além disto, todos os doentes devem receber o suplemento de ferro adequado (por exemplo, 200 mg por dia, por via oral, de elemento ferro) durante o decorrer do tratamento com Retacrit. Se possível, o suplemento de ferro deve ser inciado antes do tratamento com Retacrit, para atingir os níveis internos de ferro adequados. Modo de administração Injecção intravenosa A dose deve ser administrada durante, pelo menos, 1-5 minutos, dependendo da dose total. Em doentes submetidos a hemodiálise, pode administrar-se uma injecção de bólus durante a sessão de diálise através de uma porta venosa adequada na linha de diálise. Em alternativa, a injecção pode ser administrada no final da sessão de diálise através do tubo da agulha da fístula, seguida de 10 ml de solução de cloreto de sódio 9 mg/ml (0,9%) para enxaguar o tubo e garantir uma injecção satisfatória do medicamento na circulação. É preferível uma injecção mais lenta em doentes que reagem ao tratamento com sintomas gripais. Retacrit não deve ser administrado por perfusão intravenosa. Retacrit não deve ser misturado com outros medicamentos (ver secção 6.2). Injecção subcutânea Geralmente, não se deve exceder um volume máximo de 1 ml no local da injecção. Em caso de volumes superiores, deve escolher-se mais de um local para a injecção. As injecções são administradas nos membros ou na parede abdominal anterior. Para instruções acerca do manuseamento do medicamento antes da administração, ver secção 6.6. 4.3 − − − − Contra-indicações Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes listados na secção 6.1. Os doentes que desenvolvem Aplasia Eritróide Pura (AEP) após tratamento com qualquer eritropoetina não podem receber Retacrit ou qualquer outra eritropoetina (ver secção 4.4). Hipertensão descontrolada. Na indicação “para aumentar a colheita de sangue autólogo”: enfarte do miocárdio ou acidente 79 − − 4.4 vascular cerebral no mês anterior ao tratamento, angina de peito instável, risco aumentado de trombose venosa profunda, nomeadamente, história clínica de doença tromboembólica venosa. Na indicação de cirurgia electiva ortopédica major: doença coronária grave, doença arterial periférica, carotídea ou doença vascular cerebral, incluindo doentes com antecedentes de enfarte do miocárdio recente ou acidente vascular cerebral. Doentes que, por qualquer razão, não podem receber profilaxia antitrombótica adequada. Advertências e precauções especiais de utilização Informações gerais Como em todos os doentes a receber eritropoetina, a pressão arterial pode aumentar durante o tratamento com Retacrit. A pressão arterial deve ser monitorizada de perto e controlada adequadamente em todos os doentes antes, no início e durante o tratamento com Retacrit. Pode ser necessário adicionar ou aumentar o tratamento anti-hipertensivo. Se a pressão arterial não puder ser bem controlada, o tratamento com Retacrit deve ser interrompido. Retacrit também deve ser usado com precaução em presença de epilepsia e insuficiência hepática crónica. Durante o tratamento com eritropoetina, pode ocorrer um aumento moderado do número de plaquetas, dentro dos valores normais, dependente da dose. Este efeito regride com o tratamento. Recomenda-se a monitorização regular do número de plaquetas nas primeiras 8 semanas de tratamento. Todas as outras causas de anemia (deficiência em ferro, hemólise, perda de sangue, deficiências em vitamina B12- ou folato) devem ser consideradas e tratadas antes de iniciar e durante a terapêutica com Retacrit. Na maioria dos casos, observa-se diminuição dos valores da ferritina sérica em simultâneo com o aumento do hematócrito. Para garantir uma resposta óptima à eritropoetina, devem garantir-se níveis de ferro adequados: − recomenda-se suplemento de ferro, p.ex. 200-300 mg/dia oralmente (100-200 mg/dia para doentes pediátricos) para doentes com insuficiência renal crónica cujos níveis séricos de ferritina sejam inferiores a 100 ng/ml − recomenda-se substituição de ferro na dose de 200-300 mg/dia para todos os doentes com neoplasia com saturação da transferrina inferior a 20% Todos estes factores que contribuem para a anemia devem ser considerados cuidadosamente ao tomar a decisão de aumentar a dose de eritropoetina em doentes com neoplasia. A diminuição paradoxal da hemoglobina e desenvolvimento de anemia grave associada com uma contagem baixa de reticulócitos deve levar à interrupção imediata do tratamento com epoetina e efectuar a análise para pesquisa de anticorpos anti-epoetinas. Têm sido notificados casos de doentes com hepatite C tratados com interferão e ribavirina, e com epoetinas utilizadas concomitantemente. As Epoetinas não estão aprovadas para controlar a anemia associada à hepatite C. De forma a melhorar a rastreabilidade dos agentes estimulantes da eritropoiese (AEEs), o nome do AEE prescrito deve ser claramente registado (ou indicado) no processo do doente. Na pericirurgia devem-se seguir sempre as boas práticas de utilização de sangue. Doentes que vão ser submetidos a cirurgia ortopédica electiva major Em doentes que vão ser submetidos a cirurgia electiva ortopédica major, a causa da anemia deve ser esclarecida e tratada, se possível, antes do início do tratamento com Retacrit. Os acontecimentos trombóticos podem ser um risco nesta população de doentes e esta possibilidade tem de ser cuidadosamente avaliada em relação ao benefício relacionado com o tratamento. 80 Os doentes devem receber profilaxia adequada com anticoagulantes, pois podem ocorrer eventos tromboembólicos e vasculares em doentes cirúrgicos, especialmente os que apresentam doença cardiovascular. Para além disto, também deverá ser observada precaução especial em doentes predispostos para o desenvolvimento de trombose venosa profunda (DVTs). Não se pode também excluir a possibilidade de que o tratamento com Retacrit, em doentes com um nível de hemoglobina > 13 g/dl, se associe a um aumento de risco de eventos trombóticos e vasculares pós-operatórios. A epoetina alfa não deverá, portanto, ser utilizada em doentes com valores de hemoglobina > 13 g/dl. Doentes insuficientes renais crónicos Concentração de hemoglobina Em doentes com insuficiência renal crónica, a concentração da hemoglobina de manutenção não deve exceder o limite superior da concentração de hemoglobina pretentida recomendada na secção 4.2. Em ensaios clínicos, observou-se um aumento do risco de morte, de acontecimentos cardiovasculares ou cerebrovasculares graves, incluindo AVC quando foram administrados AEE para alcançar uma hemoglobina superior a 12 g/dl (7,5 mmol/l). Ensaios clínicos controlados não demonstraram benefícios significativos atribuíveis à administração de epoetinas quando a concentração de hemoglobina aumenta para além do nível necessário para controlar os sintomas da anemia e para evitar transfusões sanguíneas. Os valores da hemoglobina devem ser medidos de forma regular até se atingir um valor estável e, posteriormente, de forma periódica. A taxa de aumento em hemoglobina deverá ser aproximadamente de 1 g/dl (0,62 mmol/l) por mês e não deverá exceder 2 g/dl (1,25 mmol/l) por mês para minimizar o risco de desenvolvimento ou agravamento de hipertensão. Os doentes com insuficiência renal crónica tratados com Retacrit por via subcutânea devem ser monitorizados regularmente quanto à perda de eficácia, definido como ausência ou diminuição de resposta ao tratamento de Retacrit nos doentes que responderam previamente a esta terapia. Isto caracteriza-se por uma diminuição constante dos níveis de hemoglobina, apesar do aumento da dose de Retacrit. Alguns doentes com intervalos de dosagem mais alargados (superiores a uma vez por semana) de epoetina podem não manter níveis adequados de hemoglobina (ver secção 5.1) e podem requerer um aumento na dose de epoetina. Os níveis de hemoglobina devem ser monitorizados regularmente. Deve ter-se precaução com o aumento gradual das doses de Retacrit em doentes com insuficiência renal crónica, uma vez que doses cumulativas elevadas de epoetina podem estar associadas a um aumento do risco de mortalidade, acontecimentos cardiovasculares e cerebrovasculares graves. Em doentes com uma resposta fraca da hemoglobina ao Retacrit, explicações alternativas para a fraca resposta devem ser consideradas (ver secções 4.2 e 5.1). A falta de resposta à terapêutica com eritropoetina deve levar a uma procura dos factores causais. Estes incluem: deficiência em ferro, folato, ou Vitamina B12; intoxicação por alumínio; infecções intercorrentes; episódios inflamatórios ou traumáticos; perda de sangue oculta; hemólise e fibrose da medula óssea de qualquer origem. Foram notificados muito raramente, casos de AEP (Aplasia Eritróide Pura) mediada por anticorpos em doentes com insuficiência renal crónica com eritropoetina administrada por via subcutânea. Em doentes que desenvolvam uma falta de eficácia súbita, definida por uma diminuição na hemoglobina (1-2 g/dl por mês) com uma maior necessidade de transfusões, deve efectuar-se uma contagem reticulocitária e as causas típicas para a falta de resposta (p.ex. deficiência em ferro, folato, ou vitamina B12, intoxicação por alumínio, infecção ou inflamação, perda de sangue e hemólise) devem ser investigadas. Se não for identificada uma causa, deve ser considerado um exame da medula óssea para o diagnóstico da AEP. 81 Se for diagnosticada AEP, a terapêutica com Retacrit deve ser interrompida imediatamente e deve considerar-se efectuar um teste aos anticorpos anti-eritropoetina. Os doentes não devem ser transferidos para outro medicamento pois os anticorpos anti-eritropoetina apresentam reactividade cruzada com outras eritropoetinas. Devem ser excluídas ooutras causas de AEP e deve ser instituída uma terapêutica apropriada. Recomenda-se a monitorização da contagem reticulocitária de forma regular para detectar possível ocorrência de falta de eficácia em doentes com insuficiência renal crónica. Observou-se hipercalemia em casos isolados. Em doentes com insuficiência renal crónica, a correcção da anemia pode conduzir a aumento do apetite, e a uma maior ingestão de potássio e proteínas. As prescrições de diálises podem ter de ser ajustadas periodicamente para manter a ureia, a creatinina e o potássio dentro dos valores desejados. Os electrólitos séricos devem ser monitorizados em doentes com insuficiência renal crónica. Se for detectado um nível sérico de potássio elevado (ou crescente), deve considerar-se suspender a administração de eritropoetina até à normalização da hipercalemia. Durante o tratamento com eritropoetina, é frequentemente requerido um aumento da dose de heparina, durante a hemodiálise, devido ao aumento do hematócrito. Se a heparinização não for óptima pode ocorrer a oclusão do sistema de diálise. Com base em informações disponíveis à data, a correcção da anemia com eritropoetina em doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise não acelera a taxa de progressão da insuficiência renal. Doentes adultos com neoplasia e anemia sintomática a receber quimioterapia Em doentes com neoplasia a receber quimioterapia, o atraso de 2-3 semanas entre a administração de eritropoetina e o aparecimento de glóbulos vermelhos induzidos pela eritropoetina deve considerado ao avaliar se a terapêutica com Retacrit é apropriada (doente em risco de transfusão). Os valores da hemoglobina devem ser monitorizados de perto até se atingir um valor estável e, posteriormente, de forma periódica. Caso a taxa de aumento na hemoglobina exceda 2 g/dl (1,25 mmol/l) por mês ou o valor da hemoglobina exceda 12 g/dl (7,5 mmol/l), o ajuste da dose detalhado na secção 4.2 deve ser executado cuidadosamente para minimizar o risco de acontecimentos trombóticos (ver secção 4.2). Como se observou um aumento na incidência episódios vasculares trombóticos (EVT) em doentes com neoplasia a receber agentes eritropoéticos (ver secção 4.8), este risco deve ser ponderado cuidadosamente face ao benefício a ser obtido do tratamento (com Retacrit), particularmente em doentes com neoplasia com um aumento do risco de episódios vasculares trombóticos, tais como obesidade e doentes com uma história clínica de EVT (p.ex. trombose venosa profunda ou Embolia pulmonar). Doentes cirúrgicos adultos num programa de doação prévia de sangue autólogo Todas as advertências e precauções especiais associadas aos programas de doação prévia de sangue autólogo, especialmente a substituição de volume de rotina, devem ser respeitadas. Potencial crescimento do tumor As epoetinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção dos eritrócitos. Os receptores da eritropoetina podem expressar-se na superfície de várias células tumorais. Como sucede com todos os factores de crescimentos, existe a preocupação de que as epoetinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de malignidade. Em vários estudos controlados, as epoetinas não revelaram aumentar a sobrevivência global ou reduzir o risco de progressão do tumor em doentes com anemia associada a neoplasia. 82 Vários ensaios clínicos controlados em doentes com várias neoplasias frequentes, incluindo a neoplasia da cabeça e pescoço, neoplasia do pulmão e neoplasia da mama, aos quais foram administradas epoetinas, revelaram um aumento inexplicado da mortalidade. Em estudos clínicos controlados, a utilização de epoetina alfa e de outros agentes estimuladores da eritropoiese (AEE) demonstraram: • tempo reduzido para a progressão do tumor em doentes com cancro avançado da cabeça e do pescoço submetidos a radioterapia quando administradas para alcançar uma hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l), • sobrevivência geral reduzida e aumento do número de mortes atribuídos à progressão da doença aos 4 meses em doentes com cancro da mama metastático submetidos a quimioterapia quando administradas para alcançar uma hemoglobina de 12-14 g/dl (7,5-8,7 mmol/l), • aumento do risco de morte quando administradas para alcançar uma hemoglobina de 12 g/dl (7,5 mmol/l) em doentes com malignidade activa que não estejam a ser submetidos a quimioterapia nem radioterapia. Os AEE não estão indicados para a utilização nesta população de doentes. Face ao acima descrito, em certas situações clínicas, a transfusão de sangue deve ser o tratamento preferencial para o tratamento da anemia em doentes com cancro. A decisão de administrar eritropoietinas recombinantes deve-se basear numa avaliação do risco/benefício com a participação do doente individual, que deve ter em conta o contexto clínico específico. Os factores que devem ser considerados nesta avaliação devem incluir o tipo de tumor e a sua fase, o grau de anemia, a esperança de vida, o ambiente em que o doente está a ser tratado e a preferência do doente (ver secção 5.1) Este medicamento contém fenilalanina que pode ser prejudicial para indivíduos com fenilcetonúria. Este medicamento contém menos de 1 mmol de sódio (23 mg) por dose, ou seja, é praticamente “isento de sódio”. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Não existem provas que indiquem que o tratamento com eritropoetina altere o metabolismo de outros medicamentos. Contudo, visto que a ciclosporina se liga através dos eritrócitos, existe potencial para interacções com outros medicamentos. Se a eritropoetina for administrada concomitantemente com a ciclosporina, os níveis séricos da ciclosporina devem ser monitorizados e a dose ciclosporina ajustada à medida que o hematócrito aumenta. Não existe evidência que indique uma interacção entre a epoetina alfa e G-CSF ou GM-CSF em relação à diferenciação hematológica ou proliferação in vitro de tecido tumoral obtido por biopsia. 4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento Não existem estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Os estudos em animais revelaram toxicidade reprodutiva (ver secção 5.3). Não é sabido se a epoetina zeta exogena é excretada no leite materno. Por conseguinte, deve utilizar-se a eritropoetina durante a gravidez e o aleitamento apenas se o benefício potencial compensar o risco potencial para o feto. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Os efeitos de Retacrit sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas são nulos ou desprezíveis. 4.8 Efeitos indesejáveis Sumário do perfil de segurança. Os dados provenientes de estudos clínicos com Retacrit estão em linha com o perfil de segurança de outra eritropoetinas autorizadas. Com base nos resultados dos estudos clínicos com outras 83 eritropoetinas autorizadas, aproximadamente 8% dos doentes tratados com eritropoetina poderão apresentar reacções adversas. As reacções adversas, durante o tratamento com eritropoetina, são observados, predominantemente, em doentes com insuficiência renal crónica ou malignidade subjacente; e são mais frequentemente cefaleias e aumento na pressão arterial, dependente da dose. Podem ocorrer crises hipertensivas com sintomas do tipo encefalopatia. Deve ser dada atenção ao aparecimento súbito de cefaleias graves tipo enxaqueca como um possível sinal de alarme. Foi notificada congestão do tracto respiratório, que inclui eventos de congestão do tracto respiratório superior, congestão nasal e nasofaringite em estudos com intervalo de dosagem alargada em doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise. Foram notificados acontecimentos trombóticos/vasculares, tais como isquémia do miocárdio, enfarte do miocárdio, acidentes vasculares cerebrais (hemorragia cerebral e enfarte cerebral), crises isquémicas transitórias, trombose venosa profunda, trombose arterial, embolia pulmonar, aneurismas, trombose da retina e coagulação de um rim artificial em doentes a receberem agentes eritropoiéticos. Foi notificada eritroblastopenia (AEP) mediada por anticorpos após meses a anos de tratamento com epoetina alfa. Na maioria destes doentes, foram observados anticorpos anti-eritropoietinas (ver secções 4.3 e 4.4). Lista tabelada das reacções adversas Nesta secção as frequências das reacções adversas são definidos da seguinte forma: muito frequentes (≥1/10), frequentes (≥1/100, <1/10), pouco frequentes (≥1/1.000, <1/100), raros (≥1/10.000, <1/1.000), muito raros (<1/10.000), desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis) Dentro de cada grupo de frequência, as reacções adversas devem ser apresentados por ordem decrescente de gravidade. As frequências podem variar dependendo da indicação. CSO Doenças do sangue e do sistema linfático Frequência Muito raro Desconhecido Doenças do sistema imunitário Raro Muito raro Muito frequentes Doenças do sistema nervoso Frequentes Pouco frequentes Desconhecido Afecções oculares Cardiopatias Desconhecido Desconhecido Vasculopatias Frequentes Desconhecido 84 Efeito Adverso Trombocitose (ver secção 4.4) eritroblastopenia (AEP) mediada por anticorpos Reacções de hipersensibilidade Reacção anafiláctica Tonturas (doentes com insuficiência renal crónica) Cefaleias (doentes com cancro) Acidente Vascular Cerebral Tonturas (doentes com cancro) Cefaleias (doentes com com insuficiência renal crónica) Hemorragia cerebral Ataques isquémicos transitórios Enfarte cerebral Encefalopatia hipertensiva Trombose na retina Enfarte do miocárdio Isquémia do miocárdio Trombose em veias profundas (doentes com cancro) Aumento da pressão sanguínea Aneurisma Trombose arterial Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino Frequentes Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos Frequente Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos Perturbações gerais e alterações no local de administração Pouco frequente Desconhecido Muito raro Desconhecido Muito frequentes Frequentes Muito frequentes Frequentes Complicações de intervenções relacionadas com lesões e intoxicações Frequentes Trombose em veias profundas (doentes com insuficiência renal crónica) Crise hipertensiva Embolismo pumonar (doentes com cancro) Congestão do trato respiratório Embolismo pumonar (doentes com cancro) Erupções cutâneas não específicas Angioedema Prúrido Dores nas articulações (doentes com insuficiência renal) Dores nas articulações (doentes com cancro) Sintomas gripais (doentes com insuficiência renal) Sensação de fraqueza (doentes com insuficiência renal) Sensação de cansaço (doentes com insuficiência renal) Sintomas gripais (doentes com cancro) Sensação de fraqueza (doentes com cancro) Sensação de cansaço (doentes com cancro) Coagulação de um rim artificial Doentes adultos e pediátricos em hemodiálise, doentes adultos em diálise peritoneal e doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise A reacção adversa mais frequente durante o tratamento com epoetina alfa é um aumento dependente da dose da tensão arterial ou um agravamento da hipertensão existente. Estes aumentos na tensão arterial podem ser tratados com medicamentos. Além disso, recomenda-se a monitorização da tensão arterial particularmente no início do tratamento. Também ocorreram as seguintes reacções em doentes isolados com tensão arterial normal ou baixa: crises hipertensivas com sintomas do tipo encefalopatia (p. ex., cefaleias e estado de confusão) e convulsões tónico-clónicas generalizadas, necessitando de cuidados médicos imediatos e tratamento intensivo. Deve ser dada particular atenção ao aparecimento súbito de cefaleias graves tipo enxaqueca como um possível sinal de alerta. Pode ocorrer trombose do shunt, especialmente em doentes com tendência para hipotensão ou com complicações da fístula arteriovenosa (p. ex., estenoses, aneurismas, etc.). Nestes doentes recomendase a revisão precoce do shunt e a profilaxia da trombose através da administração de ácido acetilsalicílico, por exemplo. Doentes oncológicos adultos com anemia sintomática em quimioterapia Pode ocorrer hipertensão em doentes tratados com epoetina alfa. Consequentemente, a hemoglobina e a tensão arterial devem ser cuidadosamente monitorizadas. 85 Foi observado um aumento da incidência dos acontecimentos vasculares trombóticos (ver secção 4.4 e secção 4.8 - Gerais) em doentes tratados com agentes eritropoiéticos. Doentes cirúrgicos Independentemente do tratamento com eritropoetina, podem ocorrer acontecimentos trombóticos e vasculares em doentes cirúrgicos com doença cardiovascular subjacente após flebotomia repetida. Portanto, deve efectuar-se a substituição de volume de rotina nesses doentes. Em doentes com valores basais de hemoglobina > 13g/dl , não pode ser excluída a possibilidade de que o tratamento com Retacrit possa estar associado a um aumento do risco de eventos trombóticos/vasculares pós-cirurgia. Notificação de suspeitas de reações adversas A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas de reações adversas através do sistema nacional de notificação mencionado no Apêndice V. 4.9 Sobredosagem A margem terapêutica da eritropoetina é muito larga. A sobredosagem de eritropoetina pode produzir efeitos que são prolongamentos dos efeitos farmacológicos da hormona. Pode efectuar-se a flebotomia se ocorrerem valores da hemoglobina excessivamente altos. Deve ser fornecido cuidado de apoio adicional conforme for necessário. 5. 5.1 PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS Propriedades farmacodinâmicas Grupo farmacoterapêutico: Outras preparações antianémicas, eritropoetina Código ATC: B03XA01 Retacrit é um medicamento biológico similar. Está disponível informação pormenorizada no sítio da Agência Europeia de Medicamentos http://www.ema.europa.eu Efeitos farmacodinâmicos A eritropoetina é uma glicoproteína que estimula, como um factor estimulante das mitoses e como hormona diferenciadora, a formação de eritrócitos a partir de precursores do compartimento da célula estaminal. O peso molecular aparente da eritropoetina é de 32 000-40 000 Dalton. A metade proteica da molécula contribui para cerca de 58% do peso molecular total e é composta por 165 aminoácidos. As quatro cadeias de hidratos de carbono estão ligadas à proteína através de três ligações N-glicosídeas e uma ligação O-glicosídea. A epoetina zeta é idêntica, na sua composição em aminoácidos e em hidratos de carbono, à eritropoetina humana endógena isolada da urina de doentes anémicos. A eficácia biológica da eritropoetina foi demonstrada em vários modelos animais in vivo (rato normal e rato anémico, ratinho policitémico). Após a administração da eritropoetina, o número de eritrócitos, os valores de hemoglobina e a contagem reticulocitária, bem como a taxa de incorporação de 59Fe, aumentam. Após incubação das células eritróides nucleadas do baço (cultura de células de baço de ratinho) com epoetina beta, detectou-se um aumento da incorporação da timidina tritiada (3H-timidina) in vitro. Poderia demonstrar-se com a ajuda de células humanas de medula óssea que a eritropoetina estimula 86 especificamente a eritropoiese, não afectando a leucopoiese. Não foi detectada acção citotóxica da eritropoetina em células da medula óssea. Como sucede com outros factores de crescimentos hematopoéticos, a eritropoetina demonstrou propriedades estimulantes in vitro em células endoteliais humanas. Doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise Em 2 estudos com intervalo de dosagem alargada de eritropoetina (3 vezes por semana, uma vez por semana, uma vez em cada 2 semanas e uma vez em cada 4 semanas) alguns doentes com intervalos de dosagem mais longos não mantiveram níveis de hemoglobina adequados e alcançaram o critério de retirada de hemoglobina definido no protocolo (0% nos grupos de uma vez por semana, 3,7% nos grupos de uma vez em cada 2 semanas e 3,3% nos grupos de uma vez em cada 4 semanas). Eficácia clínica e segurança 721 doentes com neoplasia a receber quimioterapia sem platina foram incluídos em três estudos controlados com placebo, 389 doentes com neoplasias hematológicas (221 mielomas múltiplos, 144 linfoma não-Hodgkin e 24 outras neoplasias hematológicas) e 332 com tumores sólidos (172 da mama, 64 ginecológicos, 23 do pulmão, 22 da próstata, 21 gastrointestinais, e 30 outros tipos de tumor). Em dois grandes estudos, em aberto, 2 697 doentes com neoplasia a receber quimioterapia sem platina foram incluídos, 1 895 com tumores sólidos (683 da mama, 260 do pulmão, 174 ginecológicos, 300 gastrointestinais e 478 outros tipos de tumor) e 802 com neoplasias hematológicas. Num estudo prospectivo, aleatório, com ocultação dupla, controlado com placebo, conduzido em 375 doentes anémicos com várias neoplasias não-mielóides a receber quimioterapia sem platina, verificouse uma redução significativa de sequelas relacionadas com a anemia (p.ex. fadiga, diminuição da energia e redução da actividade), medidas pelos instrumentos e escalas seguintes: escala geral de Avaliação Funcional de Terapia da Neoplasia-Anemia (FACT-An), escala de fadiga FACT-An e Escala Linear Analógica da Neoplasia (CLAS). Dois outros estudos mais pequenos, aleatórios, controlados com placebo, não demonstraram uma melhoria significativa nos parâmetros de qualidade de vida na escala EORTC-QLQ-C30 ou CLAS, respectivamente. A eritropoetina é um factor de crescimento que estimula principalmente a produção dos eritrócitos. Os receptores da eritropoetina podem expressar-se na superfície de várias células tumorais. A sobrevivência e a progressão tumoral foram examinadas em cinco grandes estudos controlados envolvendo um total de 2 833 doentes, dos quais quatro foram estudos duplamente cegos controlados com placebo e um foi um estudo aberto. Os estudos recrutaram doentes que estavam a ser tratados com quimioterapia (dois estudos) ou utilizaram populações de doentes nas quais os agentes estimuladores da eritropoiese não estavam indicados: anemia em doentes com cancro que não estavam submetidos a quimioterapia e doentes com cancro da cabeça e do pescoço submetidos a radioterapia. A concentração de hemoglobina pretentida em dois estudos foi de > 13 g/dl; nos restantes três estudos esta foi de 12-14 g/dl. No estudo aberto não houve diferença na sobrevivência geral entre os doentes tratados com a eritropoietina humana recombinante e os controlos. Nos quatro estudos controlados com placebo, as taxas de risco da sobrevivência geral foram de 1,25 e 2,47 a favor dos controlos. Estes estudos demonstraram uma mortalidade excessiva consistente inexplicada e estatisticamente significativa em doentes com anemia associada a vários cancros vulgares que receberam eritropoietina humana recombinante comparativamente aos controlos. O resultado da sobrevivência geral nos ensaios não conseguiu ser explicado de modo satisfatório pelas diferenças na incidência da trombose e das complicações relacionadas entre os doentes aos quais foi administrada a eritropoietina humana e os doentes no grupo de controlo. Também foi realizada uma análise sistemática envolvendo mais de 9000 doentes com cancro que participaram em 57 ensaios clínicos. A meta-análise dos dados de sobrevivência geral produziu uma estimativa pontual da razão de perigo de 1,08 a favor dos controlos (95% IC: 0,99; 1,18; 42 ensaios e 8 167 doentes). Foi observado um aumento do risco relativo de acontecimentos tromboembólicos (RR 1,67; 95% IC: 1,35; 2,06; 35 ensaios e 6 769 doentes) em doentes tratados com eritropoietina humana recombinante. Existe um aumento do risco de acontecimentos tromboembólicos em doentes com 87 cancro tratados com eritropoietina humana recombinante e não se pode excluir um impacto negativo na sobrevivência geral. A extensão da possível aplicação destes resultados à administração da eritropoietina humana recombinante a doentes com cancro, tratados com quimioterapia para alcançarem concentrações de hemoglobina inferiores a 13 g/dl, está por clarificar uma vez que foram incluídos poucos doentes com estas características nos dados analisados . Foi efectuada uma análise dos dados individuais dos doentes em mais de 13.900 doentes com cancro (quimio-, rádio-, quimioradio-, ou sem terapia) que participaram em 53 ensaios clínicos controlados envolvendo várias epoetinas. A meta-análise dos dados de sobrevivência geral conduziram a uma taxa de risco estimado de 1,06 favorável ao controle (IC 95%: 1,00; 1,12; 53 ensaios clínicos e 13.933 doentes) e para os doentes com cancro recebendo quimioterapia, a Hazard ratio de sobrevivência geral foi de 1,04 (IC 95%: 0,97; 1,11; 38 ensaios e 10.411 doentes). A meta-análise também indicou um aumento consistente e significativo do risco relativo de acontecimentos trombóides nos doentes com cancro recebendo eritropoeitina humana recombinante (ver secção 4.4). Num estudo randomizado, duplamente oculto, controlado por placebo com 4.037 doentes com insuficiência renal crónica, não em diálise, com diabetes tipo 2, e níveis de hemoglobina ≤ 11 g/dl, os doentes receberam tratamento com darbepoetina alfa para obter níveis de hemoblogina de 13 g/dl ou com placebo (ver secção 4.4). O estudo não cumpriu o seu objectivo primário de demonstração da redução do risco para todas as causas de mortalidade, morbilidade cardiovascular, ou doença renal em fase final (DRFF). A análise dos components dos marcadores finais compostos dos indíviduos mostraram as seguintes HR (IC 95%): morte 1,05 (0,92; 1,21), AVC 1,92 (1,38; 2,68), falha cardíaca congestiva (FCC) 0,89 (0,74; 1,08), enfarte do miocárdio (EM) 0,96 (0,75; 1,23), hospitalização por isquémia do miocárdio 0,84 (0,55; 1,27), DRFF 1.02 (0.87, 1.18). Foram realizadas análises subsequentes agrupadas dos estudos clínicos de AEEs em doentes com IRC (em doentes dialisados, não dialisados, diabéticos e não diabéticos). Foi observado a tendência para o aumento da estimativa do risco para todas as causas de mortalidade, acontecimentos cardiovasculares e cerebrovasculares associados a doses cumulativas elevadas de AEE independentes do estado de diabetes ou diálise (ver secções 4.2 e 4.4). 5.2 Propriedades farmacocinéticas Por via intravenosa A medição da eritropoetina após a administração de várias doses por via intravenosa revelou uma semi-vida de aproximadamente 4 horas em voluntários normais e uma semi-vida ligeiramente mais prolongada em doentes com insuficiência renal, aproximadamente 5 horas. Foi notificada uma semi-vida de aproximadamente 6 horas em crianças. Por via subcutânea Após a injecção subcutânea, os níveis séricos da eritropoetina são muito inferiores aos níveis atingidos após a injecção IV, os níveis aumentam lentamente e atingem um pico entre 12 e 18 horas após a dose. O pico fica sempre muito abaixo do pico que se atinge utilizando a via IV (aproximadamente 1/20 do valor). Não existe acumulação: os níveis permanecem os mesmos, quer sejam determinados 24 horas após a primeira injecção ou 24 horas após a última injecção. A semi-vida é difícil de avaliar para a via subcutânea e estima-se cerca de 24 horas. A biodisponibilidade da eritropoetina injectável por via subcutânea é muito inferior à do medicamento por via intravenosa: aproximadamente 20%. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em alguns estudos toxicológicos pré-clínicos em cães e ratos, mas não em macacos, a terapêutica com eritropoetina esteve associada a fibrose da medula óssea subclínica (a fibrose da medula óssea é uma complicação conhecida da insuficiência renal crónica no Homem e pode estar relacionada com hiperparatiroidismo secundário ou factores desconhecidos. A incidência de fibrose da medula óssea não aumentou num estudo de doentes em hemodiálise que foram tratados com eritropoetina durante 3 88 anos comparativamente com um grupo de controlo equiparado de doentes em diálise que não foram tratados com eritropoetina). Em estudos em animais, demonstrou-se que a eritropoetina diminui o peso corporal fetal, atrasa a ossificação e aumenta a mortalidade fetal quando administrada em doses semanais de aproximadamente 20 vezes a dose semanal recomendada no Homem. Estas alterações são interpretadas como secundárias relativamente à diminuição do ganho de peso corporal materno. A eritropoetina não demonstrou quaisquer alterações nos testes bacterianos e de mutagenicidade da cultura celular em mamíferos e num teste de micronúcleo in vivo em ratinhos. Não foram efectuados estudos de carcinogenicidade a longo prazo. Existem relatórios contraditórios na literatura relativamente a se a eritropoetina pode desempenhar um papel importante como proliferadora de tumores. Estes relatórios baseiam-se em resultados in vitro de amostras de tumores humanos, mas o seu significado é incerto na situação clínica. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1 Lista dos excipientes Fosfato dissódico di-hidratado Fosfato monossódico di-hidratado Cloreto de sódio Cloreto de cálcio di-hidratado Polissorbato 20 Glicina Leucina Isoleucina Treonina Ácido glutâmico Fenilalanina Água para preparações injectáveis Hidróxido de sódio (regulador de pH) Ácido clorídrico (regulador de pH) 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de compatibilidade, este medicamento não deve ser misturado com outros medicamentos. 6.3 Prazo de validade 30 meses 6.4 Precauções especiais de conservação Conservar no frigorífico (2°C - 8°C). Não congelar. Manter a seringa pré-cheia dentro da embalagem exterior para proteger da luz. Durante a utilização em ambulatório, o doente pode retirar o medicamento do frigorífico e armazenálo à temperatura ambiente (não superior a 25°C), por um período único até 3 dias. 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente 0,5 ml de solução injectável em seringa pré-cheia de vidro do tipo I com uma agulha fixa em aço e um êmbolo com revestimento PTFE com ou sem proteção de agulha. 89 Cada embalagem contém 1 ou 6 seringas pré-cheias. É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações. 6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento Instruções de manuseamento para Retacrit: 1. Após retirar uma seringa da embalagem blister, verifique a solução se apresenta límpida, incolor e praticamente isenta de partículas visíveis. 2. Retire a tampa de protecção da agulha da seringa e o ar é expelido da seringa e da agulha segurando a seringa na vertical e pressionando suavemente o êmbolo para cima. 3. A seringa está agora pronta a usar. Retacrit não deve ser usado se • o selo do estiver quebrado ou se o blister estiver danificado de alguma forma • o líquido estiver colorido ou conseguir ver partículas a flutuar nele • qualquer líquido tiver derramado da seringa pré-cheia ou se for visível condensação dentro do blister selado • tiver sido congelado acidentalmente Este medicamento destina-se apenas a uma administração. Não agitar. Os medicamentos não utilizados ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Hospira UK Limited Horizon Honey Lane Hurley Maidenhead SL6 6RJ Reino Unido 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/07/431/009 seringa pré-cheia EU/1/07/431/010 seringa pré-cheia EU/1/07/431/034 seringa pré-cheia com protecção de agulha EU/1/07/431/035 seringa pré-cheia com protecção de agulha 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Data da primeira autorização: 18 de Dezembro de 2007 Data da última renovação: 15 de novembro de 2012 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO 90 A informaçãoo detalhada sobre este medicamento está disponível na página da European Medicines Agency http://www.ema.europa.eu. 91 1. NOME DO MEDICAMENTO Retacrit 6 000 UI/0,6 ml solução injectável em seringa pré-cheia 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Uma seringa pré-cheia com 0,6 ml de solução injectável contém 6 000 unidades internacionais (UI) de epoetina zeta* (eritropoetina humana recombinante). A solução contém 10 000 UI de epoetina zeta por ml. *Produzida por tecnologia de ADN recombinante na linhagem celular de ovário de hamster chinês (CHO). Excipiente com efeito conhecido Cada seringa pré-cheia contém 0,30 mg de fenilalanina. Para a lista completa de excipientes, ver secção 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em seringa pré-cheia. Solução incolor e límpida. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia sintomática associada a insuficiência renal crónica (IRC) em doentes adultos e pediátricos: o Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em doentes adultos e pediátricos em hemodiálise e doentes adultos em diálise peritoneal (ver secção 4.4). o Tratamento da anemia grave de causa renal acompanhada de sintomas clínicos em doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise (ver secção 4.4). − Tratamento da anemia e redução dos requisitos de transfusão em doentes adultos a receber quimioterapia para tumores sólidos, linfoma maligno ou mieloma múltiplo, e em risco de transfusão conforme a avaliação do estado geral do doente (p.ex. estado cardiovascular, anemia prévia no início da quimioterapia). − Pode utilizar-se Retacrit para aumentar a colheita de sangue autólogo em doentes num programa de doação prévia. A sua utilização nesta indicação deve ser ponderada face ao risco de ocorrência de acontecimentos tromboembólicos notificado. O tratamento só deve ser administrado a doentes com anemia moderada (sem deficiência em ferro), se não estiverem disponíveis processos de conservação de sangue ou se estes forem insuficientes quando uma cirurgia electiva programada importante requerer um grande volume de sangue (4 ou mais unidades de sangue na mulher ou 5, ou mais unidades, no homem). − Retacrit pode ser utilizado para reduzir a exposição à transfusão sanguínea alogénica em adultos sem deficiência de ferro, antes de cirurgia electiva ortopédica major, que tenham um elevado um risco elevado para complicações associadas a transfusões. O seu uso deve ser restrito a doentes adultos com anemia moderada (ex. hemoglobina 10-13 g/dl) que não tenham disponível um programa de pré-doação autólogo e em que é previsível uma perda moderada de sangue (900 a 1 800 ml). 4.2 Posologia e modo de administração 92 O tratamento com Retacrit tem de ser iniciado sob a supervisão de médicos com experiência na gestão de doentes com as indicações acima mencionadas. Posologia Tratamento da anemia sintomática em doentes insuficientes renais crónicos adultos e pediátricos Retacrit deve ser administrado por via subcutânea ou por via intravenosa. A concentração de hemoglobina pretendida situa-se entre 10 e 12 g/dl (6,2-7,5 mmol/l), excepto em doentes pediátricos nos quais a concentração de hemoglobina se deverá situar entre 9,5 e 11 g/dl (5,96,8 mmol/l). Não se deve exceder o limite superior da concentração de hemoglobina a atingir. Os sintomas e as sequelas da anemia podem variar com a idade, o sexo e a carga geral da doença, sendo necessária a avaliação por parte de um médico do estado clínico e da condição de cada doente. Retacrit deve ser administrado por via subcutânea ou por via intravenosa a fim de aumentar a hemoglobina para valores não superiores a 12 g/dl (7,5 mmol/l). Devido à variabilidade intra-doente, pode observar-se ocasionalmente valores de hemoglobina superiores e inferiores ao nível de hemoglobina desejado num doente individual. A variabilidade da hemoglobina deve ser resolvida através da gestão da dose, tendo em consideração o intervalo de hemoglobina pretentida de 10 g/dl (6,2 mmol/l) a 12 g/dl (7,5 mmol). Devem ser evitados valores de hemoglobina que se mantenham superiores a 12 g/dl. As recomendações para o ajuste adequado da dose quando se observam valores de hemoglobina superiores a 12 g/dl (7,5 mmol/l) estão descritas abaixo. Deve ser evitado um aumento do valor de hemoglobina superior a 2 g/dl (1,25 mmol/l) num período de quatro semanas. Caso ocorra, o ajuste de dose apropriado deverá ser efectuado. Os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados para assegurar que é utilizada a dose efetiva mais baixa aprovada de Retacrit, para o controlo adequado dos sintomas da anemia enquanto se mantém uma concentração de hemoglobina inferior ou igual a 12 g/dl (7,5 mmol/l). Deve ter-se precaução com o aumento gradual das doses de Retacrit em doentes com insuficiência renal crónica. Em doentes com uma resposta fraca da hemoglobina ao Retacrit, explicações alternativas para a fraca resposta devem ser consideradas (ver secções 4.4 e 5.1). Em doentes com insuficiência renal crónica e cardiopatia isquémica ou insuficiência cardíaca congestiva clinicamente evidentes, a concentração de hemoglobina de manutenção não deverá exceder o limite superior da concentração de hemoglobina a atingir. Doentes adultos em hemodiálise Retacrit deve ser administrado por via subcutânea ou por via intravenosa O tratamento divide-se em duas fases: 1. Fase de correcção: 50 UI/kg 3 vezes por semana. Quando for necessário um ajuste da dose, este deve ser feito em etapas de, pelo menos, quatro semanas. Em cada etapa, o aumento ou redução da dose deve ser de 25 UI/kg 3 vezes por semana. 2. Fase de manutenção: Ajuste da dose para manter os valores da hemoglobina (Hb) no nível desejado: Hb entre 10 e 12 g/dl (6,2-7,5 mmol/l). A dose total semanal recomendada situa-se entre 75 e 300 UI/kg. Os dados clínicos disponíveis sugerem que aqueles doentes cuja hemoglobina inicial é muito baixa (< 6 g/dl ou < 3,75 mmol/l) podem necessitar de doses de manutenção mais altas do que aqueles cuja anemia inicial é menos grave (Hb > 8 g/dl ou > 5 mmol/l). Doentes pediátricos em hemodiálise 93 O tratamento divide-se em duas fases: 1. Fase de correcção: 50 UI/kg 3 vezes por semana por via intravenosa. Quando for necessário um ajuste da dose, este deve ser feito em etapas de 25 UI/kg, 3 vezes por semana em intervalos de, pelo menos, 4 semanas até o objectivo pretendido ser atingido. 2. Fase de manutenção: Ajuste da dose para manter os valores da hemoglobina (Hb) no nível desejado: Hb entre 9,5 e 11 g/dl (5,9-6,8 mmol/l). Geralmente, as crianças e adolescentes com menos de 30 kg de peso necessitam de doses de manutenção mais altas do que as crianças com mais de 30 kg e os adultos. As seguintes doses de manutenção foram observadas em estudos clínicos após 6 meses de tratamento. Peso (kg) < 10 10-30 > 30 Dose (UI/kg administrada 3 vezes por semana) Mediana Dose de manutenção habitual 100 75-150 75 60-150 33 30-100 Os dados clínicos disponíveis sugerem que aqueles doentes cuja hemoglobina inicial é muito baixa (< 6,8 g/dl ou < 4,25 mmol/l) podem necessitar de doses de manutenção mais altas do que aqueles cuja hemoglobina inicial é superior a > 6,8 g/dl ou > 4,25 mmol/l. Doentes adultos em diálise peritoneal Retacrit deve ser administrado por subcutânea ou por via intravenosa. O tratamento divide-se em duas fases: 1. Fase de correcção: A dose inicial é de 50 UI/kg 2 vezes por semana. 2. Fase de manutenção: Ajuste da dose para manter os valores da hemoglobina (Hb) no nível desejado: (Hb entre 10 e 12 g/dl (6,2-7,5 mmol/l). Dose de manutenção entre 25 e 50 UI/kg 2 vezes por semana em 2 doses iguais. Doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise Retacrit deve ser administrado por subcutânea ou por via intravenosa. O tratamento divide-se em duas fases: 1. Fase de correcção: A dose inicial é de 50 UI/kg 3 vezes por semana, por via intravenosa, seguida, se necessário, por um aumento da dose com incrementos de 25 UI/kg (3 vezes por semana) até o objectivo pretendido ser atingido (isto deve ser feito em etapas de, pelo menos, quatro semanas). 2. Fase de manutenção: Durante a fase de manutenção, o Retacrit pode ser administrado 3 vezes por semana e em caso de administração subcutânea, uma vez por semana ou uma vez em cada 2 semanas. Deve ser realizado o ajuste apropriado da dose e dos intervalos da dose para manter os valores da hemoglobina (Hb) no nível desejado: Hb entre 10 e 12 g/dl (6,2-7,5 mmol/l). Uma extensão dos intervalos da dose pode requerer um aumento da dose. A dosagem máxima não deverá exceder 150 UI/Kg 3 vezes por semana, 240 UI/Kg (até um máximo de 20 000 UI) uma vez por semana ou 480 UI/Kg (até um máximo de 40 000 UI) uma vez em cada 2 semanas. Tratamento de doentes com anemia induzida por quimioterapia Retacrit deve ser administrada por via subcutânea a doentes com anemia (p. ex., concentração de hemoglobina ≤ 10 g/dl (6,2 mmol/l). Os sintomas e as sequelas da anemia podem variar com a idade, o 94 sexo e a carga geral da doença; sendo necessária a avaliação por parte de um médico do estado clínico e da condição de cada doente. Devido à variabilidade intra-doente, pode observar-se ocasionalmente valores de hemoglobina superiores e inferiores ao nível de hemoglobina desejado num doente individual. A variabilidade da hemoglobina deve ser resolvida através da gestão da dose, tendo em consideração o intervalo de hemoglobina pretentida de 10 g/dl (6,2 mmol/l) a 12 g/dl (7,5 mmol). Deve ser evitado que o nível de hemoglobina se mantenha superior a 12 g/dl (7,5 mmol/l), sendo de seguida fornecida uma orientação para o ajuste adequado da dose para os casos em que se observam valores de hemoglobina que excedam 12 g/dl (7,5 mmol/l). Os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados para assegurar que é utilizada a dose mais baixa aprovada de Retacrit, para o controlo adequado dos sintomas da anemia. A terapêutica com Retacrit deve continuar até um mês após o final da quimioterapia. A dose inicial é de 150 UI/kg administrada por via subcutânea 3 vezes por semana. Em alternativa, pode administrar-se Retacrit com uma dose inicial de 450 UI/kg por via subcutânea uma vez por semana. Se a hemoglobina aumentou, pelo menos, 1 g/dl (0,62 mmol/l) ou a contagem reticulocitária aumentou ≥ 40 000 células/µl acima do valor inicial após 4 semanas de tratamento, a dose deve permanecer em 150 UI/kg 3 vezes por semana ou 450 UI/kg uma vez por semana. Se o aumento da hemoglobina for < 1 g/dl (< 0,62 mmol/l) e a contagem reticulocitária tiver aumentado < 40 000 células/µl acima do valor inicial, aumente a dose para 300 UI/kg 3 vezes por semana. Se após mais 4 semanas de terapêutica com 300 UI/kg 3 vezes por semana, a hemoglobina aumentou ≥ 1 g/dl (0,62 mmol/l) ou a contagem reticulocitária aumentou ≥ 40 000 células/µl, a dose deve permanecer em 300 UI/kg 3 vezes por semana. Contudo, se a hemoglobina aumentou < 1 g/dl (< 0,62 mmol/l) e a contagem reticulocitária aumentou < 40 000 células/µl acima do valor inicial, não é provável a obtenção de resposta, pelo que, o tratamento deve ser interrompido. O regime posológico recomendado é descrito no diagrama seguinte: 95 150 UI/kg, 3x/semana ou 450 UI/kg, uma vez por semana durante 4 semanas Aumento da contagem de reticulócitos < 40.000/μl e aumento de Hb < 1 g/dl Aumento da contagem de reticulócitos ≥ 40.000/μl ou aumento de Hb ≥ 1 g/d 300 UI/kg 3x/semana durante 4 semanas Hb pretentida (10-12 g/dl) Aumento da contagem de reticulócitos ≥ 40.000/μl ou aumento de Hb ≥ 1 g/d Aumento da contagem de reticulócitos < 40.000/μl e aumento de Hb < 1 g/dl Interromper o tratamento Assim que o objectivo terapêutico para um doente individual tiver sido atingido, a dose deve ser reduzida em 25 a 50% de modo a manter a hemoglobina nesse nível. Deve ser considerada a titulação adequada da dose. Ajuste da dose A uma taxa de aumento na hemoglobina de >2 g/dl (>1,25 mmol/l) por mês, a dose de Retacrit deve ser reduzida em cerca de 25-50%. Se o valor da hemoglobina exceder 12 g/dl (7,5 mmol/l), interrompa a terapêutica até baixar para 12 g/dl (7,5 mmol/l) ou menos e, depois, reintroduza a terapêutica com Retacrit a uma dose 25% inferior à dose anterior. Tratamento de doentes adultos cirúrgicos em programas de pré-doação autóloga Retacrit deve ser administrado por via intravenosa. Na altura da colheita de sangue, deve administrar-se Retacrit após a conclusão do procedimento de colheita de sangue. 96 Os doentes moderadamente anémicos (hematócrito de 33-39%) que necessitam de um depósito prévio de ≥ 4 unidades de sangue devem ser tratados com Retacrit a uma dose de 600 UI/kg de peso corporal 2 vezes por semana durante 3 semanas antes da cirurgia. Todos os doentes tratados com Retacrit deverão receber um suplemento de ferro adequado (p.ex. 200 mg de ferro elementar por via oral diariamente) durante o tratamento. Deve iniciar-se o suplemento de ferro o mais rapidamente possível, mesmo várias semanas antes de iniciar o depósito prévio autólogo, para obter níveis de ferro altos antes de iniciar a terapêutica com Retacrit. Tratmento de doentes adultos sujeitos a cirurgia electiva ortopédica major O Retacrit deve ser administrado por via subcutânea A dose recomendada de Retacrit é de 600 UI/kg administrada semanalmente, durante três semanas (dias 21, 14, e 7) antes da cirurgia e no dia da cirurgia (dia 0). Em casos em que haja necessidade clínica, o tempo antes da cirurgia pode ser reduzido para menos de três semanas. Nestes casos devemse administrar 300 mg/kg diariamente durante 10 dias consecutivos antes da cirurgia, no dia da cirurgia, e durante quatro dias imediatamente após a cirurgia. Se durante o período pré-operatório, a hemoglobina atingir níveis de 15 g/dl, ou superior, a administração de Retacrit deve ser interrompida e não se devem administrar doses adicionais. As deficiências em ferro devem ser tratadas antes de iniciar o tratamento com Retacrit. Além disto, todos os doentes devem receber o suplemento de ferro adequado (por exemplo, 200 mg por dia, por via oral, de elemento ferro) durante o decorrer do tratamento com Retacrit. Se possível, o suplemento de ferro deve ser inciado antes do tratamento com Retacrit, para atingir os níveis internos de ferro adequados. Modo de administração Injecção intravenosa A dose deve ser administrada durante, pelo menos, 1-5 minutos, dependendo da dose total. Em doentes submetidos a hemodiálise, pode administrar-se uma injecção de bólus durante a sessão de diálise através de uma porta venosa adequada na linha de diálise. Em alternativa, a injecção pode ser administrada no final da sessão de diálise através do tubo da agulha da fístula, seguida de 10 ml de solução de cloreto de sódio 9 mg/ml (0,9%) para enxaguar o tubo e garantir uma injecção satisfatória do medicamento na circulação. É preferível uma injecção mais lenta em doentes que reagem ao tratamento com sintomas gripais. Retacrit não deve ser administrado por perfusão intravenosa. Retacrit não deve ser misturado com outros medicamentos (ver secção 6.2). Injecção subcutânea Geralmente, não se deve exceder um volume máximo de 1 ml no local da injecção. Em caso de volumes superiores, deve escolher-se mais de um local para a injecção. As injecções são administradas nos membros ou na parede abdominal anterior. Para instruções acerca do manuseamento do medicamento antes da administração, ver secção 6.6. 