PÔSTER 49 HABILIDADES SOCIAIS ENTRE OS JOVENS UNIVERSITÁRIOS 1 Suely de Melo Santana (UNICAP – Recife/PE) Fernanda Cristina Meirinhos (UNICAP – Recife/PE) Aline Maria Raposo Lira (UNICAP – Recife/PE) [email protected] O presente estudo teve por objetivo investigar as habilidades sociais de jovens universitários, considerando as variáveis: tipo de instituição, área de conhecimento e gênero. Foram também pesquisados dois fatores correlatos: a tendência à depressão e ao uso de álcool. Para tanto, investigou-se, individualmente, uma amostra de 36 estudantes da Universidade Católica de Pernambuco – UNICAP (idade média de 23,14; dp. 2.21), sendo 19 de ciências exatas e 17 de humanas e 34 estudantes da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE (idade média de 21,35 anos; dp 2,55), sendo 18 de ciências exatas e 16 de humanas, de ambos os sexos. Foi realizada uma entrevista semi–estruturada breve e, em seguida, foram administradas duas escalas de auto-relato – o Inventário de Habilidades Sociais – IHS e o Inventário de Depressão de Beck – BDI, seguidas pela aplicação do Questionário de tendência ao uso de álcool - CAGE. Os resultados da UNICAP indicaram um bom repertório de habilidades sociais, sendo que os homens situaram-se abaixo da mediana de referência e as mulheres situaram-se acima. Os estudantes da área de ciências humanas apresentaram melhor repertório de habilidades sociais quando comparados aos de ciências exatas. Observou-se um caso de disforia na área de ciências exatas e um caso de depressão na área de ciências humanas, ambos femininos. Verificaram-se dois casos de tendência ao uso do álcool, sendo um homem de ciências exatas e uma mulher na área de ciências humanas. Na UFPE os resultados indicaram um repertório bastante elaborado de habilidades sociais entre os homens e um bom repertório, situado acima da mediana, para as mulheres. Verificou-se que os homens da área de ciências exatas mostraram-se mais hábeis enquanto, na área de ciências humanas, as mulheres predominaram. Em ambas instituições, constatou-se uma convergência de resultados com a literatura da área, quanto às diferenças de gênero encontradas para os fatores referentes à auto-afirmação na expressão de sentimento positivo e do autocontrole da agressividade. Na área de ciências humanas, foi observada uma maior ocorrência de disforia para os homens e de depressão para as mulheres. Na área de ciências exatas foram identificados um caso de disforia para cada gênero e um de depressão apenas para o feminino. Quanto à tendência ao uso do álcool, houve apenas um caso masculino para cada área. Conclui-se, em consonância com a literatura, que as diferenças entre gêneros ou áreas de conhecimento vão influenciar o repertório de habilidades sociais e, conseqüentemente, a oferta de treino de habilidades sociais para os jovens favoreceria uma melhor elaboração desse repertório, facilitando a convivência e a maturação social dos indivíduos. Palavras-chave: habilidades sócio-cognitivas, habilidade cognitiva; cognição social. 1 Esta pesquisa foi realizada em 2003 com o apoio da Universidade Católica de Pernambuco, através de bolsas do programa de iniciação científica PIBIC/UNICAP.