Plano de Ordenamento da APPSA PLANO DE ORDENAMENTO ÁREA DE PAISAGEM PROTEGIDA DA SERRA DO AÇOR 1ª FASE - CARACTERIZAÇÃO JULHO 2007 1ª Fase – Relatório de Caracterização 0 Plano de Ordenamento da APPSA SUMÁRIO Índice de Tabelas .......................................................................................................................................................3 Índice de Figuras........................................................................................................................................................4 Lista de Abreviaturas..................................................................................................................................................5 Lista de Abreviaturas..................................................................................................................................................5 INTRODUÇÃO......................................................................................................................................................................7 A. DESCRIÇÃO....................................................................................................................................................................9 1. ENQUADRAMENTO ..........................................................................................................................................................9 1.1. Localização e Descrição Geral............................................................................................................................9 1.2. Situação Legal...................................................................................................................................................11 1.3. Instrumentos de Ordenamento e Gestão Territorial..........................................................................................13 2. CARACTERIZAÇÃO FÍSICA .............................................................................................................................................15 2.1. Geologia ............................................................................................................................................................15 Litologia................................................................................................................................................................................... 15 Tectónica................................................................................................................................................................................. 16 Valoração da Geologia...................................................................................................................................................... 18 Modelo Digital de Terreno....................................................................................................................................................... 18 Exposição................................................................................................................................................................................ 18 Declives................................................................................................................................................................................... 19 Altimetria ................................................................................................................................................................................. 19 Geomorfologia......................................................................................................................................................................... 19 2.2. Pedologia ..........................................................................................................................................................25 2.3. Hidrologia ..........................................................................................................................................................28 Hidrografia............................................................................................................................................................................... 28 Hidrogeologia.......................................................................................................................................................................... 29 Valoração da Hidrografia .................................................................................................................................................. 31 2.4. Clima .................................................................................................................................................................32 Bioclimas................................................................................................................................................................................. 35 3. CARACTERIZAÇÃO BIOLÓGICA .......................................................................................................................................36 3.1. Flora ..................................................................................................................................................................36 Definição das Espécies da Flora ...................................................................................................................................... 37 Valoração das Espécies da Flora ..................................................................................................................................... 38 3.2. Vegetação .........................................................................................................................................................39 Definição das Unidades de Vegetação............................................................................................................................. 39 Valoração das Unidades de Vegetação............................................................................................................................ 53 Aplicação do Valor Florístico às Unidades de Vegetação ................................................................................................ 53 3.3. Fauna ................................................................................................................................................................54 Definição das Espécies da Fauna .................................................................................................................................... 54 Valoração das Espécies da Fauna ................................................................................................................................... 58 3.4. Biótopos ............................................................................................................................................................60 Definição dos Biótopos para a Fauna............................................................................................................................... 60 Valoração dos Biótopos para a Fauna.............................................................................................................................. 65 3.5. Síntese dos Valores Naturais............................................................................................................................66 3.6. Briófitos .............................................................................................................................................................66 3.7. Macrofungos......................................................................................................................................................67 4. UNIDADES DE PAISAGEM ..............................................................................................................................................68 Definição das Unidades de Paisagem .............................................................................................................................. 68 Valoração das Unidades de Paisagem............................................................................................................................. 71 5. CARACTERIZAÇÃO DO PATRIMÓNIO CULTURAL ...............................................................................................................72 5.1. Património Arquitectónico .................................................................................................................................72 5.2. Património Arqueológico ...................................................................................................................................73 5.3. Património Etnográfico ......................................................................................................................................73 6. CARACTERIZAÇÃO SOCIO-ECONÓMICA ..........................................................................................................................74 6.1. População .........................................................................................................................................................74 População Actual .................................................................................................................................................................... 74 Meio Social.............................................................................................................................................................................. 77 6.2. Actividades ........................................................................................................................................................80 Valoração da Socio-Economia.......................................................................................................................................... 87 7. VALORES INTRÍNSECOS ................................................................................................................................................93 8. BREVE CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA PROPOSTA PARA ALARGAMENTO DA APPSA ............................................................93 1ª Fase – Relatório de Caracterização 1 Plano de Ordenamento da APPSA BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................................................................102 Informação Computorizada............................................................................................................................................. 105 Legislação Consultada.................................................................................................................................................... 106 B. CARTOGRAFIA...........................................................................................................................................................107 C.I. ANEXO – DIPLOMAS LEGAIS MAIS RELEVANTES COM APLICAÇÃO NA APPSA ..............................................................108 C.II. ANEXO – DEFINIÇÃO E VALORAÇÃO DA FLORA E DAS UNIDADES DE VEGETAÇÃO – METODOLOGIA E RESULTADOS.......109 Definição das comunidades vegetais ............................................................................................................................. 109 Valoração das Comunidades Vegetais........................................................................................................................... 109 Definição das Espécies da Flora .................................................................................................................................... 113 Valoração das Espécies da Flora ................................................................................................................................... 114 Aplicação do Valor Florístico às Unidades de Vegetação .............................................................................................. 127 C.III. ANEXO – DEFINIÇÃO E VALORAÇÃO DA FAUNA E DOS BIÓTOPOS PARA A FAUNA – METODOLOGIA E RESULTADOS .......143 Definição das Espécies da Fauna .................................................................................................................................. 143 Valoração das Espécies da Fauna ................................................................................................................................. 143 Definição dos Biótopos para a Fauna............................................................................................................................. 163 Valoração dos Biótopos para a Fauna............................................................................................................................ 164 C.IV. ANEXO – LISTA DE ESPÉCIES DE BRIÓFITOS INVENTARIADAS NA APPSA..................................................................182 C.V. ANEXO – LISTA DE ESPÉCIES DE MACROFUNGOS INVENTARIADAS NA MATA DA MARGARAÇA......................................184 C.VI. ANEXO – DEFINIÇÃO E VALORAÇÃO DAS UNIDADES DE PAISAGEM – METODOLOGIA E RESULTADOS...........................187 Definição das Unidades de Paisagem ............................................................................................................................ 187 Valoração das Unidades de Paisagem........................................................................................................................... 188 1ª Fase – Relatório de Caracterização 2 Plano de Ordenamento da APPSA Índice de Tabelas TABELA 1 – ÍNDICE DE TERMICIDADE (IT), PISOS BIOCLIMÁTICOS CORRESPONDENTES E OMBROCLIMAS PARA AS ESTAÇÕES TERMOPLUVIOMÉTRICAS ADJACENTES À SERRA DO AÇOR (SILVEIRA, 2001)...................................................................35 TABELA 2 – NÚMERO DE ESPÉCIES DE CADA GRUPO TAXONÓMICO REFERENCIADAS PARA A APPSA. .........................................38 TABELA 3 – NÚMERO DE ESPÉCIES DA FLORA OCORRENTE EM CADA UMA DAS UNIDADES DE VEGETAÇÃO CONSIDERADA..............39 TABELA 4 – CORRESPONDÊNCIA DA UNIDADE DE VEGETAÇÃO “FLORESTAS PRÉ-CLIMÁCICAS DE FOLHOSAS AUTÓCTONES” COM OS HABITATS DA DIRECTIVA HABITATS, COM A FITOSSOCIOLOGIA E COM OS HABITATS EUNIS 2002. ....................................42 TABELA 5 – CORRESPONDÊNCIA DA UNIDADE DE VEGETAÇÃO “COMUNIDADES NÃO CLIMÁCICAS DE FOLHOSAS AUTÓCTONES” COM OS HABITATS DA DIRECTIVA HABITATS, COM A FITOSSOCIOLOGIA E COM OS HABITATS EUNIS 2002. ...............................44 TABELA 6 – CORRESPONDÊNCIA DA UNIDADE DE VEGETAÇÃO “COMUNIDADES RIPÍCOLAS” COM OS HABITATS DA DIRECTIVA HABITATS, COM A FITOSSOCIOLOGIA E COM OS HABITATS EUNIS 2002..........................................................................46 TABELA 7 – CORRESPONDÊNCIA DA UNIDADE DE VEGETAÇÃO “BOSQUETES DE SOBREIROS” COM OS HABITATS DA DIRECTIVA HABITATS, COM A FITOSSOCIOLOGIA E COM OS HABITATS EUNIS 2002..........................................................................47 TABELA 8 – CORRESPONDÊNCIA DA UNIDADE DE VEGETAÇÃO “PINHAL” COM OS HABITATS DA DIRECTIVA HABITATS, COM A FITOSSOCIOLOGIA E COM OS HABITATS EUNIS 2002. ...................................................................................................48 TABELA 9 – CORRESPONDÊNCIA DA UNIDADE DE VEGETAÇÃO “MATAGAIS ARBORESCENTES DE ESPÉCIES LAURÓIDES” COM OS HABITATS DA DIRECTIVA HABITATS, COM A FITOSSOCIOLOGIA E COM OS HABITATS EUNIS 2002. ....................................49 TABELA 10 – CORRESPONDÊNCIA DA UNIDADE DE VEGETAÇÃO “URZAIS” COM OS HABITATS DA DIRECTIVA HABITATS, COM A FITOSSOCIOLOGIA E COM OS HABITATS EUNIS 2002. ...................................................................................................51 TABELA 11 – CORRESPONDÊNCIA DA UNIDADE DE VEGETAÇÃO “COMUNIDADES RUPÍCOLAS E PRADOS DE ALTITUDE” COM OS HABITATS DA DIRECTIVA HABITATS, COM A FITOSSOCIOLOGIA E COM OS HABITATS EUNIS 2002. ....................................52 TABELA 12 – CORRESPONDÊNCIA DA UNIDADE DE VEGETAÇÃO “ÁREA AGRÍCOLA” COM OS HABITATS DA DIRECTIVA HABITATS, COM A FITOSSOCIOLOGIA E COM OS HABITATS EUNIS 2002..................................................................................................53 TABELA 13 – HIERARQUIZAÇÃO DO VALOR DE CONSERVAÇÃO DAS UNIDADES DE VEGETAÇÃO E RESPECTIVAS CLASSES DE RELEVÂNCIA. ..............................................................................................................................................................53 TABELA 14 – DETERMINAÇÃO DA CLASSE DE RELEVÂNCIA FINAL DA FLORA E VEGETAÇÃO PARA CADA UNIDADE DE VEGETAÇÃO. ..54 TABELA 15 – NÚMERO DE ESPÉCIES DE CADA GRUPO TAXONÓMICO REFERENCIADO PARA A APPSA..........................................55 TABELA 16 – ESPÉCIES DE INVERTEBRADOS PRESENTES NA APPSA COM ESTATUTOS DE PROTECÇÃO......................................55 TABELA 17 – ESPÉCIES DE ANFÍBIOS PRESENTES NA APPSA E RESPECTIVOS ESTATUTOS DE PROTECÇÃO.................................56 TABELA 18 – ALGUMAS ESPÉCIES DE RÉPTEIS PRESENTES NA APPSA E RESPECTIVOS ESTATUTOS DE PROTECÇÃO...................57 TABELA 19 – ALGUMAS ESPÉCIES DE AVES PRESENTES NA APPSA E RESPECTIVOS ESTATUTOS DE PROTECÇÃO. ......................57 TABELA 20 – ALGUMAS ESPÉCIES DE MAMÍFEROS PRESENTES NA APPSA E RESPECTIVOS ESTATUTOS DE PROTECÇÃO..............58 TABELA 21 – LISTA DAS ESPÉCIES PRIORITÁRIAS (ESPÉCIES COM MAIOR VEE). ........................................................................59 TABELA 22 – NÚMERO DE ESPÉCIES OCORRENTES NO BIÓTOPO “FLORESTA DE FOLHOSAS”. .....................................................61 TABELA 23 – NÚMERO DE ESPÉCIES OCORRENTES NO BIÓTOPO “PINHAL”.................................................................................61 TABELA 24 – NÚMERO DE ESPÉCIES OCORRENTENTES NO BIÓTOPO “OLIVAL”. ..........................................................................62 TABELA 25 – NÚMERO DE ESPÉCIES OCORRENTES NO BIÓTOPO “MATOS ALTOS”. .....................................................................62 TABELA 26 – NÚMERO DE ESPÉCIES OCORRENTES NO BIÓTOPO “MATOS BAIXOS”.....................................................................63 TABELA 27 – NÚMERO DE ESPÉCIES OCORRENTES NO BIÓTOPO “FORMAÇÕES RIPÍCOLAS E SISTEMAS AQUÁTICOS ARTIFICIAIS”. 63 TABELA 28 – NÚMERO DE ESPÉCIES OCORRENTES NO BIÓTOPO “ÁREA AGRÍCOLA”. ..................................................................64 TABELA 29 – NÚMERO DE ESPÉCIES OCORRENTES NO BIÓTOPO “AGLOMERADOS E ESTRUTURAS ARTIFICIAIS DISPERSAS”. ........65 TABELA 30 – HIERARQUIZAÇÃO DO VALOR FAUNÍSTICO DOS BIÓTOPOS E RESPECTIVA CLASSIFICAÇÃO. ......................................65 TABELA 31 – CORRESPONDÊNCIA ENTRE OS BIÓTOPOS DA FAUNA E AS UNIDADES DE VEGETAÇÃO DETERMINADAS PARA A APPSA. .................................................................................................................................................................................66 TABELA 32 – VALORAÇÃO DAS UNIDADES DE PAISAGEM E RESPECTIVA CLASSIFICAÇÃO. ............................................................71 TABELA 33 – POPULAÇÃO RESIDENTE E POPULAÇÃO ACTIVA NAS FREGUESIAS DA BENFEITA E MOURA DA SERRA, NO ANO DE 2001 (FONTE: INE, 2001). ..................................................................................................................................................75 TABELA 34 – NÚMERO DE FAMÍLIAS EXISTENTES NAS FREGUESIAS DA BENFEITA E MOURA DA SERRA, NOS ANOS DE 1991 E 2001 (FONTE: INE, 2001). ..................................................................................................................................................77 TABELA 35 – CARACTERIZAÇÃO DAS EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS, NOMEADAMENTE O NÚMERO DE EXPLORAÇÕES E ÁREA DAS EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS, EXISTENTES NAS FREGUESIAS DA BENFEITA E DE MOURA DA SERRA, NO ANO DE 1999 (FONTE: INE, 2001) ................................................................................................................................................................81 TABELA 36 – PRODUÇÃO ANIMAL NAS FREGUESIAS DA BENFEITA E MOURA DA SERRA, NO ANO DE 1999 (FONTE: INE, 2001).....82 TABELA 37 – CLASSES DE RELEVÂNCIA DAS UNIDADES DE VEGETAÇÃO E RESPECTIVOS INTERVALOS DE VCC. .........................111 TABELA 38 – CARACTERIZAÇÃO DE CADA HABITAT RELATIVAMENTE AOS DIFERENTES PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO, DETERMINAÇÃO DO VALOR DE CONSERVAÇÃO DOS HABITATS (VCH) E O VALOR DE CONSERVAÇÃO DAS COMUNIDADES (VCC).............112 TABELA 39 – HIERARQUIZAÇÃO DO VCC E RESPECTIVAS CLASSES DE RELEVÂNCIA.................................................................113 TABELA 40 – NÚMERO DE ESPÉCIES DE CADA GRUPO TAXONÓMICO REFERENCIADAS PARA A APPSA. .....................................113 TABELA 41 – AVALIAÇÃO DA RARIDADE, UTILIZANDO OS CRITÉRIOS DE RABINOWITZ (1986) (FONTE: ICN, 2004). .....................117 1ª Fase – Relatório de Caracterização 3 Plano de Ordenamento da APPSA TABELA 42 – CLASSES DE RELEVÂNCIA DAS ESPÉCIES E RESPECTIVOS INTERVALOS DE VALORAÇÃO. .......................................118 TABELA 43 – CARACTERIZAÇÃO DE CADA ESPÉCIE QUANTO AOS DIFERENTES ESTATUTOS CONSIDERADOS, ESTATUTO DE CONSERVAÇÃO (EC) E ESTATUTO BIOGEOGRÁFICO (EBG), DETERMINAÇÃO DO VALOR ECOLÓGICO ESPECÍFICO (VEE) E AS UNIDADES DE VEGETAÇÃO EM QUE CADA ESPÉCIE OCORRE.....................................................................................118 TABELA 44 – LISTA DE ESPÉCIES DA FLORA PRESENTES EM CADA COMUNIDADE VEGETAL E RESPECTIVO VEE..........................128 TABELA 45 – DETERMINAÇÃO DO VALOR FINAL DA FLORA E VEGETAÇÃO.................................................................................142 TABELA 46 – NÚMERO DE ESPÉCIES DE CADA GRUPO TAXONÓMICO REFERENCIADAS PARA A APPSA. .....................................143 TABELA 47 – FACTORES DE PONDERAÇÃO UTILIZADOS NO CÁLCULO DO VALOR ECOLÓGICO ESPECÍFICO. ................................149 TABELA 48 – CARACTERIZAÇÃO DE CADA ESPÉCIE QUANTO AOS DIFERENTES ESTATUTOS CONSIDERADOS, ESTATUTO DE CONSERVAÇÃO (EC), ESTATUTO BIOGEOGRÁFICO (EBG), ESTATUTO BIOLÓGICO (EB) E ESTATUTO REGIONAL (ER), DETERMINAÇÃO DO VALOR ECOLÓGICO ESPECÍFICO (VEE) E OS BIÓTOPOS EM QUE CADA ESPÉCIE OCORRE. ................150 TABELA 49 – LISTA DE ESPÉCIES PRIORITÁRIAS (ESPÉCIES COM MAIOR VEE). ........................................................................163 TABELA 50 – LISTA DE ESPÉCIES E RESPECTIVO VEE, OCORRENTES EM CADA UM DOS BIÓTOPOS CONSIDERADOS PARA A VALORAÇÃO DA FAUNA. .............................................................................................................................................164 TABELA 51 – NÍVEIS DE CLASSIFICAÇÃO DOS BIÓTOPOS (SIGNIFICÂNCIA). ...............................................................................180 TABELA 52 – DETERMINAÇÃO DO VALOR FAUNÍSTICO DOS BIÓTOPOS (VFB). .........................................................................180 TABELA 53 – HIERARQUIZAÇÃO DO VFB E RESPECTIVA CLASSIFICAÇÃO. ................................................................................181 TABELA 54 – BREVE CARACTERIZAÇÃO DE CADA UNIDADE DE PAISAGEM PRESENTE NA APPSA...............................................187 TABELA 55 – DETERMINAÇÃO DO VALOR CÉNICO-PAISAGÍSTICO (VCP) DAS UNIDADES DE PAISAGEM PRESENTES NA APPSA. .189 TABELA 56 – NÍVEIS DE CLASSIFICAÇÃO DAS UNIDADES DE PAISAGEM.....................................................................................189 TABELA 57 – VALORAÇÃO DAS UNIDADES DE PAISAGEM E RESPECTIVA CLASSIFICAÇÃO. ..........................................................189 Índice de Figuras FIGURA 1 – EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO RESIDENTE NAS FREGUESIAS DA BENFEITA E MOURA DA SERRA, NOS ÚLTIMOS 10 ANOS (FONTE: INE, 2001). ..................................................................................................................................................75 FIGURA 2 – EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO, POR FAIXA ETÁRIA, NAS FREGUESIAS DA BENFEITA E MOURA DA SERRA, NOS ÚLTIMOS 10 ANOS (FONTE: INE, 2001). .........................................................................................................................................76 FIGURA 3 – EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO, POR SECTOR DE ACTIVIDADE, NAS FREGUESIAS DA BENFEITA E MOURA DA SERRA, NOS ÚLTIMOS 10 ANOS (FONTE: INE, 2001)........................................................................................................................76 FIGURA 4 – CARACTERIZAÇÃO DAS FAMÍLIAS, QUANTO À SUA DIMENSÃO, NAS FREGUESIAS DA BENFEITA E MOURA DA SERRA NO ANO DE 2001 (FONTE: INE, 2001)...............................................................................................................................77 FIGURA 5 – CARACTERIZAÇÃO DAS FAMÍLIAS, QUANTO À SUA TIPOLOGIA, NAS FREGUESIAS DA BENFEITA E MOURA DA SERRA NO ANO DE 2001 (FONTE: INE, 2001)...............................................................................................................................78 FIGURA 6 – CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO, QUANTO AO ESTADO CIVIL, NAS FREGUESIAS DA BENFEITA E MOURA DA SERRA NO ANO DE 2001 (FONTE: INE, 2001)...............................................................................................................................78 FIGURA 7 – CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO, QUANTO AO MEIO DE VIDA, NAS FREGUESIAS DA BENFEITA E MOURA DA SERRA NO ANO DE 2001 (FONTE: INE, 2001)...............................................................................................................................79 FIGURA 8 – CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO, QUANTO AO ANALFABETISMO, NAS FREGUESIAS DA BENFEITA E MOURA DA SERRA NO ANO DE 2001 (FONTE: INE, 2001)..........................................................................................................................79 FIGURA 9 – CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO, QUANTO AO NÍVEL DE QUALIFICAÇÃO, NAS FREGUESIAS DA BENFEITA E MOURA DA SERRA NO ANO DE 2001 (FONTE: INE, 2001). .............................................................................................................80 FIGURA 10 – CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO EMPREGADA NAS ACTIVIDADES AGRÍCOLAS, NAS FREGUESIAS DA BENFEITA E MOURA DA SERRA, NO ANO DE 1999 (FONTE: INE, 2001). ...........................................................................................81 FIGURA 11 – NÚMERO DE MARCAÇÕES DE GRUPO E NÚMERO TOTAL DE VISITANTES À MATA DA MARGARAÇA. ............................83 FIGURA 12 – NÚMERO DE VISITANTES DA APPSA. ..................................................................................................................83 FIGURA 13 – ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS PELO ICN, NA APPSA, NOS ANOS DE 1985 A 1995. ..............................................85 FIGURA 14 – ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS PELO ICN, NA APPSA, NOS ANOS DE 1996 A 2006. ..............................................85 FIGURA 15 – EVOLUÇÃO DOS RECURSOS HUMANOS NA APPSA AO LONGO DO TEMPO. .............................................................86 FIGURA 16 – EVOLUÇÃO DOS RECURSOS HUMANOS SEGUNDO A CARREIRA PROFISSIONAL. .......................................................87 FIGURA 17 – ÁREAS PROPOSTAS PARA O ALARGAMENTO DA APPSA. ......................................................................................95 FIGURA 18 – VALORAÇÃO DA VEGETAÇÃO NA APPSA E ÁREAS PROPOSTAS PARA O ALARGAMENTO DA AP................................98 FIGURA 19 – VALORAÇÃO DOS BIÓTOPOS COM IMPORTÂNCIA PARA A FAUNA NA APPSA E ÁREAS PROPOSTAS PARA O ALARGAMENTO DA AP. ................................................................................................................................................99 FIGURA 20 – VALORAÇÃO DAS UNIDADES DE PAISAGEM NA APPSA E ÁREAS PROPOSTAS PARA O ALARGAMENTO DA AP. .........100 FIGURA 21 – USO ACTUAL DO SOLO NA APPSA E ÁREAS PROPOSTAS PARA O ALARGAMENTO DA AP. ......................................101 FIGURA 22 – PESO RELATIVO DE CADA ESTATUTO, UTILIZADO NO CÁLCULO DO VEE (EB – ESTATUTO BIOLÓGICO; EBG – ESTATUTO BIOGEOGRÁFICO; EC – ESTATUTO DE CONSERVAÇÃO; ER – ESTATUTO REGIONAL)....................................149 1ª Fase – Relatório de Caracterização 4 Plano de Ordenamento da APPSA Lista de Abreviaturas A – Especialização Alimentar AA – Unidade de Vegetação/Biótopo Área Agrícola AEa – Biótopo “Aglomerados e Estruturas Artificiais Dispersas” AP – Área Protegida APPSA – Área de Paisagem Protegida da Serra do Açor Berna – Convenção de Berna BRS – Unidade de Vegetação “Bosquetes Residuais de Sobreiro” C – Concentração CCDRC – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro CNF – Unidade de Vegetação “Comunidades Não-Climácicas de Folhosas Autóctones” CRi – Unidade de Vegetação “Comunidades Ripícolas” CRu – Unidade de Vegetação “Comunidades Rupícolas e Prados de Altitude” D – Diversidade DA – Directiva Aves DG – Distribuição Global DH – Directiva Habitats DP – Distribuição em Portugal EB – Estatuto Biológico EBg – Estatuto Biogeográfico EC – Estatuto de Conservação ER – Estatuto Regional FCF – Unidade de Vegetação “Florestas Pré-Climácicas de Folhosas Autóctones” FF – Biótopo “Floresta de Folhosas” FR – Biótopo “Formações Ripícolas e Sistemas Aquáticos Artificiais” G – Unidade de Vegetação “Giestais” GA – Grau de Ameaça GE – Grau de Endemismo GN – Grau de Naturalidade GR – Grau de Raridade H – Especialização em Termos de Habitat Har – Harmonia I – Identidade ICN – Instituto da Conservação da Natureza IDRHa – Instituto de Desenvolvimento Rural e Hidráulica INE – Instituto Nacional de Estatística 1ª Fase – Relatório de Caracterização 5 Plano de Ordenamento da APPSA INMG – Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica Is – Isolamento It – Índice de Termicidade de Rivas-Martinez LV – Livro Vermelho (dos Vertebrados ou da Flora) M – Migração MA – Biótopo “Matos Altos” MAL – Unidade de Vegetação “Matagais Arborescentes de Espécies Lauróides” MB – Biótopo “Matos Baixos” NUT – Nomenclatura de Unidade Territorial O – Biótopo “Olival” P – Unidade de Vegetação /Biótopo “Pinhal” PDM – Plano Director Municipal PO – Plano de Ordenamento PROF PIN – Plano Regional de Ordenamento Florestal do Pinhal Interior Norte PROT-C – Plano Regional de Ordenamento do Território do Centro R – Reprodução Ra – Raridade RAN – Reserva Agrícola Nacional REN – Reserva Ecológica Nacional SAU – Superfície Agrícola Utilizada SIC – Sítio de Interesse Comunitário Sing – Singularidades SNIRH – Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH) U – Unidade de Vegetação/Biótopo “Urzais” UICN – União Internacional para a Conservação da Natureza (Livro Vermelho da UICN) VCC – Valor de Conservação das Comunidades VCH – Valor de Conservação dos Habitats VCP – Valor Cénico-Paisagístico VEE – Valor Ecológico Específico VFB – Valor Faunístico dos Biótopos WRB – World Reference Base for Soil Resources (Base Mundial de Referência para os Recursos dos Solos) 1ª Fase – Relatório de Caracterização 6 Plano de Ordenamento da APPSA INTRODUÇÃO O presente relatório insere-se no âmbito da realização do Plano de Ordenamento (PO) da Área de Paisagem Protegida da Serra do Açor (APPSA) e respectivo Regulamento, definida pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 68/2007, de 17 de Maio, que lhe determina os seguintes quatro objectivos: Assegurar, à luz da experiência e dos conhecimentos científicos adquiridos sobre o património natural desta área, uma correcta estratégia de conservação e gestão que permita a concretização dos objectivos que presidiram à sua classificação como paisagem protegida; Corresponder aos imperativos de conservação dos habitats naturais e das espécies de fauna e flora selvagens protegidas, nos termos do Decreto-Lei n.º 140/99, de 24 de Abril, com a redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 49/2005, de 24 de Fevereiro; Estabelecer propostas de uso e ocupação do solo que promovam a necessária compatibilização entre a protecção e valorização dos recursos naturais e o desenvolvimento das actividades humanas em presença, como são a agricultura, a agro-pecuária, as acções florestais e aquícolas, bem como as actividades culturais, de recreio e turismo, com vista a promover o desenvolvimento económico de forma sustentada, tendo em conta os instrumentos de gestão territorial convergentes na área da paisagem protegida; Determinar, atendendo aos valores em causa, os estatutos de protecção adequados às diferentes áreas, bem como definir as respectivas prioridades de intervenção. Apresentam-se os resultados da primeira fase do processo, correspondente à caracterização da Área Protegida (AP). A metodologia adoptada para a realização deste estudo obedece às normas estabelecidas no Caderno de Encargos para a elaboração de Planos de Ordenamento de Áreas Protegidas, desenvolvido pelo Instituto da Conservação da Natureza (ICN), procedendo-se às adaptações necessárias, no sentido de as adequar às características particulares da AP, nomeadamente uma análise mais aprofundada dos aspectos considerados importantes para a AP. Para a concretização deste trabalho consultou-se a bibliografia disponível sobre a área em estudo, tendo sido, sempre que necessário, complementada com trabalho de campo e levantamento de dados necessários à correcta caracterização do território. A apresentação da informação divide-se em três partes: (A) Caracterização, (B) Cartografia e (C) Anexos, de forma a facilitar a apresentação, leitura e análise dos resultados. Na primeira parte – caracterização, descreve-se o enquadramento da AP nos seus aspectos geográfico, legal, biofísico e paisagístico, patrimonial, cultural e socio-económico, bem como a valoração, com os resultados referentes à avaliação qualitativa e quantitativa dos valores presentes. A esta primeira parte segue-se a cartografia, relativa aos elementos descritos, bem como a referente à valoração por classes de valores, de acordo com uma escala predefinida. Finalmente, nos Anexos apresentam-se as metodologias e os resultados intermédios relativos à análise, descrição e valoração dos parâmetros considerados na caracterização do território. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 7 Plano de Ordenamento da APPSA Cabe ainda referir que, no âmbito deste trabalho, foram realizados estudos considerando uma parcela de território superior aos actuais limites da AP, numa perspectiva de alargamento e reclassificação; contudo, considerando o determinado na RCM anteriormente mencionada, as informações referentes a essa área são integradas neste relatório, num capítulo de referência, onde se mencionam apenas as características mais importantes e mais significativas para a conservação da natureza na referida parcela territorial, e não uma descrição exaustiva de todos os valores presentes. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 8 Plano de Ordenamento da APPSA A. DESCRIÇÃO 1. Enquadramento 1.1. Localização e Descrição Geral A APPSA situa-se, como se pode visualizar nas cartas [1] – enquadramento a nível nacional e [2] – enquadramento a nível regional, no concelho de Arganil, distrito de Coimbra. Administrativamente inserese nas NUT II e NUT III, Região Centro de Portugal Continental e Zona do Pinhal Interior Norte, respectivamente. Os 382ha que a constituem distribuem-se pelas freguesias de Benfeita e de Moura da Serra, com os códigos NUT 10204060104 e 10204060110, respectivamente. Dista, aproximadamente, 25km de Arganil e 80km da cidade de Coimbra (Neves, 2005). O seu território, representado nas cartas militares n.ºs 233 e 244 (de 1998 à escala de 1:25000), é limitado pelo “desvio da estrada florestal na encosta das Eiras, pela linha de água nascente da ribeira da Mata da Margaraça, em direcção a jusante até à confluência da barroca de Degraínhos; desta confluência, segundo a inflexão da linha de água em linha recta na direcção E-W, até ao carreiro que, partindo da povoação de Benfeita, segue a linha de festo da Lombo do Bujo na direcção N-S; pelo referido carreteiro até ao caminho de pé posto que estabelece a ligação entre esse mesmo carreteiro e o ponto de confluência das linhas de água da barroca do Sardal e da barroca do Enxudro; desta última confluência, pela barroca do Enxudro em direcção Sul, até ao marco geodésico, seguindo a estrada florestal na encosta das Eiras” (in Decreto-Lei n.º 67/82, de 3 de Março). Estes limites encontram-se a latitudes máxima e mínima de 40 13’ 33.460’’ N e 40 12’ 15.098’’ N, respectivamente, e a longitudes máxima e mínima de 07 56’ 19.683’’ W e 07 53’ 54.843’’ W, respectivamente, com variações de altitude entre os 400 m e os 1016m (Neves, Direito e Henriques, 2002). A Serra do Açor, no seio da qual se encontra a APPSA, juntamente com a Serra da Estrela e a Serra da Lousã constituem a Cordilheira Central Portuguesa que se situa na unidade do Maciço Ibérico, onde predominam os granitos e os xistos (Lourenço, 1996 cit. por Silveira, 2001). Aflora na APPSA e em grande parte do território da Serra do Açor, o Complexo Xisto-Grauváquico, com mais de 500 milhões de anos, cuja intensa erosão eólica e pluvial confere às montanhas cumes predominantemente arredondados (Lourenço, 1996 cit. por Silveira, 2001; Lourenço, 1996 cit. por Ascensão, 2001/2002). A sua localização geográfica torna a Serra do Açor um espaço de transição entre áreas de clima mediterrânico e zonas de marcada influência atlântica (Ascensão, 2001/2002). O clima sofre influência atlântica nas vertentes expostas a NW, como acontece na Mata da Margaraça, e influência mediterrânica nos vales abrigados e nas encostas viradas a SE (Neves, Direito e Henriques, 2002). Biogeograficamente, esta serra pertence ao Reino Holártico, Região Mediterrânica, encontrando-se dividida por três províncias: Sector Estrelense da Província Carpetano-Ibérico-Leonesa, Subsector Beirense Litoral da Província Gaditano-Onubo-Algarbiense e Superdistrito Zezerense da Província Luso-Extremadurense (Costa et al., 1998). 1ª Fase – Relatório de Caracterização 9 Plano de Ordenamento da APPSA A baixa espessura dos solos na maior parte da APPSA, associada a um revestimento vegetal pobre e aos grandes declives, resulta em cursos de água frequentes mas de regime torrencial, caracterizados por um caudal elevado e períodos de estio prolongados nos meses mais quentes (Silveira, 2001, Rosa, 2004). Integrada na bacia hidrográfica do Mondego, a APPSA inclui várias linhas de água, algumas de carácter permanente e outras de carácter temporário (Ascensão, 2001/2002; Arganil). Em relação aos solos e à vegetação associada, nas vertentes expostas a Sul predominam solos incipientes e de baixa espessura (Litossolos), e surgem as charnecas abundantes de urzes (Erica sp.) e carqueja (Pterospartum tridentatum). As vertentes expostas a Norte são menos afectadas pelo fogo e consequente erosão, possuindo solos mais profundos, mais húmidos e mais ricos em matéria orgânica, favorecendo o desenvolvimento da vegetação. Assim, predominam as comunidades de grandes arbustos, como é o caso das giestas (Cytisus sp.), e até mesmo de manchas ou povoamentos de castanheiro (Castanea sativa) ou de pinheiro-bravo (Pinus pinaster). Desenvolve-se ainda, em alguns vales, a agricultura e a florestação, sobre depósitos fluviais ou sobre socalcos construídos pelo Homem (Silveira, 2001). A diversidade das comunidades vegetais e de habitats da APPSA possibilita a ocorrência de um grande número de espécies animais. Dependentes dos meios hídricos surgem alguns endemismos ibéricos como o lagarto-de-água (Lacerta schreiberi), a salamandra-de-cauda-comprida (Chioglossa lusitanica), a rã-ibérica (Rana iberica) e o tritão-de-ventre-laranja (Triturus boscai). Algumas espécies de mamíferos, como a geneta (Genetta genetta), a doninha (Mustela nivalis), a fuinha (Martes foina) e o texugo (Meles meles), encontram o seu alimento em zonas arborizadas por espécies produtoras de sementes e frutos comestíveis. Podem encontrar-se ainda na APPSA espécies de aves como a coruja-do-nabal (Asio flammeus), a águia-de-asaredonda (Buteo buteo), o açor (Accipiter gentilis) e a coruja-do-mato (Strix aluco), entre muitas outras (Neves, Direito e Henriques, 2002). A Serra do Açor é também o reflexo das consequências do generalizado abandono das áreas montanhosas, com alterações na economia rural tradicional, nas técnicas agrícolas e florestais e na cultura. A recolha de mel, a caça, a pastorícia em regime de transumância, o artesanato e outras actividades tradicionais deram lugar, em muitos casos, à monocultura do pinheiro, cujas consequências ecológicas são bem visíveis ao favorecer a propagação dos incêndios florestais na região (Gonçalves, 1992; Neves, Direito e Henriques, 2002). Na área da APPSA encontram-se dois sítios de especial interesse, a Mata da Margaraça e a Fraga da Pena. A Mata da Margaraça, localizada próximo da povoação de Pardieiros, ocupa cerca de 68ha da vertente NNW (Paiva, 1981) da Serra da Picota (Tenreiro, 2003 cit. por Vergílio, 2005), com cerca de 25º de inclinação, entre os 600-850m de altitude (Paiva, 1981; Neves, 2005). Esta mata destaca-se da paisagem alterada pelos fogos florestais da Serra do Açor por se manter como uma floresta muito antiga de castanheiros (Castanea sativa) e carvalhos (Quercus robur), que coexistem com outras espécies menos abundantes como o azereiro (Prunus lusitanica), o loureiro (Laurus nobilis), o azevinho (Ilex aquifolium), o medronheiro (Arbutus unedo), o 1ª Fase – Relatório de Caracterização 10 Plano de Ordenamento da APPSA folhado (Viburnum tinus), a ginjeira (Prunus cerasus) e a cerejeira (Prunus avium), entre outros (Neves, 1999). No estrato sub-arbustivo predominam a gilbardeira (Ruscus aculeatus), as silvas (Rubus sp.), a madressilva (Lonicera periclimenum), etc. (Paiva, 1981). Os diferentes habitats da Mata da Margaraça permitem o crescimento de comunidades muito diversificadas, nomeadamente de fungos, briófitas e animais que encontram aqui o seu habitat preferencial (Neves, 1999). A Fraga da Pena localiza-se num pequeno desvio da estrada que liga Benfeita a Pardieiros. Resulta de um acidente geológico que origina um conjunto de várias quedas de água ao longo de um curso de água permanente, constituindo um local de grande importância paisagística (Daniel, 1994; Neves, Direito e Henriques, 2002). Apesar do incêndio que ocorreu em 1987, as margens da linha de água conservam ainda alguns exemplares antigos de carvalho-alvarinho (Quercus robur), castanheiro (Castanea sativa), medronheiro (Arbutus unedo), folhado (Viburnum tinus), e ainda o trovisco (Daphne gnidium) e o aderno (Phillyrea latifolia) (Neves, Direito e Henriques, 2002). As condições especiais de abrigo e a elevada humidade atmosférica da Fraga da Pena tornam este local óptimo para o desenvolvimento de várias espécies de briófitos, particularmente de hepáticas, e de pteridófitos como por exemplo Sellaginela denticulata, Asplenium trichomanes e Anograma leptophylla (Silva et al., 1985 cit. por Daniel, 1994). A criação da APPSA teve como principal objectivo a protecção dos valores naturais, culturais, científicos e recreativos aí presentes (Decreto-Lei n.