4.3 − − − Contra-indicações Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes listados na secção 6.1. Os doentes que desenvolvem Aplasia Eritróide Pura (AEP) após tratamento com qualquer eritropoetina não podem receber Retacrit ou qualquer outra eritropoetina (ver secção 4.4). Hipertensão descontrolada. 97 − − − 4.4 Na indicação “para aumentar a colheita de sangue autólogo”: enfarte do miocárdio ou acidente vascular cerebral no mês anterior ao tratamento, angina de peito instável, risco aumentado de trombose venosa profunda, nomeadamente, história clínica de doença tromboembólica venosa. Na indicação de cirurgia electiva ortopédica major: doença coronária grave, doença arterial periférica, carotídea ou doença vascular cerebral, incluindo doentes com antecedentes de enfarte do miocárdio recente ou acidente vascular cerebral. Doentes que, por qualquer razão, não podem receber profilaxia antitrombótica adequada. Advertências e precauções especiais de utilização Informações gerais Como em todos os doentes a receber eritropoetina, a pressão arterial pode aumentar durante o tratamento com Retacrit. A pressão arterial deve ser monitorizada de perto e controlada adequadamente em todos os doentes antes, no início e durante o tratamento com Retacrit. Pode ser necessário adicionar ou aumentar o tratamento anti-hipertensivo. Se a pressão arterial não puder ser bem controlada, o tratamento com Retacrit deve ser interrompido. Retacrit também deve ser usado com precaução em presença de epilepsia e insuficiência hepática crónica. Durante o tratamento com eritropoetina, pode ocorrer um aumento moderado do número de plaquetas, dentro dos valores normais, dependente da dose. Este efeito regride com o tratamento. Recomenda-se a monitorização regular do número de plaquetas nas primeiras 8 semanas de tratamento. Todas as outras causas de anemia (deficiência em ferro, hemólise, perda de sangue, deficiências em vitamina B12- ou folato) devem ser consideradas e tratadas antes de iniciar e durante a terapêutica com Retacrit. Na maioria dos casos, observa-se diminuição dos valores da ferritina sérica em simultâneo com o aumento do hematócrito. Para garantir uma resposta óptima à eritropoetina, devem garantir-se níveis de ferro adequados: − recomenda-se suplemento de ferro, p.ex. 200-300 mg/dia oralmente (100-200 mg/dia para doentes pediátricos) para doentes com insuficiência renal crónica cujos níveis séricos de ferritina sejam inferiores a 100 ng/ml − recomenda-se substituição de ferro na dose de 200-300 mg/dia para todos os doentes com neoplasia com saturação da transferrina inferior a 20% Todos estes factores que contribuem para a anemia devem ser considerados cuidadosamente ao tomar a decisão de aumentar a dose de eritropoetina em doentes com neoplasia. A diminuição paradoxal da hemoglobina e desenvolvimento de anemia grave associada com uma contagem baixa de reticulócitos deve levar à interrupção imediata do tratamento com epoetina e efectuar a análise para pesquisa de anticorpos anti-epoetinas. Têm sido notificados casos de doentes com hepatite C tratados com interferão e ribavirina, e com epoetinas utilizadas concomitantemente. As Epoetinas não estão aprovadas para controlar a anemia associada à hepatite C. De forma a melhorar a rastreabilidade dos agentes estimulantes da eritropoiese (AEEs), o nome do AEE prescrito deve ser claramente registado (ou indicado) no processo do doente. Na pericirurgia devem-se seguir sempre as boas práticas de utilização de sangue. Doentes que vão ser submetidos a cirurgia ortopédica electiva major Em doentes que vão ser submetidos a cirurgia electiva ortopédica major, a causa da anemia deve ser esclarecida e tratada, se possível, antes do início do tratamento com Retacrit. Os acontecimentos trombóticos podem ser um risco nesta população de doentes e esta possibilidade tem de ser cuidadosamente avaliada em relação ao benefício relacionado com o 98 tratamento. Os doentes devem receber profilaxia adequada com anticoagulantes, pois podem ocorrer eventos tromboembólicos e vasculares em doentes cirúrgicos, especialmente os que apresentam doença cardiovascular. Para além disto, também deverá ser observada precaução especial em doentes predispostos para o desenvolvimento de trombose venosa profunda (DVTs). Não se pode também excluir a possibilidade de que o tratamento com Retacrit, em doentes com um nível de hemoglobina > 13 g/dl, se associe a um aumento de risco de eventos trombóticos e vasculares pós-operatórios. A epoetina alfa não deverá, portanto, ser utilizada em doentes com valores de hemoglobina > 13 g/dl. Doentes insuficientes renais crónicos Concentração de hemoglobina Em doentes com insuficiência renal crónica, a concentração da hemoglobina de manutenção não deve exceder o limite superior da concentração de hemoglobina pretentida recomendada na secção 4.2. Em ensaios clínicos, observou-se um aumento do risco de morte, de acontecimentos cardiovasculares ou cerebrovasculares graves, incluindo AVC quando foram administrados AEE para alcançar uma hemoglobina superior a 12 g/dl (7,5 mmol/l). Ensaios clínicos controlados não demonstraram benefícios significativos atribuíveis à administração de epoetinas quando a concentração de hemoglobina aumenta para além do nível necessário para controlar os sintomas da anemia e para evitar transfusões sanguíneas. Os valores da hemoglobina devem ser medidos de forma regular até se atingir um valor estável e, posteriormente, de forma periódica. A taxa de aumento em hemoglobina deverá ser aproximadamente de 1 g/dl (0,62 mmol/l) por mês e não deverá exceder 2 g/dl (1,25 mmol/l) por mês para minimizar o risco de desenvolvimento ou agravamento de hipertensão. Os doentes com insuficiência renal crónica tratados com Retacrit por via subcutânea devem ser monitorizados regularmente quanto à perda de eficácia, definido como ausência ou diminuição de resposta ao tratamento de Retacrit nos doentes que responderam previamente a esta terapia. Isto caracteriza-se por uma diminuição constante dos níveis de hemoglobina, apesar do aumento da dose de Retacrit. Alguns doentes com intervalos de dosagem mais alargados (superiores a uma vez por semana) de epoetina podem não manter níveis adequados de hemoglobina (ver secção 5.1) e podem requerer um aumento na dose de epoetina. Os níveis de hemoglobina devem ser monitorizados regularmente. Deve ter-se precaução com o aumento gradual das doses de Retacrit em doentes com insuficiência renal crónica, uma vez que doses cumulativas elevadas de epoetina podem estar associadas a um aumento do risco de mortalidade, acontecimentos cardiovasculares e cerebrovasculares graves. Em doentes com uma resposta fraca da hemoglobina ao Retacrit, explicações alternativas para a fraca resposta devem ser consideradas (ver secções 4.2 e 5.1). A falta de resposta à terapêutica com eritropoetina deve levar a uma procura dos factores causais. Estes incluem: deficiência em ferro, folato, ou Vitamina B12; intoxicação por alumínio; infecções intercorrentes; episódios inflamatórios ou traumáticos; perda de sangue oculta; hemólise e fibrose da medula óssea de qualquer origem. Foram notificados muito raramente, casos de AEP (Aplasia Eritróide Pura) mediada por anticorpos em doentes com insuficiência renal crónica com eritropoetina administrada por via subcutânea. Em doentes que desenvolvam uma falta de eficácia súbita, definida por uma diminuição na hemoglobina (1-2 g/dl por mês) com uma maior necessidade de transfusões, deve efectuar-se uma contagem reticulocitária e as causas típicas para a falta de resposta (p.ex. deficiência em ferro, folato, ou vitamina B12, intoxicação por alumínio, infecção ou inflamação, perda de sangue e hemólise) devem ser investigadas. Se não for identificada uma causa, deve ser considerado um exame da medula óssea para o diagnóstico da AEP. 99 Se for diagnosticada AEP, a terapêutica com Retacrit deve ser interrompida imediatamente e deve considerar-se efectuar um teste aos anticorpos anti-eritropoetina. Os doentes não devem ser transferidos para outro medicamento pois os anticorpos anti-eritropoetina apresentam reactividade cruzada com outras eritropoetinas. Devem ser excluídas ooutras causas de AEP e deve ser instituída uma terapêutica apropriada. Recomenda-se a monitorização da contagem reticulocitária de forma regular para detectar possível ocorrência de falta de eficácia em doentes com insuficiência renal crónica. Observou-se hipercalemia em casos isolados. Em doentes com insuficiência renal crónica, a correcção da anemia pode conduzir a aumento do apetite, e a uma maior ingestão de potássio e proteínas. As prescrições de diálises podem ter de ser ajustadas periodicamente para manter a ureia, a creatinina e o potássio dentro dos valores desejados. Os electrólitos séricos devem ser monitorizados em doentes com insuficiência renal crónica. Se for detectado um nível sérico de potássio elevado (ou crescente), deve considerar-se suspender a administração de eritropoetina até à normalização da hipercalemia. Durante o tratamento com eritropoetina, é frequentemente requerido um aumento da dose de heparina, durante a hemodiálise, devido ao aumento do hematócrito. Se a heparinização não for óptima pode ocorrer a oclusão do sistema de diálise. Com base em informações disponíveis à data, a correcção da anemia com eritropoetina em doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise não acelera a taxa de progressão da insuficiência renal. Doentes adultos com neoplasia e anemia sintomática a receber quimioterapia Em doentes com neoplasia a receber quimioterapia, o atraso de 2-3 semanas entre a administração de eritropoetina e o aparecimento de glóbulos vermelhos induzidos pela eritropoetina deve considerado ao avaliar se a terapêutica com Retacrit é apropriada (doente em risco de transfusão). Os valores da hemoglobina devem ser monitorizados de perto até se atingir um valor estável e, posteriormente, de forma periódica. Caso a taxa de aumento na hemoglobina exceda 2 g/dl (1,25 mmol/l) por mês ou o valor da hemoglobina exceda 12 g/dl (7,5 mmol/l), o ajuste da dose detalhado na secção 4.2 deve ser executado cuidadosamente para minimizar o risco de acontecimentos trombóticos (ver secção 4.2). Como se observou um aumento na incidência episódios vasculares trombóticos (EVT) em doentes com neoplasia a receber agentes eritropoéticos (ver secção 4.8), este risco deve ser ponderado cuidadosamente face ao benefício a ser obtido do tratamento (com Retacrit), particularmente em doentes com neoplasia com um aumento do risco de episódios vasculares trombóticos, tais como obesidade e doentes com uma história clínica de EVT (p.ex. trombose venosa profunda ou Embolia pulmonar). Doentes cirúrgicos adultos num programa de doação prévia de sangue autólogo Todas as advertências e precauções especiais associadas aos programas de doação prévia de sangue autólogo, especialmente a substituição de volume de rotina, devem ser respeitadas. Potencial crescimento do tumor As epoetinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção dos eritrócitos. Os receptores da eritropoetina podem expressar-se na superfície de várias células tumorais. Como sucede com todos os factores de crescimentos, existe a preocupação de que as epoetinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de malignidade. Em vários estudos controlados, as epoetinas não revelaram aumentar a sobrevivência global ou reduzir o risco de progressão do tumor em doentes com anemia associada a neoplasia. 100 Vários ensaios clínicos controlados em doentes com várias neoplasias frequentes, incluindo a neoplasia da cabeça e pescoço, neoplasia do pulmão e neoplasia da mama, aos quais foram administradas epoetinas, revelaram um aumento inexplicado da mortalidade. Em estudos clínicos controlados, a utilização de epoetina alfa e de outros agentes estimuladores da eritropoiese (AEE) demonstraram: • tempo reduzido para a progressão do tumor em doentes com cancro avançado da cabeça e do pescoço submetidos a radioterapia quando administradas para alcançar uma hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l), • sobrevivência geral reduzida e aumento do número de mortes atribuídos à progressão da doença aos 4 meses em doentes com cancro da mama metastático submetidos a quimioterapia quando administradas para alcançar uma hemoglobina de 12-14 g/dl (7,5-8,7 mmol/l), • aumento do risco de morte quando administradas para alcançar uma hemoglobina de 12 g/dl (7,5 mmol/l) em doentes com malignidade activa que não estejam a ser submetidos a quimioterapia nem radioterapia. Os AEE não estão indicados para a utilização nesta população de doentes. Face ao acima descrito, em certas situações clínicas, a transfusão de sangue deve ser o tratamento preferencial para o tratamento da anemia em doentes com cancro. A decisão de administrar eritropoietinas recombinantes deve-se basear numa avaliação do risco/benefício com a participação do doente individual, que deve ter em conta o contexto clínico específico. Os factores que devem ser considerados nesta avaliação devem incluir o tipo de tumor e a sua fase, o grau de anemia, a esperança de vida, o ambiente em que o doente está a ser tratado e a preferência do doente (ver secção 5.1) Este medicamento contém fenilalanina que pode ser prejudicial para indivíduos com fenilcetonúria. Este medicamento contém menos de 1 mmol de sódio (23 mg) por dose, ou seja, é praticamente “isento de sódio”. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Não existem provas que indiquem que o tratamento com eritropoetina altere o metabolismo de outros medicamentos. Contudo, visto que a ciclosporina se liga através dos eritrócitos, existe potencial para interacções com outros medicamentos. Se a eritropoetina for administrada concomitantemente com a ciclosporina, os níveis séricos da ciclosporina devem ser monitorizados e a dose ciclosporina ajustada à medida que o hematócrito aumenta. Não existe evidência que indique uma interacção entre a epoetina alfa e G-CSF ou GM-CSF em relação à diferenciação hematológica ou proliferação in vitro de tecido tumoral obtido por biopsia. 4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento Não existem estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Os estudos em animais revelaram toxicidade reprodutiva (ver secção 5.3). Não é sabido se a epoetina zeta exogena é excretada no leite materno. Por conseguinte, deve utilizar-se a eritropoetina durante a gravidez e o aleitamento apenas se o benefício potencial compensar o risco potencial para o feto. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Os efeitos de Retacrit sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas são nulos ou desprezíveis. 4.8 Efeitos indesejáveis Sumário do perfil de segurança. Os dados provenientes de estudos clínicos com Retacrit estão em linha com o perfil de segurança de outra eritropoetinas autorizadas. Com base nos resultados dos estudos clínicos com outras 101 eritropoetinas autorizadas, aproximadamente 8% dos doentes tratados com eritropoetina poderão apresentar reacções adversas. As reacções adversas, durante o tratamento com eritropoetina, são observados, predominantemente, em doentes com insuficiência renal crónica ou malignidade subjacente; e são mais frequentemente cefaleias e aumento na pressão arterial, dependente da dose. Podem ocorrer crises hipertensivas com sintomas do tipo encefalopatia. Deve ser dada atenção ao aparecimento súbito de cefaleias graves tipo enxaqueca como um possível sinal de alarme. Foi notificada congestão do tracto respiratório, que inclui eventos de congestão do tracto respiratório superior, congestão nasal e nasofaringite em estudos com intervalo de dosagem alargada em doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise. Foram notificados acontecimentos trombóticos/vasculares, tais como isquémia do miocárdio, enfarte do miocárdio, acidentes vasculares cerebrais (hemorragia cerebral e enfarte cerebral), crises isquémicas transitórias, trombose venosa profunda, trombose arterial, embolia pulmonar, aneurismas, trombose da retina e coagulação de um rim artificial em doentes a receberem agentes eritropoiéticos. Foi notificada eritroblastopenia (AEP) mediada por anticorpos após meses a anos de tratamento com epoetina alfa. Na maioria destes doentes, foram observados anticorpos anti-eritropoietinas (ver secções 4.3 e 4.4). Lista tabelada das reacções adversas Nesta secção as frequências das reacções adversas são definidos da seguinte forma: muito frequentes (≥1/10), frequentes (≥1/100, <1/10), pouco frequentes (≥1/1.000, <1/100), raros (≥1/10.000, <1/1.000), muito raros (<1/10.000), desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis) Dentro de cada grupo de frequência, as reacções adversas devem ser apresentados por ordem decrescente de gravidade. As frequências podem variar dependendo da indicação. CSO Doenças do sangue e do sistema linfático Frequência Muito raro Desconhecido Doenças do sistema imunitário Raro Muito raro Muito frequentes Doenças do sistema nervoso Frequentes Pouco frequentes Desconhecido Afecções oculares Cardiopatias Desconhecido Desconhecido Vasculopatias Frequentes Desconhecido 102 Efeito Adverso Trombocitose (ver secção 4.4) eritroblastopenia (AEP) mediada por anticorpos Reacções de hipersensibilidade Reacção anafiláctica Tonturas (doentes com insuficiência renal crónica) Cefaleias (doentes com cancro) Acidente Vascular Cerebral Tonturas (doentes com cancro) Cefaleias (doentes com com insuficiência renal crónica) Hemorragia cerebral Enfarte cerebral Encefalopatia hipertensiva Ataques isquémicos transitórios Trombose na retina Enfarte do miocárdio Isquémia do miocárdio Trombose em veias profundas (doentes com cancro) Aumento da pressão sanguínea Aneurisma Trombose arterial Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino Frequentes Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos Frequente Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos Perturbações gerais e alterações no local de administração Pouco frequente Desconhecido Muito raro Desconhecido Muito frequentes Frequentes Muito frequentes Frequentes Complicações de intervenções relacionadas com lesões e intoxicações Frequentes Trombose em veias profundas (doentes com insuficiência renal crónica) Crise hipertensiva Embolismo pumonar (doentes com cancro) Congestão do trato respiratório Embolismo pumonar (doentes com cancro) Erupções cutâneas não específicas Angioedema Prúrido Dores nas articulações (doentes com insuficiência renal) Dores nas articulações (doentes com cancro) Sintomas gripais (doentes com insuficiência renal) Sensação de fraqueza (doentes com insuficiência renal) Sensação de cansaço (doentes com insuficiência renal) Sintomas gripais (doentes com cancro) Sensação de fraqueza (doentes com cancro) Sensação de cansaço (doentes com cancro) Coagulação de um rim artificial Doentes adultos e pediátricos em hemodiálise, doentes adultos em diálise peritoneal e doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise A reacção adversa mais frequente durante o tratamento com epoetina alfa é um aumento dependente da dose da tensão arterial ou um agravamento da hipertensão existente. Estes aumentos na tensão arterial podem ser tratados com medicamentos. Além disso, recomenda-se a monitorização da tensão arterial particularmente no início do tratamento. Também ocorreram as seguintes reacções em doentes isolados com tensão arterial normal ou baixa: crises hipertensivas com sintomas do tipo encefalopatia (p. ex., cefaleias e estado de confusão) e convulsões tónico-clónicas generalizadas, necessitando de cuidados médicos imediatos e tratamento intensivo. Deve ser dada particular atenção ao aparecimento súbito de cefaleias graves tipo enxaqueca como um possível sinal de alerta. Pode ocorrer trombose do shunt, especialmente em doentes com tendência para hipotensão ou com complicações da fístula arteriovenosa (p. ex., estenoses, aneurismas, etc.). Nestes doentes recomendase a revisão precoce do shunt e a profilaxia da trombose através da administração de ácido acetilsalicílico, por exemplo. Doentes oncológicos adultos com anemia sintomática em quimioterapia Pode ocorrer hipertensão em doentes tratados com epoetina alfa. Consequentemente, a hemoglobina e a tensão arterial devem ser cuidadosamente monitorizadas. 103 Foi observado um aumento da incidência dos acontecimentos vasculares trombóticos (ver secção 4.4 e secção 4.8 - Gerais) em doentes tratados com agentes eritropoiéticos. Doentes cirúrgicos Independentemente do tratamento com eritropoetina, podem ocorrer acontecimentos trombóticos e vasculares em doentes cirúrgicos com doença cardiovascular subjacente após flebotomia repetida. Portanto, deve efectuar-se a substituição de volume de rotina nesses doentes. Em doentes com valores basais de hemoglobina > 13g/dl , não pode ser excluída a possibilidade de que o tratamento com Retacrit possa estar associado a um aumento do risco de eventos trombóticos/vasculares pós-cirurgia. Notificação de suspeitas de reações adversas A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas de reações adversas através do sistema nacional de notificação mencionado no Apêndice V. 4.9 Sobredosagem A margem terapêutica da eritropoetina é muito larga. A sobredosagem de eritropoetina pode produzir efeitos que são prolongamentos dos efeitos farmacológicos da hormona. Pode efectuar-se a flebotomia se ocorrerem valores da hemoglobina excessivamente altos. Deve ser fornecido cuidado de apoio adicional conforme for necessário. 5. 5.1 PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS Propriedades farmacodinâmicas Grupo farmacoterapêutico: Outras preparações antianémicas, eritropoetina Código ATC: B03XA01 Retacrit é um medicamento biológico similar. Está disponível informação pormenorizada no sítio da Agência Europeia de Medicamentos http://www.ema.europa.eu Efeitos farmacodinâmicos A eritropoetina é uma glicoproteína que estimula, como um factor estimulante das mitoses e como hormona diferenciadora, a formação de eritrócitos a partir de precursores do compartimento da célula estaminal. O peso molecular aparente da eritropoetina é de 32 000-40 000 Dalton. A metade proteica da molécula contribui para cerca de 58% do peso molecular total e é composta por 165 aminoácidos. As quatro cadeias de hidratos de carbono estão ligadas à proteína através de três ligações N-glicosídeas e uma ligação O-glicosídea. A epoetina zeta é idêntica, na sua composição em aminoácidos e em hidratos de carbono, à eritropoetina humana endógena isolada da urina de doentes anémicos. A eficácia biológica da eritropoetina foi demonstrada em vários modelos animais in vivo (rato normal e rato anémico, ratinho policitémico). Após a administração da eritropoetina, o número de eritrócitos, os valores de hemoglobina e a contagem reticulocitária, bem como a taxa de incorporação de 59Fe, aumentam. Após incubação das células eritróides nucleadas do baço (cultura de células de baço de ratinho) com epoetina beta, detectou-se um aumento da incorporação da timidina tritiada (3H-timidina) in vitro. Poderia demonstrar-se com a ajuda de células humanas de medula óssea que a eritropoetina estimula 104 especificamente a eritropoiese, não afectando a leucopoiese. Não foi detectada acção citotóxica da eritropoetina em células da medula óssea. Como sucede com outros factores de crescimentos hematopoéticos, a eritropoetina demonstrou propriedades estimulantes in vitro em células endoteliais humanas. Doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise Em 2 estudos com intervalo de dosagem alargada de eritropoetina (3 vezes por semana, uma vez por semana, uma vez em cada 2 semanas e uma vez em cada 4 semanas) alguns doentes com intervalos de dosagem mais longos não mantiveram níveis de hemoglobina adequados e alcançaram o critério de retirada de hemoglobina definido no protocolo (0% nos grupos de uma vez por semana, 3,7% nos grupos de uma vez em cada 2 semanas e 3,3% nos grupos de uma vez em cada 4 semanas). Eficácia clínica e segurança 721 doentes com neoplasia a receber quimioterapia sem platina foram incluídos em três estudos controlados com placebo, 389 doentes com neoplasias hematológicas (221 mielomas múltiplos, 144 linfoma não-Hodgkin e 24 outras neoplasias hematológicas) e 332 com tumores sólidos (172 da mama, 64 ginecológicos, 23 do pulmão, 22 da próstata, 21 gastrointestinais, e 30 outros tipos de tumor). Em dois grandes estudos, em aberto, 2 697 doentes com neoplasia a receber quimioterapia sem platina foram incluídos, 1 895 com tumores sólidos (683 da mama, 260 do pulmão, 174 ginecológicos, 300 gastrointestinais e 478 outros tipos de tumor) e 802 com neoplasias hematológicas. Num estudo prospectivo, aleatório, com ocultação dupla, controlado com placebo, conduzido em 375 doentes anémicos com várias neoplasias não-mielóides a receber quimioterapia sem platina, verificouse uma redução significativa de sequelas relacionadas com a anemia (p.ex. fadiga, diminuição da energia e redução da actividade), medidas pelos instrumentos e escalas seguintes: escala geral de Avaliação Funcional de Terapia da Neoplasia-Anemia (FACT-An), escala de fadiga FACT-An e Escala Linear Analógica da Neoplasia (CLAS). Dois outros estudos mais pequenos, aleatórios, controlados com placebo, não demonstraram uma melhoria significativa nos parâmetros de qualidade de vida na escala EORTC-QLQ-C30 ou CLAS, respectivamente. A eritropoetina é um factor de crescimento que estimula principalmente a produção dos eritrócitos. Os receptores da eritropoetina podem expressar-se na superfície de várias células tumorais. A sobrevivência e a progressão tumoral foram examinadas em cinco grandes estudos controlados envolvendo um total de 2833 doentes, dos quais quatro foram estudos duplamente cegos controlados com placebo e um foi um estudo aberto. Os estudos recrutaram doentes que estavam a ser tratados com quimioterapia (dois estudos) ou utilizaram populações de doentes nas quais os agentes estimuladores da eritropoiese não estavam indicados: anemia em doentes com cancro que não estavam submetidos a quimioterapia e doentes com cancro da cabeça e do pescoço submetidos a radioterapia. A concentração de hemoglobina pretentida em dois estudos foi de > 13 g/dl; nos restantes três estudos esta foi de 12-14 g/dl. No estudo aberto não houve diferença na sobrevivência geral entre os doentes tratados com a eritropoietina humana recombinante e os controlos. Nos quatro estudos controlados com placebo, as taxas de risco da sobrevivência geral foram de 1,25 e 2,47 a favor dos controlos. Estes estudos demonstraram uma mortalidade excessiva consistente inexplicada e estatisticamente significativa em doentes com anemia associada a vários cancros vulgares que receberam eritropoietina humana recombinante comparativamente aos controlos. O resultado da sobrevivência geral nos ensaios não conseguiu ser explicado de modo satisfatório pelas diferenças na incidência da trombose e das complicações relacionadas entre os doentes aos quais foi administrada a eritropoietina humana e os doentes no grupo de controlo. Também foi realizada uma análise sistemática envolvendo mais de 9000 doentes com cancro que participaram em 57 ensaios clínicos. A meta-análise dos dados de sobrevivência geral produziu uma estimativa pontual da razão de perigo de 1,08 a favor dos controlos (95% IC: 0,99; 1,18; 42 ensaios e 8 167 doentes). Foi observado um aumento do risco relativo de acontecimentos tromboembólicos (RR 1,67; 95% IC: 1,35; 2,06; 35 ensaios e 6769 doentes) em doentes tratados com eritropoietina humana 105 recombinante. Existe um aumento do risco de acontecimentos tromboembólicos em doentes com cancro tratados com eritropoietina humana recombinante e não se pode excluir um impacto negativo na sobrevivência geral. A extensão da possível aplicação destes resultados à administração da eritropoietina humana recombinante a doentes com cancro, tratados com quimioterapia para alcançarem concentrações de hemoglobina inferiores a 13 g/dl, está por clarificar uma vez que foram incluídos poucos doentes com estas características nos dados analisados . Foi efectuada uma análise dos dados individuais dos doentes em mais de 13.900 doentes com cancro (quimio-, rádio-, quimioradio-, ou sem terapia) que participaram em 53 ensaios clínicos controlados envolvendo várias epoetinas. A meta-análise dos dados de sobrevivência geral conduziram a uma taxa de risco estimado de 1,06 favorável ao controle (IC 95%: 1,00; 1,12; 53 ensaios clínicos e 13.933 doentes) e para os doentes com cancro recebendo quimioterapia, a Hazard ratio de sobrevivência geral foi de 1,04 (IC 95%: 0,97; 1,11; 38 ensaios e 10.411 doentes). A meta-análise também indicou um aumento consistente e significativo do risco relativo de acontecimentos trombóides nos doentes com cancro recebendo eritropoeitina humana recombinante (ver secção 4.4). Num estudo randomizado, duplamente oculto, controlado por placebo com 4.037 doentes com insuficiência renal crónica, não em diálise, com diabetes tipo 2, e níveis de hemoglobina ≤ 11 g/dl, os doentes receberam tratamento com darbepoetina alfa para obter níveis de hemoblogina de 13 g/dl ou com placebo (ver secção 4.4). O estudo não cumpriu o seu objectivo primário de demonstração da redução do risco para todas as causas de mortalidade, morbilidade cardiovascular, ou doença renal em fase final (DRFF). A análise dos components dos marcadores finais compostos dos indíviduos mostraram as seguintes HR (IC 95%): morte 1,05 (0,92; 1,21), AVC 1,92 (1,38; 2,68), falha cardíaca congestiva (FCC) 0,89 (0,74; 1,08), enfarte do miocárdio (EM) 0,96 (0,75; 1,23), hospitalização por isquémia do miocárdio 0,84 (0,55; 1,27), DRFF 1.02 (0.87, 1.18). Foram realizadas análises subsequentes agrupadas dos estudos clínicos de AEEs em doentes com IRC (em doentes dialisados, não dialisados, diabéticos e não diabéticos). Foi observado a tendência para o aumento da estimativa do risco para todas as causas de mortalidade, acontecimentos cardiovasculares e cerebrovasculares associados a doses cumulativas elevadas de AEE independentes do estado de diabetes ou diálise (ver secções 4.2 e 4.4). 5.2 Propriedades farmacocinéticas Por via intravenosa A medição da eritropoetina após a administração de várias doses por via intravenosa revelou uma semi-vida de aproximadamente 4 horas em voluntários normais e uma semi-vida ligeiramente mais prolongada em doentes com insuficiência renal, aproximadamente 5 horas. Foi notificada uma semi-vida de aproximadamente 6 horas em crianças. Por via subcutânea Após a injecção subcutânea, os níveis séricos da eritropoetina são muito inferiores aos níveis atingidos após a injecção IV, os níveis aumentam lentamente e atingem um pico entre 12 e 18 horas após a dose. O pico fica sempre muito abaixo do pico que se atinge utilizando a via IV (aproximadamente 1/20 do valor). Não existe acumulação: os níveis permanecem os mesmos, quer sejam determinados 24 horas após a primeira injecção ou 24 horas após a última injecção. A semi-vida é difícil de avaliar para a via subcutânea e estima-se cerca de 24 horas. A biodisponibilidade da eritropoetina injectável por via subcutânea é muito inferior à do medicamento por via intravenosa: aproximadamente 20%. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em alguns estudos toxicológicos pré-clínicos em cães e ratos, mas não em macacos, a terapêutica com eritropoetina esteve associada a fibrose da medula óssea subclínica (a fibrose da medula óssea é uma complicação conhecida da insuficiência renal crónica no Homem e pode estar relacionada com hiperparatiroidismo secundário ou factores desconhecidos. A incidência de fibrose da medula óssea 106 não aumentou num estudo de doentes em hemodiálise que foram tratados com eritropoetina durante 3 anos comparativamente com um grupo de controlo equiparado de doentes em diálise que não foram tratados com eritropoetina). Em estudos em animais, demonstrou-se que a eritropoetina diminui o peso corporal fetal, atrasa a ossificação e aumenta a mortalidade fetal quando administrada em doses semanais de aproximadamente 20 vezes a dose semanal recomendada no Homem. Estas alterações são interpretadas como secundárias relativamente à diminuição do ganho de peso corporal materno. A eritropoetina não demonstrou quaisquer alterações nos testes bacterianos e de mutagenicidade da cultura celular em mamíferos e num teste de micronúcleo in vivo em ratinhos. Não foram efectuados estudos de carcinogenicidade a longo prazo. Existem relatórios contraditórios na literatura relativamente a se a eritropoetina pode desempenhar um papel importante como proliferadora de tumores. Estes relatórios baseiam-se em resultados in vitro de amostras de tumores humanos, mas o seu significado é incerto na situação clínica. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1 Lista dos excipientes Fosfato dissódico di-hidratado Fosfato monossódico di-hidratado Cloreto de sódio Cloreto de cálcio di-hidratado Polissorbato 20 Glicina Leucina Isoleucina Treonina Ácido glutâmico Fenilalanina Água para preparações injectáveis Hidróxido de sódio (regulador de pH) Ácido clorídrico (regulador de pH) 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de compatibilidade, este medicamento não deve ser misturado com outros medicamentos. 6.3 Prazo de validade 30 meses 6.4 Precauções especiais de conservação Conservar no frigorífico (2°C - 8°C). Não congelar. Manter a seringa pré-cheia dentro da embalagem exterior para proteger da luz. Durante a utilização em ambulatório, o doente pode retirar o medicamento do frigorífico e armazenálo à temperatura ambiente (não superior a 25°C), por um período único até 3 dias. 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente 107 0,6 ml de solução injectável em seringa pré-cheia de vidro do tipo I com uma agulha fixa em aço e um êmbolo com revestimento PTFE com ou sem proteção de agulha. Cada embalagem contém 1 ou 6 seringas pré-cheias. É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações. 6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento Instruções de manuseamento para Retacrit: 1. Após retirar uma seringa da embalagem blister, verifique a solução se apresenta límpida, incolor e praticamente isenta de partículas visíveis. 2. Retire a tampa de protecção da agulha da seringa e o ar é expelido da seringa e da agulha segurando a seringa na vertical e pressionando suavemente o êmbolo para cima. 3. A seringa está agora pronta a usar. Retacrit não deve ser usado se • o selo do estiver quebrado ou se o blister estiver danificado de alguma forma • o líquido estiver colorido ou conseguir ver partículas a flutuar nele • qualquer líquido tiver derramado da seringa pré-cheia ou se for visível condensação dentro do blister selado • tiver sido congelado acidentalmente Este medicamento destina-se apenas a uma administração. Não agitar. Os medicamentos não utilizados ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Hospira UK Limited Horizon Honey Lane Hurley Maidenhead SL6 6RJ Reino Unido 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/07/431/011 seringa pré-cheia EU/1/07/431/012 seringa pré-cheia EU/1/07/431/036 seringa pré-cheia com protecção de agulha EU/1/07/431/037 seringa pré-cheia com protecção de agulha 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Data da primeira autorização: 18 de Dezembro de 2007 Data da última renovação: 15 de novembro de 2012 108 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO A informaçãoo detalhada sobre este medicamento está disponível na página da European Medicines Agency http://www.ema.europa.eu. 109 1. NOME DO MEDICAMENTO Retacrit 8 000 UI/0,8 ml solução injectável em seringa pré-cheia 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Uma seringa pré-cheia com 0,8 ml de solução injectável contém 8 000 unidades internacionais (UI) de epoetina zeta* (eritropoetina humana recombinante). A solução contém 10 000 UI de epoetina zeta por ml. *Produzida por tecnologia de ADN recombinante na linhagem celular de ovário de hamster chinês (CHO). Excipiente com efeito conhecido Cada seringa pré-cheia contém 0,40 mg de fenilalanina. Para a lista completa de excipientes, ver secção 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em seringa pré-cheia. Solução incolor e límpida. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia sintomática associada a insuficiência renal crónica (IRC) em doentes adultos e pediátricos: o Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em doentes adultos e pediátricos em hemodiálise e doentes adultos em diálise peritoneal (ver secção 4.4). o Tratamento da anemia grave de causa renal acompanhada de sintomas clínicos em doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise (ver secção 4.4). − Tratamento da anemia e redução dos requisitos de transfusão em doentes adultos a receber quimioterapia para tumores sólidos, linfoma maligno ou mieloma múltiplo, e em risco de transfusão conforme a avaliação do estado geral do doente (p.ex. estado cardiovascular, anemia prévia no início da quimioterapia). − Pode utilizar-se Retacrit para aumentar a colheita de sangue autólogo em doentes num programa de doação prévia. A sua utilização nesta indicação deve ser ponderada face ao risco de ocorrência de acontecimentos tromboembólicos notificado. O tratamento só deve ser administrado a doentes com anemia moderada (sem deficiência em ferro), se não estiverem disponíveis processos de conservação de sangue ou se estes forem insuficientes quando uma cirurgia electiva programada importante requerer um grande volume de sangue (4 ou mais unidades de sangue na mulher ou 5, ou mais unidades, no homem). − Retacrit pode ser utilizado para reduzir a exposição à transfusão sanguínea alogénica em adultos sem deficiência de ferro, antes de cirurgia electiva ortopédica major, que tenham um elevado um risco elevado para complicações associadas a transfusões. O seu uso deve ser restrito a doentes adultos com anemia moderada (ex. hemoglobina 10-13 g/dl) que não tenham disponível um programa de pré-doação autólogo e em que é previsível uma perda moderada de sangue (900 a 1 800 ml). 4.2 Posologia e modo de administração 110 O tratamento com Retacrit tem de ser iniciado sob a supervisão de médicos com experiência na gestão de doentes com as indicações acima mencionadas. Posologia Tratamento da anemia sintomática em doentes insuficientes renais crónicos adultos e pediátricos Retacrit deve ser administrado por via subcutânea ou por via intravenosa. A concentração de hemoglobina pretendida situa-se entre 10 e 12 g/dl (6,2-7,5 mmol/l), excepto em doentes pediátricos nos quais a concentração de hemoglobina se deverá situar entre 9,5 e 11 g/dl (5,96,8 mmol/l). Não se deve exceder o limite superior da concentração de hemoglobina a atingir. Os sintomas e as sequelas da anemia podem variar com a idade, o sexo e a carga geral da doença, sendo necessária a avaliação por parte de um médico do estado clínico e da condição de cada doente. Retacrit deve ser administrado por via subcutânea ou por via intravenosa a fim de aumentar a hemoglobina para valores não superiores a 12 g/dl (7,5 mmol/l). Devido à variabilidade intra-doente, pode observar-se ocasionalmente valores de hemoglobina superiores e inferiores ao nível de hemoglobina desejado num doente individual. A variabilidade da hemoglobina deve ser resolvida através da gestão da dose, tendo em consideração o intervalo de hemoglobina pretentida de 10 g/dl (6,2 mmol/l) a 12 g/dl (7,5 mmol). Devem ser evitados valores de hemoglobina que se mantenham superiores a 12 g/dl. As recomendações para o ajuste adequado da dose quando se observam valores de hemoglobina superiores a 12 g/dl (7,5 mmol/l) estão descritas abaixo. Deve ser evitado um aumento do valor de hemoglobina superior a 2 g/dl (1,25 mmol/l) num período de quatro semanas. Caso ocorra, o ajuste de dose apropriado deverá ser efectuado. Os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados para assegurar que é utilizada a dose efetiva mais baixa aprovada de Retacrit, para o controlo adequado dos sintomas da anemia enquanto se mantém uma concentração de hemoglobina inferior ou igual a 12 g/dl (7,5 mmol/l). Deve ter-se precaução com o aumento gradual das doses de Retacrit em doentes com insuficiência renal crónica. Em doentes com uma resposta fraca da hemoglobina ao Retacrit, explicações alternativas para a fraca resposta devem ser consideradas (ver secções 4.4 e 5.1). Em doentes com insuficiência renal crónica e cardiopatia isquémica ou insuficiência cardíaca congestiva clinicamente evidentes, a concentração de hemoglobina de manutenção não deverá exceder o limite superior da concentração de hemoglobina a atingir. Doentes adultos em hemodiálise Retacrit deve ser administrado por via subcutânea ou por via intravenosa O tratamento divide-se em duas fases: 1. Fase de correcção: 50 UI/kg 3 vezes por semana. Quando for necessário um ajuste da dose, este deve ser feito em etapas de, pelo menos, quatro semanas. Em cada etapa, o aumento ou redução da dose deve ser de 25 UI/kg 3 vezes por semana. 2. Fase de manutenção: Ajuste da dose para manter os valores da hemoglobina (Hb) no nível desejado: Hb entre 10 e 12 g/dl (6,2-7,5 mmol/l). A dose total semanal recomendada situa-se entre 75 e 300 UI/kg. Os dados clínicos disponíveis sugerem que aqueles doentes cuja hemoglobina inicial é muito baixa (< 6 g/dl ou < 3,75 mmol/l) podem necessitar de doses de manutenção mais altas do que aqueles cuja anemia inicial é menos grave (Hb > 8 g/dl ou > 5 mmol/l). 111 Doentes pediátricos em hemodiálise O tratamento divide-se em duas fases: 1. Fase de correcção: 50 UI/kg 3 vezes por semana por via intravenosa. Quando for necessário um ajuste da dose, este deve ser feito em etapas de 25 UI/kg, 3 vezes por semana em intervalos de, pelo menos, 4 semanas até o objectivo pretendido ser atingido. 2. Fase de manutenção: Ajuste da dose para manter os valores da hemoglobina (Hb) no nível desejado: Hb entre 9,5 e 11 g/dl (5,9-6,8 mmol/l). Geralmente, as crianças e adolescentes com menos de 30 kg de peso necessitam de doses de manutenção mais altas do que as crianças com mais de 30 kg e os adultos. As seguintes doses de manutenção foram observadas em estudos clínicos após 6 meses de tratamento. Peso (kg) < 10 10-30 > 30 Dose (UI/kg administrada 3 vezes por semana) Mediana Dose de manutenção habitual 100 75-150 75 60-150 33 30-100 Os dados clínicos disponíveis sugerem que aqueles doentes cuja hemoglobina inicial é muito baixa (< 6,8 g/dl ou < 4,25 mmol/l) podem necessitar de doses de manutenção mais altas do que aqueles cuja hemoglobina inicial é superior a > 6,8 g/dl ou > 4,25 mmol/l. Doentes adultos em diálise peritoneal Retacrit deve ser administrado por subcutânea ou por via intravenosa. O tratamento divide-se em duas fases: 1. Fase de correcção: A dose inicial é de 50 UI/kg 2 vezes por semana. 2. Fase de manutenção: Ajuste da dose para manter os valores da hemoglobina (Hb) no nível desejado: (Hb entre 10 e 12 g/dl (6,2-7,5 mmol/l). Dose de manutenção entre 25 e 50 UI/kg 2 vezes por semana em 2 doses iguais. Doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise Retacrit deve ser administrado por subcutânea ou por via intravenosa. O tratamento divide-se em duas fases: 1. Fase de correcção: A dose inicial é de 50 UI/kg 3 vezes por semana, por via intravenosa, seguida, se necessário, por um aumento da dose com incrementos de 25 UI/kg (3 vezes por semana) até o objectivo pretendido ser atingido (isto deve ser feito em etapas de, pelo menos, quatro semanas). 2. Fase de manutenção: Durante a fase de manutenção, o Retacrit pode ser administrado 3 vezes por semana e em caso de administração subcutânea, uma vez por semana ou uma vez em cada 2 semanas. Deve ser realizado o ajuste apropriado da dose e dos intervalos da dose para manter os valores da hemoglobina (Hb) no nível desejado: Hb entre 10 e 12 g/dl (6,2-7,5 mmol/l). Uma extensão dos intervalos da dose pode requerer um aumento da dose. A dosagem máxima não deverá exceder 150 UI/Kg 3 vezes por semana, 240 UI/Kg (até um máximo de 20 000 UI) uma vez por semana ou 480 UI/Kg (até um máximo de 40 000 UI) uma vez em cada 2 semanas. Tratamento de doentes com anemia induzida por quimioterapia 112 Retacrit deve ser administrada por via subcutânea a doentes com anemia (p. ex., concentração de hemoglobina ≤ 10 g/dl (6,2 mmol/l). Os sintomas e as sequelas da anemia podem variar com a idade, o sexo e a carga geral da doença; sendo necessária a avaliação por parte de um médico do estado clínico e da condição de cada doente. Devido à variabilidade intra-doente, pode observar-se ocasionalmente valores de hemoglobina superiores e inferiores ao nível de hemoglobina desejado num doente individual. A variabilidade da hemoglobina deve ser resolvida através da gestão da dose, tendo em consideração o intervalo de hemoglobina pretentida de 10 g/dl (6,2 mmol/l) a 12 g/dl (7,5 mmol). Deve ser evitado que o nível de hemoglobina se mantenha superior a 12 g/dl (7,5 mmol/l), sendo de seguida fornecida uma orientação para o ajuste adequado da dose para os casos em que se observam valores de hemoglobina que excedam 12 g/dl (7,5 mmol/l). Os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados para assegurar que é utilizada a dose mais baixa aprovada de Retacrit, para o controlo adequado dos sintomas da anemia. A terapêutica com Retacrit deve continuar até um mês após o final da quimioterapia. A dose inicial é de 150 UI/kg administrada por via subcutânea 3 vezes por semana. Em alternativa, pode administrar-se Retacrit com uma dose inicial de 450 UI/kg por via subcutânea uma vez por semana. Se a hemoglobina aumentou, pelo menos, 1 g/dl (0,62 mmol/l) ou a contagem reticulocitária aumentou ≥ 40 000 células/µl acima do valor inicial após 4 semanas de tratamento, a dose deve permanecer em 150 UI/kg 3 vezes por semana ou 450 UI/kg uma vez por semana. Se o aumento da hemoglobina for < 1 g/dl (< 0,62 mmol/l) e a contagem reticulocitária tiver aumentado < 40 000 células/µl acima do valor inicial, aumente a dose para 300 UI/kg 3 vezes por semana. Se após mais 4 semanas de terapêutica com 300 UI/kg 3 vezes por semana, a hemoglobina aumentou ≥ 1 g/dl (0,62 mmol/l) ou a contagem reticulocitária aumentou ≥ 40 000 células/µl, a dose deve permanecer em 300 UI/kg 3 vezes por semana. Contudo, se a hemoglobina aumentou < 1 g/dl (< 0,62 mmol/l) e a contagem reticulocitária aumentou < 40 000 células/µl acima do valor inicial, não é provável a obtenção de resposta, pelo que, o tratamento deve ser interrompido. O regime posológico recomendado é descrito no diagrama seguinte: 113 150 UI/kg, 3x/semana ou 450 UI/kg, uma vez por semana durante 4 semanas Aumento da contagem de reticulócitos < 40.000/μl e aumento de Hb < 1 g/dl Aumento da contagem de reticulócitos ≥ 40.000/μl ou aumento de Hb ≥ 1 g/d 300 UI/kg 3x/semana durante 4 semanas Hb pretentida (10-12 g/dl) Aumento da contagem de reticulócitos ≥ 40.000/μl ou aumento de Hb ≥ 1 g/d Aumento da contagem de reticulócitos < 40.000/μl e aumento de Hb < 1 g/dl Interromper o tratamento Assim que o objectivo terapêutico para um doente individual tiver sido atingido, a dose deve ser reduzida em 25 a 50% de modo a manter a hemoglobina nesse nível. Deve ser considerada a titulação adequada da dose. Ajuste da dose A uma taxa de aumento na hemoglobina de >2 g/dl (>1,25 mmol/l) por mês, a dose de Retacrit deve ser reduzida em cerca de 25-50%. Se o valor da hemoglobina exceder 12 g/dl (7,5 mmol/l), interrompa a terapêutica até baixar para 12 g/dl (7,5 mmol/l) ou menos e, depois, reintroduza a terapêutica com Retacrit a uma dose 25% inferior à dose anterior. Tratamento de doentes adultos cirúrgicos em programas de pré-doação autóloga Retacrit deve ser administrado por via intravenosa. Na altura da colheita de sangue, deve administrar-se Retacrit após a conclusão do procedimento de colheita de sangue. 114 Os doentes moderadamente anémicos (hematócrito de 33-39%) que necessitam de um depósito prévio de ≥ 4 unidades de sangue devem ser tratados com Retacrit a uma dose de 600 UI/kg de peso corporal 2 vezes por semana durante 3 semanas antes da cirurgia. Todos os doentes tratados com Retacrit deverão receber um suplemento de ferro adequado (p.ex. 200 mg de ferro elementar por via oral diariamente) durante o tratamento. Deve iniciar-se o suplemento de ferro o mais rapidamente possível, mesmo várias semanas antes de iniciar o depósito prévio autólogo, para obter níveis de ferro altos antes de iniciar a terapêutica com Retacrit. Tratamento de doentes adultos sujeitos a cirurgia electiva ortopédica major O Retacrit deve ser administrado por via subcutânea A dose recomendada de Retacrit é de 600 UI/kg administrada semanalmente, durante três semanas (dias 21, 14, e 7) antes da cirurgia e no dia da cirurgia (dia 0). Em casos em que haja necessidade clínica, o tempo antes da cirurgia pode ser reduzido para menos de três semanas. Nestes casos devemse administrar 300 mg/kg diariamente durante 10 dias consecutivos antes da cirurgia, no dia da cirurgia, e durante quatro dias imediatamente após a cirurgia. Se durante o período pré-operatório, a hemoglobina atingir níveis de 15 g/dl, ou superior, a administração de Retacrit deve ser interrompida e não se devem administrar doses adicionais. As deficiências em ferro devem ser tratadas antes de iniciar o tratamento com Retacrit. Além disto, todos os doentes devem receber o suplemento de ferro adequado (por exemplo, 200 mg por dia, por via oral, de elemento ferro) durante o decorrer do tratamento com Retacrit. Se possível, o suplemento de ferro deve ser inciado antes do tratamento com Retacrit, para atingir os níveis internos de ferro adequados. Modo de administração Injecção intravenosa A dose deve ser administrada durante, pelo menos, 1-5 minutos, dependendo da dose total. Em doentes submetidos a hemodiálise, pode administrar-se uma injecção de bólus durante a sessão de diálise através de uma porta venosa adequada na linha de diálise. Em alternativa, a injecção pode ser administrada no final da sessão de diálise através do tubo da agulha da fístula, seguida de 10 ml de solução de cloreto de sódio 9 mg/ml (0,9%) para enxaguar o tubo e garantir uma injecção satisfatória do medicamento na circulação. É preferível uma injecção mais lenta em doentes que reagem ao tratamento com sintomas gripais. Retacrit não deve ser administrado por perfusão intravenosa. Retacrit não deve ser misturado com outros medicamentos (ver secção 6.2). Injecção subcutânea Geralmente, não se deve exceder um volume máximo de 1 ml no local da injecção. Em caso de volumes superiores, deve escolher-se mais de um local para a injecção. As injecções são administradas nos membros ou na parede abdominal anterior. Para instruções acerca do manuseamento do medicamento antes da administração, ver secção 6.6. 4.3 − − − − Contra-indicações Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes. Os doentes que desenvolvem Aplasia Eritróide Pura (AEP) após tratamento com qualquer eritropoetina não podem receber Retacrit ou qualquer outra eritropoetina (ver secção 4.4). Hipertensão descontrolada. Na indicação “para aumentar a colheita de sangue autólogo”: enfarte do miocárdio ou acidente 115 − − 4.4 vascular cerebral no mês anterior ao tratamento, angina de peito instável, risco aumentado de trombose venosa profunda, nomeadamente, história clínica de doença tromboembólica venosa. Na indicação de cirurgia electiva ortopédica major: doença coronária grave, doença arterial periférica, carotídea ou doença vascular cerebral, incluindo doentes com antecedentes de enfarte do miocárdio recente ou acidente vascular cerebral. Doentes que, por qualquer razão, não podem receber profilaxia antitrombótica adequada. Advertências e precauções especiais de utilização Informações gerais Como em todos os doentes a receber eritropoetina, a pressão arterial pode aumentar durante o tratamento com Retacrit. A pressão arterial deve ser monitorizada de perto e controlada adequadamente em todos os doentes antes, no início e durante o tratamento com Retacrit. Pode ser necessário adicionar ou aumentar o tratamento anti-hipertensivo. Se a pressão arterial não puder ser bem controlada, o tratamento com Retacrit deve ser interrompido. Retacrit também deve ser usado com precaução em presença de epilepsia e insuficiência hepática crónica. Durante o tratamento com eritropoetina, pode ocorrer um aumento moderado do número de plaquetas, dentro dos valores normais, dependente da dose. Este efeito regride com o tratamento. Recomenda-se a monitorização regular do número de plaquetas nas primeiras 8 semanas de tratamento. Todas as outras causas de anemia (deficiência em ferro, hemólise, perda de sangue, deficiências em vitamina B12- ou folato) devem ser consideradas e tratadas antes de iniciar e durante a terapêutica com Retacrit. Na maioria dos casos, observa-se diminuição dos valores da ferritina sérica em simultâneo com o aumento do hematócrito. Para garantir uma resposta óptima à eritropoetina, devem garantir-se níveis de ferro adequados: − recomenda-se suplemento de ferro, p.ex. 200-300 mg/dia oralmente (100-200 mg/dia para doentes pediátricos) para doentes com insuficiência renal crónica cujos níveis séricos de ferritina sejam inferiores a 100 ng/ml − recomenda-se substituição de ferro na dose de 200-300 mg/dia para todos os doentes com neoplasia com saturação da transferrina inferior a 20% Todos estes factores que contribuem para a anemia devem ser considerados cuidadosamente ao tomar a decisão de aumentar a dose de eritropoetina em doentes com neoplasia. A diminuição paradoxal da hemoglobina e desenvolvimento de anemia grave associada com uma contagem baixa de reticulócitos deve levar à interrupção imediata do tratamento com epoetina e efectuar a análise para pesquisa de anticorpos anti-epoetinas. Têm sido notificados casos de doentes com hepatite C tratados com interferão e ribavirina, e com epoetinas utilizadas concomitantemente. As Epoetinas não estão aprovadas para controlar a anemia associada à hepatite C. De forma a melhorar a rastreabilidade dos agentes estimulantes da eritropoiese (AEEs), o nome do AEE prescrito deve ser claramente registado (ou indicado) no processo do doente. Na pericirurgia devem-se seguir sempre as boas práticas de utilização de sangue. Doentes que vão ser submetidos a cirurgia ortopédica electiva major Em doentes que vão ser submetidos a cirurgia electiva ortopédica major, a causa da anemia deve ser esclarecida e tratada, se possível, antes do início do tratamento com Retacrit. Os acontecimentos trombóticos podem ser um risco nesta população de doentes e esta possibilidade tem de ser cuidadosamente avaliada em relação ao benefício relacionado com o 116 tratamento. Os doentes devem receber profilaxia adequada com anticoagulantes, pois podem ocorrer eventos tromboembólicos e vasculares em doentes cirúrgicos, especialmente os que apresentam doença cardiovascular. Para além disto, também deverá ser observada precaução especial em doentes predispostos para o desenvolvimento de trombose venosa profunda (DVTs). Não se pode também excluir a possibilidade de que o tratamento com Retacrit, em doentes com um nível de hemoglobina > 13 g/dl, se associe a um aumento de risco de eventos trombóticos e vasculares pós-operatórios. A epoetina alfa não deverá, portanto, ser utilizada em doentes com valores de hemoglobina > 13 g/dl. Doentes insuficientes renais crónicos Concentração de hemoglobina Em doentes com insuficiência renal crónica, a concentração da hemoglobina de manutenção não deve exceder o limite superior da concentração de hemoglobina pretentida recomendada na secção 4.2. Em ensaios clínicos, observou-se um aumento do risco de morte, de acontecimentos cardiovasculares ou cerebrovasculares graves, incluindo AVC quando foram administrados AEE para alcançar uma hemoglobina superior a 12 g/dl (7,5 mmol/l). Ensaios clínicos controlados não demonstraram benefícios significativos atribuíveis à administração de epoetinas quando a concentração de hemoglobina aumenta para além do nível necessário para controlar os sintomas da anemia e para evitar transfusões sanguíneas. Os valores da hemoglobina devem ser medidos de forma regular até se atingir um valor estável e, posteriormente, de forma periódica. A taxa de aumento em hemoglobina deverá ser aproximadamente de 1 g/dl (0,62 mmol/l) por mês e não deverá exceder 2 g/dl (1,25 mmol/l) por mês para minimizar o risco de desenvolvimento ou agravamento de hipertensão. Os doentes com insuficiência renal crónica tratados com Retacrit por via subcutânea devem ser monitorizados regularmente quanto à perda de eficácia, definido como ausência ou diminuição de resposta ao tratamento de Retacrit nos doentes que responderam previamente a esta terapia. Isto caracteriza-se por uma diminuição constante dos níveis de hemoglobina, apesar do aumento da dose de Retacrit. Alguns doentes com intervalos de dosagem mais alargados (superiores a uma vez por semana) de epoetina podem não manter níveis adequados de hemoglobina (ver secção 5.1) e podem requerer um aumento na dose de epoetina. Os níveis de hemoglobina devem ser monitorizados regularmente. Deve ter-se precaução com o aumento gradual das doses de Retacrit em doentes com insuficiência renal crónica, uma vez que doses cumulativas elevadas de epoetina podem estar associadas a um aumento do risco de mortalidade, acontecimentos cardiovasculares e cerebrovasculares graves. Em doentes com uma resposta fraca da hemoglobina ao Retacrit, explicações alternativas para a fraca resposta devem ser consideradas (ver secções 4.2 e 5.1). A falta de resposta à terapêutica com eritropoetina deve levar a uma procura dos factores causais. Estes incluem: deficiência em ferro, folato, ou Vitamina B12; intoxicação por alumínio; infecções intercorrentes; episódios inflamatórios ou traumáticos; perda de sangue oculta; hemólise e fibrose da medula óssea de qualquer origem. Foram notificados muito raramente, casos de AEP (Aplasia Eritróide Pura) mediada por anticorpos em doentes com insuficiência renal crónica com eritropoetina administrada por via subcutânea. Em doentes que desenvolvam uma falta de eficácia súbita, definida por uma diminuição na hemoglobina (1-2 g/dl por mês) com uma maior necessidade de transfusões, deve efectuar-se uma contagem reticulocitária e as causas típicas para a falta de resposta (p.ex. deficiência em ferro, folato, ou vitamina B12, intoxicação por alumínio, infecção ou inflamação, perda de sangue e hemólise) devem 117 ser investigadas. Se não for identificada uma causa, deve ser considerado um exame da medula óssea para o diagnóstico da AEP. Se for diagnosticada AEP, a terapêutica com Retacrit deve ser interrompida imediatamente e deve considerar-se efectuar um teste aos anticorpos anti-eritropoetina. Os doentes não devem ser transferidos para outro medicamento pois os anticorpos anti-eritropoetina apresentam reactividade cruzada com outras eritropoetinas. Devem ser excluídas ooutras causas de AEP e deve ser instituída uma terapêutica apropriada. Recomenda-se a monitorização da contagem reticulocitária de forma regular para detectar possível ocorrência de falta de eficácia em doentes com insuficiência renal crónica. Observou-se hipercalemia em casos isolados. Em doentes com insuficiência renal crónica, a correcção da anemia pode conduzir a aumento do apetite, e a uma maior ingestão de potássio e proteínas. As prescrições de diálises podem ter de ser ajustadas periodicamente para manter a ureia, a creatinina e o potássio dentro dos valores desejados. Os electrólitos séricos devem ser monitorizados em doentes com insuficiência renal crónica. Se for detectado um nível sérico de potássio elevado (ou crescente), deve considerar-se suspender a administração de eritropoetina até à normalização da hipercalemia. Durante o tratamento com eritropoetina, é frequentemente requerido um aumento da dose de heparina, durante a hemodiálise, devido ao aumento do hematócrito. Se a heparinização não for óptima pode ocorrer a oclusão do sistema de diálise. Com base em informações disponíveis à data, a correcção da anemia com eritropoetina em doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise não acelera a taxa de progressão da insuficiência renal. Doentes adultos com neoplasia e anemia sintomática a receber quimioterapia Em doentes com neoplasia a receber quimioterapia, o atraso de 2-3 semanas entre a administração de eritropoetina e o aparecimento de glóbulos vermelhos induzidos pela eritropoetina deve considerado ao avaliar se a terapêutica com Retacrit é apropriada (doente em risco de transfusão). Os valores da hemoglobina devem ser monitorizados de perto até se atingir um valor estável e, posteriormente, de forma periódica. Caso a taxa de aumento na hemoglobina exceda 2 g/dl (1,25 mmol/l) por mês ou o valor da hemoglobina exceda 12 g/dl (7,5 mmol/l), o ajuste da dose detalhado na secção 4.2 deve ser executado cuidadosamente para minimizar o risco de acontecimentos trombóticos (ver secção 4.2). Como se observou um aumento na incidência episódios vasculares trombóticos (EVT) em doentes com neoplasia a receber agentes eritropoéticos (ver secção 4.8), este risco deve ser ponderado cuidadosamente face ao benefício a ser obtido do tratamento (com Retacrit), particularmente em doentes com neoplasia com um aumento do risco de episódios vasculares trombóticos, tais como obesidade e doentes com uma história clínica de EVT (p.ex. trombose venosa profunda ou Embolia pulmonar). Doentes cirúrgicos adultos num programa de doação prévia de sangue autólogo Todas as advertências e precauções especiais associadas aos programas de doação prévia de sangue autólogo, especialmente a substituição de volume de rotina, devem ser respeitadas. Potencial crescimento do tumor As epoetinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção dos eritrócitos. Os receptores da eritropoetina podem expressar-se na superfície de várias células tumorais. Como sucede com todos os factores de crescimentos, existe a preocupação de que as epoetinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de malignidade. Em vários estudos controlados, as epoetinas não 118 revelaram aumentar a sobrevivência global ou reduzir o risco de progressão do tumor em doentes com anemia associada a neoplasia. Vários ensaios clínicos controlados em doentes com várias neoplasias frequentes, incluindo a neoplasia da cabeça e pescoço, neoplasia do pulmão e neoplasia da mama, aos quais foram administradas epoetinas, revelaram um aumento inexplicado da mortalidade. Em estudos clínicos controlados, a utilização de epoetina alfa e de outros agentes estimuladores da eritropoiese (AEE) demonstraram: • tempo reduzido para a progressão do tumor em doentes com cancro avançado da cabeça e do pescoço submetidos a radioterapia quando administradas para alcançar uma hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l), • sobrevivência geral reduzida e aumento do número de mortes atribuídos à progressão da doença aos 4 meses em doentes com cancro da mama metastático submetidos a quimioterapia quando administradas para alcançar uma hemoglobina de 12-14 g/dl (7,5-8,7 mmol/l), • aumento do risco de morte quando administradas para alcançar uma hemoglobina de 12 g/dl (7,5 mmol/l) em doentes com malignidade activa que não estejam a ser submetidos a quimioterapia nem radioterapia. Os AEE não estão indicados para a utilização nesta população de doentes. Face ao acima descrito, em certas situações clínicas, a transfusão de sangue deve ser o tratamento preferencial para o tratamento da anemia em doentes com cancro. A decisão de administrar eritropoietinas recombinantes deve-se basear numa avaliação do risco/benefício com a participação do doente individual, que deve ter em conta o contexto clínico específico. Os factores que devem ser considerados nesta avaliação devem incluir o tipo de tumor e a sua fase, o grau de anemia, a esperança de vida, o ambiente em que o doente está a ser tratado e a preferência do doente (ver secção 5.1) Este medicamento contém fenilalanina que pode ser prejudicial para indivíduos com fenilcetonúria. Este medicamento contém menos de 1 mmol de sódio (23 mg) por dose, ou seja, é praticamente “isento de sódio”. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Não existem provas que indiquem que o tratamento com eritropoetina altere o metabolismo de outros medicamentos. Contudo, visto que a ciclosporina se liga através dos eritrócitos, existe potencial para interacções com outros medicamentos. Se a eritropoetina for administrada concomitantemente com a ciclosporina, os níveis séricos da ciclosporina devem ser monitorizados e a dose ciclosporina ajustada à medida que o hematócrito aumenta. Não existe evidência que indique uma interacção entre a epoetina alfa e G-CSF ou GM-CSF em relação à diferenciação hematológica ou proliferação in vitro de tecido tumoral obtido por biopsia. 4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento Não existem estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Os estudos em animais revelaram toxicidade reprodutiva (ver secção 5.3). Não é sabido se a epoetina zeta exogena é excretada no leite materno. Por conseguinte, deve utilizar-se a eritropoetina durante a gravidez e o aleitamento apenas se o benefício potencial compensar o risco potencial para o feto. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Os efeitos de Retacrit sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas são nulos ou desprezíveis. 4.8 Efeitos indesejáveis 119 Sumário do perfil de segurança. Os dados provenientes de estudos clínicos com Retacrit estão em linha com o perfil de segurança de outra eritropoetinas autorizadas. Com base nos resultados dos estudos clínicos com outras eritropoetinas autorizadas, aproximadamente 8% dos doentes tratados com eritropoetina poderão apresentar reacções adversas. As reacções adversas, durante o tratamento com eritropoetina, são observados, predominantemente, em doentes com insuficiência renal crónica ou malignidade subjacente; e são mais frequentemente cefaleias e aumento na pressão arterial, dependente da dose. Podem ocorrer crises hipertensivas com sintomas do tipo encefalopatia. Deve ser dada atenção ao aparecimento súbito de cefaleias graves tipo enxaqueca como um possível sinal de alarme. Foi notificada congestão do tracto respiratório, que inclui eventos de congestão do tracto respiratório superior, congestão nasal e nasofaringite em estudos com intervalo de dosagem alargada em doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise. Foram notificados acontecimentos trombóticos/vasculares, tais como isquémia do miocárdio, enfarte do miocárdio, acidentes vasculares cerebrais (hemorragia cerebral e enfarte cerebral), crises isquémicas transitórias, trombose venosa profunda, trombose arterial, embolia pulmonar, aneurismas, trombose da retina e coagulação de um rim artificial em doentes a receberem agentes eritropoiéticos. Foi notificada eritroblastopenia (AEP) mediada por anticorpos após meses a anos de tratamento com epoetina alfa. Na maioria destes doentes, foram observados anticorpos anti-eritropoietinas (ver secções 4.3 e 4.4). Lista tabelada das reacções adversas Nesta secção as frequências das reacções adversas são definidos da seguinte forma: muito frequentes (≥1/10), frequentes (≥1/100, <1/10), pouco frequentes (≥1/1.000, <1/100), raros (≥1/10.000, <1/1.000), muito raros (<1/10.000), desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis) Dentro de cada grupo de frequência, as reacções adversas devem ser apresentados por ordem decrescente de gravidade. As frequências podem variar dependendo da indicação. CSO Doenças do sangue e do sistema linfático Frequência Muito raro Desconhecido Doenças do sistema imunitário Raro Muito raro Muito frequentes Doenças do sistema nervoso Frequentes Pouco frequentes Desconhecido Afecções oculares Cardiopatias Desconhecido Desconhecido Vasculopatias Frequentes 120 Efeito Adverso Trombocitose (ver secção 4.4) eritroblastopenia (AEP) mediada por anticorpos Reacções de hipersensibilidade Reacção anafiláctica Tonturas (doentes com insuficiência renal crónica) Cefaleias (doentes com cancro) Acidente Vascular Cerebral Tonturas (doentes com cancro) Cefaleias (doentes com com insuficiência renal crónica) Hemorragia cerebral Enfarte cerebral Encefalopatia hipertensiva Ataques isquémicos transitórios Trombose na retina Enfarte do miocárdio Isquémia do miocárdio Trombose em veias profundas (doentes com cancro) Aumento da pressão sanguínea Desconhecido Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino Frequentes Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos Frequente Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos Perturbações gerais e alterações no local de administração Pouco frequente Desconhecido Muito raro Desconhecido Muito frequentes Frequentes Muito frequentes Frequentes Complicações de intervenções relacionadas com lesões e intoxicações Frequentes Aneurisma Trombose arterial Trombose em veias profundas (doentes com insuficiência renal crónica) Crise hipertensiva Embolismo pumonar (doentes com cancro) Congestão do trato respiratório Embolismo pumonar (doentes com cancro) Erupções cutâneas não específicas Angioedema Prúrido Dores nas articulações (doentes com insuficiência renal) Dores nas articulações (doentes com cancro) Sintomas gripais (doentes com insuficiência renal) Sensação de fraqueza (doentes com insuficiência renal) Sensação de cansaço (doentes com insuficiência renal) Sintomas gripais (doentes com cancro) Sensação de fraqueza (doentes com cancro) Sensação de cansaço (doentes com cancro) Coagulação de um rim artificial Doentes adultos e pediátricos em hemodiálise, doentes adultos em diálise peritoneal e doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise A reacção adversa mais frequente durante o tratamento com epoetina alfa é um aumento dependente da dose da tensão arterial ou um agravamento da hipertensão existente. Estes aumentos na tensão arterial podem ser tratados com medicamentos. Além disso, recomenda-se a monitorização da tensão arterial particularmente no início do tratamento. Também ocorreram as seguintes reacções em doentes isolados com tensão arterial normal ou baixa: crises hipertensivas com sintomas do tipo encefalopatia (p. ex., cefaleias e estado de confusão) e convulsões tónico-clónicas generalizadas, necessitando de cuidados médicos imediatos e tratamento intensivo. Deve ser dada particular atenção ao aparecimento súbito de cefaleias graves tipo enxaqueca como um possível sinal de alerta. Pode ocorrer trombose do shunt, especialmente em doentes com tendência para hipotensão ou com complicações da fístula arteriovenosa (p. ex., estenoses, aneurismas, etc.). Nestes doentes recomendase a revisão precoce do shunt e a profilaxia da trombose através da administração de ácido acetilsalicílico, por exemplo. Doentes oncológicos adultos com anemia sintomática em quimioterapia Pode ocorrer hipertensão em doentes tratados com epoetina alfa. Consequentemente, a hemoglobina e a tensão arterial devem ser cuidadosamente monitorizadas. 121 Foi observado um aumento da incidência dos acontecimentos vasculares trombóticos (ver secção 4.4 e secção 4.8 - Gerais) em doentes tratados com agentes eritropoiéticos. Doentes cirúrgicos Independentemente do tratamento com eritropoetina, podem ocorrer acontecimentos trombóticos e vasculares em doentes cirúrgicos com doença cardiovascular subjacente após flebotomia repetida. Portanto, deve efectuar-se a substituição de volume de rotina nesses doentes. Em doentes com valores basais de hemoglobina > 13g/dl , não pode ser excluída a possibilidade de que o tratamento com Retacrit possa estar associado a um aumento do risco de eventos trombóticos/vasculares pós-cirurgia. Notificação de suspeitas de reações adversas A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas de reações adversas através do sistema nacional de notificação mencionado no Apêndice V. 4.9 Sobredosagem A margem terapêutica da eritropoetina é muito larga. A sobredosagem de eritropoetina pode produzir efeitos que são prolongamentos dos efeitos farmacológicos da hormona. Pode efectuar-se a flebotomia se ocorrerem valores da hemoglobina excessivamente altos. Deve ser fornecido cuidado de apoio adicional conforme for necessário. 5. 5.1 PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS Propriedades farmacodinâmicas Grupo farmacoterapêutico: Outras preparações antianémicas, eritropoetina Código ATC: B03XA01 Retacrit é um medicamento biológico similar. Está disponível informação pormenorizada no sítio da Agência Europeia de Medicamentos http://www.ema.europa.eu Efeitos farmacodinâmicos A eritropoetina é uma glicoproteína que estimula, como um factor estimulante das mitoses e como hormona diferenciadora, a formação de eritrócitos a partir de precursores do compartimento da célula estaminal. O peso molecular aparente da eritropoetina é de 32 000-40 000 Dalton. A metade proteica da molécula contribui para cerca de 58% do peso molecular total e é composta por 165 aminoácidos. As quatro cadeias de hidratos de carbono estão ligadas à proteína através de três ligações N-glicosídeas e uma ligação O-glicosídea. A epoetina zeta é idêntica, na sua composição em aminoácidos e em hidratos de carbono, à eritropoetina humana endógena isolada da urina de doentes anémicos. A eficácia biológica da eritropoetina foi demonstrada em vários modelos animais in vivo (rato normal e rato anémico, ratinho policitémico). Após a administração da eritropoetina, o número de eritrócitos, os valores de hemoglobina e a contagem reticulocitária, bem como a taxa de incorporação de 59Fe, aumentam. Após incubação das células eritróides nucleadas do baço (cultura de células de baço de ratinho) com epoetina beta, detectou-se um aumento da incorporação da timidina tritiada (3H-timidina) in vitro. Poderia demonstrar-se com a ajuda de células humanas de medula óssea que a eritropoetina estimula 122 especificamente a eritropoiese, não afectando a leucopoiese. Não foi detectada acção citotóxica da eritropoetina em células da medula óssea. Como sucede com outros factores de crescimentos hematopoéticos, a eritropoetina demonstrou propriedades estimulantes in vitro em células endoteliais humanas. Doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise Em 2 estudos com intervalo de dosagem alargada de eritropoetina (3 vezes por semana, uma vez por semana, uma vez em cada 2 semanas e uma vez em cada 4 semanas) alguns doentes com intervalos de dosagem mais longos não mantiveram níveis de hemoglobina adequados e alcançaram o critério de retirada de hemoglobina definido no protocolo (0% nos grupos de uma vez por semana, 3,7% nos grupos de uma vez em cada 2 semanas e 3,3% nos grupos de uma vez em cada 4 semanas). Eficácia clínica e segurança 721 doentes com neoplasia a receber quimioterapia sem platina foram incluídos em três estudos controlados com placebo, 389 doentes com neoplasias hematológicas (221 mielomas múltiplos, 144 linfoma não-Hodgkin e 24 outras neoplasias hematológicas) e 332 com tumores sólidos (172 da mama, 64 ginecológicos, 23 do pulmão, 22 da próstata, 21 gastrointestinais, e 30 outros tipos de tumor). Em dois grandes estudos, em aberto, 2 697 doentes com neoplasia a receber quimioterapia sem platina foram incluídos, 1 895 com tumores sólidos (683 da mama, 260 do pulmão, 174 ginecológicos, 300 gastrointestinais e 478 outros tipos de tumor) e 802 com neoplasias hematológicas. Num estudo prospectivo, aleatório, com ocultação dupla, controlado com placebo, conduzido em 375 doentes anémicos com várias neoplasias não-mielóides a receber quimioterapia sem platina, verificouse uma redução significativa de sequelas relacionadas com a anemia (p.ex. fadiga, diminuição da energia e redução da actividade), medidas pelos instrumentos e escalas seguintes: escala geral de Avaliação Funcional de Terapia da Neoplasia-Anemia (FACT-An), escala de fadiga FACT-An e Escala Linear Analógica da Neoplasia (CLAS). Dois outros estudos mais pequenos, aleatórios, controlados com placebo, não demonstraram uma melhoria significativa nos parâmetros de qualidade de vida na escala EORTC-QLQ-C30 ou CLAS, respectivamente. A eritropoetina é um factor de crescimento que estimula principalmente a produção dos eritrócitos. Os receptores da eritropoetina podem expressar-se na superfície de várias células tumorais. A sobrevivência e a progressão tumoral foram examinadas em cinco grandes estudos controlados envolvendo um total de 2 833 doentes, dos quais quatro foram estudos duplamente cegos controlados com placebo e um foi um estudo aberto. Os estudos recrutaram doentes que estavam a ser tratados com quimioterapia (dois estudos) ou utilizaram populações de doentes nas quais os agentes estimuladores da eritropoiese não estavam indicados: anemia em doentes com cancro que não estavam submetidos a quimioterapia e doentes com cancro da cabeça e do pescoço submetidos a radioterapia. A concentração de hemoglobina pretentida em dois estudos foi de > 13 g/dl; nos restantes três estudos esta foi de 12-14 g/dl. No estudo aberto não houve diferença na sobrevivência geral entre os doentes tratados com a eritropoietina humana recombinante e os controlos. Nos quatro estudos controlados com placebo, as taxas de risco da sobrevivência geral foram de 1,25 e 2,47 a favor dos controlos. Estes estudos demonstraram uma mortalidade excessiva consistente inexplicada e estatisticamente significativa em doentes com anemia associada a vários cancros vulgares que receberam eritropoietina humana recombinante comparativamente aos controlos. O resultado da sobrevivência geral nos ensaios não conseguiu ser explicado de modo satisfatório pelas diferenças na incidência da trombose e das complicações relacionadas entre os doentes aos quais foi administrada a eritropoietina humana e os doentes no grupo de controlo. Também foi realizada uma análise sistemática envolvendo mais de 9000 doentes com cancro que participaram em 57 ensaios clínicos. A meta-análise dos dados de sobrevivência geral produziu uma estimativa pontual da razão de perigo de 1,08 a favor dos controlos (95% IC: 0,99; 1,18; 42 ensaios e 8167 doentes). Foi observado um aumento do risco relativo de acontecimentos tromboembólicos (RR 1,67; 95% IC: 1,35; 2,06; 35 ensaios e 6 769 doentes) em doentes tratados com eritropoietina humana 123 recombinante. Existe um aumento do risco de acontecimentos tromboembólicos em doentes com cancro tratados com eritropoietina humana recombinante e não se pode excluir um impacto negativo na sobrevivência geral. A extensão da possível aplicação destes resultados à administração da eritropoietina humana recombinante a doentes com cancro, tratados com quimioterapia para alcançarem concentrações de hemoglobina inferiores a 13 g/dl, está por clarificar uma vez que foram incluídos poucos doentes com estas características nos dados analisados . Foi efectuada uma análise dos dados individuais dos doentes em mais de 13.900 doentes com cancro (quimio-, rádio-, quimioradio-, ou sem terapia) que participaram em 53 ensaios clínicos controlados envolvendo várias epoetinas. A meta-análise dos dados de sobrevivência geral conduziram a uma taxa de risco estimado de 1,06 favorável ao controle (IC 95%: 1,00; 1,12; 53 ensaios clínicos e 13.933 doentes) e para os doentes com cancro recebendo quimioterapia, a Hazard ratio de sobrevivência geral foi de 1,04 (IC 95%: 0,97; 1,11; 38 ensaios e 10.411 doentes). A meta-análise também indicou um aumento consistente e significativo do risco relativo de acontecimentos trombóides nos doentes com cancro recebendo eritropoeitina humana recombinante (ver secção 4.4). Num estudo randomizado, duplamente oculto, controlado por placebo com 4.037 doentes com insuficiência renal crónica, não em diálise, com diabetes tipo 2, e níveis de hemoglobina ≤ 11 g/dl, os doentes receberam tratamento com darbepoetina alfa para obter níveis de hemoblogina de 13 g/dl ou com placebo (ver secção 4.4). O estudo não cumpriu o seu objectivo primário de demonstração da redução do risco para todas as causas de mortalidade, morbilidade cardiovascular, ou doença renal em fase final (DRFF). A análise dos components dos marcadores finais compostos dos indíviduos mostraram as seguintes HR (IC 95%): morte 1,05 (0,92; 1,21), AVC 1,92 (1,38; 2,68), falha cardíaca congestiva (FCC) 0,89 (0,74; 1,08), enfarte do miocárdio (EM) 0,96 (0,75; 1,23), hospitalização por isquémia do miocárdio 0,84 (0,55; 1,27), DRFF 1.02 (0.87, 1.18). Foram realizadas análises subsequentes agrupadas dos estudos clínicos de AEEs em doentes com IRC (em doentes dialisados, não dialisados, diabéticos e não diabéticos). Foi observado a tendência para o aumento da estimativa do risco para todas as causas de mortalidade, acontecimentos cardiovasculares e cerebrovasculares associados a doses cumulativas elevadas de AEE independentes do estado de diabetes ou diálise (ver secções 4.2 e 4.4). 5.2 Propriedades farmacocinéticas Por via intravenosa A medição da eritropoetina após a administração de várias doses por via intravenosa revelou uma semi-vida de aproximadamente 4 horas em voluntários normais e uma semi-vida ligeiramente mais prolongada em doentes com insuficiência renal, aproximadamente 5 horas. Foi notificada uma semi-vida de aproximadamente 6 horas em crianças. Por via subcutânea Após a injecção subcutânea, os níveis séricos da eritropoetina são muito inferiores aos níveis atingidos após a injecção IV, os níveis aumentam lentamente e atingem um pico entre 12 e 18 horas após a dose. O pico fica sempre muito abaixo do pico que se atinge utilizando a via IV (aproximadamente 1/20 do valor). Não existe acumulação: os níveis permanecem os mesmos, quer sejam determinados 24 horas após a primeira injecção ou 24 horas após a última injecção. A semi-vida é difícil de avaliar para a via subcutânea e estima-se cerca de 24 horas. A biodisponibilidade da eritropoetina injectável por via subcutânea é muito inferior à do medicamento por via intravenosa: aproximadamente 20%. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em alguns estudos toxicológicos pré-clínicos em cães e ratos, mas não em macacos, a terapêutica com eritropoetina esteve associada a fibrose da medula óssea subclínica (a fibrose da medula óssea é uma complicação conhecida da insuficiência renal crónica no Homem e pode estar relacionada com hiperparatiroidismo secundário ou factores desconhecidos. A incidência de fibrose da medula óssea 124 não aumentou num estudo de doentes em hemodiálise que foram tratados com eritropoetina durante 3 anos comparativamente com um grupo de controlo equiparado de doentes em diálise que não foram tratados com eritropoetina). Em estudos em animais, demonstrou-se que a eritropoetina diminui o peso corporal fetal, atrasa a ossificação e aumenta a mortalidade fetal quando administrada em doses semanais de aproximadamente 20 vezes a dose semanal recomendada no Homem. Estas alterações são interpretadas como secundárias relativamente à diminuição do ganho de peso corporal materno. A eritropoetina não demonstrou quaisquer alterações nos testes bacterianos e de mutagenicidade da cultura celular em mamíferos e num teste de micronúcleo in vivo em ratinhos. Não foram efectuados estudos de carcinogenicidade a longo prazo. Existem relatórios contraditórios na literatura relativamente a se a eritropoetina pode desempenhar um papel importante como proliferadora de tumores. Estes relatórios baseiam-se em resultados in vitro de amostras de tumores humanos, mas o seu significado é incerto na situação clínica. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1 Lista dos excipientes Fosfato dissódico di-hidratado Fosfato monossódico di-hidratado Cloreto de sódio Cloreto de cálcio di-hidratado Polissorbato 20 Glicina Leucina Isoleucina Treonina Ácido glutâmico Fenilalanina Água para preparações injectáveis Hidróxido de sódio (regulador de pH) Ácido clorídrico (regulador de pH) 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de compatibilidade, este medicamento não deve ser misturado com outros medicamentos. 6.3 Prazo de validade 30 meses 6.4 Precauções especiais de conservação Conservar no frigorífico (2°C - 8°C). Não congelar. Manter a seringa pré-cheia dentro da embalagem exterior para proteger da luz. Durante a utilização em ambulatório, o doente pode retirar o medicamento do frigorífico e armazenálo à temperatura ambiente (não superior a 25°C), por um período único até 3 dias. 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente 0,8 ml de solução injectável em seringa pré-cheia de vidro do tipo I com uma agulha fixa em aço e um êmbolo com revestimento PTFE com ou sem proteção de agulha. 125 Cada embalagem contém 1 ou 6 seringas pré-cheias. É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações. 6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento Instruções de manuseamento para Retacrit: 1. Após retirar uma seringa da embalagem blister, verifique a solução se apresenta límpida, incolor e praticamente isenta de partículas visíveis. 2. Retire a tampa de protecção da agulha da seringa e o ar é expelido da seringa e da agulha segurando a seringa na vertical e pressionando suavemente o êmbolo para cima. 3. A seringa está agora pronta a usar. Retacrit não deve ser usado se • o selo do estiver quebrado ou se o blister estiver danificado de alguma forma • o líquido estiver colorido ou conseguir ver partículas a flutuar nele • qualquer líquido tiver derramado da seringa pré-cheia ou se for visível condensação dentro do blister selado • tiver sido congelado acidentalmente Este medicamento destina-se apenas a uma administração. Não agitar. Os medicamentos não utilizados ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Hospira UK Limited Horizon Honey Lane Hurley Maidenhead SL6 6RJ Reino Unido 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/07/431/013 seringa pré-cheia EU/1/07/431/014 seringa pré-cheia EU/1/07/431/038 seringa pré-cheia com protecção de agulha EU/1/07/431/039 seringa pré-cheia com protecção de agulha 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Data da primeira autorização: 18 de Dezembro de 2007 Data da última renovação: 15 de novembro de 2012 126 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO A informaçãoo detalhada sobre este medicamento está disponível na página da European Medicines Agency http://www.ema.europa.eu. 127 1. NOME DO MEDICAMENTO Retacrit 10 000 UI/1,0 ml solução injectável em seringa pré-cheia 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Uma seringa pré-cheia com 1,0 ml de solução injectável contém 10 000 unidades internacionais (UI) de epoetina zeta* (eritropoetina humana recombinante). A solução contém 10 000 UI de epoetina zeta por ml. *Produzida por tecnologia de ADN recombinante na linhagem celular de ovário de hamster chinês (CHO). Excipiente com efeito conhecido Cada seringa pré-cheia contém 0,50 mg de fenilalanina. Para a lista completa de excipientes, ver secção 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em seringa pré-cheia. Solução incolor e límpida. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia sintomática associada a insuficiência renal crónica (IRC) em doentes adultos e pediátricos: o Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em doentes adultos e pediátricos em hemodiálise e doentes adultos em diálise peritoneal (ver secção 4.4). o Tratamento da anemia grave de causa renal acompanhada de sintomas clínicos em doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise (ver secção 4.4). − Tratamento da anemia e redução dos requisitos de transfusão em doentes adultos a receber quimioterapia para tumores sólidos, linfoma maligno ou mieloma múltiplo, e em risco de transfusão conforme a avaliação do estado geral do doente (p.ex. estado cardiovascular, anemia prévia no início da quimioterapia). − Pode utilizar-se Retacrit para aumentar a colheita de sangue autólogo em doentes num programa de doação prévia. A sua utilização nesta indicação deve ser ponderada face ao risco de ocorrência de acontecimentos tromboembólicos notificado. O tratamento só deve ser administrado a doentes com anemia moderada (sem deficiência em ferro), se não estiverem disponíveis processos de conservação de sangue ou se estes forem insuficientes quando uma cirurgia electiva programada importante requerer um grande volume de sangue (4 ou mais unidades de sangue na mulher ou 5, ou mais unidades, no homem). − Retacrit pode ser utilizado para reduzir a exposição à transfusão sanguínea alogénica em adultos sem deficiência de ferro, antes de cirurgia electiva ortopédica major, que tenham um elevado um risco elevado para complicações associadas a transfusões. O seu uso deve ser restrito a doentes adultos com anemia moderada (ex. hemoglobina 10-13 g/dl) que não tenham disponível um programa de pré-doação autólogo e em que é previsível uma perda moderada de sangue (900 a 1 800 ml). 4.2 Posologia e modo de administração 128 O tratamento com Retacrit tem de ser iniciado sob a supervisão de médicos com experiência na gestão de doentes com as indicações acima mencionadas. Posologia Tratamento da anemia sintomática em doentes insuficientes renais crónicos adultos e pediátricos Retacrit deve ser administrado por via subcutânea ou por via intravenosa. A concentração de hemoglobina pretendida situa-se entre 10 e 12 g/dl (6,2-7,5 mmol/l), excepto em doentes pediátricos nos quais a concentração de hemoglobina se deverá situar entre 9,5 e 11 g/dl (5,96,8 mmol/l). Não se deve exceder o limite superior da concentração de hemoglobina a atingir. Os sintomas e as sequelas da anemia podem variar com a idade, o sexo e a carga geral da doença, sendo necessária a avaliação por parte de um médico do estado clínico e da condição de cada doente. Retacrit deve ser administrado por via subcutânea ou por via intravenosa a fim de aumentar a hemoglobina para valores não superiores a 12 g/dl (7,5 mmol/l). Devido à variabilidade intra-doente, pode observar-se ocasionalmente valores de hemoglobina superiores e inferiores ao nível de hemoglobina desejado num doente individual. A variabilidade da hemoglobina deve ser resolvida através da gestão da dose, tendo em consideração o intervalo de hemoglobina pretentida de 10 g/dl (6,2 mmol/l) a 12 g/dl (7,5 mmol). Devem ser evitados valores de hemoglobina que se mantenham superiores a 12 g/dl. As recomendações para o ajuste adequado da dose quando se observam valores de hemoglobina superiores a 12 g/dl (7,5 mmol/l) estão descritas abaixo. Deve ser evitado um aumento do valor de hemoglobina superior a 2 g/dl (1,25 mmol/l) num período de quatro semanas. Caso ocorra, o ajuste de dose apropriado deverá ser efectuado. Os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados para assegurar que é utilizada a dose efetiva mais baixa aprovada de Retacrit, para o controlo adequado dos sintomas da anemia enquanto se mantém uma concentração de hemoglobina inferior ou igual a 12 g/dl (7,5 mmol/l). Deve ter-se precaução com o aumento gradual das doses de Retacrit em doentes com insuficiência renal crónica. Em doentes com uma resposta fraca da hemoglobina ao Retacrit, explicações alternativas para a fraca resposta devem ser consideradas (ver secções 4.4 e 5.1). Em doentes com insuficiência renal crónica e cardiopatia isquémica ou insuficiência cardíaca congestiva clinicamente evidentes, a concentração de hemoglobina de manutenção não deverá exceder o limite superior da concentração de hemoglobina a atingir. Doentes adultos em hemodiálise Retacrit deve ser administrado por via subcutânea ou por via intravenosa O tratamento divide-se em duas fases: 1. Fase de correcção: 50 UI/kg 3 vezes por semana. Quando for necessário um ajuste da dose, este deve ser feito em etapas de, pelo menos, quatro semanas. Em cada etapa, o aumento ou redução da dose deve ser de 25 UI/kg 3 vezes por semana. 2. Fase de manutenção: Ajuste da dose para manter os valores da hemoglobina (Hb) no nível desejado: Hb entre 10 e 12 g/dl (6,2-7,5 mmol/l). A dose total semanal recomendada situa-se entre 75 e 300 UI/kg. Os dados clínicos disponíveis sugerem que aqueles doentes cuja hemoglobina inicial é muito baixa (< 6 g/dl ou < 3,75 mmol/l) podem necessitar de doses de manutenção mais altas do que aqueles cuja anemia inicial é menos grave (Hb > 8 g/dl ou > 5 mmol/l). Doentes pediátricos em hemodiálise 129 O tratamento divide-se em duas fases: 1. Fase de correcção: 50 UI/kg 3 vezes por semana por via intravenosa. Quando for necessário um ajuste da dose, este deve ser feito em etapas de 25 UI/kg, 3 vezes por semana em intervalos de, pelo menos, 4 semanas até o objectivo pretendido ser atingido. 2. Fase de manutenção: Ajuste da dose para manter os valores da hemoglobina (Hb) no nível desejado: Hb entre 9,5 e 11 g/dl (5,9-6,8 mmol/l). Geralmente, as crianças e adolescentes com menos de 30 kg de peso necessitam de doses de manutenção mais altas do que as crianças com mais de 30 kg e os adultos. As seguintes doses de manutenção foram observadas em estudos clínicos após 6 meses de tratamento. Peso (kg) < 10 10-30 > 30 Dose (UI/kg administrada 3 vezes por semana) Mediana Dose de manutenção habitual 100 75-150 75 60-150 33 30-100 Os dados clínicos disponíveis sugerem que aqueles doentes cuja hemoglobina inicial é muito baixa (< 6,8 g/dl ou < 4,25 mmol/l) podem necessitar de doses de manutenção mais altas do que aqueles cuja hemoglobina inicial é superior a > 6,8 g/dl ou > 4,25 mmol/l. Doentes adultos em diálise peritoneal Retacrit deve ser administrado por subcutânea ou por via intravenosa. O tratamento divide-se em duas fases: 1. Fase de correcção: A dose inicial é de 50 UI/kg 2 vezes por semana. 2. Fase de manutenção: Ajuste da dose para manter os valores da hemoglobina (Hb) no nível desejado: (Hb entre 10 e 12 g/dl (6,2-7,5 mmol/l). Dose de manutenção entre 25 e 50 UI/kg 2 vezes por semana em 2 doses iguais. Doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise Retacrit deve ser administrado por subcutânea ou por via intravenosa. O tratamento divide-se em duas fases: 1. Fase de correcção: A dose inicial é de 50 UI/kg 3 vezes por semana, por via intravenosa, seguida, se necessário, por um aumento da dose com incrementos de 25 UI/kg (3 vezes por semana) até o objectivo pretendido ser atingido (isto deve ser feito em etapas de, pelo menos, quatro semanas). 2. Fase de manutenção: Durante a fase de manutenção, o Retacrit pode ser administrado 3 vezes por semana e em caso de administração subcutânea, uma vez por semana ou uma vez em cada 2 semanas. Deve ser realizado o ajuste apropriado da dose e dos intervalos da dose para manter os valores da hemoglobina (Hb) no nível desejado: Hb entre 10 e 12 g/dl (6,2-7,5 mmol/l). Uma extensão dos intervalos da dose pode requerer um aumento da dose. A dosagem máxima não deverá exceder 150 UI/Kg 3 vezes por semana, 240 UI/Kg (até um máximo de 20 000 UI) uma vez por semana ou 480 UI/Kg (até um máximo de 40 000 UI) uma vez em cada 2 semanas. Tratamento de doentes com anemia induzida por quimioterapia Retacrit deve ser administrada por via subcutânea a doentes com anemia (p. ex., concentração de hemoglobina ≤ 10 g/dl (6,2 mmol/l). Os sintomas e as sequelas da anemia podem variar com a idade, o 130 sexo e a carga geral da doença; sendo necessária a avaliação por parte de um médico do estado clínico e da condição de cada doente. Devido à variabilidade intra-doente, pode observar-se ocasionalmente valores de hemoglobina superiores e inferiores ao nível de hemoglobina desejado num doente individual. A variabilidade da hemoglobina deve ser resolvida através da gestão da dose, tendo em consideração o intervalo de hemoglobina pretentida de 10 g/dl (6,2 mmol/l) a 12 g/dl (7,5 mmol). Deve ser evitado que o nível de hemoglobina se mantenha superior a 12 g/dl (7,5 mmol/l), sendo de seguida fornecida uma orientação para o ajuste adequado da dose para os casos em que se observam valores de hemoglobina que excedam 12 g/dl (7,5 mmol/l). Os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados para assegurar que é utilizada a dose mais baixa aprovada de Retacrit, para o controlo adequado dos sintomas da anemia. A terapêutica com Retacrit deve continuar até um mês após o final da quimioterapia. A dose inicial é de 150 UI/kg administrada por via subcutânea 3 vezes por semana. Em alternativa, pode administrar-se Retacrit com uma dose inicial de 450 UI/kg por via subcutânea uma vez por semana. Se a hemoglobina aumentou, pelo menos, 1 g/dl (0,62 mmol/l) ou a contagem reticulocitária aumentou ≥ 40 000 células/µl acima do valor inicial após 4 semanas de tratamento, a dose deve permanecer em 150 UI/kg 3 vezes por semana ou 450 UI/kg uma vez por semana. Se o aumento da hemoglobina for < 1 g/dl (< 0,62 mmol/l) e a contagem reticulocitária tiver aumentado < 40 000 células/µl acima do valor inicial, aumente a dose para 300 UI/kg 3 vezes por semana. Se após mais 4 semanas de terapêutica com 300 UI/kg 3 vezes por semana, a hemoglobina aumentou ≥ 1 g/dl (0,62 mmol/l) ou a contagem reticulocitária aumentou ≥ 40 000 células/µl, a dose deve permanecer em 300 UI/kg 3 vezes por semana. Contudo, se a hemoglobina aumentou < 1 g/dl (< 0,62 mmol/l) e a contagem reticulocitária aumentou < 40 000 células/µl acima do valor inicial, não é provável a obtenção de resposta, pelo que, o tratamento deve ser interrompido. O regime posológico recomendado é descrito no diagrama seguinte: 131 150 UI/kg, 3x/semana ou 450 UI/kg, uma vez por semana durante 4 semanas Aumento da contagem de reticulócitos < 40.000/μl e aumento de Hb < 1 g/dl Aumento da contagem de reticulócitos ≥ 40.000/μl ou aumento de Hb ≥ 1 g/d 300 UI/kg 3x/semana durante 4 semanas Hb pretentida (10-12 g/dl) Aumento da contagem de reticulócitos ≥ 40.000/μl ou aumento de Hb ≥ 1 g/d Aumento da contagem de reticulócitos < 40.000/μl e aumento de Hb < 1 g/dl Interromper o tratamento Assim que o objectivo terapêutico para um doente individual tiver sido atingido, a dose deve ser reduzida em 25 a 50% de modo a manter a hemoglobina nesse nível. Deve ser considerada a titulação adequada da dose. Ajuste da dose A uma taxa de aumento na hemoglobina de >2 g/dl (>1,25 mmol/l) por mês, a dose de Retacrit deve ser reduzida em cerca de 25-50%. Se o valor da hemoglobina exceder 12 g/dl (7,5 mmol/l), interrompa a terapêutica até baixar para 12 g/dl (7,5 mmol/l) ou menos e, depois, reintroduza a terapêutica com Retacrit a uma dose 25% inferior à dose anterior. Tratamento de doentes adultos cirúrgicos em programas de pré-doação autóloga Retacrit deve ser administrado por via intravenosa. Na altura da colheita de sangue, deve administrar-se Retacrit após a conclusão do procedimento de colheita de sangue. 132 Os doentes moderadamente anémicos (hematócrito de 33-39%) que necessitam de um depósito prévio de ≥ 4 unidades de sangue devem ser tratados com Retacrit a uma dose de 600 UI/kg de peso corporal 2 vezes por semana durante 3 semanas antes da cirurgia. Todos os doentes tratados com Retacrit deverão receber um suplemento de ferro adequado (p.ex. 200 mg de ferro elementar por via oral diariamente) durante o tratamento. Deve iniciar-se o suplemento de ferro o mais rapidamente possível, mesmo várias semanas antes de iniciar o depósito prévio autólogo, para obter níveis de ferro altos antes de iniciar a terapêutica com Retacrit. Tratamento de doentes adultos sujeitos a cirurgia electiva ortopédica major O Retacrit deve ser administrado por via subcutânea A dose recomendada de Retacrit é de 600 UI/kg administrada semanalmente, durante três semanas (dias 21, 14, e 7) antes da cirurgia e no dia da cirurgia (dia 0). Em casos em que haja necessidade clínica, o tempo antes da cirurgia pode ser reduzido para menos de três semanas. Nestes casos devemse administrar 300 mg/kg diariamente durante 10 dias consecutivos antes da cirurgia, no dia da cirurgia, e durante quatro dias imediatamente após a cirurgia. Se durante o período pré-operatório, a hemoglobina atingir níveis de 15 g/dl, ou superior, a administração de Retacrit deve ser interrompida e não se devem administrar doses adicionais. As deficiências em ferro devem ser tratadas antes de iniciar o tratamento com Retacrit. Além disto, todos os doentes devem receber o suplemento de ferro adequado (por exemplo, 200 mg por dia, por via oral, de elemento ferro) durante o decorrer do tratamento com Retacrit. Se possível, o suplemento de ferro deve ser inciado antes do tratamento com Retacrit, para atingir os níveis internos de ferro adequados. Modo de administração Injecção intravenosa A dose deve ser administrada durante, pelo menos, 1-5 minutos, dependendo da dose total. Em doentes submetidos a hemodiálise, pode administrar-se uma injecção de bólus durante a sessão de diálise através de uma porta venosa adequada na linha de diálise. Em alternativa, a injecção pode ser administrada no final da sessão de diálise através do tubo da agulha da fístula, seguida de 10 ml de solução de cloreto de sódio 9 mg/ml (0,9%) para enxaguar o tubo e garantir uma injecção satisfatória do medicamento na circulação. É preferível uma injecção mais lenta em doentes que reagem ao tratamento com sintomas gripais. Retacrit não deve ser administrado por perfusão intravenosa. Retacrit não deve ser misturado com outros medicamentos (ver secção 6.2). Injecção subcutânea Geralmente, não se deve exceder um volume máximo de 1 ml no local da injecção. Em caso de volumes superiores, deve escolher-se mais de um local para a injecção. As injecções são administradas nos membros ou na parede abdominal anterior. Para instruções acerca do manuseamento do medicamento antes da administração, ver secção 6.6. 