º 67/82, de 3 de Março). Resultou de um longo processo, em que o objectivo central foi a preservação da Mata da Margaraça, cujo carácter de relíquia da floresta de vegetação primitiva nas encostas xistosas e a presença de um elevado número de espécies e habitats com interesse cientifico e para a conservação da natureza, fez que o valor desta fosse reconhecido no âmbito nacional e internacional (Neves, 2005). Sem prejuízo do disposto no Artigo 3.º, do Decreto-Lei n.º 19/93, de 23 de Janeiro, são ainda objectivos da AP a protecção de espécies vegetais e animais que apresentem características peculiares, pela sua raridade e/ou valor científico, e os seus habitats naturais; a preservação da AP como local importante para o conhecimento da evolução da floresta portuguesa e dos processos ecológicos inerentes ao seu equilíbrio e para o estudo da vida selvagem; a protecção das paisagens que, pela sua harmonia, apresentam interesse estético digno de protecção; e a promoção do desenvolvimento sustentado da região, valorizando a interacção entre as componentes ambientais naturais e humanas, melhorando a qualidade de vida das populações (Neves, 2005). 1.2. Situação Legal A APPSA foi criada, em 1982, pelo Decreto-Lei n.º 67/82, de 3 de Março, que define os seus limites e procura salvaguardar os seus valores naturais, culturais, científicos e recreativos. De acordo com o referido diploma, a AP apresenta o seguinte zonamento: a Reserva Natural Parcial da Mata da Margaraça, por constituir uma das raras relíquias de vegetação natural das encostas xistosas do centro de Portugal; e a Reserva de Recreio da Fraga da Pena, por constituir uma “raridade paisagística pelos valores naturais em presença, como sejam quedas de água (...) e a vegetação natural que a margina, formando no 1ª Fase – Relatório de Caracterização 11 Plano de Ordenamento da APPSA seu conjunto um local de potencial valor recreativo e científico” (Decreto-Lei n.º 67/82, de 3 de Março). A Mata da Margaraça passou ainda a integrar, em 1991, a Rede de Reservas Biogenéticas do Conselho da Europa1 (Neves, 2005). Ao abrigo da Decisão da Comissão das Comunidades Europeias, de 19 de Julho, notificada com o número C(2006) 3261 e publicada no Jornal Oficial da União Europeia, de 21 de Setembro de 2006, a APPSA integra o Sítio de Interesse Comunitário (SIC) “Complexo do Açor, PTCON0051”, que integra a Rede Natura 2000, abrangendo ainda a Mata e Afloramentos do Fajão e os cumes de S. Pedro do Açor e da Cebola, devido à sua importância para a conservação de diversos habitats e espécies ameaçadas a nível do território europeu. O processo de classificação desta área como SIC da Rede Natura 2000 decorre da transposição da Directiva Europeia 92/43/CEE (Directiva Habitats) para o direito interno pelo Decreto-Lei n.º 140/99, de 24 de Abril, posteriormente alterado pelo Decreto-Lei n.º 49/2005, de 24 de Fevereiro, no seguimento da qual foi também elaborado o Plano Sectorial da Rede Natura 2000. Os limites definidos por estatutos de protecção encontram-se cartografados na carta [3] – estatutos de protecção e outros estatutos legais. Na APPSA registam-se limitações ao uso do território decorrentes da vigência de direitos de usufruto e cadastro, licenças e acordos. Na carta [4] – cadastro e direitos de uso, cartografam-se os Perímetros Florestais e as áreas de Baldios, que ocupam, respectivamente, cerca de 16,8% e 5,38% do território da APPSA e a área da Mata da Margaraça que é Domínio Privado do Estado. Apresentam, ainda, condicionantes à utilização do território, as áreas que constituem Reserva Agrícola Nacional (RAN) e Reserva Ecológica Nacional (REN). A RAN é regulamentada pelo Decreto-Lei n.º 196/89, de 14 de Junho, que foi posteriormente alterado pelo Decreto-Lei n.º 274/92, de 12 de Dezembro. As áreas da APPSA abrangidas por esta restrição de utilidade pública incluem, essencialmente, as áreas dos vales com aptidão para a prática da agricultura. No caso da APPSA, essas áreas localizam-se ao longo do vale da Ribeira da Mata e ao longo dos vales das Barrocas do Enxudro e de Degraínhos. A REN foi regulamentada pelo Decreto-Lei n.º 93/90, de 19 de Março, tendo sofrido posteriormente diversas alterações. A sua redacção actual encontra-se republicada no Anexo de republicação que faz parte integrante do Decreto-Lei n.º 180/2006, de 6 de Setembro, que altera o primeiro e actualiza remissões para legislação entretanto revogada. A quase totalidade da AP encontra-se integrada na REN, sendo a maior parte do território classificada como área sujeita a risco de erosão. São abrangidas outras áreas, nomeadamente cabeceiras de linhas de água e zonas ameaçadas por cheias. As áreas que não estão sujeitas ao regime da REN, correspondem a áreas urbanas ou áreas ocupadas por matos ou pinhal. 1 Esta Rede foi instituída, desde 1976, pelo Conselho da Europa, com os objectivos de garantir o equilíbrio biológico, e consequentemente a conservação, o potencial, a diversidade genética e a representatividade dos diversos tipos de habitat, biocenoses e ecossistemas; e de os colocar à disposição da pesquisa biológica, a fim de melhor se definirem as intervenções ecológicas, permitir a implementação de planos científicos para a protecção e a gestão adequadas dos ecossistemas, permitir a informação e a formação dos especialistas e permitir, na medida do possível, a informação e a formação do público (Lopez, 1991). 1ª Fase – Relatório de Caracterização 12 Plano de Ordenamento da APPSA 1.3. Instrumentos de Ordenamento e Gestão Territorial Não existindo, até à data, nenhum Plano Especial de Ordenamento ou de Gestão para a APPSA ou para o SIC “Complexo do Açor”, este PO procura definir regras de utilização e ocupação do espaço na AP, com vista à Conservação da Natureza, numa base de sustentabilidade, segundo o estabelecido na Lei de Bases do Ordenamento do Território (Lei n.º 48/98, de 11 de Agosto). O PO da APPSA é enquadrado pelo Decreto-Lei n.º 19/93, de 23 de Janeiro, que estabelece os novos critérios para a classificação das Áreas Protegidas Nacionais e pelo Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, com a nova redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 310/2003, de 10 de Dezembro, que regulamenta a Lei de Bases do Ordenamento do Território (Lei n.º 48/98, de 11 de Agosto). A paisagem protegida deverá dispor, obrigatoriamente, de um plano de ordenamento e respectivo regulamento, pelo ponto 1, do Art. 28.º, do Decreto-Lei n.º 19/93, de 23 de Janeiro. O PO da APPSA é um Plano Especial de Ordenamento do Território (nos termos do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, com a nova redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 310/2003, de 10 de Dezembro – ponto 2c, do Art. 2.º), que visa estabelecer “usos preferenciais, condicionados e interditos, determinados por critérios de conservação da natureza e da biodiversidade, por forma a compatibilizá-la com a fruição pelas populações” (Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, com a nova redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 310/2003, de 10 de Dezembro – ponto 3c, do Art. 12.º), numa perspectiva de utilização sustentável do território. O PO da APPSA, enquanto instrumento de gestão territorial, traduz um compromisso recíproco de compatibilização com os instrumentos de gestão territorial de âmbito nacional com incidência na AP, pelo que deverão ser tidos em consideração na elaboração do PO: Planos Sectoriais de Ordenamento do Território De entre os Planos Sectoriais que devem ser considerados no presente PO, por terem aplicação na área da APPSA, nomeadamente o Plano de Bacia Hidrográfica do Mondego (Decreto Regulamentar n.º 9/2002, de 1 de Março) e o Plano Regional de Ordenamento Florestal (Decreto-Regulamentar n.º 9/2006, de 19 de Julho). Por serem planos sectoriais com incidência no território, vinculam as entidades públicas, de acordo com o ponto 1 do Art. 3.º do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, com a nova redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 310/2003, de 10 de Dezembro. Ainda que não esteja publicado, deverá ser considerado o Plano Sectorial para a Rede Natura 2000, cuja elaboração foi atribuída ao ICN, pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 66/2001, de 6 de Junho. Este Plano estabelecerá, entre outros, o regime de salvaguarda dos recursos e valores naturais dos locais integrados no processo de Rede Natura 2000, fixando os usos e o regime de gestão compatíveis com a utilização sustentável do território; estabelecer directrizes para o zonamento das áreas em função das respectivas características e prioridades de conservação; e orientações sobre a inserção em plano especial de ordenamento do território de medidas e restrições. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 13 Plano de Ordenamento da APPSA O Plano de Bacia Hidrográfica do Mondego foi aprovado pelo Decreto Regulamentar n.º 9/2002, de 1 de Março, procura “apresentar um diagnóstico da situação existente (…), definir os objectivos ambientais de curto, médio e longo prazos, (…) tendo em vista a prossecução de uma política coerente, eficaz e consequente de recursos hídricos (…)”. Este Plano enquadra as instituições com atribuições na área dos recursos hídricos, no Capítulo 7 da Parte I do referido Decreto Regulamentar. No Capítulo 2 da Parte III encontram-se os diversos objectivos estratégicos para a bacia estabelecidos pelo Plano, dos quais se destaca, dentro do ponto c), para a conservação da natureza, “Promover a preservação e ou a recuperação de troços de especial interesse ambiental e paisagístico, das espécies e habitats protegidos pela legislação nacional e comunitária, e nomeadamente das áreas classificadas, galerias ripícolas e do estuário”. O Plano Regional de Ordenamento Florestal do Pinhal Interior Norte (PROF PIN) foi aprovado pelo Decreto-Regulamentar n.º 9/2006, de 19 de Julho, que constitui o “contributo do sector florestal para os outros instrumentos de gestão territorial, (…) no que respeita especificamente à ocupação, uso e transformação do solo nos espaços florestais”, explicitando “as práticas de gestão a aplicar aos espaços florestais”, “no sentido de aumentar a sua diversidade, garantindo, de modo sustentável, o seu equilíbrio multifuncional” (in Decreto-Regulamentar n.º 9/2006, de 19 de Julho). São vinculadas directamente todas as entidades públicas e são enquadrados todos os projectos e acções a desenvolver nos espaços florestais públicos e privados, de acordo com o Art. 6.º do Decreto-Regulamentar. Neste Plano Regional, a APPSA encontra-se abrangida pela sub-região homogénea Lousã e Açor, para a qual são definidos os objectivos específicos referidos no Art. 16.º do Decreto-Regulamentar, além dos objectivos específicos referidos no Art. 12.º do mesmo Decreto. Desses objectivos específicos destacam-se dois: “iv) Controlar os impactes dos visitantes sobre as áreas de conservação, com especial incidência na Mata da Margaraça” e “Adequar a gestão dos espaços florestais às necessidades de conservação dos habitats, de fauna e da flora classificados”. No ponto 1-a) do Art. 26.º do Decreto-Regulamentar são definidos os espaços onde são aplicadas normas de intervenção generalizada na sub-região Lousã e Açor; e, no ponto 1-b), do mesmo artigo, são definidos os espaços onde serão aplicadas normas de intervenção específica, entre os quais se destacam “ii) Espaços florestais com função de conservação de habitats classificados, a oeste da Serra da Lousã e nos complexos do Açor (áreas classificadas)” e “iii) Espaços florestais com função de conservação de recursos genéticos, na Mata da Margaraça e em particular ao longo das linhas de água que representam potencial para manutenção e fomento de corredores ecológicos”. Planos Regionais de Ordenamento do Território Refere-se que se encontra em elaboração o Plano Regional de Ordenamento do Território da Região Centro (PROT-C), pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 31/2006, de 23 de Março, no qual é abrangido o concelho de Arganil e cuja elaboração é da responsabilidade da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro. Para além dos objectivos estabelecidos no art. 52.º, do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, com a nova redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 310/2003, de 10 de 1ª Fase – Relatório de Caracterização 14 Plano de Ordenamento da APPSA Dezembro, o PROT-C estabelece os objectivos definidos no ponto 2 da referida Resolução do Conselho de Ministros n.º 31/2006, de 23 de Março. Por ser um plano regional, vinculará as entidades públicas, de acordo com o ponto 1 do Art. 3.º do DecretoLei n.º 380/99, de 22 de Setembro, com a nova redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 310/2003, de 10 de Dezembro. Planos Municipais de Ordenamento do Território Será, ainda, incorporada informação constante de um instrumento de gestão territorial de âmbito municipal com incidência na APPSA – o Plano Director Municipal de Arganil, ratificado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 143/95, de 21 de Novembro, e que se encontra presentemente em processo de revisão. De acordo com a referida Resolução do Conselho de Ministros, a APPSA encontra-se classificada como Área Natural (Secção IV do Capítulo III da Resolução do Conselho de Ministros n.º 143/95, de 21 de Novembro). O PDM de Arganil, de acordo com o ponto 2 do Art. 3.º do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, com a nova redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 310/2003, de 10 de Dezembro, vincula as entidades públicas e ainda directa e imediatamente os particulares. 2. Caracterização Física 2.1. Geologia Litologia A Serra do Açor faz parte do Maciço Antigo ou Hespérico, fragmento mais contínuo do soco hercínico da Europa de acordo com Ribeiro et al. (1979), que ocupa a parte ocidental e central da Península Ibérica. Segundo Thadeu (1965), este território é constituído por formações de rochas ante-mesozóicas, onde predominam rochas granitóides e xistentas, estando cobertas, em determinados locais por pequenos retalhos de formações continentais, bastante mais recentes. Ao nível da estratigrafia, segundo Ribeiro (1979), a Zona Centro-Ibérica apresenta uma discordância do quartzito armoricano (Arenigiano) sobre uma sequência de tipo Flysch2 (Câmbrico e Pré-Câmbrico Superior), denominada Complexo Xisto-Grauváquico. A Serra do Açor, situada no sopé noroeste da cordilheira central, é composta por várias formações, onde se destaca claramente o Complexo Xisto-Grauváquico, constituído principalmente por rochas xistentas, intercaladas por grauvaques. O complexo acima referido, segundo Teixeira (1981), consiste numa unidade estratigráfica constituída principalmente por uma série monótona de xistos e grauvaques, alternantes, segundo dispositivo de tipo “flysch”, cuja espessura atinge talvez mais de 2000m. As rochas metamórficas do Complexo Xisto2 Facie sedimentar de ambiente marinho, associada a correntes turbidíticas que fluem ao longo de canhões submarinos, responsáveis pela deposição alternada de sedimentos finos e grossos, normalmente argilas e arenitos, nos fundos marinhos. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 15 Plano de Ordenamento da APPSA Grauváquico resultaram de um processo de metamorfismo regional sobre os depósitos sedimentares do tipo “flysch”, após estes terem sofrido subducção e terem atingido profundidades, a que correspondem certas condições de pressão e temperatura necessárias ao processo de metamorfismo. A idade deste complexo ainda não foi totalmente determinada devido à quase inexistência de fósseis, podendo afirmar-se com segurança que será ante-Ordovícico. Vários autores têm vindo a atribuir diferentes idades, Teixeira (1981) atribuiu ao Hispaniano (Prêcambrico Superior) e Ribeiro et al. (1979) atribuiu ao Câmbrico e ou Precâmbrico Superior, na Zona Centro Ibérica. Mais recentemente, Pereira et al. (1983) e Sousa (1984) atribuíram-lhe idade Precâmbrica Superior, tendo-se o último baseado em três discordâncias. Em primeiro lugar, na nítida discordância de Ordovícico sobre o Complexo Xisto-Grauváquico na Zona Centro-Ibérica; depois, na discordância do Ordovícico sobre a “Formação dos Amarelos” (vulcanosedimentar) (Pereira, 1983) no limite da Zona Centro-Ibérica – Zona Ossa Morena; finalmente, na discordância da “Formação Intercalar” (idade câmbrica) sobre o Complexo Xisto-Grauváquico infrajacente. A região em estudo é na sua totalidade abrangida pelo Complexo Xisto-Grauváquico, outrora também designado de “Formação Xistosa das Beiras” (Delgado, 1908 cit. por Gonçalves, 1992), “Xisto das Beiras” (Schermerhorn, 1955 cit. por Gonçalves, 1992), “Xistos Argilosos das Beiras” (Fleury, in Thadeu, 1951 cit. por Gonçalves, 1992), “Complexo Xisto-Grauváquico Ante-Ordovícico” (Costa, 1950 cit. por Gonçalves, 1992 e Teixeira, 1955 cit. por Gonçalves, 1992) e “Hispaniano” (Teixeira, 1979 cit. por Gonçalves, 1992). Na área em estudo, de acordo com a Carta Geológica de Portugal (1992), aflora apenas uma unidade litoestratigráfica do Super Grupo do Douro-Beiras (Complexo Xisto-Grauváquico), a formação do Rosmaninhal (turbiditos finos e conglomerados) com idade compreendida entre o Câmbrico Inferior e o Câmbrico Médio. A partir das observações de campo, na região em estudo apenas afloram filitos, uma rocha metamórfica de grão muito fino e de superfície macia, formada em condições de baixo grau de metamorfismo, situada entre o gradiente de metamorfismo da ardósia e do micaxisto. Os filitos apresentam diferentes tonalidades, estratificação fina, xistosidade bem evidente e superfície por vezes alterada. Os minerais essenciais como o quartzo, a sericite, a mica e a clorite, estão na base da sua constituição, podendo constar como minerais acessórios, a albite, a apatite, a turmalina, a pirite, a magnetite, a hematite, a ilminite e a grafite. No interior das camadas de filitos ocorrem esporadicamente bolsadas de quartzo branco leitoso, sem qualquer expressão cartográfica. Tectónica Ao nível da tectónica, segundo Ribeiro (1984), a Zona Centro Ibérica, região onde se insere a Serra do Açor, constitui a ossatura do orógeno Varisco Ibérico, entre um ramo NE, com vergência predominante para NE, e um ramo SW, com vergência predominante para SW. De acordo com Lourenço (1996), a formação das Serras de Xisto do Centro de Portugal, das quais faz parte a Serra do Açor, ficou a dever-se essencialmente à actuação das forças tectónicas, através de sucessivas 1ª Fase – Relatório de Caracterização 16 Plano de Ordenamento da APPSA orogenias, cujas marcas se encontram mais ou menos gravadas na paisagem, conforme a importância de que se revestiram e consoante o tempo em que se fizeram sentir. No estudo das montanhas do Norte e Centro Beira, Ferreira (1978) situou as diferentes fases orogénicas do tempo e relacionou-as com as grandes linhas de deformação por ela produzidas, trabalho esse que veio a ser continuado mais recentemente por Pereira (1987). Segundo os autores acima referidos, a nítida discordância entre o Complexo Xisto-Grauváquico e as formações do Ordovícico confirma a hipótese de que o complexo já tinha sido dobrado e erosionado antes da deposição das formações. Segundo Perdigão (1971), denota-se uma forte influência da orogénese hercínica sobre o Complexo XistoGrauváquico, responsável pelos grandes alinhamentos do relevo actual, da qual resultou uma orientação geral das camadas situada próximo dos N60ºW, oscilando no Ordovício pelos N20º/60ºW e, de acordo com Pereira (1987), facilmente se reconhece, em pormenor, três fases principais de deformação. Ainda de acordo com Pereira (1987), a deformação hercínica afectou de forma heterogénea o Complexo Xisto-Grauváquico, um conjunto metassedimentar suavemente estruturado e deformado, identificando áreas onde esta foi mais intensa. Além disso, verificou que em alguns sectores, a deformação varisca mais importante foi coaxial para com a deformação ante-hercínica, tendo acentuado o dobramento. No entanto, noutros sectores, esta rodou os dobramentos anteriores, não se apresentando com a mesma orientação do eixo da deformação antehercínica. O mesmo autor menciona que depois da deformação hercínica mais importante, se formaram corredores onde a deformação foi mais intensa e onde ficaram impressas as deformações secundárias, tendo interpretado estas como fases tardias com carácter cisalhante e dependentes da rotação das tensões principais. A partir destas conclusões, Pereira (1987) identificou três sistemas principais de fracturação, idealmente concebido como um sistema Riedel, correspondentes a cada uma das três fases de deformação hercínica. Numa primeira fase, as tensões principais estariam alinhadas segundo uma direcção média N35ºE, tendo a deformação redobrado a anterior de direcção geral NE-SW. Nesta primeira fase, a orientação do dobramento terá ficado com direcção geral N55ºW. Seguidamente, a possível presença de profundas zonas de fraqueza com orientação N80ºW terão favorecido uma deformação semidúctil, cisalhante com a mesma orientação. Tendo por base o modelo de Riedel, Pereira (1987) definiu as direcções de R e R’, respectivamente, N65’-70’E esquerdas e N5ºE direitas, e outras fracturas, do tipo P e X, respectivamente, N85ºW esquerdas e N25ºW direitas, as fracturas de tracção, T com direcção N35ºE. O predomínio dos sistemas de fracturas N65ºE, esquerdas e N10ºW, direitas, segundo Pereira (1987) terá modificado rotacionalmente a deformação associada à direcção N55ºW, que marca o dobramento da primeira fase para direcções N40ºW e N70ºW. Na segunda fase de dobramento, as direcções da fracturação passaram a ser N10ºW, direita e N65ºE, esquerda e a de tracção N 50ºE e N20ºE. Por último, Pereira (1987) menciona que a terceira fase de deformação hercínica com direcção N20ºW terá terminado com uma compartimentação em blocos com direcção N60º-70ºW, tendo sofrido uma movimentação diferencial esquerda, ligeiramente oblíqua à direcção da estratificação e com uma componente de cavalgamento. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 17 Plano de Ordenamento da APPSA De acordo com Cabral e Ribeiro (1989), nos seus estudos de Neotectónica, os acidentes antigos foram reactivados durante o Neogénico e o Quaternário e soergueram a Cordilheira Central, através de falhas inversas, de orientação NE-SW a ENE-WSW. Mais tarde, Lourenço (1996) vem confirmar esta hipótese para as Serras de Xisto do Centro de Portugal, considerando o rejogo quaternário indubitável, bem como o levantamento de blocos, feito principalmente ao longo destas direcções, que são confirmadas pelo alinhamento dos vales e o recente encaixe da rede de drenagem; contudo, o autor referido assinala a dificuldade em estabelecer com precisão a importância da componente vertical e da componente horizontal nos vários acidentes geológicos presentes na região. As observações de campo coadjuvadas com a interpretação de ortofotomapas permitiram marcar na área de estudo, as fracturas do terreno, as falhas visíveis e as falhas prováveis. No entanto, tal como Lourenço (1996) havia confirmado no estudo das Serras de Xisto do Centro de Portugal, as falhas não são de fácil identificação, uma vez que existe homogeneidade da litologia, e por outro lado, a erosão da superfície ocultou, na maioria dos casos, as evidências da sua presença. Desse modo, apenas nas zonas onde existe ruptura repentina de altitude, normalmente associadas a escarpas de falha, se torna acessível a sua identificação, das quais são exemplo, as sucessivas quedas de água da Fraga da Pena, discutidas com maior detalhe no estudo da geomorfologia. Estes elementos, relativos à litologia e tectónica, encontram-se cartografados na carta [6] – carta geológica simplificada. Valoração da Geologia Considerando que se regista uma clara homogeneidade da litologia, dominada pela presença de filitos, a construção da carta de valores geológicos não se efectuou. A construção desta carta levaria à existência de apenas uma unidade, à qual seria atribuído um único valor de conservação, igual para toda a área. Desse modo, esta carta (carta [23] – valores geológicos) não iria contribuir para a diferenciação das unidades mais importantes, pelo que não se apresenta no capítulo relativo à cartografia. Modelo Digital de Terreno O modelo digital de terreno para a APPSA (carta [7] – modelo digital de terreno e limites da área) foi construído com base na digitalização da totalidade das curvas de nível, a partir das Cartas Militares n.º 233 e 244 à escala 1:25 000, e permitiu a individualização, a três dimensões, dos modelos de exposição, declives e altimetria. Exposição A orientação das vertentes e a respectiva exposição varia ao longo de todo o território. A vertente da Lomba da Picota que segue ao longo da Ribeira da Mata da Margaraça começa com uma orientação aproximada EW e exposição para Norte, junto à Relva Velha, passando depois a estar orientada segundo a direcção NWSE com exposição para NE. Posteriormente, a orientação assume a direcção N-S com exposição para E, e por último, a vertente segue uma orientação próxima de E-W com exposição para Norte. Ao longo da Barroca 1ª Fase – Relatório de Caracterização 18 Plano de Ordenamento da APPSA de Degrainhos pendem duas vertentes, que assumem uma mesma direcção, aproximadamente N-S, e exposições opostas, Oeste e Este. Contudo, o percurso da Barroca dos Degrainhos não é rectilíneo, o que altera em pequenos troços, a orientação das vertentes que a acompanham e a respectiva exposição. A vertente situada no interior da APPSA, que acompanha a Barroca do Enxudro, possui uma direcção aproximada NW-SE com exposição para SW. Declives Na elaboração do modelo dos declives, optou-se por agrupá-los em 5 classes, o que permite uma classificação adequada do relevo, na qual se distinguem áreas planas (0 a 5%) e áreas de vertente (5% a 100%). As últimas são classificadas em suaves (5 a 15%), moderadas (15 a 30%), acentuadas (30 a 80%) e íngremes ou verticais (80 a 100%). No território da APPSA, as vertentes apresentam, na sua maioria, declives entre os 15 e os 30%, sendo por isso classificadas como moderadas. No entanto, ao longo de uma mesma vertente, o declive não mantêm o mesmo valor, o que leva à ocorrência no território, de pequenas manchas em que a vertente passa a suave (5 a 15%), ou pelo contrário, a acentuada (30 a 80%), e em casos pontuais, a íngreme ou vertical (80 a 100%). As áreas planas aparecem associadas às linhas de água, ao longo das linhas de cumeada e às áreas de socalcos agrícolas junto às povoações. As manchas em que as vertentes assumem um declive acentuado ocorrem de forma concentrada a Noroeste da APPSA ou ao longo das vertentes, nas zonas mais próximas da base. As manchas respeitantes às vertentes de declive íngreme ou vertical são muito pequenas e ocorrem esporadicamente. Altimetria A delimitação da APPSA a Sudeste segue ao longo da linha de cumeada, caracterizada pelas altitudes mais elevadas, superiores a 900m, passando pelo ponto mais alto, o Cabeço da Picota (1016m). De um modo geral, analisando a variação da altitude no interior da APPSA, assinala-se uma diminuição progressiva de Sudeste para Noroeste, descendo dos 1.016m até bem próximo dos 300m. Além desta variação diagonal com direcção NW-SE, do Cabeço da Picota até bem próximo da Fraga da Pena, descreve-se uma lomba com o nome da primeira, em que se assinala um decréscimo suave da altitude, descendo dos 1.016m até aos 650m, a partir da qual se descrevem duas encostas. Ambas são caracterizadas por uma diminuição acentuada da altitude, em sentidos contrários, segundo a mesma direcção, de orientação aproximada NESW. A encosta que se descreve para Nordeste termina num vale em “v”, onde escoa a Ribeira da Mata da Margaraça. A partir da Barroca de Degrainhos, com orientação aproximada N-S situada num vale em “v”, nascem duas encostas, caracterizadas por um aumento gradual da altitude, em sentidos opostos, segundo a mesma direcção, de orientação W-E, passando dos 300m até bem próximo dos 500m. Geomorfologia Segundo Carvalho (1984), a Cordilheira Central, da qual faz parte a Serra do Açor, apresenta um relevo acidentado que fica a dever-se, em grande parte, a deformações do soco varisco e em menor escala, a 1ª Fase – Relatório de Caracterização 19 Plano de Ordenamento da APPSA aspectos litológico-estruturais. O mesmo autor refere que os aspectos litológicos exercem influência sobretudo nos alinhamentos dos relevos com a orientação geral da cadeia hercínica, enquanto que as deformações do soco, provocadas durante a orogenia alpina, são essencialmente cisalhantes e foram seguidas de desnivelamento ou desligamento dos blocos. Ainda de acordo com o mesmo autor, a formação de horsts e grabens com o desnivelamento dos blocos, resultou da presença de duas grandes famílias de fracturas do soco, do final do Paleozóico, que estão relacionadas com deformações tardi-hercínicas e que rejogaram no ciclo alpino. De acordo com Ribeiro (1988), “a Cordilheira Central apresenta-se como um horst compressivo, orientado subparalelamente à Cordilheira Bética, delimitado por acidentes paralelos que provocaram o cavalgamento do Soco sobre a Cobertura Cenozóica, tanto a NNW como a SSE”. O mesmo autor refere que “o Soco terá sido reactivado durante a compressão Miocénica Quaternária, através de acidentes frágeis, de orientação bética, por rejogo de antigos desligamentos tardi-variscos com aquela orientação”. De uma maneira geral, tal como Lourenço (1996) afirma3, a orientação das formas de relevo é segundo a direcção NE-SW. O mesmo autor estabelece três grandes conjuntos de relevo, entre os quais as Serras Setentrionais, que no seu sector oriental inclui a Serra do Açor, sector este que evidencia um aproveitamento das fracturas pela rede de drenagem e uma distribuição espacial dos desníveis máximos por km2 particularmente acentuada, classes de média a alta altitude. As propriedades e constituição dos filitos são muito semelhantes às dos xistos, apresentando desse modo comportamentos análogos, o que permite considerar como válidas, as considerações feitas ao longo do estudo da geomorfologia. Ainda segundo Lourenço (1996), “no que respeita aos relevos culminantes, estes apresentam normalmente formas adoçadas, que, como descrevemos, se desenvolvem por uma série de picotos e cabeços, ligados entre si através de superfícies aplanadas ou separados uns dos outros por suaves seladas, formando cordilheiras, mais ou menos paralelas, que no conjunto, constituem o típico relevo rendilhado das serras. Por se tratarem de xistos, materiais essencialmente friáveis, os picos não são pontiagudos como dentes de serra, mas pelo contrário, apresentam formas arredondadas. As vertentes apresentam, frequentemente, formas suaves características, as lombas, muitas vezes registadas na toponímia, e em cuja base se desenvolvem barrocas(os), as quais se organizam em ribeiras(os) e rios”. Lourenço (1996) considera também que, provavelmente, os maiores contrastes altitudinais observados ao longo da Cordilheira terão resultado da movimentação tectónica dos diferentes blocos, enquanto que as diferenças de pormenor estarão associadas a mudanças de litologia. Noutras situações, como o Picoto de Monte Redondo ou o Cabeço de Vermum, aponta como explicação o endurecimento do xisto resultante das injecções de quartzo de exsudação. Refere também que, nas Serras de Xisto do Centro de Portugal, as alternâncias entre os diversos tipos de xistos ou as mudanças bruscas na composição mineralógica dos 3 No seu estudo das Serras de Xisto do Centro de Portugal. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 20 Plano de Ordenamento da APPSA xistos, tais como a passagem de argilosos a quartzo-gresosos, podem originar pequenas cristas que se destacam na paisagem, por oferecerem, em função da sua dureza, maior resistência à actuação dos factores erosivos. Por vezes, de acordo com o autor mencionado, formam-se apenas pequenas saliências com aspecto aguçado, muito localizadas, denominadas “dentes de cão” por Gómez-Amelia (1985, cit. por Lourenço, 1996). Por outro lado, Daveau et col. (1985/86) explica a formação da morfologia especial das altas vertentes, caracterizadas por uma grande imunidade das cumeadas, como resultado da disposição estrutural dos xistos, marcados geralmente por uma estratificação e xistosidade próxima da vertical. Juntamente com Cunha (1992) coloca a hipótese de algumas das estreitas superfícies culminantes poderem ser o testemunho soerguido de um antigo aplanamento, que pela sua posição de interflúvio e pela imunidade já referida, provavelmente terão sofrido erosão essencialmente laminar com abaixamento muito lento paralelo à superfície primitiva, conservando assim a forma inicial. De um modo geral, actualmente, as vertentes xistentas têm sofrido uma evolução rápida. Os incêndios florestais, os desabamentos e deslizamentos, dos quais resultam movimentos de massa e os ravinamentos que se desenvolvem na sequência da movimentação individual de partículas, são os principais processos envolvidos. Genericamente, a rede de drenagem adapta-se facilmente às grandes falhas que marginam as vertentes SE, e, pelo contrário, raramente explora as das vertentes NW (Lourenço, 1996). Segundo Daveau et col. (1985/86), a primeira fase orogénica, que presumivelmente se seguiu ao grande aplanamento, implicou a reorganização da rede de drenagem, pelo que terá sido a principal responsável pela disposição do relevo e da rede de drenagem da extremidade ocidental da Cordilheira Central. O mesmo autor refere que, no entanto, a evolução posterior lhe terá introduzido um certo número de modificações, facilmente reconhecíveis nas vertentes SE da área montanhosa. Lourenço (1996) explica este facto como “resultado da maior compressão a NW, onde a surreição terá sido mais importante do que a SE, proporcionando não só maiores declives às vertentes, mas também depósitos de sopé mais espessos. Como consequência, as falhas terão sido fossilizadas durante mais tempo, permitindo uma evolução da drenagem sobretudo ao longo das vertentes, logo, perpendicular à direcção da falha, contrariamente o que sucede a SE. Aqui, a existência de menores declives terá possibilitado o desenvolvimento dos depósitos mais extensos, mas menos espessos, bem como a implantação de uma rede de drenagem mais homogénea, a qual não se limita a explorar os acidentes mais frescos, de orientação meridiana, mas também ataca os que, transversalmente, soergueram a montanha”. Por outro lado, na zona em estudo, o filito é o tipo de rocha claramente dominante, e de acordo com Ribeiro (1996), a xistosidade acentuada, característica evidente nestas rochas, pode eventualmente influenciar a orientação da rede de drenagem e em alguns casos, a orientação do relevo. Nas situações em que os vales são abertos perpendicularmente à xistosidade (bords) ou quando lhe são paralelos (walls), apresentam 1ª Fase – Relatório de Caracterização 21 Plano de Ordenamento da APPSA evolução e, consequentemente, formas diferentes, principalmente a nível dos vales onde correm canais de ordem inferior, uma vez que à medida que evoluem para ordens superiores, tendem para um perfil simétrico, em forma de “v” (Voisin, 1981 cit. por Lourenço, 1996). Este autor também menciona que quando as vertentes do vale se apresentam em walls, paralelas à xistosidade, a sua forma vai depender, fundamentalmente, do pendor da xistosidade, a qual condicionará o formato do vale. Ainda Voison (1981) refere que no caso dos vales de canais elementares com vertentes em bords, perpendiculares à xistosidade, a sua forma resultará da justaposição irregular de secções, resultantes de fissuras curtas e descontínuas, as quais originam vertentes abruptas e rugosas, ladeando vales que, normalmente são estreitos e simétricos. Lourenço (1996) afirma que “um dos aspectos mais salientes da adaptação da drenagem às deformações tectónicas recentes resulta do carácter rectilíneo imposto aos pequenos vales que seguem fracturas de direcção meridiana, e que, além disso, apresentam vertentes perfeitamente simétricas”. Este autor, bem como Daveau et col. (1985/86), descreve mais duas particularidades, que os vales e valeiros de orientação meridiana possuem em comum, designadamente a direcção e sentido do escoamento, que se processa normalmente de Norte para Sul e o término destes vales, normalmente de encontro a um grande acidente tectónico de direcção NE-SW ou WNW-ESSE ou a sua confluência para um vale com a mesma orientação. Lourenço (1996) justifica o escoamento para Sul destes vales e valeiros como resultado de um “recente rejogo tectónico, traduzido pelo ligeiro basculamento dos blocos para o quadrante Sul”. Próximo da região em estudo, encontra-se um excelente exemplo de um vale de vertentes simétricas que segue ao longo de fracturas de direcção meridiana, nomeadamente o vale por onde escoa a Ribeira da Mourísia, e no interior da área da APPSA encontra-se outro exemplo menos evidente, a ribeira da Mata da Margaraça, que descreve grande parte do seu percurso ao longo de vales de fractura com direcção NW-SE. Por outro lado, para além dos vales de fractura acima descritos surgem os vales de vertentes dissimétricas, que se distinguem completamente dos anteriores, quer pelas formas, quer pela origem. Lourenço (1996) explica a diferença de declives entre as vertentes do mesmo vale como resultado de dois factores, recorrendo sobretudo à tectónica que é responsável pelo basculamento de blocos, conjuntamente com a erosão hídrica que explora a falha que margina a base da vertente mais abrupta, para onde também convergem as águas da vertente com menor declive que, em regra, se apresenta muito extensa. No interior da APPSA, os fundos dos vales assumem duas formas distintas, vales de fundo chato sem e com encaixe e vales em “v”. Os vales em “v” são resultado da erosão fluvial, em zonas que os rios se encontram na fase activa de erosão, normalmente nos seus altos e médios cursos, onde a altitude da linha de água é claramente superior ao seu nível de base. Ambos ocorrem de forma natural, pela acção dos processos geodinâmicos ou por acção do homem, no seu acto contínuo de alteração da paisagem em função das suas necessidades. Os vales de fundo chato sem e com encaixe possuem diferentes tamanhos, variando em comprimento e em largura, tendo sido definido uma escala qualitativa gradual com três ordens de grandeza, estreito, médio e largo. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 22 Plano de Ordenamento da APPSA No que diz respeito às rupturas de declive nos perfis longitudinais dos cursos de água, identificou-se a Fraga da Pena, com 19m de desnível, que, segundo Gonçalves (1992), é a mais importante queda de água, num conjunto de 10 que se desenvolvem num sistema de cascata, vencendo, em conjunto, um desnível aproximado de 65m. A sua génese deve-se à conjugação de dois factores, designadamente a maior dureza local da rocha e a provável existência de pequenas falhas transversais. Os depósitos de vertente resultam do deslocamento de fragmentos de rochas, normalmente transportadas a curtas distâncias pela acção de forças gravitacionais. Na formação destes depósitos, intervêm factores como a natureza do substrato, a exposição, o pendor, a disposição estrutural, a fracturação e os agentes erosivos. Os depósitos de vertente são muito frequentes em toda a Serra do Açor, podendo ser de dois tipos, argiloconglomerático, heterométrico e conglomerático, monotípico com tendência mais homométrica, designados respectivamente de depósitos vermelhos e depósitos de patelas (Lourenço, 1996). Macroscópica e genericamente, os depósitos vermelhos são imaturos e de tonalidade vermelha-acastanhada, com calhaus de xisto, quartzo e por vezes, de quartzito, normalmente angulosos a subangulosos e com bastante matriz, a qual é raramente inferior a 30% e muitas vezes chega a ser superior a 70% da massa total, enquanto que os depósitos de patelas são constituídos essencialmente por pequenas patelas de xisto, semelhantes às pevides de abóbora a secar ao sol, sendo por isso, localmente conhecidos por “pevides” de xisto (Lourenço, 1996). Segundo Gonçalves (1992), no interior da Mata da Margaraça, a uma altitude de 630m existe um depósito extenso com 3m de espessura, de cor clara, castanha-acinzentada, onde se podem distinguir três níveis distintos. No primeiro encontram-se três camadas, a inferior constituída por uma baixa percentagem de matriz e por patelas de xisto angulosas e de arestas vivas com dimensões entre 1 e 10cm, a média constituída também por uma baixa percentagem de matriz e por patelas homométricas de xisto inferiores a 2,5cm, igualmente angulosas e de arestas vivas e a superior com constituição idêntica à primeira, mas mais grosseira. Este nível é um depósito do tipo éboulis ordonnés” que, segundo a definição de Tricart (1952, cit. por Gonçalves, 1992), consiste num talude formado no sopé de uma parede por material que revela uma alternância entre leitos grosseiros e finos, inclinados paralelamente à superfície do solo. O segundo nível é caracterizado pela existência de pequenas patelas de xisto envolvidas por uma elevada percentagem de matriz areno-silto-argilosa (Gonçalves, 1992). Por último, o terceiro nível é o mais grosseiro, com calhaus entre 5 e 20cm e blocos de 60cm, envolvidos por uma elevada quantidade de matriz (Gonçalves, 1992). A análise granulométrica das partículas constituintes de cada nível permitiu o conhecimento das percentagens de cada fracção para cada nível considerado. Desse modo, Gonçalves (1992) refere que o primeiro nível revela uma baixa percentagem de silte e argila (8,02%) e uma elevada percentagem de areão (42,7%) enquanto no segundo nível ocorrem em igual percentagem (27,86%) as fracções de silte e argila e de areão. A restante percentagem em cada um dos níveis corresponde à fracção arenosa. Da análise das fracções argilosas dos vários níveis, Gonçalves (1992) concluiu que a ilite é o mineral mais abundante, enquanto a 1ª Fase – Relatório de Caracterização 23 Plano de Ordenamento da APPSA caulinite e vermiculite surgem em menor quantidade. Os sedimentos presentes em todos os níveis são bem calibrados. Ainda de acordo com o mesmo autor, a análise detalhada das características dos diferentes níveis do depósito referido, aponta para a existência de três depósitos distintos e não de um, aos quais se associam alterações do clima. Durante o período de formação do primeiro depósito do tipo “éboulis ordonnés”, a diferenciação de três camadas distintas comprova a existência de variações climáticas. Inclusivamente, na passagem do primeiro nível para o segundo nível, ou seja, do depósito tipo “éboulis ordonnés” para o depósito de granulometria fina, verificaram-se igualmente variações climáticas bem patentes nos sedimentos. O terceiro nível, depósito de características solifluxivas, veio cobrir os anteriores, remexendo-os parcialmente. Ao contrário do segundo, o qual apresenta uma direcção de deslocamento SE-NW, o depósito anteriormente referido deslocou-se de Sul para Norte. Os cursos de água existentes no interior da zona de estudo, a ribeira da Margaraça e as Barrocas de Degrainhos e do Enxudro obedecem à apertada malha de fracturas, as quais as obrigam em casos pontuais a meandrizar, correndo ao longo de pequenos tramos mais ou menos rectilíneos, que bruscamente inflectem de direcção. Os fundos destas linhas de água são caracterizados pela presença de camadas de filitos, sobre os quais repousam calhaus de filitos, quartzito e de quartzo de exsudação, que foram abandonados por falta de competência ou ficaram presos entre as camadas acima mencionadas. No território da Serra do Açor surgem diversos aplanamentos, que Lourenço (1996) classificou em três níveis diferentes em função da altitude, níveis superiores, entre os 450 e 650m; médios, entre os 290 e 420m; e inferiores, abaixo dos 260m. A classificação correspondente aos níveis superiores de Lourenço (1996), foram também designados dos 600m por Ribeiro (1949, cit. Por Lourenço, 1996) e de altos níveis da bacia por Daveau et col. (1985/86). O último autor explica que a sua formação terá decorrido posteriormente à individualização das Serras de Xisto, durante o primeiro soerguimento (Oligocénico), correspondendo ao fundo de antigos vales maduros, de fundo chato, “encaixados de 200 a 300m relativamente à superfície culminante” que, posteriormente, os sucessivos fenómenos de erosão regressiva não tiveram tempo para alcançar e, por conseguinte, para desmantelar. Os níveis médios (Lourenço, 1996), segundo a perspectiva de Daveau et col. (1985/86), são aplanamentos que morderam o rebordo montanhoso e penetram em golfos ao longo dos seus principais vales: Ceira a Norte, Zêzere e afluentes ao Centro, os quais, de acordo com Lourenço (1996), se formaram numa fase de grande estabilidade, após a reorganização da drenagem. Os níveis inferiores, dos três considerados, são aqueles que apresentam a menor extensão e a menor representação, agrupando diversos retalhos aplanados situados a cotas baixas, que em muitos casos correspondem a terraços (Lourenço, 1996). Estes aplanamentos formaram-se mais recentemente e estão quase exclusivamente confinados à parte terminal dos rios principais. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 24 Plano de Ordenamento da APPSA Contudo, as áreas aplanadas no interior da APPSA surgem a altitudes superiores aos três níveis considerados na classificação de Lourenço, estabelecidos no âmbito do estudo de um território mais abrangente, as serras de xisto do centro de Portugal. Na área em estudo surgem duas áreas aplanadas distintas, uma na Lomba da Picota entre os 700 e os 725m, provavelmente enquadrada na classe dos níveis superiores proposta por Lourenço (1996) e uma rechã junto ao Cabeço da Picota, ou seja, uma aplanação antiga, poupada pela dissecação posterior do relevo, que se descreve ao longo do limite sudeste da APPSA. Estes elementos encontram-se cartografados na carta [8] – carta geomorfológica simplificada. 2.2. Pedologia A cartografia (carta [9] – solos e drenagem) e a caracterização dos tipos de solos existentes na área de estudo foram realizadas com base na consulta da cartografia do Instituto de Desenvolvimento Rural e Hidráulica (IDRHa) (escala 1/100 000) e correspondente memória descritiva. Após a análise dessa informação, procedeu-se às necessárias observações em campo com o intuito de comprovar a classificação genérica atribuída e de aferir, com mais rigor, os limites de cada unidade pedológica. A metodologia utilizada baseou-se essencialmente na interpretação de fotografias aéreas, à escala 1:43 000, na observação expedita de perfis de solos em barreiras e cortes recentes e em covas expeditas com sondagens e na análise das características físicas, químicas e mineralógicas das amostras de solo. As unidades pedológicas definidas na área em estudo pertencem a dois tipos principais de solos, de acordo com os “Grupos de Referência” da “Base Mundial de Referência para os Recursos dos Solos” (WRB – World Reference Base for Soil Resources): Cambissolos (Cambisols) e Leptossolos (Leptosols). Cambissolos Os cambisolos (CM) podem ser qualificados segundo várias características: podem ser constituídos por um horizonte cambic ou mollic sobre subsolos com baixa saturação de bases, até 100cm de profundidade; podem ser constituídos por um horizonte andic, vertic ou vitric, começando entre 25 e 100cm abaixo da superfície; ou por um horizonte plinthic, petroplinthic, salic ou sulfuric, começando entre 50 e 100cm abaixo da superfície, na ausência de material arenoso franco ou mais grosseiro acima desse horizonte. Existem, nesta unidade pedológica, várias subdivisões pedológicas, que serão explicadas adiante: Solos dominantes CM.lep.dy; CM.sk.dy; LP.dy Solos subdominantes UM.hu.sk; UM.len.hu; LP.um Leptossolos Os leptossolos (LP) são solos com rocha dura contínua a partir de 25cm ou menos da superfície do solo, ou um horizonte mólico (mollic) com espessura entre 10 e 25cm directamente sobre material com carbonato de cálcio, equivalente a mais de 40% ou menos de 10% (em peso) de terra fina, desde a superfície do solo até à profundidade de 75cm, e sem outro horizonte de diagnóstico além de um horizonte mollic, ochric, umbric ou yermic. As subdivisões presentes nesta unidade pedológica são: 1ª Fase – Relatório de Caracterização 25 Plano de Ordenamento da APPSA Solos Dominantes LP.dy; UM.lep.hu; R2 Solos Subdominantes LP.um; LP.li; UM.len.hu; UM.hu.sk As unidades pedológicas referidas, cambissolos e leptossolos, foram definidas a partir de subdivisões dos grupos principais da Base Mundial de Referência para os Recursos dos Solos, correspondendo, normalmente, ao nível de generalização de terceira ordem (subunidades-solo) e, nalguns casos, de segunda ordem (unidades-solo). Passa-se a citar, de seguida, as unidades pedológicas dominantes e subdominantes existentes na Área Protegida, acompanhadas da respectiva caracterização. Leptossolos Líticos (Lithic Leptosols) [LP.li]: Os leptossolos líticos apresentam um perfil do tipo A R ou A C R, em geral com textura franco-limosa, franca, franco-arenosa ou arenosa-franca no horizonte Ah, mais frequentemente dístrico (dystric), mas por vezes êutrico (eutric). Rocha dura a partir de 10cm da superfície do solo. Leptossolos Úmbricos (Umbric Leptosols) [LP.um]: Leptossolos com horizonte A úmbrico de 10 a 25cm de espessura e perfil do tipo A R ou A C R. O perfil A é frequentemente húmico e cascalhento, com textura franco-arenosa, franca, franco-limosa ou arenosa-franca. Leptossolos Dístricos (Dystric Leptosols) [LP.dy]: Leptossolos dístricos com perfil do tipo A C R ou A R e horizonte A, até 5 a 25cm, franco-arenoso, franco ou franco-limoso e por vezes arenoso-franco, frequentemente cascalhento com saturação em bases (acetato de amónio 1M a pH 7,0) inferior a 50%, pelo menos numa camada com 5cm de espessura directamente sobre um contacto lítico. Cambissolos Epilépticos Dístricos (Dystri-Epileptic Cambisols) [CM.lep.dy]: Cambissolos epilépticos com saturação em bases (acetato de amónio 1M, a pH 7,0) menor que 50%, em pelo menos alguma parte entre os 20 e 50cm da superfície. Perfil do tipo A Bw C R ou A Bw R. Horizonte A até 15 a 25cm, franco, franco-limoso ou franco-arenoso e horizonte Bw, até 35 a 50cm, crómico, francolimoso ou franco-arenoso. Rocha contínua e dura entre 25 e 50cm a partir da superfície do solo. Cambissolos Esqueléticos Dístricos (Dystri-Skeletic Cambisols) [CM.sk (skn, skp).dy]: Cambissolos esqueléticos com 40-90% de materiais grosseiros (em peso), pelo menos até 100cm da superfície do solo (skeletic), entre 50 e 100cm (endoskeletic) e entre 20 e 50cm (episkeletic); o material do solo tem grau de saturação em bases (acetato de amónio 1M, a pH 7,0) inferior a 50% em pelo menos alguma parte entre os 20 e 50cm da superfície. Perfil do tipo A B C (R) ou A B C. Horizonte A (Ah ou Ap) até 20/40cm, franco-limoso ou franco-arenoso e Bw até 40/120cm, crómico ou pardacento, franco, franco-limoso ou franco-arenoso. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 26 Plano de Ordenamento da APPSA Umbrissolos Endolépticos Húmicos (Humi-Endoleptic Umbrisols) [UM.len.hu]: Umbrissolos endolépticos (com rocha contínua e dura entre 50 e 100cm da superfície do solo), tendo teor em carbono orgânico superior a 1% (em peso) na fracção da terra fina, até à profundidade de 50cm, desde a superfície do solo. Perfil do tipo A C R ou A B C R. Horizonte A até 20 a 60cm, franco-arenoso ou francolimoso e frequentemente horizonte Bw até 50/100cm, franco-limoso ou limoso ou horizonte C com características variadas. Umbrissolos Epilépticos Húmicos (Humi-Epileptic Umbrisols) [UM.lep.hu]: Umbrissolos Epilépticos (com rocha contínua e dura entre 25 e 50cm da superfície) com teor em carbono orgânico na fracção da terra fina, com valor superior a 1% (em peso) em espessura de 50cm desde a superfície do solo. Perfil do tipo A C R ou A R. Horizontes Ap e Ah ou Ah até 25/40cm, arenoso-franco, franco-arenoso ou franco-limoso. Umbrissolos Húmicos Esqueléticos (Skeletic-Humic Umbrisols) [UM.hu.sk (skn, skp)]: Umbrissolos Húmicos com 40 a 90% de materiais grosseiros (em peso), pelo menos até 100cm da superfície do solo (skeletic), entre 50 e 100cm (endoskeletic) ou entre 20 e 50cm (episkeletic). Perfil do tipo A C e A B C. Horizonte A úmbrico, até 25/50cm (podendo atingir 100cm), franco-limoso, franco ou franco-arenoso e, frequentemente, um Bw até 60/150cm, pardacento ou crómico, franco-limoso ou franco com 1% em peso de carbono orgânico na fracção da terra fina, desde a superfície do solo até à profundidade de 50 cm. As definições dos elementos formativos para as unidades de nível mais baixo, no caso presente, das unidades-solo (segundo nível) e das subunidades-solo (terceiro nível) são as seguintes: Chromic (crómico) cr tendo um horizonte B que na sua maior parte tem um hue Munsell de 7,5YR e um croma, húmido, superior a 4 ou um hue mais vermelho que 7,5YR; Dystric (dístrico) dy tendo uma saturação em bases (acetato de amónio 1M, a pH 7,0) menor que 50% em pelo menos alguma parte entre 20 e 100cm desde a superfície, ou numa camada de 5cm directamente acima de um contacto lítico, em Leptossolos; Eutric (êutrico) eu tendo uma saturação em bases (acetato de amónio 1M, a pH 7,0) de 50% ou mais pelo menos entre 20 e 100cm a partir da superfície ou numa camada de 5cm directamente acima de um contacto lítico, em Leptossolos; Humic (húmico) hu tendo mais de 2% de carbono orgânico (em peso) até à profundidade de 25cm em Leptossolos; tendo mais de 1% de carbono orgânico (em peso) até a profundidade de 50% (média ponderada) noutros solos com excepção de Ferralssolos ou Nitissolos; Endoleptic (endoléptico) len tendo rocha dura contínua entre 50 e 100cm da superfície do solo; Epileptic (epiléptico) lep tendo rocha dura contínua entre 25 e 50cm da superfície do solo; 1ª Fase – Relatório de Caracterização 27 Plano de Ordenamento da APPSA Lithic (lítico) li tendo rocha dura contínua a menos de 10cm da superfície do solo; Skeletic (esquelético) sk tendo entre 40 e 90% (em peso) de saibro, cascalho e outros fragmentos grosseiros desde a superfície até uma profundidade de 100cm; Endoskeletic (endoesquelético) skn tendo entre 40 e 90% (em peso) de saibro, cascalho e outros fragmentos grosseiros entre 50 e 100cm a partir da superfície do solo; Episkeletic (epiesquelético) skp tendo entre 40 e 90% de saibro, cascalho ou outros fragmentos grosseiros entre 20 e 50cm a partir da superfície do solo; Umbric (úmbrico) um tendo um horizonte umbric; 2.3. Hidrologia A caracterização hidrológica da área abrangida pela APPSA foi realizada com base no Plano de Bacia Hidrográfica do Mondego (CCDRC, 2005), no Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH, 1995-2007) e no Atlas do Ambiente (IA, 2003). A definição e caracterização do sistema hidrológico da AP, permitiu elaborar a carta [10] – carta hidrológica, referente à cartografia destes elementos. Hidrografia A área em estudo integra-se na Bacia Hidrográfica do Rio Mondego, localizada na sua totalidade em território nacional e limitada pelos paralelos 39º46’ e 40º48’ de latitude Norte e os meridianos 7º14’ e 8º52’ de longitude oeste. Com uma configuração rectangular de eixo principal na direcção Nordeste-Sudoeste, encontra-se inserida entre as bacias dos Rios Vouga e Douro a Este e a Norte e entre as bacias dos Rios Tejo e Lis a Sul. Do ponto de vista morfológico, a bacia hidrográfica do Rio Mondego é enquadrada pela Cordilheira Central, no planalto da Beira Alta, que a separa da bacia do Tejo, e a Noroeste é limitada pelas serras do Caramulo e do Buçaco (1.071m e 568m de altitude, respectivamente), que a separam da bacia do Rio Vouga. Ao longo do seu trajecto percorre três vales distintos: Alto Mondego, troço inserido no maciço da Serra da Estrela que corre ao longo de vales glaciares; Médio Mondego, troço inserido entre as fronhas da Serra da Estrela e Coimbra que corre ao longo de vales encaixados, da qual faz parte a rede hidrográfica da APPSA; e, por último, o Baixo Mondego, troço a jusante de Coimbra, que atravessa uma zona de planície. Do ponto de vista geomorfológico, a bacia hidrográfica do Rio Mondego estende-se pelas grandes unidades da Meseta Ibérica e da Orla Mesocenozoica. A rede hidrográfica é muito densa, sendo desse modo constituída por numerosas linhas de água, dotadas de vertentes muito abertas a montante, variando para progressivamente mais fechadas, com o correspondente encaixe dos cursos de água. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 28 Plano de Ordenamento da APPSA O regime de escoamentos do Rio Mondego, afluentes e subafluentes, caracteriza-se pela variação interanual e intranual acentuada dos escoamentos, com diferentes estiagens. O Rio Alva é um dos principais afluentes da margem esquerda do Rio Mondego, para o qual conflui a Ribeira da Mata da Margaraça que possui um caudal pouco considerável nos meses de Verão, em alternância com o caudal mais significativo nos meses de Outono, Inverno e início da Primavera. A Ribeira da Mata da Margaraça recebe as contribuições das Barrocas do Sardal e do Enxudro, esta última localizada no limite Sul da APPSA, que se unem originando a Barroca de Degrainhos, e que transportam um caudal pouco significativo durante os meses de Verão, alcançando os valores mais expressivos nos meses mais chuvosos. Segundo o Plano de Bacia Hidrográfica do Mondego (CCDRC, 2005), a bacia hidrográfica do Rio Alva possui uma área total de cerca de 710km2 com uma forma alongada, que se estende ao longo de 226km. O declive médio das linhas de água é da ordem dos 1,6%, enquanto o declive da bacia atinge no máximo os 59% e em média 16%. As altitudes mínima e máxima da bacia são, respectivamente, 41m e 1.993m, sendo o relevo acentuado. Hidrogeologia A área em estudo está inserida na grande unidade morfológica do Maciço Hespérico, dominada claramente pelas “rochas duras”, designadamente granitóides, xistos, grauvaques e alguns quartzitos, onde a ocorrência e circulação de água aparece associada à fracturação (CCDRC, 2005). Na zona estudada, aflora a Formação do Rosmaninhal pertencente ao Complexo Xisto-Grauváquico do grupo das Beiras, caracterizada pelo domínio de rochas xistentas. Na área da APPSA, de acordo com CCDRC (2005), o escoamento dá-se predominantemente por fracturas e o armazenamento de água faz-se nas zonas de fractura, sendo a drenagem para as mesmas, um factor importante para a sua recarga. No entanto, a condutividade hidráulica ou permeabilidade por fracturas depende, entre outros factores, da abertura e do tipo de enchimento. Em meio saturado e em fracturas com paredes lisas, a velocidade e o caudal dos escoamentos são muito sensíveis a pequenas variações na abertura da fracturação. Deste modo, nas grandes fracturas e em zonas de fracturação aberta, a circulação de água é mais significativa, constituindo por isso, áreas de favorabilidade hidrogeológica (CCDRC, 2005). Na região em estudo, o relevo vigoroso influencia negativamente a infiltração, promovendo a escorrência superficial e o escoamento hipodérmico para uma rede hidrográfica que penetra profundamente as rochas que atravessa, sendo estes domínios de altitudes elevadas, locais potencialmente geradores de escoamentos profundos (CCDRC, 2005). No entanto, a armação do terreno em socalcos característica de zonas de relevo acidentado (presente a Noroeste da APPSA, junto à povoação dos Pardieiros e a Nordeste, junto à povoação de Relva Velha) e a vegetação densa característica da totalidade do território, à excepção dos aglomerados, diminuem claramente o escoamento superficial em benefício da infiltração, tornando estas zonas consideravelmente húmidas. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 29 Plano de Ordenamento da APPSA De um modo geral, segundo CCDRC (2005), nas “rochas duras” do Maciço Hespérico, da qual faz parte o Complexo Xisto-Grauváquico que aflora na área da APPSA, os aquíferos subterrâneos são geralmente livres, descontínuos e a produtividade das suas captações é normalmente baixa, com excepção das zonas de maior fracturação e onde esta é mais aberta. Desse modo, os vários tipos de captação de pequena profundidade aproveitam condições de favorabilidade hidrogeológica, existentes perto da superfície do terreno por via da alteração das rochas e do aumento da fracturação provocada pela descompressão dos maciços rochosos. Na APPSA foi identificado um sistema aquífero, cuja caracterização foi realizada com base num furo vertical existente na povoação de Monte Frio, freguesia de Benfeita, de coordenadas GPS, M e P, respectivamente 219320 e 362265. Segundo o SNIRH (1995-2007), neste furo vertical apenas foram monitorizados, a partir de 2005, parâmetros essenciais à classificação da qualidade da água, segundo os quais, a água foi considerada de boa qualidade (classe B). A quantidade de manganês na água e os valores de pH satisfazem o intervalo de valores considerado para as águas de boa qualidade (classe B), daí a classificação, apesar dos restantes parâmetros apresentarem valores inferiores aos exigidos para a classificação de águas de excelente qualidade (classe A). De acordo com IA (2003), a produção média dos sistemas aquíferos desta região é da ordem dos 50m3 (dia.km2). No território estudado, os caudais, os escoamentos e o nível médio dos cursos de água não são monitorizados e, por isso, os dados aqui apresentados foram obtidos na estação de Secarias, a primeira a jusante da área da APPSA, já em pleno Rio Alva. Seguramente, a estação de Secarias não recebe apenas a contribuição da Ribeira da Mata da Margaraça, mas também as contribuições do Rio Alva e seus afluentes a montante. O contributo da Ribeira da Margaraça é manifestamente pequeno, e por isso, os valores apresentados para os vários parâmetros não reflectem apenas a situação da área em causa. A média do caudal médio diário na estação de Secarias, tendo por base dados monitorizados entre 1 de Outubro de 1985 e 30 de Setembro de 1997, é de 11,39m3/s, sendo o valor do caudal médio diário mais elevado 251m3/s, registado a 21 de Dezembro de 1989 e o valor mais baixo de 0,06m3/s verificado no dia 15 de Agosto de 1986. A média do caudal máximo anual entre os anos de 1985 e 1989 é de 255,5m3/s, sendo o valor mais baixo registado de 113m3/s no ano de 1986, e o valor mais alto de 439m3/s, verificado no ano de 1989. A média do escoamento anual verificado entre os anos de 1985 e 1989 é de 356.962dam3, tendo-se registado o maior valor (528.620dam3) no ano de 1987, e o menor (210.620dam3) no ano de 1988, enquanto que a média do escoamento mensal para o mesmo período é de 29.746,83dam3, sendo o valor mais alto de 149.650dam3 ocorrido durante o mês de Novembro de 1989 e o mais baixo de 880dam3 verificado no mês de Julho de 1987. A média do nível médio diário durante o intervalo de 1 de Outubro de 1985 e 30 de Outubro de 1990 é de 0,47m, tendo sido registado um valor máximo de 1,46m no dia 29 de Janeiro de 1988 e um valor mínimo de 0,09m no dia 15 de Agosto de 1986. Nos cursos de água da área em estudo não é realizado qualquer controlo da qualidade da água, e por isso, considerou-se a análise da estação de São Pedro, em pleno Rio Alva, a primeira a jusante da área considerada. No entanto, os dados registados nesta estação referem-se à zona a montante do Rio Alva e a 1ª Fase – Relatório de Caracterização 30 Plano de Ordenamento da APPSA todos os respectivos afluentes, o que não reflecte apenas a contribuição da Ribeira da Mata da Margaraça. Segundo dados de análises químicas e bacteriológicas da água realizadas na estação de São Pedro no ano de 2005 (SNIRH, 1995-2007), a qualidade da água é boa, classe B, ou seja, apesar da qualidade da água ser ligeiramente inferior à classe A, pode satisfazer potencialmente todas as aplicações. Ao analisar os dados referidos, os parâmetros considerados para a classificação da qualidade da água, na sua maioria, apresentam valores abaixo dos valores de referência para as águas de classe A (excelente) com excepção de parâmetros da análise bacteriológica, nomeadamente os coliformes fecais, os coliformes totais e os estreptococos fecais, que apenas satisfazem os valores considerados para as águas de classe B (boa). Normalmente, a maior contribuição para os valores altos de coliformes fecais e totais e de estreptococos fecais é resultante dos resíduos sólidos e líquidos das áreas urbanas e da actividade pecuária. A montante da estação, as contribuições das áreas urbanas limítrofes do Rio Alva e dos seus afluentes para os valores registados nos parâmetros acima mencionados, são consideravelmente mais importantes do que a contribuição das áreas urbanas existentes na área em estudo, quer pelo número de aglomerados, quer pela densidade populacional. Contudo, a clara diferença entre caudais e comprimentos dos cursos de agua, entre a Ribeira da Mata da Margaraça e o Rio Alva, nitidamente superior no segundo caso em ambas as situações, faz com que a Ribeira da Mata da Margaraça possua uma capacidade de acomodação manifestamente inferior. Desse modo, por razões de segurança, a classificação da qualidade da água para a área em estudo manter-se-á a de classe B (boa), apesar de possivelmente satisfazer os padrões de qualidade da água de classe A (excelente). No território em estudo, ao analisar a vulnerabilidade das águas face à poluição, pode-se considerar que apesar desta ter várias origens, resulta na sua totalidade da actividade humana, sendo por isso de origem antropogénica. As contaminações urbanas e domésticas com variadas substâncias orgânicas, inorgânicas e químicas dão origem a resíduos sólidos e águas residuais que alteram a qualidade da água. De seguida, de acordo com o nível de importância, surge a actividade pecuária, responsável por uma parte dos resíduos sólidos e líquidos, caracterizados por elevadas concentrações de compostos orgânicos, inorgânicos e de carga microbiológica. Por último, surge a contaminação das águas pela actividade agrícola, da qual resulta um ligeiro incremento de iões derivados do uso de fertilizantes, nomeadamente nitratos e fosfatos. No entanto, na área em estudo, a vulnerabilidade das águas subterrâneas à poluição não é preocupante. Os aquíferos ocorrem em zonas profundas e as rochas xistentas, apesar de fissuradas, apresentam normalmente uma baixa vulnerabilidade. Valoração da Hidrografia A identificação de uma única unidade hidrológica no território da APPSA, integrada no Maciço Hespérico, não justifica a realização da carta [24] – valores hidrológicos, referente à valoração hidrológica, uma vez que apenas se obteria um único valor para toda a área. Desse modo, esta carta não iria contribuir para a diferenciação das unidades mais importantes para a conservação. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 31 Plano de Ordenamento da APPSA 2.4. Clima A caracterização climática de Portugal foi realizada com base na informação disponibilizada pelo Instituto de Meteorologia (IM, 2005), que se baseou no estudo de registos de dados climáticos relativos ao intervalo temporal entre 1961 e 1990. Segundo o IM (2005), o território de Portugal Continental está situado na zona de transição entre o anticiclone subtropical (anticiclone dos Açores) e a zona das depressões subpolares, geograficamente entre as latitudes de 37º e 42ºN e as longitudes de 9,5º e 6,5ºW. De acordo com a mesma fonte, as condições climáticas de Portugal Continental são essencialmente influenciadas por factores como a latitude, a orografia, o Oceano Atlântico e a continentalidade. No entanto, cada um dos factores referidos varia de forma moderada, pois quanto à latitude as diferenças são da ordem dos 5º, no que se refere à altitude, as zonas mais elevadas situam-se entre os 1.000 e os 1.500m com excepção da Serra da Estrela, e por último, as zonas mais distantes do mar não excedem distâncias da ordem dos 220km. Contudo, as pequenas variações em cada um dos factores causam uma alteração significativa nos elementos climáticos com principal incidência na temperatura e na quantidade de precipitação. No que diz respeito a esses dois factores, os ciclos anuais da média mensal, mínima e máxima, demonstram a existência de um período quente e seco no Verão, mais pronunciado nas regiões do Sul. A partir dos dados climáticos registados durante o período de tempo considerado, “os valores médios anuais de temperatura média do ar variam entre um mínimo de 7ºC nas zonas altas do interior Centro (Serra da Estrela) e um mínimo de 18ºC no litoral Sul. Os valores da temperatura média mensal variam regularmente durante o ano, atingindo o valor máximo em Agosto e o valor mínimo em Janeiro. No Verão, os valores médios da temperatura máxima variam entre 16ºC na Serra da Estrela e 32-34ºC no interior da região Centro e Alentejo. Os valores médios da temperatura mínima do ar no Inverno variam entre 2ºC nas zonas montanhosas do interior e os 12ºC no Algarve” (in IM, 2005). De seguida, apresentam-se os indicadores que são normalmente usados como parâmetros estatísticos na caracterização de situações anómalas de calor e frio. O número anual médio de dias de geada, ou seja, temperatura mínima inferior a 0ºC, varia entre um mínimo correspondente a menos de 2 dias e um máximo de 110 dias, enquanto que o número médio de dias no ano com temperatura mínima superior a 20ºC, designados por esse motivo de noites quentes, varia entre um mínimo de 2 dias e um máximo de 40 dias, situação que se verifica apenas no Sotavento algarvio. O número médio de dias com temperatura máxima superior a 30ºC, designados de dias quentes, varia entre um mínimo inferior a 2 dias e um máximo de 150 dias, registo apenas verificado nos distritos de Évora, Beja e Castelo Branco. Com base no mesmo estudo, “a precipitação média anual em Portugal Continental é da ordem dos 900mm, apresentando grande variabilidade espacial, atingindo os maiores valores na região do Minho (3.000mm) e os menores numa região localizada da Beira Interior (a Sul do Douro) na ordem dos 400mm. Em média, cerca de 42% da precipitação anual ocorre durante o Inverno (meses de Dezembro a Fevereiro), enquanto que os valores mais baixos de precipitação ocorrem durante o Verão (meses de Junho a Agosto), apenas 6% 1ª Fase – Relatório de Caracterização 32 Plano de Ordenamento da APPSA do total da precipitação anual. As estações de transição, Primavera (meses de Março a Maio) e o Outono (Meses de Setembro a Novembro), apresentam uma distribuição interanual muito variável. A distribuição espacial do número médio de dias no ano com precipitação superior a 0,1mm é semelhante à distribuição da precipitação anual, registando-se um máximo absoluto na região do Alto Minho, da ordem dos 150 dias, e por outro lado, os valores mais baixos são atingidos nas regiões do Baixo Alentejo e Algarve com valores da ordem dos 65 dias. O valor médio do número de dias no ano com precipitação igual ou superior a 10mm varia entre 15 e 25 dias na região costeira do centro e sul do território e nas terras baixas do interior, entre 25 e 50 na região noroeste e entre 50 e 65 nas terras altas”. Ainda segundo o IM (2005), “o valor médio no ano da insolação decresce, em termos gerais, de Sul para Norte, com a altitude, e de Leste para Oeste. Os menores valores de insolação verificam-se a Noroeste do território (nas terras altas do Alto Minho) com valores entre 1.600h e 2.200h e os maiores valores no litoral Sul, na parte Leste do Alentejo e na região de Lisboa com valores compreendidos entre 2.600h a 3.300h”. O território continental é atingido pelas depressões subpolares no Inverno com sistemas frontais provenientes de oeste, causando precipitações mais ou menos abundantes, temperaturas médias e mensais relativamente baixas, e ventos dominantes do quadrante W. No Verão, o país é afectado pelo Anticiclone sub-tropical do Hemisfério Norte (Anticiclone dos Açores), dominando o bom tempo com céu limpo ou pouco nublado, reduzida precipitação, temperaturas altas, e vento fraco. A caracterização climática da Serra do Açor teve por base a dissertação da tese de doutoramento de Paulo Cardoso da Silveira (Silveira, 2001), que usou dados do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INMG) relativos ao intervalo temporal de 1951 a 1980. Na área considerada convém assinalar que a ausência de estações termopluviométricas inviabilizou uma caracterização real, tendo-se procedido a uma aproximação com dados de estações limítrofes. Desse modo, as estações consideradas foram Penhas Douradas, Penhas da Saúde, Nelas, Fundão, Castelo Branco e Coimbra. No entanto, a presença de um número considerável de estações pluviométricas no interior da área abrangida pela Serra do Açor, nomeadamente Coja, Góis, Fajão, Meãs, Vidual de Cima, Silvares, Covilhã e Pampilhosa da Serra permitiu um estudo rigoroso da pluviosidade. Segundo Silveira (2001), a distribuição de precipitações na Serra do Açor permite a divisão clara em dois períodos, um chuvoso que decorre entre os meses de Outubro até Maio, caracterizado em média pela existência de 10 a 14 dias de chuva por mês, e outro seco incidindo nos meses de Junho a Setembro, caracterizado em média pela existência de 2 a 7 dias de chuva. A precipitação média anual varia desde os 821mm em Castelo Branco, classificado como ombroclima sub-húmido, a 2.965mm nas Penhas da Saúde, designado de ombroclima ultrahiperhúmido, sendo a média das duas estações de 1440mm, denominado de ombroclima húmido (Rivas Martinez, 1990 cit. por Tormo Molina et al., 1992 cit. por Silveira, 2001). As restantes estações, Covilhã, Fajão, Meãs, Penhas Douradas e Vidual de Cima possuem ombroclimas hiperhúmidos; Coimbra, Góis, Nelas, Pampilhosa da Serra e Silvares ombroclimas húmidos e Coja e Fundão 1ª Fase – Relatório de Caracterização 33 Plano de Ordenamento da APPSA ombroclimas subhúmidos. A precipitação sob a forma de neve e persistência da mesma sob o solo é naturalmente mais frequente nas estações de maior altitude, Penhas Douradas e Penhas da Saúde (Silveira, 2001). Os valores de precipitação média anual para algumas das estações termopluviométricas adjacentes à Serra do Açor encontram-se sumariados na Tabela 1 (ver ponto Bioclimas, adiante) e servem de base para a definição dos ombrotipos. O mesmo autor, refere ainda que as temperaturas verificadas nas estações consideradas, permitem distinguir dois períodos marcadamente diferentes, um verão quente que decorre entre os meses de Junho a Setembro, coincidente com a estação seca e um período alargado de frio entre os meses de Outubro a Maio, mais rigoroso e intenso nos meses de Novembro a Março. O factor altitude diminui notoriamente o período de aridez, situação que se verifica nas estações das Penhas Douradas e das Penhas da Saúde, ao contrário das estações de Nelas, Coimbra, e sobretudo do Fundão e Castelo Branco, que pelo factor da interioridade possuem um período mais nítido. O período de actividade vegetal (PAV) dura todo o ano nas estações de Coimbra e Castelo Branco, enquanto que nas estações do Fundão e Nelas esse período diminui e coincide com os meses de Fevereiro a Novembro. Nas estações das Penhas Douradas e Penhas da Saúde, o período de actividade vegetal diminui claramente e apenas decorre entre os meses de Maio a Outubro. Os períodos das geadas, tal como o parâmetro anterior, dependem claramente do factor altitude. Desse modo, nas estações de Coimbra, Castelo Branco, Fundão e Nelas, os períodos de geadas são prováveis nos meses de Novembro ou Dezembro a Março para as duas primeiras e de Outubro a Março ou Abril para as duas últimas. Nas estações mais elevadas, Penhas Douradas e Penhas da Saúde, as geadas podem ocorrer no intervalo entre os meses de Setembro e Junho, sendo certas no mês de Fevereiro nas Penhas Douradas e no período de Dezembro a Março nas Penhas da Saúde. Silveira (2001) calculou os quocientes pluviométricos de Emberger para as estações termopluviométricas consideradas, usando a respectiva fórmula. Desse modo, obteve 379 para a estação das Penhas Douradas à qual corresponde um clima mais frio e húmido que o mediterrâneo, 703 para as Penhas da Saúde, igual classificação, 110 para o Fundão, clima intermédio entre mediterrâneo húmido e mais frio e húmido que o mediterrâneo, 84 para Castelo Branco, clima mediterrâneo temperado, 150 para Nelas, clima mediterrâneo húmido, e 133 para Coimbra, também clima mediterrâneo húmido. Silveira (2001) calculou o índice de Continentalidade de Gorenzynski4 para as estações termopluviométricas consideradas, do qual obteve 23 para Castelo Branco, 21 para o Fundão, 18 para as Penhas da Saúde, 17 para as Penhas Douradas, 15 para Nelas e 10 para Coimbra. Aos valores superiores a 20 corresponde um clima do tipo continental, enquanto que aos valores inferiores a 10 corresponde um clima oceânico. Aos valores intermédios situados no intervalo de 10 a 20 corresponde um clima com influência de ambos. 4 O índice de Continentalidade de Gorenzynski permite determinar a influência do continente num dado ponto, recorrendo à amplitude anual da temperatura aí verificada e à latitude nesse ponto. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 34 Plano de Ordenamento da APPSA Bioclimas O clima condiciona fortemente a distribuição territorial dos seres vivos. As relações entre as distribuições geográficas dos seres vivos e o clima são objecto de estudo da bioclimatologia, que, mais concretamente, permite determinar a correspondência entre valores numéricos de temperatura e precipitação e a distribuição de espécies de plantas e comunidades vegetais (Mesquita, 2005). Os dados climáticos são utilizados para o cálculo dos índices bioclimáticos como índices térmicos, pluviométricos, ombrotérmicos ou de continentalidade que, por sua vez, servem de base para as classificações bioclimáticas. A classificação bioclimática que esteve na base da elaboração da carta relativa aos pisos bioclimáticos ou termotipos é o sistema proposto por Rivas-Martinez em 1981 (Mesquita, 2005). A definição dos pisos bioclimáticos, segundo este sistema, baseia-se no cálculo do Índice de Termicidade de Rivas-Martínez5, cujo valor, para as estações termopluviométricas adjacentes à Serra do Açor, pode ser consultado na Tabela 1, com a indicação do piso bioclimático correspondente, como é apresentado por Silveira (2001). Tabela 1 – Índice de termicidade (It), pisos bioclimáticos correspondentes e ombroclimas para as estações termopluviométricas adjacentes à Serra do Açor (Silveira, 2001). It Piso bioclimático (termotipo) Precipitação média anual (mm) Ombroclima Penhas Douradas 142 Supramediterrâneo médio Nelas Coimbra 278 Mesomediterrâneo médio Castelo Branco 319 Mesomediterrâneo inferior 281 Mesomediterrâneo médio 356 Termomediterrâneo Superior 2965 995 821 1167 1038 Ultrahiperhúmido Subhúmido Subhúmido Húmido Húmido Penhas da Saúde Fundão 98 Supramediterrâneo Superior 1799 Hiperhúmido Na carta [11] – bioclimas apresentam-se os termotipos e ombrotipos que influenciam a área de estudo, assim como os respectivos limites territoriais, de acordo com a cartografia elaborada pela Escola Superior Agrária de Coimbra (Gabinete de Botânica da ESAC, 2005). Os pisos bioclimáticos dados para a APPSA pelo Gabinete de Botânica da ESAC (2005) são o Mesomediterrâneo Superior e o Supramediterrâneo inferior. No entanto, segundo a cartografia apresentada por Mesquita (2005), a Serra do Açor, bem como quase toda a Cordilheira Central, constitui uma ilha do piso Mesotemperado no seio do piso Mesomediterrâneo, que domina grande parte da região Centro do país. Adoptou-se, para a presente caracterização, a classificação bioclimática e cartografia elaborada pelo Gabinete de Botânica da ESAC (2005), uma vez que a escala da cartografia adoptada para o PO se aproxima mais da escala utilizada nesse trabalho (assumindo-se o erro inerente à incorporação de informação cartografada a uma escala inferior). 5O Índice de Termicidade de Rivas-Martínez pondera a intensidade do frio como factor limitante para muitas plantas e comunidades vegetais. Assim, delimita os pisos bioclimáticos e calcula-se através da fórmula (Silveira, 2001): It=(T+m+Mm)10 (em que It – índice de termicidade, T – temperatura média anual, m – média das mínimas do mês mais frio, Mm – média das máximas do mês mais frio). 1ª Fase – Relatório de Caracterização 35 Plano de Ordenamento da APPSA 3. Caracterização Biológica 3.1. Flora Os diferentes estudos florísticos que têm sido realizados na APPSA têm vindo a confirmar e reforçar a importância desta AP, justificando os estatutos de conservação da natureza que lhe têm sido atribuídos a nível nacional e internacional, quer pela espécies da flora quer pelos habitats aí presentes. De seguida, apresenta-se um breve enquadramento fitogeográfico da APPSA, integrada na Serra do Açor, a que se segue a caracterização da flora aí presente. Enquadramento fitogeográfico da Serra do Açor A localização da Serra do Açor, junto à extremidade ocidental da cordilheira central ibérica, confere à sua flora algumas particularidades. A flora desta serra revela um carácter de transição eurosiberiano – mediterrânico muito patente, fazendo sentir-se a influência de diversas Províncias fitogeográficas e apresenta numerosos taxa que têm aqui o limite das suas áreas de distribuição (Silveira, 2001). Esta cordilheira também funciona como uma importante via migratória para muitas espécies florísticas, ao mesmo tempo que constitui uma barreira orográfica, impedindo a expansão de muitas espécies de andares mais basais (Silveira, 2001). A situação de limite entre diferentes Províncias fitogeográficas, e o consequente carácter de transição da área de estudo, torna-se evidente se se atender às unidades fitogeográficas que Costa et al. (1998) considera presentes na Serra do Açor. Assim, segundo estes autores (idem), o cume e a encosta oriental desta serra limitam a SW o Sector Estrelense da Província Carpetano-Ibérico-Leonesa, dividindo-se a restante área pelo Subsector Beirense Litoral da Província Gaditano-Onubo-Algarbiense e Superdistrito Zezerense da Província Luso-Extremadurense. A título ilustrativo, podem enumerar-se algumas das comunidades características destas unidades fitogeográficas: no Superdistrito Zezerense dominam sobreirais climatófilos continentais e as respectivas etapas subseriais; podem encontrar-se na área de estudo algumas espécies diferenciais do Subsector Beirense Litoral como Erica cinerea e Halymium alyssoides, sendo este Subsector também o óptimo biogeográfico dos carvalhais termófilos de carvalho-roble do Rusco-aculeatiQuercetum roboris viburnetosum tini, acompanhados pelas suas orlas arbustivas sombrias e ligeiramente edafohigrófilas, onde ocorre uma comunidade endémica dominada pelo azereiro – Frangulo alni – Prunetum lusitanicae. O carácter predominantemente mediterrânico da região em que esta serra se insere evidencia-se nos estudos climatológicos, no entanto, também são evidentes as “fortes influências atlânticas e mesmo eurosiberianas”, que se fazem sentir, sobretudo nos pontos mais elevados da Serra do Açor (Silveira, 2001). A complexidade orográfica do relevo contribui para esta situação, levando a que nas encostas com exposição N-NW dominem espécies atlânticas e eurosiberianas (como por exemplo Cytisus spp., Quercus robur e Castanea sativa), enquanto que espécies caracteristicamente mediterrânicas dominam nas encostas expostas a S-SE (Erica spp., Cistus spp., Arbutus unedo, Q.ilex e Q. suber) (Silveira, 2001). De uma forma 1ª Fase – Relatório de Caracterização 36 Plano de Ordenamento da APPSA geral, poder-se-ia dizer que às “ilhas” de influência atlântica corresponde uma vegetação climácica dominada por bosques temperados de Quercus robur, enquanto que no restante território, com influência mediterrânica mais marcante, corresponde uma vegetação climácica dominada pelo Quercus suber. Definição das Espécies da Flora Analisando o elenco de espécies da flora podem destacar-se, pela sua raridade, um grande número de espécies, nomeadamente, Asplenium adiantum-nigrum L. var. adiantum-nigrum, Phyllitis scolopendrium (L.) Newman subsp. scolopendrium, Aquilegia vulgaris L. subsp. dichroa (Freyn) T.E.Díaz, Clematis vitalba L., Hypericum androsaemum L., Murbeckiella sousae Rothm., Sedum pruinatum Brot., Circaea lutetiana L. subsp. lutetiana, Eryngium duriaei Gay ex. Boiss., Sanicula europea L., Antirrhinum meonanthum Hoffmanns. & Link, Linaria diffusa Hoffmanns. & Link, Linaria saxatilis (L.) Chaz. var. saxatilis, Veronica micrantha Hoffmanns. & Link, Festuca paniculata (L.) Schinz & Thell. subsp. multispiculata Rivas Ponce & Cebolla, Festuca summilusitana Franco & Rocha Afonso, Melica uniflora Retz., Peribalia involucatra (Cav.) Janka, Gagea soleirolii F.W. Schltz, Lilium martagon L., Polygonatum odoratum (Mill.) Druce, Cephalanthera longifolia (L.) Fritsch e Neotia nidus.avis (L.) Rich. Quanto ao carácter de tipicidade regional refere-se a relevância do azereiro (Prunus lusitanica L. subsp. lusitanica). Segundo alguns autores (nomeadamente Silveira, 2001), encontram-se na Serra do Açor as maiores populações de azereiro de toda a sua área de distribuição, sendo a Mata da Margaraça, a maior actualmente existente. Silveira (2001) refere também o “interesse científico e ornamental desta espécie, com uma área de distribuição restrita, constituída por pequenas populações relíquia”, considerando tratar-se de “um indicador de comunidades e ecossistemas relíquia, importantes para a conservação da biodiversidade, em particular de briófitos”. Salienta-se também a presença de 28 endemismos ibéricos: Aquilegia vulgaris L. subsp. dichroa (Freyn) T. E. Díaz, Ranunculus bupleoroides Brot., Ranunculus olissiponensis Pers. subsp. olissiponensis, Silene scabriflora Brot. subsp. scabriflora, Salix salviifolia Brot., Sesamoides suffruticosa (Lange) Kuntze, Sedum arenarium Brot., Sedum pruinatum, Brot., Cytisus multiflorus (L’Hér.) Sweet, Genista falcata Brot., Lotus corniculatus L. subsp. carpetanus (Lacaita) Rivas Mart., Pterospartum tridentatum (L.) Willk., Conopodium majus (Gouan) Loret subsp. marizianum (Samp.) López Udias & Mateo, Eryngium duriaei Gay ex Boiss., Omphalodes nitida Hoffmans. & Link, Lavandula stoechas L. subsp. luisieri (Rozeira) Rozeira, Antirrhinum meonanthum Hoffmans. & Link, Linaria saxatilis (L.) Chaez. var. saxatilis, Linaria triornithophora (L.) Willd., Veronica micrantha Hoffmans. & Link, Galium helodes Hoffmans. & Link, Centaurea aristata Hoffmanns. & Link subsp. langeana (Willk.) Dostál, Luzula sylvatica (Huds.) Gaudin subsp. henriquesii (Degen) P. Silva, Festuca paniculata (L.) Schinz & Thell. subsp. multispiculata Rivas Ponce & Cebolla, Festuca summilusitana Franco & Rocha Afonso, Koelaria caudata (Link.) Steud., Peribalia involucatra (Cav.) Janka, Narcissus triandrus L. subsp. pallidulus (Graells) Rivas Goday. Estão presentes algumas espécies endémicas do território nacional como Murbeckiella sousae Roth., Linaria diffusa Hoffmanns. & Link, Scrophularia grandiflora DC. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 37 Plano de Ordenamento da APPSA Entre as espécies da flora presentes nesta AP encontram-se algumas apontadas pelos especialistas para integrar o Livro Vermelho da flora portuguesa com carácter de vulneráveis: Linaria diffusa Hoffmanns. & Link, Veronica micrantha Hoffmanns. & Link, Neotia nidus-avis (L.) Rich. As espécies da flora que integram os diferentes anexos da Directiva Habitats são indicativas da importância da flora da Serra do Açor para a conservação da natureza a nível internacional. Nesta situação contam-se espécies como Murbeckiella sousae Rothm. (Anexo IV), Scrophularia grandiflora DC. (Anexo V), Veronica micrantha Hoffmanns. & Link (Anexo II), Festuca summilusitana Franco & Rocha Afonso (Anexo II), Ruscus aculeatus L. (Anexo V), Narcissus bulbocodium L. subsp. bulbocodium (Anexo V), Narcissus triandrus L. subsp. pallidulus (Graells) Rivas Goday (Anexo IV). Até agora, estão referenciadas para a APPSA (Paiva & Nogueira, 1981; Silva et al., 1985; Neves, 1996; Silveira, 2001) 336 espécies da flora (Tabela 2), pertencentes a 71 famílias diferentes. A listagem das espécies vegetais presentes na AP, bem como as respectivas famílias e as comunidades a que estão associadas, apresentam-se na Tabela 42 (Anexo II). Tabela 2 – Número de espécies de cada grupo taxonómico referenciadas para a APPSA. Grupo Taxonómico Pteridophyta Gymnospermae Angiospermae Dicotyledones Monocotyledones Número de Espécies 17 1 253 64 Número Total de Espécies 336 318 O número de taxa da flora, apontado neste trabalho (336), fica muito aquém do número total de taxa referido para toda a Serra do Açor (776) (Silveira, 2001). Optou-se por incluir na lista de espécies presentes na AP, apenas aquelas para as quais existem referências formais na bibliografia (Silveira, 2001) para localidades interiores à AP, sendo que o número real de espécies presentes será provavelmente superior. Valoração das Espécies da Flora Para cada uma das espécies referidas para a APPSA foi calculado o respectivo Valor Ecológico Específico (VEE), recorrendo à metodologia de valoração que se encontra descrita pormenorizadamente no Anexo II. Resumidamente, o cálculo do VEE baseia-se no somatório de vários parâmetros relacionados com o Estatuto de Conservação e com o Estatuto Biogeográfico das espécies. Aos valores de VEE fez-se corresponder diferentes Classes de Relevância para a Conservação (Excepcional, Alta e Média). Na Tabela 42 (Anexo II) são também apresentados os resultados deste processo de valoração com a lista total de espécies, o cálculo dos diferentes parâmetros de valoração, o VEE final e as respectivas classes de relevância. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 38 Plano de Ordenamento da APPSA 3.2. Vegetação Definição das Unidades de Vegetação Depois de analisadas as comunidades vegetais da APPSA, foram definidas 10 unidades de vegetação a considerar neste estudo: (1) “Florestas Pré-Climácicas de Folhosas Autóctones” (FCF), (2) “Comunidades Não Climácicas de Folhosas Autóctones” (CNF), (3) “Comunidades Ripícolas” (CRi), (4) “Bosquetes Residuais de Sobreiro” (BRS), (5) “Pinhal” (P), (6) “Matagais Arborescentes de Espécies Lauróides” (MAL), (7) “Giestais” (G), (8) “Urzais” (U), (9) “Comunidades Rupícolas e Prados de Altitude” (CRu) e (10) “Áreas Agrícolas” (AA), permitindo elaborar a carta [12] - vegetação. Na Tabela 3, apresenta-se o número de espécies da flora que ocorrem em cada uma das unidades de vegetação, encontrando-se, na Tabela 42 (Anexo II), a lista de habitats presentes em cada comunidade e, na Tabela 43 (Anexo II), a listagem das espécies presentes em cada comunidade. Tabela 3 – Número de espécies da flora ocorrente em cada uma das unidades de vegetação considerada. Unidades de Vegetação Florestas pré-climácicas de folhosas autóctones Comunidades não climácicas de folhosas autóctones Comunidades ripícolas Bosquetes residuais de sobreiro Pinhal Matagais arborescentes de espécies lauróides Giestais Urzais Comunidades rupícolas e prados de altitude Áreas agrícolas Número de Espécies 289 279 125 74 173 144 145 113 20 160 De seguida, apresenta-se uma breve descrição das unidades consideradas. Vegetação arbórea Unidade de Vegetação “Florestas Pré-Climácicas de Folhosas Autóctones” Estas formações, dominadas por Quercus robur (carvalho-alvarinho) aproximam-se, quanto à estrutura e composição florística, dos bosques climatófilos das vertentes mais expostas às influências atlânticas desta serra. No entanto, são já poucas e pequenas as manchas que ainda restam desta vegetação, sendo a Mata da Margaraça a maior e mais bem conservada. Estas manchas constituem algumas das principais reservas de biodiversidade do território. A Mata da Margaraça constitui, assim, uma relíquia do carvalhal primitivo que cobria, em tempos, grande parte das encostas com exposição NW e influência mais atlântica desta serra. Na APPSA, esta é a única mancha com características pré-climácicas. Esta floresta caracteriza-se pela densidade do estrato arbóreo, que, em muitas áreas, ronda os 100%, influenciando as condições ambientais do sub-bosque: elevada humidade relativa, variações da temperatura inferiores às verificadas no exterior do bosque e níveis de luminosidade relativamente baixos; assim como a 1ª Fase – Relatório de Caracterização 39 Plano de Ordenamento da APPSA composição e estrutura dos estratos inferiores, sendo o estrato herbáceo, dominado por geófitos de floração precoce (ALFA, 2006) e por espécies umbrófilas, o exemplo mais evidente. A encosta exposta a NW, em que esta formação florestal se desenvolve, tem um solo rico e profundo, quando comparado com as áreas adjacentes, resultante da acumulação de matéria orgânica propiciada pela existência da floresta. Existem muitas comunidades vegetais que dependem funcionalmente dos carvalhais, referindo-se como exemplo as comunidades herbáceas de orla, os matagais de orla e clareiras florestais, as comunidades vasculares e brio-liquénicas epifíticas, as comunidades associadas ao lenho morto em decomposição, entre muitas outras (ALFA, 2006). Os diversos factores de perturbação natural desempenham um papel fundamental na criação das condições para que estas comunidades se desenvolvam. Estes carvalhais dispõem-se também em mosaico com as suas etapas subseriais como os giestais e tojais (ALFA, 2006). Na Mata da Margaraça verifica-se que os efeitos dos fogos e de cortes da floresta originaram, normalmente, giestais (Cytisus spp.) (Silveira, 2001). O estrato arbóreo desta comunidade é dominado por espécies plano-caducifólias de carácter atlântico como o carvalho-alvarinho (Quercus robur). Estas espécies são acompanhadas de muitas outras como o castanheiro (Castanea sativa), o ulmeiro (Ulmus minor), a ginjeira (Prunus cerasus), a cerejeira (Prunus avium), o azereiro (Prunus lusitanica subsp. lusitanica), o loureiro (Laurus nobilis), o azevinho (Ilex aquifolium), o folhado (Viburnum tinus), o salgueiro (Salix atrocinerea), etc. Destaca-se a abundância no estrato arbustivo da aveleira (Corylus avellana). No estrato herbáceo destacam-se espécies como Hypericum androsaemum, Polysticum setiferum, Phyllitis scolopendrium, Veronica montana, Veronica micrantha, Cephalantera longifolia, Orchis mascula, Neotia nidus-avis, Lilium martagon, Polygonatum odoratum, Eryngium duriaei, Linaria triornithophora, Physospermum cornubiense, Scrophularia grandiflora entre muitas outras. O subtipo “carvalhais mesotróficos de Quercus robur” do habitat 9160 da Directiva Habitats (ALFA, 2006) parece descrever melhor o carvalhal presente na Mata da Margaraça. A presença abundante de aveleiras nas suas clareiras, orlas e subcoberto parece apontar nesse sentido, já que a presença desta espécie é geralmente um bom indicador das tesselas correspondentes a estes carvalhais (ALFA, 2006). No entanto, a presença de espécies como Saxifraga spathularis e Luzula sylvatica subsp. henriquesii, a abundância de espécies como Ilex aquifolium, Prunus lusitanica subsp. lusitanica, de trepadeiras como Hedera helix, Tamus communis, Lonicera periclymenum subsp. periclymenum, Rubus sp., de espécies do estrato arbustivo como Crataegus monogyna, Erica arborea, Ruscus aculeatus, Arbutus unedo, parecem apontar para a presença do subtipo “carvalhais de Quercus robur” do habitat 9230 da Directiva (ALFA, 2006). A possibilidade do contacto catenal entre os carvalhais oligotróficos e os mesotróficos (ALFA, 2006) ao longo da encosta em que se encontra esta floresta sugere a presença dos dois habitats. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 40 Plano de Ordenamento da APPSA A Mata da Margaraça também apresenta uma particular dominância de espécies lauróides como o azereiro, o loureiro e o folhado, que a distinguem de outras semelhantes que ocorrem mais a Norte do país e a relacionam evolutivamente com as laurisilvas terciárias (Silveira, 2001). O habitat da Directiva Habitats que melhor descreve a presença destas espécies é o 5230 – Matos altos de lauróides (habitat prioritário) através dos subtipos louriçais, azereirais e medronhais-azereirais. Este habitat é deveras relevante para a conservação da natureza pois alberga um elevado número de relíquias lauróides paleo-sub-tropicais (Silveira, 2001), para além de ser um habitat pouco frequente no território nacional (ALFA, 2006). O azereiro, dentro da AP, aparece normalmente associado a linhas de água. Nesta área, a única excepção em que esta espécie ocorre em mancha, numa encosta, é na Mata da Margaraça. Segundo alguns autores (Silveira, 2001), encontram-se na Serra do Açor as maiores populações de azereiro de toda a sua área de distribuição, sendo a Mata da Margaraça, a maior actualmente existente. Silveira (idem) refere também o “interesse científico e ornamental desta espécie, com uma área de distribuição restrita, constituída por pequenas populações relíquia”, considerando tratar-se de “um indicador de comunidades e ecossistemas relíquia, importantes para a conservação da biodiversidade, em particular de briófitos”. No interior da Mata da Margaraça existem áreas em que o castanheiro é a espécie dominante (habitat 9260 da Directiva Habitats). Este facto deve-se à história da intervenção humana nesta formação florestal ao longo dos séculos. Com efeito, a produção de varas de castanho para a manufactura de cestas foi aqui uma actividade importante. O castinçal era explorado em regime de rotatividade com períodos que podiam ir dos quatro aos sete anos. Nestas áreas, por vezes, a única espécie arbórea presente é o castanheiro. As áreas exploradas como soutos também têm algum peso, pois a produção de castanha foi igualmente uma actividade importante para os proprietários desta área. Em ambos os casos, a pressão da vegetação circundante, o abandono das actividades silvícolas tradicionais e as medidas de gestão levadas a cabo recentemente tendem a uniformizar estas áreas com a restante floresta. Assim, desenvolvem-se no interior destas áreas numerosas espécies pertencentes ao carvalhal, tal como o castanheiro se encontra no meio das manchas mais bem conservadas de carvalhal. Algumas das áreas da Mata da Margaraça afectadas pelo incêndio de 1987 apresentam uma cobertura densa de azevinhos. Este facto levou a considerar a presença do habitat 9380 da Directiva Habitats; de facto, os azevinhais portugueses constituem formas de degradação de carvalhais com o sub-bosque rico em azevinho. Caracterizam-se por possuírem um estrato arbóreo pouco denso, o que permite que ao estrato arbustivo chegue luz abundante, favorecendo a presença de arbustos das etapas sub-seriais (ALFA, 2006). A Mata da Margaraça tem uma área de 68ha. À sua pequena dimensão soma-se um efeito de insularidade que se traduz no isolamento do ecossistema e das respectivas espécies. Este isolamento está também associado à existência de poucos corredores ecológicos, o que condiciona a mobilidade das espécies animais e a troca de genes necessária à manutenção da variabilidade genética das populações. A pequena área da Mata da Margaraça também lhe confere uma menor resiliência, o que torna o ecossistema mais permeável a perturbações susceptíveis de desequilibrar os processos ecológicos. Entre estas perturbações 1ª Fase – Relatório de Caracterização 41 Plano de Ordenamento da APPSA contam-se os incêndios florestais, as ameaças fitossanitárias, a invasão por espécies alóctones, etc. (Neves, 2005). As dimensões reduzidas de manchas florestais como esta levam a que uma percentagem excessiva da sua área esteja submetida a um forte efeito de margem, à abundância de espécies características das orlas herbáceas destas florestas, à penetração no ecossistema de espécies heliófitas como Rubus sp., Cytisus sp., Pteridium aquilinum, entre outras, e, em áreas mais degradadas, à presença de tojais e urzais-tojais subseriais (ALFA, 2006). Apresentam-se, na Tabela 4, os habitats, da Directiva Habitats, identificados nesta comunidade, bem como as unidades fitossociológicas e os Habitats EUNIS 2002. Tabela 4 – Correspondência da unidade de vegetação “Florestas Pré-Climácicas de Folhosas Autóctones” com os habitats da Directiva Habitats, com a fitossociologia e com os habitats EUNIS 2002. Unidade de Vegetação Florestas préclimácicas de folhosas autóctones Habitats da Directiva (ALFA, 2006) 9160 – Bosques mesotróficos de planocaducifólias (Carvalhais pedunculados ou florestas mistas de carvalhos e carpas subatlânticas e médio-europeias da Carpinion betuli Subtipo 9160pt1 – Carvalhais mesotróficos de Quercus robur 9230 – Carvalhais de Quercus robur (Carvalhais galaico-portugueses de Quercus robur e Q. pyrenaica) 9230pt1 – Carvalhais de Quercus robur 9260 – Castinçais abandonados e soutos antigos (Florestas de Castanea sativa) *5230 – Matos altos de lauróides Louriçais; Azereirais; Medronhais-azereirais 8220 – Afloramentos rochosos siliciosos com vegetação vascular rupícola (vertentes rochosas siliciosas com vegetação casmofítica) 8220pt1 – Afloramentos rochosos siliciosos com comunidades casmofíticas 8220pt3 – Biótopos de comunidades comófiticas esciófilas ou de comunidades epifíticas 9380 – Azevinhais (Florestas de Ilex aquifolium) 6430pt1 – Vegetação megafórbica mesohigrófila escionitrófila perene de solos frescos Correspondência Fitossociológica (ALFA, 2006) Habitats EUNIS 2002(a) (ALFA, 2006) Hyperico androsaemi – Quercetum roboris (Pulmunario longifoliae – Quercion roboris, Querco-Fagetea) G1.A Quercenion robori-pyrenaicae G1.7 Sem correspondência fitossociológica G1.7 Arbuto unedonis-Laurion nobilis (classe Quercetea ilicis) p.p.max. F5.1 (Pruno lusitanicae-Arbutetum unedonis) H3.1 Classe Asplenietea trichomanis Selaginello denticulatae-Anogrammion leptophyllae (classe AnomodontoPolypodietalia) Sem correspondência fitossociológica evidente Galio aparines – Alliarietalia petiolatae p.p.max. G2.6 E5.4. p.p. E5.2. F3.251 F3.253 (a) EUNIS Biodiversity Database E5.2 – Termophile woodland fringes; E5.4 – Moist or wet tall-herb and fern fringes and meadows; F3.251 – White-flowered broom fields; F3.253 – Northwestern Iberian [Cytisus] fields;F5.1 – Arborescent matorral; G1.A – Meso- and eutrophic [Quercus] woodland; G1.7 – Thermophilous decidous woodlands; G2.6 – [Ilex aquifolium] woods; H3.1 – Acid siliceous inland cliffs. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 42 Plano de Ordenamento da APPSA Para além da riqueza em plantas vasculares, a Mata da Margaraça, constitui habitat preferencial de um vasto número de espécies de briófitos e de fungos, para além de uma vasta comunidade faunística que aqui encontra abrigo e alimento, tornando-a um repositório privilegiado de biodiversidade. Unidade de Vegetação “Comunidades Não Climácicas de Folhosas Autóctones” As manchas de Quercus robur integradas nesta unidade (Tabela 5) correspondem a carvalhais em regeneração, estando por vezes associados a povoamentos de castanheiro, também eles em expansão. Estes povoamentos de folhosas, muitas vezes, misturam-se com pinhal de regeneração ou mesmo no meio de pinhais adultos, outras vezes no meio de giestais; em casos pontuais, ocupam o fundo de vales mais frescos, locais onde a influência dos incêndios se faz sentir com menos intensidade, constituindo comunidades residuais. Nesta comunidade inserem-se também os povoamentos de castanheiro, quer soutos antigos quer áreas de castinçal abandonado, que se distribuem ao longo da serra. Tanto os castinçais abandonados como os soutos antigos são povoamentos artificiais de castanheiro, que não são sujeitos actualmente a intervenções silvícolas. Consideram-se estes povoamentos como habitats potenciais que tendem para comunidades semelhantes às que integram a unidade de vegetação “florestas pré-climácicas de folhosas autóctones”, no caso de não se verificarem perturbações significativas que invertam a sua evolução para o sentido regressivo. Estes povoamentos beneficiam de um solo orgânico rico, de folhada abundante e do ambiente ecológico característico das florestas de plano-caducifólias autóctones, constituindo portanto habitats de fácil recuperação (ALFA, 2006). Acrescente-se a importante função destes povoamentos como “habitats de substituição” para espécies da flora, da fauna, da micoflora, etc., normalmente associadas aos carvalhais climácicos (ALFA, 2006), designadamente Eryngium duraei, Orchis mascula, Lilium martagon, Scrophularia grandiflora, Polygonatum odoratum, Cephalantera longifolia e Linaria triornithophora. Para além de funcionarem como refúgio de biodiversidade, estas comunidades são também importantes unidades de paisagem, prestando ainda importantes serviços ecológicos como a regulação climática, a prevenção de fenómenos catastróficos, a retenção e a formação de solo, etc. (ALFA, 2006). Estes povoamentos de folhosas autóctones têm ainda um papel importante como corredores ecológicos, proporcionando um habitat adequado para numerosas espécies da fauna se poderem movimentar, alimentar e abrigar e favorecendo o aumento do fluxo genético que permite a manutenção da variabilidade genética das populações. Com efeito, estas comunidades são o refúgio de muitas espécies, da fauna e da flora, características dos carvalhais pré-climácicos, já que a área reduzida da Mata da Margaraça confere uma maior permeabilidade a perturbações susceptíveis de desequilibrar os processos ecológicos. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 43 Plano de Ordenamento da APPSA Tabela 5 – Correspondência da unidade de vegetação “Comunidades Não Climácicas de Folhosas Autóctones” com os habitats da Directiva Habitats, com a fitossociologia e com os habitats EUNIS 2002. Unidade de Vegetação Comunidades não climácicas de folhosas autóctones Habitats da Directiva (ALFA, 2006) 8220 – Afloramentos rochosos siliciosos com vegetação vascular rupícola (vertentes rochosas siliciosas com vegetação casmofítica) 8220pt3 – Biótopos de comunidades comófiticas esciófilas ou de comunidades epifíticas 9260 – Castinçais abandonados e soutos antigos (Florestas de Castanea sativa) 9230 – Carvalhais de Quercus robur (Carvalhais galaico-portugueses de Quercus robur e Q. pyrenaica) 9230pt1 – Carvalhais de Quercus robur 6430pt1 – Vegetação megafórbica meso-higrófila escionitrófila perene de solos frescos Correspondência Fitossociológica (ALFA, 2006) Habitats EUNIS 2002(a) (ALFA, 2006) Selaginello denticulataeAnogrammion leptophyllae (classe Anomodonto-Polypodietalia) H3.1 Sem correspondência fitossociológica G1.7 Quercenion robori-pyrenaicae G1.7 Galio aparines – Alliaria petiolatae p.p.max. E5.4.p.p. E5.2.p.p.min F3.251 F3.253 (a) EUNIS Biodiversity Database E5.2 – Termophile woodland fringes; E5.4 – Moist or wet tall-herb and fern fringes and meadows; G1.7 – Thermophilous deciduous woodland; F3.251 – White-flowered broom fields; F3.253 – Northwestern Iberian [Cytisus] fields; H3.1 – Acid siliceous inland cliffs;. Unidade de Vegetação “Comunidades Ripícolas “ Estas comunidades acompanham grande parte das linhas de água da Serra do Açor, formando galerias nas margens destas linhas de água. Muitas vezes ocupam o fundo de vales encaixados, onde não sofreram tão drasticamente os efeitos dos incêndios florestais. As espécies dominantes nas galerias ripícolas desta AP são os salgueiros (Salix atrocinera e Salix salviifolia), o azereiro (Prunus lusitanica subsp. lusitanica), o loureiro (Laurus nobilis), surgindo também espécies como o sabugueiro (Sambucus nigra), o sanguinho (Frangula alnus), o amieiro (Alnus glutinosa), o folhado (Viburnum tinus), o medronheiro (Arbutus unedo), o azevinho (Ilex aquifolium) e o pilriteiro (Crataegus monogyna). No estrato arbustivo e herbáceo surgem espécies como Oenanthe crocata, Saponaria officinalis, Erica arborea, Myosotis secunda, Erica lusitanica, Apium nodiflorum (Silveira, 2001), Bryonia dioica, Hedera helix, Rubus sp., Tamus communis, Asplenium onopteris, Athyrium filix-femina, Blechnum spicant, Dryopteris affinis, Osmunda regalis, Polystichum setiferum, Luzula sylvatica subsp. henriquesii, Scrophularia scorodonia, Saxifraga spathularis, Euphorbia dulcis. A maioria das galerias ripícolas da Serra do Açor enquadra-se no habitat da Directiva 92AO subtipo pt3 – Salgueirais arbóreos psamófilos de Salix atrocinera (ALFA, 2006), quer pela dominância de Salix atrocinera, quer pela presença constante de Sambucus nigra. O subtipo pt4 do mesmo habitat (ALFA, 2006), correspondente aos salgueirais arbustivos de Salix salviifolia, também se encontra presente em grande parte destas comunidades ripícolas (Tabela 6). 1ª Fase – Relatório de Caracterização 44 Plano de Ordenamento da APPSA A presença de amieiro acompanhado por espécies como o azevinho (Ilex aquifolium), o loureiro (Laurus nobilis), Luzula sylvatica subsp. henriquesii, Scrophularia scorodonia, Saxifraga spathularis e Euphorbia dulcis apontam para a presença do habitat *91EO da Directiva Habitats (habitat prioritário), subtipo pt1 – amiais ripícolas (ALFA, 2006). Apesar deste habitat ser relativamente raro na área em causa, não tendo a representatividade territorial dos salgueirais, considerou-se, para efeitos de valoração das comunidades ripícolas, que estas, para além de albergarem pontualmente o habitat *91EO, constituem também habitat potencial destes amiais ripícolas. O habitat 5230 – Matos altos de lauróides tem uma grande relevância nestas comunidades. A presença, por vezes abundante, de azereiros, taxon com grande interesse científico e ornamental e uma área de distribuição restrita e constituída por pequenas populações relíquia, contribui para o elevado valor conservacionista destas comunidades. Acresce que o azereiro é um bom indicador de ecossistemas relíquia, habitats preferenciais para um grande número de espécies, em particular de briófitos (Silveira, 2001). As galerias ripícolas funcionam também como corredores ecológicos. Como foi já referido, estas comunidades acompanham linhas de água, muitas vezes no fundo de vales encaixados onde os efeitos dos incêndios florestais não se fizeram sentir com a mesma intensidade das encostas adjacentes. Funcionam, assim, como refúgios da fauna, facilitando a mobilidade e abrigo a numerosas espécies, fornecendo também microhabitats sombrios e húmidos, necessários para o desenvolvimento de muitas espécies da flora. Esta comunidade desempenha ainda um papel importante na prevenção da erosão, contribuindo para a formação e retenção do solo (ALFA, 2006). Salienta-se igualmente a importância das galerias ripícolas como barreiras que dificultam a propagação dos incêndios. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 45 Plano de Ordenamento da APPSA Tabela 6 – Correspondência da unidade de vegetação “Comunidades Ripícolas” com os habitats da Directiva Habitats, com a fitossociologia e com os habitats EUNIS 2002. Unidade de Vegetação Comunidades Ripícolas Habitats da Directiva (ALFA, 2006) *5230 – Matos altos de lauróides *5230pt1 – Louriçais *5230pt3 – Medronhais-azereirais 8220 – Afloramentos rochosos siliciosos com vegetação vascular rupícola (vertentes rochosas siliciosas com vegetação casmofítica) 8220pt1 – Afloramentos rochosos siliciosos com comunidades casmofíticas 8220pt3 – Biótopos de comunidades comófiticas esciófilas ou de comunidades epifíticas Correspondência Fitossociológica (ALFA, 2006) Arbuto unedonis-Laurion nobilis (classe Quercetea ilicis) p.p.max. F5.1 H3.1 Classe Asplenietea trichomanis Selaginello denticulatae-Anogrammion leptophyllae (classe AnomodontoPolypodietalia) *91EO – Bosques ripícolas de amieiros, salgueiros ou bidoeiros (Florestas aluvionares de Alnus glutinosa e Fraxinus excelsior) 91EOpt1 – Amiais ripícolas Habitats EUNIS 2002(a) (ALFA, 2006) G1.1 G1.2 Aliança Osmundo-Alnion, classe Salici purpureae-Populetea nigrae 92AO – Galerias ribeirinhas mediterrânicas dominadas por choupos e/salgueiros (FlorestasG1.1 galerias de Salix alba e Populus alba) 92AOpt4 – Salgueirais arbustivos de Salix Salicetum salviifolia salviifolia subsp. salviifolia (a) EUNIS Biodiversity Database F5.1 – Arborescent matorral: [Laurus nobilis] matorral; G1.1 – Riparian and gallery woodland with dominant [Alnus], [Betula], [Populus] or [Salix]; G1.2 – Mixed riparian floodplain and gallery woodlan; H3.1 - Acid siliceous inland cliffs. Unidade de Vegetação “Bosquetes Residuais de Sobreiro” Na Serra do Açor e no interior dos limites da AP surgem numerosos sobreiros dispersos. No entanto, em algumas encostas com exposição predominante a Sul subsistem alguns pequenos bosquetes abertos, dominados por esta espécie. Uma destas formações localiza-se na proximidade da aldeia do Enxudro e a outra próxima da aldeia de Pardieiros. Estes bosquetes encontram-se já algo degradados, quando analisados à luz da descrição do habitat 9330 – Florestas de Quercus suber, da Directiva Habitats (ALFA, 2006), sendo a relativa baixa densidade do coberto arbóreo, o principal factor que aponta nesse sentido. Surgem, apesar de tudo, algumas pequenas áreas com uma densidade de coberto mais elevada, o que justifica ter-se considerado a presença deste habitat. Estas áreas, apesar de não terem um copado cerrado, como seria característico do habitat 9330, também não correspondem a montados, sendo que a intervenção humana se reduz eventualmente à acção do fogo, uma vez que estes bosques se situam em áreas declivosas (ALFA, 2006). Estes bosquetes encontram-se associados a matos altos dominados por arbustos como o medronheiro (Arbutus unedo), o aderno (Phillyrea latifolia), a Phillyrea angustifolia, a Erica arborea, o folhado (Viburnum tinus), a gilbardeira (Ruscus aculeatus), o rosmaninho (Lavandula stoechas subsp. luisieri) e Cytisus sp.. Estes matos são adequadamente descritos pelo habitat 5330 – Matagais altos ou matos baixos mesoxerófilos mediterrânicos, subtipo pt3 – medronhais (ALFA, 2006) (Tabela 7). 1ª Fase – Relatório de Caracterização 46 Plano de Ordenamento da APPSA Tabela 7 – Correspondência da unidade de vegetação “Bosquetes de Sobreiros” com os habitats da Directiva Habitats, com a fitossociologia e com os habitats EUNIS 2002. Unidade de Vegetação Bosquetes de residuais de sobreiro Habitats da Directiva (ALFA, 2006) 9330 – Bosques de sobreiro (Florestas de Quercus suber) Correspondência Fitossociológica (ALFA, 2006) Sanguisorbo-Quercetum suberis (Costa et al., 1998) Querco rotundifoliae-Oleion sylvestris, p.p. 8220 – Afloramentos rochosos siliciosos com vegetação vascular rupícola (vertentes rochosas siliciosas com vegetação casmofítica) 8220pt1 – Afloramentos rochosos siliciosos com comunidades casmofíticas Classe Asplenietea trichomanis 8220pt3 – Biótopos de comunidades comófiticas esciófilas ou de comunidades epifíticas Selaginello denticulataeAnogrammion leptophyllae (classe Anomodonto-Polypodietalia) G2.1 (G2.112/P-45.22) (G2.113/P-45.23) H3.1 F5.5, F5.1 p.p. [F5.5/P32.24] [F5.5/P-32.25] [F5.1/P-32-26] [F5.1./P-32-11] 5330 – Matagais altos ou matos baixos mesoxerófilos mediterrânicos (matos termomediterrânicos pré-desérticos) 5330pt3 – Medronhais Habitats EUNIS 2002(a) (ALFA, 2006) Ericion arboreae (classe Quercetea ilicis) F3.251 F3.253 F3.256 (a) EUNIS Biodiversity Database F3.251 – White-flowered broom fields; F3.253 – Northwestern Iberian [Cytisus] fields; F3.256 – Central Iberian [Cytisus] fields; F5.1 – Arborescent matorral; F5.5 – Thermo-Mediterranean scrub; G 2.1 – Mediterranean evergreen [Quercus] woodland; G2.11 – [Quercus suber] woodland; H3.1 – Acid siliceous inland cliffs. Note-se que a abundância relativa das espécies referidas varia consoante o estado de degradação destes matos. Em áreas mais degradadas surgem algumas pequenas manchas de esteval (Cistus ladanifer) que constitui uma das últimas fases de regressão das formações de sobreiro. Em algumas áreas, o sobreiral mistura-se ainda com o pinhal de regeneração. De referir também a presença de carvalho alvarinho (Quercus robur) no interior de muitas destas áreas, em que o sobreiro é dominante. Unidade de Vegetação “Pinhais” A maior parte das encostas da Serra do Açor encontram-se cobertas por pinheiro-bravo (Pinus pinaster). Apesar de algumas fontes bibliográficas referirem a presença desta espécie nesta serra já em séculos anteriores, foi nos anos 40 do Século XX, durante o Estado Novo, que a sua cultura atingiu o auge (Silveira, 2001). Se, durante algumas décadas, as populações e os respectivos proprietários mantinham sobre estas manchas de pinhal uma gestão cuidada, com o êxodo para outras regiões durante a segunda metade do Século XX, estes povoamentos ficaram ao abandono. A acumulação de material vegetal resultante do abandono das práticas silvícolas, associada ao facto de se tratarem de monoculturas contínuas de uma resinosa e aos acentuados declives das encostas, contribuiu para o aumento da frequência dos incêndios florestais. Estes incêndios levaram à diminuição da área de pinhal, que foi substituída por matos, sendo hoje 1ª Fase – Relatório de Caracterização 47 Plano de Ordenamento da APPSA poucos os pinhais adultos na Serra do Açor. Existem, no entanto, extensas áreas de regeneração natural desta espécie. O sub-bosque associado a estas formações varia consoante as condições ambientais e a gestão a que é sujeito. No entanto, podem referir-se algumas espécies que parecem favorecidas pelo pinhal: Pteridium aquilinum, Calluna vulgaris, Simethis mattiazzi e Agrostis curtisii (Silveira, 2001). A maior parte dos pinhais tem um sub-coberto constituído por matos baixos dominados por ericáceas, correspondente ao habitat 4030 da Directiva Habitats (Tabela 8). Tabela 8 – Correspondência da unidade de vegetação “Pinhal” com os habitats da Directiva Habitats, com a fitossociologia e com os habitats EUNIS 2002. Unidade de Vegetação Pinhal Habitats da Directiva (ALFA, 2006) 4030 – Matos baixos de ericáceas e/ou tojos, mesófilos ou xerófilos, de substratos duros (Charnecas secas europeias) Correspondência Fitossociológica (ALFA, 2006) Habitats EUNIS 2002(a) (ALFA, 2006) Ericion umbellatae p.p.max. (classe Calluno-Ulicetea), “incluem-se neste sub-tipo algumas comunidades de distribuição galaico-portuguesa (e.g. Halimio alyssoidis-Pterospartetum tridentatae)” F4.2 p.p.max. 4030pt3 – Urzais, urzais-tojais e urzais-estevais mediterrânicos não litorais (a) EUNIS Biodiversity Database F4.2 – Dry heaths Habitats dominados por vegetação arbustiva e sub-arbustiva Unidade de Vegetação “Matagais Arborescentes de Espécies Lauróides” Incluem-se, nesta unidade de vegetação, os louriçais (matagais arborescentes de loureiro) e os medronhaisazereirais, ambos subtipos do habitat 5230, da Directiva Habitas (ALFA, 2006), assim como os medronhais meso-xerófilos correspondentes ao subtipo medronhais do habitat 5330 da mesma Directiva (Tabela 9) (ALFA, 2006). Os louriçais caracterizam-se pela dominância de Laurus nobilis e pela presença do medronheiro (Arbutus unedo) e do folhado (Viburnum tinus). De sublinhar a não ocorrência de Prunus lusitanica subsp. lusitanica neste subtipo (ALFA, 2006). Os medronhais-azereirais são dominados pelo medronheiro, acompanhado do azereiro (Prunus lusitanica subsp. lusitanica) e também do azevinho (Ilex aquifolium). Tanto os louriçais como os medronhais-azereirais constituem mosaicos sucessionais com as comunidades da série acidófila dos carvalhais termófilos de Quercus robur (ALFA, 2006). Estes matagais surgem na sequência de perturbações como o corte ou os incêndios. Os medronhais meso-xerófilos são essencialmente mesomediterrânicos (ALFA, 2006), o que se coaduna com a presença dos andares Mesomediterrânico Superior e Supramediterrânico Inferior na Serra do Açor. Apesar dos subtipos do habitat 5230, referidos anteriormente, estarem associados a bioclimas de carácter mais temperado, a sua existência nesta serra, justifica-se pelo facto de se tratar de uma zona de transição entre influências biogeográficas distintas. De referir que os medronhais meso-xerófilos ocupam, na sua 1ª Fase – Relatório de Caracterização 48 Plano de Ordenamento da APPSA maioria, vertentes expostas a Sul onde a influência mediterrânica se faz sentir de forma mais marcada. Estes medronhais meso-xerófilos são dominados por Arbutus unedo e Erica arborea, aos quais se associam espécies como Phillyrea latifolia e P. angustifolia, Viburnum tinus, Lavandula stoechas, Ruscus aculeatus e Cytisus striatus, entre outras. Apesar de poderem constituir comunidades permanentes em encostas rochosas ou cristas, a maioria integra as orlas arbustivas dos bosquetes residuais de sobreiro. Assim, estes medronhais, com características pré-florestais, podem ocorrer associados com o que resta desses bosquetes, mas muitas vezes integram mosaicos com giestais, estevais e matos baixos que correspondem a fases avançadas de degradação desses ecossistemas florestais (ALFA, 2006). A localização da Serra do Açor nos limites de várias Províncias fitogeofráficas, sob a influência predominante do macrobioclima Mediterrânico, pontuado por numerosas “ilhas” temperadas (Costa et al., 1998) cujo carácter de atlanticidade se acentua nas encostas com exposição predominante a Norte, justifica que as formações de carvalho-roble (Quercus robur) contactem frequentemente com formações de sobreiro (Quercus suber), o mesmo acontecendo com as respectivas etapas sucessionais. Optou-se, assim, por incluir na mesma unidade de vegetação os medronhais meso-xerófílos e os subtipos do habitat 5230 (louriçais e medronhais-azereirais), uma vez que existe continuidade espacial entre eles na área de estudo e apresentam uma estrutura semelhante, apesar dos distintos elencos florísticos. Tabela 9 – Correspondência da unidade de vegetação “Matagais Arborescentes de Espécies Lauróides” com os habitats da Directiva Habitats, com a fitossociologia e com os habitats EUNIS 2002. Unidade de Vegetação Matagais arborescentes de espécies lauróides Habitats da Directiva (ALFA, 2006) Correspondência Fitossociológica (ALFA, 2006) *5230 – Matagais arborescentes de Laurus nobilis 5230pt1 – Louriçais 5230pt3 – Medronhais-azereirais F5.1 Arbuto unedonis-Laurion nobilis p.p. (as associações dominadas por Laurus nobilis) Pruno lusitanicae-Arbutetum unedonis F5.5, F5.1 p.p. [F5.5/P32.24] [F5.5/P-32.25] [F5.1/P-32-26] [F5.1./P-32-11] 5330 – Matagais altos ou matos baixos meso-xerófilos mediterrânicos (matos termo-mediterrânicos pré-desérticos) 5330pt3 – Medronhais Habitats EUNIS 2002(a) (ALFA, 2006) Ericion arboreae (classe Quercetea ilicis) (a) EUNIS Biodiversity Database F5.18 – European laurel matorral; F5.1 – Arborescent matorral; F5.5 – Thermo-Mediterranean scrub. Unidade de Vegetação “Giestais” A Serra do Açor encontra-se coberta por extensas áreas de matos que foram, em tempos, cobertas por floresta. Os incêndios demasiado frequentes e intensos e a consequente erosão dos solos levaram à regressão da floresta e à sua substituição por formações como os urzais e os giestais. Os giestais na Serra do Açor são, quase sempre, dominados por Cytisus striatus. Esta espécie é acompanhada por outras como Erica arborea, Pterospartum tridentatum, Halimium lasianthum, Pteridium 1ª Fase – Relatório de Caracterização 49 Plano de Ordenamento da APPSA aquilinum, Rubus spp., Ulex minor, Arenaria montana, Digitalis purpurea, Genista falcata e Sedum forsterianum. À espécie Cytisus striatus juntam-se muitas vezes outras giestas como C. grandiflorus ou C. multiflorus, chegando esta última a ser dominante em alguns locais (Silveira, 2001). Os giestais podem ser considerados matos altos, ocupando encostas com exposição geral Norte e solos com cerca de 15cm de espessura (Silveira, 2001). Algumas destas áreas têm a sua origem em plantações de giestas feitas pelas populações locais, com o intuito de enriquecer o solo em azoto no intervalo das sementeiras de centeio (Silveira, 2001). A gestão destas áreas também incluía o corte e arranque selectivo das urzes, sendo as torgas destas plantas utilizadas na produção de carvão. Esta unidade de vegetação não inclui nenhum Habitat da Directiva Habitats. Existem, no entanto, diversos habitats Eunis que descrevem a estrutura e composição florísticas dos giestais da Serra do Açor: F3.251 (White-flowered broom fields), F3.253 (Northwestern Iberian [Cytisus] fields), F3.256 (Central Iberian [Cytisus] fields). Unidade de Vegetação “Urzais” Uma área considerável das encostas da Serra do Açor encontra-se coberta por matos baixos dominados por urzes. Nas zonas mais elevadas com exposição Norte e em algumas linhas de cumeada, com solos de profundidade média de 10cm, existem urzais dominados pela urze Erica australis. Estes urzais são o resultado da desflorestação continuada da serra e são mantidos pela acção dos incêndios. Estes matos baixos de cariz supramediterrânico incluem espécies como Erica australis, Pterospartum tridentatum, Halimium lasianthum, Erica arborea, Deschampsia flexuosa, entre outras. Nas encostas expostas a Sul, em condições de maior xericidade e sobre solos mais finos e lexiviados, desenvolve-se um urzal mais aberto e de menor porte, em que a urze dominante é a Erica umbellata. Os taxa mais abundantes nestas comunidades são Erica umbellata, Pterospartum tridentatum, Calluna vulgaris e Erica australis (Silveira, 2001). Em algumas áreas pode observar-se um domínio da carqueja (Pterospartum tridentatum). Neste trabalho optou-se por considerar, para efeitos de cartografia e ordenamento, uma unidade de vegetação denominada “urzais” e que inclui todas as variações identificadas na Serra do Açor, expressas fundamentalmente pela dominância relativa das espécies presentes. Para esta opção, contribuiu tembém o facto de ser difícil estabelecer os limites que separam cada um dos diferentes tipos de matos baixos e o facto de as diferentes variações serem bem descritas pelo mesmo habitat da Directiva Habitats, 4030pt3 – Urzais mediterrânicos não litorais (Tabela 10). 