4.3 − − − − Contra-indicações Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes listadas na secção 6.1. Os doentes que desenvolvem Aplasia Eritróide Pura (AEP) após tratamento com qualquer eritropoetina não podem receber Retacrit ou qualquer outra eritropoetina (ver secção 4.4). Hipertensão descontrolada. Na indicação “para aumentar a colheita de sangue autólogo”: enfarte do miocárdio ou acidente 133 − − 4.4 vascular cerebral no mês anterior ao tratamento, angina de peito instável, risco aumentado de trombose venosa profunda, nomeadamente, história clínica de doença tromboembólica venosa. Na indicação de cirurgia electiva ortopédica major: doença coronária grave, doença arterial periférica, carotídea ou doença vascular cerebral, incluindo doentes com antecedentes de enfarte do miocárdio recente ou acidente vascular cerebral. Doentes que, por qualquer razão, não podem receber profilaxia antitrombótica adequada. Advertências e precauções especiais de utilização Informações gerais Como em todos os doentes a receber eritropoetina, a pressão arterial pode aumentar durante o tratamento com Retacrit. A pressão arterial deve ser monitorizada de perto e controlada adequadamente em todos os doentes antes, no início e durante o tratamento com Retacrit. Pode ser necessário adicionar ou aumentar o tratamento anti-hipertensivo. Se a pressão arterial não puder ser bem controlada, o tratamento com Retacrit deve ser interrompido. Retacrit também deve ser usado com precaução em presença de epilepsia e insuficiência hepática crónica. Durante o tratamento com eritropoetina, pode ocorrer um aumento moderado do número de plaquetas, dentro dos valores normais, dependente da dose. Este efeito regride com o tratamento. Recomenda-se a monitorização regular do número de plaquetas nas primeiras 8 semanas de tratamento. Todas as outras causas de anemia (deficiência em ferro, hemólise, perda de sangue, deficiências em vitamina B12- ou folato) devem ser consideradas e tratadas antes de iniciar e durante a terapêutica com Retacrit. Na maioria dos casos, observa-se diminuição dos valores da ferritina sérica em simultâneo com o aumento do hematócrito. Para garantir uma resposta óptima à eritropoetina, devem garantir-se níveis de ferro adequados: − recomenda-se suplemento de ferro, p.ex. 200-300 mg/dia oralmente (100-200 mg/dia para doentes pediátricos) para doentes com insuficiência renal crónica cujos níveis séricos de ferritina sejam inferiores a 100 ng/ml − recomenda-se substituição de ferro na dose de 200-300 mg/dia para todos os doentes com neoplasia com saturação da transferrina inferior a 20% Todos estes factores que contribuem para a anemia devem ser considerados cuidadosamente ao tomar a decisão de aumentar a dose de eritropoetina em doentes com neoplasia. A diminuição paradoxal da hemoglobina e desenvolvimento de anemia grave associada com uma contagem baixa de reticulócitos deve levar à interrupção imediata do tratamento com epoetina e efectuar a análise para pesquisa de anticorpos anti-epoetinas. Têm sido notificados casos de doentes com hepatite C tratados com interferão e ribavirina, e com epoetinas utilizadas concomitantemente. As Epoetinas não estão aprovadas para controlar a anemia associada à hepatite C. De forma a melhorar a rastreabilidade dos agentes estimulantes da eritropoiese (AEEs), o nome do AEE prescrito deve ser claramente registado (ou indicado) no processo do doente. Na pericirurgia devem-se seguir sempre as boas práticas de utilização de sangue. Doentes que vão ser submetidos a cirurgia ortopédica electiva major Em doentes que vão ser submetidos a cirurgia electiva ortopédica major, a causa da anemia deve ser esclarecida e tratada, se possível, antes do início do tratamento com Retacrit. Os acontecimentos trombóticos podem ser um risco nesta população de doentes e esta possibilidade tem de ser cuidadosamente avaliada em relação ao benefício relacionado com o 134 tratamento. Os doentes devem receber profilaxia adequada com anticoagulantes, pois podem ocorrer eventos tromboembólicos e vasculares em doentes cirúrgicos, especialmente os que apresentam doença cardiovascular. Para além disto, também deverá ser observada precaução especial em doentes predispostos para o desenvolvimento de trombose venosa profunda (DVTs). Não se pode também excluir a possibilidade de que o tratamento com Retacrit, em doentes com um nível de hemoglobina > 13 g/dl, se associe a um aumento de risco de eventos trombóticos e vasculares pós-operatórios. A epoetina alfa não deverá, portanto, ser utilizada em doentes com valores de hemoglobina > 13 g/dl. Doentes insuficientes renais crónicos Concentração de hemoglobina Em doentes com insuficiência renal crónica, a concentração da hemoglobina de manutenção não deve exceder o limite superior da concentração de hemoglobina pretentida recomendada na secção 4.2. Em ensaios clínicos, observou-se um aumento do risco de morte, de acontecimentos cardiovasculares ou cerebrovasculares graves, incluindo AVC quando foram administrados AEE para alcançar uma hemoglobina superior a 12 g/dl (7,5 mmol/l). Ensaios clínicos controlados não demonstraram benefícios significativos atribuíveis à administração de epoetinas quando a concentração de hemoglobina aumenta para além do nível necessário para controlar os sintomas da anemia e para evitar transfusões sanguíneas. Os valores da hemoglobina devem ser medidos de forma regular até se atingir um valor estável e, posteriormente, de forma periódica. A taxa de aumento em hemoglobina deverá ser aproximadamente de 1 g/dl (0,62 mmol/l) por mês e não deverá exceder 2 g/dl (1,25 mmol/l) por mês para minimizar o risco de desenvolvimento ou agravamento de hipertensão. Os doentes com insuficiência renal crónica tratados com Retacrit por via subcutânea devem ser monitorizados regularmente quanto à perda de eficácia, definido como ausência ou diminuição de resposta ao tratamento de Retacrit nos doentes que responderam previamente a esta terapia. Isto caracteriza-se por uma diminuição constante dos níveis de hemoglobina, apesar do aumento da dose de Retacrit. Alguns doentes com intervalos de dosagem mais alargados (superiores a uma vez por semana) de epoetina podem não manter níveis adequados de hemoglobina (ver secção 5.1) e podem requerer um aumento na dose de epoetina. Os níveis de hemoglobina devem ser monitorizados regularmente. Deve ter-se precaução com o aumento gradual das doses de Retacrit em doentes com insuficiência renal crónica, uma vez que doses cumulativas elevadas de epoetina podem estar associadas a um aumento do risco de mortalidade, acontecimentos cardiovasculares e cerebrovasculares graves. Em doentes com uma resposta fraca da hemoglobina ao Retacrit, explicações alternativas para a fraca resposta devem ser consideradas (ver secções 4.2 e 5.1). A falta de resposta à terapêutica com eritropoetina deve levar a uma procura dos factores causais. Estes incluem: deficiência em ferro, folato, ou Vitamina B12; intoxicação por alumínio; infecções intercorrentes; episódios inflamatórios ou traumáticos; perda de sangue oculta; hemólise e fibrose da medula óssea de qualquer origem. Foram notificados muito raramente, casos de AEP (Aplasia Eritróide Pura) mediada por anticorpos em doentes com insuficiência renal crónica com eritropoetina administrada por via subcutânea. Em doentes que desenvolvam uma falta de eficácia súbita, definida por uma diminuição na hemoglobina (1-2 g/dl por mês) com uma maior necessidade de transfusões, deve efectuar-se uma contagem reticulocitária e as causas típicas para a falta de resposta (p.ex. deficiência em ferro, folato, ou vitamina B12, intoxicação por alumínio, infecção ou inflamação, perda de sangue e hemólise) devem ser investigadas. Se não for identificada uma causa, deve ser considerado um exame da medula óssea para o diagnóstico da AEP. 135 Se for diagnosticada AEP, a terapêutica com Retacrit deve ser interrompida imediatamente e deve considerar-se efectuar um teste aos anticorpos anti-eritropoetina. Os doentes não devem ser transferidos para outro medicamento pois os anticorpos anti-eritropoetina apresentam reactividade cruzada com outras eritropoetinas. Devem ser excluídas ooutras causas de AEP e deve ser instituída uma terapêutica apropriada. Recomenda-se a monitorização da contagem reticulocitária de forma regular para detectar possível ocorrência de falta de eficácia em doentes com insuficiência renal crónica. Observou-se hipercalemia em casos isolados. Em doentes com insuficiência renal crónica, a correcção da anemia pode conduzir a aumento do apetite, e a uma maior ingestão de potássio e proteínas. As prescrições de diálises podem ter de ser ajustadas periodicamente para manter a ureia, a creatinina e o potássio dentro dos valores desejados. Os electrólitos séricos devem ser monitorizados em doentes com insuficiência renal crónica. Se for detectado um nível sérico de potássio elevado (ou crescente), deve considerar-se suspender a administração de eritropoetina até à normalização da hipercalemia. Durante o tratamento com eritropoetina, é frequentemente requerido um aumento da dose de heparina, durante a hemodiálise, devido ao aumento do hematócrito. Se a heparinização não for óptima pode ocorrer a oclusão do sistema de diálise. Com base em informações disponíveis à data, a correcção da anemia com eritropoetina em doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise não acelera a taxa de progressão da insuficiência renal. Doentes adultos com neoplasia e anemia sintomática a receber quimioterapia Em doentes com neoplasia a receber quimioterapia, o atraso de 2-3 semanas entre a administração de eritropoetina e o aparecimento de glóbulos vermelhos induzidos pela eritropoetina deve considerado ao avaliar se a terapêutica com Retacrit é apropriada (doente em risco de transfusão). Os valores da hemoglobina devem ser monitorizados de perto até se atingir um valor estável e, posteriormente, de forma periódica. Caso a taxa de aumento na hemoglobina exceda 2 g/dl (1,25 mmol/l) por mês ou o valor da hemoglobina exceda 12 g/dl (7,5 mmol/l), o ajuste da dose detalhado na secção 4.2 deve ser executado cuidadosamente para minimizar o risco de acontecimentos trombóticos (ver secção 4.2). Como se observou um aumento na incidência episódios vasculares trombóticos (EVT) em doentes com neoplasia a receber agentes eritropoéticos (ver secção 4.8), este risco deve ser ponderado cuidadosamente face ao benefício a ser obtido do tratamento (com Retacrit), particularmente em doentes com neoplasia com um aumento do risco de episódios vasculares trombóticos, tais como obesidade e doentes com uma história clínica de EVT (p.ex. trombose venosa profunda ou Embolia pulmonar). Doentes cirúrgicos adultos num programa de doação prévia de sangue autólogo Todas as advertências e precauções especiais associadas aos programas de doação prévia de sangue autólogo, especialmente a substituição de volume de rotina, devem ser respeitadas. Potencial crescimento do tumor As epoetinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção dos eritrócitos. Os receptores da eritropoetina podem expressar-se na superfície de várias células tumorais. Como sucede com todos os factores de crescimentos, existe a preocupação de que as epoetinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de malignidade. Em certos estudos controlados, as epoetinas não revelaram aumentar a sobrevivência global ou reduzir o risco de progressão do tumor em doentes com anemia associada a neoplasia. 136 Vários ensaios clínicos controlados em doentes com várias neoplasias frequentes, incluindo a neoplasia da cabeça e pescoço, neoplasia do pulmão e neoplasia da mama, aos quais foram administradas epoetinas, revelaram um aumento inexplicado da mortalidade. Em estudos clínicos controlados, a utilização de epoetina alfa e de outros agentes estimuladores da eritropoiese (AEE) demonstraram: • tempo reduzido para a progressão do tumor em doentes com cancro avançado da cabeça e do pescoço submetidos a radioterapia quando administradas para alcançar uma hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l), • sobrevivência geral reduzida e aumento do número de mortes atribuídos à progressão da doença aos 4 meses em doentes com cancro da mama metastático submetidos a quimioterapia quando administradas para alcançar uma hemoglobina de 12-14 g/dl (7,5-8,7 mmol/l), • aumento do risco de morte quando administradas para alcançar uma hemoglobina de 12 g/dl (7,5 mmol/l) em doentes com malignidade activa que não estejam a ser submetidos a quimioterapia nem radioterapia. Os AEE não estão indicados para a utilização nesta população de doentes. Face ao acima descrito, em certas situações clínicas, a transfusão de sangue deve ser o tratamento preferencial para o tratamento da anemia em doentes com cancro. A decisão de administrar eritropoietinas recombinantes deve-se basear numa avaliação do risco/benefício com a participação do doente individual, que deve ter em conta o contexto clínico específico. Os factores que devem ser considerados nesta avaliação devem incluir o tipo de tumor e a sua fase, o grau de anemia, a esperança de vida, o ambiente em que o doente está a ser tratado e a preferência do doente (ver secção 5.1) Este medicamento contém fenilalanina que pode ser prejudicial para indivíduos com fenilcetonúria. Este medicamento contém menos de 1 mmol de sódio (23 mg) por dose, ou seja, é praticamente “isento de sódio”. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Não existem provas que indiquem que o tratamento com eritropoetina altere o metabolismo de outros medicamentos. Contudo, visto que a ciclosporina se liga através dos eritrócitos, existe potencial para interacções com outros medicamentos. Se a eritropoetina for administrada concomitantemente com a ciclosporina, os níveis séricos da ciclosporina devem ser monitorizados e a dose ciclosporina ajustada à medida que o hematócrito aumenta. Não existe evidência que indique uma interacção entre a epoetina alfa e G-CSF ou GM-CSF em relação à diferenciação hematológica ou proliferação in vitro de tecido tumoral obtido por biopsia. 4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento Não existem estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Os estudos em animais revelaram toxicidade reprodutiva (ver secção 5.3). Não é sabido se a epoetina zeta exogena é excretada no leite materno. Por conseguinte, deve utilizar-se a eritropoetina durante a gravidez e o aleitamento apenas se o benefício potencial compensar o risco potencial para o feto. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Os efeitos de Retacrit sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas são nulos ou desprezíveis. 4.8 Efeitos indesejáveis Sumário do perfil de segurança. 137 Os dados provenientes de estudos clínicos com Retacrit estão em linha com o perfil de segurança de outra eritropoetinas autorizadas. Com base nos resultados dos estudos clínicos com outras eritropoetinas autorizadas, aproximadamente 8% dos doentes tratados com eritropoetina poderão apresentar reacções adversas. As reacções adversas, durante o tratamento com eritropoetina, são observados, predominantemente, em doentes com insuficiência renal crónica ou malignidade subjacente; e são mais frequentemente cefaleias e aumento na pressão arterial, dependente da dose. Podem ocorrer crises hipertensivas com sintomas do tipo encefalopatia. Deve ser dada atenção ao aparecimento súbito de cefaleias graves tipo enxaqueca como um possível sinal de alarme. Foi notificada congestão do tracto respiratório, que inclui eventos de congestão do tracto respiratório superior, congestão nasal e nasofaringite em estudos com intervalo de dosagem alargada em doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise. Foram notificados acontecimentos trombóticos/vasculares, tais como isquémia do miocárdio, enfarte do miocárdio, acidentes vasculares cerebrais (hemorragia cerebral e enfarte cerebral), crises isquémicas transitórias, trombose venosa profunda, trombose arterial, embolia pulmonar, aneurismas, trombose da retina e coagulação de um rim artificial em doentes a receberem agentes eritropoiéticos. Foi notificada eritroblastopenia (AEP) mediada por anticorpos após meses a anos de tratamento com epoetina alfa. Na maioria destes doentes, foram observados anticorpos anti-eritropoietinas (ver secções 4.3 e 4.4). Lista tabelada das reacções adversas Nesta secção as frequências das reacções adversas são definidos da seguinte forma: muito frequentes (≥1/10), frequentes (≥1/100, <1/10), pouco frequentes (≥1/1.000, <1/100), raros (≥1/10.000, <1/1.000), muito raros (<1/10.000), desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis) Dentro de cada grupo de frequência, as reacções adversas devem ser apresentados por ordem decrescente de gravidade. As frequências podem variar dependendo da indicação. CSO Doenças do sangue e do sistema linfático Frequência Muito raro Desconhecido Doenças do sistema imunitário Raro Muito raro Muito frequentes Doenças do sistema nervoso Frequentes Pouco frequentes Desconhecido Afecções oculares Cardiopatias Desconhecido Desconhecido Vasculopatias Frequentes 138 Efeito Adverso Trombocitose (ver secção 4.4) eritroblastopenia (AEP) mediada por anticorpos Reacções de hipersensibilidade Reacção anafiláctica Tonturas (doentes com insuficiência renal crónica) Cefaleias (doentes com cancro) Acidente Vascular Cerebral Tonturas (doentes com cancro) Cefaleias (doentes com com insuficiência renal crónica) Hemorragia cerebral Enfarte cerebral Encefalopatia hipertensiva Ataques isquémicos transitórios Trombose na retina Enfarte do miocárdio Isquémia do miocárdio Trombose em veias profundas (doentes com cancro) Aumento da pressão sanguínea Desconhecido Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino Frequentes Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos Frequente Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos Perturbações gerais e alterações no local de administração Pouco frequente Desconhecido Muito raro Desconhecido Muito frequentes Frequentes Muito frequentes Frequentes Complicações de intervenções relacionadas com lesões e intoxicações Frequentes Aneurisma Trombose arterial Trombose em veias profundas (doentes com insuficiência renal crónica) Crise hipertensiva Embolismo pumonar (doentes com cancro) Congestão do trato respiratório Embolismo pumonar (doentes com cancro) Erupções cutâneas não específicas Angioedema Prúrido Dores nas articulações (doentes com insuficiência renal) Dores nas articulações (doentes com cancro) Sintomas gripais (doentes com insuficiência renal) Sensação de fraqueza (doentes com insuficiência renal) Sensação de cansaço (doentes com insuficiência renal) Sintomas gripais (doentes com cancro) Sensação de fraqueza (doentes com cancro) Sensação de cansaço (doentes com cancro) Coagulação de um rim artificial Doentes adultos e pediátricos em hemodiálise, doentes adultos em diálise peritoneal e doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise A reacção adversa mais frequente durante o tratamento com epoetina alfa é um aumento dependente da dose da tensão arterial ou um agravamento da hipertensão existente. Estes aumentos na tensão arterial podem ser tratados com medicamentos. Além disso, recomenda-se a monitorização da tensão arterial particularmente no início do tratamento. Também ocorreram as seguintes reacções em doentes isolados com tensão arterial normal ou baixa: crises hipertensivas com sintomas do tipo encefalopatia (p. ex., cefaleias e estado de confusão) e convulsões tónico-clónicas generalizadas, necessitando de cuidados médicos imediatos e tratamento intensivo. Deve ser dada particular atenção ao aparecimento súbito de cefaleias graves tipo enxaqueca como um possível sinal de alerta. Pode ocorrer trombose do shunt, especialmente em doentes com tendência para hipotensão ou com complicações da fístula arteriovenosa (p. ex., estenoses, aneurismas, etc.). Nestes doentes recomendase a revisão precoce do shunt e a profilaxia da trombose através da administração de ácido acetilsalicílico, por exemplo. Doentes oncológicos adultos com anemia sintomática em quimioterapia Pode ocorrer hipertensão em doentes tratados com epoetina alfa. Consequentemente, a hemoglobina e a tensão arterial devem ser cuidadosamente monitorizadas. 139 Foi observado um aumento da incidência dos acontecimentos vasculares trombóticos (ver secção 4.4 e secção 4.8 - Gerais) em doentes tratados com agentes eritropoiéticos. Doentes cirúrgicos Independentemente do tratamento com eritropoetina, podem ocorrer acontecimentos trombóticos e vasculares em doentes cirúrgicos com doença cardiovascular subjacente após flebotomia repetida. Portanto, deve efectuar-se a substituição de volume de rotina nesses doentes. Em doentes com valores basais de hemoglobina > 13g/dl , não pode ser excluída a possibilidade de que o tratamento com Retacrit possa estar associado a um aumento do risco de eventos trombóticos/vasculares pós-cirurgia. Notificação de suspeitas de reações adversas A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas de reações adversas através do sistema nacional de notificação mencionado no Apêndice V. 4.9 Sobredosagem A margem terapêutica da eritropoetina é muito larga. A sobredosagem de eritropoetina pode produzir efeitos que são prolongamentos dos efeitos farmacológicos da hormona. Pode efectuar-se a flebotomia se ocorrerem valores da hemoglobina excessivamente altos. Deve ser fornecido cuidado de apoio adicional conforme for necessário. 5. 5.1 PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS Propriedades farmacodinâmicas Grupo farmacoterapêutico: Outras preparações antianémicas, eritropoetina Código ATC: B03XA01 Retacrit é um medicamento biológico similar. Está disponível informação pormenorizada no sítio da Agência Europeia de Medicamentos http://www.ema.europa.eu Efeitos farmacodinâmicos A eritropoetina é uma glicoproteína que estimula, como um factor estimulante das mitoses e como hormona diferenciadora, a formação de eritrócitos a partir de precursores do compartimento da célula estaminal. O peso molecular aparente da eritropoetina é de 32 000-40 000 Dalton. A metade proteica da molécula contribui para cerca de 58% do peso molecular total e é composta por 165 aminoácidos. As quatro cadeias de hidratos de carbono estão ligadas à proteína através de três ligações N-glicosídeas e uma ligação O-glicosídea. A epoetina zeta é idêntica, na sua composição em aminoácidos e em hidratos de carbono, à eritropoetina humana endógena isolada da urina de doentes anémicos. A eficácia biológica da eritropoetina foi demonstrada em vários modelos animais in vivo (rato normal e rato anémico, ratinho policitémico). Após a administração da eritropoetina, o número de eritrócitos, os valores de hemoglobina e a contagem reticulocitária, bem como a taxa de incorporação de 59Fe, aumentam. Após incubação das células eritróides nucleadas do baço (cultura de células de baço de ratinho) com epoetina beta, detectou-se um aumento da incorporação da timidina tritiada (3H-timidina) in vitro. Poderia demonstrar-se com a ajuda de células humanas de medula óssea que a eritropoetina estimula 140 especificamente a eritropoiese, não afectando a leucopoiese. Não foi detectada acção citotóxica da eritropoetina em células da medula óssea. Como sucede com outros factores de crescimentos hematopoéticos, a eritropoetina demonstrou propriedades estimulantes in vitro em células endoteliais humanas. Doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise Em 2 estudos com intervalo de dosagem alargada de eritropoetina (3 vezes por semana, uma vez por semana, uma vez em cada 2 semanas e uma vez em cada 4 semanas) alguns doentes com intervalos de dosagem mais longos não mantiveram níveis de hemoglobina adequados e alcançaram o critério de retirada de hemoglobina definido no protocolo (0% nos grupos de uma vez por semana, 3,7% nos grupos de uma vez em cada 2 semanas e 3,3% nos grupos de uma vez em cada 4 semanas). Eficácia clínica e segurança 721 doentes com neoplasia a receber quimioterapia sem platina foram incluídos em três estudos controlados com placebo, 389 doentes com neoplasias hematológicas (221 mielomas múltiplos, 144 linfoma não-Hodgkin e 24 outras neoplasias hematológicas) e 332 com tumores sólidos (172 da mama, 64 ginecológicos, 23 do pulmão, 22 da próstata, 21 gastrointestinais, e 30 outros tipos de tumor). Em dois grandes estudos, em aberto, 2 697 doentes com neoplasia a receber quimioterapia sem platina foram incluídos, 1 895 com tumores sólidos (683 da mama, 260 do pulmão, 174 ginecológicos, 300 gastrointestinais e 478 outros tipos de tumor) e 802 com neoplasias hematológicas. Num estudo prospectivo, aleatório, com ocultação dupla, controlado com placebo, conduzido em 375 doentes anémicos com várias neoplasias não-mielóides a receber quimioterapia sem platina, verificouse uma redução significativa de sequelas relacionadas com a anemia (p.ex. fadiga, diminuição da energia e redução da actividade), medidas pelos instrumentos e escalas seguintes: escala geral de Avaliação Funcional de Terapia da Neoplasia-Anemia (FACT-An), escala de fadiga FACT-An e Escala Linear Analógica da Neoplasia (CLAS). Dois outros estudos mais pequenos, aleatórios, controlados com placebo, não demonstraram uma melhoria significativa nos parâmetros de qualidade de vida na escala EORTC-QLQ-C30 ou CLAS, respectivamente. A eritropoetina é um factor de crescimento que estimula principalmente a produção dos eritrócitos. Os receptores da eritropoetina podem expressar-se na superfície de várias células tumorais. A sobrevivência e a progressão tumoral foram examinadas em cinco grandes estudos controlados envolvendo um total de 2 833 doentes, dos quais quatro foram estudos duplamente cegos controlados com placebo e um foi um estudo aberto. Os estudos recrutaram doentes que estavam a ser tratados com quimioterapia (dois estudos) ou utilizaram populações de doentes nas quais os agentes estimuladores da eritropoiese não estavam indicados: anemia em doentes com cancro que não estavam submetidos a quimioterapia e doentes com cancro da cabeça e do pescoço submetidos a radioterapia. A concentração de hemoglobina pretentida em dois estudos foi de > 13 g/dl; nos restantes três estudos esta foi de 12-14 g/dl. No estudo aberto não houve diferença na sobrevivência geral entre os doentes tratados com a eritropoietina humana recombinante e os controlos. Nos quatro estudos controlados com placebo, as taxas de risco da sobrevivência geral foram de 1,25 e 2,47 a favor dos controlos. Estes estudos demonstraram uma mortalidade excessiva consistente inexplicada e estatisticamente significativa em doentes com anemia associada a vários cancros vulgares que receberam eritropoietina humana recombinante comparativamente aos controlos. O resultado da sobrevivência geral nos ensaios não conseguiu ser explicado de modo satisfatório pelas diferenças na incidência da trombose e das complicações relacionadas entre os doentes aos quais foi administrada a eritropoietina humana e os doentes no grupo de controlo. Também foi realizada uma análise sistemática envolvendo mais de 9000 doentes com cancro que participaram em 57 ensaios clínicos. A meta-análise dos dados de sobrevivência geral produziu uma estimativa pontual da razão de perigo de 1,08 a favor dos controlos (95% IC: 0,99; 1,18; 42 ensaios e 8 167 doentes). Foi observado um aumento do risco relativo de acontecimentos tromboembólicos (RR 1,67; 95% IC: 1,35; 2,06; 35 ensaios e 6769 doentes) em doentes tratados com eritropoietina humana 141 recombinante. Existe um aumento do risco de acontecimentos tromboembólicos em doentes com cancro tratados com eritropoietina humana recombinante e não se pode excluir um impacto negativo na sobrevivência geral. A extensão da possível aplicação destes resultados à administração da eritropoietina humana recombinante a doentes com cancro, tratados com quimioterapia para alcançarem concentrações de hemoglobina inferiores a 13 g/dl, está por clarificar uma vez que foram incluídos poucos doentes com estas características nos dados analisados . Foi efectuada uma análise dos dados individuais dos doentes em mais de 13.900 doentes com cancro (quimio-, rádio-, quimioradio-, ou sem terapia) que participaram em 53 ensaios clínicos controlados envolvendo várias epoetinas. A meta-análise dos dados de sobrevivência geral conduziram a uma taxa de risco estimado de 1,06 favorável ao controle (IC 95%: 1,00; 1,12; 53 ensaios clínicos e 13.933 doentes) e para os doentes com cancro recebendo quimioterapia, a Hazard ratio de sobrevivência geral foi de 1,04 (IC 95%: 0,97; 1,11; 38 ensaios e 10.411 doentes). A meta-análise também indicou um aumento consistente e significativo do risco relativo de acontecimentos trombóides nos doentes com cancro recebendo eritropoeitina humana recombinante (ver secção 4.4). Num estudo randomizado, duplamente oculto, controlado por placebo com 4.037 doentes com insuficiência renal crónica, não em diálise, com diabetes tipo 2, e níveis de hemoglobina ≤ 11 g/dl, os doentes receberam tratamento com darbepoetina alfa para obter níveis de hemoblogina de 13 g/dl ou com placebo (ver secção 4.4). O estudo não cumpriu o seu objectivo primário de demonstração da redução do risco para todas as causas de mortalidade, morbilidade cardiovascular, ou doença renal em fase final (DRFF). A análise dos components dos marcadores finais compostos dos indíviduos mostraram as seguintes HR (IC 95%): morte 1,05 (0,92; 1,21), AVC 1,92 (1,38; 2,68), falha cardíaca congestiva (FCC) 0,89 (0,74; 1,08), enfarte do miocárdio (EM) 0,96 (0,75; 1,23), hospitalização por isquémia do miocárdio 0,84 (0,55; 1,27), DRFF 1.02 (0.87, 1.18). Foram realizadas análises subsequentes agrupadas dos estudos clínicos de AEEs em doentes com IRC (em doentes dialisados, não dialisados, diabéticos e não diabéticos). Foi observado a tendência para o aumento da estimativa do risco para todas as causas de mortalidade, acontecimentos cardiovasculares e cerebrovasculares associados a doses cumulativas elevadas de AEE independentes do estado de diabetes ou diálise (ver secções 4.2 e 4.4). 5.2 Propriedades farmacocinéticas Por via intravenosa A medição da eritropoetina após a administração de várias doses por via intravenosa revelou uma semi-vida de aproximadamente 4 horas em voluntários normais e uma semi-vida ligeiramente mais prolongada em doentes com insuficiência renal, aproximadamente 5 horas. Foi notificada uma semi-vida de aproximadamente 6 horas em crianças. Por via subcutânea Após a injecção subcutânea, os níveis séricos da eritropoetina são muito inferiores aos níveis atingidos após a injecção IV, os níveis aumentam lentamente e atingem um pico entre 12 e 18 horas após a dose. O pico fica sempre muito abaixo do pico que se atinge utilizando a via IV (aproximadamente 1/20 do valor). Não existe acumulação: os níveis permanecem os mesmos, quer sejam determinados 24 horas após a primeira injecção ou 24 horas após a última injecção. A semi-vida é difícil de avaliar para a via subcutânea e estima-se cerca de 24 horas. A biodisponibilidade da eritropoetina injectável por via subcutânea é muito inferior à do medicamento por via intravenosa: aproximadamente 20%. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em alguns estudos toxicológicos pré-clínicos em cães e ratos, mas não em macacos, a terapêutica com eritropoetina esteve associada a fibrose da medula óssea subclínica (a fibrose da medula óssea é uma complicação conhecida da insuficiência renal crónica no Homem e pode estar relacionada com hiperparatiroidismo secundário ou factores desconhecidos. A incidência de fibrose da medula óssea 142 não aumentou num estudo de doentes em hemodiálise que foram tratados com eritropoetina durante 3 anos comparativamente com um grupo de controlo equiparado de doentes em diálise que não foram tratados com eritropoetina). Em estudos em animais, demonstrou-se que a eritropoetina diminui o peso corporal fetal, atrasa a ossificação e aumenta a mortalidade fetal quando administrada em doses semanais de aproximadamente 20 vezes a dose semanal recomendada no Homem. Estas alterações são interpretadas como secundárias relativamente à diminuição do ganho de peso corporal materno. A eritropoetina não demonstrou quaisquer alterações nos testes bacterianos e de mutagenicidade da cultura celular em mamíferos e num teste de micronúcleo in vivo em ratinhos. Não foram efectuados estudos de carcinogenicidade a longo prazo. Existem relatórios contraditórios na literatura relativamente a se a eritropoetina pode desempenhar um papel importante como proliferadora de tumores. Estes relatórios baseiam-se em resultados in vitro de amostras de tumores humanos, mas o seu significado é incerto na situação clínica. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1 Lista dos excipientes Fosfato dissódico di-hidratado Fosfato monossódico di-hidratado Cloreto de sódio Cloreto de cálcio di-hidratado Polissorbato 20 Glicina Leucina Isoleucina Treonina Ácido glutâmico Fenilalanina Água para preparações injectáveis Hidróxido de sódio (regulador de pH) Ácido clorídrico (regulador de pH) 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de compatibilidade, este medicamento não deve ser misturado com outros medicamentos. 6.3 Prazo de validade 30 meses 6.4 Precauções especiais de conservação Conservar no frigorífico (2°C - 8°C). Não congelar. Manter a seringa pré-cheia dentro da embalagem exterior para proteger da luz. Durante a utilização em ambulatório, o doente pode retirar o medicamento do frigorífico e armazenálo à temperatura ambiente (não superior a 25°C), por um período único até 3 dias. 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente 143 1,0 ml de solução injectável em seringa pré-cheia de vidro do tipo I com uma agulha fixa em aço e um êmbolo com revestimento PTFE com ou sem protecção de agulha. Cada embalagem contém 1 ou 6 seringas pré-cheias. É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações. 6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento Instruções de manuseamento para Retacrit: 1. Após retirar uma seringa da embalagem blister, verifique a solução se apresenta límpida, incolor e praticamente isenta de partículas visíveis. 2. Retire a tampa de protecção da agulha da seringa e o ar é expelido da seringa e da agulha segurando a seringa na vertical e pressionando suavemente o êmbolo para cima. 3. A seringa está agora pronta a usar. Retacrit não deve ser usado se • o selo do estiver quebrado ou se o blister estiver danificado de alguma forma • o líquido estiver colorido ou conseguir ver partículas a flutuar nele • qualquer líquido tiver derramado da seringa pré-cheia ou se for visível condensação dentro do blister selado • tiver sido congelado acidentalmente Este medicamento destina-se apenas a uma administração. Não agitar. Os medicamentos não utilizados ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Hospira UK Limited Horizon Honey Lane Hurley Maidenhead SL6 6RJ Reino Unido 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/07/431/015 seringa pré-cheia EU/1/07/431/016 seringa pré-cheia EU/1/07/431/040 seringa pré-cheia com protecção de agulha EU/1/07/431/041 seringa pré-cheia com protecção de agulha 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Data da primeira autorização: 18 de Dezembro de 2007 Data da última renovação: 15 de novembro de 2012 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO 144 A informaçãoo detalhada sobre este medicamento está disponível na página da European Medicines Agency http://www.ema.europa.eu. 145 1. NOME DO MEDICAMENTO Retacrit 20 000 UI/0,5 ml solução injectável em seringa pré-cheia 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Uma seringa pré-cheia com 0,5 ml de solução injectável contém 20 000 unidades internacionais (UI) de epoetina zeta* (eritropoetina humana recombinante). A solução contém 40 000 UI de epoetina zeta por ml. *Produzida por tecnologia de ADN recombinante na linhagem celular de ovário de hamster chinês (CHO). Excipiente com efeito conhecido Cada seringa pré-cheia contém 0,25 mg de fenilalanina. Para a lista completa de excipientes, ver secção 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em seringa pré-cheia. Solução incolor e límpida. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia sintomática associada a insuficiência renal crónica (IRC) em doentes adultos e pediátricos: o Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em doentes adultos e pediátricos em hemodiálise e doentes adultos em diálise peritoneal (ver secção 4.4). o Tratamento da anemia grave de causa renal acompanhada de sintomas clínicos em doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise (ver secção 4.4). − Tratamento da anemia e redução dos requisitos de transfusão em doentes adultos a receber quimioterapia para tumores sólidos, linfoma maligno ou mieloma múltiplo, e em risco de transfusão conforme a avaliação do estado geral do doente (p.ex. estado cardiovascular, anemia prévia no início da quimioterapia). − Pode utilizar-se Retacrit para aumentar a colheita de sangue autólogo em doentes num programa de doação prévia. A sua utilização nesta indicação deve ser ponderada face ao risco de ocorrência de acontecimentos tromboembólicos notificado. O tratamento só deve ser administrado a doentes com anemia moderada (sem deficiência em ferro), se não estiverem disponíveis processos de conservação de sangue ou se estes forem insuficientes quando uma cirurgia electiva programada importante requerer um grande volume de sangue (4 ou mais unidades de sangue na mulher ou 5, ou mais unidades, no homem). − Retacrit pode ser utilizado para reduzir a exposição à transfusão sanguínea alogénica em adultos sem deficiência de ferro, antes de cirurgia electiva ortopédica major, que tenham um elevado um risco elevado para complicações associadas a transfusões. O seu uso deve ser restrito a doentes adultos com anemia moderada (ex. hemoglobina 10-13 g/dl) que não tenham disponível um programa de pré-doação autólogo e em que é previsível uma perda moderada de sangue (900 a 1 800 ml). 4.2 Posologia e modo de administração 146 O tratamento com Retacrit tem de ser iniciado sob a supervisão de médicos com experiência na gestão de doentes com as indicações acima mencionadas. Posologia Tratamento da anemia sintomática em doentes insuficientes renais crónicos adultos e pediátricos Retacrit deve ser administrado por via subcutânea ou por via intravenosa. A concentração de hemoglobina pretendida situa-se entre 10 e 12 g/dl (6,2-7,5 mmol/l), excepto em doentes pediátricos nos quais a concentração de hemoglobina se deverá situar entre 9,5 e 11 g/dl (5,96,8 mmol/l). Não se deve exceder o limite superior da concentração de hemoglobina a atingir. Os sintomas e as sequelas da anemia podem variar com a idade, o sexo e a carga geral da doença, sendo necessária a avaliação por parte de um médico do estado clínico e da condição de cada doente. Retacrit deve ser administrado por via subcutânea ou por via intravenosa a fim de aumentar a hemoglobina para valores não superiores a 12 g/dl (7,5 mmol/l). Devido à variabilidade intra-doente, pode observar-se ocasionalmente valores de hemoglobina superiores e inferiores ao nível de hemoglobina desejado num doente individual. A variabilidade da hemoglobina deve ser resolvida através da gestão da dose, tendo em consideração o intervalo de hemoglobina pretentida de 10 g/dl (6,2 mmol/l) a 12 g/dl (7,5 mmol). Devem ser evitados valores de hemoglobina que se mantenham superiores a 12 g/dl. As recomendações para o ajuste adequado da dose quando se observam valores de hemoglobina superiores a 12 g/dl (7,5 mmol/l) estão descritas abaixo. Deve ser evitado um aumento do valor de hemoglobina superior a 2 g/dl (1,25 mmol/l) num período de quatro semanas. Caso ocorra, o ajuste de dose apropriado deverá ser efectuado. Os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados para assegurar que é utilizada a dose efetiva mais baixa aprovada de Retacrit, para o controlo adequado dos sintomas da anemia enquanto se mantém uma concentração de hemoglobina inferior ou igual a 12 g/dl (7,5 mmol/l). Deve ter-se precaução com o aumento gradual das doses de Retacrit em doentes com insuficiência renal crónica. Em doentes com uma resposta fraca da hemoglobina ao Retacrit, explicações alternativas para a fraca resposta devem ser consideradas (ver secções 4.4 e 5.1). Em doentes com insuficiência renal crónica e cardiopatia isquémica ou insuficiência cardíaca congestiva clinicamente evidentes, a concentração de hemoglobina de manutenção não deverá exceder o limite superior da concentração de hemoglobina a atingir. Doentes adultos em hemodiálise Retacrit deve ser administrado por via subcutânea ou por via intravenosa O tratamento divide-se em duas fases: 1. Fase de correcção: 50 UI/kg 3 vezes por semana. Quando for necessário um ajuste da dose, este deve ser feito em etapas de, pelo menos, quatro semanas. Em cada etapa, o aumento ou redução da dose deve ser de 25 UI/kg 3 vezes por semana. 2. Fase de manutenção: Ajuste da dose para manter os valores da hemoglobina (Hb) no nível desejado: Hb entre 10 e 12 g/dl (6,2-7,5 mmol/l). A dose total semanal recomendada situa-se entre 75 e 300 UI/kg. Os dados clínicos disponíveis sugerem que aqueles doentes cuja hemoglobina inicial é muito baixa (< 6 g/dl ou < 3,75 mmol/l) podem necessitar de doses de manutenção mais altas do que aqueles cuja anemia inicial é menos grave (Hb > 8 g/dl ou > 5 mmol/l). 147 Doentes pediátricos em hemodiálise O tratamento divide-se em duas fases: 1. Fase de correcção: 50 UI/kg 3 vezes por semana por via intravenosa. Quando for necessário um ajuste da dose, este deve ser feito em etapas de 25 UI/kg, 3 vezes por semana em intervalos de, pelo menos, 4 semanas até o objectivo pretendido ser atingido. 2. Fase de manutenção: Ajuste da dose para manter os valores da hemoglobina (Hb) no nível desejado: Hb entre 9,5 e 11 g/dl (5,9-6,8 mmol/l). Geralmente, as crianças e adolescentes com menos de 30 kg de peso necessitam de doses de manutenção mais altas do que as crianças com mais de 30 kg e os adultos. As seguintes doses de manutenção foram observadas em estudos clínicos após 6 meses de tratamento. Peso (kg) < 10 10-30 > 30 Dose (UI/kg administrada 3 vezes por semana) Mediana Dose de manutenção habitual 100 75-150 75 60-150 33 30-100 Os dados clínicos disponíveis sugerem que aqueles doentes cuja hemoglobina inicial é muito baixa (< 6,8 g/dl ou < 4,25 mmol/l) podem necessitar de doses de manutenção mais altas do que aqueles cuja hemoglobina inicial é superior a > 6,8 g/dl ou > 4,25 mmol/l. Doentes adultos em diálise peritoneal Retacrit deve ser administrado por subcutânea ou por via intravenosa. O tratamento divide-se em duas fases: 1. Fase de correcção: A dose inicial é de 50 UI/kg 2 vezes por semana. 2. Fase de manutenção: Ajuste da dose para manter os valores da hemoglobina (Hb) no nível desejado: (Hb entre 10 e 12 g/dl (6,2-7,5 mmol/l). Dose de manutenção entre 25 e 50 UI/kg 2 vezes por semana em 2 doses iguais. Doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise Retacrit deve ser administrado por subcutânea ou por via intravenosa. O tratamento divide-se em duas fases: 1. Fase de correcção: A dose inicial é de 50 UI/kg 3 vezes por semana, por via intravenosa, seguida, se necessário, por um aumento da dose com incrementos de 25 UI/kg (3 vezes por semana) até o objectivo pretendido ser atingido (isto deve ser feito em etapas de, pelo menos, quatro semanas). 2. Fase de manutenção: Durante a fase de manutenção, o Retacrit pode ser administrado 3 vezes por semana e em caso de administração subcutânea, uma vez por semana ou uma vez em cada 2 semanas. Deve ser realizado o ajuste apropriado da dose e dos intervalos da dose para manter os valores da hemoglobina (Hb) no nível desejado: Hb entre 10 e 12 g/dl (6,2-7,5 mmol/l). Uma extensão dos intervalos da dose pode requerer um aumento da dose. A dosagem máxima não deverá exceder 150 UI/Kg 3 vezes por semana, 240 UI/Kg (até um máximo de 20,000 UI) uma vez por semana ou 480 UI/Kg (até um máximo de 40,000 UI) uma vez em cada 2 semanas. Tratamento de doentes com anemia induzida por quimioterapia 148 Retacrit deve ser administrada por via subcutânea a doentes com anemia (p. ex., concentração de hemoglobina ≤ 10 g/dl (6,2 mmol/l). Os sintomas e as sequelas da anemia podem variar com a idade, o sexo e a carga geral da doença; sendo necessária a avaliação por parte de um médico do estado clínico e da condição de cada doente. Devido à variabilidade intra-doente, pode observar-se ocasionalmente valores de hemoglobina superiores e inferiores ao nível de hemoglobina desejado num doente individual. A variabilidade da hemoglobina deve ser resolvida através da gestão da dose, tendo em consideração o intervalo de hemoglobina pretentida de 10 g/dl (6,2 mmol/l) a 12 g/dl (7,5 mmol). Deve ser evitado que o nível de hemoglobina se mantenha superior a 12 g/dl (7,5 mmol/l), sendo de seguida fornecida uma orientação para o ajuste adequado da dose para os casos em que se observam valores de hemoglobina que excedam 12 g/dl (7,5 mmol/l). Os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados para assegurar que é utilizada a dose mais baixa aprovada de Retacrit, para o controlo adequado dos sintomas da anemia. A terapêutica com Retacrit deve continuar até um mês após o final da quimioterapia. A dose inicial é de 150 UI/kg administrada por via subcutânea 3 vezes por semana. Em alternativa, pode administrar-se Retacrit com uma dose inicial de 450 UI/kg por via subcutânea uma vez por semana. Se a hemoglobina aumentou, pelo menos, 1 g/dl (0,62 mmol/l) ou a contagem reticulocitária aumentou ≥ 40 000 células/µl acima do valor inicial após 4 semanas de tratamento, a dose deve permanecer em 150 UI/kg 3 vezes por semana ou 450 UI/kg uma vez por semana. Se o aumento da hemoglobina for < 1 g/dl (< 0,62 mmol/l) e a contagem reticulocitária tiver aumentado < 40 000 células/µl acima do valor inicial, aumente a dose para 300 UI/kg 3 vezes por semana. Se após mais 4 semanas de terapêutica com 300 UI/kg 3 vezes por semana, a hemoglobina aumentou ≥ 1 g/dl (0,62 mmol/l) ou a contagem reticulocitária aumentou ≥ 40 000 células/µl, a dose deve permanecer em 300 UI/kg 3 vezes por semana. Contudo, se a hemoglobina aumentou < 1 g/dl (< 0,62 mmol/l) e a contagem reticulocitária aumentou < 40 000 células/µl acima do valor inicial, não é provável a obtenção de resposta, pelo que, o tratamento deve ser interrompido. O regime posológico recomendado é descrito no diagrama seguinte: 149 150 UI/kg, 3x/semana ou 450 UI/kg, uma vez por semana durante 4 semanas Aumento da contagem de reticulócitos < 40.000/μl e aumento de Hb < 1 g/dl Aumento da contagem de reticulócitos ≥ 40.000/μl ou aumento de Hb ≥ 1 g/d 300 UI/kg 3x/semana durante 4 semanas Hb pretentida (10-12 g/dl) Aumento da contagem de reticulócitos ≥ 40.000/μl ou aumento de Hb ≥ 1 g/d Aumento da contagem de reticulócitos < 40.000/μl e aumento de Hb < 1 g/dl Interromper o tratamento Assim que o objectivo terapêutico para um doente individual tiver sido atingido, a dose deve ser reduzida em 25 a 50% de modo a manter a hemoglobina nesse nível. Deve ser considerada a titulação adequada da dose. Ajuste da dose A uma taxa de aumento na hemoglobina de >2 g/dl (>1,25 mmol/l) por mês, a dose de Retacrit deve ser reduzida em cerca de 25-50%. Se o valor da hemoglobina exceder 12 g/dl (7,5 mmol/l), interrompa a terapêutica até baixar para 12 g/dl (7,5 mmol/l) ou menos e, depois, reintroduza a terapêutica com Retacrit a uma dose 25% inferior à dose anterior. Tratamento de doentes adultos cirúrgicos em programas de pré-doação autóloga Retacrit deve ser administrado por via intravenosa. Na altura da colheita de sangue, deve administrar-se Retacrit após a conclusão do procedimento de colheita de sangue. 150 Os doentes moderadamente anémicos (hematócrito de 33-39%) que necessitam de um depósito prévio de ≥ 4 unidades de sangue devem ser tratados com Retacrit a uma dose de 600 UI/kg de peso corporal 2 vezes por semana durante 3 semanas antes da cirurgia. Todos os doentes tratados com Retacrit deverão receber um suplemento de ferro adequado (p.ex. 200 mg de ferro elementar por via oral diariamente) durante o tratamento. Deve iniciar-se o suplemento de ferro o mais rapidamente possível, mesmo várias semanas antes de iniciar o depósito prévio autólogo, para obter níveis de ferro altos antes de iniciar a terapêutica com Retacrit. Tratamento de doentes adultos sujeitos a cirurgia electiva ortopédica major O Retacrit deve ser administrado por via subcutânea A dose recomendada de Retacrit é de 600 UI/kg administrada semanalmente, durante três semanas (dias 21, 14, e 7) antes da cirurgia e no dia da cirurgia (dia 0). Em casos em que haja necessidade clínica, o tempo antes da cirurgia pode ser reduzido para menos de três semanas. Nestes casos devemse administrar 300 mg/kg diariamente durante 10 dias consecutivos antes da cirurgia, no dia da cirurgia, e durante quatro dias imediatamente após a cirurgia. Se durante o período pré-operatório, a hemoglobina atingir níveis de 15 g/dl, ou superior, a administração de Retacrit deve ser interrompida e não se devem administrar doses adicionais. As deficiências em ferro devem ser tratadas antes de iniciar o tratamento com Retacrit. Além disto, todos os doentes devem receber o suplemento de ferro adequado (por exemplo, 200 mg por dia, por via oral, de elemento ferro) durante o decorrer do tratamento com Retacrit. Se possível, o suplemento de ferro deve ser inciado antes do tratamento com Retacrit, para atingir os níveis internos de ferro adequados. Modo de administração Injecção intravenosa A dose deve ser administrada durante, pelo menos, 1-5 minutos, dependendo da dose total. Em doentes submetidos a hemodiálise, pode administrar-se uma injecção de bólus durante a sessão de diálise através de uma porta venosa adequada na linha de diálise. Em alternativa, a injecção pode ser administrada no final da sessão de diálise através do tubo da agulha da fístula, seguida de 10 ml de solução de cloreto de sódio 9 mg/ml (0,9%) para enxaguar o tubo e garantir uma injecção satisfatória do medicamento na circulação. É preferível uma injecção mais lenta em doentes que reagem ao tratamento com sintomas gripais. Retacrit não deve ser administrado por perfusão intravenosa. Retacrit não deve ser misturado com outros medicamentos (ver secção 6.2). Injecção subcutânea Geralmente, não se deve exceder um volume máximo de 1 ml no local da injecção. Em caso de volumes superiores, deve escolher-se mais de um local para a injecção. As injecções são administradas nos membros ou na parede abdominal anterior. Para instruções acerca do manuseamento do medicamento antes da administração, ver secção 6.6. 4.3 − − − Contra-indicações Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes listados na secção 6.1. Os doentes que desenvolvem Aplasia Eritróide Pura (AEP) após tratamento com qualquer eritropoetina não podem receber Retacrit ou qualquer outra eritropoetina (ver secção 4.4). Hipertensão descontrolada. 151 − − − 4.4 Na indicação “para aumentar a colheita de sangue autólogo”: enfarte do miocárdio ou acidente vascular cerebral no mês anterior ao tratamento, angina de peito instável, risco aumentado de trombose venosa profunda, nomeadamente, história clínica de doença tromboembólica venosa. Na indicação de cirurgia electiva ortopédica major: doença coronária grave, doença arterial periférica, carotídea ou doença vascular cerebral, incluindo doentes com antecedentes de enfarte do miocárdio recente ou acidente vascular cerebral. Doentes que, por qualquer razão, não podem receber profilaxia antitrombótica adequada. Advertências e precauções especiais de utilização Informações gerais Como em todos os doentes a receber eritropoetina, a pressão arterial pode aumentar durante o tratamento com Retacrit. A pressão arterial deve ser monitorizada de perto e controlada adequadamente em todos os doentes antes, no início e durante o tratamento com Retacrit. Pode ser necessário adicionar ou aumentar o tratamento anti-hipertensivo. Se a pressão arterial não puder ser bem controlada, o tratamento com Retacrit deve ser interrompido. Retacrit também deve ser usado com precaução em presença de epilepsia e insuficiência hepática crónica. Durante o tratamento com eritropoetina, pode ocorrer um aumento moderado do número de plaquetas, dentro dos valores normais, dependente da dose. Este efeito regride com o tratamento. Recomenda-se a monitorização regular do número de plaquetas nas primeiras 8 semanas de tratamento. Todas as outras causas de anemia (deficiência em ferro, hemólise, perda de sangue, deficiências em vitamina B12- ou folato) devem ser consideradas e tratadas antes de iniciar e durante a terapêutica com Retacrit. Na maioria dos casos, observa-se diminuição dos valores da ferritina sérica em simultâneo com o aumento do hematócrito. Para garantir uma resposta óptima à eritropoetina, devem garantir-se níveis de ferro adequados: − recomenda-se suplemento de ferro, p.ex. 200-300 mg/dia oralmente (100-200 mg/dia para doentes pediátricos) para doentes com insuficiência renal crónica cujos níveis séricos de ferritina sejam inferiores a 100 ng/ml − recomenda-se substituição de ferro na dose de 200-300 mg/dia para todos os doentes com neoplasia com saturação da transferrina inferior a 20% Todos estes factores que contribuem para a anemia devem ser considerados cuidadosamente ao tomar a decisão de aumentar a dose de eritropoetina em doentes com neoplasia. A diminuição paradoxal da hemoglobina e desenvolvimento de anemia grave associada com uma contagem baixa de reticulócitos deve levar à interrupção imediata do tratamento com epoetina e efectuar a análise para pesquisa de anticorpos anti-epoetinas. Têm sido notificados casos de doentes com hepatite C tratados com interferão e ribavirina, e com epoetinas utilizadas concomitantemente. As Epoetinas não estão aprovadas para controlar a anemia associada à hepatite C. De forma a melhorar a rastreabilidade dos agentes estimulantes da eritropoiese (AEEs), o nome do AEE prescrito deve ser claramente registado (ou indicado) no processo do doente. Na pericirurgia devem-se seguir sempre as boas práticas de utilização de sangue. Doentes que vão ser submetidos a cirurgia ortopédica electiva major Em doentes que vão ser submetidos a cirurgia electiva ortopédica major, a causa da anemia deve ser esclarecida e tratada, se possível, antes do início do tratamento com Retacrit. Os acontecimentos trombóticos podem ser um risco nesta população de doentes e esta 152 possibilidade tem de ser cuidadosamente avaliada em relação ao benefício relacionado com o tratamento. Os doentes devem receber profilaxia adequada com anticoagulantes, pois podem ocorrer eventos tromboembólicos e vasculares em doentes cirúrgicos, especialmente os que apresentam doença cardiovascular. Para além disto, também deverá ser observada precaução especial em doentes predispostos para o desenvolvimento de trombose venosa profunda (DVTs). Não se pode também excluir a possibilidade de que o tratamento com Retacrit, em doentes com um nível de hemoglobina > 13 g/dl, se associe a um aumento de risco de eventos trombóticos e vasculares pós-operatórios. A epoetina alfa não deverá, portanto, ser utilizada em doentes com valores de hemoglobina > 13 g/dl. Doentes insuficientes renais crónicos Concentração de hemoglobina Em doentes com insuficiência renal crónica, a concentração da hemoglobina de manutenção não deve exceder o limite superior da concentração de hemoglobina pretentida recomendada na secção 4.2. Em ensaios clínicos, observou-se um aumento do risco de morte, de acontecimentos cardiovasculares ou cerebrovasculares graves, incluindo AVC quando foram administrados AEE para alcançar uma hemoglobina superior a 12 g/dl (7,5 mmol/l). Ensaios clínicos controlados não demonstraram benefícios significativos atribuíveis à administração de epoetinas quando a concentração de hemoglobina aumenta para além do nível necessário para controlar os sintomas da anemia e para evitar transfusões sanguíneas. Os valores da hemoglobina devem ser medidos de forma regular até se atingir um valor estável e, posteriormente, de forma periódica. A taxa de aumento em hemoglobina deverá ser aproximadamente de 1 g/dl (0,62 mmol/l) por mês e não deverá exceder 2 g/dl (1,25 mmol/l) por mês para minimizar o risco de desenvolvimento ou agravamento de hipertensão. Os doentes com insuficiência renal crónica tratados com Retacrit por via subcutânea devem ser monitorizados regularmente quanto à perda de eficácia, definido como ausência ou diminuição de resposta ao tratamento de Retacrit nos doentes que responderam previamente a esta terapia. Isto caracteriza-se por uma diminuição constante dos níveis de hemoglobina, apesar do aumento da dose de Retacrit. Alguns doentes com intervalos de dosagem mais alargados (superiores a uma vez por semana) de epoetina podem não manter níveis adequados de hemoglobina (ver secção 5.1) e podem requerer um aumento na dose de epoetina. Os níveis de hemoglobina devem ser monitorizados regularmente. Deve ter-se precaução com o aumento gradual das doses de Retacrit em doentes com insuficiência renal crónica, uma vez que doses cumulativas elevadas de epoetina podem estar associadas a um aumento do risco de mortalidade, acontecimentos cardiovasculares e cerebrovasculares graves. Em doentes com uma resposta fraca da hemoglobina ao Retacrit, explicações alternativas para a fraca resposta devem ser consideradas (ver secções 4.2 e 5.1). A falta de resposta à terapêutica com eritropoetina deve levar a uma procura dos factores causais. Estes incluem: deficiência em ferro, folato, ou Vitamina B12; intoxicação por alumínio; infecções intercorrentes; episódios inflamatórios ou traumáticos; perda de sangue oculta; hemólise e fibrose da medula óssea de qualquer origem. Foram notificados muito raramente, casos de AEP (Aplasia Eritróide Pura) mediada por anticorpos em doentes com insuficiência renal crónica com eritropoetina administrada por via subcutânea. Em doentes que desenvolvam uma falta de eficácia súbita, definida por uma diminuição na hemoglobina (1-2 g/dl por mês) com uma maior necessidade de transfusões, deve efectuar-se uma contagem reticulocitária e as causas típicas para a falta de resposta (p.ex. deficiência em ferro, folato, ou vitamina B12, intoxicação por alumínio, infecção ou inflamação, perda de sangue e hemólise) devem 153 ser investigadas. Se não for identificada uma causa, deve ser considerado um exame da medula óssea para o diagnóstico da AEP. Se for diagnosticada AEP, a terapêutica com Retacrit deve ser interrompida imediatamente e deve considerar-se efectuar um teste aos anticorpos anti-eritropoetina. Os doentes não devem ser transferidos para outro medicamento pois os anticorpos anti-eritropoetina apresentam reactividade cruzada com outras eritropoetinas. Devem ser excluídas ooutras causas de AEP e deve ser instituída uma terapêutica apropriada. Recomenda-se a monitorização da contagem reticulocitária de forma regular para detectar possível ocorrência de falta de eficácia em doentes com insuficiência renal crónica. Observou-se hipercalemia em casos isolados. Em doentes com insuficiência renal crónica, a correcção da anemia pode conduzir a aumento do apetite, e a uma maior ingestão de potássio e proteínas. As prescrições de diálises podem ter de ser ajustadas periodicamente para manter a ureia, a creatinina e o potássio dentro dos valores desejados. Os electrólitos séricos devem ser monitorizados em doentes com insuficiência renal crónica. Se for detectado um nível sérico de potássio elevado (ou crescente), deve considerar-se suspender a administração de eritropoetina até à normalização da hipercalemia. Durante o tratamento com eritropoetina, é frequentemente requerido um aumento da dose de heparina, durante a hemodiálise, devido ao aumento do hematócrito. Se a heparinização não for óptima pode ocorrer a oclusão do sistema de diálise. Com base em informações disponíveis à data, a correcção da anemia com eritropoetina em doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise não acelera a taxa de progressão da insuficiência renal. Doentes adultos com neoplasia e anemia sintomática a receber quimioterapia Em doentes com neoplasia a receber quimioterapia, o atraso de 2-3 semanas entre a administração de eritropoetina e o aparecimento de glóbulos vermelhos induzidos pela eritropoetina deve considerado ao avaliar se a terapêutica com Retacrit é apropriada (doente em risco de transfusão). Os valores da hemoglobina devem ser monitorizados de perto até se atingir um valor estável e, posteriormente, de forma periódica. Caso a taxa de aumento na hemoglobina exceda 2 g/dl (1,25 mmol/l) por mês ou o valor da hemoglobina exceda 12 g/dl (7,5 mmol/l), o ajuste da dose detalhado na secção 4.2 deve ser executado cuidadosamente para minimizar o risco de acontecimentos trombóticos (ver secção 4.2). Como se observou um aumento na incidência episódios vasculares trombóticos (EVT) em doentes com neoplasia a receber agentes eritropoéticos (ver secção 4.8), este risco deve ser ponderado cuidadosamente face ao benefício a ser obtido do tratamento (com Retacrit), particularmente em doentes com neoplasia com um aumento do risco de episódios vasculares trombóticos, tais como obesidade e doentes com uma história clínica de EVT (p.ex. trombose venosa profunda ou Embolia pulmonar). Doentes cirúrgicos adultos num programa de doação prévia de sangue autólogo Todas as advertências e precauções especiais associadas aos programas de doação prévia de sangue autólogo, especialmente a substituição de volume de rotina, devem ser respeitadas. Potencial crescimento do tumor As epoetinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção dos eritrócitos. Os receptores da eritropoetina podem expressar-se na superfície de várias células tumorais. Como sucede com todos os factores de crescimentos, existe a preocupação de que as epoetinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de malignidade. Em certos estudos controlados, as epoetinas não 154 revelaram aumentar a sobrevivência global ou reduzir o risco de progressão do tumor em doentes com anemia associada a neoplasia. Vários ensaios clínicos controlados em doentes com várias neoplasias frequentes, incluindo a neoplasia da cabeça e pescoço, neoplasia do pulmão e neoplasia da mama, aos quais foram administradas epoetinas, revelaram um aumento inexplicado da mortalidade. Em estudos clínicos controlados, a utilização de epoetina alfa e de outros agentes estimuladores da eritropoiese (AEE) demonstraram: • tempo reduzido para a progressão do tumor em doentes com cancro avançado da cabeça e do pescoço submetidos a radioterapia quando administradas para alcançar uma hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l), • sobrevivência geral reduzida e aumento do número de mortes atribuídos à progressão da doença aos 4 meses em doentes com cancro da mama metastático submetidos a quimioterapia quando administradas para alcançar uma hemoglobina de 12-14 g/dl (7,5-8,7 mmol/l), • aumento do risco de morte quando administradas para alcançar uma hemoglobina de 12 g/dl (7,5 mmol/l) em doentes com malignidade activa que não estejam a ser submetidos a quimioterapia nem radioterapia. Os AEE não estão indicados para a utilização nesta população de doentes. Face ao acima descrito, em certas situações clínicas, a transfusão de sangue deve ser o tratamento preferencial para o tratamento da anemia em doentes com cancro. A decisão de administrar eritropoietinas recombinantes deve-se basear numa avaliação do risco/benefício com a participação do doente individual, que deve ter em conta o contexto clínico específico. Os factores que devem ser considerados nesta avaliação devem incluir o tipo de tumor e a sua fase, o grau de anemia, a esperança de vida, o ambiente em que o doente está a ser tratado e a preferência do doente (ver secção 5.1) Este medicamento contém fenilalanina que pode ser prejudicial para indivíduos com fenilcetonúria. Este medicamento contém menos de 1 mmol de sódio (23 mg) por dose, ou seja, é praticamente “isento de sódio”. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Não existem provas que indiquem que o tratamento com eritropoetina altere o metabolismo de outros medicamentos. Contudo, visto que a ciclosporina se liga através dos eritrócitos, existe potencial para interacções com outros medicamentos. Se a eritropoetina for administrada concomitantemente com a ciclosporina, os níveis séricos da ciclosporina devem ser monitorizados e a dose ciclosporina ajustada à medida que o hematócrito aumenta. Não existe evidência que indique uma interacção entre a epoetina alfa e G-CSF ou GM-CSF em relação à diferenciação hematológica ou proliferação in vitro de tecido tumoral obtido por biopsia. 4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento Não existem estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Os estudos em animais revelaram toxicidade reprodutiva (ver secção 5.3). Não é sabido se a epoetina zeta exogena é excretada no leite materno. Por conseguinte, deve utilizar-se a eritropoetina durante a gravidez e o aleitamento apenas se o benefício potencial compensar o risco potencial para o feto. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Os efeitos de Retacrit sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas são nulos ou desprezíveis. 4.8 Efeitos indesejáveis 155 Sumário do perfil de segurança. Os dados provenientes de estudos clínicos com Retacrit estão em linha com o perfil de segurança de outra eritropoetinas autorizadas. Com base nos resultados dos estudos clínicos com outras eritropoetinas autorizadas, aproximadamente 8% dos doentes tratados com eritropoetina poderão apresentar reacções adversas. As reacções adversas, durante o tratamento com eritropoetina, são observados, predominantemente, em doentes com insuficiência renal crónica ou malignidade subjacente; e são mais frequentemente cefaleias e aumento na pressão arterial, dependente da dose. Podem ocorrer crises hipertensivas com sintomas do tipo encefalopatia. Deve ser dada atenção ao aparecimento súbito de cefaleias graves tipo enxaqueca como um possível sinal de alarme. Foi notificada congestão do tracto respiratório, que inclui eventos de congestão do tracto respiratório superior, congestão nasal e nasofaringite em estudos com intervalo de dosagem alargada em doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise. Foram notificados acontecimentos trombóticos/vasculares, tais como isquémia do miocárdio, enfarte do miocárdio, acidentes vasculares cerebrais (hemorragia cerebral e enfarte cerebral), crises isquémicas transitórias, trombose venosa profunda, trombose arterial, embolia pulmonar, aneurismas, trombose da retina e coagulação de um rim artificial em doentes a receberem agentes eritropoiéticos. Foi notificada eritroblastopenia (AEP) mediada por anticorpos após meses a anos de tratamento com epoetina alfa. Na maioria destes doentes, foram observados anticorpos anti-eritropoietinas (ver secções 4.3 e 4.4). Lista tabelada de reacções adversas Nesta secção as frequências das reacções adversas são definidos da seguinte forma: muito frequentes (≥1/10), frequentes (≥1/100, <1/10), pouco frequentes (≥1/1.000, <1/100), raros (≥1/10.000, <1/1.000), muito raros (<1/10.000), desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis) Dentro de cada grupo de frequência, as reacções adversas devem ser apresentados por ordem decrescente de gravidade. As frequências podem variar dependendo da indicação. CSO Doenças do sangue e do sistema linfático Frequência Muito raro Desconhecido Doenças do sistema imunitário Raro Muito raro Muito frequentes Doenças do sistema nervoso Frequentes Pouco frequentes Desconhecido Afecções oculares Cardiopatias Desconhecido Desconhecido Vasculopatias Frequentes 156 Efeito Adverso Trombocitose (ver secção 4.4) eritroblastopenia (AEP) mediada por anticorpos Reacções de hipersensibilidade Reacção anafiláctica Tonturas (doentes com insuficiência renal crónica) Cefaleias (doentes com cancro) Acidente Vascular Cerebral Tonturas (doentes com cancro) Cefaleias (doentes com com insuficiência renal crónica) Hemorragia cerebral Enfarte cerebral Encefalopatia hipertensiva Ataques isquémicos transitórios Trombose na retina Enfarte do miocárdio Isquémia do miocárdio Trombose em veias profundas (doentes com cancro) Desconhecido Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino Frequentes Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos Frequente Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos Perturbações gerais e alterações no local de administração Pouco frequente Desconhecido Muito raro Desconhecido Muito frequentes Frequentes Muito frequentes Frequentes Complicações de intervenções relacionadas com lesões e intoxicações Frequentes Aumento da pressão sanguínea Aneurisma Trombose arterial Trombose em veias profundas (doentes com insuficiência renal crónica) Crise hipertensiva Embolismo pumonar (doentes com cancro) Congestão do trato respiratório Embolismo pumonar (doentes com cancro) Erupções cutâneas não específicas Angioedema Prúrido Dores nas articulações (doentes com insuficiência renal) Dores nas articulações (doentes com cancro) Sintomas gripais (doentes com insuficiência renal) Sensação de fraqueza (doentes com insuficiência renal) Sensação de cansaço (doentes com insuficiência renal) Sintomas gripais (doentes com cancro) Sensação de fraqueza (doentes com cancro) Sensação de cansaço (doentes com cancro) Coagulação de um rim artificial Doentes adultos e pediátricos em hemodiálise, doentes adultos em diálise peritoneal e doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise A reacção adversa mais frequente durante o tratamento com epoetina alfa é um aumento dependente da dose da tensão arterial ou um agravamento da hipertensão existente. Estes aumentos na tensão arterial podem ser tratados com medicamentos. Além disso, recomenda-se a monitorização da tensão arterial particularmente no início do tratamento. Também ocorreram as seguintes reacções em doentes isolados com tensão arterial normal ou baixa: crises hipertensivas com sintomas do tipo encefalopatia (p. ex., cefaleias e estado de confusão) e convulsões tónico-clónicas generalizadas, necessitando de cuidados médicos imediatos e tratamento intensivo. Deve ser dada particular atenção ao aparecimento súbito de cefaleias graves tipo enxaqueca como um possível sinal de alerta. Pode ocorrer trombose do shunt, especialmente em doentes com tendência para hipotensão ou com complicações da fístula arteriovenosa (p. ex., estenoses, aneurismas, etc.). Nestes doentes recomendase a revisão precoce do shunt e a profilaxia da trombose através da administração de ácido acetilsalicílico, por exemplo. Doentes oncológicos adultos com anemia sintomática em quimioterapia 157 Pode ocorrer hipertensão em doentes tratados com epoetina alfa. Consequentemente, a hemoglobina e a tensão arterial devem ser cuidadosamente monitorizadas. Foi observado um aumento da incidência dos acontecimentos vasculares trombóticos (ver secção 4.4 e secção 4.8 - Gerais) em doentes tratados com agentes eritropoiéticos. Doentes cirúrgicos Independentemente do tratamento com eritropoetina, podem ocorrer acontecimentos trombóticos e vasculares em doentes cirúrgicos com doença cardiovascular subjacente após flebotomia repetida. Portanto, deve efectuar-se a substituição de volume de rotina nesses doentes. Em doentes com valores basais de hemoglobina > 13g/dl , não pode ser excluída a possibilidade de que o tratamento com Retacrit possa estar associado a um aumento do risco de eventos trombóticos/vasculares pós-cirurgia. Notificação de suspeitas de reações adversas A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas de reações adversas através do sistema nacional de notificação mencionado no Apêndice V. 4.9 Sobredosagem A margem terapêutica da eritropoetina é muito larga. A sobredosagem de eritropoetina pode produzir efeitos que são prolongamentos dos efeitos farmacológicos da hormona. Pode efectuar-se a flebotomia se ocorrerem valores da hemoglobina excessivamente altos. Deve ser fornecido cuidado de apoio adicional conforme for necessário. 5. 5.1 PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS Propriedades farmacodinâmicas Grupo farmacoterapêutico: Outras preparações antianémicas, eritropoetina Código ATC: B03XA01 Retacrit é um medicamento biológico similar. Está disponível informação pormenorizada no sítio da Agência Europeia de Medicamentos http://www.ema.europa.eu Efeitos farmacodinâmicos A eritropoetina é uma glicoproteína que estimula, como um factor estimulante das mitoses e como hormona diferenciadora, a formação de eritrócitos a partir de precursores do compartimento da célula estaminal. O peso molecular aparente da eritropoetina é de 32 000-40 000 Dalton. A metade proteica da molécula contribui para cerca de 58% do peso molecular total e é composta por 165 aminoácidos. As quatro cadeias de hidratos de carbono estão ligadas à proteína através de três ligações N-glicosídeas e uma ligação O-glicosídea. A epoetina zeta é idêntica, na sua composição em aminoácidos e em hidratos de carbono, à eritropoetina humana endógena isolada da urina de doentes anémicos. A eficácia biológica da eritropoetina foi demonstrada em vários modelos animais in vivo (rato normal e rato anémico, ratinho policitémico). Após a administração da eritropoetina, o número de eritrócitos, os valores de hemoglobina e a contagem reticulocitária, bem como a taxa de incorporação de 59Fe, aumentam. 158 Após incubação das células eritróides nucleadas do baço (cultura de células de baço de ratinho) com epoetina beta, detectou-se um aumento da incorporação da timidina tritiada (3H-timidina) in vitro. Poderia demonstrar-se com a ajuda de células humanas de medula óssea que a eritropoetina estimula especificamente a eritropoiese, não afectando a leucopoiese. Não foi detectada acção citotóxica da eritropoetina em células da medula óssea. Como sucede com outros factores de crescimentos hematopoéticos, a eritropoetina demonstrou propriedades estimulantes in vitro em células endoteliais humanas. Doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise Em 2 estudos com intervalo de dosagem alargada de eritropoetina (3 vezes por semana, uma vez por semana, uma vez em cada 2 semanas e uma vez em cada 4 semanas) alguns doentes com intervalos de dosagem mais longos não mantiveram níveis de hemoglobina adequados e alcançaram o critério de retirada de hemoglobina definido no protocolo (0% nos grupos de uma vez por semana, 3,7% nos grupos de uma vez em cada 2 semanas e 3,3% nos grupos de uma vez em cada 4 semanas). Eficácia clínica e segurança 721 doentes com neoplasia a receber quimioterapia sem platina foram incluídos em três estudos controlados com placebo, 389 doentes com neoplasias hematológicas (221 mielomas múltiplos, 144 linfoma não-Hodgkin e 24 outras neoplasias hematológicas) e 332 com tumores sólidos (172 da mama, 64 ginecológicos, 23 do pulmão, 22 da próstata, 21 gastrointestinais, e 30 outros tipos de tumor). Em dois grandes estudos, em aberto, 2 697 doentes com neoplasia a receber quimioterapia sem platina foram incluídos, 1 895 com tumores sólidos (683 da mama, 260 do pulmão, 174 ginecológicos, 300 gastrointestinais e 478 outros tipos de tumor) e 802 com neoplasias hematológicas. Num estudo prospectivo, aleatório, com ocultação dupla, controlado com placebo, conduzido em 375 doentes anémicos com várias neoplasias não-mielóides a receber quimioterapia sem platina, verificouse uma redução significativa de sequelas relacionadas com a anemia (p.ex. fadiga, diminuição da energia e redução da actividade), medidas pelos instrumentos e escalas seguintes: escala geral de Avaliação Funcional de Terapia da Neoplasia-Anemia (FACT-An), escala de fadiga FACT-An e Escala Linear Analógica da Neoplasia (CLAS). Dois outros estudos mais pequenos, aleatórios, controlados com placebo, não demonstraram uma melhoria significativa nos parâmetros de qualidade de vida na escala EORTC-QLQ-C30 ou CLAS, respectivamente. A eritropoetina é um factor de crescimento que estimula principalmente a produção dos eritrócitos. Os receptores da eritropoetina podem expressar-se na superfície de várias células tumorais. A sobrevivência e a progressão tumoral foram examinadas em cinco grandes estudos controlados envolvendo um total de 2 833 doentes, dos quais quatro foram estudos duplamente cegos controlados com placebo e um foi um estudo aberto. Os estudos recrutaram doentes que estavam a ser tratados com quimioterapia (dois estudos) ou utilizaram populações de doentes nas quais os agentes estimuladores da eritropoiese não estavam indicados: anemia em doentes com cancro que não estavam submetidos a quimioterapia e doentes com cancro da cabeça e do pescoço submetidos a radioterapia. A concentração de hemoglobina pretentida em dois estudos foi de > 13 g/dl; nos restantes três estudos esta foi de 12-14 g/dl. No estudo aberto não houve diferença na sobrevivência geral entre os doentes tratados com a eritropoietina humana recombinante e os controlos. Nos quatro estudos controlados com placebo, as taxas de risco da sobrevivência geral foram de 1,25 e 2,47 a favor dos controlos. Estes estudos demonstraram uma mortalidade excessiva consistente inexplicada e estatisticamente significativa em doentes com anemia associada a vários cancros vulgares que receberam eritropoietina humana recombinante comparativamente aos controlos. O resultado da sobrevivência geral nos ensaios não conseguiu ser explicado de modo satisfatório pelas diferenças na incidência da trombose e das complicações relacionadas entre os doentes aos quais foi administrada a eritropoietina humana e os doentes no grupo de controlo. 159 Também foi realizada uma análise sistemática envolvendo mais de 9000 doentes com cancro que participaram em 57 ensaios clínicos. A meta-análise dos dados de sobrevivência geral produziu uma estimativa pontual da razão de perigo de 1,08 a favor dos controlos (95% IC: 0,99; 1,18; 42 ensaios e 8 167 doentes). Foi observado um aumento do risco relativo de acontecimentos tromboembólicos (RR 1,67; 95% IC: 1,35; 2,06; 35 ensaios e 6769 doentes) em doentes tratados com eritropoietina humana recombinante. Existe um aumento do risco de acontecimentos tromboembólicos em doentes com cancro tratados com eritropoietina humana recombinante e não se pode excluir um impacto negativo na sobrevivência geral. A extensão da possível aplicação destes resultados à administração da eritropoietina humana recombinante a doentes com cancro, tratados com quimioterapia para alcançarem concentrações de hemoglobina inferiores a 13 g/dl, está por clarificar uma vez que foram incluídos poucos doentes com estas características nos dados analisados . Foi efectuada uma análise dos dados individuais dos doentes em mais de 13.900 doentes com cancro (quimio-, rádio-, quimioradio-, ou sem terapia) que participaram em 53 ensaios clínicos controlados envolvendo várias epoetinas. A meta-análise dos dados de sobrevivência geral conduziram a uma taxa de risco estimado de 1,06 favorável ao controle (IC 95%: 1,00; 1,12; 53 ensaios clínicos e 13.933 doentes) e para os doentes com cancro recebendo quimioterapia, a Hazard ratio de sobrevivência geral foi de 1,04 (IC 95%: 0,97; 1,11; 38 ensaios e 10.411 doentes). A meta-análise também indicou um aumento consistente e significativo do risco relativo de acontecimentos trombóides nos doentes com cancro recebendo eritropoeitina humana recombinante (ver secção 4.4). Num estudo randomizado, duplamente oculto, controlado por placebo com 4.037 doentes com insuficiência renal crónica, não em diálise, com diabetes tipo 2, e níveis de hemoglobina ≤ 11 g/dl, os doentes receberam tratamento com darbepoetina alfa para obter níveis de hemoblogina de 13 g/dl ou com placebo (ver secção 4.4). O estudo não cumpriu o seu objectivo primário de demonstração da redução do risco para todas as causas de mortalidade, morbilidade cardiovascular, ou doença renal em fase final (DRFF). A análise dos components dos marcadores finais compostos dos indíviduos mostraram as seguintes HR (IC 95%): morte 1,05 (0,92; 1,21), AVC 1,92 (1,38; 2,68), falha cardíaca congestiva (FCC) 0,89 (0,74; 1,08), enfarte do miocárdio (EM) 0,96 (0,75; 1,23), hospitalização por isquémia do miocárdio 0,84 (0,55; 1,27), DRFF 1.02 (0.87, 1.18). Foram realizadas análises subsequentes agrupadas dos estudos clínicos de AEEs em doentes com IRC (em doentes dialisados, não dialisados, diabéticos e não diabéticos). Foi observado a tendência para o aumento da estimativa do risco para todas as causas de mortalidade, acontecimentos cardiovasculares e cerebrovasculares associados a doses cumulativas elevadas de AEE independentes do estado de diabetes ou diálise (ver secções 4.2 e 4.4). 5.2 Propriedades farmacocinéticas Por via intravenosa A medição da eritropoetina após a administração de várias doses por via intravenosa revelou uma semi-vida de aproximadamente 4 horas em voluntários normais e uma semi-vida ligeiramente mais prolongada em doentes com insuficiência renal, aproximadamente 5 horas. Foi notificada uma semi-vida de aproximadamente 6 horas em crianças. Por via subcutânea Após a injecção subcutânea, os níveis séricos da eritropoetina são muito inferiores aos níveis atingidos após a injecção IV, os níveis aumentam lentamente e atingem um pico entre 12 e 18 horas após a dose. O pico fica sempre muito abaixo do pico que se atinge utilizando a via IV (aproximadamente 1/20 do valor). Não existe acumulação: os níveis permanecem os mesmos, quer sejam determinados 24 horas após a primeira injecção ou 24 horas após a última injecção. A semi-vida é difícil de avaliar para a via subcutânea e estima-se cerca de 24 horas. A biodisponibilidade da eritropoetina injectável por via subcutânea é muito inferior à do medicamento por via intravenosa: aproximadamente 20%. 160 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em alguns estudos toxicológicos pré-clínicos em cães e ratos, mas não em macacos, a terapêutica com eritropoetina esteve associada a fibrose da medula óssea subclínica (a fibrose da medula óssea é uma complicação conhecida da insuficiência renal crónica no Homem e pode estar relacionada com hiperparatiroidismo secundário ou factores desconhecidos. A incidência de fibrose da medula óssea não aumentou num estudo de doentes em hemodiálise que foram tratados com eritropoetina durante 3 anos comparativamente com um grupo de controlo equiparado de doentes em diálise que não foram tratados com eritropoetina). Em estudos em animais, demonstrou-se que a eritropoetina diminui o peso corporal fetal, atrasa a ossificação e aumenta a mortalidade fetal quando administrada em doses semanais de aproximadamente 20 vezes a dose semanal recomendada no Homem. Estas alterações são interpretadas como secundárias relativamente à diminuição do ganho de peso corporal materno. A eritropoetina não demonstrou quaisquer alterações nos testes bacterianos e de mutagenicidade da cultura celular em mamíferos e num teste de micronúcleo in vivo em ratinhos. Não foram efectuados estudos de carcinogenicidade a longo prazo. Existem relatórios contraditórios na literatura relativamente a se a eritropoetina pode desempenhar um papel importante como proliferadora de tumores. Estes relatórios baseiam-se em resultados in vitro de amostras de tumores humanos, mas o seu significado é incerto na situação clínica. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1 Lista dos excipientes Fosfato dissódico di-hidratado Fosfato monossódico di-hidratado Cloreto de sódio Cloreto de cálcio di-hidratado Polissorbato 20 Glicina Leucina Isoleucina Treonina Ácido glutâmico Fenilalanina Água para preparações injectáveis Hidróxido de sódio (regulador de pH) Ácido clorídrico (regulador de pH) 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de compatibilidade, este medicamento não deve ser misturado com outros medicamentos. 6.3 Prazo de validade 30 meses 6.4 Precauções especiais de conservação Conservar no frigorífico (2°C - 8°C). Não congelar. Manter a seringa pré-cheia dentro da embalagem exterior para proteger da luz. 161 Durante a utilização em ambulatório, o doente pode retirar o medicamento do frigorífico e armazenálo à temperatura ambiente (não superior a 25°C), por um período único até 3 dias. 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente 0,5 ml de solução injectável em seringa pré-cheia de vidro do tipo I com uma agulha fixa em aço e um êmbolo com revestimento PTFE com ou sem proteção de agulha.. Cada embalagem contém 1 ou 4 ou 6 seringas pré-cheias. Embalagens múltiplas contêm 6 seringas pré-cheias (6 embalagens de 1) É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações. 6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento Instruções de manuseamento para Retacrit: 1. Após retirar uma seringa da embalagem blister, verifique a solução se apresenta límpida, incolor e praticamente isenta de partículas visíveis. 2. Retire a tampa de protecção da agulha da seringa e o ar é expelido da seringa e da agulha segurando a seringa na vertical e pressionando suavemente o êmbolo para cima. 3. A seringa está agora pronta a usar. Retacrit não deve ser usado se • o selo do estiver quebrado ou se o blister estiver danificado de alguma forma • o líquido estiver colorido ou conseguir ver partículas a flutuar nele • qualquer líquido tiver derramado da seringa pré-cheia ou se for visível condensação dentro do blister selado • tiver sido congelado acidentalmente Este medicamento destina-se apenas a uma administração. Não agitar. Os medicamentos não utilizados ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Hospira UK Limited Horizon Honey Lane Hurley Maidenhead SL6 6RJ Reino Unido 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/07/431/017 seringa pré-cheia EU/1/07/431/020 seringa pré-cheia EU/1/07/431/021 seringa pré-cheia EU/1/07/431/042 seringa pré-cheia com protecção de agulha EU/1/07/431/045 seringa pré-cheia com protecção de agulha EU/1/07/431/046 seringa pré-cheia com protecção de agulha EU/1/07/431/051 seringa pré-cheia (embalagem múltipla) 162 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Data da primeira autorização: 18 de Dezembro de 2007 Data da última renovação: 15 de novembro de 2012 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO A informaçãoo detalhada sobre este medicamento está disponível na página da European Medicines Agency http://www.ema.europa.eu. 163 1. NOME DO MEDICAMENTO Retacrit 30 000 UI/0,75 ml solução injectável em seringa pré-cheia 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Uma seringa pré-cheia com 0,75 ml de solução injectável contém 30 000 unidades internacionais (UI) de epoetina zeta* (eritropoetina humana recombinante). A solução contém 40 000 UI de epoetina zeta por ml. *Produzida por tecnologia de ADN recombinante na linhagem celular de ovário de hamster chinês (CHO). Excipiente com efeito conhecido Cada seringa pré-cheia contém 0,38 mg de fenilalanina. Para a lista completa de excipientes, ver secção 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em seringa pré-cheia. Solução incolor e límpida. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia sintomática associada a insuficiência renal crónica (IRC) em doentes adultos e pediátricos: o Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em doentes adultos e pediátricos em hemodiálise e doentes adultos em diálise peritoneal (ver secção 4.4). o Tratamento da anemia grave de causa renal acompanhada de sintomas clínicos em doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise (ver secção 4.4). − Tratamento da anemia e redução dos requisitos de transfusão em doentes adultos a receber quimioterapia para tumores sólidos, linfoma maligno ou mieloma múltiplo, e em risco de transfusão conforme a avaliação do estado geral do doente (p.ex. estado cardiovascular, anemia prévia no início da quimioterapia). − Pode utilizar-se Retacrit para aumentar a colheita de sangue autólogo em doentes num programa de doação prévia. A sua utilização nesta indicação deve ser ponderada face ao risco de ocorrência de acontecimentos tromboembólicos notificado. O tratamento só deve ser administrado a doentes com anemia moderada (sem deficiência em ferro), se não estiverem disponíveis processos de conservação de sangue ou se estes forem insuficientes quando uma cirurgia electiva programada importante requerer um grande volume de sangue (4 ou mais unidades de sangue na mulher ou 5, ou mais unidades, no homem). − Retacrit pode ser utilizado para reduzir a exposição à transfusão sanguínea alogénica em adultos sem deficiência de ferro, antes de cirurgia electiva ortopédica major, que tenham um elevado um risco elevado para complicações associadas a transfusões. O seu uso deve ser restrito a doentes adultos com anemia moderada (ex. hemoglobina 10-13 g/dl) que não tenham disponível um programa de pré-doação autólogo e em que é previsível uma perda moderada de sangue (900 a 1 800 ml). 4.2 Posologia e modo de administração 164 O tratamento com Retacrit tem de ser iniciado sob a supervisão de médicos com experiência na gestão de doentes com as indicações acima mencionadas. Posologia Tratamento da anemia sintomática em doentes insuficientes renais crónicos adultos e pediátricos Retacrit deve ser administrado por via subcutânea ou por via intravenosa. A concentração de hemoglobina pretendida situa-se entre 10 e 12 g/dl (6,2-7,5 mmol/l), excepto em doentes pediátricos nos quais a concentração de hemoglobina se deverá situar entre 9,5 e 11 g/dl (5,96,8 mmol/l). Não se deve exceder o limite superior da concentração de hemoglobina a atingir. Os sintomas e as sequelas da anemia podem variar com a idade, o sexo e a carga geral da doença, sendo necessária a avaliação por parte de um médico do estado clínico e da condição de cada doente. Retacrit deve ser administrado por via subcutânea ou por via intravenosa a fim de aumentar a hemoglobina para valores não superiores a 12 g/dl (7,5 mmol/l). Devido à variabilidade intra-doente, pode observar-se ocasionalmente valores de hemoglobina superiores e inferiores ao nível de hemoglobina desejado num doente individual. A variabilidade da hemoglobina deve ser resolvida através da gestão da dose, tendo em consideração o intervalo de hemoglobina pretentida de 10 g/dl (6,2 mmol/l) a 12 g/dl (7,5 mmol). Devem ser evitados valores de hemoglobina que se mantenham superiores a 12 g/dl. As recomendações para o ajuste adequado da dose quando se observam valores de hemoglobina superiores a 12 g/dl (7,5 mmol/l) estão descritas abaixo. Deve ser evitado um aumento do valor de hemoglobina superior a 2 g/dl (1,25 mmol/l) num período de quatro semanas. Caso ocorra, o ajuste de dose apropriado deverá ser efectuado. Os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados para assegurar que é utilizada a dose efetiva mais baixa aprovada de Retacrit, para o controlo adequado dos sintomas da anemia enquanto se mantém uma concentração de hemoglobina inferior ou igual a 12 g/dl (7,5 mmol/l). Deve ter-se precaução com o aumento gradual das doses de Retacrit em doentes com insuficiência renal crónica. Em doentes com uma resposta fraca da hemoglobina ao Retacrit, explicações alternativas para a fraca resposta devem ser consideradas (ver secções 4.4 e 5.1). Em doentes com insuficiência renal crónica e cardiopatia isquémica ou insuficiência cardíaca congestiva clinicamente evidentes, a concentração de hemoglobina de manutenção não deverá exceder o limite superior da concentração de hemoglobina a atingir. Doentes adultos em hemodiálise Retacrit deve ser administrado por via subcutânea ou por via intravenosa O tratamento divide-se em duas fases: 1. Fase de correcção: 50 UI/kg 3 vezes por semana. Quando for necessário um ajuste da dose, este deve ser feito em etapas de, pelo menos, quatro semanas. Em cada etapa, o aumento ou redução da dose deve ser de 25 UI/kg 3 vezes por semana. 2. Fase de manutenção: Ajuste da dose para manter os valores da hemoglobina (Hb) no nível desejado: Hb entre 10 e 12 g/dl (6,2-7,5 mmol/l). A dose total semanal recomendada situa-se entre 75 e 300 UI/kg. Os dados clínicos disponíveis sugerem que aqueles doentes cuja hemoglobina inicial é muito baixa (< 6 g/dl ou < 3,75 mmol/l) podem necessitar de doses de manutenção mais altas do que aqueles cuja anemia inicial é menos grave (Hb > 8 g/dl ou > 5 mmol/l). Doentes pediátricos em hemodiálise 165 O tratamento divide-se em duas fases: 1. Fase de correcção: 50 UI/kg 3 vezes por semana por via intravenosa. Quando for necessário um ajuste da dose, este deve ser feito em etapas de 25 UI/kg, 3 vezes por semana em intervalos de, pelo menos, 4 semanas até o objectivo pretendido ser atingido. 2. Fase de manutenção: Ajuste da dose para manter os valores da hemoglobina (Hb) no nível desejado: Hb entre 9,5 e 11 g/dl (5,9-6,8 mmol/l). Geralmente, as crianças e adolescentes com menos de 30 kg de peso necessitam de doses de manutenção mais altas do que as crianças com mais de 30 kg e os adultos. As seguintes doses de manutenção foram observadas em estudos clínicos após 6 meses de tratamento. Peso (kg) < 10 10-30 > 30 Dose (UI/kg administrada 3 vezes por semana) Mediana Dose de manutenção habitual 100 75-150 75 60-150 33 30-100 Os dados clínicos disponíveis sugerem que aqueles doentes cuja hemoglobina inicial é muito baixa (< 6,8 g/dl ou < 4,25 mmol/l) podem necessitar de doses de manutenção mais altas do que aqueles cuja hemoglobina inicial é superior a > 6,8 g/dl ou > 4,25 mmol/l. Doentes adultos em diálise peritoneal Retacrit deve ser administrado por subcutânea ou por via intravenosa. O tratamento divide-se em duas fases: 1. Fase de correcção: A dose inicial é de 50 UI/kg 2 vezes por semana. 2. Fase de manutenção: Ajuste da dose para manter os valores da hemoglobina (Hb) no nível desejado: (Hb entre 10 e 12 g/dl (6,2-7,5 mmol/l). Dose de manutenção entre 25 e 50 UI/kg 2 vezes por semana em 2 doses iguais. Doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise Retacrit deve ser administrado por subcutânea ou por via intravenosa. O tratamento divide-se em duas fases: 1. Fase de correcção: A dose inicial é de 50 UI/kg 3 vezes por semana, por via intravenosa, seguida, se necessário, por um aumento da dose com incrementos de 25 UI/kg (3 vezes por semana) até o objectivo pretendido ser atingido (isto deve ser feito em etapas de, pelo menos, quatro semanas). 2. Fase de manutenção: Durante a fase de manutenção, o Retacrit pode ser administrado 3 vezes por semana e em caso de administração subcutânea, uma vez por semana ou uma vez em cada 2 semanas. Deve ser realizado o ajuste apropriado da dose e dos intervalos da dose para manter os valores da hemoglobina (Hb) no nível desejado: Hb entre 10 e 12 g/dl (6,2-7,5 mmol/l). Uma extensão dos intervalos da dose pode requerer um aumento da dose. A dosagem máxima não deverá exceder 150 UI/Kg 3 vezes por semana, 240 UI/Kg (até um máximo de 20 000 UI) uma vez por semana ou 480 UI/Kg (até um máximo de 40 000 UI) uma vez em cada 2 semanas. Tratamento de doentes com anemia induzida por quimioterapia 166 Retacrit deve ser administrada por via subcutânea a doentes com anemia (p. ex., concentração de hemoglobina ≤ 10 g/dl (6,2 mmol/l). Os sintomas e as sequelas da anemia podem variar com a idade, o sexo e a carga geral da doença; sendo necessária a avaliação por parte de um médico do estado clínico e da condição de cada doente. Devido à variabilidade intra-doente, pode observar-se ocasionalmente valores de hemoglobina superiores e inferiores ao nível de hemoglobina desejado num doente individual. A variabilidade da hemoglobina deve ser resolvida através da gestão da dose, tendo em consideração o intervalo de hemoglobina pretentida de 10 g/dl (6,2 mmol/l) a 12 g/dl (7,5 mmol). Deve ser evitado que o nível de hemoglobina se mantenha superior a 12 g/dl (7,5 mmol/l), sendo de seguida fornecida uma orientação para o ajuste adequado da dose para os casos em que se observam valores de hemoglobina que excedam 12 g/dl (7,5 mmol/l). Os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados para assegurar que é utilizada a dose mais baixa aprovada de Retacrit, para o controlo adequado dos sintomas da anemia. A terapêutica com Retacrit deve continuar até um mês após o final da quimioterapia. A dose inicial é de 150 UI/kg administrada por via subcutânea 3 vezes por semana. Em alternativa, pode administrar-se Retacrit com uma dose inicial de 450 UI/kg por via subcutânea uma vez por semana. Se a hemoglobina aumentou, pelo menos, 1 g/dl (0,62 mmol/l) ou a contagem reticulocitária aumentou ≥ 40 000 células/µl acima do valor inicial após 4 semanas de tratamento, a dose deve permanecer em 150 UI/kg 3 vezes por semana ou 450 UI/kg uma vez por semana. Se o aumento da hemoglobina for < 1 g/dl (< 0,62 mmol/l) e a contagem reticulocitária tiver aumentado < 40 000 células/µl acima do valor inicial, aumente a dose para 300 UI/kg 3 vezes por semana. Se após mais 4 semanas de terapêutica com 300 UI/kg 3 vezes por semana, a hemoglobina aumentou ≥ 1 g/dl (0,62 mmol/l) ou a contagem reticulocitária aumentou ≥ 40 000 células/µl, a dose deve permanecer em 300 UI/kg 3 vezes por semana. Contudo, se a hemoglobina aumentou < 1 g/dl (< 0,62 mmol/l) e a contagem reticulocitária aumentou < 40 000 células/µl acima do valor inicial, não é provável a obtenção de resposta, pelo que, o tratamento deve ser interrompido. O regime posológico recomendado é descrito no diagrama seguinte: 167 150 UI/kg, 3x/semana ou 450 UI/kg, uma vez por semana durante 4 semanas Aumento da contagem de reticulócitos < 40.000/μl e aumento de Hb < 1 g/dl Aumento da contagem de reticulócitos ≥ 40.000/μl ou aumento de Hb ≥ 1 g/d 300 UI/kg 3x/semana durante 4 semanas Hb pretentida (10-12 g/dl) Aumento da contagem de reticulócitos ≥ 40.000/μl ou aumento de Hb ≥ 1 g/d Aumento da contagem de reticulócitos < 40.000/μl e aumento de Hb < 1 g/dl Interromper o tratamento Assim que o objectivo terapêutico para um doente individual tiver sido atingido, a dose deve ser reduzida em 25 a 50% de modo a manter a hemoglobina nesse nível. Deve ser considerada a titulação adequada da dose. Ajuste da dose A uma taxa de aumento na hemoglobina de >2 g/dl (>1,25 mmol/l) por mês, a dose de Retacrit deve ser reduzida em cerca de 25-50%. Se o valor da hemoglobina exceder 12 g/dl (7,5 mmol/l), interrompa a terapêutica até baixar para 12 g/dl (7,5 mmol/l) ou menos e, depois, reintroduza a terapêutica com Retacrit a uma dose 25% inferior à dose anterior. Tratamento de doentes adultos cirúrgicos em programas de pré-doação autóloga Retacrit deve ser administrado por via intravenosa. Na altura da colheita de sangue, deve administrar-se Retacrit após a conclusão do procedimento de colheita de sangue. 168 Os doentes moderadamente anémicos (hematócrito de 33-39%) que necessitam de um depósito prévio de ≥ 4 unidades de sangue devem ser tratados com Retacrit a uma dose de 600 UI/kg de peso corporal 2 vezes por semana durante 3 semanas antes da cirurgia. Todos os doentes tratados com Retacrit deverão receber um suplemento de ferro adequado (p.ex. 200 mg de ferro elementar por via oral diariamente) durante o tratamento. Deve iniciar-se o suplemento de ferro o mais rapidamente possível, mesmo várias semanas antes de iniciar o depósito prévio autólogo, para obter níveis de ferro altos antes de iniciar a terapêutica com Retacrit. Tratamento de doentes adultos sujeitos a cirurgia electiva ortopédica major O Retacrit deve ser administrado por via subcutânea A dose recomendada de Retacrit é de 600 UI/kg administrada semanalmente, durante três semanas (dias 21, 14, e 7) antes da cirurgia e no dia da cirurgia (dia 0). Em casos em que haja necessidade clínica, o tempo antes da cirurgia pode ser reduzido para menos de três semanas. Nestes casos devemse administrar 300 mg/kg diariamente durante 10 dias consecutivos antes da cirurgia, no dia da cirurgia, e durante quatro dias imediatamente após a cirurgia. Se durante o período pré-operatório, a hemoglobina atingir níveis de 15 g/dl, ou superior, a administração de Retacrit deve ser interrompida e não se devem administrar doses adicionais. As deficiências em ferro devem ser tratadas antes de iniciar o tratamento com Retacrit. Além disto, todos os doentes devem receber o suplemento de ferro adequado (por exemplo, 200 mg por dia, por via oral, de elemento ferro) durante o decorrer do tratamento com Retacrit. Se possível, o suplemento de ferro deve ser inciado antes do tratamento com Retacrit, para atingir os níveis internos de ferro adequados. Modo de administração Injecção intravenosa A dose deve ser administrada durante, pelo menos, 1-5 minutos, dependendo da dose total. Em doentes submetidos a hemodiálise, pode administrar-se uma injecção de bólus durante a sessão de diálise através de uma porta venosa adequada na linha de diálise. Em alternativa, a injecção pode ser administrada no final da sessão de diálise através do tubo da agulha da fístula, seguida de 10 ml de solução de cloreto de sódio 9 mg/ml (0,9%) para enxaguar o tubo e garantir uma injecção satisfatória do medicamento na circulação. É preferível uma injecção mais lenta em doentes que reagem ao tratamento com sintomas gripais. Retacrit não deve ser administrado por perfusão intravenosa. Retacrit não deve ser misturado com outros medicamentos (ver secção 6.2). Injecção subcutânea Geralmente, não se deve exceder um volume máximo de 1 ml no local da injecção. Em caso de volumes superiores, deve escolher-se mais de um local para a injecção. As injecções são administradas nos membros ou na parede abdominal anterior. Para instruções acerca do manuseamento do medicamento antes da administração, ver secção 6.6. 4.3 Contra-indicações − − − Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes listados na secção 6.1. Os doentes que desenvolvem Aplasia Eritróide Pura (AEP) após tratamento com qualquer eritropoetina não podem receber Retacrit ou qualquer outra eritropoetina (ver secção 4.4). Hipertensão descontrolada. 