1ª Fase – Relatório de Caracterização 50 Plano de Ordenamento da APPSA Tabela 10 – Correspondência da unidade de vegetação “Urzais” com os habitats da Directiva Habitats, com a fitossociologia e com os habitats EUNIS 2002. Unidade de Vegetação Urzais Habitats da Directiva (ALFA, 2006) 4030 – Matos baixos de ericáceas e/ou tojos, mesófilos ou xerófilos, de substratos duros (Charnecas secas europeias) Correspondência Fitossociológica (ALFA, 2006) Ericion umbellatae p.p.max. (classe Calluno-Ulicetea), “incluem-se neste sub-tipo algumas comunidades de distribuição galaico-portuguesa (e.g. Halimio alyssoidis-Pterospartetum tridentatae)” Habitats EUNIS 2002(a) (ALFA, 2006) F4.2 p.p.max. 4030pt3 – Urzais mediterrânicos não litorais (a) EUNIS Biodiversity Database F4.2 – Dry heaths Unidade de Vegetação “Comunidades Rupícolas e Prados de Altitude” Em muitas áreas de cumeada e em algumas encostas da serra surgem afloramentos de xisto, resultantes da erosão dos solos que foi sendo facilitada pelos sucessivos incêndios florestais, deixando estas áreas descobertas de vegetação. Estes afloramentos rochosos são rapidamente colonizados por espécies pioneiras que toleram grandes amplitudes térmicas, indo de temperaturas negativas no Inverno a temperaturas muito elevadas no Verão, além das condições, por vezes extremas, de xericidade. Salienta-se a preponderância das gramíneas e crassuláceas (família de plantas suculentas). Os líquenes e musgos também têm um lugar importante nestas comunidades. O solo esquelético, que se aloja em camadas finas sobre a rocha ou nas fissuras do xisto, suporta algumas comunidades rupícolas. Estas comunidades são caracterizadas pela vegetação herbácea, constituindo arrelvados e prados de altitude dominados por gramíneas de géneros como Agrostis sp., Festuca sp. ou vegetação casmófita e comófita das fissuras e superfícies xistosas, respectivamente. Estes prados e comunidades rupícolas de altitude albergam algumas espécies com interesse florístico, abundando os endemismos lusos e ibéricos. Cumprem assim um importante papel como refúgio de biodiversidade. Algumas das espécies que aqui podem ser encontradas são Dianthus lusitanicus, Festuca summilusitanica, Koelaria caudata, Sedum pruinatum, Sedum hirsutum, Agrostis truncatula, entre outras. Porventura, a menor altitude a que se encontram os afloramentos rochosos no interior dos limites da AP não permitem a existência de outras espécies mais relevantes do ponto de vista da conservação que se desenvolvem em outros afloramentos rochosos da Serra do Açor. A presença de espécies como a Festuca summilusitana e a Agrostis truncatula apontam para a presença do habitat 6160pt2 – Matos rasteiros acidófilos temperados e mediterrânicos da Directiva Habitats (ALFA, 2006). As comunidades rupícolas dos afloramentos e superfícies rochosas integram-se no habitat 8220pt2 – Afloramentos rochosos siliciosos com vegetação vascular rupícola – Biótopos de comunidades comofíticas (ALFA, 2006) (Tabela 11). 1ª Fase – Relatório de Caracterização 51 Plano de Ordenamento da APPSA Tabela 11 – Correspondência da unidade de vegetação “Comunidades Rupícolas e Prados de Altitude” com os habitats da Directiva Habitats, com a fitossociologia e com os habitats EUNIS 2002. Unidade de Vegetação Habitats da Directiva (ALFA, 2006) Comunidades rupícolas e prados de altitude 8220 – Afloramentos rochosos siliciosos com vegetação vascular rupícola (vertentes rochosas siliciosas com vegetação casmofítica) 8220pt2 – Biótopos de comunidades comofíticas Correspondência Fitossociológica (ALFA, 2006) Habitats EUNIS 2002(a) (ALFA, 2006) H3.1 Saxifragion fragosoi (classe Phagnalo-Rumicetea indurati) 6160 - Matos rasteiros pioneiros 6160pt2 – Matos rasteiros acidófilos temperados Hieracio castellaniE4.3613 e mediterrânicos Plantaginion radicatae (a) EUNIS Biodiversity Database E4.3613 – Oro-Iberian acidophilous stripped grasslands – Cordilleran [Festuca] stripped grasslands; H3.1 – Acid siliceous inland cliffs. Unidade de Vegetação “Área Agrícola” Os terrenos agrícolas da Serra do Açor, na sua maioria, dispõem-se em socalcos ao longo das encostas declivosas. Com algumas excepções, a prática da agricultura na Serra do Açor encontra-se abandonada. Os solos agrícolas abandonados revestem-se ao longo dos anos de uma sucessão de comunidades vegetais que começa com prados arvenses e chega, em alguns casos, ao crescimento de pinhal jovem, resultado da germinação de sementes provenientes dos pinhais das zonas adjacentes. Presentemente, podem observarse antigos terrenos agrícolas com todos os tipos de comunidades intermédias entre as duas situações referidas, como sejam socalcos cobertos com silvas, giestas e urzes. Optou-se por considerar como unidade de vegetação “área agrícola”, quer para efeitos de descrição da comunidade, quer para efeitos de cartografia, os terrenos abandonados há menos tempo e cujo coberto vegetal corresponde ainda a um prado arvense. Nestes prados arvenses, húmidos durante o Inverno e Primavera e secos no Verão, podem ser encontradas espécies como Cerastium glomeratum, Teesdalia nudicaulis, Rumex acetosella, Stellaria media, Brassica barrelieri, Vulpia myurus subsp. sciuroides var. sciuroides, Geranium molle, Bromus hordeaceus, Mentha suaveolens, Avena barbata, entre outras (Silveira, 2001). Associados aos terrenos agrícolas, em muros de pedra e taludes antigos, desenvolvem-se comunidades comofíticas com espécies como Annograma leptophylla, Polypodium cambricum, Selaginella denticulata, entre outras. Esta comunidade corresponde à unidade fitossociológica Selaginello denticulatae-Anogrammion leptophyllae (classe Anomodonto-Polypodietalia) (Tabela 12). De referir também a presença de comunidades de muros velhos e fendas de rochas, com Cymbalaria muralis e vegetação de fissuras de paredes e muros com substrato nitrificado nos perímetros urbanos, com Parietaria judaica. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 52 Plano de Ordenamento da APPSA Tabela 12 – Correspondência da unidade de vegetação “Área Agrícola” com os habitats da Directiva Habitats, com a fitossociologia e com os habitats EUNIS 2002. Unidade de Vegetação Áreas agrícolas Habitats da Directiva (ALFA, 2006) Correspondência Fitossociológica (ALFA, 2006) 8220 – Afloramentos rochosos siliciosos com vegetação vascular rupícola (vertentes rochosas siliciosas com vegetação casmofítica) 8220pt3 – Biótopos de comunidades comófiticas esciófilas ou de comunidades epifíticas Habitats EUNIS 2002(a) (ALFA, 2006) H3.1 Selaginello denticulataeAnogrammion leptophyllae (classe Anomodonto-Polypodietalia) (a) EUNIS Biodiversity Database H3.1 – Acid siliceous inland cliffs. Valoração das Unidades de Vegetação A valoração das unidades de vegetação foi baseada na metodologia que se encontra descrita pormenorizadamente no Anexo II, juntamente com os resultados obtidos. Esta metodologia assenta na determinação de um Valor de Conservação da Comunidade (VCC), a partir dos Valores de Conservação dos Habitats (VCH) que constituem a comunidade, calculados previamente com base em diferentes parâmetros de avaliação. Aos Valores de Conservação de cada comunidade foi atribuído uma classe de relevância para a conservação. Este processo de valoração permitiu elaborar a carta [25] – valoração da vegetação. A hierarquização das unidades de vegetação, segundo o seu valor de conservação, e os respectivos níveis de classificação, encontram-se na Tabela 13, a seguir apresentada. Tabela 13 – Hierarquização do valor de conservação das unidades de vegetação e respectivas classes de relevância. Unidades de Vegetação Florestas pré-climácicas de folhosas autóctones Comunidades ripícolas Matagais arborescentes de espécies lauróides Comunidades rupícolas e prados de altitude Comunidades não climácicas de folhosas autóctones Bosquetes residuais de sobreiros Pinhal Urzais Áreas Agrícolas Giestais VCC 41 39 33 31 27 27 12 12 12 4 Classes de relevância Excepcional Alto Alto Alto Médio Médio Baixo Baixo Baixo Baixo Aplicação do Valor Florístico às Unidades de Vegetação Com a aplicação do valor florístico às unidades de vegetação, procura-se conjugar os resultados da valoração da vegetação e da valoração das espécies da flora numa única valoração final, tendo em conta o definido no Caderno de Encargos (Anexo II), e que permite a elaboração da carta [27] – valores florísticos e de vegetação. Apresentam-se, na Tabela 14, os resultados da aplicação do valor florístico às unidades de vegetação. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 53 Plano de Ordenamento da APPSA Tabela 14 – Determinação da classe de relevância final da flora e vegetação para cada unidade de vegetação. Unidades de Vegetação Florestas pré-climácicas de folhosas autóctones Comunidades ripícolas Matagais arborescentes de espécies lauróides Comunidades rupícolas e prados de altitude Comunidades não climácicas de folhosas autóctones Bosquetes residuais de sobreiros Pinhal Urzais Áreas agrícolas Giestais Valor de Vegetação Excepcional Alto Alto Alto Excepcional Alto Alto Alto Valor Florístico e de Vegetação Excepcional Alto Alto Alto Médio Alto Alto Médio Baixo Baixo Baixo Baixo Médio Médio Médio Médio Médio Médio Médio Médio Médio Médio Valor Florístico As “florestas pré-climácicas de folhosas autóctones” constituem a unidade de vegetação com maior valor para a conservação, sendo a única que obteve um valor Excepcional. As unidades de vegetação “comunidades ripícolas”, “matagais arborescentes de espécies lauróides”, “comunidades rupícolas e prados de altitude” e “comunidades não climácicas de folhosas autóctones”, obtiveram um valor Alto, seja pelo valor florístico intrínseco de cada uma, seja pelo valor da vegetação. As restantes unidades obtiveram um valor Médio. 3.3. Fauna O estatuto de protecção conferido à APPSA tem possibilitado a preservação da fauna aí presente e de algumas espécies que, de outro modo, veriam a sua sobrevivência ameaçada. Os biótopos faunísticos que constituem esta AP possibilitam a existência de uma fauna bastante diversificada e, para além disso, pelo seu grau de conservação, permitem a ocorrência de alguns endemismos ibéricos que incrementam o valor ecológico desta região. Definição das Espécies da Fauna Estão referenciadas (Tabela 15) até agora, para a APPSA, 423 espécies de invertebrados e 117 espécies de vertebrados (Vergílio, 2005). Das espécies de invertebrados, 120 espécies foram referenciadas num estudo das comunidades de macroinvertebrados aquáticos dos ribeiros da Mata da Margaraça que se dividem por vários grupos taxonómicos: Tricladida, Nematoda, Gastropoda, Lamellibranchiata, Oligochaeta, Hirudinea, Hydracarina, Isopoda, Collembola e Insecta (Abelho, 1996); 61 espécies de colêmbolos terrestres são referidas por Lopes (1993); estão identificadas 241 espécies de lepidópteros (borboletas) (Pires, 1990); e foi identificada uma espécie de coleóptero, Lucanus cervus (Sílvia Neves, comunicação pessoal). Das espécies de vertebrados, 7 espécies pertencem à Classe Amphibia (Silva et al., 1985), 11 espécies pertencem à Classe Reptilia (Silva et al., 1985), 64 espécies pertencem à Classe Aves (Tenreiro et al., 2002) e 35 espécies pertencem à Classe Mammalia (Lourenço, 2000; Rosa, 2004). 1ª Fase – Relatório de Caracterização 54 Plano de Ordenamento da APPSA Tabela 15 – Número de espécies de cada grupo taxonómico referenciado para a APPSA. Grupo Taxonómico Invertebrados Vertebrados Número de Espécies 120 61 241 1 7 11 64 35 Macroinvertebrados aquáticos Colêmbolos Lepidópteros Coleópteros Anfíbios Répteis Aves Mamíferos Total Número Total de Espécies 423 117 540 O elenco do total das espécies referenciadas para a APPSA, a caracterização de cada uma relativamente aos vários estatutos considerados na sua valoração, a determinação do seu valor ecológico específico (VEE) e o biótopo em que cada uma ocorre encontram-se na Tabela 48 (Anexo III). De acordo com o definido pelo ICN, esta caracterização baseia-se nos dados disponíveis e obtidos em trabalhos realizados anteriormente ao presente PO, não se tendo procedido a estudos faunísticos para além de algumas confirmações no campo. Invertebrados Do grupo dos invertebrados, consideraram-se para a valoração da fauna apenas as espécies de lepidópteros e o coleóptero, por não haver informação suficiente relativamente aos restantes grupos taxonómicos referidos, que permitisse caracterizar todos os parâmetros considerados na valoração das espécies. Destacam-se quatro espécies que se encontram protegidas por documentos estruturantes da política de conservação da natureza, a nível internacional (Tabela 16). Refere-se ainda que a espécie de lepidóptero Euplagia quadripunctaria é considerada uma espécie prioritária da Directiva Habitats. Tabela 16 – Espécies de invertebrados presentes na APPSA com estatutos de protecção. Espécie Lucanidae Lucanus cervus Lasiocampidae Phillodesma ilicifolia Nymphalidae Eurodryas aurinia Arctiidae Euplagia quadripunctaria UICN Documento DH (Anexo) Berna (Anexo) - B-II III Vulnerável - - - B-II II - B-II (prioritária) - Vertebrados O estudo faunístico do grupo dos Anfíbios, bem como do grupo dos répteis, data de 1985. Não existindo referências mais recentes para a fauna herpetológica ocorrente nesta área, e dado que esta se encontra relativamente bem conservada, tomaram-se estes dados como correctos para a realidade actual. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 55 Plano de Ordenamento da APPSA Anfíbios Todas as espécies de anfíbios referidas para a APPSA (Silva et al., 1985) encontram-se protegidas por um ou mais documentos relativos à conservação das espécies, a nível nacional e internacional (Tabela 17). Destaca-se a salamandra-lusitânica (Chioglossa lusitanica) que é abrangida por quatro documentos, com o estatuto de Vulnerável no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, e a rã-ibérica (Rana iberica), que só não se encontra incluída no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal. Refere-se ainda a ocorrência de três endemismos ibéricos, a salamandra-lusitânica (Chioglossa lusitanica), o tritão-de-ventre-laranja (Triturus boscai) e a rã-ibérica (Rana iberica), todos eles incluídos no Livro Vermelho da UICN, com o estatuto Quase Ameaçado. Os anfíbios constituem um grupo faunístico que está dependente da presença de água para a sobrevivência das suas espécies, dado que a fase de reprodução e crescimento dos girinos e larvas ocorre dentro de água. Por esta razão, a conservação dos locais onde este elemento está presente merece especial atenção. Entre outros, designam-se as linhas de água, bem como as levadas de rega, os tanques e as minas de água, que se encontram dispersos um pouco por toda a região, e que são, ou foram em tempos, estruturas de apoio à agricultura praticada para a subsistência das pessoas. Tabela 17 – Espécies de anfíbios presentes na APPSA e respectivos estatutos de protecção. Documento Espécie LV UICN DH (Anexo) Berna (Anexo) Salamandridae Chioglossa lusitanica (Salamandra-lusitânica) Vulnerável Quase Ameaçado B-II II Salamandra salamandra (Salamandra-de-pintasamarelas) - - - III Triturus boscai (Tritão-de-ventre-laranja) - Triturus marmoratus Discoglossidae Alytes obstetricans Bufonidae Bufo bufo Ranidae (Tritão-marmoreado) Rana iberica - III - Quase Ameaçado - B-IV III (Sapo-parteiro) - - B-IV II (Sapo) - - - III (Rã-ibérica) - Quase Ameaçado B-IV II Répteis À semelhança dos anfíbios, as 11 espécies de répteis encontram-se legalmente protegidas por um dos anexos da Convenção de Berna. O lagarto-de-água (Lacerta schreiberi) e a víbora-cornuda (Vipera latastei), além desse, encontram-se ainda protegidos por outros diplomas (Tabela 18), e são endemismos ibéricos, juntamente com a lagartixa-de-Bocage (Podarcis bocagei). 1ª Fase – Relatório de Caracterização 56 Plano de Ordenamento da APPSA Tabela 18 – Algumas espécies de répteis presentes na APPSA e respectivos estatutos de protecção. Espécie Lacertidae Lacerta schreiberi Viperidae Vipera latastei Documento DH (Anexo) LV UICN Berna (Anexo) (Lagarto-de-água) - Quase Ameaçado B-II II (Víbora-cornuda) Vulnerável - - II Aves De todas as espécies de aves, apenas quatro (o pombo-torcaz, Columba palumbus; o gaio, Garrulus glandarius; a gralha-preta, Corvus corone; e o pardal, Passer domesticus) não estão abrangidas no Anexo II ou no Anexo III da Convenção de Berna. Destacam-se a águia-caçadeira (Circus pygargus) que se encontra no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, com o estatuto de “Em Perigo”, e o açor (Accipiter gentilis) juntamente com a coruja-do-nabal (Asio flammeus) e a toutinegra-de-barrete (Sylvia borin) que são dados, pelo mesmo Livro, como “Vulneráveis” (Tabela 19). Refere-se ainda um endemismo ibérico, a felosinha-ibérica (Phylloscopus ibericus), da família Sylvidae. Tabela 19 – Algumas espécies de aves presentes na APPSA e respectivos estatutos de protecção. Espécie Accipitridae Circus pygargus Accipiter gentilis Strigidae Asio flammeus Alcedinidae Alcedo athis Motacillidae Anthus trivialis Sylviidae Sylvia borin Sylvia undata Muscicapidae Muscicapa striata Ficedula hypoleuca Fringillidae Fringilla montifringilla Emberizidae Emberiza hortulana LV Documento UICN DA (Anexo) Berna (Anexo) (Águia caçadeira) (Açor) Em Perigo Vulnerável - A-I - II II (Coruja-do-nabal) Vulnerável - A-I II - - A-I II (Petinha-das-árvores) Quase Ameaçado - - II (Toutinegra-de-barrete) (Toutinegra-do-mato) Vulnerável - - A-I II II (Taralhão-cinzento) (Papa-moscas) Quase Ameaçado Quase Ameaçado - - II II (Tentilhão-montês) Informação Insuficiente - - III (Sombria) Informação Insuficiente - A-I III (Guarda-rios) Mamíferos No grupo dos mamíferos, nove espécies encontram-se incluídas no Anexo III da Convenção de Berna, sendo elas o ouriço-cacheiro (Erinaceus europeus), o musaranho-de-dentes-brancos (Crocidura russula), a lebre (Lepus capensis), o esquilo-vermelho (Sciurus vulgaris), a doninha (Mustela nivalis), a fuinha (Martes foina), o texugo (Meles meles), a geneta (Genetta genetta) e o saca-rabos (Herpestes ichneumon). Dentro deste grupo destacam-se os morcegos, por se encontrarem quase todos abrangidos pelos diversos estatutos de protecção (Tabela 20), o que os torna particularmente interessantes do ponto de vista da 1ª Fase – Relatório de Caracterização 57 Plano de Ordenamento da APPSA conservação, estando o morcego-de-Bechstein (Myotis bechsteinii) considerado como “Em Perigo” no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal e como “Vulnerável” na Lista Vermelha da UICN. Referem-se, ainda, três endemismos ibéricos que ocorrem na APPSA: o musaranho-de-dentes-vermelhos (Sorex granarius), a toupeira (Talpa occidentalis) e o rato-cego (Microtus lusitanicus). Tabela 20 – Algumas espécies de mamíferos presentes na APPSA e respectivos estatutos de protecção. Documento Espécie LV UICN DH (Anexo) Berna (Anexo) (Musaranho-de-dentesvermelhos) Informação Insuficiente - - III (Morcego-de-ferradurapequeno) Vulnerável - B-II II Informação Insuficiente Vulnerável Em Perigo Informação Insuficiente Vulnerável Vulnerável Quase Ameaçado B-II B-IV B-II B-IV B-IV B-IV B-IV II II II II III II II Soricidae Sorex granarius Rhinolophidae Rhinolophus hipposideros Vespertilionidae Myotis emarginatus Myotis nattereri Myotis bechsteinii Myotis daubentonii Pipistrellus pipistrellus Pipistrellus kuhli Nyctalus leisleri Nyctalus lasiopterus/noctula Eptesicus serotinus Barbastella barbastellus Plecotus auritus Molossidae Tadarida teniotis Leporidae Oryctolagus cuniculus Gliridae Elyomis quercinus Mustelidae Mustela putorius (Morcego-lanudo) (Morcego-de-franja) (Morcego-de-Bechstein) (Morcego-de-água) (Morcego-anão) (Morcego-de-Kuhl) (Morcego-arborícola-pequeno) (Morcego-arborícolagigante/grande) (Morcego-hortelão) (Morcego-negro) (Morcego-orelhudo-castanho) Informação Insuficiente Quase Ameaçado B-IV II Informação Insuficiente Informação Insuficiente Vulnerável - B-IV B-II B-IV II II II (Morcego-rabudo) Informação Insuficiente - B-IV II Quase Ameaçado - - - (Leirão) Informação Insuficiente Vulnerável - III (Toirão) Informação Insuficiente - - III (Coelho-bravo) Valoração das Espécies da Fauna Para cada uma das espécies foi determinado um VEE, com base em factores como o seu estatuto de conservação, quer a nível nacional quer internacional, as suas áreas de distribuição, as suas necessidades ecológicas e a sua importância a nível regional, procedendo-se depois à sua hierarquização por ordem de VEE (Anexo III). O grupo dos invertebrados foi tratado separadamente do grupo dos vertebrados por se ter considerado um número inferior de documentos referentes à protecção das espécies (visto não se entrar em consideração com o Livro Vermelho dos Vertebrados) na sua valoração; pela dificuldade em encontrar bibliografia referente a este grupo taxonómico para caracterizar as espécies nos restantes parâmetros de valoração; e por existir um número de espécies bastante díspar entre invertebrados e vertebrados, resultando em VEE’s para os vertebrados de ordem muito superior (VEE máximo de 63,32) aos dos invertebrados (VEE máximo de 28,87) 1ª Fase – Relatório de Caracterização 58 Plano de Ordenamento da APPSA (Tabela 21). Assim, aquando da hierarquização do conjunto total de espécies, os invertebrados não seriam abrangidos pela lista das espécies prioritárias, o que poderia introduzir um erro nos resultados finais. Os invertebrados são fonte de alimento de alguns vertebrados, pelo que a sua conservação se torna importante na manutenção do equilíbrio das cadeias alimentares. Além disso, poderão ter um valor intrínseco para a conservação, refere-se como exemplo a borboleta Euplagia quadripunctaria que possui um elevado estatuto de protecção na Directiva Habitats, sendo considerada uma espécie prioritária para a conservação. O tratamento independente dos invertebrados e dos vertebrados permitiu pois minimizar o erro originado pela falta de informação verificada para o grupo dos invertebrados, obtendo-se assim dois grupos de espécies de valor ecológico mais elevado, adiante designadas espécies prioritárias. Ordenadas pelo seu VEE, encontram-se, na Tabela 21, as listas de espécies com VEE mais elevado, 15 espécies referentes aos invertebrados e 20 espécies referentes aos vertebrados. As restantes espécies e o respectivo VEE encontram-se na Tabela 48 (Anexo III). Tabela 21 – Lista das espécies prioritárias (espécies com maior VEE). Invertebrados Espécie Ophiusa tirhaca Lucanus cervus Libythea celtis Cerura iberica Catocala optata Phyllodesma ilicifolia Euplagia quadripunctaria Polymixis dubia Limenitis reducta Cyclophora pupilaria Macdunnoughia confusa Eurodryas aurinia Melanargia ines Leucochlaena oditis Catocala conjuncta Vertebrados VEE máx. 28,87 26,52 25,11 25,11 25,11 24,80 24,11 23,78 23,68 23,58 22,23 21,05 20,90 20,90 20,82 Espécie Chioglossa lusitanica Myotis bechsteinii Rana iberica Lacerta schreiberi Emberiza hortulana Nyctalus leisleri Myotis emarginatus Barbastella barbastellus Myotis nattereri Sorex granarius Triturus boscai Vipera latastei Triturus mamoratus Tadarida teniotis Cinclus cinclus Myotis daubentonii Asio flammeus Nyctalus lasiopterus/noctula Alytes obstetricans Rinolophus hipposideros (Salamandra-lusitânica) (Morcego-de-Bechstein) (Rã-ibérica) (Lagarto-d’água) (Sombria) (Morcego-arborícola-pequeno) (Morcego-lanudo) (Morcego-negro) (Morcego-de-franja) (Musaranho-de-dentes-vermelhos) (Tritão-de-ventre-laranja) (Víbora-cornuda) (Tritão-marmoreado) (Morcego-rabudo) (Melro-d’água) (Morcego-de-água) (Coruja-do-nabal) (Morcego-arborícola-gigante/grande) (Sapo-parteiro) (Morcego-de-ferradura-pequeno) VEE máx. 63,32 52,89 50,22 48,68 44,46 43,94 43,43 42,94 39,22 38,69 38,66 37,68 37,10 36,61 35,57 35,53 35,05 34,52 34,50 34,01 Verifica-se, no grupo dos vertebrados, que 10 das espécies com maior VEE, 50% das 20 consideradas, pertencem à classe dos mamíferos, sendo 9 de morcegos. Este resultado deve-se ao facto, já exposto, dos morcegos se encontrarem quase todos abrangidos pelos diversos estatutos de protecção, o que os torna particularmente interessantes do ponto de vista da conservação. O caderno de encargos sugere a definição e cartografia de locais de especial interesse para as espécies prioritárias da fauna (carta [29] – locais de especial interesse para espécies prioritárias da fauna). Esta carta não foi elaborada para o presente PO, uma vez que, para as espécies definidas como prioritárias 1ª Fase – Relatório de Caracterização 59 Plano de Ordenamento da APPSA (Tabela 21) não foi possível definir locais de especial interesse, mas apenas o território com características ecológicas adequadas à sua ocorrência ou onde esta se encontra documentada. 3.4. Biótopos Apesar da sua pequena dimensão, a APPSA apresenta um variado conjunto de biótopos, com maior ou menor representatividade, e que constituem suporte de espécies com exigências ecológicas distintas que, no seu todo, contribuem para a riqueza faunística da AP. Definição dos Biótopos para a Fauna Através da análise da informação disponível, do conhecimento da área e tendo em conta factores como o valor ecológico das espécies, determinado anteriormente, o grau de dependência que algumas delas têm em relação aos diferentes biótopos e à abundância das espécies que os utilizam, definiram-se oito biótopos com importância para a fauna ocorrente na AP, e cartografaram-se na carta [13] - biótopos (Vergílio, 2005): (1) “Floresta de Folhosas” (FF), (2) “Pinhal” (P), (3) “Olival” (O), (4) “Matos Altos” (MA), (5) “Matos Baixos” (MB), (6) “Formações Ripícolas e Sistemas Aquáticos Artificiais” (FR), (7) “Área Agrícola” (AA) e (8) “Aglomerados e Estruturas Artificiais Dispersas” (AEa). Os critérios adoptados para a definição e a valoração dos biótopos presentes, bem como o elenco das espécies que ocorrem em cada um deles, encontram-se descritos mais pormenorizadamente no Anexo III. De seguida, apresenta-se uma breve descrição dos biótopos (Vergílio, 2005), assim como o número de espécies da fauna que os utilizam e que deles dependem. Biótopo “Floresta de Folhosas” O biótopo “Floresta de Folhosas” é caracterizado por dois tipos de formações de folhosas, um que se encontra em etapa pré-clímax e outro residual ou de regeneração. Apesar das significativas diferenças estruturais entre ambos, estes dois tipos foram tratados conjuntamente por não se dispor de informação suficiente, aquando da sua valoração, que reflectisse essas diferenças. A mancha única de folhosas que se encontra numa fase pré-climácica da série de vegetação é a Mata da Margaraça, que constitui a mancha arbórea com mais importância em termos de conservação, no que respeita à flora e à vegetação, na APPSA. Esta mancha é dominada essencialmente por povoamentos de carvalho (Quercus robur) e castanheiros (Castanea sativa), com um estrato de lianas bastante desenvolvido. O copado cerrado favorece o estabelecimento de um microclima sombrio e húmido que, em conjunto com a fraca intervenção humana, proporciona um habitat ideal para variadas espécies da fauna. As manchas de folhosas residuais dispersas são constituídas essencialmente por castanheiro (Castanea sativa), nas áreas em que o relevo, as condições microclimáticas e o solo favorecem o desenvolvimento das folhosas, como por exemplo nos vales encaixados. Estas manchas resultaram do abandono da cultura do castanheiro, quer dos soutos para produção da castanha, quer dos castinçais para a produção de varas, actividades que foram, em tempos, bastante comuns na Serra do Açor. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 60 Plano de Ordenamento da APPSA As manchas de folhosas de regeneração resultaram do abandono de muitas terras, o que possibilitou a regeneração destas espécies. As manchas que constituem este biótopo são extremamente importantes para a conservação da fauna, uma vez que as cavidades naturais das árvores constituem um habitat preferencial de algumas espécies da fauna, e a produção de bolotas, bagas, etc., constitui uma fonte de alimento (ICN, 2005 cit. por Vergílio, 2005). Este biótopo é utilizado por um total de 279 espécies (Tabela 22), sendo o que alberga o maior número de espécies. Destacam-se nove espécies de lepidópteros que encontram nas manchas de folhosas o seu único habitat de ocorrência: Libytea celtis, Cyclophora puppilaria e Catocala conjuncta, Pandoriana pandora, Fabriciana adippe, Drepana uncinula, Peribatodes umbraria, Drymonia querna e Moma alpium. Tabela 22 – Número de espécies ocorrentes no biótopo “Floresta de Folhosas”. Número de Espécies Ocorrentes Invertebrados Lepidópteros Coleóptero 194 1 Anfíbios 5 Vertebrados Répteis Aves 8 39 Mamíferos 32 Total 279 O elenco de todas as espécies que ocupam este biótopo encontra-se na Tabela 50 (Anexo III). Biótopo “Pinhal” As áreas incluídas no biótopo “Pinhal” caracterizam-se essencialmente por apresentarem uma monocultura de pinheiro-bravo (Pinus pinaster), maioritariamente de regeneração, consequência do grande incêndio de 1987 que ocorreu em parte da AP, e outros. Apesar da predominância desta espécie nas áreas classificadas aqui como “pinhal”, em muitas delas existe uma sobreposição significativa com comunidades de matos altos, matos baixos ou até mesmo de folhosas em regeneração. Existem neste biótopo 216 espécies (Tabela 23), das quais 144 são lepidópteros e 72 são vertebrados. Destaca-se uma espécie de lepidóptero que depende exclusivamente deste biótopo, Thaumetopoea pityocampa, e outras oito que o usam como um dos poucos biótopos preferenciais, como por exemplo Hoyosia codeti e Chesias legatella. Tabela 23 – Número de espécies ocorrentes no biótopo “Pinhal”. Número de Espécies Ocorrentes Invertebrados Lepidópteros Coleóptero 144 0 Anfíbios 0 Vertebrados Répteis Aves 9 36 Mamíferos 27 Total 216 O elenco de todas as espécies que ocupam este biótopo encontra-se na Tabela 50 (Anexo III). Biótopo “Olival” As áreas incluídas no biótopo “Olival” são caracterizadas pela predominância da oliveira (Olea europeia). Visto que estas áreas são ainda agricultadas, o estrato herbáceo de algumas, mais próximas das povoações, é geralmente constituído por culturas anuais. À medida que a agricultura foi diminuindo, com o abandono dos campos, as restantes áreas de olival foram sendo progressivamente colonizadas por espécies espontâneas, nomeadamente as gramíneas e as silvas, que constituem agora o seu principal estrato herbáceo e arbustivo. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 61 Plano de Ordenamento da APPSA Encontram-se neste biótopo 214 espécies (Tabela 24), das quais 138 são lepidópteros e as restantes 76 são vertebrados. Referem-se a águia-de-asa-redonda (Buteo buteo) e o mocho-galego (Athene noctua), que, para além deste biótopo, dependem apenas do pinhal (no caso da águia-de-asa-redonda) e da área agrícola (no caso do mocho-galego). Tabela 24 – Número de espécies ocorrententes no biótopo “Olival”. Número de Espécies Ocorrentes Invertebrados Lepidópteros Coleóptero 138 0 Anfíbios 3 Vertebrados Répteis Aves 7 37 Mamíferos 29 Total 214 O elenco de todas as espécies que ocupam este biótopo encontra-se na Tabela 50 (Anexo III). Biótopo “Matos Altos” As áreas incluídas no biótopo “Matos Altos” são áreas densas, dominadas por giestas (Cytisus spp.) e, em algumas áreas, também com a presença de espécies como o medronheiro (Arbutus unedo) e o loureiro (Laurus nobilis). As áreas que constituem este biótopo têm um grau de cobertura próximo dos 100% (ICN, 2005 cit. por Vergílio, 2005), com exposição essencialmente a Norte, no caso dos giestais sob influência de clima atlântico. A vegetação que aqui se desenvolve, boa fixadora de azoto, encontra-se sobre um solo mais rico que as áreas de matos baixos. A cobertura densa constitui abrigo e refúgio para muitas espécies. Utilizam este biótopo 175 espécies (Tabela 25), das quais 136 são lepidópteros e as restantes 39 são vertebrados. É um biótopo de muita importância para espécies como o lepidóptero Chesias legatella, o cuco (Cuculus canorus), a escrevedeira (Emberiza cirlus) e a cia (Emberiza cia). Tabela 25 – Número de espécies ocorrentes no biótopo “Matos Altos”. Número de Espécies Ocorrentes Invertebrados Lepidópteros Coleóptero 136 0 Anfíbios 0 Vertebrados Répteis Aves 7 15 Mamíferos 17 Total 175 O elenco de todas as espécies que ocupam este biótopo encontra-se na Tabela 50 (Anexo III). Biótopo “Matos Baixos” À semelhança do biótopo P, o biótopo “Matos Baixos” ocupa uma grande área da APPSA e a sua estrutura assemelha-se à estrutura do Habitat 4030 – Matos baixos de ericáceas e/ou tojos, mesófilos ou xerófilos, de substratos duros (Charnecas secas europeias), da Directiva Habitats (Decreto-Lei n.º 49/2005, de 24 de Fevereiro) (ALFA, 2006). Este biótopo é constituído por áreas com um elevado grau de cobertura, essencialmente de ericáceas (Erica sp., Calluna sp.), cistáceas (Halimium sp. e Cistus sp.) e/ou tojos (Genista sp. e Ulex sp.). Este biótopo ocupa as áreas com solos mais pobres, de maior altitude ou recémcolonizadas após os incêndios, já que muitas das suas espécies estão adaptadas a curtos ciclos de recorrência do fogo (ICN, 2005 cit. por Vergílio, 2005). Está presente, neste biótopo, um total de 173 espécies (Tabela 26), das quais 141 espécies são de lepidópteros e 32 espécies de vertebrados. Refere-se a sombria (Emberiza hortulana) que depende 1ª Fase – Relatório de Caracterização 62 Plano de Ordenamento da APPSA exclusivamente deste biótopo, em conjunto com os lepidópteros Dyscia fagaria e Agrochola haematidea, a águia-caçadeira (Circus pygargus) e a toutinegra-do-mato (Sylvia undata). Tabela 26 – Número de espécies ocorrentes no biótopo “Matos Baixos”. Número de Espécies Ocorrentes Invertebrados Lepidópteros Coleóptero 141 0 Anfíbios 0 Vertebrados Répteis Aves 7 11 Mamíferos 14 Total 173 O elenco de todas as espécies que ocupam este biótopo encontra-se na Tabela 50 (Anexo III). Biótopo “Formações Ripícolas e Sistemas Aquáticos Artificiais” O biótopo “formações ripícolas” ocorre ao longo das linhas de águas. O ambiente húmido e os vales encaixados, em que muitas se encontram, favorecem a fixação e o desenvolvimento de plantas mais exigentes quanto à humidade, como é o caso dos salgueiros (Salix sp.), dos amieiros (Alnus glutinosa) e dos azereiros (Prunus lusitanica), que constituem parte do estrato arbóreo. Encontram-se ainda frequentemente neste biótopo espécies de lianas, como a hera (Hedera helix), as silvas (Rubus sp.) e muitas espécies herbáceas, como as violetas (Viola sp.) e a urtiga (Urtica dioica). De modo a salvaguardar a disponibilidade de habitat para a fase de reprodução e para a fase juvenil do ciclo de vida dos anfíbios incluem-se, ainda, neste biótopo, outros sistemas aquáticos artificiais ou naturais, como sejam tanques dispersos, levadas de rega e minas de água. Estas estruturas, que se encontram um pouco por toda a AP, são estruturas pontuais, pelo que não é exequível a sua cartografia. A frescura proporcionada pela humidade existente na proximidade das linhas de água fornece as condições necessárias para o desenvolvimento das espécies da fauna dependentes da água, tornando as linhas de água e a vegetação envolvente muito importantes para a conservação da fauna. O biótopo FR é o segundo biótopo que alberga mais espécies, 226 espécies (Tabela 27), constituindo um biótopo fundamental para várias espécies que dele dependem para a sua sobrevivência: o lepidóptero Earias vernana, a salamandra-lusitânica (Chioglossa lusitanica) e a rã-ibérica (Rana iberica) que desenvolvem aqui o seu ciclo de vida e são legalmente protegidas por diversos documentos (ver Tabela 17), assim como o guarda-rios (Alcedo athis), o melro-d’água (Cinclus cinclus), o rouxinol-bravo (Cettia cetti) e a felosinhaibérica (Phylloscopus ibericus). Tabela 27 – Número de espécies ocorrentes no biótopo “Formações Ripícolas e Sistemas Aquáticos Artificiais”. Número de Espécies Ocorrentes Invertebrados Lepidópteros Coleóptero 176 1 Anfíbios 7 Vertebrados Répteis Aves 6 8 Mamíferos 28 Total 226 O elenco de todas as espécies que ocupam este biótopo encontra-se na Tabela 50 (Anexo III). Biótopo “Área Agrícola” Este biótopo engloba as áreas actualmente cultivadas e os terrenos agrícolas abandonados. Nos terrenos ainda cultivados pratica-se uma agricultura tradicional e de subsistência, onde predominam as hortas e os 1ª Fase – Relatório de Caracterização 63 Plano de Ordenamento da APPSA pomares. Ocorre essencialmente nas encostas junto das povoações e ao longo de linhas de água, ocupando em muitos casos áreas que já foram o leito da ribeira, que se designam quelhadas6. Alguns terrenos agrícolas da APPSA têm estrutura em socalco, como é o caso das grandes manchas que se encontram junto às povoações de Relva Velha e Pardieiros. A sua presença pode tornar este biótopo importante, não apenas do ponto de vista faunístico, pelos alimentos que proporciona aos animais, mas também do ponto de vista paisagístico. Os restantes terrenos encontram-se próximos de linhas de água, onde a agricultura é também favorecida pelos solos mais férteis. Utilizam este biótopo 239 espécies, 160 pertencentes ao grupo dos lepidópteros, 79 pertencentes ao grupo dos vertebrados (Tabela 28). Destacam-se, neste biótopo, duas espécies que dependem dele exclusivamente, o lepidóptero Sesamia nonagrioides e a coruja-do-nabal (Asio flammeus). Tabela 28 – Número de espécies ocorrentes no biótopo “Área Agrícola”. Número de Espécies Ocorrentes Invertebrados Lepidópteros Coleóptero 160 0 Anfíbios 5 Vertebrados Répteis Aves 9 39 Mamíferos 26 Total 239 O elenco de todas as espécies que ocupam este biótopo encontra-se na Tabela 50 (Anexo III). Biótopo “Aglomerados e Estruturas Artificiais Dispersas” Este biótopo inclui os aglomerados urbanos presentes na área em estudo, a aldeia de Pardieiros e parte da aldeia do Enxudro. No entanto, devido à proximidade dos limites da APPSA de outros aglomerados urbanos, como sejam a Relva Velha e a Benfeita, torna-se importante referir estes aglomerados, porque podem constituir locais de ocorrência das espécies que dependem deste biótopo. Estas pequenas aldeias têm o carácter rústico e pacato característico das aldeias serranas, com a presença, entre outras, de construções antigas em xisto e construções abandonadas. Este biótopo inclui ainda outras estruturas, naturais ou artificiais, espalhadas um pouco por toda a APPSA, como sejam grutas ou minas e construções abandonadas, que não são cartografadas devido à sua natureza pontual e dispersa. Muitas destas estruturas serviam de apoio à actividade agrícola. As que estão actualmente abandonadas constituem um potencial abrigo para várias espécies da fauna; por exemplo, muitas espécies de morcegos, legalmente protegidos, poderão utilizar estes edifícios como abrigo ou para colónias de criação, como é o caso do morcego-de-ferradura-pequeno (Rhinolophus hipposideros), que pode formar colónias de criação em edifícios, minas ou grutas abandonadas (Mathias, 1999). Este biótopo é o que alberga o menor número de espécies (Tabela 29), num total de 171, das quais 137 espécies são lepidópteros e 34 espécies são vertebrados. Destacam-se, neste biótopo, os morcegos que utilizam as estruturas deste biótopo como refúgio e/ou abrigo para as suas colónias de reprodução. Para uma 6 As quelhadas são áreas de terreno cultivado, que foram em tempos o leito da ribeira, tendo o curso desta sido limitado por um muro em xisto construído ao longo da linha de água, conseguindo-se, desta forma, um aumento da área de terreno disponível para a prática da agricultura. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 64 Plano de Ordenamento da APPSA espécie de lepidóptero, Scopula marginepunctata, e uma espécie de ave, o rabirruivo (Phoenicurus ochruros), este é o seu biótopo preferencial. Tabela 29 – Número de espécies ocorrentes no biótopo “Aglomerados e Estruturas Artificiais Dispersas”. Número de Espécies Ocorrentes Invertebrados Lepidópteros Coleóptero 137 0 Anfíbios 3 Vertebrados Répteis Aves 4 7 Mamíferos 20 Total 171 O elenco de todas as espécies que ocupam este biótopo encontra-se na Tabela 50 (Anexo III). Valoração dos Biótopos para a Fauna A valoração dos biótopos com importância para a fauna presente na APPSA foi determinada com base no elenco das espécies que os utilizam e na respectiva valoração das espécies faunísticas (Vergílio, 2005). Obteve-se o Valor Faunístico do Biótopo (VFB) utilizando o procedimento descrito no Anexo III. A respectiva cartografia encontra-se na carta [28] – valoração dos biótopos para a fauna. A hierarquização dos biótopos pelo seu valor faunístico e a respectiva classificação, de acordo com a sua relevância para a conservação da fauna, encontram-se na Tabela 30, a seguir apresentada. Tabela 30 – Hierarquização do valor faunístico dos biótopos e respectiva classificação. Biótopo FF FR AA O P AEa MA MB VFB 62,88 50,19 46,56 44,67 43,33 29,42 25,77 25,60 Valor Excepcional Alto Médio Médio Médio Baixo Baixo Baixo O biótopo FF é o biótopo que apresenta maior valor faunístico (62,88), ou seja, é o que tem mais importância para a fauna. Deste biótopo, reconhece-se que a Mata da Margaraça apresenta maior importância para a conservação, relativamente às restantes manchas de folhosas, apesar de não ser reflectido na sua valoração. Por ser uma mancha de folhosas que se encontra na sua etapa pré-clímax, a Mata da Margaraça apresenta um ecossistema bastante mais estável e complexo, o que favorece a fauna aí presente. É o biótopo que alberga o maior número de espécies, algumas das quais possuem estatutos legais de protecção que evidenciam a sua fragilidade e a responsabilidade de garantir a manutenção dos biótopos onde ocorrem. O biótopo FR, também muito importante do ponto de vista da conservação da fauna, obteve o segundo valor faunístico mais elevado (50,19), do qual depende a sobrevivência dos anfíbios, que o utilizam durante uma grande parte do seu ciclo de vida, para reprodução e desenvolvimento na fase juvenil. Os biótopos AA (46,56), O (44,67) e P (43,33) apresentam valores faunísticos intermédios, todos superiores aos valores faunísticos dos biótopos AEa (29,42), MA (25,77) e MB (25,60), que apresentam valores baixos. O biótopo AEa, por ser mais antropizado, e os biótopos MA e MB, por serem áreas mais expostas e mais 1ª Fase – Relatório de Caracterização 65 Plano de Ordenamento da APPSA pobres em alimento disponível, são áreas menos procuradas pela fauna e menos valorizadas do ponto de vista desta. Refere-se ainda, que o facto de não se ter elaborado a carta [29] – locais de especial interesse para espécies prioritárias da fauna – pelos motivos já expostos (ver final do ponto 3.3 – Fauna), não permitiu também a realização da carta [30] – valores faunísticos, resultando a valoração faunística dos biótopos unicamente na carta [28] – valoração dos biótopos para a fauna. 3.5. Síntese dos Valores Naturais A síntese dos valores naturais, cartografada na carta [31] – síntese dos valores naturais, resume os valores florísticos e de vegetação e os valores faunísticos. Optou-se por não incluir os valores geológicos, uma vez que existe apenas uma mancha e a sua valoração não iria contribuir para diferenciar as diferentes áreas identificadas na APPSA. Apresenta-se na Tabela 31 a correspondência estabelecida entre os biótopos faunísticos e as unidades de vegetação estabelecidas para a APPSA. Tabela 31 – Correspondência entre os biótopos da fauna e as unidades de vegetação determinadas para a APPSA. Fauna Biótopos da Fauna Valoração Floresta de folhosas Excepcional Formações ripícolas e sistemas aquáticos artificiais Área Agrícola Olival Pinhal Médio Médio Médio Matos altos Baixo Matos baixos Aglomerados e estruturas artificiais dispersas Baixo Baixo Alto Vegetação Unidades de Vegetação Florestas pré-climácicas de folhosas autóctones Comunidades não climácicas de folhosas autóctones Bosquetes residuais de sobreiros Comunidades ripícolas Valoração Excepcional Médio Médio Alto Áreas agrícolas Baixo Pinhal Giestais Matagais arborescentes de espécies lauróides Urzais Comunidades rupícolas e prados de altitude - Baixo Baixo Alto Baixo Alto - A Mata da Margaraça, juntamente com outras manchas de regeneração de folhosas, constitui o expoente máximo para a conservação da natureza, com um valor Excepcional, seguida das linhas de água com um valor Alto, e as restantes áreas com um valor mais baixo para a conservação. 3.6. Briófitos Os briófitos, grupo onde se incluem os musgos, as hepáticas e os antóceros, constituem um grupo de plantas terrestres com características muito particulares, que os tornam um grupo muito susceptível às alterações exteriores do ambiente. As necessidades destes organismos, como sejam condições climáticas e edáficas muito específicas, associadas a estreitas amplitudes ecológicas restringem a sua distribuição geográfica (Silva, 1985). 1ª Fase – Relatório de Caracterização 66 Plano de Ordenamento da APPSA No estudo realizado na APPSA, em 1985, foram identificadas 151 espécies, das quais 98 espécies são musgos e 53 espécies são hepáticas, cuja lista se encontra no Anexo IV (Silva, 1985). Algumas dessas espécies apresentam interesse biogeográfico e são raras na Península Ibérica ou em Portugal. Referem-se algumas que se encontram na Lista Vermelha dos Briófitos da Península Ibérica (Sérgio et al., 1994), como a espécie Dumortiera hirsuta que se encontra em perigo de extinção em Portugal; as espécies Lepidozia reptans, Pallavicinia lyelly, Plagiochila porelloides e Mnium stellare que são dadas pela Lista Vermelha como vulneráveis em Portugal; as espécies Cephalozia lunulifolia, Lejeuna lamacerina, Riccia subbifurca, Campylopus atrovirens, Plagiothecium succulentum e Amphidium mougeotii que são raras em Portugal; e ainda a espécie Marsupella profunda que, além de ser considerada rara em Portugal, é ainda considerada uma espécie prioritária pela Directiva Habitats (Decreto-Lei n.º140/99, de 24 de Abril, com a nova redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º49/2005, de 24 de Fevereiro). A existência de habitats que proporcionem as condições ecológicas necessárias à existência destas espécies, nomeadamente as florestas pré-climácicas de folhosas autóctones, como foi referido no capítulo de caracterização da vegetação, contribuem para a preservação deste grupo florístico. 3.7. Macrofungos Considera-se ainda importante considerar, na caracterização biológica da APPSA, a diversidade de fungos presentes na AP, tendo em conta que foi elaborado, por Gama (2004), um estudo preliminar relativo a esta matéria. Sendo componentes essenciais para o equilíbrio, resistência e “saúde” dos ecossistemas, os fungos surgem em diversos habitats, mas é na floresta que estes se encontram com maior frequência e diversidade (Gama, 2004). Nestes habitats, os fungos encontram as condições que melhor satisfazem as suas necessidades fisiológicas, contribuindo, por sua vez, para o equilíbrio dos espaços florestais, através das diferentes relações que estabelecem com as outras espécies, desempenhando ainda um papel importante nas cadeias tróficas como alimento de alguns animais (Gama, 2004). Dos resultados do referido estudo, verifica-se que existe uma maior semelhança entre as comunidades fúngicas dos povoamentos mistos com azereiro e do carvalhal antigo do que com as comunidades de castanheiros de castinçal. As zonas que apresentam um maior número de espécies são o povoamento misto com azereiro e o carvalhal, locais com características que proporcionam melhores condições de humidade e uma maior diversidade de espécies vegetais, favoráveis ao desenvolvimento dos fungos. Os cogumelos tornam-se visíveis na época de frutificação, que na Mata da Margaraça ocorre em maior abundância no Outono, entre os meses de Outubro e Dezembro, e um pouco menos na Primavera, no final de Abril e início de Maio (Gama, 2004). Foram referenciadas, até à data, um total de 257 espécies (Gama, 2004). Considerando que o estudo foi realizado durante apenas um ano e que, para ser um estudo completo de macrofungos, deveria ser realizado ao longo de vários anos e que não cobriu a totalidade da Mata da Margaraça, o número elevado de espécies 1ª Fase – Relatório de Caracterização 67 Plano de Ordenamento da APPSA já identificadas sugere que a Mata é extremamente rica neste tipo de organismos, podendo albergar um número de espécies ainda maior. A lista das espécies inventariadas neste espaço encontra-se no Anexo V. 4. Unidades de Paisagem A paisagem é fruto da interacção do homem com o meio, reflectindo o equilíbrio e a harmonia resultante dessa intervenção no meio natural. O estudo da sua qualidade e do seu valor, pela definição e caracterização de unidades homogéneas segundo determinados critérios, contribui para a avaliação das disfunções existentes, tornando-se fundamental nas propostas de ordenamento do território, com vista a uma melhoria na pressão exercida pelo homem sobre o meio biofísico. Apesar da última metade do século XX ter sido caracterizada por rápidas e acentuadas alterações das paisagens, como resultado da procura de melhores condições de vida, na Serra do Açor encontra-se ainda uma paisagem bastante preservada, transparecendo um estilo de vida que em tempos caracterizou as gentes das serras portuguesas. Pequenos aglomerados urbanos que salpicam as vertentes cobertas de vegetação, auxiliados por campos cultivados, numa tentativa de recolher da natureza os bens fundamentais para a sua sobrevivência, sempre acompanhados pelo isolamento que a serra lhes impõe. A paisagem presente na APPSA constitui assim um importante marco do património natural, histórico, cultural e científico desta região, que deverá ser preservado e valorizado no contexto do ordenamento do território, tentando encontrar um equilíbrio entre o desenvolvimento da região e a conservação das paisagens. A metodologia seguida para a definição e valoração das unidades de paisagem apresenta-se, pormenorizadamente, no Anexo VI. Definição das Unidades de Paisagem O território, relativamente pequeno, ocupado pela APPSA oferece uma paisagem homogénea num contexto regional. No entanto, num olhar mais próximo, podem ser identificadas áreas com características distintas, que permitem definir diferentes unidades de paisagem que caracterizam a AP e que, no seu global, constitui uma paisagem bastante rica. Assim, foram definidas sete unidades de paisagem para a APPSA: (1) a Mata da Margaraça, (2) os Socalcos Agrícolas, (3) as Aldeias, (4) as Folhosas, (5) o Pinhal, (6) os Matos e (7) a Fraga da Pena, cuja cartografia se encontra na carta [14] – unidades de paisagem. Apresenta-se, de seguida, uma breve caracterização das unidades de paisagem consideradas. Mata da Margaraça A Mata da Margaraça constitui um dos motivos que fomentou a criação da actual APPSA, por ser uma mancha florestal de carácter relíquial e representativa do coberto vegetal que outrora cobria as encostas xistosas do Centro de Portugal. É uma mancha que tem subsistido no tempo, mantendo o equilíbrio ecológico essencial à preservação das espécies, da flora e da fauna, que se tornam cada vez mais raras, constituindo, desse modo, um marco na paisagem desta região. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 68 Plano de Ordenamento da APPSA A Mata da Margaraça, sendo uma mancha de folhosas na sua etapa pré-clímax da sucessão, contrasta com a restante vegetação florestal das encostas envolventes. É uma mancha com uma vegetação exuberante, com um grau de cobertura máximo e um grau de intervenção humana quase nulo, que cobre uma encosta declivosa com exposição NW. A elevada densidade de folhosas autóctones que aqui se encontra, juntamente com a caducidade das folhas da maioria das espécies do estrato arbóreo, proporciona variações temporais na paisagem. É possível, por isso, acompanhar ao longo do ano, alterações progressivas na paisagem, das quais resultam três panorâmicas claramente distintas, que possibilitam ao observador desfrutar de sensações completamente diferentes. Na paisagem, durante as estações da Primavera e Verão, impera o verde, em alternância com o amarelo e o castanho no Outono, terminando numa vegetação despida durante o Inverno. Socalcos Agrícolas As áreas de paisagem agrícola presentes na APPSA apresentam um elevado grau de intervenção humana. Por vezes, encontram-se dispostas em grandes áreas de socalcos localizados nas vertentes até meiaencosta em redor das aldeias, como no caso dos socalcos da Relva Velha, outras vezes, encontram-se dispostas ao longo das linhas de água, como na Barroca do Enxudro, maximizando o espaço disponível com aptidão para a prática agrícola, agricultado maioritariamente por culturas anuais, vinha, olival ou outras árvores de fruto. Estas áreas são expressivas de um modo de vida tipicamente serrano, sugerindo o esforço necessário para a prática desta actividade, como refere Ribeiro (1991, cit. por Marques, 1992) a “cultura das terras declivosas obriga a uma vigilância permanente: ainda assim as torrentes podem destruir, em poucos dias, o trabalho de muitos anos. Se o camponês deixa, depois de cada Inverno, de consolidar os socalcos, estes desmoronamse, a terra arável é levada pelas enxurradas, que em pouco tempo põem a nu a rocha dura e estéril”. Os socalcos que se encontram nas encostas estão divididos em pequenas parcelas de terreno que são sustidas por muros de xisto. O solo era, inicialmente, enriquecido com o mato das charnecas mais próximas e pela sua incorporação com o estrume do gado, de modo a deixar os nutrientes disponíveis para as culturas (Silveira, 2001). Após as colheitas, e como resultado da erosão provocada pelo elevado declive das vertentes, de modo a manter o solo na respectiva parcela, os agricultores eram forçados a trazer a terra da zona mais baixa para a zona mais elevada da parcela, resultando assim num trabalho extraordinariamente árduo. Por outro lado, muitos dos terrenos agrícolas que se encontram ao longo das linhas de água estão situados no antigo leito do curso de água. Para tal, em tempos, construíram-se muros com uma altura significativa, obrigando a água a correr ao longo de um canal estreito, deixando parte do leito disponível para a agricultura. Refere-se ainda que parte destes socalcos se encontram a distâncias consideráveis das aldeias, tendo como único acesso carreiros pedonais que eram percorridos pelos agricultores ou proprietários das terras, estando parte deles integrados em redes de percursos pedestres sinalizados. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 69 Plano de Ordenamento da APPSA Aldeias A unidade de paisagem denominada “Aldeias” inclui, como o nome indica, as áreas de aldeia presentes na APPSA. Como tal, é uma unidade extremamente humanizada, constituída pelos aglomerados urbanos, de características serranas, podendo encontrar-se, quer em áreas aplanadas nos vales, quer em zonas mais declivosas das vertentes. Na sua generalidade, é uma paisagem que se pode encontrar um pouco por toda a Serra do Açor, pequenas aldeias de construções bastante juntas, com carácter rústico, onde se podem observar casas de xisto características desta região, além de outras construções um pouco menos integradas na paisagem. Folhosas As áreas de folhosas são áreas residuais destas espécies, que subsistem ainda às alterações provocadas pelo homem, ou resultam da regeneração natural em áreas deixadas ao abandono, sendo por isso uma paisagem que sugere alguma intervenção humana. Apesar das alterações estruturais evidentes, são áreas com um elevado potencial ecológico, podendo constituir pontos de regeneração da vegetação nativa desta região, o que favorecerá todo o equilíbrio ecológico que depende da presença destas espécies. Estas áreas podem encontrar-se em zonas aplanadas, ao longo das linhas de água ou em zonas mais declivosas das vertentes. À semelhança da Mata da Margaraça, estas manchas sofrem alterações no seu aspecto e na sensação que provocam no observador, ao longo do ano, tendo por isso o seu valor paisagístico incrementado. Pinhal As áreas ocupadas por pinhal na APPSA são áreas de paisagem florestal que resultam da regeneração do pinheiro-bravo, constituindo uma paisagem homogénea e monótona, sem alterações temporais significativas. Matos As áreas de “Matos” encontram-se no cimo das encostas mais elevadas, nas zonas de solo mais pobre e clima mais agressivo. Além disso, são zonas onde o fogo passa com relativa frequência, pelo que esta paisagem se encontra um pouco degrada, sugerindo intensas alterações no meio. Paisagisticamente, são áreas bastante despidas e monótonas, onde se denota bem o relevo das encostas, já que a vegetação que as cobre é rasteira, resultantes dos inúmeros incêndios que passaram por esta serra ao longo dos séculos, tornando os matos a pouca vegetação capaz de colonizar estas áreas de solos empobrecidos. Fraga da Pena A Fraga da Pena é uma área com alguma intervenção humana, resultante essencialmente das acções realizadas para a adaptação dos terrenos à prática agrícola, como as quelhadas agrícolas, os moinhos e os muros que canalizam a ribeira. Estas intervenções são ainda visíveis, realizando-se actualmente apenas as que são necessárias à construção e/ou manutenção dos acessos e infraestruturas para os turistas. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 70 Plano de Ordenamento da APPSA A Fraga da Pena é constituída por uma paisagem florestal com alguma vegetação natural, maioritariamente vegetação ripícola, associada a uma linha de água. Esta atravessa uma falha geológica que dá origem a numerosas quedas de água, proporcionando ao observador uma paisagem fresca, resultante da presença do elemento água, tornando este o ponto mais visitado da AP. Valoração das Unidades de Paisagem Com a caracterização das unidades de paisagem, definidas segundo três parâmetros de avaliação, a Diversidade, a Harmonia e a Identidade, de acordo com a metodologia exposta no Anexo VI, determinou-se o Valor Cénico-Paisagístico (VCP) de cada uma delas, obtendo-se a sua valoração. A classificação e hierarquização destas unidades, de acordo com a sua importância, vêm apresentadas na Tabela 32, enquanto a sua cartografia se encontra na carta [32] – valores paisagísticos. Tabela 32 – Valoração das unidades de paisagem e respectiva classificação. Unidades de Paisagem Mata da Margaraça Fraga da Pena Socalcos agrícolas Folhosas Aldeia Matos Pinhal VCP 9,0 8,0 6,7 6,0 3,0 2,3 1,7 Valor Excepcional Excepcional Alto Médio Baixo Baixo Baixo A Mata da Margaraça e a Fraga da Pena, classificadas paisagisticamente com o valor Excepcional, são de facto as unidades com maior valor (9,0 e 8,0, respectivamente) em toda a AP, pelas inúmeras características, já referidas. Pelo seu valor ecológico, pelo seu equilíbrio e pelas sensações particulares que provoca nos observadores, são áreas que merecem toda a atenção aquando do planeamento e ordenamento da AP. Com um valor Alto e o terceiro valor mais elevado (6,7), encontram-se os socalcos agrícolas, também pela particularidade da paisagem que originam, apesar de não serem tão ricos ecologicamente. Segundo Gaspar e Fidalgo (2002), a área agrícola na APPSA tem diminuído, em relação ao aumento da área de folhosas diversas, diminuição essa que os autores consideram indesejável, quer do ponto de vista da conservação dos valores paisagísticos e de recreio, quer do ponto de vista ecológico, por serem “espaços que assumiam a função de compartimentação das grandes manchas florestais, com efeitos positivos na diminuição do risco de incêndio e no aumento da biodiversidade”. Com um valor Médio (6,0) encontram-se as áreas de folhosas. São áreas com um elevado potencial ecológico, cuja expansão, segundo Gaspar e Fidalgo (2002), “se dá a partir da Mata da Margaraça e vem aumentar notavelmente o valor de conservação e de recreio da AP, o que reflecte a capacidade de expansão desta vegetação, a partir de um núcleo que corria o risco de se extinguir, contribuindo para a conservação das espécies”, um dos objectivos da criação da AP e que traduz, segundo os autores, o sucesso das políticas de gestão que têm sido adoptadas. Apesar disso, é ainda consideração dos autores, que devem ser tomadas outras medidas que garantam a obtenção de uma estrutura paisagística mais favorável ecologicamente, 1ª Fase – Relatório de Caracterização 71 Plano de Ordenamento da APPSA nomeadamente através de um maior envolvimento das populações locais com influência nas áreas privadas, incentivando a manutenção de práticas tradicionais de uso do solo, agropecuárias e florestais. Finalmente, as restantes áreas, Aldeias (3,0), Matos (2,3), e Pinhal (1,7), apresentam um valor Baixo do ponto de vista paisagístico, pelo seu menor valor ecológico e por serem paisagens com menor identidade, quer a nível regional, quer a nível nacional. 5. Caracterização do Património Cultural 5.1. Património Arquitectónico As duas povoações que se encontram, em parte ou na sua totalidade, no interior da APPSA, respectivamente a aldeia do Enxudro e dos Pardieiros, não apresentam nenhum edifício de especial interesse arquitectónico classificado. Ambos os aglomerados populacionais são caracterizados pela presença de casas de xisto e de lousa tradicionais, misturadas com casas recentes de alvenaria, estas últimas sem qualquer interesse ou valor arquitectónico. Quanto às primeiras, que conferem ao território uma identidade e homogeneidade próprias, são características das aldeias rurais serranas, com arquitectura de origem popular, caracterizadas por formas simples e rectilíneas. As suas paredes são em pedra de xisto escuro e os telhados são cobertos a xisto ou a lousa. No seu interior, as divisões são normalmente em madeira de castanheiro ou carvalho. Alguns espaços exteriores ainda mantêm as características das aldeias de xisto do Centro de Portugal, caracterizadas por ruas estreitas, em alguns casos com declive acentuado, pavimentadas com pedras de xisto, alternadas por escadarias nas zonas mais inclinadas. Associadas à disponibilização de terrenos para as práticas agrícolas, as “quelhadas” em socalcos são também infra-estruturas arquitectónicas assinaláveis. O relevo acidentado e a inexistência de grandes vales de aluvião levaram, em tempos, à construção de espaços para a prática da agricultura. No fundo dos vales encaixados, as linhas de água foram canalizadas com recurso a muros frontais e a diques, de modo a libertar algumas áreas do leito das ribeiras para instalar as culturas. Ao longo das vertentes, construíram-se os socalcos, escavações no terreno de modo a obter um declive inferior a 10%, seguidas da construção de muros com materiais locais, blocos e lajes de xisto, que servem de suporte ao solo que vai sendo erodido ao longo do tempo (Gonçalves, 1992). Estas infra-estruturas foram construídas recorrendo a técnicas populares, simples e de elevado grau de resistência, bem evidente no estado de conservação em que ainda hoje se encontram. Os muros frontais ou diques, canais artificais de condução da água, são construções de xisto de elevado grau de resistência, edificadas ao longo de várias gerações com técnicas populares, no sentido de canalizar e regularizar as ribeiras e assim, disponibilizar novas áreas agrícolas. A sua construção pressupunha em alguns casos, o escavamento de vales e a construção de muros altos, atingindo nalguns casos, cerca de 5m. Em alguns meandros encaixados nos montes, a fim de disponibilizar essa área para a agricultura, tornando desse modo o meandro cultivável, foram abertos canais nos montes e canalizada para aí a água. Estas infraestruturas revelam o trabalho árduo de várias gerações, que as dotou de uma certa imponência e importância 1ª Fase – Relatório de Caracterização 72 Plano de Ordenamento da APPSA no aproveitamento do fundo dos vales, em equilíbrio com os restantes elementos da paisagem, dimensão entretanto escondida, por se encontrarem abandonadas e cobertas por vegetação. As “levadas” são pequenos canais artificais de transporte de água para abastecimento das áreas agrícolas e de pequenas infra-estruturas, que apesar da sua reduzida dimensão, simplicidade de formas e de construção, constituem um marco de identidade cultural que importa referir. Face ao exposto, pela ausência de elementos de especial interesse arquitectónico, considerou-se não ser necessária a elaboração da carta [15] – localização do património arquitectónico, referente à localização do património arquitectónico. 5.2. Património Arqueológico A presença do homem nesta região data de alguns milhares de anos antes de Cristo, apesar dos vestígios da sua presença serem escassos (Martins, 1992). Contudo, no interior da APPSA não existe registo, até ao momento, de qualquer vestígio arqueológico. Apesar desta ausência de elementos, e porque se localiza bem próximo da AP, considerou-se importante referir a presença de uma estação arqueológica, identificada num estudo (Martins, 1992) realizado no âmbito da valorização cultural e científica da APPSA, e com o interesse do Serviço Nacional de Parques, Reservas e Conservação da Natureza (actual ICNB). Nesta estação encontra-se uma gravura rupestre numa “lage de xisto rodeada de carqueja e urze, numa encosta xistosa que dá para a Barroca do Vale / Carcavão”, próximo da aldeia do Sardal, a Sul da APPSA. Segundo este estudo, a gravura data do Bronze final – Idade do Ferro I, encontrando-se actualmente num estado de conservação “bastante sofrível” em que, “de ano para ano as figuras são menos visíveis” (Martins, 1992). Do inventário realizado neste estudo, o autor refere que apenas a referida estação arqueológica “poderá constituir uma prova, segura, da presença do homem pré-histórico na região”. Á semelhança do património arquitectónico, a ausência de elementos de especial interesse arqueológico, levou a não realização da carta [16] – localização do património arqueológico, referente à localização do património arqueológico. 5.3. Património Etnográfico A caracterização do património etnográfico da APPSA foi elaborada com base em Ramalho (1999). As pessoas residentes no território da APPSA distribuem-se pelas aldeias de Pardieiros e de parte do Enxudro, onde se encontra uma partilha de usos, costumes, tradições e uma forma de vida característicos das gentes da Serra do Açor. Desde tempos longínquos até um passado recente, estas pessoas foram vivendo de uma economia de subsistência, baseada principalmente no trabalho árduo da floresta e do campo, dificultada pela adversidade do meio e pela inexistência de mecanização. As gentes desta região dependiam quase exclusivamente das actividades do sector primário, ocupando-se de profissões ligadas à produção florestal, agrícola, pecuária e vinícola, das quais obtinham lenha, frutos silvestres, plantas medicinais, alimentos, azeite, mel, vinho e gado para consumo familiar. Mais recentemente, em paralelo a estas actividades, um 1ª Fase – Relatório de Caracterização 73 Plano de Ordenamento da APPSA pequeno grupo de pessoas trabalha em profissões do sector secundário e terciário, em profissões ligadas à construção, venda de produtos alimentares, administração local, produção de móveis, ferramentas, vestuário, entre outras, assegurando a sustentabilidade da economia local. Refere-se ainda o artesanato, que é ocupação de algumas pessoas das aldeias e que incrementa o valor cultural da AP. As dificuldades económicas eram imensas, pelas pequenas áreas de cultivo, pela baixa produtividade e rentabilidade das actividades, resultante dos condicionalismos endógenos e exógenos. As casas de habitação evidenciavam com clareza estas condições, sendo normalmente de tamanho muito reduzido, arquitectura dominada por formas simples e rectas, e com o recurso quase exclusivo a materiais de construção existentes na região – xistos, lousa e madeira, sobretudo de carvalho e castanheiro. Por outro lado, o seu vestuário simples e modesto é também disso exemplo. Neste contexto, desenvolveu-se ao longo dos tempos uma cultura popular rica em cantares, provérbios, poesia e histórias, muitas vezes caracterizados por uma linguagem própria, que consubstanciam as vidas difíceis de um povo simples e humilde. Precisamente por essas imensas dificuldades, os vários surtos migratórios para o Brasil e Europa, combinados com o êxodo rural para os grandes centros urbanos do litoral, foram as formas encontradas para melhorarem as condições de vida (Ramalho, 1999). 6. Caracterização Socio-Económica A caracterização socio-económica, que se apresenta de seguida, foi realizada com base nos censos de 1991 e de 2001 do Instituto Nacional de Estatística (INE), suportada por dados relativos às freguesias. Dado que não foi possível ter acesso a dados anteriores, a análise foi efectuada para um período de 10 anos, em oposição aos 20 anos sugeridos no Caderno de Encargos elaborado pelo ICN. Cabe ressalvar que as freguesias em questão, freguesias da Benfeita e Moura da Serra, ultrapassam claramente os limites da AP, estando os seus principais núcleos habitacionais fora da área de estudo, apenas constando no interior da AP, a aldeia de Pardieiros e parte da aldeia do Enxudro. Apesar de ambos os aglomerados pertencerem à freguesia da Benfeita, faz-se uma análise às duas freguesias, já que parte do território da APPSA pertence também à freguesia da Moura da Serra. 6.1. População População Actual De acordo com os dados do INE (2001), residem actualmente mais pessoas na freguesia da Benfeita do que na freguesia de Moura da Serra, com 503 na primeira e 168 na segunda. Destas, 225 e 88 respectivamente, são pessoas que se encontram empregadas (Tabela 33). 1ª Fase – Relatório de Caracterização 74 Plano de Ordenamento da APPSA Tabela 33 – População residente e população activa nas freguesias da Benfeita e Moura da Serra, no ano de 2001 (Fonte: INE, 2001). População Residente Género N.º Indivíduos Homens Benfeita Moura da Serra População Activa Total Indivíduos Indivíduos (%) 228 Mulheres 275 Homens 84 Mulheres Sector 45% 503 Primário Secundário Terciário Primário Secundário Terciário 55% 50% 168 84 50% Total Indivíduos N.º Indivíduos 120 47 58 53 24 11 Indivíduos (%) 53% 21% 26% 60% 27% 13% 225 88 As pessoas que laboram no sector primário trabalham em actividades como a agricultura, silvicultura e produção animal; enquanto as do sector secundário trabalham na indústria, na construção, na energia e na água. Evolução da população nos últimos 10 anos Segundo a mesma fonte, referente aos dois últimos censos, 1991 e 2001, a população residente nestas freguesias tem diminuído claramente durante os últimos 10 anos (Figura 1). Verificou-se um declínio na população residente em ambas as freguesias, com uma queda próxima dos 25% e 22% na freguesia da Benfeita e na freguesia da Moura da Serra, respectivamente. N.º Indivíduos População Residente 600 400 200 0 Total Homens Mulheres Total Homens Benfeita (1991) N.º Indivíduos 666 (1991) % Percentagem (2001) N.º Indivíduos (2001) % Percentagem 503 Moura da Serra 297 369 45 55 228 275 45 Mulheres 55 240 168 104 136 43 57 84 84 50 50 Género Figura 1 – Evolução da população residente nas freguesias da Benfeita e Moura da Serra, nos últimos 10 anos (Fonte: INE, 2001). Analisando a estrutura da população por faixa etária (Figura 2), verifica-se um decréscimo do efectivo populacional e um índice de envelhecimento acentuado nas duas freguesias, registando-se um aumento significativo apenas na faixa etária acima dos 65 anos. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 75 Plano de Ordenamento da APPSA População / Faixa Etária % Indivíduos 60 40 20 0 Até aos 14 15 – 24 25 – 64 ≥ 65 Até aos 14 15 – 24 Benfeita 25 – 64 ≥ 65 Moura da Serra (1991) N.º Indivíduos 69 55 305 237 19 22 101 98 (1991) % Percentagem 10 8 46 36 8 9 42 41 (2001) N.º Indivíduos 45 45 196 217 9 11 69 79 (2001) % Percentagem 9 9 39 43 5 7 41 47 Faixa Etária Figura 2 – Evolução da população, por faixa etária, nas freguesias da Benfeita e Moura da Serra, nos últimos 10 anos (Fonte: INE, 2001). De entre a população activa nestas freguesias, a maior parte encontra-se empregada em actividades do sector primário (Figura 3). Verifica-se que, na freguesia da Benfeita, houve um aumento da população empregada no sector primário e terciário, face à diminuição no sector secundário; ao contrário da freguesia de Moura da Serra, que verificou uma diminuição da população empregada no sector primário e um aumento no sector secundário. % Indivíduos População / Sector de Actividade 60 40 20 0 Primário Secundário Terciário Primário Benfeita Secundário Terciário Moura da Serra (1991) N.º Indiv íduos 91 58 43 46 17 9 (1991) % Percentagem 48 30 22 63 24 13 (2001) N.º Indiv íduos 120 47 58 53 24 11 (2001) % Percentagem 53 21 26 60 27 13 Sector de Actividade Figura 3 – Evolução da população, por sector de actividade, nas freguesias da Benfeita e Moura da Serra, nos últimos 10 anos (Fonte: INE, 2001). 1ª Fase – Relatório de Caracterização 76 Plano de Ordenamento da APPSA Meio Social Segundo os dados do INE, nestas duas freguesias existiam em 2001, respectivamente, 236 e 82 famílias (Tabela 34). Tabela 34 – Número de famílias existentes nas freguesias da Benfeita e Moura da Serra, nos anos de 1991 e 2001 (Fonte: INE, 2001). 1991 2001 Benfeita 291 236 Moura da Serra 114 82 Na sua generalidade, as famílias existentes têm uma dimensão pequena, sendo as constituídas por uma ou duas pessoas as que apresentam uma maior percentagem, em ambas as freguesias (Figura 4), diminuindo o número de famílias com o aumento da dimensão do agregado familiar. As famílias com um agregado de seis ou mais pessoas encontram-se apenas na freguesia da Benfeita. Famílias Clássicas / Dimensão (2001) 50 % Famílias 40 30 20 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 ≥10 1 2 3 4 Benfeita 5 6 7 8 9 ≥10 Moura da Serra 81 93 32 17 10 1 1 0 1 0 27 37 9 5 4 0 0 0 0 0 (2001) % Percentagem 35 40 14 7 4 0 0 0 0 0 33 45 11 6 5 0 0 0 0 0 (2001) N.º Famílias Dimensão da Família (n.º de pessoas) Figura 4 – Caracterização das famílias, quanto à sua dimensão, nas freguesias da Benfeita e Moura da Serra no ano de 2001 (Fonte: INE, 2001). Na Figura 5, apresentam-se os tipos de famílias presentes nas freguesias consideradas. A maioria das famílias possui um núcleo familiar, apesar do número de famílias que não possui agregado familiar ser também relativamente elevado. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 77 Plano de Ordenamento da APPSA Famílias Clássicas / Tipo de Família (2001) 45 40 % Fam ílias 35 30 25 20 15 10 5 0 Benfeita M o ura da Serra Tipo de Família Figura 5 – Caracterização das famílias, quanto à sua tipologia, nas freguesias da Benfeita e Moura da Serra no ano de 2001 (Fonte: INE, 2001). A maioria da população de ambas as freguesias encontra-se casada (Figura 6), tendo um valor residual os estados civis de divorciado e separado, situação normal numa comunidade onde o casamento e a família são valores preservados. População / Estado Civil (2001) 70 % Indivíduos 60 50 40 30 20 10 0 Solteiro Casado Viúv o Separado Div orciado Solteiro Casado Benfeita N.º Indiv íduos 115 298 84 % Percentagem 23 59 17 Viúv o Separado Div orciado Moura da Serra 5 1 39 101 24 2 2 1 0 23 60 14 1 1 Estado Civil Figura 6 – Caracterização da população, quanto ao estado civil, nas freguesias da Benfeita e Moura da Serra no ano de 2001 (Fonte: INE, 2001). 1ª Fase – Relatório de Caracterização 78 Plano de Ordenamento da APPSA Quanto às fontes de rendimentos destas populações, verifica-se, pela Figura 7, que a principal fonte, em ambas as freguesias, é a pensão de reforma, o que assinala, mais uma vez, o envelhecimento da população, surgindo a seguir o rendimento relativo ao trabalho e os dependentes da família. 100 Benfeita 0 Outros casos Dependente da família Apoio Social garantido Rendimento mínimo Trabalho Dependente da família Apoio Social Rendimentos de propriedade/empresa Pensão/Reforma garantido Rendimento mínimo Subsídio temporário Trabalho 0 N.º Indivíduos 20 Rendimentos de 200 propriedade/empresa 40 Pensão/Reforma 300 Subsídio temporário 60 Outros casos % Indivíduos População / Meio de Vida (2001) Moura da Serra Meio de Vida % Percentagem N.º Indiv íduos Figura 7 – Caracterização da população, quanto ao meio de vida, nas freguesias da Benfeita e Moura da Serra no ano de 2001 (Fonte: INE, 2001). O analfabetismo é uma realidade mais acentuada na freguesia da Moura da Serra, com uma percentagem de 40% face aos 22% da freguesia da Benfeita (Figura 8A). Analisando o analfabetismo por género, verifica-se, na Figura 8B, que as mulheres são o grupo que apresenta valores de analfabetismo mais elevados. População / Instrução (2001) População / Instrução / Género (2001) 60 40 20 0 Analfabetos A 100% % População % Indivíduos 80 50% 0% Homens Benfeita 112 Mulheres Mulheres Benfeita 67 %Percentagem 22 40 Alfabetos 391 101 %Percentagem 78 60 Instrução Homens Moura da Serra Moura da Serra Alfabetos 189 202 59 42 Analfabetos 39 73 25 42 B Género Analfabetos Alfabetos Figura 8 – Caracterização da população, quanto ao analfabetismo, nas freguesias da Benfeita e Moura da Serra no ano de 2001 (Fonte: INE, 2001). Pela análise da Figura 9, verifica-se que a maior parte da população não tem qualquer escolaridade ou possui apenas o 1.º ciclo do ensino básico, assim como os valores relativos à qualificação são superiores para as classes de nenhuma qualificação ou apenas o 1.º ciclo. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 79 Plano de Ordenamento da APPSA % Indivíduos População / Nível de Instrução e de Qualificação (2001) 60 40 20 0 Nenhum 1.º Ciclo 2.º Ciclo 3.º Ciclo Secund. Superior Médio Nenhum 1.º Ciclo 2.º Ciclo 3.º Ciclo Secund. Superior Médio Benfeita Instrução N.º Indiv íduos 101 310 21 25 Moura da Serra 36 10 67 79 14 6 0 2 Instrução % Percentagem 20 62 4 5 7 2 40 47 8 4 0 1 Qualificação N.º Indiv íduos 261 162 23 36 16 5 0 100 50 13 3 2 0 0 Qualificação % Percentagem 52 32 5 7 3 1 0 59 30 8 2 1 0 0 Nível Figura 9 – Caracterização da população, quanto ao nível de qualificação, nas freguesias da Benfeita e Moura da Serra no ano de 2001 (Fonte: INE, 2001). 6.2. Actividades A maioria das actividades económicas identificadas no interior da APPSA e nas zonas adjacentes pertencem ao sector primário, a silvicultura, a agricultura e a produção animal, por ordem decrescente de importância e representatividade. Identificaram-se também actividades ligadas ao sector terciário, como o turismo. Sector Primário Em consonância com a tendência verificada nas últimas décadas no resto do País, estas actividades têm vindo a ocupar cada vez menos o tempo útil das populações, e já hoje, não são encaradas como a principal actividade laboral nem a principal fonte de rendimentos. Na maioria dos casos, a continuidade destas práticas está dependente da vontade e capacidade das pessoas mais idosas evitarem o abandono das propriedades, dado o seu passado ligado ao campo e à floresta e a uma economia de subsistência. Assim, na maioria dos casos, a prática dessas actividades tem como objectivo a produção para consumo familiar, com excepção da produção florestal, que apesar de pouco lucrativa, tem como propósito a obtenção de rendimentos. A manutenção da tendência nacional acima mencionada, acrescida pelo evidente êxodo rural dos jovens para as grandes cidades do litoral, levará, provavelmente, num futuro não muito distante, à desertificação dos aglomerados e ao abandono destas actividades. Quanto à actividade agrícola, nas duas freguesias, Benfeita e Moura da Serra, foram contabilizados vários parâmetros em 1999 durante o Recenseamento Geral de Agricultura, os quais se passam a caracterizar. O número de total de explorações agrícolas é coincidente com o número de explorações com superfície agrícola utilizada (SAU), como se pode verificar na Tabela 35, que apresenta também a área total das explorações. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 80 Plano de Ordenamento da APPSA Tabela 35 – Caracterização das explorações agrícolas, nomeadamente o número de explorações e área das explorações agrícolas, existentes nas freguesias da Benfeita e de Moura da Serra, no ano de 1999 (Fonte: INE, 2001) Benfeita 44 1 2 47 68 … … 72 192 4,27 1,6 Por Conta Própria Por Arrendamento Outra Número de Explorações com SAU Número de Explorações TOTAL Por Conta Própria Por Arrendamento Outra Total Área das Explorações com SAU (ha) Área das Explorações TOTAL (ha) Área Média/Exploração Agrícola (ha) Área Média Utilizada/Exploração Agrícola (ha) Moura da Serra 2 0 0 2 0 0 0 0 0 0 … Da análise dos dados percebe-se que, em média, as explorações são pequenas e existe uma parte da exploração que é utilizada, sendo exploradas quase exclusivamente pelos próprios proprietários. Em 1999, encontravam-se a trabalhar permanentemente na agricultura 115 pessoas na freguesia da Benfeita e 4 pessoas na freguesia de Moura da Serra, apresentando-se na Figura 10 os dados referentes a estes trabalhadores. A mão-de-obra utilizada em toda a actividade agrícola é principalmente de origem familiar, com a mesma contribuição de ambos os sexos. Mão de Obra Agrícola / Tipo / Género (1999) % Indivíduos 100% 50% 0% Total Familiar Não Familiar Total Familiar Benfeita Não Familiar Moura da Serra Mulheres 56 53 3 3 3 0 Homens 59 55 4 1 1 0 Tipo Homens Mulheres Figura 10 – Caracterização da população empregada nas actividades agrícolas, nas freguesias da Benfeita e Moura da Serra, no ano de 1999 (Fonte: INE, 2001). Quanto à produção animal, os dados da mesma fonte vêm caracterizados na Tabela 36. Tal como fora anteriormente referido, a produção animal não é encarada como uma fonte de rendimentos, sendo o seu objectivo principal, o consumo familiar, devendo ser relembrado que estes dados são relativos à freguesia, e excederão seguramente os valores aplicáveis apenas à APPSA. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 81 Plano de Ordenamento da APPSA Tabela 36 – Produção animal nas freguesias da Benfeita e Moura da Serra, no ano de 1999 (Fonte: INE, 2001). Ovinos (cabeças) Caprinos (cabeças) Suínos (cabeças) Coelhos (cabeças) Aves (cabeças) Colmeias e Cortiços Benfeita 138 40 53 250 557 219 Moura da Serra … … 0 … … … Ainda dentro do sector primário, referem-se as intervenções realizadas pelo ICN, ligadas à conservação da natureza, reflorestação, e manutenção das áreas incluídas na AP. Sector Terciário As actividades identificadas do sector terciário pertencem às áreas da educação, ambiente, turismo e administração. Na aldeia da Benfeita, situada a Noroeste da APPSA, há a assinalar a sede da Junta de Freguesia onde se desenvolvem todas as actividades relacionadas com a administração da freguesia; a escola primária, onde se lecciona o 1º ciclo do ensino básico, com uma tendência decrescente ao longo dos últimos anos no número de alunos e professores que a frequentam. Segundo dados do ano lectivo de 2006/2007 (ICN, comunicação pessoal), na escola primária trabalha um professor que é responsável por leccionar os quatro níveis de ensino do 1º ciclo; e estudam 10 alunos distribuídos pelos vários níveis. Na povoação de Moura da Serra, a Este da APPSA, assinala-se apenas a existência da Sede da Junta de Freguesia, a qual, à semelhança da Junta de Freguesia da Benfeita, realiza as actividades relacionadas com a administração do território. O ICN, com apoio das instalações existentes no interior da Mata da Margaraça, a Casa Grande, assegura a gestão da AP e promove actividades de educação ambiental, visitas guiadas, vigilância, e estudos/investigação, para além de alguns trabalhos relacionados com a melhoria das condições e das infraestruturas presentes na AP e das actividades directamente relacionadas com a conservação da natureza. O número de actividades e a sua área de incidência têm variado ao longo do tempo em função da disponibilidade dos recursos disponíveis. De seguida apresenta-se uma breve descrição da evolução de algumas actividades desenvolvidas pelo ICN na APPSA. Na Figura 11, pode analisar-se a evolução do número de marcações de grupo para visita e o respectivo número de visitantes à Mata da Margaraça, ao longo dos anos. As visitas de grupo, nas quais são realizadas sessões de educação ambiental, são procuradas preferencialmente por escolas dos vários níveis de ensino e de várias zonas do país. O número de visitas de grupo atingiu o pico mais alevado em 2002 (com 44 grupos), enquanto o respectivo número de visitantes atingiu o pico em 1997 (com 1597 visitantes), tendo vindo ambos a diminuir ao longo do tempo. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 82 Plano de Ordenamento da APPSA Visitas de grupo à Mata da Margaraça 2000 1500 Número 1000 500 0 1995 Marcações 1133 Total de visitantes 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 37 41 34 34 35 32 44 29 32 25 30 1289 1597 1205 1252 1089 1126 983 940 1110 800 691 Ano Marcações Total de visitantes Figura 11 – Número de marcações de grupo e número total de visitantes à Mata da Margaraça. Analisando o número total de visitantes à APPSA, segundo a especificidade da visita (Figura 12), assinala-se o número mínimo registado em 1994, de 2666 visitantes, e o valor máximo verificado em 1997, de 5690 visitantes. A partir de 1995, o número total de visitantes tem oscilado entre 4400 a 5700 visitantes/ano. As visitas de grupo correspondem aproximadamente a um terço dos visitantes da APPSA (33,33%), correspondendo aos restantes dois terços (66,66%) os demais visitantes. Importa referir aqui que número total de visitantes considerado fica muito aquém do número real, uma vez que apenas são contabilizados os visitantes que entram no Centro de Interpretação da Casa Grande, e não os que se deslocam ao território da APPSA. Visitantes da APPSA 6000 4000 Número 2000 0 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 Visitantes em grupo 1133 1289 1597 1205 1252 1089 1126 983 940 1110 800 691 Outros visitantes 3810 3511 4093 3795 4329 3484 3374 3458 3744 4004 3669 4142 4943 4800 5690 5000 5581 4573 4500 4441 4684 5114 4469 4833 Total de visitantes 2666 2002 2003 2004 2005 2006 Ano Visitantes em grupo Outros visitantes Total de visitantes Figura 12 – Número de visitantes da APPSA. Nas Figuras 13 e 14 apresenta-se o número de actividades realizadas na APPSA pelo ICN, durante os anos de 1985 a 2006. A organização das actividades por tipo de acção visa facilitar a apresentação da informação. No grupo de actividades desenvolvidas no âmbito da Conservação da Natureza são consideradas as 1ª Fase – Relatório de Caracterização 83 Plano de Ordenamento da APPSA intervenções de limpeza e controlo de infestantes, a criação de um viveiro florestal e a beneficiação florestal, acções que decorreram no espaço temporal mínimo de um ano. No grupo de visitação e educação ambiental são considerados os projectos de educação ambiental, nomeadamente o Art’ Ambiente e as sessões de educação ambiental direccionadas para os alunos das escolas dos vários níveis de ensino, que incluem visitas guiadas à Mata da Margaraça, observação e anilhagem de aves e sessões pedagógicas relacionadas com vários temas, entre os quais, as plantas aromáticas e medicinais, a floresta, os mamíferos e as espécies exóticas invasoras. Neste grupo, as várias sessões de educação ambiental realizadas ao longo do ano são consideradas como sendo apenas uma actividade de duração anual. Na vigilância são incluídas as actividades de vigilância diária na APPSA e a vigilância aos incêndios durante os meses de maior calor, esta realizada numa área superior aos limites da AP, também consideradas como duas acções, uma de duração anual e outra de duração sazonal, respectivamente. As intervenções físicas incluem recuperação de infra-estruturas, construção de infra-estruturas e limpezas, acções temporárias ou anuais. As acções desenvolvidas no âmbito do património histórico-cultural visam a valorização das tradições e costumes das populações residentes, entre as quais foi realizada uma mostra gastronómica. Nas comemorações estão incluídos os festejos do aniversário da APPSA, do dia mundial do Ambiente e do dia da Floresta, acções com duração de um dia que incluem normalmente sessões de educação ambiental. Contudo, das referidas figuras não deve resultar uma análise directa da importância atribuída a cada área de actividades, uma vez que estas apenas reflectem o número de actividades desenvolvidas, apesar das acções apresentarem diferentes linhas orientadoras, tendo algumas uma duração diária e outras, pelo contrário, uma duração mais prolongada, como mensal ou anual. A conservação da natureza surge como a área de actividades em que foram realizadas mais acções, seguida da intervenção física. Apesar da educação ambiental e da vigilância surgirem com o menor número de acções, há que referir que estas, geralmente, são de longa duração. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 84 Plano de Ordenamento da APPSA Actividades desenvolvidas pelo ICN na APPSA (Anos de 1985 a 1995) 5 4 3 Número 2 1 0 1985 1986 Conservação da Natureza 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 3 4 4 4 3 4 4 4 4 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 1 3 1 1 2 2 Visitação e Educação Ambiental 1 Vigilância 1 Intervenções Físicas Trabalhos Científicos 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1 Património Histórico-cultural Comemorações 2 2 2 2 2 2 2 Ano Conservação da Natureza Visitação e Educação Ambiental Vigilância Trabalhos Científicos Património Histórico-cultural Comemorações Intervenções Físicas Figura 13 – Actividades desenvolvidas pelo ICN, na APPSA, nos anos de 1985 a 1995. Actividades desenvolvidas pelo ICN na APPSA (Anos de 1996 a 2006) 7 6 5 4 Número 3 2 1 0 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Conservação da Natureza 5 5 4 4 3 3 3 3 5 5 4 Visitação e Educação Ambiental 1 1 1 1 2 2 2 2 2 1 1 Vigilância 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 Intervenções Físicas 2 2 3 3 4 3 3 2 6 5 1 Trabalhos Científicos 1 1 1 5 5 2 3 4 4 Património Histórico-cultural 1 1 Comemorações 2 2 2 2 3 3 3 3 2 3 2 Ano Conservação da Natureza Visitação e Educação Ambiental Vigilância Trabalhos Científicos Património Histórico-cultural Comemorações Intervenções Físicas Figura 14 – Actividades desenvolvidas pelo ICN, na APPSA, nos anos de 1996 a 2006. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 85 Plano de Ordenamento da APPSA Os recursos humanos afectos à APPSA encontram-se registdaos desde 1992, tendo variado ao longo dos anos. As entradas e saídas, bem como o número total de trabalhadores, encontram-se na Figura 15. Assinalam-se entradas e saídas entre 1992 e 1998 e entre 2001 e 2003. Nos anos de 1999 e 2000 e entre 2004 e 2006, o quadro de pessoal estabilizou com 12 e 10 trabalhadores, respectivamente. Evolução dos recursos humanos segundo entradas e saídas 20 Número 10 0 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Entradas 5 2 6 2 1 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 Saídas 2 2 2 0 1 6 0 0 0 1 0 1 0 0 0 Total de trabalhadores 10 10 14 16 16 10 12 12 12 11 11 10 10 10 10 Ano Entradas Saídas Total de trabalhadores Figura 15 – Evolução dos recursos humanos na APPSA ao longo do tempo. A evolução dos recursos humanos desde o ano de 1992, segundo as diferentes carreiras profissionais, está caracterizada na Figura 16. Inicialmente, o quadro de pessoal afecto à APPSA apenas contava com o contributo de trabalhadores rurais, o que se veio a verificar até 1995. A partir de 1995, passou a compreender, além dos trabalhadores rurais, um técnico profissional e um vigilante da natureza. No ano de 1996, o quadro de pessoal passou a incluir um técnico superior, tendo mantido nos anos seguintes todas as carreiras profissionais anteriormente referidas. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 86 Plano de Ordenamento da APPSA Evolução dos recursos humanos segundo as carreiras profissionais 20 15 Número 10 5 0 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Trabalhadores rurais 10 10 14 14 13 7 9 9 9 8 8 7 7 7 7 Técnicos profissionais 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 Vigilantes da natureza 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 Técnicos superiores 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 Total de trabalhadores 10 10 14 16 16 10 12 12 12 11 11 10 10 10 10 Ano Trabalhadores rurais Técnicos profissionais Vigilantes da natureza Técnicos superiores Total de trabalhadores Figura 16 – Evolução dos recursos humanos segundo a carreira profissional. No ano de 1997 e entre os anos de 2004 a 2006, a APPSA estabeleceu ainda 5 protocolos com a administração local, a associação de freguesias e as freguesias de Moura da Serra e Benfeita, que permitiram afectação de recursos humanos por parte dessas entidades, no âmbito de várias actividades realizadas no território da APPSA e em redor. A presença destas entidades, envolvidas na prestação de serviços, em especial o ICN que emprega no seu quadro 10 indivíduos residentes na APPSA e nas áreas limítrofes, são essenciais à fixação das populações e à subsistência das famílias, revestindo-se de grande importância a nível local e regional. Valoração da Socio-Economia As actividades económicas existentes na APPSA enquadram-se no sector primário e terciário, sendo o último constituído essencialmente por actividades relacionadas com o turismo. Sector Primário A agricultura e a pecuária são actividades que têm como principal objectivo a obtenção de produtos para consumo familiar. Nesse contexto, ambas as actividades não possuem qualquer peso na economia local, regional e nacional, apesar de permitirem a diminuição dos encargos das famílias. A continuidade destas práticas é completamente compatível com os princípios do desenvolvimento sustentável. A silvicultura, apesar de estar mais voltada para a obtenção de rendimentos, não é uma actividade económica lucrativa. A incidência regular de incêndios por toda a Serra do Açor, incluindo parte da APPSA, desincentiva o investimento neste ramo de actividade, quer na recuperação das áreas ardidas, quer na 1ª Fase – Relatório de Caracterização 87 Plano de Ordenamento da APPSA contratação de recursos humanos para a sua manutenção. Desse modo, o peso desta actividade económica, a nível local, é pouco mensurável e residual no contexto regional e nacional. A continuidade desta actividade pode ser compatível ou não com o desenvolvimento sustentável, em função das espécies utilizadas nas explorações. Desse modo, o eucalipto e o pinheiro são ambas espécies pouco aconselháveis, ao contrário das várias espécies de folhosas. Sector Terciário No sector terciário assinala-se a presença do ICN, entidade estatal do Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, detentora da Mata da Margaraça e gestora da APPSA. A Casa Grande, na Mata da Margaraça, serve de instalação de apoio à AP e Centro de Interpretação. O ICN, com competências na área do ambiente e turismo, além dos trabalhos de gestão da AP para a sua conservação, promove actividades de educação ambiental, visitas guiadas e trabalhos científicos. Trabalham aqui 10 pessoas, uma técnica superior, um vigilante da natureza, uma técnica profissional e sete trabalhadores rurais, quatro do sexo feminino e três do sexo masculino. A nível da economia local e regional, a existência da APPSA, assegura um contributo essencial no desenvolvimento sustentável. Além dos trabalhos de conservação realizados na APPSA, assinalam-se os postos de trabalho criados, ocupados por habitantes locais, revestindo-se de grande importância na contribuição para a fixação das populações. Benefícios Indirectos A APPSA localiza-se numa área de montanha caracterizada por um relevo acidentado, que resulta em montes com vertentes relativamente declivosas e pequenos vales encaixados entre os mesmos. O coberto vegetal presente nas encostas, do qual se destaca a Mata da Margaraça, contribui decididamente para prevenir a erosão dos solos e para facilitar a retenção e o armazenamento de água, contribuindo na regulação dos cursos de água. Além deste papel, estas manchas contribuem grandemente no enriquecimento dos solos, muitos dos quais são solos esqueléticos e extremamente empobrecidos, devido à passagem frequente de incêndios e às práticas silvícolas outrora utilizadas, protegendo ainda as áreas agrícolas contra os ventos. A presença de uma vegetação variada contribui ainda para o aumento da biodiversidade da fauna e de outros organismos como os líquenes e os fungos, sendo uma base de sustentação dos ecossistemas. Uso do Solo Ao longo de toda a história, o uso do território sofreu grandes alterações, nomeadamente durante a Idade Média, com a quase completa destruição da floresta natural nas áreas mais pobres e a sua substituição por charnecas ou plantações de pinheiro-bravo; e nas áreas melhores, pela agricultura e pelo cultivo da oliveira e do castanheiro, (Van Der Knaap & Van Leeuwen, 1994 e Devy-Vareta, 1986 cit. por Silveira, 2001). Neste período, também a carvoaria e a construção naval contribuíram para a destruição da floresta portuguesa, tendo resistido a esta devastação pouco mais que os coutos eclesiásticos (Devy-Vareta, 1986 cit. por 1ª Fase – Relatório de Caracterização 88 Plano de Ordenamento da APPSA Silveira, 2001), que é disso exemplo a Mata da Margaraça pertencente, na altura, ao clero (Paiva, 1981 e Almeida, 1992: 153 cit. por Silveira 2001). No período do Estado Novo, os serviços florestais recobriram vastas áreas da Serra do Açor com pinheiro-bravo. Com o êxodo dos anos 60 e 70 e o fim do regime ditatorial, as florestas ficaram mais ao abandono, com a consequente acumulação de combustíveis que originaram, propositadamente ou não, sucessivos fogos florestais (Silveira, 2001). Apesar de existirem algumas manchas com vegetação relativamente conservada, a maioria do território sofreu profundas alterações, encontrando-se a Serra do Açor quase totalmente coberta por urzes (Link, 1805 cit. por Silveira, 2001). O uso frequente do fogo para melhorar as pastagens e para a produção de carvão, desprotegeram os solos que foram arrastados pelas chuvas, deixando, por vezes, as encostas com a rocha exposta. Presentemente, apenas as charnecas conseguem colonizar estas áreas, ficando a agricultura restringida às áreas mais planas e aos socalcos agrícolas. Entre as culturas destacavam-se o milho, a batata (que veio substituir em parte a castanha), o feijão, a couve e os cereais. A vinha era, e continua a ser, muito cultivada nesta região, geralmente, na bordadura dos socalcos localizados nas altitudes mais baixas, assim como a oliveira. O castanheiro, pelos frutos e pela madeira para a construção, mobiliário e artesanato, assim como a cerejeira e o medronheiro, continuam a contribuir para o rendimento local (Silveira, 2001). A maior parte do território da AP encontra-se, actualmente, ocupado por floresta, como se pode visualizar na carta [17] – uso actual do solo, fruto de regeneração natural ou plantada. A Mata da Margaraça representa um reduto de floresta espontânea, num contexto de áreas extensas de exploração florestal, no meio das quais se desenvolvem, frequentemente, matos e algumas invasoras, como o eucalipto e a acácia. Os matos e incultos representam a segunda classe de uso do solo com maior extensão, resultantes de incêndios que assolaram esta serra, degradando o solo, o que torna difícil a colonização por outro tipo de vegetação, em áreas onde a camada de solo é demasiado pequena. A área agrícola inclui as áreas ocupadas principalmente por culturas anuais, como as couves, o milho, a batata, a vinha e árvores de fruto; e surge também o olival, em sub-coberto ocupado por hortaliças para autoconsumo. Na classe de uso urbano incluem-se as áreas das povoações, que no caso da APPSA, são a aldeia de Pardieiros e parte da aldeia do Enxudro. Na aldeia de Pardieiros encontram-se alguns equipamentos de utilidade colectiva, designadamente a sede da Comissão de Melhoramentos, com um bar e casa de convívio; um campo de futebol, vedado e com condições para a prática deste desporto; uma extensão do Centro de Dia de Benfeita que dá apoio à população da aldeia e se situa no edifício da Fundação Fausto Dias; dois lavadouros comunitários, um de construção antiga e outro recente; uma escola primária, actualmente fechada; uma igreja e uma capela. O Centro de Interpretação da Casa Grande na Mata da Margaraça, propriedade do ICN, foi identificada como equipamento de apoio às actividades desenvolvidas pela APPSA. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 89 Plano de Ordenamento da APPSA Finalmente, refere-se a existência de várias estradas e caminhos, das quais se salientam, pela sua importância, as estradas nacionais n.º 508 e n.º 1350-1. Produção Agrícola e Florestal As áreas de produção existentes no interior dos limites da AP, quer agrícola quer florestal, cartografadas na carta [18] – agrícola e florestal, destinam-se ao auto-consumo e não a uma produção intensiva, dirigida ao mercado. As áreas agricultadas, com técnicas e recursos tradicionais, são, na generalidade, as que se encontram mais próximas dos aglomerados, das quais resultam os produtos hortícolas, os cereais (nomeadamente o milho), a azeitona e a laranja. De entre as técnicas silvícolas praticadas na APPSA, referem-se as áreas de talhadia de alto e baixo fuste de castanheiro, as áreas de soutos com árvores enxertadas de diversas variedades de castanha, as podas e desramações selectivas, entre outras. No entanto, apesar de estas terem sido, em tempos, bastante frequentes, foram sendo abandonadas ao longo das décadas, não podendo considerar-se que actualmente se apliquem técnicas de silvicultura na AP, à excepção das realizadas pelo ICN, no âmbito de projectos de beneficiação florestal. Ainda assim, o pinheiro e algumas folhosas, nomeadamente o castanheiro, a cerejeira e o medronheiro, continuam a contribuir, em pequena escala, para a obtenção de lenha, madeira e frutos. Recreio e Turismo Os valores que a APPSA alberga constituem, segundo a Região de Turismo do Centro (in Proposta de Plano de Acção, documento interno do ICN), “um segmento da maior importância no conjunto das valências turísticas do Concelho de Arganil, (…) quer pelos valores naturais em presença, quer pelo trabalho que desenvolve a nível de Conservação, Investigação, Educação Ambiental e Promoção Turística”. O turismo na APPSA é notoriamente sazonal, com um claro pico de procura durante os meses mais quentes (Primavera e Verão). Este espaço é procurado por causa da sua vegetação, pela beleza paisagística e pelas quedas de água da Fraga da Pena. A Mata da Margaraça encontra-se na rota de um itinerário, geralmente a caminho da Aldeia Histórica do Piódão; contudo, pelo seu valor natural, paisagístico, recreativo e científico constitui um pólo de elevado potencial turístico. A afluência de grupos escolares e outros grupos organizados, integrados nos programas de educação ambiental da AP e outras actividades relacionadas com a visitação organizada, tem um carácter menos sazonal. Assim, referem-se seis pontos de interesse turístico, com diferentes potencialidades: (1) a Mata da Margaraça (Circuito 4), (2) a Fraga da Pena (Circuito 1), (3) o vale da Barroca de Degraínhos e Ribeira do Enxudro (Circuito 2), (4) os socalcos agrícolas da Relva Velha (Circuito 5), (5) os socalcos agrícolas de Pardieiros e Foz d’Abelheira (Circuito 3) e (6) o Cabeço da Picota, cartografados na carta [19] – equipamentos, zonas e elementos de atracção recreativa/turística. Os circuitos aqui referidos correspondem aos percursos interpretativos já implementados no terreno e, também eles, cartografados na carta 19. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 90 Plano de Ordenamento da APPSA A Mata da Margaraça, como tem vindo a ser referido ao longo da presente caracterização, apresenta-se como o ponto de maior interesse de toda a AP, quer a nível biológico e científico, quer a nível paisagístico. Actualmente, na Mata da Margaraça são realizadas com regularidade, acções de educação ambiental – apresentações educativas no auditório, sessões temáticas e visitas guiadas. No interior da Mata da Margaraça foi criado um percurso pedestre, devidamente identificado e sinalizado no terreno, e apoiado por publicações que facilitam a sua visita. De referir ainda a importância do Centro de Interpretação no apoio à visitação, nomeadamente através de exposições permanentes e temporárias. A Fraga da Pena é constituída por quedas de água e vegetação ribeirinha, no seio da qual existe um parque de merendas à disposição dos visitantes. Na Fraga da Pena é possível aceder a dois percursos pedestres, um que passa na povoação dos Pardieiros e outro que segue ao longo da Barroca de Degraínhos e da Ribeira do Enxudro, igualmente assinalados no terreno. O vale da Barroca de Degraínhos apresenta particular relavância não só junto à Fraga da Pena e Pardieiros mas também a montante. É possível desfrutar dos valores naturais e culturais deste vale através do percurso pedestre interpretativo assinalado no terreno e que segue o traçado da linha de água, continuando depois em direcção ao Enxudro, atravessando a Ribeira do Enxudro. Os socalcos agrícolas em torno da aldeia da Relva Velha, uma grande área de pequenas parcelas agricultadas, dispostas ao longo das vertentes em torno da aldeia e com extensão até ao fundo do vale, apesar de parte deles não se incluírem no interior da AP, são os que se encontram em melhor estado de conservação, considerando a distribuição das parcelas, a sua organização e o seu aproveitamento agrícola. A alteração da monotonia da paisagem, proporcionada pela presença destas estruturas entre as áreas urbanas e a vegetação, cujas cores e distribuição ressaltam à vista do observador, tornam-se uma mais valia na paisagem. Também aqui, existe já um percurso pedestre sinalizado, que atravessa os socalcos agrícolas e termina na aldeia, sendo um local privilegiado no âmbito da educação ambiental e de grande importância cultural, proporcionando uma vista panorâmica sobre toda a Mata da Margaraça e sobre a sua evolução paisagística ao longo do ano. De Pardieiros parte outro percurso, devidamente assinalado no terreno, que atravessa áreas agrícolas limítrofes da aldeia e se dirige à Foz d’ Abelheira, atravessando a Ribeira da Mata da Margaraça. Junto de Foz d’ Abelheira pode-se desfrutar de uma paisagem constituída por elementos agrícolas e pelas linhas de água merecedora de particular atenção. Ainda junto a esta aldeia, a Barroca de Degraínhos, proveniente do Enxudro e do Sardal, junta-se à Ribeira da Mata. A confluência dos dois cursos de água, juntamente com alguns terrenos agrícolas e a vegetação semi-natural, no seio de um pequeno vale encaixado, constitui um cenário de grande apetência turística. O Cabeço da Picota, por ser um ponto mais elevado, é um miradouro por excelência da totalidade da AP e do restante território, nomeadamente grande parte da Serra do Açor, da Serra do Caramulo e da Serra da Estrela. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 91 Plano de Ordenamento da APPSA Caça A actividade cinegética, representada na carta [20] – utilização cinegética, dentro dos limites definidos para a APPSA, encontra-se interdita pela Portaria n.º837/93, de 8 de Setembro. No entanto, considerou-se relevante referir a criação da “zona de caça municipal da Serra do Açor” pela Portaria n.º 165/2007, de 2 de Fevereiro, que abrange parte das freguesias da Benfeita e de Moura da Serra e cujos limites confrontam com a APPSA. Ocupação Urbana e Industrial A ocupação edificada restringe-se, na APPSA, aos aglomerados urbanos, a aldeia de Pardieiros, a Noroeste da AP e com cerca de 3,32ha; e parte da aldeia do Enxudro, junto ao limite Sul, com cerca de 0,91ha; os 4,23ha de área urbana encontram-se cartografados na carta [21] – zonas urbanas, aglomerados, exploração de inertes e actividade transformadora. Apesar de em tempos ter existido indústria transformadora, nomeadamente de carvão, presentemente esta encontra-se extinta, não existindo qualquer tipo de indústria transformadora dentro dos limites da APPSA. No Cabeço da Picota existe, também, uma frente de extracção de inertes, já inactivada e que foi utilizada pelos serviços da Câmara Municipal aquando da abertura da estrada que ali passa, para extração de material para a sua construção. Alguma actividade que exista ainda na AP restringe-se a actividades artesanais, nomeadamente a produção de colheres de pau, mas que não poderão ser consideradas indústrias transformadoras. Na APPSA, a rede viária segue normalmente ao longo das encostas contornando os montes, caracterizada por um trajecto sinuoso, decorrente das características do meio. A rede viária atinge na totalidade 13,7km e permite a ligação entre todos os aglomerados, sendo desse modo, quantitativamente suficiente. O piso dos troços de ligação entre a povoação da Benfeita e o aglomerado dos Pardieiros, estrada municipal 1350-1, e da estrada municipal 508, que segue ao longo do limite a sudeste, passando pelo Cabeço da Picota, são ambos de asfalto. O piso das restantes acessibilidades é de terra batida. Estrutura da Propriedade A área da APPSA, abrangida nos limites das freguesias da Benfeita e de Moura da Serra, possui as estruturas de propriedade cartografadas na carta [22] – tipologia da estrutura da propriedade. Na APPSA, a tipologia da estrutura da propriedade assenta em 3 classes principais: privada, pública e comunitária (baldios). Dos 381,94ha que constituem a APPSA, 293,65ha correspondem à área ocupada pela propriedade privada. A Mata da Margaraça é propriedade pública do domínio privado do Estado, sob a posse e gestão do ICN. Finalmente, os Baldios da Benfeita e da Moura da Serra ocupam, respectivamente, 11,2ha e 9,4ha no interior da AP, ambos propriedades comunitárias partilhadas pelos residentes de cada um dos aglomerados. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 92 Plano de Ordenamento da APPSA 7. Valores Intrínsecos Como tem vindo a ser referido ao longo de toda esta caracterização, a APPSA é uma AP com um elevado valor para a conservação e com um elevado potencial na contribuição para o equilíbrio dos ecossistemas, característicos da Serra do Açor. Prova disso são os diferentes estatutos legais de protecção que foram já atribuídos a esta área, como a própria criação da APPSA, a integração da quase totalidade da APPSA no SIC “Complexo do Açor, PTCON0051”, da Lista Nacional de Sítios da Rede Natura 2000; e a designação da Reserva Biogenética do Conselho da Europa para a Mata da Margaraça, que constitui o expoente máximo para a conservação, de toda a AP e área envolvente. A sua localização na região Centro, numa zona de transição climática com influência atlântica nas vertentes expostas a Norte e influência mediterrânica nas encostas expostas a Sul, permite o desenvolvimento de uma vegetação muito diversificada. Em associação às actividades praticadas pelo homem ao longo dos séculos, algumas das quais estão ainda bem patentes na paisagem, a AP tem uma elevada diversidade paisagística, com uma grande variedade de habitats e biótopos que permitem a ocorrência de muitas espécies da fauna e flora, algumas das quais são endemismos ou espécies protegidas por documentos oficiais de protecção da fauna selvagem. Associados à história desta região existem alguns valores e práticas culturais, como as práticas agrícolas que sustentavam os socalcos e as práticas silvícolas que eram utilizadas em tempos, demonstrativas do equilíbrio que é possível estabelecer entre as actividades humanas e os ecossistemas. A sua pequena dimensão é um dos factores que mais contribui para a fragilidade da AP. Este facto pode tornar-se um factor de preocupação, uma vez que as áreas de maior valor para a conservação, como a Mata da Margaraça, principal razão para a criação do estatuto da APPSA, não apresentam em seu redor uma área tampão de protecção. Deste modo, esta mata fica mais exposta a perturbações, como os incêndios florestais, que assolam frequentemente esta região; a invasão por espécies alóctones, como a acácia, que é cada vez mais frequente nesta região; além de outras influências resultantes das actividades humanas, e que poderão pôr em causa a sua continuidade. O abandono das terras poderá constituir outro factor de ameaça para o valor de conservação da AP, já que este facto conduz a uma alteração da paisagem actual, perdendo-se assim parte do valor histórico-cultural que a AP possui. 8. Breve Caracterização da Área Proposta para Alargamento da APPSA Numa perspectiva de alargamento e reclassificação da APPSA, os trabalhos para a fase de caracterização foram realizados, inicialmente, para uma área muito superior à APPSA. No entanto, no decorrer dos trabalhos, a RCM que define o presente PO determinou que este deveria ser elaborado apenas para a área actualmente classificada. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 93 Plano de Ordenamento da APPSA A pequena dimensão da APPSA, que determina um certo carácter de insularidade associado à existência de poucos corredores ecológicos, resulta num isolamento dos ecossistemas e das respectivas espécies. Este facto condiciona a mobilidade das espécies animais, a possibilidade de troca de genes necessária para a manutenção da variabilidade genética das populações e do equilíbrio dos ecossistemas. A reduzida dimensão da Mata da Margaraça, confere-lhe ainda uma menor resiliência, tornando o ecossistema ainda mais permeável a perturbações passíveis de desequilibrar os processos ecológicos, nomeadamente os incêndios florestais, as ameaças fitossanitárias e a invasão por espécies alóctones. O conhecimento mais aprofundado da AP e da sua envolvente, advindo dos trabalhos de investigação dos últimos cerca de 20 anos, desde a criação do estatuto de área protegida, levam a concluir que do alargamento resultariam diversas vantagens para a prossecução dos objectivos da conservação do património natural. De facto, na Serra do Açor existe um elevado isolamento entre os ecossistemas com maior valor para a conservação. Como prova disso poderá referir-se a estrutura do Complexo do Açor, SIC Rede Natura 2000, que é composta por quatro áreas separadas, existindo entre elas um espaço onde não são referidos valores a integrar a referida Rede. Também na área proposta para alargamento ocorre essa condição. A inclusão dessas áreas nos limites da APPSA poderá constituir um factor determinante na manutenção dos ecossistemas ainda existentes e que poderão vir a desaparecer se não se encontrarem assegurados por um estatuto de protecção adequado. A preservação destes ecossistemas também contribuiria para a conservação dos ecossistemas actualmente incluídos na AP. Com efeito, a preservação dos ecossistemas mais relevantes, como a Mata da Margaraça, tiraria vantagens da aplicação de esforços na conservação dos corredores de folhosas que acompanham as linhas de água e outras manchas vestigiais de vegetação nativa, estruturas que podem funcionar como corredores ecológicos e como áreas potenciais de alargamento deste ecossistema. Assim, apresenta-se neste capítulo uma breve caracterização da referida área de alargamento, ao abrigo dos trabalhos que tinham já sido elaborados para o presente PO, mesmo que não se encontrassem totalmente finalizados. Apresentam-se as áreas consideradas para o alargamento, que podem ser divididas em cinco zonas territoriais: (1) Encosta do Tapadinho, (2) Vale da Mourísia, (3) Vale do Carcavão, (4) Vale da Ribeira de Parrozelos e (5) Área de Monte Redondo, conforme se pode visualizar na Figura 17, e referem-se os principais valores e características que apresentam, numa perspectiva da conservação da natureza. Estas áreas são abrangidas pelas cartas militares n.ºs 232, 233, 243 e 244 (de 1998 à escala de 1:25000) e possuem características particulares que justificam a sua inclusão numa área protegida. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 94 Plano de Ordenamento da APPSA Figura 17 – Áreas propostas para o alargamento da APPSA. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 95 Plano de Ordenamento da APPSA Encosta do Tapadinho A “Encosta do Tapadinho” é a área que se encontra imediatamente a Norte da Mata da Margaraça. A principal justificação para a inclusão desta área nos limites da APPSA prende-se com o facto do actual limite norte da AP ser a linha de água que passa junto da Mata da Margaraça, que é também, presentemente, uma das áreas mais sensíveis da AP. Desta forma, apesar de não possuir um elevado valor natural, a encosta constituiria uma área fundamental para a protecção da Mata da Margaraça, funcionando como uma área tampão de protecção. Apesar de ser uma área ocupada maioritariamente por pinhal de regeneração natural, que se desenvolveu após o incêndio de 1987, na sua vertente Norte encontra-se uma área mista de folhosas autóctones e pinhal, constituindo uma possível área de expansão do ecossistema das folhosas e com muita importância como área de refúgio da fauna que recorre a este tipo de biótopos. Encontram-se ainda algumas linhas de água e na sua cumeada uma área de matos baixos, que corresponde ao habitat 4030 – Charnecas secas europeias, da Directiva Habitats. Vale da Mourísia O “Vale da Mourísia” encontra-se a Oeste dos actuais limites da APPSA. Esta área abrange uma das maiores áreas de socalcos agrícolas da Serra do Açor, conferindo-lhe um excepcional valor paisagístico e socio-cultural, na medida em que representa o equilíbrio estabelecido entre a natureza e as actividades do homem, num equilíbrio sustentável dos recursos da região. Além disso, constitui um importante biótopo para a fauna. Encontram-se também neste vale, várias linhas de água que, apesar do incêndio que percorreu estas encostas no Verão de 2005, conservam ainda um coberto vegetal que poderá facilitar a recuperação do ecossistema e constituir um bom corredor ecológico, possuindo por isso um elevado valor para a fauna, nomeadamente para o grupo dos anfíbios. Além destes biótopos, existem ainda áreas consideráveis de matos, resultantes da recolonização após o incêndio, e algumas áreas de pinhal e áreas mistas de pinhal, folhosas e algumas invasoras, como a acácia, que poderão ser incluídas em planos de recuperação da vegetação autóctone. Refere-se ainda que, no vale, existem algumas áreas de folhosas bem conservadas, principalmente de castanheiro, merecendo particular relevância o antigo souto onde se encontra um castanheiro classificado como árvore de interesse público. Vale do Carcavão O “Vale do Carcavão” é de inegável valor paisagístico e alberga uma galeria ripícola com troços bastante conservados da Ribeira do Carcavão, e uma vegetação bem desenvolvida com um estrato arbóreo constituído, essencialmente, por carvalho-alvarinho (Quercus robur), salgueiros (Salix sp.) e alguns exemplares de castanheiro (Castanea sativa), folhado (Viburnum tinus) e medronheiro (Arbutus unedo), azereiro (Prunus lusitanica) e loureiro (Laurus nobilis) e alberga fauna dependente das formações ripícolas. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 96 Plano de Ordenamento da APPSA Vale da Ribeira de Parrozelos O “Vale da Ribeira de Parrozelos” inicia-se junto a Parrozelos e estende-se até Porto Castanheiro, duas aldeias que apresentam características tipicamente serranas. Neste vale encontram-se áreas relativamente extensas com pinhal, giestais e urzais, mas também uma linha de água de elevado valor paisagístico, com troços revestidos por uma vegetação ripícola bastante conservada e de inegável valor para a fauna. Encontram-se ainda algumas áreas agrícolas e algumas manchas de medronhais meso-xerófilos mediterrânicos. Área de Monte Redondo Esta área abrange a aldeia de Monte Redondo e o território envolvente. Apesar de se encontrar um pouco degradada paisagisticamente, alberga alguns valores elevados da vegetação, como áreas significativas de bosquetes de sobreiro e azinheira, além de áreas de folhosas e linhas de água que conservam ainda alguma vegetação ripícola, que podem constituir corredores ecológicos e áreas de refúgio para a fauna. Além destas, encontram-se ainda áreas de urzais e de medronhais meso-xerófilos mediterrânicos. No cimo do cabeço de Monte Redondo, encontra-se um posto de vigia, de onde se pode observar toda a área envolvente, constituindo um bom posto de observação. Apresentam-se, de seguida, as Figuras 18, 19, 20 e 21, correspondentes, respectivamente, à valoração da vegetação, à valoração dos biótopos com importância para a fauna, à valoração das unidades de paisagem e ao uso do solo, de toda a área de estudo, a APPSA e as diferentes zonas propostas para alargamento da AP. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 97 Plano de Ordenamento da APPSA Figura 18 – Valoração da vegetação na APPSA e áreas propostas para o alargamento da AP. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 98 Plano de Ordenamento da APPSA Figura 19 – Valoração dos biótopos com importância para a fauna na APPSA e áreas propostas para o alargamento da AP. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 99 Plano de Ordenamento da APPSA Figura 20 – Valoração das unidades de paisagem na APPSA e áreas propostas para o alargamento da AP. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 100 Plano de Ordenamento da APPSA Figura 21 – Uso actual do solo na APPSA e áreas propostas para o alargamento da AP. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 101 Plano de Ordenamento da APPSA BIBLIOGRAFIA ABELHO, M. 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DECRETO-LEI n.º 19/93. D.R. I Série-A. n.º 19 (23-01-93), p. 271-277. Estabelece os novos critérios para a classificação das Áreas Protegidas nacionais. PORTARIA n.º837/93. D.R. I Série-B. n.