169 − − − 4.4 Na indicação “para aumentar a colheita de sangue autólogo”: enfarte do miocárdio ou acidente vascular cerebral no mês anterior ao tratamento, angina de peito instável, risco aumentado de trombose venosa profunda, nomeadamente, história clínica de doença tromboembólica venosa. Na indicação de cirurgia electiva ortopédica major: doença coronária grave, doença arterial periférica, carotídea ou doença vascular cerebral, incluindo doentes com antecedentes de enfarte do miocárdio recente ou acidente vascular cerebral. Doentes que, por qualquer razão, não podem receber profilaxia antitrombótica adequada. Advertências e precauções especiais de utilização Informações gerais Como em todos os doentes a receber eritropoetina, a pressão arterial pode aumentar durante o tratamento com Retacrit. A pressão arterial deve ser monitorizada de perto e controlada adequadamente em todos os doentes antes, no início e durante o tratamento com Retacrit. Pode ser necessário adicionar ou aumentar o tratamento anti-hipertensivo. Se a pressão arterial não puder ser bem controlada, o tratamento com Retacrit deve ser interrompido. Retacrit também deve ser usado com precaução em presença de epilepsia e insuficiência hepática crónica. Durante o tratamento com eritropoetina, pode ocorrer um aumento moderado do número de plaquetas, dentro dos valores normais, dependente da dose. Este efeito regride com o tratamento. Recomenda-se a monitorização regular do número de plaquetas nas primeiras 8 semanas de tratamento. Todas as outras causas de anemia (deficiência em ferro, hemólise, perda de sangue, deficiências em vitamina B12- ou folato) devem ser consideradas e tratadas antes de iniciar e durante a terapêutica com Retacrit. Na maioria dos casos, observa-se diminuição dos valores da ferritina sérica em simultâneo com o aumento do hematócrito. Para garantir uma resposta óptima à eritropoetina, devem garantir-se níveis de ferro adequados: − recomenda-se suplemento de ferro, p.ex. 200-300 mg/dia oralmente (100-200 mg/dia para doentes pediátricos) para doentes com insuficiência renal crónica cujos níveis séricos de ferritina sejam inferiores a 100 ng/ml − recomenda-se substituição de ferro na dose de 200-300 mg/dia para todos os doentes com neoplasia com saturação da transferrina inferior a 20% Todos estes factores que contribuem para a anemia devem ser considerados cuidadosamente ao tomar a decisão de aumentar a dose de eritropoetina em doentes com neoplasia. A diminuição paradoxal da hemoglobina e desenvolvimento de anemia grave associada com uma contagem baixa de reticulócitos deve levar à interrupção imediata do tratamento com epoetina e efectuar a análise para pesquisa de anticorpos anti-epoetinas. Têm sido notificados casos de doentes com hepatite C tratados com interferão e ribavirina, e com epoetinas utilizadas concomitantemente. As Epoetinas não estão aprovadas para controlar a anemia associada à hepatite C. De forma a melhorar a rastreabilidade dos agentes estimulantes da eritropoiese (AEEs), o nome do AEE prescrito deve ser claramente registado (ou indicado) no processo do doente. Na pericirurgia devem-se seguir sempre as boas práticas de utilização de sangue. Doentes que vão ser submetidos a cirurgia ortopédica electiva major Em doentes que vão ser submetidos a cirurgia electiva ortopédica major, a causa da anemia deve ser esclarecida e tratada, se possível, antes do início do tratamento com Retacrit. Os acontecimentos trombóticos podem ser um risco nesta população de doentes e esta 170 possibilidade tem de ser cuidadosamente avaliada em relação ao benefício relacionado com o tratamento. Os doentes devem receber profilaxia adequada com anticoagulantes, pois podem ocorrer eventos tromboembólicos e vasculares em doentes cirúrgicos, especialmente os que apresentam doença cardiovascular. Para além disto, também deverá ser observada precaução especial em doentes predispostos para o desenvolvimento de trombose venosa profunda (DVTs). Não se pode também excluir a possibilidade de que o tratamento com Retacrit, em doentes com um nível de hemoglobina > 13 g/dl, se associe a um aumento de risco de eventos trombóticos e vasculares pós-operatórios. A epoetina alfa não deverá, portanto, ser utilizada em doentes com valores de hemoglobina > 13 g/dl. Doentes insuficientes renais crónicos Concentração de hemoglobina Em doentes com insuficiência renal crónica, a concentração da hemoglobina de manutenção não deve exceder o limite superior da concentração de hemoglobina pretentida recomendada na secção 4.2. Em ensaios clínicos, observou-se um aumento do risco de morte, de acontecimentos cardiovasculares ou cerebrovasculares graves, incluindo AVC quando foram administrados AEE para alcançar uma hemoglobina superior a 12 g/dl (7,5 mmol/l). Ensaios clínicos controlados não demonstraram benefícios significativos atribuíveis à administração de epoetinas quando a concentração de hemoglobina aumenta para além do nível necessário para controlar os sintomas da anemia e para evitar transfusões sanguíneas. Os valores da hemoglobina devem ser medidos de forma regular até se atingir um valor estável e, posteriormente, de forma periódica. A taxa de aumento em hemoglobina deverá ser aproximadamente de 1 g/dl (0,62 mmol/l) por mês e não deverá exceder 2 g/dl (1,25 mmol/l) por mês para minimizar o risco de desenvolvimento ou agravamento de hipertensão. Os doentes com insuficiência renal crónica tratados com Retacrit por via subcutânea devem ser monitorizados regularmente quanto à perda de eficácia, definido como ausência ou diminuição de resposta ao tratamento de Retacrit nos doentes que responderam previamente a esta terapia. Isto caracteriza-se por uma diminuição constante dos níveis de hemoglobina, apesar do aumento da dose de Retacrit. Alguns doentes com intervalos de dosagem mais alargados (superiores a uma vez por semana) de epoetina podem não manter níveis adequados de hemoglobina (ver secção 5.1) e podem requerer um aumento na dose de epoetina. Os níveis de hemoglobina devem ser monitorizados regularmente. Deve ter-se precaução com o aumento gradual das doses de Retacrit em doentes com insuficiência renal crónica, uma vez que doses cumulativas elevadas de epoetina podem estar associadas a um aumento do risco de mortalidade, acontecimentos cardiovasculares e cerebrovasculares graves. Em doentes com uma resposta fraca da hemoglobina ao Retacrit, explicações alternativas para a fraca resposta devem ser consideradas (ver secções 4.2 e 5.1). A falta de resposta à terapêutica com eritropoetina deve levar a uma procura dos factores causais. Estes incluem: deficiência em ferro, folato, ou Vitamina B12; intoxicação por alumínio; infecções intercorrentes; episódios inflamatórios ou traumáticos; perda de sangue oculta; hemólise e fibrose da medula óssea de qualquer origem. Foram notificados muito raramente, casos de AEP (Aplasia Eritróide Pura) mediada por anticorpos em doentes com insuficiência renal crónica com eritropoetina administrada por via subcutânea. Em doentes que desenvolvam uma falta de eficácia súbita, definida por uma diminuição na hemoglobina (1-2 g/dl por mês) com uma maior necessidade de transfusões, deve efectuar-se uma contagem reticulocitária e as causas típicas para a falta de resposta (p.ex. deficiência em ferro, folato, ou vitamina B12, intoxicação por alumínio, infecção ou inflamação, perda de sangue e hemólise) devem 171 ser investigadas. Se não for identificada uma causa, deve ser considerado um exame da medula óssea para o diagnóstico da AEP. Se for diagnosticada AEP, a terapêutica com Retacrit deve ser interrompida imediatamente e deve considerar-se efectuar um teste aos anticorpos anti-eritropoetina. Os doentes não devem ser transferidos para outro medicamento pois os anticorpos anti-eritropoetina apresentam reactividade cruzada com outras eritropoetinas. Devem ser excluídas ooutras causas de AEP e deve ser instituída uma terapêutica apropriada. Recomenda-se a monitorização da contagem reticulocitária de forma regular para detectar possível ocorrência de falta de eficácia em doentes com insuficiência renal crónica. Observou-se hipercalemia em casos isolados. Em doentes com insuficiência renal crónica, a correcção da anemia pode conduzir a aumento do apetite, e a uma maior ingestão de potássio e proteínas. As prescrições de diálises podem ter de ser ajustadas periodicamente para manter a ureia, a creatinina e o potássio dentro dos valores desejados. Os electrólitos séricos devem ser monitorizados em doentes com insuficiência renal crónica. Se for detectado um nível sérico de potássio elevado (ou crescente), deve considerar-se suspender a administração de eritropoetina até à normalização da hipercalemia. Durante o tratamento com eritropoetina, é frequentemente requerido um aumento da dose de heparina, durante a hemodiálise, devido ao aumento do hematócrito. Se a heparinização não for óptima pode ocorrer a oclusão do sistema de diálise. Com base em informações disponíveis à data, a correcção da anemia com eritropoetina em doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise não acelera a taxa de progressão da insuficiência renal. Doentes adultos com neoplasia e anemia sintomática a receber quimioterapia Em doentes com neoplasia a receber quimioterapia, o atraso de 2-3 semanas entre a administração de eritropoetina e o aparecimento de glóbulos vermelhos induzidos pela eritropoetina deve considerado ao avaliar se a terapêutica com Retacrit é apropriada (doente em risco de transfusão). Os valores da hemoglobina devem ser monitorizados de perto até se atingir um valor estável e, posteriormente, de forma periódica. Caso a taxa de aumento na hemoglobina exceda 2 g/dl (1,25 mmol/l) por mês ou o valor da hemoglobina exceda 12 g/dl (7,5 mmol/l), o ajuste da dose detalhado na secção 4.2 deve ser executado cuidadosamente para minimizar o risco de acontecimentos trombóticos (ver secção 4.2). Como se observou um aumento na incidência episódios vasculares trombóticos (EVT) em doentes com neoplasia a receber agentes eritropoéticos (ver secção 4.8), este risco deve ser ponderado cuidadosamente face ao benefício a ser obtido do tratamento (com Retacrit), particularmente em doentes com neoplasia com um aumento do risco de episódios vasculares trombóticos, tais como obesidade e doentes com uma história clínica de EVT (p.ex. trombose venosa profunda ou Embolia pulmonar). Doentes cirúrgicos adultos num programa de doação prévia de sangue autólogo Todas as advertências e precauções especiais associadas aos programas de doação prévia de sangue autólogo, especialmente a substituição de volume de rotina, devem ser respeitadas. Potencial crescimento do tumor As epoetinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção dos eritrócitos. Os receptores da eritropoetina podem expressar-se na superfície de várias células tumorais. Como sucede com todos os factores de crescimentos, existe a preocupação de que as epoetinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de malignidade. Em certos estudos controlados, as epoetinas não 172 revelaram aumentar a sobrevivência global ou reduzir o risco de progressão do tumor em doentes com anemia associada a neoplasia. Vários ensaios clínicos controlados em doentes com várias neoplasias frequentes, incluindo a neoplasia da cabeça e pescoço, neoplasia do pulmão e neoplasia da mama, aos quais foram administradas epoetinas, revelaram um aumento inexplicado da mortalidade. Em estudos clínicos controlados, a utilização de epoetina alfa e de outros agentes estimuladores da eritropoiese (AEE) demonstraram: • tempo reduzido para a progressão do tumor em doentes com cancro avançado da cabeça e do pescoço submetidos a radioterapia quando administradas para alcançar uma hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l), • sobrevivência geral reduzida e aumento do número de mortes atribuídos à progressão da doença aos 4 meses em doentes com cancro da mama metastático submetidos a quimioterapia quando administradas para alcançar uma hemoglobina de 12-14 g/dl (7,5-8,7 mmol/l), • aumento do risco de morte quando administradas para alcançar uma hemoglobina de 12 g/dl (7,5 mmol/l) em doentes com malignidade activa que não estejam a ser submetidos a quimioterapia nem radioterapia. Os AEE não estão indicados para a utilização nesta população de doentes. Face ao acima descrito, em certas situações clínicas, a transfusão de sangue deve ser o tratamento preferencial para o tratamento da anemia em doentes com cancro. A decisão de administrar eritropoietinas recombinantes deve-se basear numa avaliação do risco/benefício com a participação do doente individual, que deve ter em conta o contexto clínico específico. Os factores que devem ser considerados nesta avaliação devem incluir o tipo de tumor e a sua fase, o grau de anemia, a esperança de vida, o ambiente em que o doente está a ser tratado e a preferência do doente (ver secção 5.1) Este medicamento contém fenilalanina que pode ser prejudicial para indivíduos com fenilcetonúria. Este medicamento contém menos de 1 mmol de sódio (23 mg) por dose, ou seja, é praticamente “isento de sódio”. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Não existem provas que indiquem que o tratamento com eritropoetina altere o metabolismo de outros medicamentos. Contudo, visto que a ciclosporina se liga através dos eritrócitos, existe potencial para interacções com outros medicamentos. Se a eritropoetina for administrada concomitantemente com a ciclosporina, os níveis séricos da ciclosporina devem ser monitorizados e a dose ciclosporina ajustada à medida que o hematócrito aumenta. Não existe evidência que indique uma interacção entre a epoetina alfa e G-CSF ou GM-CSF em relação à diferenciação hematológica ou proliferação in vitro de tecido tumoral obtido por biopsia. 4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento Não existem estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Os estudos em animais revelaram toxicidade reprodutiva (ver secção 5.3). Não é sabido se a epoetina zeta exogena é excretada no leite materno. Por conseguinte, deve utilizar-se a eritropoetina durante a gravidez e o aleitamento apenas se o benefício potencial compensar o risco potencial para o feto. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Os efeitos de Retacrit sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas são nulos ou desprezíveis. 4.8 Efeitos indesejáveis 173 Sumário do perfil de segurança. Os dados provenientes de estudos clínicos com Retacrit estão em linha com o perfil de segurança de outra eritropoetinas autorizadas. Com base nos resultados dos estudos clínicos com outras eritropoetinas autorizadas, aproximadamente 8% dos doentes tratados com eritropoetina poderão apresentar reacções adversas. As reacções adversas, durante o tratamento com eritropoetina, são observados, predominantemente, em doentes com insuficiência renal crónica ou malignidade subjacente; e são mais frequentemente cefaleias e aumento na pressão arterial, dependente da dose. Podem ocorrer crises hipertensivas com sintomas do tipo encefalopatia. Deve ser dada atenção ao aparecimento súbito de cefaleias graves tipo enxaqueca como um possível sinal de alarme. Foi notificada congestão do tracto respiratório, que inclui eventos de congestão do tracto respiratório superior, congestão nasal e nasofaringite em estudos com intervalo de dosagem alargada em doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise. Foram notificados acontecimentos trombóticos/vasculares, tais como isquémia do miocárdio, enfarte do miocárdio, acidentes vasculares cerebrais (hemorragia cerebral e enfarte cerebral), crises isquémicas transitórias, trombose venosa profunda, trombose arterial, embolia pulmonar, aneurismas, trombose da retina e coagulação de um rim artificial em doentes a receberem agentes eritropoiéticos. Foi notificada eritroblastopenia (AEP) mediada por anticorpos após meses a anos de tratamento com epoetina alfa. Na maioria destes doentes, foram observados anticorpos anti-eritropoietinas (ver secções 4.3 e 4.4). Lista tabelada das reacções adversas Nesta secção as frequências das reacções adversas são definidos da seguinte forma: muito frequentes (≥1/10), frequentes (≥1/100, <1/10), pouco frequentes (≥1/1.000, <1/100), raros (≥1/10.000, <1/1.000), muito raros (<1/10.000), desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis) Dentro de cada grupo de frequência, as reacções adversas devem ser apresentados por ordem decrescente de gravidade. As frequências podem variar dependendo da indicação. CSO Doenças do sangue e do sistema linfático Frequência Muito raro Desconhecido Doenças do sistema imunitário Raro Muito raro Muito frequentes Doenças do sistema nervoso Frequentes Pouco frequentes Desconhecido Afecções oculares Cardiopatias Desconhecido Desconhecido Vasculopatias Frequentes 174 Efeito Adverso Trombocitose (ver secção 4.4) eritroblastopenia (AEP) mediada por anticorpos Reacções de hipersensibilidade Reacção anafiláctica Tonturas (doentes com insuficiência renal crónica) Cefaleias (doentes com cancro) Acidente Vascular Cerebral Tonturas (doentes com cancro) Cefaleias (doentes com com insuficiência renal crónica) Hemorragia cerebral Ataques isquémicos transitórios Enfarte cerebral Encefalopatia hipertensiva Trombose na retina Enfarte do miocárdio Isquémia do miocárdio Trombose em veias profundas (doentes com cancro) Desconhecido Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino Frequentes Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos Frequente Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos Perturbações gerais e alterações no local de administração Pouco frequente Desconhecido Muito raro Desconhecido Muito frequentes Frequentes Muito frequentes Frequentes Complicações de intervenções relacionadas com lesões e intoxicações Frequentes Aumento da pressão sanguínea Aneurisma Trombose arterial Trombose em veias profundas (doentes com insuficiência renal crónica) Crise hipertensiva Embolismo pumonar (doentes com cancro) Congestão do trato respiratório Embolismo pumonar (doentes com cancro) Erupções cutâneas não específicas Angioedema Prúrido Dores nas articulações (doentes com insuficiência renal) Dores nas articulações (doentes com cancro) Sintomas gripais (doentes com insuficiência renal) Sensação de fraqueza (doentes com insuficiência renal) Sensação de cansaço (doentes com insuficiência renal) Sintomas gripais (doentes com cancro) Sensação de fraqueza (doentes com cancro) Sensação de cansaço (doentes com cancro) Coagulação de um rim artificial Doentes adultos e pediátricos em hemodiálise, doentes adultos em diálise peritoneal e doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise A reacção adversa mais frequente durante o tratamento com epoetina alfa é um aumento dependente da dose da tensão arterial ou um agravamento da hipertensão existente. Estes aumentos na tensão arterial podem ser tratados com medicamentos. Além disso, recomenda-se a monitorização da tensão arterial particularmente no início do tratamento. Também ocorreram as seguintes reacções em doentes isolados com tensão arterial normal ou baixa: crises hipertensivas com sintomas do tipo encefalopatia (p. ex., cefaleias e estado de confusão) e convulsões tónico-clónicas generalizadas, necessitando de cuidados médicos imediatos e tratamento intensivo. Deve ser dada particular atenção ao aparecimento súbito de cefaleias graves tipo enxaqueca como um possível sinal de alerta. Pode ocorrer trombose do shunt, especialmente em doentes com tendência para hipotensão ou com complicações da fístula arteriovenosa (p. ex., estenoses, aneurismas, etc.). Nestes doentes recomendase a revisão precoce do shunt e a profilaxia da trombose através da administração de ácido acetilsalicílico, por exemplo. Doentes oncológicos adultos com anemia sintomática em quimioterapia 175 Pode ocorrer hipertensão em doentes tratados com epoetina alfa. Consequentemente, a hemoglobina e a tensão arterial devem ser cuidadosamente monitorizadas. Foi observado um aumento da incidência dos acontecimentos vasculares trombóticos (ver secção 4.4 e secção 4.8 - Gerais) em doentes tratados com agentes eritropoiéticos. Doentes cirúrgicos Independentemente do tratamento com eritropoetina, podem ocorrer acontecimentos trombóticos e vasculares em doentes cirúrgicos com doença cardiovascular subjacente após flebotomia repetida. Portanto, deve efectuar-se a substituição de volume de rotina nesses doentes. Em doentes com valores basais de hemoglobina > 13g/dl , não pode ser excluída a possibilidade de que o tratamento com Retacrit possa estar associado a um aumento do risco de eventos trombóticos/vasculares pós-cirurgia. Notificação de suspeitas de reações adversas A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas de reações adversas através do sistema nacional de notificação mencionado no Apêndice V. 4.9 Sobredosagem A margem terapêutica da eritropoetina é muito larga. A sobredosagem de eritropoetina pode produzir efeitos que são prolongamentos dos efeitos farmacológicos da hormona. Pode efectuar-se a flebotomia se ocorrerem valores da hemoglobina excessivamente altos. Deve ser fornecido cuidado de apoio adicional conforme for necessário. 5. 5.1 PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS Propriedades farmacodinâmicas Grupo farmacoterapêutico: Outras preparações antianémicas, eritropoetina Código ATC: B03XA01 Retacrit é um medicamento biológico similar. Está disponível informação pormenorizada no sítio da Agência Europeia de Medicamentos http://www.ema.europa.eu Efeitos farmacodinâmicos A eritropoetina é uma glicoproteína que estimula, como um factor estimulante das mitoses e como hormona diferenciadora, a formação de eritrócitos a partir de precursores do compartimento da célula estaminal. O peso molecular aparente da eritropoetina é de 32 000-40 000 Dalton. A metade proteica da molécula contribui para cerca de 58% do peso molecular total e é composta por 165 aminoácidos. As quatro cadeias de hidratos de carbono estão ligadas à proteína através de três ligações N-glicosídeas e uma ligação O-glicosídea. A epoetina zeta é idêntica, na sua composição em aminoácidos e em hidratos de carbono, à eritropoetina humana endógena isolada da urina de doentes anémicos. A eficácia biológica da eritropoetina foi demonstrada em vários modelos animais in vivo (rato normal e rato anémico, ratinho policitémico). Após a administração da eritropoetina, o número de eritrócitos, os valores de hemoglobina e a contagem reticulocitária, bem como a taxa de incorporação de 59Fe, aumentam. 176 Após incubação das células eritróides nucleadas do baço (cultura de células de baço de ratinho) com epoetina beta, detectou-se um aumento da incorporação da timidina tritiada (3H-timidina) in vitro. Poderia demonstrar-se com a ajuda de células humanas de medula óssea que a eritropoetina estimula especificamente a eritropoiese, não afectando a leucopoiese. Não foi detectada acção citotóxica da eritropoetina em células da medula óssea. Como sucede com outros factores de crescimentos hematopoéticos, a eritropoetina demonstrou propriedades estimulantes in vitro em células endoteliais humanas. Doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise Em 2 estudos com intervalo de dosagem alargada de eritropoetina (3 vezes por semana, uma vez por semana, uma vez em cada 2 semanas e uma vez em cada 4 semanas) alguns doentes com intervalos de dosagem mais longos não mantiveram níveis de hemoglobina adequados e alcançaram o critério de retirada de hemoglobina definido no protocolo (0% nos grupos de uma vez por semana, 3,7% nos grupos de uma vez em cada 2 semanas e 3,3% nos grupos de uma vez em cada 4 semanas). Eficácia clínica e segurança 721 doentes com neoplasia a receber quimioterapia sem platina foram incluídos em três estudos controlados com placebo, 389 doentes com neoplasias hematológicas (221 mielomas múltiplos, 144 linfoma não-Hodgkin e 24 outras neoplasias hematológicas) e 332 com tumores sólidos (172 da mama, 64 ginecológicos, 23 do pulmão, 22 da próstata, 21 gastrointestinais, e 30 outros tipos de tumor). Em dois grandes estudos, em aberto, 2 697 doentes com neoplasia a receber quimioterapia sem platina foram incluídos, 1 895 com tumores sólidos (683 da mama, 260 do pulmão, 174 ginecológicos, 300 gastrointestinais e 478 outros tipos de tumor) e 802 com neoplasias hematológicas. Num estudo prospectivo, aleatório, com ocultação dupla, controlado com placebo, conduzido em 375 doentes anémicos com várias neoplasias não-mielóides a receber quimioterapia sem platina, verificouse uma redução significativa de sequelas relacionadas com a anemia (p.ex. fadiga, diminuição da energia e redução da actividade), medidas pelos instrumentos e escalas seguintes: escala geral de Avaliação Funcional de Terapia da Neoplasia-Anemia (FACT-An), escala de fadiga FACT-An e Escala Linear Analógica da Neoplasia (CLAS). Dois outros estudos mais pequenos, aleatórios, controlados com placebo, não demonstraram uma melhoria significativa nos parâmetros de qualidade de vida na escala EORTC-QLQ-C30 ou CLAS, respectivamente. A eritropoetina é um factor de crescimento que estimula principalmente a produção dos eritrócitos. Os receptores da eritropoetina podem expressar-se na superfície de várias células tumorais. A sobrevivência e a progressão tumoral foram examinadas em cinco grandes estudos controlados envolvendo um total de 2 833 doentes, dos quais quatro foram estudos duplamente cegos controlados com placebo e um foi um estudo aberto. Os estudos recrutaram doentes que estavam a ser tratados com quimioterapia (dois estudos) ou utilizaram populações de doentes nas quais os agentes estimuladores da eritropoiese não estavam indicados: anemia em doentes com cancro que não estavam submetidos a quimioterapia e doentes com cancro da cabeça e do pescoço submetidos a radioterapia. A concentração de hemoglobina pretentida em dois estudos foi de > 13 g/dl; nos restantes três estudos esta foi de 12-14 g/dl. No estudo aberto não houve diferença na sobrevivência geral entre os doentes tratados com a eritropoietina humana recombinante e os controlos. Nos quatro estudos controlados com placebo, as taxas de risco da sobrevivência geral foram de 1,25 e 2,47 a favor dos controlos. Estes estudos demonstraram uma mortalidade excessiva consistente inexplicada e estatisticamente significativa em doentes com anemia associada a vários cancros vulgares que receberam eritropoietina humana recombinante comparativamente aos controlos. O resultado da sobrevivência geral nos ensaios não conseguiu ser explicado de modo satisfatório pelas diferenças na incidência da trombose e das complicações relacionadas entre os doentes aos quais foi administrada a eritropoietina humana e os doentes no grupo de controlo. Também foi realizada uma análise sistemática envolvendo mais de 9 000 doentes com cancro que participaram em 57 ensaios clínicos. A meta-análise dos dados de sobrevivência geral produziu uma 177 estimativa pontual da razão de perigo de 1,08 a favor dos controlos (95% IC: 0,99; 1,18; 42 ensaios e 8 167 doentes). Foi observado um aumento do risco relativo de acontecimentos tromboembólicos (RR 1,67; 95% IC: 1,35; 2,06; 35 ensaios e 6769 doentes) em doentes tratados com eritropoietina humana recombinante. Existe um aumento do risco de acontecimentos tromboembólicos em doentes com cancro tratados com eritropoietina humana recombinante e não se pode excluir um impacto negativo na sobrevivência geral. A extensão da possível aplicação destes resultados à administração da eritropoietina humana recombinante a doentes com cancro, tratados com quimioterapia para alcançarem concentrações de hemoglobina inferiores a 13 g/dl, está por clarificar uma vez que foram incluídos poucos doentes com estas características nos dados analisados . Foi efectuada uma análise dos dados individuais dos doentes em mais de 13.900 doentes com cancro (quimio-, rádio-, quimioradio-, ou sem terapia) que participaram em 53 ensaios clínicos controlados envolvendo várias epoetinas. A meta-análise dos dados de sobrevivência geral conduziram a uma taxa de risco estimado de 1,06 favorável ao controle (IC 95%: 1,00; 1,12; 53 ensaios clínicos e 13.933 doentes) e para os doentes com cancro recebendo quimioterapia, a Hazard ratio de sobrevivência geral foi de 1,04 (IC 95%: 0,97; 1,11; 38 ensaios e 10.411 doentes). A meta-análise também indicou um aumento consistente e significativo do risco relativo de acontecimentos trombóides nos doentes com cancro recebendo eritropoeitina humana recombinante (ver secção 4.4). Num estudo randomizado, duplamente oculto, controlado por placebo com 4.037 doentes com insuficiência renal crónica, não em diálise, com diabetes tipo 2, e níveis de hemoglobina ≤ 11 g/dl, os doentes receberam tratamento com darbepoetina alfa para obter níveis de hemoblogina de 13 g/dl ou com placebo (ver secção 4.4). O estudo não cumpriu o seu objectivo primário de demonstração da redução do risco para todas as causas de mortalidade, morbilidade cardiovascular, ou doença renal em fase final (DRFF). A análise dos components dos marcadores finais compostos dos indíviduos mostraram as seguintes HR (IC 95%): morte 1,05 (0,92; 1,21), AVC 1,92 (1,38; 2,68), falha cardíaca congestiva (FCC) 0,89 (0,74; 1,08), enfarte do miocárdio (EM) 0,96 (0,75; 1,23), hospitalização por isquémia do miocárdio 0,84 (0,55; 1,27), DRFF 1.02 (0.87, 1.18). Foram realizadas análises subsequentes agrupadas dos estudos clínicos de AEEs em doentes com IRC (em doentes dialisados, não dialisados, diabéticos e não diabéticos). Foi observado a tendência para o aumento da estimativa do risco para todas as causas de mortalidade, acontecimentos cardiovasculares e cerebrovasculares associados a doses cumulativas elevadas de AEE independentes do estado de diabetes ou diálise (ver secções 4.2 e 4.4). 5.2 Propriedades farmacocinéticas Por via intravenosa A medição da eritropoetina após a administração de várias doses por via intravenosa revelou uma semi-vida de aproximadamente 4 horas em voluntários normais e uma semi-vida ligeiramente mais prolongada em doentes com insuficiência renal, aproximadamente 5 horas. Foi notificada uma semi-vida de aproximadamente 6 horas em crianças. Por via subcutânea Após a injecção subcutânea, os níveis séricos da eritropoetina são muito inferiores aos níveis atingidos após a injecção IV, os níveis aumentam lentamente e atingem um pico entre 12 e 18 horas após a dose. O pico fica sempre muito abaixo do pico que se atinge utilizando a via IV (aproximadamente 1/20 do valor). Não existe acumulação: os níveis permanecem os mesmos, quer sejam determinados 24 horas após a primeira injecção ou 24 horas após a última injecção. A semi-vida é difícil de avaliar para a via subcutânea e estima-se cerca de 24 horas. A biodisponibilidade da eritropoetina injectável por via subcutânea é muito inferior à do medicamento por via intravenosa: aproximadamente 20%. 5.3 Dados de segurança pré-clínica 178 Em alguns estudos toxicológicos pré-clínicos em cães e ratos, mas não em macacos, a terapêutica com eritropoetina esteve associada a fibrose da medula óssea subclínica (a fibrose da medula óssea é uma complicação conhecida da insuficiência renal crónica no Homem e pode estar relacionada com hiperparatiroidismo secundário ou factores desconhecidos. A incidência de fibrose da medula óssea não aumentou num estudo de doentes em hemodiálise que foram tratados com eritropoetina durante 3 anos comparativamente com um grupo de controlo equiparado de doentes em diálise que não foram tratados com eritropoetina). Em estudos em animais, demonstrou-se que a eritropoetina diminui o peso corporal fetal, atrasa a ossificação e aumenta a mortalidade fetal quando administrada em doses semanais de aproximadamente 20 vezes a dose semanal recomendada no Homem. Estas alterações são interpretadas como secundárias relativamente à diminuição do ganho de peso corporal materno. A eritropoetina não demonstrou quaisquer alterações nos testes bacterianos e de mutagenicidade da cultura celular em mamíferos e num teste de micronúcleo in vivo em ratinhos. Não foram efectuados estudos de carcinogenicidade a longo prazo. Existem relatórios contraditórios na literatura relativamente a se a eritropoetina pode desempenhar um papel importante como proliferadora de tumores. Estes relatórios baseiam-se em resultados in vitro de amostras de tumores humanos, mas o seu significado é incerto na situação clínica. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1 Lista dos excipientes Fosfato dissódico di-hidratado Fosfato monossódico di-hidratado Cloreto de sódio Cloreto de cálcio di-hidratado Polissorbato 20 Glicina Leucina Isoleucina Treonina Ácido glutâmico Fenilalanina Água para preparações injectáveis Hidróxido de sódio (regulador de pH) Ácido clorídrico (regulador de pH) 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de compatibilidade, este medicamento não deve ser misturado com outros medicamentos. 6.3 Prazo de validade 30 meses 6.4 Precauções especiais de conservação Conservar no frigorífico (2°C - 8°C). Não congelar. Manter a seringa pré-cheia dentro da embalagem exterior para proteger da luz. Durante a utilização em ambulatório, o doente pode retirar o medicamento do frigorífico e armazenálo à temperatura ambiente (não superior a 25°C), por um período único até 3 dias. 179 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente 0,75 ml de solução injectável em seringa pré-cheia de vidro do tipo I com uma agulha fixa em aço e um êmbolo com revestimento PTFE com ou sem proteção de agulha. Cada embalagem contém 1 ou 4 ou 6 seringas pré-cheias. Embalagens múltiplas contêm 4 seringas pré-cheias (4 embalagens de 1) É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações. 6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento Instruções de manuseamento para Retacrit: 1. Após retirar uma seringa da embalagem blister, verifique a solução se apresenta límpida, incolor e praticamente isenta de partículas visíveis. 2. Retire a tampa de protecção da agulha da seringa e o ar é expelido da seringa e da agulha segurando a seringa na vertical e pressionando suavemente o êmbolo para cima. 3. A seringa está agora pronta a usar. Retacrit não deve ser usado se • o selo do estiver quebrado ou se o blister estiver danificado de alguma forma • o líquido estiver colorido ou conseguir ver partículas a flutuar nele • qualquer líquido tiver derramado da seringa pré-cheia ou se for visível condensação dentro do blister selado • tiver sido congelado acidentalmente Este medicamento destina-se apenas a uma administração. Não agitar. Os medicamentos não utilizados ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Hospira UK Limited Horizon Honey Lane Hurley Maidenhead SL6 6RJ Reino Unido 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/07/431/018 seringa pré-cheia EU/1/07/431/022 seringa pré-cheia EU/1/07/431/023 seringa pré-cheia EU/1/07/431/043 seringa pré-cheia com protecção de agulha EU/1/07/431/047 seringa pré-cheia com protecção de agulha EU/1/07/431/048 seringa pré-cheia com protecção de agulha EU/1/07/431/052 seringa pré-cheia (embalagem múltipla) 180 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Data da primeira autorização: 18 de Dezembro de 2007 Data da última renovação: 15 de novembro de 2012 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO A informaçãoo detalhada sobre este medicamento está disponível na página da European Medicines Agency http://www.ema.europa.eu. 181 1. NOME DO MEDICAMENTO Retacrit 40 000 UI/1,0 ml solução injectável em seringa pré-cheia 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Uma seringa pré-cheia com 1,0 ml de solução injectável contém 40 000 unidades internacionais (UI) de epoetina zeta* (eritropoetina humana recombinante). A solução contém 40 000 UI de epoetina zeta por ml. *Produzida por tecnologia de ADN recombinante na linhagem celular de ovário de hamster chinês (CHO). Excipiente com efeito conhecido Cada seringa pré-cheia contém 0,50 mg de fenilalanina. Para a lista completa de excipientes, ver secção 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em seringa pré-cheia. Solução incolor e límpida. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia sintomática associada a insuficiência renal crónica (IRC) em doentes adultos e pediátricos: o Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em doentes adultos e pediátricos em hemodiálise e doentes adultos em diálise peritoneal (ver secção 4.4). o Tratamento da anemia grave de causa renal acompanhada de sintomas clínicos em doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise (ver secção 4.4). − Tratamento da anemia e redução dos requisitos de transfusão em doentes adultos a receber quimioterapia para tumores sólidos, linfoma maligno ou mieloma múltiplo, e em risco de transfusão conforme a avaliação do estado geral do doente (p.ex. estado cardiovascular, anemia prévia no início da quimioterapia). − Pode utilizar-se Retacrit para aumentar a colheita de sangue autólogo em doentes num programa de doação prévia. A sua utilização nesta indicação deve ser ponderada face ao risco de ocorrência de acontecimentos tromboembólicos notificado. O tratamento só deve ser administrado a doentes com anemia moderada (sem deficiência em ferro), se não estiverem disponíveis processos de conservação de sangue ou se estes forem insuficientes quando uma cirurgia electiva programada importante requerer um grande volume de sangue (4 ou mais unidades de sangue na mulher ou 5, ou mais unidades, no homem). − Retacrit pode ser utilizado para reduzir a exposição à transfusão sanguínea alogénica em adultos sem deficiência de ferro, antes de cirurgia electiva ortopédica major, que tenham um elevado um risco elevado para complicações associadas a transfusões. O seu uso deve ser restrito a doentes adultos com anemia moderada (ex. hemoglobina 10-13 g/dl) que não tenham disponível um programa de pré-doação autólogo e em que é previsível uma perda moderada de sangue (900 a 1 800 ml). 4.2 Posologia e modo de administração 182 O tratamento com Retacrit tem de ser iniciado sob a supervisão de médicos com experiência na gestão de doentes com as indicações acima mencionadas. Posologia Tratamento da anemia sintomática em doentes insuficientes renais crónicos adultos e pediátricos Retacrit deve ser administrado por via subcutânea ou por via intravenosa. A concentração de hemoglobina pretendida situa-se entre 10 e 12 g/dl (6,2-7,5 mmol/l), excepto em doentes pediátricos nos quais a concentração de hemoglobina se deverá situar entre 9,5 e 11 g/dl (5,96,8 mmol/l). Não se deve exceder o limite superior da concentração de hemoglobina a atingir. Os sintomas e as sequelas da anemia podem variar com a idade, o sexo e a carga geral da doença, sendo necessária a avaliação por parte de um médico do estado clínico e da condição de cada doente. Retacrit deve ser administrado por via subcutânea ou por via intravenosa a fim de aumentar a hemoglobina para valores não superiores a 12 g/dl (7,5 mmol/l). Devido à variabilidade intra-doente, pode observar-se ocasionalmente valores de hemoglobina superiores e inferiores ao nível de hemoglobina desejado num doente individual. A variabilidade da hemoglobina deve ser resolvida através da gestão da dose, tendo em consideração o intervalo de hemoglobina pretentida de 10 g/dl (6,2 mmol/l) a 12 g/dl (7,5 mmol). Devem ser evitados valores de hemoglobina que se mantenham superiores a 12 g/dl. As recomendações para o ajuste adequado da dose quando se observam valores de hemoglobina superiores a 12 g/dl (7,5 mmol/l) estão descritas abaixo. Deve ser evitado um aumento do valor de hemoglobina superior a 2 g/dl (1,25 mmol/l) num período de quatro semanas. Caso ocorra, o ajuste de dose apropriado deverá ser efectuado. Os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados para assegurar que é utilizada a dose efetiva mais baixa aprovada de Retacrit, para o controlo adequado dos sintomas da anemia enquanto se mantém uma concentração de hemoglobina inferior ou igual a 12 g/dl (7,5 mmol/l). Deve ter-se precaução com o aumento gradual das doses de Retacrit em doentes com insuficiência renal crónica. Em doentes com uma resposta fraca da hemoglobina ao Retacrit, explicações alternativas para a fraca resposta devem ser consideradas (ver secções 4.4 e 5.1). Em doentes com insuficiência renal crónica e cardiopatia isquémica ou insuficiência cardíaca congestiva clinicamente evidentes, a concentração de hemoglobina de manutenção não deverá exceder o limite superior da concentração de hemoglobina a atingir. Doentes adultos em hemodiálise Retacrit deve ser administrado por via subcutânea ou por via intravenosa O tratamento divide-se em duas fases: 1. Fase de correcção: 50 UI/kg 3 vezes por semana. Quando for necessário um ajuste da dose, este deve ser feito em etapas de, pelo menos, quatro semanas. Em cada etapa, o aumento ou redução da dose deve ser de 25 UI/kg 3 vezes por semana. 2. Fase de manutenção: Ajuste da dose para manter os valores da hemoglobina (Hb) no nível desejado: Hb entre 10 e 12 g/dl (6,2-7,5 mmol/l). A dose total semanal recomendada situa-se entre 75 e 300 UI/kg. Os dados clínicos disponíveis sugerem que aqueles doentes cuja hemoglobina inicial é muito baixa (< 6 g/dl ou < 3,75 mmol/l) podem necessitar de doses de manutenção mais altas do que aqueles cuja anemia inicial é menos grave (Hb > 8 g/dl ou > 5 mmol/l). Doentes pediátricos em hemodiálise 183 O tratamento divide-se em duas fases: 1. Fase de correcção: 50 UI/kg 3 vezes por semana por via intravenosa. Quando for necessário um ajuste da dose, este deve ser feito em etapas de 25 UI/kg, 3 vezes por semana em intervalos de, pelo menos, 4 semanas até o objectivo pretendido ser atingido. 2. Fase de manutenção: Ajuste da dose para manter os valores da hemoglobina (Hb) no nível desejado: Hb entre 9,5 e 11 g/dl (5,9-6,8 mmol/l). Geralmente, as crianças e adolescentes com menos de 30 kg de peso necessitam de doses de manutenção mais altas do que as crianças com mais de 30 kg e os adultos. As seguintes doses de manutenção foram observadas em estudos clínicos após 6 meses de tratamento. Peso (kg) < 10 10-30 > 30 Dose (UI/kg administrada 3 vezes por semana) Mediana Dose de manutenção habitual 100 75-150 75 60-150 33 30-100 Os dados clínicos disponíveis sugerem que aqueles doentes cuja hemoglobina inicial é muito baixa (< 6,8 g/dl ou < 4,25 mmol/l) podem necessitar de doses de manutenção mais altas do que aqueles cuja hemoglobina inicial é superior a > 6,8 g/dl ou > 4,25 mmol/l. Doentes adultos em diálise peritoneal Retacrit deve ser administrado por subcutânea ou por via intravenosa. O tratamento divide-se em duas fases: 1. Fase de correcção: A dose inicial é de 50 UI/kg 2 vezes por semana. 2. Fase de manutenção: Ajuste da dose para manter os valores da hemoglobina (Hb) no nível desejado: (Hb entre 10 e 12 g/dl (6,2-7,5 mmol/l). Dose de manutenção entre 25 e 50 UI/kg 2 vezes por semana em 2 doses iguais. Doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise Retacrit deve ser administrado por subcutânea ou por via intravenosa. O tratamento divide-se em duas fases: 1. Fase de correcção: A dose inicial é de 50 UI/kg 3 vezes por semana, por via intravenosa, seguida, se necessário, por um aumento da dose com incrementos de 25 UI/kg (3 vezes por semana) até o objectivo pretendido ser atingido (isto deve ser feito em etapas de, pelo menos, quatro semanas). 2. Fase de manutenção: Durante a fase de manutenção, o Retacrit pode ser administrado 3 vezes por semana e em caso de administração subcutânea, uma vez por semana ou uma vez em cada 2 semanas. Deve ser realizado o ajuste apropriado da dose e dos intervalos da dose para manter os valores da hemoglobina (Hb) no nível desejado: Hb entre 10 e 12 g/dl (6,2-7,5 mmol/l). Uma extensão dos intervalos da dose pode requerer um aumento da dose. A dosagem máxima não deverá exceder 150 UI/Kg 3 vezes por semana, 240 UI/Kg (até um máximo de 20 000 UI) uma vez por semana ou 480 UI/Kg (até um máximo de 40 000 UI) uma vez em cada 2 semanas. Tratamento de doentes com anemia induzida por quimioterapia 184 Retacrit deve ser administrada por via subcutânea a doentes com anemia (p. ex., concentração de hemoglobina ≤ 10 g/dl (6,2 mmol/l). Os sintomas e as sequelas da anemia podem variar com a idade, o sexo e a carga geral da doença; sendo necessária a avaliação por parte de um médico do estado clínico e da condição de cada doente. Devido à variabilidade intra-doente, pode observar-se ocasionalmente valores de hemoglobina superiores e inferiores ao nível de hemoglobina desejado num doente individual. A variabilidade da hemoglobina deve ser resolvida através da gestão da dose, tendo em consideração o intervalo de hemoglobina pretentida de 10 g/dl (6,2 mmol/l) a 12 g/dl (7,5 mmol). Deve ser evitado que o nível de hemoglobina se mantenha superior a 12 g/dl (7,5 mmol/l), sendo de seguida fornecida uma orientação para o ajuste adequado da dose para os casos em que se observam valores de hemoglobina que excedam 12 g/dl (7,5 mmol/l). Os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados para assegurar que é utilizada a dose mais baixa aprovada de Retacrit, para o controlo adequado dos sintomas da anemia. A terapêutica com Retacrit deve continuar até um mês após o final da quimioterapia. A dose inicial é de 150 UI/kg administrada por via subcutânea 3 vezes por semana. Em alternativa, pode administrar-se Retacrit com uma dose inicial de 450 UI/kg por via subcutânea uma vez por semana. Se a hemoglobina aumentou, pelo menos, 1 g/dl (0,62 mmol/l) ou a contagem reticulocitária aumentou ≥ 40 000 células/µl acima do valor inicial após 4 semanas de tratamento, a dose deve permanecer em 150 UI/kg 3 vezes por semana ou 450 UI/kg uma vez por semana. Se o aumento da hemoglobina for < 1 g/dl (< 0,62 mmol/l) e a contagem reticulocitária tiver aumentado < 40 000 células/µl acima do valor inicial, aumente a dose para 300 UI/kg 3 vezes por semana. Se após mais 4 semanas de terapêutica com 300 UI/kg 3 vezes por semana, a hemoglobina aumentou ≥ 1 g/dl (0,62 mmol/l) ou a contagem reticulocitária aumentou ≥ 40 000 células/µl, a dose deve permanecer em 300 UI/kg 3 vezes por semana. Contudo, se a hemoglobina aumentou < 1 g/dl (< 0,62 mmol/l) e a contagem reticulocitária aumentou < 40 000 células/µl acima do valor inicial, não é provável a obtenção de resposta, pelo que, o tratamento deve ser interrompido. 185 O regime posológico recomendado é descrito no diagrama seguinte: 150 UI/kg, 3x/semana ou 450 UI/kg, uma vez por semana durante 4 semanas Aumento da contagem de reticulócitos < 40.000/μl e aumento de Hb < 1 g/dl Aumento da contagem de reticulócitos ≥ 40.000/μl ou aumento de Hb ≥ 1 g/d 300 UI/kg 3x/semana durante 4 semanas Hb pretentida (10-12 g/dl) Aumento da contagem de reticulócitos ≥ 40.000/μl ou aumento de Hb ≥ 1 g/d Aumento da contagem de reticulócitos < 40.000/μl e aumento de Hb < 1 g/dl Interromper o tratamento Assim que o objectivo terapêutico para um doente individual tiver sido atingido, a dose deve ser reduzida em 25 a 50% de modo a manter a hemoglobina nesse nível. Deve ser considerada a titulação adequada da dose. Ajuste da dose A uma taxa de aumento na hemoglobina de >2 g/dl (>1,25 mmol/l) por mês, a dose de Retacrit deve ser reduzida em cerca de 25-50%. Se o valor da hemoglobina exceder 12 g/dl (7,5 mmol/l), interrompa a terapêutica até baixar para 12 g/dl (7,5 mmol/l) ou menos e, depois, reintroduza a terapêutica com Retacrit a uma dose 25% inferior à dose anterior. Tratmento de doentes adultos cirúrgicos em programas de pré-doação autóloga Retacrit deve ser administrado por via intravenosa. Na altura da colheita de sangue, deve administrar-se Retacrit após a conclusão do procedimento de colheita de sangue. 186 Os doentes moderadamente anémicos (hematócrito de 33-39%) que necessitam de um depósito prévio de ≥ 4 unidades de sangue devem ser tratados com Retacrit a uma dose de 600 UI/kg de peso corporal 2 vezes por semana durante 3 semanas antes da cirurgia. Todos os doentes tratados com Retacrit deverão receber um suplemento de ferro adequado (p.ex. 200 mg de ferro elementar por via oral diariamente) durante o tratamento. Deve iniciar-se o suplemento de ferro o mais rapidamente possível, mesmo várias semanas antes de iniciar o depósito prévio autólogo, para obter níveis de ferro altos antes de iniciar a terapêutica com Retacrit. Tratamento de doentes adultos sujeitos a cirurgia electiva ortopédica major O Retacrit deve ser administrado por via subcutânea A dose recomendada de Retacrit é de 600 UI/kg administrada semanalmente, durante três semanas (dias 21, 14, e 7) antes da cirurgia e no dia da cirurgia (dia 0). Em casos em que haja necessidade clínica, o tempo antes da cirurgia pode ser reduzido para menos de três semanas. Nestes casos devemse administrar 300 mg/kg diariamente durante 10 dias consecutivos antes da cirurgia, no dia da cirurgia, e durante quatro dias imediatamente após a cirurgia. Se durante o período pré-operatório, a hemoglobina atingir níveis de 15 g/dl, ou superior, a administração de Retacrit deve ser interrompida e não se devem administrar doses adicionais. As deficiências em ferro devem ser tratadas antes de iniciar o tratamento com Retacrit. Além disto, todos os doentes devem receber o suplemento de ferro adequado (por exemplo, 200 mg por dia, por via oral, de elemento ferro) durante o decorrer do tratamento com Retacrit. Se possível, o suplemento de ferro deve ser inciado antes do tratamento com Retacrit, para atingir os níveis internos de ferro adequados. Modo de administração Injecção intravenosa A dose deve ser administrada durante, pelo menos, 1-5 minutos, dependendo da dose total. Em doentes submetidos a hemodiálise, pode administrar-se uma injecção de bólus durante a sessão de diálise através de uma porta venosa adequada na linha de diálise. Em alternativa, a injecção pode ser administrada no final da sessão de diálise através do tubo da agulha da fístula, seguida de 10 ml de solução de cloreto de sódio 9 mg/ml (0,9%) para enxaguar o tubo e garantir uma injecção satisfatória do medicamento na circulação. É preferível uma injecção mais lenta em doentes que reagem ao tratamento com sintomas gripais. Retacrit não deve ser administrado por perfusão intravenosa. Retacrit não deve ser misturado com outros medicamentos (ver secção 6.2). Injecção subcutânea Geralmente, não se deve exceder um volume máximo de 1 ml no local da injecção. Em caso de volumes superiores, deve escolher-se mais de um local para a injecção. As injecções são administradas nos membros ou na parede abdominal anterior. Para instruções acerca do manuseamento do medicamento antes da administração, ver secção 6.6. 4.3 − − − − Contra-indicações Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes listados na secção 6.1. Os doentes que desenvolvem Aplasia Eritróide Pura (AEP) após tratamento com qualquer eritropoetina não podem receber Retacrit ou qualquer outra eritropoetina (ver secção 4.4). Hipertensão descontrolada. Na indicação “para aumentar a colheita de sangue autólogo”: enfarte do miocárdio ou acidente 187 − − 4.4 vascular cerebral no mês anterior ao tratamento, angina de peito instável, risco aumentado de trombose venosa profunda, nomeadamente, história clínica de doença tromboembólica venosa. Na indicação de cirurgia electiva ortopédica major: doença coronária grave, doença arterial periférica, carotídea ou doença vascular cerebral, incluindo doentes com antecedentes de enfarte do miocárdio recente ou acidente vascular cerebral. Doentes que, por qualquer razão, não podem receber profilaxia antitrombótica adequada. Advertências e precauções especiais de utilização Informações gerais Como em todos os doentes a receber eritropoetina, a pressão arterial pode aumentar durante o tratamento com Retacrit. A pressão arterial deve ser monitorizada de perto e controlada adequadamente em todos os doentes antes, no início e durante o tratamento com Retacrit. Pode ser necessário adicionar ou aumentar o tratamento anti-hipertensivo. Se a pressão arterial não puder ser bem controlada, o tratamento com Retacrit deve ser interrompido. Retacrit também deve ser usado com precaução em presença de epilepsia e insuficiência hepática crónica. Durante o tratamento com eritropoetina, pode ocorrer um aumento moderado do número de plaquetas, dentro dos valores normais, dependente da dose. Este efeito regride com o tratamento. Recomenda-se a monitorização regular do número de plaquetas nas primeiras 8 semanas de tratamento. Todas as outras causas de anemia (deficiência em ferro, hemólise, perda de sangue, deficiências em vitamina B12- ou folato) devem ser consideradas e tratadas antes de iniciar e durante a terapêutica com Retacrit. Na maioria dos casos, observa-se diminuição dos valores da ferritina sérica em simultâneo com o aumento do hematócrito. Para garantir uma resposta óptima à eritropoetina, devem garantir-se níveis de ferro adequados: − recomenda-se suplemento de ferro, p.ex. 200-300 mg/dia oralmente (100-200 mg/dia para doentes pediátricos) para doentes com insuficiência renal crónica cujos níveis séricos de ferritina sejam inferiores a 100 ng/ml − recomenda-se substituição de ferro na dose de 200-300 mg/dia para todos os doentes com neoplasia com saturação da transferrina inferior a 20% Todos estes factores que contribuem para a anemia devem ser considerados cuidadosamente ao tomar a decisão de aumentar a dose de eritropoetina em doentes com neoplasia. A diminuição paradoxal da hemoglobina e desenvolvimento de anemia grave associada com uma contagem baixa de reticulócitos deve levar à interrupção imediata do tratamento com epoetina e efectuar a análise para pesquisa de anticorpos anti-epoetinas. Têm sido notificados casos de doentes com hepatite C tratados com interferão e ribavirina, e com epoetinas utilizadas concomitantemente. As Epoetinas não estão aprovadas para controlar a anemia associada à hepatite C. De forma a melhorar a rastreabilidade dos agentes estimulantes da eritropoiese (AEEs), o nome do AEE prescrito deve ser claramente registado (ou indicado) no processo do doente. Na pericirurgia devem-se seguir sempre as boas práticas de utilização de sangue. Doentes que vão ser submetidos a cirurgia ortopédica electiva major Em doentes que vão ser submetidos a cirurgia electiva ortopédica major, a causa da anemia deve ser esclarecida e tratada, se possível, antes do início do tratamento com Retacrit. Os acontecimentos trombóticos podem ser um risco nesta população de doentes e esta possibilidade tem de ser cuidadosamente avaliada em relação ao benefício relacionado com o 188 tratamento. Os doentes devem receber profilaxia adequada com anticoagulantes, pois podem ocorrer eventos tromboembólicos e vasculares em doentes cirúrgicos, especialmente os que apresentam doença cardiovascular. Para além disto, também deverá ser observada precaução especial em doentes predispostos para o desenvolvimento de trombose venosa profunda (DVTs). Não se pode também excluir a possibilidade de que o tratamento com Retacrit, em doentes com um nível de hemoglobina > 13 g/dl, se associe a um aumento de risco de eventos trombóticos e vasculares pós-operatórios. A epoetina alfa não deverá, portanto, ser utilizada em doentes com valores de hemoglobina > 13 g/dl. Doentes insuficientes renais crónicos Concentração de hemoglobina Em doentes com insuficiência renal crónica, a concentração da hemoglobina de manutenção não deve exceder o limite superior da concentração de hemoglobina pretentida recomendada na secção 4.2. Em ensaios clínicos, observou-se um aumento do risco de morte, de acontecimentos cardiovasculares ou cerebrovasculares graves, incluindo AVC quando foram administrados AEE para alcançar uma hemoglobina superior a 12 g/dl (7,5 mmol/l). Ensaios clínicos controlados não demonstraram benefícios significativos atribuíveis à administração de epoetinas quando a concentração de hemoglobina aumenta para além do nível necessário para controlar os sintomas da anemia e para evitar transfusões sanguíneas. Os valores da hemoglobina devem ser medidos de forma regular até se atingir um valor estável e, posteriormente, de forma periódica. A taxa de aumento em hemoglobina deverá ser aproximadamente de 1 g/dl (0,62 mmol/l) por mês e não deverá exceder 2 g/dl (1,25 mmol/l) por mês para minimizar o risco de desenvolvimento ou agravamento de hipertensão. Os doentes com insuficiência renal crónica tratados com Retacrit por via subcutânea devem ser monitorizados regularmente quanto à perda de eficácia, definido como ausência ou diminuição de resposta ao tratamento de Retacrit nos doentes que responderam previamente a esta terapia. Isto caracteriza-se por uma diminuição constante dos níveis de hemoglobina, apesar do aumento da dose de Retacrit. Alguns doentes com intervalos de dosagem mais alargados (superiores a uma vez por semana) de epoetina podem não manter níveis adequados de hemoglobina (ver secção 5.1) e podem requerer um aumento na dose de epoetina. Os níveis de hemoglobina devem ser monitorizados regularmente. Deve ter-se precaução com o aumento gradual das doses de Retacrit em doentes com insuficiência renal crónica, uma vez que doses cumulativas elevadas de epoetina podem estar associadas a um aumento do risco de mortalidade, acontecimentos cardiovasculares e cerebrovasculares graves. Em doentes com uma resposta fraca da hemoglobina ao Retacrit, explicações alternativas para a fraca resposta devem ser consideradas (ver secções 4.2 e 5.1). A falta de resposta à terapêutica com eritropoetina deve levar a uma procura dos factores causais. Estes incluem: deficiência em ferro, folato, ou Vitamina B12; intoxicação por alumínio; infecções intercorrentes; episódios inflamatórios ou traumáticos; perda de sangue oculta; hemólise e fibrose da medula óssea de qualquer origem. Foram notificados muito raramente, casos de AEP (Aplasia Eritróide Pura) mediada por anticorpos em doentes com insuficiência renal crónica com eritropoetina administrada por via subcutânea. Em doentes que desenvolvam uma falta de eficácia súbita, definida por uma diminuição na hemoglobina (1-2 g/dl por mês) com uma maior necessidade de transfusões, deve efectuar-se uma contagem reticulocitária e as causas típicas para a falta de resposta (p.ex. deficiência em ferro, folato, ou vitamina B12, intoxicação por alumínio, infecção ou inflamação, perda de sangue e hemólise) devem 189 ser investigadas. Se não for identificada uma causa, deve ser considerado um exame da medula óssea para o diagnóstico da AEP. Se for diagnosticada AEP, a terapêutica com Retacrit deve ser interrompida imediatamente e deve considerar-se efectuar um teste aos anticorpos anti-eritropoetina. Os doentes não devem ser transferidos para outro medicamento pois os anticorpos anti-eritropoetina apresentam reactividade cruzada com outras eritropoetinas. Devem ser excluídas ooutras causas de AEP e deve ser instituída uma terapêutica apropriada. Recomenda-se a monitorização da contagem reticulocitária de forma regular para detectar possível ocorrência de falta de eficácia em doentes com insuficiência renal crónica. Observou-se hipercalemia em casos isolados. Em doentes com insuficiência renal crónica, a correcção da anemia pode conduzir a aumento do apetite, e a uma maior ingestão de potássio e proteínas. As prescrições de diálises podem ter de ser ajustadas periodicamente para manter a ureia, a creatinina e o potássio dentro dos valores desejados. Os electrólitos séricos devem ser monitorizados em doentes com insuficiência renal crónica. Se for detectado um nível sérico de potássio elevado (ou crescente), deve considerar-se suspender a administração de eritropoetina até à normalização da hipercalemia. Durante o tratamento com eritropoetina, é frequentemente requerido um aumento da dose de heparina, durante a hemodiálise, devido ao aumento do hematócrito. Se a heparinização não for óptima pode ocorrer a oclusão do sistema de diálise. Com base em informações disponíveis à data, a correcção da anemia com eritropoetina em doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise não acelera a taxa de progressão da insuficiência renal. Doentes adultos com neoplasia e anemia sintomática a receber quimioterapia Em doentes com neoplasia a receber quimioterapia, o atraso de 2-3 semanas entre a administração de eritropoetina e o aparecimento de glóbulos vermelhos induzidos pela eritropoetina deve considerado ao avaliar se a terapêutica com Retacrit é apropriada (doente em risco de transfusão). Os valores da hemoglobina devem ser monitorizados de perto até se atingir um valor estável e, posteriormente, de forma periódica. Caso a taxa de aumento na hemoglobina exceda 2 g/dl (1,25 mmol/l) por mês ou o valor da hemoglobina exceda 12 g/dl (7,5 mmol/l), o ajuste da dose detalhado na secção 4.2 deve ser executado cuidadosamente para minimizar o risco de acontecimentos trombóticos (ver secção 4.2). Como se observou um aumento na incidência episódios vasculares trombóticos (EVT) em doentes com neoplasia a receber agentes eritropoéticos (ver secção 4.8), este risco deve ser ponderado cuidadosamente face ao benefício a ser obtido do tratamento (com Retacrit), particularmente em doentes com neoplasia com um aumento do risco de episódios vasculares trombóticos, tais como obesidade e doentes com uma história clínica de EVT (p.ex. trombose venosa profunda ou Embolia pulmonar). Doentes cirúrgicos adultos num programa de doação prévia de sangue autólogo Todas as advertências e precauções especiais associadas aos programas de doação prévia de sangue autólogo, especialmente a substituição de volume de rotina, devem ser respeitadas. Potencial crescimento do tumor As epoetinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção dos eritrócitos. Os receptores da eritropoetina podem expressar-se na superfície de várias células tumorais. Como sucede com todos os factores de crescimentos, existe a preocupação de que as epoetinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de malignidade. Em certos estudos controlados, as epoetinas não 190 revelaram aumentar a sobrevivência global ou reduzir o risco de progressão do tumor em doentes com anemia associada a neoplasia. Vários ensaios clínicos controlados em doentes com várias neoplasias frequentes, incluindo a neoplasia da cabeça e pescoço, neoplasia do pulmão e neoplasia da mama, aos quais foram administradas epoetinas, revelaram um aumento inexplicado da mortalidade. Em estudos clínicos controlados, a utilização de epoetina alfa e de outros agentes estimuladores da eritropoiese (AEE) demonstraram: • tempo reduzido para a progressão do tumor em doentes com cancro avançado da cabeça e do pescoço submetidos a radioterapia quando administradas para alcançar uma hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l), • sobrevivência geral reduzida e aumento do número de mortes atribuídos à progressão da doença aos 4 meses em doentes com cancro da mama metastático submetidos a quimioterapia quando administradas para alcançar uma hemoglobina de 12-14 g/dl (7,5-8,7 mmol/l), • aumento do risco de morte quando administradas para alcançar uma hemoglobina de 12 g/dl (7,5 mmol/l) em doentes com malignidade activa que não estejam a ser submetidos a quimioterapia nem radioterapia. Os AEE não estão indicados para a utilização nesta população de doentes. Face ao acima descrito, em certas situações clínicas, a transfusão de sangue deve ser o tratamento preferencial para o tratamento da anemia em doentes com cancro. A decisão de administrar eritropoietinas recombinantes deve-se basear numa avaliação do risco/benefício com a participação do doente individual, que deve ter em conta o contexto clínico específico. Os factores que devem ser considerados nesta avaliação devem incluir o tipo de tumor e a sua fase, o grau de anemia, a esperança de vida, o ambiente em que o doente está a ser tratado e a preferência do doente (ver secção 5.1) Este medicamento contém fenilalanina que pode ser prejudicial para indivíduos com fenilcetonúria. Este medicamento contém menos de 1 mmol de sódio (23 mg) por dose, ou seja, é praticamente “isento de sódio”. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Não existem provas que indiquem que o tratamento com eritropoetina altere o metabolismo de outros medicamentos. Contudo, visto que a ciclosporina se liga através dos eritrócitos, existe potencial para interacções com outros medicamentos. Se a eritropoetina for administrada concomitantemente com a ciclosporina, os níveis séricos da ciclosporina devem ser monitorizados e a dose ciclosporina ajustada à medida que o hematócrito aumenta. Não existe evidência que indique uma interacção entre a epoetina alfa e G-CSF ou GM-CSF em relação à diferenciação hematológica ou proliferação in vitro de tecido tumoral obtido por biopsia. 4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento Não existem estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Os estudos em animais revelaram toxicidade reprodutiva (ver secção 5.3). Não é sabido se a epoetina zeta exogena é excretada no leite materno. Por conseguinte, deve utilizar-se a eritropoetina durante a gravidez e o aleitamento apenas se o benefício potencial compensar o risco potencial para o feto. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Os efeitos de Retacrit sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas são nulos ou desprezíveis. 4.8 Efeitos indesejáveis 191 Sumário do perfil de segurança. Os dados provenientes de estudos clínicos com Retacrit estão em linha com o perfil de segurança de outra eritropoetinas autorizadas. Com base nos resultados dos estudos clínicos com outras eritropoetinas autorizadas, aproximadamente 8% dos doentes tratados com eritropoetina poderão apresentar reacções adversas. As reacções adversas, durante o tratamento com eritropoetina, são observados, predominantemente, em doentes com insuficiência renal crónica ou malignidade subjacente; e são mais frequentemente cefaleias e aumento na pressão arterial, dependente da dose. Podem ocorrer crises hipertensivas com sintomas do tipo encefalopatia. Deve ser dada atenção ao aparecimento súbito de cefaleias graves tipo enxaqueca como um possível sinal de alarme. Foi notificada congestão do tracto respiratório, que inclui eventos de congestão do tracto respiratório superior, congestão nasal e nasofaringite em estudos com intervalo de dosagem alargada em doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise. Foram notificados acontecimentos trombóticos/vasculares, tais como isquémia do miocárdio, enfarte do miocárdio, acidentes vasculares cerebrais (hemorragia cerebral e enfarte cerebral), crises isquémicas transitórias, trombose venosa profunda, trombose arterial, embolia pulmonar, aneurismas, trombose da retina e coagulação de um rim artificial em doentes a receberem agentes eritropoiéticos. Foi notificada eritroblastopenia (AEP) mediada por anticorpos após meses a anos de tratamento com epoetina alfa. Na maioria destes doentes, foram observados anticorpos anti-eritropoietinas (ver secções 4.3 e 4.4). Lista tabelada de reacções adversas Nesta secção as frequências das reacções adversas são definidos da seguinte forma: muito frequentes (≥1/10), frequentes (≥1/100, <1/10), pouco frequentes (≥1/1.000, <1/100), raros (≥1/10.000, <1/1.000), muito raros (<1/10.000), desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis) Dentro de cada grupo de frequência, as reacções adversas devem ser apresentados por ordem decrescente de gravidade. As frequências podem variar dependendo da indicação. CSO Frequência Doenças do sangue e do sistema Muito raro linfático Desconhecido Doenças do sistema imunitário Doenças do sistema nervoso Raro Muito raro Muito frequentes Frequentes Pouco frequentes Desconhecido Afecções oculares Cardiopatias Desconhecido Desconhecido Vasculopatias Frequentes 192 Efeito Adverso Trombocitose (ver secção 4.4) eritroblastopenia (AEP) mediada por anticorpos Reacções de hipersensibilidade Reacção anafiláctica Tonturas (doentes com insuficiência renal crónica) Cefaleias (doentes com cancro) Acidente Vascular Cerebral Tonturas (doentes com cancro) Cefaleias (doentes com com insuficiência renal crónica) Hemorragia cerebral Enfarte cerebral Encefalopatia hipertensiva Ataques isquémicos transitórios Trombose na retina Enfarte do miocárdio Isquémia do miocárdio Trombose em veias profundas (doentes com cancro) Aumento da pressão sanguínea Desconhecido Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino Frequentes Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos Frequente Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos Perturbações gerais e alterações no local de administração Pouco frequente Desconhecido Muito raro Desconhecido Muito frequentes Frequentes Muito frequentes Frequentes Complicações de intervenções relacionadas com lesões e intoxicações Frequentes Aneurisma Trombose arterial Trombose em veias profundas (doentes com insuficiência renal crónica) Crise hipertensiva Embolismo pumonar (doentes com cancro) Congestão do trato respiratório Embolismo pumonar (doentes com cancro) Erupções cutâneas não específicas Angioedema Prúrido Dores nas articulações (doentes com insuficiência renal) Dores nas articulações (doentes com cancro) Sintomas gripais (doentes com insuficiência renal) Sensação de fraqueza (doentes com insuficiência renal) Sensação de cansaço (doentes com insuficiência renal) Sintomas gripais (doentes com cancro) Sensação de fraqueza (doentes com cancro) Sensação de cansaço (doentes com cancro) Coagulação de um rim artificial Doentes adultos e pediátricos em hemodiálise, doentes adultos em diálise peritoneal e doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise A reacção adversa mais frequente durante o tratamento com epoetina alfa é um aumento dependente da dose da tensão arterial ou um agravamento da hipertensão existente. Estes aumentos na tensão arterial podem ser tratados com medicamentos. Além disso, recomenda-se a monitorização da tensão arterial particularmente no início do tratamento. Também ocorreram as seguintes reacções em doentes isolados com tensão arterial normal ou baixa: crises hipertensivas com sintomas do tipo encefalopatia (p. ex., cefaleias e estado de confusão) e convulsões tónico-clónicas generalizadas, necessitando de cuidados médicos imediatos e tratamento intensivo. Deve ser dada particular atenção ao aparecimento súbito de cefaleias graves tipo enxaqueca como um possível sinal de alerta. Pode ocorrer trombose do shunt, especialmente em doentes com tendência para hipotensão ou com complicações da fístula arteriovenosa (p. ex., estenoses, aneurismas, etc.). Nestes doentes recomendase a revisão precoce do shunt e a profilaxia da trombose através da administração de ácido acetilsalicílico, por exemplo. Doentes oncológicos adultos com anemia sintomática em quimioterapia Pode ocorrer hipertensão em doentes tratados com epoetina alfa. Consequentemente, a hemoglobina e a tensão arterial devem ser cuidadosamente monitorizadas. 193 Foi observado um aumento da incidência dos acontecimentos vasculares trombóticos (ver secção 4.4 e secção 4.8 - Gerais) em doentes tratados com agentes eritropoiéticos. Doentes cirúrgicos Independentemente do tratamento com eritropoetina, podem ocorrer acontecimentos trombóticos e vasculares em doentes cirúrgicos com doença cardiovascular subjacente após flebotomia repetida. Portanto, deve efectuar-se a substituição de volume de rotina nesses doentes. Em doentes com valores basais de hemoglobina > 13g/dl , não pode ser excluída a possibilidade de que o tratamento com Retacrit possa estar associado a um aumento do risco de eventos trombóticos/vasculares pós-cirurgia. Notificação de suspeitas de reações adversas A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas de reações adversas através do sistema nacional de notificação mencionado no Apêndice V. 4.9 Sobredosagem A margem terapêutica da eritropoetina é muito larga. A sobredosagem de eritropoetina pode produzir efeitos que são prolongamentos dos efeitos farmacológicos da hormona. Pode efectuar-se a flebotomia se ocorrerem valores da hemoglobina excessivamente altos. Deve ser fornecido cuidado de apoio adicional conforme for necessário. 5. 5.1 PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS Propriedades farmacodinâmicas Grupo farmacoterapêutico: Outras preparações antianémicas, eritropoetina Código ATC: B03XA01 Retacrit é um medicamento biológico similar. Está disponível informação pormenorizada no sítio da Agência Europeia de Medicamentos http://www.ema.europa.eu Efeitos farmacodinâmicos A eritropoetina é uma glicoproteína que estimula, como um factor estimulante das mitoses e como hormona diferenciadora, a formação de eritrócitos a partir de precursores do compartimento da célula estaminal. O peso molecular aparente da eritropoetina é de 32 000-40 000 Dalton. A metade proteica da molécula contribui para cerca de 58% do peso molecular total e é composta por 165 aminoácidos. As quatro cadeias de hidratos de carbono estão ligadas à proteína através de três ligações N-glicosídeas e uma ligação O-glicosídea. A epoetina zeta é idêntica, na sua composição em aminoácidos e em hidratos de carbono, à eritropoetina humana endógena isolada da urina de doentes anémicos. A eficácia biológica da eritropoetina foi demonstrada em vários modelos animais in vivo (rato normal e rato anémico, ratinho policitémico). Após a administração da eritropoetina, o número de eritrócitos, os valores de hemoglobina e a contagem reticulocitária, bem como a taxa de incorporação de 59Fe, aumentam. Após incubação das células eritróides nucleadas do baço (cultura de células de baço de ratinho) com epoetina beta, detectou-se um aumento da incorporação da timidina tritiada (3H-timidina) in vitro. Poderia demonstrar-se com a ajuda de células humanas de medula óssea que a eritropoetina estimula 194 especificamente a eritropoiese, não afectando a leucopoiese. Não foi detectada acção citotóxica da eritropoetina em células da medula óssea. Como sucede com outros factores de crescimentos hematopoéticos, a eritropoetina demonstrou propriedades estimulantes in vitro em células endoteliais humanas. Doentes adultos com insuficiência renal ainda não submetidos a diálise Em 2 estudos com intervalo de dosagem alargada de eritropoetina (3 vezes por semana, uma vez por semana, uma vez em cada 2 semanas e uma vez em cada 4 semanas) alguns doentes com intervalos de dosagem mais longos não mantiveram níveis de hemoglobina adequados e alcançaram o critério de retirada de hemoglobina definido no protocolo (0% nos grupos de uma vez por semana, 3,7% nos grupos de uma vez em cada 2 semanas e 3,3% nos grupos de uma vez em cada 4 semanas). Eficácia clínica e segurança 721 doentes com neoplasia a receber quimioterapia sem platina foram incluídos em três estudos controlados com placebo, 389 doentes com neoplasias hematológicas (221 mielomas múltiplos, 144 linfoma não-Hodgkin e 24 outras neoplasias hematológicas) e 332 com tumores sólidos (172 da mama, 64 ginecológicos, 23 do pulmão, 22 da próstata, 21 gastrointestinais, e 30 outros tipos de tumor). Em dois grandes estudos, em aberto, 2 697 doentes com neoplasia a receber quimioterapia sem platina foram incluídos, 1 895 com tumores sólidos (683 da mama, 260 do pulmão, 174 ginecológicos, 300 gastrointestinais e 478 outros tipos de tumor) e 802 com neoplasias hematológicas. Num estudo prospectivo, aleatório, com ocultação dupla, controlado com placebo, conduzido em 375 doentes anémicos com várias neoplasias não-mielóides a receber quimioterapia sem platina, verificouse uma redução significativa de sequelas relacionadas com a anemia (p.ex. fadiga, diminuição da energia e redução da actividade), medidas pelos instrumentos e escalas seguintes: escala geral de Avaliação Funcional de Terapia da Neoplasia-Anemia (FACT-An), escala de fadiga FACT-An e Escala Linear Analógica da Neoplasia (CLAS). Dois outros estudos mais pequenos, aleatórios, controlados com placebo, não demonstraram uma melhoria significativa nos parâmetros de qualidade de vida na escala EORTC-QLQ-C30 ou CLAS, respectivamente. A eritropoetina é um factor de crescimento que estimula principalmente a produção dos eritrócitos. Os receptores da eritropoetina podem expressar-se na superfície de várias células tumorais. A sobrevivência e a progressão tumoral foram examinadas em cinco grandes estudos controlados envolvendo um total de 2 833 doentes, dos quais quatro foram estudos duplamente cegos controlados com placebo e um foi um estudo aberto. Os estudos recrutaram doentes que estavam a ser tratados com quimioterapia (dois estudos) ou utilizaram populações de doentes nas quais os agentes estimuladores da eritropoiese não estavam indicados: anemia em doentes com cancro que não estavam submetidos a quimioterapia e doentes com cancro da cabeça e do pescoço submetidos a radioterapia. A concentração de hemoglobina pretentida em dois estudos foi de > 13 g/dl; nos restantes três estudos esta foi de 12-14 g/dl. No estudo aberto não houve diferença na sobrevivência geral entre os doentes tratados com a eritropoietina humana recombinante e os controlos. Nos quatro estudos controlados com placebo, as taxas de risco da sobrevivência geral foram de 1,25 e 2,47 a favor dos controlos. Estes estudos demonstraram uma mortalidade excessiva consistente inexplicada e estatisticamente significativa em doentes com anemia associada a vários cancros vulgares que receberam eritropoietina humana recombinante comparativamente aos controlos. O resultado da sobrevivência geral nos ensaios não conseguiu ser explicado de modo satisfatório pelas diferenças na incidência da trombose e das complicações relacionadas entre os doentes aos quais foi administrada a eritropoietina humana e os doentes no grupo de controlo. Também foi realizada uma análise sistemática envolvendo mais de 9000 doentes com cancro que participaram em 57 ensaios clínicos. A meta-análise dos dados de sobrevivência geral produziu uma estimativa pontual da razão de perigo de 1,08 a favor dos controlos (95% IC: 0,99; 1,18; 42 ensaios e 8 167 doentes). Foi observado um aumento do risco relativo de acontecimentos tromboembólicos (RR 1,67; 95% IC: 1,35; 2,06; 35 ensaios e 6769 doentes) em doentes tratados com eritropoietina humana 195 recombinante. Existe um aumento do risco de acontecimentos tromboembólicos em doentes com cancro tratados com eritropoietina humana recombinante e não se pode excluir um impacto negativo na sobrevivência geral. A extensão da possível aplicação destes resultados à administração da eritropoietina humana recombinante a doentes com cancro, tratados com quimioterapia para alcançarem concentrações de hemoglobina inferiores a 13 g/dl, está por clarificar uma vez que foram incluídos poucos doentes com estas características nos dados analisados . Foi efectuada uma análise dos dados individuais dos doentes em mais de 13.900 doentes com cancro (quimio-, rádio-, quimioradio-, ou sem terapia) que participaram em 53 ensaios clínicos controlados envolvendo várias epoetinas. A meta-análise dos dados de sobrevivência geral conduziram a uma taxa de risco estimado de 1,06 favorável ao controle (IC 95%: 1,00; 1,12; 53 ensaios clínicos e 13.933 doentes) e para os doentes com cancro recebendo quimioterapia, a Hazard ratio de sobrevivência geral foi de 1,04 (IC 95%: 0,97; 1,11; 38 ensaios e 10.411 doentes). A meta-análise também indicou um aumento consistente e significativo do risco relativo de acontecimentos trombóides nos doentes com cancro recebendo eritropoeitina humana recombinante (ver secção 4.4). Num estudo randomizado, duplamente oculto, controlado por placebo com 4.037 doentes com insuficiência renal crónica, não em diálise, com diabetes tipo 2, e níveis de hemoglobina ≤ 11 g/dl, os doentes receberam tratamento com darbepoetina alfa para obter níveis de hemoblogina de 13 g/dl ou com placebo (ver secção 4.4). O estudo não cumpriu o seu objectivo primário de demonstração da redução do risco para todas as causas de mortalidade, morbilidade cardiovascular, ou doença renal em fase final (DRFF). A análise dos components dos marcadores finais compostos dos indíviduos mostraram as seguintes HR (IC 95%): morte 1,05 (0,92; 1,21), AVC 1,92 (1,38; 2,68), falha cardíaca congestiva (FCC) 0,89 (0,74; 1,08), enfarte do miocárdio (EM) 0,96 (0,75; 1,23), hospitalização por isquémia do miocárdio 0,84 (0,55; 1,27), DRFF 1.02 (0.87, 1.18). Foram realizadas análises subsequentes agrupadas dos estudos clínicos de AEEs em doentes com IRC (em doentes dialisados, não dialisados, diabéticos e não diabéticos). Foi observado a tendência para o aumento da estimativa do risco para todas as causas de mortalidade, acontecimentos cardiovasculares e cerebrovasculares associados a doses cumulativas elevadas de AEE independentes do estado de diabetes ou diálise (ver secções 4.2 e 4.4). 5.2 Propriedades farmacocinéticas Por via intravenosa A medição da eritropoetina após a administração de várias doses por via intravenosa revelou uma semi-vida de aproximadamente 4 horas em voluntários normais e uma semi-vida ligeiramente mais prolongada em doentes com insuficiência renal, aproximadamente 5 horas. Foi notificada uma semi-vida de aproximadamente 6 horas em crianças. Por via subcutânea Após a injecção subcutânea, os níveis séricos da eritropoetina são muito inferiores aos níveis atingidos após a injecção IV, os níveis aumentam lentamente e atingem um pico entre 12 e 18 horas após a dose. O pico fica sempre muito abaixo do pico que se atinge utilizando a via IV (aproximadamente 1/20 do valor). Não existe acumulação: os níveis permanecem os mesmos, quer sejam determinados 24 horas após a primeira injecção ou 24 horas após a última injecção. A semi-vida é difícil de avaliar para a via subcutânea e estima-se cerca de 24 horas. A biodisponibilidade da eritropoetina injectável por via subcutânea é muito inferior à do medicamento por via intravenosa: aproximadamente 20%. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em alguns estudos toxicológicos pré-clínicos em cães e ratos, mas não em macacos, a terapêutica com eritropoetina esteve associada a fibrose da medula óssea subclínica (a fibrose da medula óssea é uma complicação conhecida da insuficiência renal crónica no Homem e pode estar relacionada com hiperparatiroidismo secundário ou factores desconhecidos. A incidência de fibrose da medula óssea 196 não aumentou num estudo de doentes em hemodiálise que foram tratados com eritropoetina durante 3 anos comparativamente com um grupo de controlo equiparado de doentes em diálise que não foram tratados com eritropoetina). Em estudos em animais, demonstrou-se que a eritropoetina diminui o peso corporal fetal, atrasa a ossificação e aumenta a mortalidade fetal quando administrada em doses semanais de aproximadamente 20 vezes a dose semanal recomendada no Homem. Estas alterações são interpretadas como secundárias relativamente à diminuição do ganho de peso corporal materno. A eritropoetina não demonstrou quaisquer alterações nos testes bacterianos e de mutagenicidade da cultura celular em mamíferos e num teste de micronúcleo in vivo em ratinhos. Não foram efectuados estudos de carcinogenicidade a longo prazo. Existem relatórios contraditórios na literatura relativamente a se a eritropoetina pode desempenhar um papel importante como proliferadora de tumores. Estes relatórios baseiam-se em resultados in vitro de amostras de tumores humanos, mas o seu significado é incerto na situação clínica. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1 Lista dos excipientes Fosfato dissódico di-hidratado Fosfato monossódico di-hidratado Cloreto de sódio Cloreto de cálcio di-hidratado Polissorbato 20 Glicina Leucina Isoleucina Treonina Ácido glutâmico Fenilalanina Água para preparações injectáveis Hidróxido de sódio (regulador de pH) Ácido clorídrico (regulador de pH) 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de compatibilidade, este medicamento não deve ser misturado com outros medicamentos. 6.3 Prazo de validade 30 meses 6.4 Precauções especiais de conservação Conservar no frigorífico (2°C - 8°C). Não congelar. Manter a seringa pré-cheia dentro da embalagem exterior para proteger da luz. Durante a utilização em ambulatório, o doente pode retirar o medicamento do frigorífico e armazenálo à temperatura ambiente (não superior a 25°C), por um período único até 3 dias. 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente 1,0 ml de solução injectável em seringa pré-cheia de vidro do tipo I com uma agulha fixa em aço e um êmbolo com revestimento PTFE com ou sem proteção de agulha. 197 Cada embalagem contém 1 ou 4 ou 6 seringas pré-cheias. Embalagens múltiplas contêm 4 seringas pré-cheias (4 embalagens de 1) É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações. 6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento Instruções de manuseamento para Retacrit: 1. Após retirar uma seringa da embalagem blister, verifique a solução se apresenta límpida, incolor e praticamente isenta de partículas visíveis. 2. Retire a tampa de protecção da agulha da seringa e o ar é expelido da seringa e da agulha segurando a seringa na vertical e pressionando suavemente o êmbolo para cima. 3. A seringa está agora pronta a usar. Retacrit não deve ser usado se • o selo do estiver quebrado ou se o blister estiver danificado de alguma forma • o líquido estiver colorido ou conseguir ver partículas a flutuar nele • qualquer líquido tiver derramado da seringa pré-cheia ou se for visível condensação dentro do blister selado • tiver sido congelado acidentalmente Este medicamento destina-se apenas a uma administração. Não agitar. Os medicamentos não utilizados ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Hospira UK Limited Horizon Honey Lane Hurley Maidenhead SL6 6RJ Reino Unido 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/07/431/019 seringa pré-cheia EU/1/07/431/024 seringa pré-cheia EU/1/07/431/025 seringa pré-cheia EU/1/07/431/044 seringa pré-cheia com protecção de agulha EU/1/07/431/049 seringa pré-cheia com protecção de agulha EU/1/07/431/050 seringa pré-cheia com protecção de agulha EU/1/07/431/053 seringa pré-cheia (embalagem múltipla) 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Data da primeira autorização: 18 de Dezembro de 2007 Data da última renovação: 15 de novembro de 2012 198 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO A informaçãoo detalhada sobre este medicamento está disponível na página da European Medicines Agency http://www.ema.europa.eu. 199 ANEXO II A. FABRICANTE DA SUBSTÂNCIA ACTIVA DE ORIGEM BIOLÓGICA E FABRICANTE RESPONSÁVEL PELA LIBERTAÇÃO DO LOTE B. CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RELATIVAS AO FORNECIMENTO E UTILIZAÇÃO C. OUTRAS CONDIÇÕES E REQUISITOS DA AUTORIZAÇÃO NO MERCADO D. CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RELATIVAS À SEGURANÇA E EFICAZ UTILIZAÇÃO DO MEDICAMENTO 200 A. FABRICANTE DA SUBSTÂNCIA ACTIVA DE ORIGEM BIOLÓGICA E FABRICANTE RESPONSÁVEL PELA LIBERTAÇÃO DO LOTE Nome e endereço do fabricante da substância activa de origem biológica Norbitec GmbH Pinnauallee 4 D-25436 Uetersen Alemanha Nome e endereço do fabricante responsável pela libertação do lote STADA Arzneimittel AG Stadastrasse 2-18 D-61118 Bad Vilbel Alemanha HOSPIRA Enterprises B.V. Randstad 22-11 1316 BN Almere Países Baixos O folheto informativo que acompanha o medicamento deve mencionar o nome e endereço do fabricante responsável pela libertação do lote em causa. B. CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RELATIVAS AO FORNECIMENTO E UTILIZAÇÃO Medicamento de receita médica restrita, de utilização reservada a certos meios especializados (ver anexo I: Resumo das Características do Medicamento, secção 4.2.). C. OUTRAS CONDIÇÕES E REQUISITOS DA AUTORIZAÇÃO NO MERCADO • Relatórios Periódicos de Segurança O Titular da Autorização de Introdução no Mercado deverá apresentar relatórios periódicos de segurança para este medicamento de acordo com os requisitos estabelecidos na lista Europeia de datas de referência (lista EURD), tal como previsto nos termos do n.º 7 do artigo 107.º-C da Diretiva 2001/83/CE. Esta lista encontra-se publicada no portal europeu de medicamentos. E. CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RELATIVAS À SEGURANÇA E EFICAZ UTILIZAÇÃO DO MEDICAMENTO • Plano de Gestão de Risco (PGR) O Titular da AIM deve efetuar as atividades e as intervenções de farmacovigilância requeridas e detalhadas no PGR apresentado no Módulo 1.8.2. da Autorização de Introdução no Mercado, e quaisquer atualizações subsequentes do PGR acordadas. Deve ser apresentado um PGR atualizado: • A pedido da Agência Europeia de Medicamentos • Sempre que o sistema de gestão do risco for modificado, especialmente como resultado da receção de nova informação que possa levar a alterações significativas no perfil benefício-risco ou como resultado de ter sido atingido um objetivo importante (farmacovigilância ou minimização do risco). 201 Se a apresentação de um relatório periódico de segurança (RPS) coincidir com a atualização de um PGR, ambos podem ser apresentados ao mesmo tempo. 202 ANEXO III ROTULAGEM E FOLHETO INFORMATIVO 203 A. ROTULAGEM 204 INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO EMBALAGEM EXTERIOR 1. NOME DO MEDICAMENTO Retacrit 1 000 UI/0,3 ml solução injectável em seringa pré-cheia Epoetina zeta 2. DESCRIÇÃO DA(S) SUBSTÂNCIA(S) ACTIVA(S) 1 seringa pré-cheia contém 1 000 UI de epoetina zeta 3. LISTA DOS EXCIPIENTES Fosfato dissódico di-hidratado, fosfato monossódico di-hidratado, cloreto de sódio, Cloreto de cálcio di-hidratado, polissorbato 20, glicina, leucina, isoleucina, treonina, ácido glutâmico, fenilalanina, água para preparações injectáveis, hidróxido de sódio (regulador de pH), ácido clorídrico (regulador de pH). Contém fenilalanina, consulte o folheto para outras informações. 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO 1 seringa pré-cheia sem protecção de agulha contendo 0,3 ml de solução injectável 6 seringas pré-cheias sem protecção de agulha contendo 0,3 ml de solução injectável 1 seringa pré-cheia com protecção de agulha contendo 0,3 ml de solução injectável 6 seringas pré-cheias com protecção de agulha contendo 0,3 ml de solução injectável 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Por via subcutânea ou intravenosa. Consultar o folheto informativo antes de utilizar. Não agitar. 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DA VISTA E DO ALCANCE DAS CRIANÇAS Manter fora da vista e do alcancedas crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE EXP 205 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO Conservar no frigorífico (2°C - 8°C). Não congelar. Manter a seringa pré-cheia dentro da embalagem exterior para proteger da luz. 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL 11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Hospira UK Limited Hurley SL6 6RJ Reino Unido 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/07/431/001 EU/1/07/431/002 EU/1/07/431/026 EU/1/07/431/027 13. NÚMERO DO LOTE Lote 14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO 16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE Retacrit 1 000 UI 206 INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULOS PARA SERINGAS 1. NOME DO MEDICAMENTO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Retacrit 1 000 UI Injectável Epoetina zeta Por via IV e SC 2. MODO DE ADMINISTRAÇÃO 3. PRAZO DE VALIDADE EXP 4. NÚMERO DO LOTE Lot 5. CONTEÚDO EM PESO, VOLUME OU UNIDADE 1 000 UI/0,3 ml 6. OUTRAS 207 INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO EMBALAGEM EXTERIOR 1. NOME DO MEDICAMENTO Retacrit 2 000 UI/0,6 ml solução injectável em seringa pré-cheia Epoetina zeta 2. DESCRIÇÃO DA(S) SUBSTÂNCIA(S) ACTIVA(S) 1 seringa pré-cheia contém 2 000 UI de epoetina zeta 3. LISTA DOS EXCIPIENTES Fosfato dissódico di-hidratado, fosfato monossódico di-hidratado, cloreto de sódio, Cloreto de cálcio di-hidratado, polissorbato 20, glicina, leucina, isoleucina, treonina, ácido glutâmico, fenilalanina, água para preparações injectáveis, hidróxido de sódio (regulador de pH), ácido clorídrico (regulador de pH). Contém fenilalanina, consulte o folheto para outras informações. 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO 1 seringa pré-cheia sem protecção de agulha contendo 0,6 ml de solução injectável 6 seringas pré-cheias sem protecção de agulha contendo 0,6 ml de solução injectável 1 seringa pré-cheia com protecção de agulha contendo 0,6 ml de solução injectável 6 seringas pré-cheias com protecção de agulha contendo 0,6 ml de solução injectável 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Por via subcutânea ou intravenosa. Consultar o folheto informativo antes de utilizar. Não agitar. 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DA VISTA E DO ALCANCE DAS CRIANÇAS Manter fora da vista e do alcance das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE EXP 208 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO Conservar no frigorífico (2°C - 8°C). Não congelar. Manter a seringa pré-cheia dentro da embalagem exterior para proteger da luz. 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL 11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Hospira UK Limited Hurley SL6 6RJ Reino Unido 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/07/431/003 EU/1/07/431/004 EU/1/07/431/028 EU/1/07/431/029 13. NÚMERO DO LOTE Lote 14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO 16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE Retacrit 2 000 UI 209 INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULOS PARA SERINGAS 1. NOME DO MEDICAMENTO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Retacrit 2 000 UI Injectável Epoetina zeta Por via IV e SC 2. MODO DE ADMINISTRAÇÃO 3. PRAZO DE VALIDADE EXP 4. NÚMERO DO LOTE Lot 5. CONTEÚDO EM PESO, VOLUME OU UNIDADE 2 000 UI/0,6 ml 6. OUTRAS 210 INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO EMBALAGEM EXTERIOR 1. NOME DO MEDICAMENTO Retacrit 3 000 UI/0,9 ml solução injectável em seringa pré-cheia Epoetina zeta 2. DESCRIÇÃO DA(S) SUBSTÂNCIA(S) ACTIVA(S) 1 seringa pré-cheia contém 3 000 UI de epoetina zeta 3. LISTA DOS EXCIPIENTES Fosfato dissódico di-hidratado, fosfato monossódico di-hidratado, cloreto de sódio, Cloreto de cálcio di-hidratado, polissorbato 20, glicina, leucina, isoleucina, treonina, ácido glutâmico, fenilalanina, água para preparações injectáveis, hidróxido de sódio (regulador de pH), ácido clorídrico (regulador de pH). Contém fenilalanina, consulte o folheto para outras informações. 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO 1 seringa pré-cheia sem protecção de agulha contendo 0,9 ml de solução injectável 6 seringas pré-cheias sem protecção de agulha contendo 0,9 ml de solução injectável 1 seringa pré-cheia com protecção de agulha contendo 0,9 ml de solução injectável 6 seringas pré-cheias com protecção da agulha contendo 0,9 ml de solução injectável 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Por via subcutânea ou intravenosa. Consultar o folheto informativo antes de utilizar. Não agitar. 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DA VISTA E DO ALCANCE DAS CRIANÇAS Manter fora da vista e do alcance das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE EXP 211 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO Conservar no frigorífico (2°C - 8°C). Não congelar. Manter a seringa pré-cheia dentro da embalagem exterior para proteger da luz. 10. 11. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Hospira UK Limited Hurley SL6 6RJ Reino Unido 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/07/431/005 EU/1/07/431/006 EU/1/07/431/030 EU/1/07/431/031 13. NÚMERO DO LOTE Lote 14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO 16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE Retacrit 3 000 UI 212 INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULOS PARA SERINGAS 1. NOME DO MEDICAMENTO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Retacrit 3 000 UI Injectável Epoetina zeta Por via IV e SC 2. MODO DE ADMINISTRAÇÃO 3. PRAZO DE VALIDADE EXP 4. NÚMERO DO LOTE Lot 5. CONTEÚDO EM PESO, VOLUME OU UNIDADE 3 000 UI/0,9 ml 6. OUTRAS 213 INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO EMBALAGEM EXTERIOR 1. NOME DO MEDICAMENTO Retacrit 4 000 UI/0,4 ml solução injectável em seringa pré-cheia Epoetina zeta 2. DESCRIÇÃO DA(S) SUBSTÂNCIA(S) ACTIVA(S) 1 seringa pré-cheia contém 4 000 UI de epoetina zeta 3. LISTA DOS EXCIPIENTES Fosfato dissódico di-hidratado, fosfato monossódico di-hidratado, cloreto de sódio, Cloreto de cálcio di-hidratado, polissorbato 20, glicina, leucina, isoleucina, treonina, ácido glutâmico, fenilalanina, água para preparações injectáveis, hidróxido de sódio (regulador de pH), ácido clorídrico (regulador de pH). Contém fenilalanina, consulte o folheto para outras informações. 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO 1 seringa pré-cheia sem protecção de agulha contendo 0,4 ml de solução injectável 6 seringas pré-cheias sem protecção de agulha contendo 0,4 ml de solução injectável 1 seringa pré-cheia com protecção de agulha contendo 0,4 ml de solução injectável 6 seringas pré-cheias com protecção de agulha contendo 0,4 ml de solução injectável 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Por via subcutânea ou intravenosa. Consultar o folheto informativo antes de utilizar. Não agitar. 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DA VISTA E DO ALCANCE DAS CRIANÇAS Manter fora da vista e do alcance das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE EXP 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO 214 Conservar no frigorífico (2°C - 8°C). Não congelar. Manter a seringa pré-cheia dentro da embalagem exterior para proteger da luz. 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL 11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Hospira UK Limited Hurley SL6 6RJ Reino Unido 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/07/431/007 EU/1/07/431/008 EU/1/07/431/032 EU/1/07/431/033 13. NÚMERO DO LOTE Lote 14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO 16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE Retacrit 4 000 UI 215 INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULOS PARA SERINGAS 1. NOME DO MEDICAMENTO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Retacrit 4 000 UI Injectável Epoetina zeta Por via IV e SC 2. MODO DE ADMINISTRAÇÃO 3. PRAZO DE VALIDADE EXP 4. NÚMERO DO LOTE Lot 5. CONTEÚDO EM PESO, VOLUME OU UNIDADE 4 000 UI/0,4 ml 6. OUTRAS 216 INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO EMBALAGEM EXTERIOR 1. NOME DO MEDICAMENTO Retacrit 5 000 UI/0,5 ml solução injectável em seringa pré-cheia Epoetina zeta 2. DESCRIÇÃO DA(S) SUBSTÂNCIA(S) ACTIVA(S) 1 seringa pré-cheia contém 5 000 UI de epoetina zeta 3. LISTA DOS EXCIPIENTES Fosfato dissódico di-hidratado, fosfato monossódico di-hidratado, cloreto de sódio, Cloreto de cálcio di-hidratado, polissorbato 20, glicina, leucina, isoleucina, treonina, ácido glutâmico, fenilalanina, água para preparações injectáveis, hidróxido de sódio (regulador de pH), ácido clorídrico (regulador de pH). Contém fenilalanina, consulte o folheto para outras informações. 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO 1 seringa pré-cheia sem protecção de agulha contendo 0,5 ml de solução injectável 6 seringas pré-cheias sem protecção de agulha contendo 0,5 ml de solução injectável 1 seringa pré-cheia com protecção de agulha contendo 0,5 ml de solução injectável 6 seringas pré-cheias com protecção de agulha contendo 0,5 ml de solução injectável 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Por via subcutânea ou intravenosa. Consultar o folheto informativo antes de utilizar. Não agitar. 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DA VISTA E DO ALCANCE DAS CRIANÇAS Manter fora da vista e do alcance das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE EXP 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO Conservar no frigorífico (2°C - 8°C). Não congelar. 217 Manter a seringa pré-cheia dentro da embalagem exterior para proteger da luz. 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL 11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Hospira UK Limited Hurley SL6 6RJ Reino Unido 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/07/431/009 EU/1/07/431/010 EU/1/07/431/034 EU/1/07/431/035 13. NÚMERO DO LOTE Lote 14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO 16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE Retacrit 5 000 UI 218 INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULOS PARA SERINGAS 1. NOME DO MEDICAMENTO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Retacrit 5 000 UI Injectável Epoetina zeta Por via IV e SC 2. MODO DE ADMINISTRAÇÃO 3. PRAZO DE VALIDADE EXP 4. NÚMERO DO LOTE Lot 5. CONTEÚDO EM PESO, VOLUME OU UNIDADE 5 000 UI/0,5 ml 6. OUTRAS 219 INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO EMBALAGEM EXTERIOR 1. NOME DO MEDICAMENTO Retacrit 6 000 UI/0,6 ml solução injectável em seringa pré-cheia Epoetina zeta 2. DESCRIÇÃO DA(S) SUBSTÂNCIA(S) ACTIVA(S) 1 seringa pré-cheia contém 6 000 UI de epoetina zeta 3. LISTA DOS EXCIPIENTES Fosfato dissódico di-hidratado, fosfato monossódico di-hidratado, cloreto de sódio, Cloreto de cálcio di-hidratado, polissorbato 20, glicina, leucina, isoleucina, treonina, ácido glutâmico, fenilalanina, água para preparações injectáveis, hidróxido de sódio (regulador de pH), ácido clorídrico (regulador de pH). Contém fenilalanina, consulte o folheto para outras informações. 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO 1 seringa pré-cheia sem protecção de agulha contendo 0,6 ml de solução injectável 6 seringas pré-cheias sem protecção de agulha contendo 0,6 ml de solução injectável 1 seringa pré-cheia com protecção de agulha contendo 0,6 ml de solução injectável 6 seringas pré-cheias com protecção de agulha contendo0,6 ml de solução injectável 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Por via subcutânea ou intravenosa. Consultar o folheto informativo antes de utilizar. Não agitar. 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DA VISTA E DO ALCANCE DAS CRIANÇAS Manter fora da vista e do alcance das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE EXP 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO 220 Conservar no frigorífico (2°C - 8°C). Não congelar. Manter a seringa pré-cheia dentro da embalagem exterior para proteger da luz. 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL 11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Hospira UK Limited Hurley SL6 6RJ Reino Unido 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/07/431/011 EU/1/07/431/012 EU/1/07/431/036 EU/1/07/431/037 13. NÚMERO DO LOTE Lote 14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO 16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE Retacrit 6 000 UI 221 INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULOS PARA SERINGAS 1. NOME DO MEDICAMENTO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Retacrit 6 000 UI Injectável Epoetina zeta Por via IV e SC 2. MODO DE ADMINISTRAÇÃO 3. PRAZO DE VALIDADE EXP 4. NÚMERO DO LOTE Lot 5. CONTEÚDO EM PESO, VOLUME OU UNIDADE 6 000 UI/0,6 ml 6. OUTRAS 222 INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO EMBALAGEM EXTERIOR 1. NOME DO MEDICAMENTO Retacrit 8 000 UI/0,8 ml solução injectável em seringa pré-cheia Epoetina zeta 2. DESCRIÇÃO DA(S) SUBSTÂNCIA(S) ACTIVA(S) 1 seringa pré-cheia contém 8 000 UI de epoetina zeta 3. LISTA DOS EXCIPIENTES Fosfato dissódico di-hidratado, fosfato monossódico di-hidratado, cloreto de sódio, Cloreto de cálcio di-hidratado, polissorbato 20, glicina, leucina, isoleucina, treonina, ácido glutâmico, fenilalanina, água para preparações injectáveis, hidróxido de sódio (regulador de pH), ácido clorídrico (regulador de pH). Contém fenilalanina, consulte o folheto para outras informações. 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO 1 seringa pré-cheia sem protecção de agulha contendo 0,8 ml de solução injectável 6 seringas pré-cheias sem protecção de agulha contendo 0,8 ml de solução injectável 1 seringa pré-cheia com protecção de agulha contendo 0,8 ml de solução injectável 6 seringas pré-cheias com protecção de agulha contendo 0,8 ml de solução injectável 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Por via subcutânea ou intravenosa. Consultar o folheto informativo antes de utilizar. Não agitar. 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DA VISTA E DO ALCANCE DAS CRIANÇAS Manter fora da vista e do alcance das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE EXP 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO 223 Conservar no frigorífico (2°C - 8°C). Não congelar. Manter a seringa pré-cheia dentro da embalagem exterior para proteger da luz. 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL 11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Hospira UK Limited Hurley SL6 6RJ Reino Unido 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/07/431/013 EU/1/07/431/014 EU/1/07/431/038 EU/1/07/431/039 13. NÚMERO DO LOTE Lote 14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO 16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE Retacrit 8 000 UI 224 INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULOS PARA SERINGAS 1. NOME DO MEDICAMENTO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Retacrit 8 000 UI Injectável Epoetina zeta Por via IV e SC 2. MODO DE ADMINISTRAÇÃO 3. PRAZO DE VALIDADE EXP 4. NÚMERO DO LOTE Lot 5. CONTEÚDO EM PESO, VOLUME OU UNIDADE 8 000 UI/0,8 ml 6. OUTRAS 225 INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO EMBALAGEM EXTERIOR 1. NOME DO MEDICAMENTO Retacrit 10 000 UI/1,0 ml solução injectável em seringa pré-cheia Epoetina zeta 2. DESCRIÇÃO DA(S) SUBSTÂNCIA(S) ACTIVA(S) 1 seringa pré-cheia contém 10 000 UI de epoetina zeta 3. LISTA DOS EXCIPIENTES Fosfato dissódico di-hidratado, fosfato monossódico di-hidratado, cloreto de sódio, Cloreto de cálcio di-hidratado, polissorbato 20, glicina, leucina, isoleucina, treonina, ácido glutâmico, fenilalanina, água para preparações injectáveis, hidróxido de sódio (regulador de pH), ácido clorídrico (regulador de pH). Contém fenilalanina, consulte o folheto para outras informações. 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO 1 seringa pré-cheia sem protecção de agulha contendo 1,0 ml de solução injectável 6 seringas pré-cheias sem protecção de agulha contendo 1,0 ml de solução injectável 1 seringa pré-cheia com protecção de agulha contendo 1,0 ml de solução injectável 6 seringas pré-cheias com protecção de agulha contendo 1,0 ml de solução injectável 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Por via subcutânea ou intravenosa. Consultar o folheto informativo antes de utilizar. Não agitar. 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DA VISTA E DO ALCANCE DAS CRIANÇAS Manter fora da vista e do alcance das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE EXP 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO 226 Conservar no frigorífico (2°C - 8°C). Não congelar. Manter a seringa pré-cheia dentro da embalagem exterior para proteger da luz. 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL 11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Hospira UK Limited Hurley SL6 6RJ Reino Unido 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/07/431/015 EU/1/07/431/016 EU/1/07/431/040 EU/1/07/431/041 13. NÚMERO DO LOTE Lote 14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO 16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE Retacrit 10 000 UI 227 INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULOS PARA SERINGAS 1. NOME DO MEDICAMENTO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Retacrit 10 000 UI Injectável Epoetina zeta Por via IV e SC 2. MODO DE ADMINISTRAÇÃO 3. PRAZO DE VALIDADE EXP 4. NÚMERO DO LOTE Lot 5. CONTEÚDO EM PESO, VOLUME OU UNIDADE 10 000 UI/1,0 ml 6. OUTRAS 228 INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO EMBALAGEM EXTERIOR 1. NOME DO MEDICAMENTO Retacrit 20 000 UI/0,5 ml solução injectável em seringa pré-cheia Epoetina zeta 2. DESCRIÇÃO DA(S) SUBSTÂNCIA(S) ACTIVA(S) 1 seringa pré-cheia contém 20 000 UI de epoetina zeta 3. LISTA DOS EXCIPIENTES Fosfato dissódico di-hidratado, fosfato monossódico di-hidratado, cloreto de sódio, Cloreto de cálcio di-hidratado, polissorbato 20, glicina, leucina, isoleucina, treonina, ácido glutâmico, fenilalanina, água para preparações injectáveis, hidróxido de sódio (regulador de pH), ácido clorídrico (regulador de pH). Contém fenilalanina, consulte o folheto para outras informações. 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO 1 seringa pré-cheia sem protecção de agulha contendo 0,5 ml de solução injectável 4 seringa pré-cheias sem protecção de agulha contendo 0,5 ml de solução injectável 6 seringa pré-cheias sem protecção de agulha contendo 0,5 ml de solução injectável 1 seringa pré-cheia com protecção de agulha contendo 0,5 ml de solução injectável 4 seringas pré-cheias com protecção de agulha contendo 0,5 ml de solução injectável 6 seringas pré-cheias com protecção de agulha contendo 0,5 ml de solução injectável 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Por via subcutânea ou intravenosa. Consultar o folheto informativo antes de utilizar. Não agitar. 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DA VISTA E DO ALCANCE DAS CRIANÇAS Manter fora da vista e do alcance das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE EXP 229 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO Conservar no frigorífico (2°C - 8°C). Não congelar. Manter a seringa pré-cheia dentro da embalagem exterior para proteger da luz. 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL 11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Hospira UK Limited Hurley SL6 6RJ Reino Unido 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/07/431/017 EU/1/07/431/020 EU/1/07/431/021 EU/1/07/431/042 EU/1/07/431/045 EU/1/07/431/046 13. NÚMERO DO LOTE Lote 14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO 16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE Retacrit 20 000 UI 230 INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO EMBALAGEM INTERMÉDIA DOS COMPONENTES DA EMBALAGEM MÚLTIPLA (SEM BLUE BOX) 1. NOME DO MEDICAMENTO Retacrit 20 000 UI/0,5 ml solução injectável em seringa pré-cheia Epoetina zeta 2. DESCRIÇÃO DA(S) SUBSTÂNCIA(S) ACTIVA(S) 1 seringa pré-cheia contém 20 000 UI de epoetina zeta 3. LISTA DOS EXCIPIENTES Fosfato dissódico di-hidratado, fosfato monossódico di-hidratado, cloreto de sódio, Cloreto de cálcio di-hidratado, polissorbato 20, glicina, leucina, isoleucina, treonina, ácido glutâmico, fenilalanina, água para preparações injectáveis, hidróxido de sódio (regulador de pH), ácido clorídrico (regulador de pH). Contém fenilalanina, consulte o folheto para outras informações. 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO 1 seringa pré-cheia sem protecção de agulha contendo 0,5 ml de solução injectável Componentes da embalagem múltipla não podem ser vendidos separadamente. 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Por via subcutânea ou intravenosa. Consultar o folheto informativo antes de utilizar. Não agitar. 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DA VISTA E DO ALCANCE DAS CRIANÇAS Manter fora da vista e do alcance das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE EXP 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO 231 Conservar no frigorífico (2°C - 8°C). Não congelar. Manter a seringa pré-cheia dentro da embalagem exterior para proteger da luz. 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL 11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Hospira UK Limited Hurley SL6 6RJ Reino Unido 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/07/431/051 13. NÚMERO DO LOTE Lote 14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO 16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE Retacrit 20 000 UI 232 INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO RÓTULO EXTERIOR DA EMBALAGEM MÚLTIPLA (SEM BLUE BOX) 1. NOME DO MEDICAMENTO Retacrit 20 000 UI/0,5 ml solução injectável em seringa pré-cheia Epoetina zeta 2. DESCRIÇÃO DA(S) SUBSTÂNCIA(S) ACTIVA(S) 1 seringa pré-cheia contém 20 000 UI de epoetina zeta 3. LISTA DOS EXCIPIENTES Fosfato dissódico di-hidratado, fosfato monossódico di-hidratado, cloreto de sódio, Cloreto de cálcio di-hidratado, polissorbato 20, glicina, leucina, isoleucina, treonina, ácido glutâmico, fenilalanina, água para preparações injectáveis, hidróxido de sódio (regulador de pH), ácido clorídrico (regulador de pH). Contém fenilalanina, consulte o folheto para outras informações. 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO Embalagem múltipla: 6 seringas pré-cheias (6 embalagens de 1). 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Por via subcutânea ou intravenosa. Consultar o folheto informativo antes de utilizar. Não agitar. 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DA VISTA E DO ALCANCE DAS CRIANÇAS Manter fora da vista e do alcance das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE EXP 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO Conservar no frigorífico (2°C - 8°C). Não congelar. Manter a seringa pré-cheia dentro da embalagem exterior para proteger da luz. 233 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL 11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Hospira UK Limited Hurley SL6 6RJ Reino Unido 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/07/431/051 13. NÚMERO DO LOTE Lote 14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO 16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE Retacrit 20 000 UI 234 INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULOS PARA SERINGAS 1. NOME DO MEDICAMENTO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Retacrit 20 000 UI Injectável Epoetina zeta Por via IV e SC 2. MODO DE ADMINISTRAÇÃO 3. PRAZO DE VALIDADE EXP 4. NÚMERO DO LOTE Lot 5. CONTEÚDO EM PESO, VOLUME OU UNIDADE 20 000 UI/0,5 ml 6. OUTRAS 235 INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO EMBALAGEM EXTERIOR 1. NOME DO MEDICAMENTO Retacrit 30 000 UI/0,75 ml solução injectável em seringa pré-cheia Epoetina zeta 2. DESCRIÇÃO DA(S) SUBSTÂNCIA(S) ACTIVA(S) 1 seringa pré-cheia contém 30 000 UI de epoetina zeta 3. LISTA DOS EXCIPIENTES Fosfato dissódico di-hidratado, fosfato monossódico di-hidratado, cloreto de sódio, Cloreto de cálcio di-hidratado, polissorbato 20, glicina, leucina, isoleucina, treonina, ácido glutâmico, fenilalanina, água para preparações injectáveis, hidróxido de sódio (regulador de pH), ácido clorídrico (regulador de pH). Contém fenilalanina, consulte o folheto para outras informações. 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO 1 seringa pré-cheia sem protecção de agulha contendo0,75 ml de solução injectável 4 seringas pré-cheias sem protecção de agulha contendo 0,75 ml de solução injectável 6 seringas pré-cheias sem protecção de agulha contendo 0,75 ml de solução injectável 1 seringa pré-cheia com protecção de agulha contendo 0,75 ml de solução injectável 4 seringas pré-cheias com protecção de agulha contendo 0,75 ml de solução injectável 6 seringas pré-cheias com protecção de agulha contendo 0,75 ml de solução injectável 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Por via subcutânea ou intravenosa. Consultar o folheto informativo antes de utilizar. Não agitar. 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DA VISTA E DO ALCANCE DAS CRIANÇAS Manter fora da vista e do alcance das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE EXP 236 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO Conservar no frigorífico (2°C - 8°C). Não congelar. Manter a seringa pré-cheia dentro da embalagem exterior para proteger da luz. 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL 11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Hospira UK Limited Hurley SL6 6RJ Reino Unido 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/07/431/018 EU/1/07/431/022 EU/1/07/431/023 EU/1/07/431/043 EU/1/07/431/047 EU/1/07/431/048 13. NÚMERO DO LOTE Lote 14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO 16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE Retacrit 30 000 UI 237 INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO EMBALAGEM INTERMÉDIA DOS COMPONENTES DA EMBALAGEM MÚLTIPLA (SEM BLUE BOX) 1. NOME DO MEDICAMENTO Retacrit 30 000 UI/0,75 ml solução injectável em seringa pré-cheia Epoetina zeta 2. DESCRIÇÃO DA(S) SUBSTÂNCIA(S) ACTIVA(S) 1 seringa pré-cheia contém 30 000 UI de epoetina zeta 3. LISTA DOS EXCIPIENTES Fosfato dissódico di-hidratado, fosfato monossódico di-hidratado, cloreto de sódio, Cloreto de cálcio di-hidratado, polissorbato 20, glicina, leucina, isoleucina, treonina, ácido glutâmico, fenilalanina, água para preparações injectáveis, hidróxido de sódio (regulador de pH), ácido clorídrico (regulador de pH). Contém fenilalanina, consulte o folheto para outras informações. 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO 1 seringa pré-cheia sem protecção de agulha contendo 0,75 ml de solução injectável Componentes da embalagem múltipla não podem ser vendidos separadamente. 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Por via subcutânea ou intravenosa. Consultar o folheto informativo antes de utilizar. Não agitar. 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DA VISTA E DO ALCANCE DAS CRIANÇAS Manter fora da vista e do alcance das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE EXP 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO 238 Conservar no frigorífico (2°C - 8°C). Não congelar. Manter a seringa pré-cheia dentro da embalagem exterior para proteger da luz. 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL 11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Hospira UK Limited Hurley SL6 6RJ Reino Unido 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/07/431/052 13. NÚMERO DO LOTE Lote 14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO 16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE Retacrit 30 000 UI 239 INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO RÓTULO EXTERIOR DA EMBALAGEM MÚLTIPLA (SEM BLUE BOX) 1. NOME DO MEDICAMENTO Retacrit 30 000 UI/0,75 ml solução injectável em seringa pré-cheia Epoetina zeta 2. DESCRIÇÃO DA(S) SUBSTÂNCIA(S) ACTIVA(S) 1 seringa pré-cheia contém 30 000 UI de epoetina zeta 3. LISTA DOS EXCIPIENTES Fosfato dissódico di-hidratado, fosfato monossódico di-hidratado, cloreto de sódio, Cloreto de cálcio di-hidratado, polissorbato 20, glicina, leucina, isoleucina, treonina, ácido glutâmico, fenilalanina, água para preparações injectáveis, hidróxido de sódio (regulador de pH), ácido clorídrico (regulador de pH). Contém fenilalanina, consulte o folheto para outras informações. 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO Embalagem Múltipla: 4 seringas pré-cheias (4 embalagens de 1) 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Por via subcutânea ou intravenosa. Consultar o folheto informativo antes de utilizar. Não agitar. 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DA VISTA E DO ALCANCE DAS CRIANÇAS Manter fora da vista e do alcance das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE EXP 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO Conservar no frigorífico (2°C - 8°C). Não congelar. Manter a seringa pré-cheia dentro da embalagem exterior para proteger da luz. 240 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL 11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Hospira UK Limited Hurley SL6 6RJ Reino Unido 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/07/431/052 13. NÚMERO DO LOTE Lote 14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO 16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE Retacrit 30 000 UI 241 INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULOS PARA SERINGAS 1. NOME DO MEDICAMENTO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Retacrit 30 000 UI Injectável Epoetina zeta Por via IV e SC 2. MODO DE ADMINISTRAÇÃO 3. PRAZO DE VALIDADE EXP 4. NÚMERO DO LOTE Lot 5. CONTEÚDO EM PESO, VOLUME OU UNIDADE 30 000 UI/0,75 ml 6. OUTRAS 242 INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO EMBALAGEM EXTERIOR 1. NOME DO MEDICAMENTO Retacrit 40 000 UI/1,0 ml solução injectável em seringa pré-cheia Epoetina zeta 2. DESCRIÇÃO DA(S) SUBSTÂNCIA(S) ACTIVA(S) 1 seringa pré-cheia contém 40 000 UI de epoetina zeta 3. LISTA DOS EXCIPIENTES Fosfato dissódico di-hidratado, fosfato monossódico di-hidratado, cloreto de sódio, Cloreto de cálcio di-hidratado, polissorbato 20, glicina, leucina, isoleucina, treonina, ácido glutâmico, fenilalanina, água para preparações injectáveis, hidróxido de sódio (regulador de pH), ácido clorídrico (regulador de pH). Contém fenilalanina, consulte o folheto para outras informações. 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO 1 seringa pré-cheia sem protecção de agulha contendo 1,0 ml de solução injectável 4 seringas pré-cheias sem protecção de agulha contendo 1,0 ml de solução injectável 6 seringas pré-cheias sem protecção de agulha contendo 1,0 ml de solução injectável 1 seringa pré-cheia com protecção de agulha contendo 1,0 ml de solução injectável 4 seringas pré-cheias com protecção de agulha contendo 1,0 ml de solução injectável 6 seringas pré-cheias com protecção de agulha contendo 1,0 ml de solução injectável 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Por via subcutânea ou intravenosa. Consultar o folheto informativo antes de utilizar. Não agitar. 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DA VISTA E DO ALCANCE DAS CRIANÇAS Manter fora da vista e do alcance das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE EXP 243 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO Conservar no frigorífico (2°C - 8°C). Não congelar. Manter a seringa pré-cheia dentro da embalagem exterior para proteger da luz. 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL 11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Hospira UK Limited Hurley SL6 6RJ Reino Unido 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/07/431/019 EU/1/07/431/024 EU/1/07/431/025 EU/1/07/431/044 EU/1/07/431/049 EU/1/07/431/050 13. NÚMERO DO LOTE Lote 14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO 16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE Retacrit 40 000 UI 244 INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO EMBALAGEM INTERMÉDIA DOS COMPONENTES DA EMBALAGEM MÚLTIPLA (SEM BLUE BOX) 1. NOME DO MEDICAMENTO Retacrit 40 000 UI/1,0 ml solução injectável em seringa pré-cheia Epoetina zeta 2. DESCRIÇÃO DA(S) SUBSTÂNCIA(S) ACTIVA(S) 1 seringa pré-cheia contém 40 000 UI de epoetina zeta 3. LISTA DOS EXCIPIENTES Fosfato dissódico di-hidratado, fosfato monossódico di-hidratado, cloreto de sódio, Cloreto de cálcio di-hidratado, polissorbato 20, glicina, leucina, isoleucina, treonina, ácido glutâmico, fenilalanina, água para preparações injectáveis, hidróxido de sódio (regulador de pH), ácido clorídrico (regulador de pH). Contém fenilalanina, consulte o folheto para outras informações. 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO 1 seringa pré-cheia sem protecção de agulha contendo 1 ml de solução injectável Componentes da embalagem múltipla não podem ser vendidos separadamente. 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Por via subcutânea ou intravenosa. Consultar o folheto informativo antes de utilizar. Não agitar. 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DA VISTA E DO ALCANCE DAS CRIANÇAS Manter fora da vista e do alcance das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE EXP 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO Conservar no frigorífico (2°C - 8°C). Não congelar. 245 Manter a seringa pré-cheia dentro da embalagem exterior para proteger da luz. 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL 11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Hospira UK Limited Hurley SL6 6RJ Reino Unido 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/07/431/053 13. NÚMERO DO LOTE Lote 14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO 16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE Retacrit 40 000 UI 246 INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO RÓTULO EXTERIOR DA EMBALAGEM MÚLTIPLA (SEM BLUE BOX) 1. NOME DO MEDICAMENTO Retacrit 40 000 UI/1,0 ml solução injectável em seringa pré-cheia Epoetina zeta 2. DESCRIÇÃO DA(S) SUBSTÂNCIA(S) ACTIVA(S) 1 seringa pré-cheia contém 40 000 UI de epoetina zeta 3. LISTA DOS EXCIPIENTES Fosfato dissódico di-hidratado, fosfato monossódico di-hidratado, cloreto de sódio, Cloreto de cálcio di-hidratado, polissorbato 20, glicina, leucina, isoleucina, treonina, ácido glutâmico, fenilalanina, água para preparações injectáveis, hidróxido de sódio (regulador de pH), ácido clorídrico (regulador de pH). Contém fenilalanina, consulte o folheto para outras informações. 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO Embalagem Múltipla: 4 seringas pré-cheias (4 embalagens de 1) 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Por via subcutânea ou intravenosa. Consultar o folheto informativo antes de utilizar. Não agitar. 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DA VISTA E DO ALCANCE DAS CRIANÇAS Manter fora da vista e do alcance das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE EXP 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO Conservar no frigorífico (2°C - 8°C). Não congelar. Manter a seringa pré-cheia dentro da embalagem exterior para proteger da luz. 247 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL 11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Hospira UK Limited Hurley SL6 6RJ Reino Unido 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/07/431/053 13. NÚMERO DO LOTE Lote 14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO 16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE Retacrit 40 000 UI 248 INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULOS PARA SERINGAS 1. NOME DO MEDICAMENTO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Retacrit 40 000 UI , Injectável Epoetina zeta Por via IV e SC 2. MODO DE ADMINISTRAÇÃO 3. PRAZO DE VALIDADE EXP 4. NÚMERO DO LOTE Lot 5. CONTEÚDO EM PESO, VOLUME OU UNIDADE 40 000 UI/1,0 ml 6. OUTRAS 249 B. FOLHETO INFORMATIVO 250 Folheto Informativo: informação para o utilizador Retacrit 1000 UI/0,3 ml solução injectável em seringa pré-cheia Retacrit 2 000 UI/0,6 ml solução injectável em seringa pré-cheia Retacrit 3 000 UI/0,9 ml solução injectável em seringa pré-cheia Retacrit 4 000 UI/0,4 ml solução injectável em seringa pré-cheia Retacrit 5 000 UI/0,5 ml solução injectável em seringa pré-cheia Retacrit 6 000 UI/0,6 ml solução injectável em seringa pré-cheia Retacrit 8 000 UI/0,8 ml solução injectável em seringa pré-cheia Retacrit 10 000 UI/1 ml solução injectável em seringa pré-cheia Retacrit 20 000 UI/0,5 ml solução injectável em seringa pré-cheia Retacrit 30 000 UI/0,75 ml solução injectável em seringa pré-cheia Retacrit 40 000 UI/1 ml solução injectável em seringa pré-cheia Epoetina zeta Leia atentamente este folheto antes de utilizar este medicamento porque contém informação importante para si. − Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler. − Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico. − Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de doença. − Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico ou enfermeiro. Isto inclui qualquer efeito indesejável não mencionado neste folheto. Neste folheto: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 1. O que é Retacrit e para que é utilizado O necessita saber antes de utilizar Retacrit Como utilizar Retacrit Efeitos secundários possíveis Como conservar Retacrit Conteúdo da embalagem e outras informações O que é Retacrit e para que é utilizado Retacrit contém uma proteína denominada epoetina zeta que estimula a medula óssea a produzir mais glóbulos vermelhos, os quais transportam hemoglobina (substâncias que transportam oxigénio). A Epoetina zeta é uma cópia da proteina humana eritropoetina e actua da mesma forma. Retacrit é administrado − − − − − em adultos, crianças e adolescentes em hemodiálise para tratar anemia (número baixo de glóbulos vermelhos) sintomática associada a insuficiência renal crónica (doença renal). em doentes adultos em diálise peritoneal para tratar anemia sintomática associada a insuficiência renal crónica (doença renal). em doentes adultos com insuficiência renal ainda não sujeitos a diálise para tratar anemia grave associada a doença renal acompanhada de sintomas clínicos. em doentes adultos a receber quimioterapia para tumores sólidos, linfoma maligno (cancro do sistema linfático) ou mieloma múltiplo (cancro da medula óssea) para tratar anemia e reduzir a necessidade de transfusão de sangue, se o médico decidir que pode haver um risco elevado de necessidade de transfusão de sangue. em doentes moderadamente anémicos que vão ser submetidos a cirurgia e que antes disso irão 251 − 2. doar o seu sangue para que possa este lhes possa ser dado durante ou após a operação (doação prévia de sangue autólogo). em doentes adultos moderadamente anémicos que vão ser submetidos a uma cirurgia ortopédica (dos ossos) major (como por exemplo, fazer uma prótese da anca ou joelho) para reduzir a necessidade de transfusões sanguíneas. O que necessita saber antes de utilizar Retacrit Não utilize Retacrit − − − − − − se tem alergia às eritropoetinas ou a qualquer outro componente deste medicamento (listados nas secção 6). se desenvolveu Aplasia Eritróide Pura (AEP; a ausência de eritrócitos muito novos) após o tratamento com qualquer eritropoetina. se tiver problemas de pressão arterial alta, que não possam ser adequadamente controlados com medicamentos para fazer baixar a pressão arterial. se não lhe devem ser administrados medicamento para tornar o sangue mais fino. se for doar o seu sangue antes de uma cirurgia, e: • tiver sofrido um ataque cardíaco ou um acidente vascular cerebral no mês anterior ao tratamento • tiver angina de peito instável – se surgir dor no peito ou esta se intensificar • se estiver em risco de formação de coágulos sanguíneos nas veias (trombose venosa profunda) – por exemplo, se tiver tido uma trombose venosa anteriormente. se for fazer uma cirurgia ortopédica major, tal como fazer uma prótese da anca ou do joelho, e: • tenha uma doença cardíaca grave ou tenha uma doença vascular grave das suas veias ou artérias • se tiver sofrido um ataque cardiaco ou um acidente vascular cerebral recentemente. Avisos e precauções Fale com o seu médico antes de utilizar o Retacrit se sabe que sofre, ou sofreu, de um dos seguintes: − ataques epilépticos − doença hepática − cancro − anemia com outras causas − insuficiência cardíaca (como angina de peito) − doenças da circulação do sangue resultando em dormência ou mãos ou pés frios ou cãibras musculares nas pernas − coágulos sanguíneos/doenças de coagulação do sangue − doença renal. Precauções especiais Durante o tratamento com Retacrit O seu médico irá verificar que o seu nível de hemoglobina não excedeu um certo nível, pois concentrações elevadas de hemoglobina podem colocá-lo em risco de ter um problema cardíaco ou nos vasos sanguíneos ou pode aumentar o risco de enfarte do miocárdio, enfarte e morte. O seu médico deve tentar manter os seus valores da hemoglobina entre 10 e 12 g/dl. Os valores de hemoglobina não devem exceder o valor de 12 g/dl. O seu médico controlará para que a sua hemoglobina não exceda um certo nível, já que umas concentrações elevadas de hemoglobina podem colocá-lo em risco de ter um problema do coração ou 252 dos vasos sanguíneos, e podem aumentar o risco de enfarte do miocárdio, de acidente vascular cerebral e de morte. O seu médico monitorizará a sua pressão arterial regularmente enquanto estiver a utilizar Retacrit. Se ocorrerem cefaleias, particularmente cefaleias de aparecimento súbito, do tipo enxaqueca, ou se começar a sentir-se confuso ou se tiver crises, informe o seu médico ou enfermeiro imediatamente. Estes podem ser sinais de alerta de um aumento súbito da pressão arterial, que requer tratamento urgente. Pode verificar-se um aumento no nível de plaquetas (células que ajudam à coagulação do sangue) durante o tratamento com este medicamento. Isto deverá melhorar com o tratamento. Recomenda-se a verificação regular do número de plaquetas nas primeiras 8 semanas de tratamento. Lembre-se de dizer ao seu médico que está a receber Retacrit se tiver de ir ao hospital ou ao médico de família para qualquer tratamento incluindo análises ao sangue, pois Retacrit pode afectar os resultados. Tome especial cuidado com outros medicamentos que estimulem a produção de glóbulos vermelhos: Retacrit é um dos medicamentos que estimula a produção de glóbulos vermelhos tal como a eritropoietina humana o faz. O seu professional de saúde regista sempre exactamente qual o medicamento que está a ser utilizado no seu caso. Doentes com insuficiência renal Foi comunicada raramente Aplasia Eritróide Pura (AEP) após meses a anos de tratamento com outros medicamentos que contêm eritropoetinas e não pode ser excluída com Retacrit. A AEP significa a incapacidade de produzir eritrócitos suficientes na medula óssea. Se esta ocorrer, pode resultar em anemia grave, cujos sintomas incluem cansaço não habitual, sentir vertigens ou falta de ar. A AEP pode ser causada pela produção de anticorpos contra o medicamento da eritropoetina e, consequentemente, à sua própria eritropoetina. Deverá discutir estas informações com o seu médico. Se ocorrer AEP, um estado raro, a terapêutica com Retacrit será interrompida e o seu médico determinará a melhor forma de tratar a anemia. Embora esta complicação seja rara, deve ter em atenção que se a desenvolvesse, teria de receber transfusões de sangue regulares, possivelmente para a vida toda, para tratar a anemia e a terapêutica com Retacrit deveria ser interrompida. Informe o seu médico imediatamente se sentir subitamente cansaço ou vertigem ou sofrer falta de ar. O seu médico pode decidir se Retacrit não está a resultar bem para si e terminará o tratamento, se necessário. Os valores da hemoglobina (a parte do glóbulo vermelho que transporta oxigénio) de doentes com insuficiência renal crónica a receber eritropoetina devem ser medidos de forma regular até se atingir um valor estável e, posteriormente, de forma periódica para minimizar o risco de aumento na pressão arterial. Se for um doente com insuficiência renal crónica, e especialmente se você não responder apropriadamente ao Retacrit, o seu médico irá verificar a sua dose de Retacrit porque o aumento repetidamente da sua dose de Retacrit se não estiver a responder ao tratamento, pode aumentar o risco de ter um problema do coração ou dos vasos sanguíneos e poderia aumentar o risco de enfarte do miocárdio, acidente vascular cerebral e morte. Verificaram-se aumentos no potássio no sangue em casos isolados. Em doentes com insuficiência renal crónica, a correcção da anemia pode conduzir a aumento do apetite, e a uma maior ingestão de potássio e proteínas. Se estiver a receber tratamento de diálise quando iniciar o tratamento com Retacrit, o regime de diálise pode precisar de ser ajustado para manter a ureia, a creatinina e o potássio dentro dos valores desejados. O seu médico decidirá. 253 Os electrólitos séricos (substâncias no sangue) devem ser monitorizados em doentes com insuficiência renal crónica. Se for detectado um nível sérico de potássio elevado (ou crescente), deve considerar-se suspender a administração de Retacrit até à normalização do nível. Durante o tratamento com Retacrit, é frequentemente requerido um aumento da dose de um anticoagulante específico (heparina), durante a hemodiálise para minimizar o risco de coagulação do sangue. Se a heparinização não for óptima pode ocorrer o bloqueio do sistema de diálise. Doentes com neoplasia Os doentes com neoplasia têm mais probabilidade de sofrer de coágulos sanguíneos se receberem medicamentos de eritropoetina, como Retacrit (ver secção 4). Portanto, deverá discutir os benefícios de Retacrit com o seu médico, particularmente se for obeso ou tiver uma história clínica de coágulos sanguíneos/doenças de coagulação do sangue. Os valores da hemoglobina (a parte do glóbulo vermelho que transporta oxigénio) de doentes com neoplasia a receber eritropoetina devem ser medidos de forma regular até se atingir um valor estável e, posteriormente, de forma periódica. Se for um doente com cancro, deverá estar ciente de que o Retacrit, pode actuar como um factor de crescimento das células sanguíneas e, em certas circunstâncias, pode ter um impacto negativo sobre o tumor. Dependendo da sua situação individual, pode ser preferível uma transfusão de sangue. Deverá abordar este assunto com o seu médico. Ao utilizar Retacrit com outros medicamentos Por favor informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos. Em particular, se estiver a tomar um medicamento que contém a substância activa ciclosporina para suprimir o seu sistema imunitário após um transplante renal, o seu médico pode pedir análises ao sangue especiais para medir os níveis de ciclosporina enquanto estiver a tomar Retacrit. Os suplementos de ferro e outros estimulantes do sangue podem aumentar a eficácia de Retacrit. O seu médico decidirá se é indicado para si tomá-los. Gravidez e aleitamento Se estiver grávida ou a amamentar, se pensar que pode estar grávida, ou se estiver a planear engravidar, peça o conselho ao seu médico ou farmacêutico antes de utilizar este medicamento. Se estiver grávida ou a amamentar, deve utilizar-se Retacrit apenas se o benefício potencial compensar o risco potencial para o feto. Consulte o seu médico antes de tomar qualquer medicamento. Condução de veículos e utilização de máquinas Os efeitos de Retacrit sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas são poucos ou nulos. O Retacrit contém fenilalanina. − Este medicamento contém fenilalanina e pode ser prejudicial em indivíduos com fenilcetonúria (deficiência enzimática genética que aumenta a excreção de um químico (fenilcetona) na urina e pode causar doenças do sistema nervoso) O Retacrit contém sódio 254 Este medicamento contém menos de 1 mmol de sódio (23 mg) por dose, ou seja, é practicamente “isento de sódio”. 3. Como utilizar Retacrit A terapêutica com Retacrit normalmente é iniciada sob supervisão médica. A administração de Retacrit pode posteriormente ser efectuada por um enfermeiro, médico ou outro profissional de saúde treinado para o efeito. Caso Retacrit seja injectado sob a pele (por via subcutânea), poderá também fazer auto-administração, se receber a formação adequada. Utilizar este medicamento sempre de acordo com as indicações do médico. Verifique com o seu médico caso não esteja seguro. Informações sobre a dose A dose que recebe é baseada no seu peso corporal em quilogramas. O seu médico conduzirá investigações, por exemplo análises ao sangue, para ajudar a decidir se é necessário que utilize Retacrit. Ele decidirá a dose correcta de Retacrit que deve utilizar, durante quanto tempo o tratamento deve continuar e por que via o medicamento será administrado. Estas decisões serão influenciadas por aquilo que estiver a causar a anemia. O seu médico irá usar a menor dose efetiva para controlar os sintomas da sua anemia. Se você não responder adequadamente ao Retacrit, o seu médico irá verificar a sua dose e irá informá-lo se você precisa de mudar as doses de Retacrit. Pode-lhe ser dado um suplemento de ferro antes e durante o tratamento com Retacrit para o tornar mais efetivo. Utilização em doentes com doença renal O Retacrit deve ser administrado sob a pele (via subcutânea) ou como uma injecção na veia, ou num tubo que esteja ligado a uma veia. Utilização em doentes adultos submetidos a hemodiálise O seu médico manterá a sua concentração de hemoglobina entre 10 e 12 g/dl (6,2 – 7,5 mmol/l). Retacrit pode ser administrado durante a sessão de diálise ou após o doente ter sido submetido a uma sessão de diálise. A dose inicial recomendada de Retacrit é de 50 UI/kg (Unidades Internacionais por quilograma). Esta é administrada 3 vezes por semana. Se a solução é administrada numa veia, deverá ser injectada durante 1 – 5 minutos. Dependendo de como a sua anemia responde ao tratamento, a dose pode ser ajustada aproximadamente a cada 4 semanas até que o seu estado esteja controlado. O seu médico pedirá análises ao sangue regulares para garantir que o medicamento continua a ter o efeito desejado. Quando o seu estado estiver controlado, receberá doses regulares de Retacrit, 2 ou 3 vezes por semana. Estas doses podem não ser tão altas como as iniciais. Utilização em crianças e adolescentes (≤18 anos) submetidas a hemodiálise Em crianças, o médico manterá a concentração de hemoglobina entre 9,5 e 11 g/dl. Retacrit deve ser administrado após o doente ter sido submetido uma sessão de diálise. A dose para criança e adolescentes é baseada no peso corporal em quilogramas. A dose inicial recomendada é de 50 UI/kg. Esta é administrada 3 vezes por semana, injectada numa veia (durante 1-5 minutos). 255 Dependendo de como a anemia responde, a dose pode ser ajustada aproximadamente a cada 4 semanas até que o estado esteja controlado. O seu médico pedirá análises ao sangue regulares para verificar se isto está a ser conseguido. Utilização em doentes adultos submetidos a diálise peritoneal O seu médico manterá a sua concentração de hemoglobina entre 10 e 12 g/dl. A dose inicial recomendada é de 50 UI/kg. Esta é administrada 2 vezes por semana. Dependendo de como a sua anemia responde, a dose pode ser ajustada aproximadamente a cada 4 semanas até que o seu estado esteja controlado. O seu médico pedirá análises ao sangue regulares para garantir que o medicamento continua a ter o efeito desejado. Utilização em doentes adultos com insuficiência renal não submetidos a diálise A dose inicial recomendada é de 50 UI/kg. Esta é administrada 3 vezes por semana. A dose inicial pode ser ajustada pelo seu médico até que o seu estado esteja controlado. Após o seu estado estar controlado, receberá doses regulares de Retacrit (3 vezes por semana, ou, se recebe as suas injecções sob a pele, também pode ser dado uma vez por semana ou uma vez em cada 2 semanas). A dosagem máxima não deverá exceder 150 UI/Kg 3 vezes por semana, 240 UI/Kg (até um máximo de 20 000 UI) uma vez por semana ou 480 UI/Kg (até um máximo de 40 000 UI) uma vez em cada 2 semanas. O seu médico pedirá análises ao sangue regulares para garantir que o medicamento continua a ter o efeito desejado. Se estiver num intervalo de dose mais longo (superior a uma vez por semana), pode não manter os níveis adequados de hemoglobina e pode necessitar de aumentar a dose de Retacrit ou a frequência de administração. Utilização em doentes adultos submetidos a quimioterapia O seu médico pode iniciar o tratamento com Retacrit se o seu valor da hemoglobina for 10 g/dl ou inferior. Após o início da terapêutica, o seu médico manterá o seu valor da hemoglobina entre 10 e 12 g/dl. A dose inicial recomendada é de 150 UI/kg. Esta é administrada 3 vezes por semana através de injecção sob a pele. Em alternativa, o seu médico pode recomendar uma dose inicial de 450 UI/kg uma vez por semana. A dose inicial pode ser ajustada pelo seu médico, dependendo de como a sua anemia responde ao tratamento; normalmente, receberá Retacrit até 1 mês após o final da quimioterapia. Utilização em doentes adultos num programa de doação prévia de sangue autólogo A dose inicial recomendada é de 600 UI/kg. Esta é administrada 2 vezes por semana através de injecção numa veia. Receberá Retacrit durante as 3 semanas anteriores à sua cirurgia. Também tomará suplementos de ferro antes e durante o tratamento com Retacrit para aumentar a eficácia de Retacrit. A utilização em doentes adultos com marcação para cirurgia ortopédica (aos ossos) A dose de 600 UI/kg (Unidades Internacioanis por quilograma) administrada sob a pele uma vez por semana durante 3 semanas antes da cirurgia e no dia da cirurgia. Nos casos em que exista a necessidade de encurtar o período antes da operação, uma dose de 300 UI/kg é-lhe administrada diariamente nos 10 dias anteriores à cirurgia, no dia da cirurgia e durante nos 4 dias imediatamente depois. Se as análises sanguíneas mostrarem que a hemoglobina está muito elevada antes da operação, o tratamento será interrompido. 256 É também importante que os seus níveis sanguíneos de ferro estejam normais durante o tratamento com Retacrit. Quando apropriado receberá, cada dia, doses de ferro oral, idealmente iniciadas antes do tratamento com Retacrit. Informações sobre a administração Retacrit em seringa pré-cheia está pronto a usar. Cada seringa deve apenas ser usada para uma injecção. A injecção de Retacrit não deve ser agitada nem misturada com qualquer outro líquido. Se Retacrit for injectado sob a pele, a quantidade injectada em qualquer local não deverá exceder 1 ml. Os melhores locais para administração são no topo da coxa e à volta da barriga (abdómen) mas sempre fora do umbigo. Variar o local de dia para dia. Siga sempre estas instruções quando utilizar Retacrit: 1. Pegue numa embalagem blister selada com a seringa e deixe-a repousar durante alguns minutos até atingir a temperatura ambiente antes de utilizá-la. Isto normalmente demora entre 15 e 30 minutos. Retire a seringa da embalagem blister e verifique se a solução se apresenta límpida, incolor e praticamente isenta de partículas visíveis. Retire a tampa de protecção da agulha da seringa e o ar é expelido da seringa e da agulha segurando a seringa na vertical e empurrando suavemente o êmbolo para cima. Injecte a solução conforme lhe foi indicado pelo médico. Deverá confirmar com o seu médico ou farmacêutico se não tiver certeza. 2. 3. 4. Não utilize Retacrit se: o selo do blister estiver quebrado ou se o blister estiver danificado de alguma forma o líquido estiver colorido ou conseguir ver partículas a flutuar nele qualquer líquido tiver derramado da seringa pré-cheia ou se for visível condensação dentro do blister selado souber ou pensar que pode ter sido congelado acidentalmente • • • • Mudar de injecção numa veia para injecção sob a pele (de injecção intravenosa para subcutânea) Quando o seu estado estiver controlado receberá doses regulares de Retacrit. O seu médico pode decidir que é melhor para si receber Retacrit por injecção sob a pele (por via subcutânea) em vez de numa veia (por via intravenosa). A dose deverá permanecer a mesma enquanto a alteração estiver a ser feita, Posteriormente, o seu médico pode pedir análises ao sangue para verificar se é necessário qualquer ajuste na dose. Auto-administração de Retacrit sob a pele Quando o tratamento começa, Retacrit é normalmente injectado por um médico ou um enfermeiro.Depois, o seu médico pode sugerir que aprenda, ou o seu prestador de cuidados de saúde aprenda, a fazer auto-administração sob a pele (por via subcutânea). • • • • Não deverá tentar fazer a auto-administração se não tiver recebido formação do seu médico ou enfermeiro para esse efeito. Utilize sempre Retacrit exatamente como indicado pelo seu médico ou enfermeiro. Só utilize este medicamento se o medicamento tiver sido conservado correctamente (ver secção 5). Antes de utilizar, deixe a seringa repousar até atingir a temperatura ambiente. Isto normalmente demora entre 15 a 30 minutos. Utilize apenas uma dose de Retacrit por seringa. 257 Se este medicamento for administrado sob a pele (via subcutânea) o volume injectado não é normalmente mais do que 1 ml em injecção única. Retacrit é administrado sozinho e não misturado com outros líquidos. Não agite as seringas. Agitação vigorosa e prolongada pode estragar o medicamento. Se o medicamento foi vigorosamente agitado, não o utilize. Como administrar a si próprio utilizando a seringa pré-cheia • • • • • • • • • • • • • • • • Tire a seringa do frigorífico. O líquido deve atingir a temperatura ambiente. Não retire a proteção da agulha enquanto aguarda que a seringa atinja a temperatura ambiente. Retire a seringa da embalagem e verifique se é a dose certa, se não ultrapassou o prazo de validade, se não está danificada e se a solução se apresenta límpida e não congelada. Escolha o local da injecção. Os melhores locais para administração são no topo da coxa e à volta da barriga (abdómen) mas sempre fora do umbigo. Varie o local de dia para dia. Lave as mãos. Utilize um toalhete antiséptico no local da injecção para o desinfectar. Segure a seringa com a tampa da agulha virada para cima. Não segure pela extremidade do êmbolo, pelo êmbolo ou pela tampa de protecção da agulha. Não puxe o êmbolo para trás em qualquer momento. Não retire a tampa de protecção da agulha da seringa pré-cheia enquanto não estiver tudo preparado para a administração do seu medicamento. Retire a tampa de protecção da agulha segurando o corpo da seringa e puxando cuidadosamente a tampa de protecção, sem a rodar. Não empurre o êmbolo, não toque na agulha, nem agite a seringa. Segure uma área larga de pele entre os dedos polegar e indicador. Não a aperte. Empurre completamente a agulha. O seu médico ou enfermeiro poderão ter-lhe indicado como fazer issto. Com o dedo polegar, empurre o êmbolo até ao limite para injectar todo o líquido. Empurre-o devagar e uniformemente, mantendo a pele segura. Quando o êmbolo atingir o limite, retire a agulha e solte a pele. Quando a agulha já tiver sido retirada, pode haver um pequeno sangramento no local da injecção Isto é normal. Pode pressionar o local com um toalhete anti-séptico durante alguns segundos após a injecção. Elimine a sua seringa usada num contentor de seringas. Não tente substituir a tampa de protecção da agulha. Nunca coloque a sua seringa usada no seu lixo doméstico. Utilização do sistema de protecção da agulha A sua seringa pré-cheia pode ter associado um sistema de protecção da agulha, a fim de evitar acidentes com picadas nas agulhas. 1. Efectue a injecção seguindo a técnica descrita anteriormente. 2. Pressione o êmbolo, enquanto segura o rebordo da seringa com os dedos, até que toda a dose tenha sido administrada. O sistema de protecção da agulha NÃO será activado até que TODA a dose seja administrada. 258 3. Retire a agulha da pele, solte o êmbolo e deixe a seringa subir até que toda a agulha esteja guardada e trancada no seu lugar. Se utilizar mais Retacrit do que deveria Retacrit tem uma grande margem de segurança e os efeitos secundários devido a uma sobredosagem de Retacrit são improváveis. Deve informar o médico ou enfermeiro imediatamente se pensar que foi administrado mais Retacrit do que deveria. Caso se tenha esquecido de tomar Retacrit Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar. Se parar de utilizar Retacrit Não interrompa o tratamento sem consultar o seu médico. Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico. 4. Efeitos secundários possíveis Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas. Se sentir dores de cabeça, particularmente dores de cabeça fortes súbitas, do tipo enxaqueca, ou se se sentir confuso ou com desmaios, informe o seu médico imediatamente. Estes podem ser sinais de aviso de um aumento súbito na tensão arterial que requer tratamento urgente. Informe imediatamente o seu médico ou enfermeira se apresentar qualquer um dos efeitos referidos nesta lista. Efeitos secundários muito frequentes Estes podem afectar mais de 1 doente em 10 pessoas que utilizam Retacrit. • Sintomas de gripe, dor de Cabeça, dores nas articulações, sensação de fraqueza, cansaço e tonturas. • Congestão das vias respiratórias, tal como nariz entupido e dor de garganta, foram reportados em doentes com doença do rim que ainda não foram submetidos a diálise. Efeitos secundários frequentes Estes podem afectar até 1 em 10 doentes em cada 100 pessoas que utilizam Retacrit. • Aumento da tensão arterial. O aumento da tensão arterial pode necessitar tratamento com medicamentos (ou ajuste de qualquer medicamento que toma para asua tensão alta). O seu medico pode controlar a sua tensão arterial regularmente enquanto está a utilizar Retacrit, especialmente no início do tratamento. • Dor no peito, dificuldade em respirar, inchaço doloroso nas pernas que pode ser sintoma de 259 • • • coágulos sanguíneos (Embolia pulmonar, trombose venosa profunda). Acidente vascular cerebral (fornecimento insuficiente de sangue ao cérebro, o que pode conduzir a incapacidade de mover um ou mais membros de um dos lados do corpo, incapacidade de ver em um dos campos de visão). Erupçõesna pela e inchaço à volta dos olhos (edema), o que pode ser resultado de uma reacção alérgica. Coagulação sanguínea num rim artificial. Efeitos secundários pouco frequentes Estes podem afectar até 1 em 100 pessoas que utilizam Retacrit. • Hemorragias cerebrais. Efeitos secundários raros Estes podem afectar até 1 em 1 000 pessoas que utilizam Retacrit. • Reacções de hipersensibilidade. Efeitos secundários muito raros Estes podem afectar até 1 doente em cada 10-000 pessoas que utilizam Retacrit. • Aumento dos níveis de pequenas células sanguíneas (chamadas plaquetas), as quais podem ser responsáveis pela formação de coágulos sanguíneos. O seu médico verificará esta situação. Efeitos secundários desconhecidos A frequência destes efeitos secundários não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis. • Inchaço, principalmente na região das pálperas e lábios (edema de Quincke) e reacções alérgicas tipo estado de choque com sintomas de zumbidos, rubor, comichão, afrontamento e pulsação acelerada. • Eventos vasculares e trombóticos (coagulação sanguínea) nos vasos sanguíneos, tal como problemas na perfusão sanguínea cerebral, trombose na retina, problemas na perfusão do coração, ataque cardíaco, trombose arterial, dilatação das paredes dos vasos sanguíneos (aneurisma). • Aplasia eritróide pura (AEP). A AEP tem sido notificada em doentes depois de meses a anos de tratamento com eritropoetina por via subcutânea (injecção sob a pele). A AEP significa a incapacidade de produzir glóbulos vermelhos suficientes a partir da medulla óssea (ver secção “Avisos e precauções”). • Comição (prurido). Outros efeitos secundários: Doentes renais - Aumento da tensão arterial que pode necessitar de tratamento com medicamentos ou ajuste da dose de medicamentos que já esteja a tomar para a tensão arterial elevada. O seu médico pode monitorizar regularmente a sua tensão arterial enquanto estiver a ser tratado com Retacrit, particularmente no início da terapêutica. - Pode ocorrer oclusão na ligação entre a artéria e a veia (trombose do shunt), especialmente se tiver a tensão arterial baixa ou complicações na fístula arteriovenosa. O seu médico pode examinar o seu shunt e prescrever um medicamento para prevenir a trombose. Doentes oncológicos - Coagulação sanguínea (acontecimentos trombóticos vasculares) (ver secção “Avisos e precauções”). - Aumento da tensão arterial. Como tal, os seus níveis de hemoglobina e a sua tensão arterial devem ser controlados. Se detectar algum dos efeitos secundários fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro. Isto inclui qualquer possível efeito secundário não mencionado neste folheto. 260 Comunicação de efeitos secundários Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não indicados neste folheto, fale com o seu médico. Também poderá comunicar efeitos secundários diretamente através do sistema nacional de notificação mencionado no Apêndice V. Ao comunicar efeitos secundários, estará a ajudar a fornecer mais informações sobre a segurança deste medicamento. 5. COMO CONSERVAR RETACRIT Manter fora da vista e do alcance das crianças. Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso na embalagem. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado. Conservar no frigorífico (2°C - 8°C). Não congelar. Manter a seringa pré-cheia dentro da embalagem exterior para proteger da luz. As seringas podem ser retiradas do frigorífico, por um período único até 3 dias, sendo conservadas à temperatura ambiente (temperatura não superior a 25°C). Não elimine qualquer medicamento na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não utiliza. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente. 6. Outras informações Qual a composição de Retacrit – A substância activa é epoetina zeta (produzida por tecnologia de ADN recombinante na linhagem celular de ovário de hamster chinês (CHO)). Retacrit 1 000 UI/0,3 ml solução injectável em seringa pré-cheia Uma seringa pré-cheia com 0,3 ml de solução injectável contém 1 000 unidades internacionais (UI) de epoetina zeta (eritropoetina humana recombinante). A solução contém 3 333 UI de epoetina zeta por ml. Retacrit 2 000 UI/0,6 ml solução injectável em seringa pré-cheia Uma seringa pré-cheia com 0,6 ml de solução injectável contém 2 000 unidades internacionais (UI) de epoetina zeta (eritropoetina humana recombinante). A solução contém 3 333 UI de epoetina zeta por ml. Retacrit 3 000 UI/0,9 ml solução injectável em seringa pré-cheia Uma seringa pré-cheia com 0,9 ml de solução injectável contém 3 000 unidades internacionais (UI) de epoetina zeta (eritropoetina humana recombinante). A solução contém 3 333 UI de epoetina zeta por ml. Retacrit 4 000 UI/0,4 ml solução injectável em seringa pré-cheia Uma seringa pré-cheia com 0,4 ml de solução injectável contém 4 000 unidades internacionais (UI) de epoetina zeta (eritropoetina humana recombinante). A solução contém 10 000 UI de epoetina zeta por ml. Retacrit 5 000 UI/0,5 ml solução injectável em seringa pré-cheia 261 Uma seringa pré-cheia com 0,5 ml de solução injectável contém 5 000 unidades internacionais (UI) de epoetina zeta (eritropoetina humana recombinante). A solução contém 10 000 UI de epoetina zeta por ml. Retacrit 6 000 UI/0,6 ml solução injectável em seringa pré-cheia Uma seringa pré-cheia com 0,6 ml de solução injectável contém 6 000 unidades internacionais (UI) de epoetina zeta (eritropoetina humana recombinante). A solução contém 10 000 UI de epoetina zeta por ml. Retacrit 8 000 UI/0,8 ml solução injectável em seringa pré-cheia Uma seringa pré-cheia com 0,8 ml de solução injectável contém 8 000 unidades internacionais (UI) de epoetina zeta (eritropoetina humana recombinante). A solução contém 10 000 UI de epoetina zeta por ml. Retacrit 10 000 UI/1 ml solução injectável em seringa pré-cheia Uma seringa pré-cheia com 1 ml de solução injectável contém 10 000 unidades internacionais (UI) de epoetina zeta (eritropoetina humana recombinante). A solução contém 10 000 UI de epoetina zeta por ml. Retacrit 20 000 UI/0,5 ml solução injectável em seringa pré-cheia Uma seringa pré-cheia com 0,5 ml de solução injectável contém 20 000 unidades internacionais (UI) de epoetina zeta (eritropoetina humana recombinante). A solução contém 40 000 UI de epoetina zeta por ml. Retacrit 30 000 UI/0,75 ml solução injectável em seringa pré-cheia Uma seringa pré-cheia com 0,75 ml de solução injectável contém 30 000 unidades internacionais (UI) de epoetina zeta (eritropoetina humana recombinante). A solução contém 40 000 UI de epoetina zeta por ml. Retacrit 40 000 UI/1 ml solução injectável em seringa pré-cheia Uma seringa pré-cheia com 1 ml de solução injectável contém 40 000 unidades internacionais (UI) de epoetina zeta (eritropoetina humana recombinante). A solução contém 40 000 UI de epoetina zeta por ml. Os outros componentes são fosfato dissódico di-hidratado, fosfato monossódico di-hidratado, cloreto de sódio, cloreto de cálcio di-hidratado, polissorbato 20, glicina, leucina, isoleucina, treonina, ácido glutâmico, fenilalanina, água para preparações injectáveis, hidróxido de sódio (regulador de pH), ácido clorídrico (regulador de pH). Qual o aspecto de Retacrit e conteúdo da embalagem Retacrit é uma solução injectável incolor e límpida. É cheia em seringas de vidro transparente com uma agulha para injecção fixa. As seringas pré-cheias contêm entre 0,3 e 1 ml de solução, dependendo do conteúdo da epoetina zeta (ver “Qual a composição de Retacrit”). Uma embalagem contém 1 ou 4 ou 6 seringas pré-cheias com ou sem proteção de agulha. Embalagem múltipla contém 4 (4 embalagens de 1) ou 6 (6 embalagens de 1) de seringas pré-cheias. Titular da Autorização de Introdução no Mercado Hospira UK Limited Horizon Honey Lane Hurley Maidenhead 262 SL6 6RJ Reino Unido Fabricante STADA Arzneimittel AG Stadastrasse 2-18 D-61118 Bad Vilbel Alemanha HOSPIRA Enterprises B.V. Randstad 22-11 1316 BN Almere Países Baixos Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o representante local do Titular da Autorização de Introdução no Mercado: België/Belgique/Belgien Hospira Benelux BVBA Tél/Tel: + 32 3 231 90 09 Lietuva UAB Alvogen Baltics Tel: + 370 5 2153088 България Alvogen Pharma Bulgaria Ltd Teл.: + 359 2 441 7136 Luxembourg/Luxemburg Hospira Benelux BVBA Tél/Tel: + 32 3 231 90 09 Česká republika Hospira UK Limited Tel: + 44 (0) 1628 515500 Magyarország Alvogen CEE Kft. Tel.: + 361-476 0784 Danmark Hospira Nordic AB Tlf: + 46 (0)8 672 85 00 Malta Hospira UK Limited Tel: + 44 (0) 1628 515500 Deutschland Hospira Deutschland GmbH Tel: + 49 (0) 89 43 77 77 0 Nederland Hospira Benelux BVBA Tel: + 32 3 231 90 09 Eesti UAB Alvogen Baltics Tel: + 370 5 2153088 Norge Hospira Nordic AB Tlf: + 46 (0)8 672 85 00 Ελλάδα Aenorasis S.A. Τηλ: + 30 210 6136332 Österreich Hospira Austria GmbH Tel: +43 (0)1 235 1 230 España Hospira Productos Farmacéuticos y Hospitalarios S.L. Tel: + 34 914847100 Polska Alvogen Poland Sp. z.o.o. Tel.: + 482 24609200 France Hospira France Tél: + 33 (0) 140 83 82 00 Portugal Hospira Portugal Lda Tel: + 351 214857434 Hrvatska Hospira UK Ltd România Alvogen Romania SRL 263 Tel.: + 44 (0) 1628 515500 Tel: + 40 21 351 0286 Ireland Hospira Ireland Sales Limited Tel: + 353 (0) 1 2946494 Slovenija Hospira UK Limited Tel: + 44 (0) 1628 515500 Ísland Hospira Nordic AB Sími: + 46 (0)8 672 85 00 Slovenská republika Hospira UK Limited Tel: + 44 (0) 1628 515500 Italia Hospira Italia Srl Tel: + 39 0812405912 Suomi/Finland Hospira Nordic AB Puh/Tel: + 46 (0)8 672 85 00 Κύπρος Hospira UK Limited Τηλ: + 44 (0) 1628 515500 Sverige Hospira Nordic AB Tel: + 46 (0)8 672 85 00 Latvija UAB Alvogen Baltics Tel: + 370 5 2153088 United Kingdom Hospira UK Limited Tel: + 44 (0) 1628 515500 Este folheto foi revisto pela última vez em Informação pormenorizada sobre este medicamento está disponível na Internet na página da Agência Europeia de Medicamentos: http://www.ema.europa.eu. 264