º 211 (08-09-93), p. 4807-4808. Interdita a caça na Área de Paisagem Protegida da Serra do Açor. RESOLUÇÃO DO CONSELHO DE MINISTROS n.º 143/95. D.R. I Série-B. n.º 269 (21-11-1995), p. 7145-7153. Ratifica o Plano Director Municipal para o concelho de Arganil. LEI n.º 48/98. D.R. I Série-A. n.º 184 (11-08-98), p. 3869-3875. Estabelece as bases da política de ordenamento do território e de urbanismo. DECRETO-LEI n.º 140/99. D.R. I Série-A. n.º 96 (24-04-99), p. 2183-2212. Revê a transposição para o direito interno das directivas comunitárias: Directiva n.º 79/409/CEE, de 2 de Abril (Directiva Aves) e a Directiva n.º 92/43/CEE (Directiva Habitats), com o objectivo de “contribuir para assegurar a biodiversidade (…), tendo em conta as exigências económicas, sociais e culturais, bem como as particularidades regionais e locais. DECRETO-LEI n.º 380/99. D.R. I Série-A. n.º 222 (22-09-99), p. 6590-6622. Desenvolve as bases da política de ordenamento do território e de urbanismo. RESOLUÇÃO DO CONSELHO DE MINISTROS n.º 76/ 2000. D.R. I Série-B. n.º 153 (05-07-2000), p. 2933-2944. Inclui a Área de Paisagem Protegida da Serra do Açor no Sítio proposto para integrar a Rede Natura 2000, PTCON0051 – Complexo do Açor. RESOLUÇÃO DO CONSELHO DE MINISTROS n.º 66/2001. D.R. I Série-B. n.º 131 (06-06-2001), p. 3437-3439. Determina a elaboração do Plano Sectorial para a Rede Natura. DECRETO REGULAMENTAR n.º 9/2002. D.R. I Série-B. n.º 51 (01-03-2002), p. 1695-1745. Aprova o Plano de Bacia Hidrográfica do Mondego. DECRETO-LEI n.º 310/2003. D.R. I Série-A. n.º 284 (10-12-2003), p. 8339-8376. Altera o Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, que desenvolve as bases da política de ordenamento do território e de urbanismo. DECRETO-LEI n.º 49/2005. D.R. I Série-A. n.º 39 (24-02-2005), p. 1670-1708. Altera o Decreto-Lei n.º 140/99, de 24 de Abril, que revê a transposição para o direito interno das directivas comunitárias: Directiva n.º 79/409/CEE, de 2 de Abril (Directiva Aves) e a Directiva n.º 92/43/CEE (Directiva Habitats). DECRETO-REGULAMENTAR n.º 9/2006. D.R. 1.ª Série. n.º 138 (19-07-2006), p. 5029-5052. Aprova o Plano Regional de Ordenamento Florestal do Pinhal Interior Norte (PROF PIN). RESOLUÇÃO DO CONSELHO DE MINISTROS n.º 31/2006. D.R. I Série-B. n.º 59 (23-03-2006), p. 2194-2196. Determina a elaboração do Plano Regional de Ordenamento do Território para a Região do Centro (PROT-Centro). DECRETO-LEI n.º 180/2006. D.R. I Série. n.º 172 (06-09-2006), p. 6551-6578. Altera o Decreto-Lei n.º 93/90, de 19 de Março, referente à regulamentação da Reserva Ecológica Nacional, actualiza remissões para legislação entretanto revogada e república o texto que regulamenta a referida Reserva. PORTARIA n.º 165/2007. D.R. I Série. n.º 24 (02-02-2007), p. 922. Cria a zona de caça municipal da Serra do Açor, por um período de seis anos. RESOLUÇÃO DO CONSELHO DE MINISTROS n.º 68/2007. D.R. 1.ª Série. n.º 95 (17-05-2007), p. 3360-3361. Determina a elaboração do Plano de Ordenamento da Área de Paisagem protegida da Serra do Açor. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 106 Plano de Ordenamento da APPSA B. CARTOGRAFIA [1] – Carta de enquadramento a nível nacional, escala 1:1 000 000 [2] – Carta de enquadramento a nível regional, escala 1:50 000 [3] – Carta de estatutos de protecção e outros estatutos legais, escala 1:10 000 [4] – Carta de cadastro e direitos de uso, escala 1:10 000 [5] – (*) Carta de referência, escala 1:10 000 [6] – (*) Carta geológica simplificada, escala 1:10 000 [7] – Modelo digital de terreno e limites da área [8] – Carta geomorfológica simplificada, escala 1:10 000 [9] – (*) Carta de solos e drenagem, escala 1:10 000 [10] – Carta hidrológica, escala 1:10 000 [11] – Carta de bioclimas, escala 1:10 000 [12] – (*) Carta de vegetação, escala 1:10 000 [13] – (*) Carta de biótopos, escala 1:10 000 [14] – (*) Carta de unidades de paisagem, escala 1:10 000 [17] – (*) Carta do uso actual do solo, escala 1:10 000 [18] – Carta agrícola e florestal, 1:10 000 [19] – Carta com equipamentos, zonas e elementos de atracção recreativa/turística, escala 1:10 000 [21] – Carta de zonas urbanas, aglomerados, exploração de inertes e actividade transformadora, escala 1:10 000 [22] – (*) Carta com tipologia da estrutura da propriedade, por classes, 1:10 000 [25] – Carta de valoração da vegetação, escala 1:10 000 [26] – Carta de áreas de especial interesse para espécies prioritárias da flora, escala 1:10 000 [27] – (*) Carta de valores florísticos e de vegetação (por classes: Valor Excepcional, Alto, Médio, Baixo), escala 1:10 000 [28] – Carta de valoração dos biótopos para a fauna, escala 1:10 000 [31] – (*) Carta Síntese de Valores Naturais, escala 1:10 000 [32] – Carta de Valores Paisagísticos, escala 1:10 000 (por classes: Valor Excepcional, Alto, Médio, Baixo) [33] – Carta de aptidão turística, escala 1:10 000 (com base na carta de Valor Paisagístico e na carta Síntese de Valores Naturais) 1ª Fase – Relatório de Caracterização 107 Plano de Ordenamento da APPSA C.I. Anexo – Diplomas Legais mais Relevantes com Aplicação na APPSA Diploma Decreto-Lei n.º 67/82, de 3 de Março Decreto-Lei n.º 274/92, de 12 de Dezembro Decreto-Lei n.º 19/93, de 23 de Janeiro Portaria n.º837/93, de 8 de Setembro Resolução do Conselho de Ministros n.º 143/95, de 21 de Novembro Lei n.º 48/98, de 11 de Agosto Decreto-Lei n.º 140/99, de 24 de Abril, com a nova redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n. 49/2005, de 24 de Fevereiro Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, com a nova redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei 310/2003, de 10 de Dezembro Resolução do Conselho de Ministros n.º 76/ 2000, de 5 de Julho Resolução do Conselho de Ministros n.º 66/2001, de 6 de Junho Decreto Regulamentar n.º 9/2002, de 1 de Março Resolução do Conselho de Ministros n.º 31/2006, de 23 de Março Decreto-Lei n.º 180/2006, de 6 de Setembro Assunto Cria a Área de Paisagem Protegida da Serra do Açor Altera o Decreto-Lei 196/89, de 14 de Junho, que regulamenta a Reserva Agrícola Nacional (RAN) Estabelece os novos critérios para a classificação das Áreas Protegidas nacionais Interdita a caça na Área de Paisagem Protegida da Serra do Açor Ratifica o Plano Director Municipal para o concelho de Arganil Estabelece as bases da política de ordenamento do território e de urbanismo Revê a transposição para o direito interno das directivas comunitárias: Directiva n.º 79/409/CEE, de 2 de Abril (Directiva Aves) e a Directiva n.º 92/43/CEE (Directiva Habitats) Desenvolve as bases da política de ordenamento do território e de urbanismo Inclui a Área de Paisagem Protegida da Serra do Açor no SIC proposto para integrar a Rede Natura 2000, PTCON0051 – Complexo do Açor Determina a elaboração do Plano Sectorial para a Rede Natura Plano de Bacia Hidrográfica do Mondego Determina a elaboração do Plano Regional de Ordenamento do Território para a Região do Centro (PROT-Centro) Altera o Decreto-Lei n.º 93/90, de 19 de Março, referente à regulamentação da Reserva Ecológica Nacional (REN) 1ª Fase – Relatório de Caracterização 108 Plano de Ordenamento da APPSA C.II. Anexo – Definição e Valoração da Flora e das Unidades de Vegetação – Metodologia e Resultados A metodologia adoptada para elaborar a caracterização dos valores flora e vegetação baseou-se na metodologia desenvolvida e proposta pelo Instituto da Conservação da Natureza (ICN, 2004), procedendo-se às devidas adaptações para o presente PO. A metodologia baseia-se em três etapas: (A) definição e valoração das comunidades vegetais, (B) definição e valoração das espécies da flora ocorrentes na AP e (C) aplicação do Valor Florístico às comunidades vegetais. Etapa A O termo comunidade foi aplicado a unidades de vegetação cartografáveis, que podem abranger mais do que um habitat, mas representam uma unidade, sendo manchas relativamente homogéneas do ponto de vista fitocenótico e utilizáveis para o ordenamento (ICN, 2004). Definição das comunidades vegetais Para a definição das comunidades, bem como para a definição dos habitats que as constituem, foi seguida, sempre que possível, a Directiva Habitats (Directiva 92/43/CEE), recorrendo à nomenclatura e descrição dos habitats elaborada pela ALFA (Associação Lusitana de Fitossociologia) para o Plano Sectorial da Rede Natura 2000 (ALFA, 2006). Utilizou-se também a classificação dos habitats definida pela EUNIS para a definição e descrição das comunidades. Deste modo, foram definidas 10 comunidades que podem ser encontradas na área da APPSA: (1) “Florestas Pré-Climácicas de Folhosas Autóctones” (FCF), (2) “Comunidades Não Climácicas de Folhosas Autóctones” (CNF), (3) “Comunidades Ripícolas” (CRi), (4) “Bosquetes Residuais de Sobreiro” (BRS), (5) “Pinhal” (P), (6) “Matagais Arborescentes de Espécies Lauróides” (MAL), (7) “Giestais” (G), (8) “Urzais” (U), (9) “Comunidades Rupícolas e Prados de Altitude” (CRu) e (10) “Áreas Agrícolas” (AA), permitindo elaborar a carta [12] - vegetação. O elenco dos habitats compreendidos em cada uma das comunidades encontra-se na Tabela 37, apresentada posteriormente. Valoração das Comunidades Vegetais O valor de conservação intrínseco das comunidades, definidas na etapa anterior, é determinado com base em vários parâmetros de avaliação, relacionados com características ecológicas e com o estatuto de conservação dos habitats que compõem as comunidades. Estes parâmetros de avaliação são analisados e caracterizados individualmente para cada habitat que se encontra presente em cada comunidade, determinando-se nesta fase o Valor de Conservação do Habitat (VCH). O VCH de cada habitat é determinado com base na caracterização de cinco parâmetros de avaliação: (1) Directiva Habitats (DH), (2) Grau de Raridade (GR), (3) Grau de Naturalidade (GN), (4) Grau de Ameaça (GA) e (5) Singularidades (Sing). 1ª Fase – Relatório de Caracterização 109 Plano de Ordenamento da APPSA 1. Directiva Habitats A Directiva Habitats, Directiva 92/43/CEE, do Conselho das Comunidades Europeias, de 21 de Maio, relativa à preservação dos habitats naturais e da fauna e flora selvagens, reflecte a importância destes em termos de conservação, a nível da Comunidade Europeia. Foi transposta para o direito interno pelo Decreto-Lei n.º140/99, de 24 de Abril, agora revogado pelo Decreto-Lei n.º49/2005, de 24 de Fevereiro, o qual se consultou para a caracterização deste parâmetro, que inclui as seguintes categorias: 10 – Habitats prioritários incluídos no Anexo B-I* (habitats naturais prioritários de interesse comunitário cuja conservação exige a designação de zonas especiais de conservação) 8 – Habitats incluídos no Anexo B-I (habitats naturais de interesse comunitário cuja conservação exige a designação de zonas especiais de conservação) 0 – Habitats não incluídos no Anexo B-I 2. Grau de Raridade Com a caracterização dos habitats, relativamente ao seu grau de raridade, pretende-se medir a sua importância a nível nacional, estando este parâmetro fortemente relacionado com uma medida de representatividade do habitat. Este parâmetro inclui as categorias: 10 – Habitat é representante único no país 8 – Habitat tem grande interesse, dada a sua raridade a nível nacional 6 – Habitat com um grau intermédio de raridade a nível nacional 4 – Habitat relativamente comum ao longo do país, mas regionalmente pouco frequente 0 – Habitat comum a nível nacional e regional 3. Grau de Naturalidade Este parâmetro representa a integridade do sistema que é calculada em função do grau de influência humana, recorrendo às categorias: 10 – A composição do habitat está em excelente estado de conservação, é equivalente à existente se não houvesse intervenção humana, aproximando-se do estado ideal de naturalidade 7/4 – Níveis intermédios 0 – A comunidade está muito alterada, e é marcada pela forte presença de espécies exóticas 4. Grau de Ameaça Este parâmetro poderá medir-se pelo grau de perturbação derivada da actividade humana, sendo uma medida das pressões que diminuem a probabilidade de manutenção das características naturais do habitat. Pode ser caracterizado com as categorias: 10 – A pressão humana é muito forte, o habitat está seriamente ameaçado 7/4 – Níveis intermédios 0 – O habitat não está ameaçado 1ª Fase – Relatório de Caracterização 110 Plano de Ordenamento da APPSA 5. Singularidades A singularidade de um habitat reflecte-se no interesse que suscita na comunidade científica. Um exemplo de um elevado valor neste parâmetro é o habitat 5230, habitat que alberga azereiros e é considerado pela comunidade científica como deveras relevante para a conservação da natureza, pois integra um elevado número de relíquias lauróides paleo-sub-tropicais (Silveira, 2001), para além de ser um habitat pouco frequente no território nacional (ALFA, 2006). Apesar de poder integrar alguma redundância com a valoração florística, também se incluíram na lista de habitats com alto valor de singularidade aqueles que albergam espécies da flora com particular relevância para a conservação. Este parâmetro caracteriza-se com as seguintes categorias: 10 – Elevado interesse científico 5 – Moderado interesse científico 0 – Reduzido interesse científico O Valor de Conservação de cada habitat resulta do somatório dos valores de cada um dos parâmetros anteriores. Determinado o VCH dos diferentes habitats, pode proceder-se à determinação do Valor de Conservação das Comunidades (VCC). Para isso, deverá ter-se em conta duas possibilidades: No caso de a comunidade ser constituída por um único habitat, o VCC = VCH ; No caso de a comunidade integrar vários habitats, o VCC será o valor do habitat que obteve o valor de conservação mais elevado. No caso da APPSA, considerou-se que existe sobreposição dos habitats no interior das comunidades, pelo que se excluíram as duas restantes situações referidas na metodologia proposta pelo ICN (os habitats não se sobrepõem mas estão presentes de forma equitativa na comunidade, sendo o VCC igual à média dos VCH; e a expressão dos habitats dentro da comunidade é muito desigual, sendo o VCC igual à média ponderada dos VCH). O VCC permite atribuir às unidades de vegetação uma classe de relevância, Excepcional, Alta, Média ou Baixa, que hierarquiza a importância da comunidade para a conservação da natureza. Os intervalos de VCC correspondentes a cada classe de relevância são apresentados na Tabela 37. Tabela 37 – Classes de relevância das unidades de vegetação e respectivos intervalos de VCC. VCC >40 30-40 15-29 <15 Valor Excepcional Alto Médio Baixo Assim, apresentam-se na Tabela 38, os resultados da valoração dos habitats, com os valores atribuídos a cada um dos parâmetros de avaliação e o resultado final da valoração das unidades de vegetação. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 111 Plano de Ordenamento da APPSA Tabela 38 – Caracterização de cada habitat relativamente aos diferentes parâmetros de avaliação, determinação do Valor de Conservação dos Habitats (VCH) e o Valor de Conservação das Comunidades (VCC). Legenda: DH – Directiva Habitats; GR – Grau de Raridade; GN – Grau de Naturalidade; GA – Grau de Ameaça; Sing – Singularidades. Unidade de Vegetação Habitats Matagais arborescentes espécies lauróides Pinhal Bosquetes residuais de sobreiros Comunidades ripícolas Comunidades não climácicas de folhosas autóctones Florestas pré-climácicas de folhosas autóctones 6430pt1 – Vegetação megafórbica mesohigrófila escionitrófila perene de solos frescos *5230pt1 – Louriçais *5230pt2 – Azereirais *5230pt3 – Medronhais-azereirais 9380 – Florestas de Ilex aquifolium (azevinhais) 9260 – Castinçais abandonados e soutos antigos 9160pt1 – Carvalhais mesotróficos de Quercus robur 9230pt1 – Carvalhais de Quercus robur 8220pt1 – Afloramentos rochosos siliciosos com comunidades casmofíticas 8220pt3 – Biótopos de comunidades comófiticas esciófilas ou de comunidades epifíticas 6430pt1 – Vegetação megafórbica mesohigrófila escionitrófila perene de solos frescos 8220pt1 – Afloramentos rochosos siliciosos com comunidades casmofíticas 8220pt3 – Biótopos de comunidades comófiticas esciófilas ou de comunidades epifíticas 9230pt1 – Carvalhais de Quercus robur (regeneração) 9260 – Castinçais abandonados e soutos antigos *5230pt1 – Louriçais *5230pt3 – Medronhais-azereirais 8220pt1 – Afloramentos rochosos siliciosos com comunidades casmofíticas 8220pt3 – Biótopos de comunidades comófiticas esciófilas ou de comunidades epifíticas *91EO – Bosques ripícolas de amieiros, salgueiros ou bidoeiros 92AO – Galerias ribeirinhas mediterrânicas dominadas por salgueiros 9330 – Florestas de Quercus suber 8220pt1 – Afloramentos rochosos siliciosos com comunidades casmofíticas 8220pt3 – Biótopos de comunidades comófiticas esciófilas ou de comunidades epifíticas 5330pt3 – Medronhais 4030pt3 – Urzais, urzais-tojais e urzaisestevais mediterrânicos não litorais *5230pt1 – Louriçais *5230pt3 – Medronhais-azereirais 5330pt3 – Medronhais (matagais altos ou matos baixos meso-xerófilos mediterrânicos) Habitats EUNIS 2002(a) DH GR GN GA Sing VCH E5 8 0 6 6 5 25 F3.131 F3.22 0 0 0 4 4 7 6 6 0 5 10 22 F5.1 10 8 7 6 10 41 G2.6 8 8 6 6 10 38 G1.7 8 0 5 6 5 24 G1.89/G1.A 8 8 7 6 10 39 G1.7 8 4 4 6 5 27 H3.1 8 0 7 6 5 26 G1.A61 0 6 7 6 5 24 E5 8 0 4 6 5 23 H3.1 8 0 5 6 5 24 G5.61 8 4 4 6 5 27 G1.7 8 0 5 6 5 24 F3.13 0 0 4 6 0 10 F5.1 10 8 5 6 10 39 H3.1 8 0 6 6 5 25 G1 10 6 5 6 5 32 G1.1 8 0 6 6 5 25 F3.13 G2.1 0 8 0 4 4 4 6 6 0 5 10 27 H3.1 8 0 5 6 5 24 8 0 4 6 0 18 0 0 0 4 0 4 F5.5, F5.1 p.p. G5.74 F4.2 p.p.max. E5.3 8 0 0 4 0 12 0 0 0 4 0 4 F5.1 10 8 4 6 5 33 F5.5, F5.1 p.p. 8 0 4 6 0 18 VCC Classe de Relevância 41 Excepcional 27 Média 39 Alta 27 Média 12 Baixa 33 Alta 1ª Fase – Relatório de Caracterização 112 Áreas agrícolas Comunidades rupícolas e prados de altitude Urzais Giestais Plano de Ordenamento da APPSA F3.25 0 0 0 4 0 4 4 Baixa F4.2 p.p.max. 8 0 0 4 0 12 12 Baixa H3.1 8 0 0 5 10 23 E1.82 0 6 0 5 10 21 31 Alta 6160pt2 – Matos rasteiros acidófilos temperados e mediterrânicos E4.3613 8 8 0 5 10 31 8220pt3 – Biótopos de comunidades comófiticas esciófilas ou de comunidades epifíticas H3.1 8 0 0 4 0 12 12 Baixa F3.13 I1.5 0 0 0 0 0 0 4 4 0 0 4 4 4030pt3 – Urzais, urzais-tojais e urzaisestevais mediterrânicos não litorais 8220pt2 – Biótopos de comunidades comofíticas (a) EUNIS Biodiversity Database E4.3613 – Oro-Iberian acidophilous stripped grasslands – Cordilleran [Festuca] stripped grasslands; E5.2 – Termophile woodland fringes; E5.4 – Moist or wet tall-herb and fern fringes and meadows; F3.251 – White-flowered broom fields; F3.253 – Northwestern Iberian [Cytisus] fields; F3.256 – Central Iberian [Cytisus] fields; F4.2 – Dry heaths; F5.1 – Arborescent matorral; F5.18 – European laurel matorral; F5.5 – Thermo-Mediterranean scrub; G1.A – Meso- and eutrophic [Quercus] woodland; G1.1 – Riparian and gallery woodland with dominant [Alnus], [Betula], [Populus] or [Salix]; G1.2 – Mixed riparian floodplain and gallery woodlan; G1.7 – Thermophilous decidous woodlands; G 2.1 – Mediterranean evergreen [Quercus] woodland; G2.11 – [Quercus suber] woodland; G2.6 – [Ilex aquifolium] woods; H3.1 – Acid siliceous inland cliffs. Na Tabela 39, encontram-se os valores de conservação das unidades de vegetação, ordenados por ordem de importância para conservação da vegetação. Tabela 39 – Hierarquização do VCC e respectivas classes de relevância. Comunidade Florestas pré-climácicas de folhosas autóctones Comunidades ripícolas Matagais arborescentes de espécies lauróides Comunidades rupícolas e prados de altitude Comunidades não climácicas de folhosas autóctones Bosquetes residuais de sobreiros Pinhal Urzais Áreas Agrícolas Giestais VCC 41 39 33 31 27 27 12 12 12 4 Classes de relevância Excepcional Alta Alta Alta Média Média Baixa Baixa Baixa Baixa Etapa B Definição das Espécies da Flora Nos vários estudos florísticos elaborados, foram referidas para a APPSA 336 espécies da flora, pertencentes a diferentes grupos taxonómicos (Tabela 40). Tabela 40 – Número de espécies de cada grupo taxonómico referenciadas para a APPSA. Grupo Taxonómico Pteridophyta Gymnospermae Angiospermae Dicotyledones Monocotyledones Número de Espécies 17 1 253 318 64 Número Total de Espécies 336 O elenco total das espécies, ordenadas por família, pode ser consultado na Tabela 43. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 113 Plano de Ordenamento da APPSA Valoração das Espécies da Flora A valoração da flora foi elaborada mediante a atribuição de um Valor Ecológico Específico (VEE) a cada uma das espécies ocorrentes na AP, dependendo das suas características ecológicas e do interesse que têm para a conservação. Apesar do Caderno de Encargos sugerir que a valoração das espécies da flora fosse elaborada apenas para as espécies da Directiva Habitats, espécies previstas para o Livro Vermelho da Flora ou com interesse particular para a conservação, optou-se por calcular o VEE para todas as espécies ocorrentes na AP, uma vez que surjem diversos endemismos e outras espécies raras que poderiam ter valor significativo, apesar de não integrarem aqueles documentos, e que poderiam não ser detectadas numa análise menos exaustiva. Para a determinação do VEE, cada uma das espécies é caracterizada segundo dois estatutos: (1) estatuto de conservação e (2) estatuto biogeográfico, resultando o VEE final segundo a equação: VEE = EC + EBg 1. Estatuto de Conservação O estatuto de conservação (EC) inclui variáveis que reflectem o grau de ameaça de cada espécie e a responsabilidade política de Portugal na sua conservação. Consideram-se, para este estatuto, três parâmetros de avaliação, sendo eles a Directiva Habitats (DH), o Estatuto no Livro Vermelho da Flora (LV) e o Grau de Ameaça Local (GA). O estatuto de conservação é determinado através da aplicação da seguinte equação: EC = DH + LV + GA 1.1. Directiva Habitats A Directiva Habitats (DH) reflecte a importância das espécies, em termos de conservação, a nível da Comunidade Europeia. Foi transposta para o direito interno pelo Decreto-Lei n.º140/99, de 24 de Abril, agora revogado pelo Decreto-Lei n.º49/2005, de 24 de Fevereiro, o qual se consultou para a caracterização deste parâmetro, com as seguintes categorias: 10 – Anexo II* – espécies vegetais prioritárias de interesse comunitário cuja conservação requer a designação de zonas especiais de conservação 9 – Anexo II – espécies vegetais de interesse comunitário cuja conservação requer a designação de zonas especiais de conservação 7 – Anexo IV – espécies vegetais de interesse comunitário que exigem uma protecção rigorosa 5 – Anexo V – espécies vegetais de interesse comunitário cuja captura, colheita ou exploração podem ser objecto de medidas de gestão 0 – Espécies não incluídas nestes Anexos 1ª Fase – Relatório de Caracterização 114 Plano de Ordenamento da APPSA 1.2. Livro Vermelho da Flora Este parâmetro, Livro Vermelho da Flora (LV), reflecte, intrinsecamente, factores como a vulnerabilidade, a tendência da população, o efectivo populacional e o grau de ameaça das espécies. Como o LV da flora não se encontra ainda publicado, o cálculo deste parâmetro baseou-se numa lista preliminar de espécies susceptíveis de vir a integrar aquele documento, lista essa elaborada por diversos especialistas (documento interno do ICN). Para a determinação dos valores que caracterizam este parâmetro, recorreu-se ainda aos critérios definidos pela UICN para as Categorias de Ameaça das espécies, utilizadas por esta união para a conservação da natureza (IUCN, 2001 – IUCN Red List Categories: Version 3.1. Prepared by the IUCN Species Survival Commission. IUCN, Gland, Switzerland and Cambridge, UK). Com base nestas fontes estabeleceram-se as categorias e respectivas valorações. O cálculo do valor correspondente a este parâmetro para cada espécie teve em conta a informação disponível acerca do respectivo estatuto de vulnerabilidade além de outras fontes bibliográficas (Silveira, 2001 e ICN, 2006). As categorias consideradas neste parâmetro são: 6 – Espécies da lista preliminar para as quais a análise empírica dos especialistas permitiu prever uma elevada probabilidade de inclusão no Livro Vermelho 4 – Dados insuficientes ou espécie pouco ameaçada (incluem-se aqui as espécies que eventualmente poderão vir a integrar o LV, a decidir após aplicação dos critérios IUCN por especialistas, assim como as espécies que integrarão claramente o LV mas que apresentam um baixo nível de preocupação, de acordo com a bibliografia consultada) 0 – Espécie não incluída na lista preliminar para o LV 1.3. Grau de Ameaça Além da caracterização reflectida nos parâmetros anteriores, “Livro Vermelho da Flora” e “Directiva Habitats”, com o parâmetro Grau de Ameaça (GA) pretende-se avaliar, a nível regional, as ameaças efectivas existentes sobre as populações da área, tais como fragmentação da população, colheita, etc. O Grau de Ameaça pode ser caracterizado com as seguintes categorias: 10 – População está muito ameaçada. Espécies que, com um elevado nível de certeza, são exclusivas das florestas pré-climácicas de folhosas autóctones, sendo, além disso, constituídas por populações muito pequenas 7 – Espécies com características semelhantes às anteriores, mas com populações de maiores dimensões 6 – Espécies muito raras localmente. Ainda que não se evidenciem ameaças significativas sobre estas espécies, a sua raridade local, o pequeno tamanho das suas populações, associado a alguma fragmentação entre as populações, confere alguma vulnerabilidade local a estas espécies. São espécies muito raras mas que estão associadas a habitats que não estão particularmente ameaçados ou fragmentados e que, portanto, as respectivas populações terão algum potencial de expansão. As 1ª Fase – Relatório de Caracterização 115 Plano de Ordenamento da APPSA espécies que manifestam pouca especialização quanto aos habitats a que se associam estão também incluídas nesta categoria. 5 – Espécies cujas populações se encontram localmente ameaçadas pela colheita 0 – Espécies cujas populações não se encontram ameaçadas Nota – Esta valoração acaba por já ter implícita alguma valoração dos habitats a que as espécies estão associadas, valorizando já claramente as florestas pré-climácicas de folhosas autóctones. Estas florestas são ecossistemas complexos e as espécies que se lhes associam exclusivamente, sendo também raras ou muito raras, são espécies ou populações dependentes de condições muito particulares e, portanto, particularmente vulneráveis a perturbações. 2. Estatuto Biogeográfico O estatuto biogeográfico (EBg) caracteriza a relevância das populações em função da sua distribuição, atendendo a parâmetros como o grau de endemismo (GE), o isolamento (Is) e a raridade (Ra) das espécies. O EBg calcula-se com base nos parâmetros segundo a fórmula seguinte: EBg = GE + Is + Ra 2.1. Grau de Endemismo O Grau de Endemismo (GE) caracteriza a área de distribuição da espécie a nível global, atribuindo maior importância às espécies de distribuição mais restrita, considerando-se as seguintes categorias: 10 – Português (ou quase português) 8 – Ibérico 5 – Península Ibérica e Sul de França 5 – Portugal e Macaronésia 5 – Portugal e Norte de África (Magreb) 3 – Península Ibérica e Macaronésia 3 – Península Ibérica e Norte de África 2 – Portugal, Norte de África e Macaronésia 1 – Península Ibérica, Norte de África e Sul de França 1 – Península Ibérica, Norte de África e Macaronésia 0 – Europeu 1ª Fase – Relatório de Caracterização 116 Plano de Ordenamento da APPSA 2.2. Isolamento O Isolamento (Is) considera características de distribuição relacionadas com o isolamento das populações, que podem conferir alguma vulnerabilidade à população da área em estudo, tendo em conta as seguintes categorias: 10 – A população está isolada da principal área de distribuição 5 – A população está localizada no seu limite de ocorrência natural 0 – A população não apresenta, nestes aspectos, uma distribuição que lhe confira um carácter biogeográfico singular 2.3. Raridade O Índice Raridade (Ra) é determinado com base em três factores de avaliação, a distribuição geográfica, a dimensão da população e a especificidade de habitat: 2.3.1 Distribuição Geográfica A espécie está localizada numa pequena área de distribuição A espécie ocorre ao longo de uma faixa grande de distribuição 2.3.2 Dimensão da População A espécie ocorre sempre com frequência baixa, formando populações pequenas e esparsas A espécie ocorre de forma expressiva e frequente, formando populações com elevado número de efectivos 2.3.3 Especificidade de Habitat A espécie apresenta uma grande tolerância em termos de habitat, ocorrendo em vários tipos de habitat A espécie apresenta uma grande especialização, restringindo a sua ocorrência a poucos habitats. O valor a atribuir às espécies, para a caracterização do parâmetro “Raridade” é determinado através daTabela 41. Tabela 41 – Avaliação da raridade, utilizando os critérios de Rabinowitz (1986) (Fonte: ICN, 2004). Vasta ↓ DIMENSÃO DA POPULAÇÃO LOCAL Grande, população dominante Pequena, população esparsa Restrita Tolerante Específica Tolerante Específica 0 – Comum 6 – Rara 6 – Rara 8 - Rara 6 – Rara 8 – Rara 8 – Rara 10 - Rara ← DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA ← ESPECIFICIDADE DE HABITAT Depois de determinados os VEE das espécies, difiniram-se, para cada intervalo de valores, uma classe de relevância, de acordo com a sua importância para a conservação, como se indica na Tabela 42. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 117 Plano de Ordenamento da APPSA Tabela 42 – Classes de relevância das espécies e respectivos intervalos de valoração. VFB Classe de relevância >35 Excepcional 26-35 Alta 10-25 Média A lista de espécies ocorrentes na APPSA, a caracterização dos parâmetros de valoração, a determinação do VEE final e a respectiva classe de relevância (de acordo com a tabela anterior só é atribuída a classe de relevância às espécies com VEE superior ou igual a 10) encontram-se na Tabela 43. Tabela 43 – Caracterização de cada espécie quanto aos diferentes estatutos considerados, Estatuto de Conservação (EC) e Estatuto Biogeográfico (EBg), determinação do Valor Ecológico Específico (VEE) e as unidades de vegetação em que cada espécie ocorre. Legenda: DH – Directiva Habitats; LV – Livro Vermelho da Flora; GA – Grau de Ameaça; GE – Grau de Endemismo; Is – Isolamento; Ra – Raridade; FCF – Unidade de Vegetação “Florestas Pré-Climácicas de Folhosas Autóctones”; CNF – Unidade de Vegetação “Comunidades Não Climácicas de Folhosas Autóctones”; CRi – Unidade de Vegetação “Comunidades Ripícolas”; BRS – Unidade de Vegetação “Bosquetes Residuais de Sobreiros”; P – Unidade de Vegetação “Pinhal”; MAL – Unidade de Vegetação “Matagais Arborescentes de Espécies Lauróides”; G – Unidade de Vegetação “Giestais”; U – Unidade de Vegetação “Urzais”; CRu – Unidade de Vegetação “Comunidades Rupícolas e Prados de Altitude”; AA – Unidade de Vegetação “Áreas Agrícolas”. Espécie Classes de relevância Unidade(s) de Vegetação DH LV GA EC GE Is Ra EBg VEE 0 0 0 0 0 0 6 6 6 FCF, CNF, CRi, MAL, AA 0 0 0 0 0 0 8 8 8 FCF, CNF, CRI 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRi, MAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRi, MAL, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, G, U 0 0 10 10 0 0 8 8 18 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRi, MAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRi, MAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRi, BRS, P, MAL, G, U, AA 0 0 10 10 0 0 8 8 18 Pteridophyta Selaginellaceae Selaginella denticulata (L.) Spring Osmundaceae Osmunda regalis L. (Feto-real) Polypodiaceae Polypodium cambricum L. subsp. cambricum (Fentelho) Polypodium interjectum Shivas (Polipódio) Polypodium vulgare L. (Feto-doce) Hemionitidaceae Anograma leptophylla (L.) Link. (Avanca) Hypolepidaceae Pteridium aquilinum (L.) Kuhn subsp. aquilinum (Feto-ordinário) Aspleniaceae Asplenium adiantum-nigrum L. var. adiantum-nigrum (Avenca-negra) Asplenium obovatum Viv. subsp. lanceolatum (Fiori) P.Silva (Feto-bravo) Asplenium onopteris L. (Feitas) Asplenium trichomanes L. subsp. quadrivalens D.E.Mey (Avencão) Phyllitis scolopendrium (L.) Newman subsp. scolopendrium (Broeira) Athyriaceae Athyrium filix-femina (L.) Roth (Feto-fêmea) Cystopteris viridula (Desv.) Desv. Aspidiaceae Dryopteris affinis (Lowe) Fraser-Jenk. (Falso-feto-macho) Polystichum setiferum (ForssK.) Woyn. (Fentanha) Blechnaceae Blechnum spicant (L.) Roth subsp. spicant var. spicant (Feto-pente) FCF, CNF, CRI, BRS, P, MAL, G, U, AA FCF, CNF, CRI, BRS, P, MAL, G, U, AA Média Média FCF FCF 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRI 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRi, MAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRI 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRI 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRi, MAL 1ª Fase – Relatório de Caracterização 118 Plano de Ordenamento da APPSA Gymnospermae Pinaceae Pinus pinaster Aiton (Pinheiro-bravo) Angiospermae 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, BRS, P, G, U 0 0 0 0 0 0 6 6 6 FCF, CNF, CRi, BRS, MAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 10 18 18 Média FCF, CNF, MAL 0 0 10 10 0 0 8 8 18 Média FCF Ranunculus bupleoroides Brot. 0 0 0 0 8 0 6 14 14 Média BRS, P, MAL, G, U, CRu, AA Ranunculus ficaria L. subsp. ficaria (Celidónia-menor) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Ranunculus olissiponensis Pers. subsp. olissiponensis 0 0 0 0 8 0 6 14 14 Ranunculus paludosus Poir. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRi, MAL, AA 0 0 0 0 0 0 6 6 6 FCF, CNF, CRi, AA 0 0 0 0 0 0 6 6 6 FCF, CNF, P, G, U, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRi, P, G, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 BRS, Cru 0 0 0 0 1 0 0 1 1 FCF, CNF 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRi, P, G 0 0 0 0 1 0 0 1 1 FCF, CNF, BSA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, G 0 0 0 0 0 0 6 6 6 FCF, CNF, CRi 0 0 0 0 0 0 6 6 6 FCF, CNF, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, MAL, G, U 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRi, MAL, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, G, U, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRi, AA 0 0 0 0 3 0 6 9 9 FCF, CNF, BRS, P, G, U, Cru 0 0 0 0 5 0 6 11 11 0 0 0 0 0 0 6 6 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 10 10 0 0 6 6 16 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, G, AA 0 0 0 0 0 0 6 6 6 FCF, CNF, CRi, MAL, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, U, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, G, U, AA Lauraceae Laurus nobilis L. (Loureiro) Aristolochiaceae Aristolochia paucinervis Pomel (Erva-bicha) Ranunculaceae Aquilegia vulgaris L. subsp. dichroa (Freyn) T.E.Díaz (Columbina) Clematis vitalba L. (Vide-branca) Ranunculus repens L. (Botão-de-oiro) Papaveraceae Chelidonium majus L. (Erva-leiteira) Fumaria capreolata L. (Erva-molarinha) Fagaceae Castanea sativa Mill. (Castanheiro) Quercus ilex L. subsp. ballota (Desf.) Samp. (Azinheira) Quercus pyrenaica Willd. (Carvalho-negral) Quercus robur L. (Carvalho-roble) Quercus suber L. (Sobreiro) Betulaceae Betula alba L. (Vidoeiro-comum) Corylus avellana L. (Aveleira) Phytolaccaceae Phytolacca americana L. (Erva-dos-cachos-da-Índia) Caryophyllaceae Arenaria montana L. subsp. montana (Arenária) Cerastium fontanum Baumg. subsp. vulgare (Hartm.) Greuter & Burdet (Orelha-de-rato) Cerastium glomeratum Thuill. (Cerástio-enovelado) Corrigiola litoralis L. subsp litoralis (Erva-pombinha) Dianthus lusitanus Brot. (Cravinas-bravas) Herniaria scabrida Boiss. scabrida (Erva-turca) Lychnis flos-cuculi L. subsp. flos-cuculi (Flor-de-cuco) Moehringia pentandra J. Gay Moehringia trinervia (L.) Clairv. Polycarpon tetraphyllum (L.) L. subsp. tetraphyllum (Saboneteira) Sagina procumbens L. (Erva-pérola) Scleranthus annuus L. subsp. polycarpus (L.) Bonnier & Layens (Erva-dura) Silene gallica L. (Nariz-de-zorra) FCF, CNF, CRI FCF, CNF, CRi, MAL, AA Média Média FCF, CNF, CRi, BRS, P, MAL, G, U, AA FCF, CNF, P, MAL, G, U, AA P, G, U FCF, CNF, AA FCF, CNF, MAL, G, U Média FCF 1ª Fase – Relatório de Caracterização 119 Plano de Ordenamento da APPSA Silene latifolia Poir. (Assobios) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Silene nutans L. subsp. nutans 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Silene scabriflora Brot. subsp. scabriflora 0 0 0 0 8 0 6 14 14 0 0 0 0 0 0 6 6 6 FCF, CNF, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, MAL, G, U, Cru Stellaria alsine Grimm. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRi, MAL Stellaria holostea L. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, G, U, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, G, U, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, G, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRi, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, BRS, P, MAL, G, U, AA 0 0 0 0 1 0 0 1 1 FCF, CNF, P, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRi, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, U, AA 0 0 0 0 0 0 8 8 8 FCF, CNF, CRI 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRi, MAL, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, AA 0 0 0 0 0 0 8 8 8 FCF, CNF 0 0 0 0 0 0 0 0 0 CRI 0 0 0 0 0 0 6 6 6 FCF, CNF, P, AA 0 0 0 0 0 0 6 6 6 FCF, CNF, CRI 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRi, P, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRi, P, G, U, AA 0 0 0 0 0 0 6 6 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 0 6 11 11 0 0 0 0 3 0 6 9 9 CNF 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, G, U, AA 0 0 0 0 1 0 0 1 1 BRS, P, MAL, G, U, AA 0 0 0 0 0 0 6 6 6 FCF, CRI 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRi 0 0 0 0 8 0 8 16 16 Spergula arvensis L. (Esparguta) Spergula morisonii Boreau (Esparguta-dos-montes) Stellaria media (L.) Vill. (Morugem-branca) Chenopodiaceae Chenopodium album L. var. album (Catassol) Polygonaceae Polygonum arenastrum Boreau (Sanguinha) Polygonum aviculare L. (Sempre-noiva) Polygonum persicaria L. (Erva-pessegueira) Rumex acetosa L. subsp. acetosa (Azedas) Rumex acetosella L. subsp. angiocarpus (Murb.) Murb. (Erva-azeda) Rumex bucephalophurus L. subsp. gallicus (Steinh.) Rech. (Catacuzes) Rumex obtusifolius L.. (Labaça-obtusa) Rumex pulcher L. subsp. pulcher (Labaça-sinuada) Guttiferae Hypericum androsaemum L. (Hipericão-do-gerês) Hypericum humifusum L. (Hipericão-rasteiro) Hypericum perforatum L. (Milfurada) Hypericum pulchrum L. Hypericum undulatum Schousb. ex Willd. (Hipericão-bravo) Malvaceae Malva tournefortiana L. (Malva) Ulmaceae Ulmus minor Mill. s.l. (Ulmeiro) Urticaceae Parietaria judaica L. (Alfavaca-da-cobra) Urtica dioica L. (Urtiga) Violaceae Viola aff. arvensis Murray (Amor-perfeito) Viola riviniana Rchb. (Bonefes) Cistaceae Cistus populifolius L. subsp. populifolius (Estevão) Halimium lasianthum (Lam.) Spach (Piloto) Xolantha guttata (L.) Raf. (Tuberária-mosqueada) Xolantha tuberaria (L.) Gallego (Erva-das-túberas) Salicaceae Populus nigra L. (Choupo) Salix atrocinera Brot. (Salgueiro) Salix salvifolia Brot. (Salgueiro-branco) FCF, CNF, CRi, P, MAL, AA FCF, CNF, P, MAL, G, U, AA Média P, MAL, G, U, AA FCF, CNF, P, MAL, G, U, AA FCF, CNF, CRi, P, MAL, G, U, AA Média Média FCF, CNF, P, G, U FCF, CNF, Cri 1ª Fase – Relatório de Caracterização 120 Plano de Ordenamento da APPSA Cruciferae Alliaria petiolata (M.Bieb.) Cavara & Grande (Aliária) Brassica barrelieri (L.) Janka (Labresto-de-flor-amarela) Brassica napus L. (Nabiça) Brassica oleracea L. (Couve) Capsella bursa-pastoris (L.) Medik. (Bolsa-de-pastor) Cardamine flexuosa With. (Agrião-amargo) Cardamine hirsuta L. (Agrião-menor) Coincya monensis (L.) Greuter & Burdet subsp. cheiranthus (Vill.) Aedo (Saramago-de-bico-curvo) Lepidium heterophyllum Benth (Lepídio) Murbeckiella sousae Rothm. Raphanus raphanistrum L. subsp. raphanistrum (Saramago) Teesdalia nudicaulis (L.) R.Br. Resedaceae Reseda media Lag. (Bolsa-de-pastor) Sesamoides purpurascens (L.) G.López (Estrelêta) Sesamoides suffruticosa (Lange) Kuntze (Reseda-de-fruto-estrelado) Ericaceae Arbutus unedo L. (Medronheiro) Calluna vulgaris (L.) Hull. (Urze) Erica arborea L. (Urze-branca) Erica australis L. (Urze-vermelha) Erica cinerea L. (Negrela) Erica lusitana Rudolphi (Torga) Erica scoparia L. subsp. scoparia (Moita-alvarinha) Erica umbellata Loefl. ex L. (Queiroeira) Primulaceae Anagalis arvensis L. (Morrião) Anagallis tenella (L.) L. Primula acaulis (L.) L. subsp. acaulis (Primaveras) Crassulaceae Sedum arenarium Brot. Sedum forsterianum Sm. (Arroz-dos-telhados) Sedum hirsutum All. subsp. Hirsutum (Uva-de-gato) Sedum pruinatum Brot. Umbilicus rupestris (Salisb.) Dandy (Concilhos) Saxifragaceae Chrysosplenium oppositifolium L. Saxifraga granulata L. (Saxífraga-branca) Saxifraga spathularis Brot. Rosaceae Crataegus monogyna Jacq. (Pilriteiro) Cydonia oblonga Mill (Marmeleiro) Fragaria vesca L. subsp. vesca (Morangueiro) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF 0 0 0 0 3 0 0 3 3 FCF, CNF, P, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, G, U, AA 0 0 0 0 0 0 6 6 6 FCF, CNF, Cri 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRi, P, MAL, U, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 P, MAL, G, U 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7 4 0 11 10 5 8 23 34 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRi, P, G, U, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, G, AA 0 0 0 0 1 0 0 1 1 FCF, CNF, P, MAL, G, U, AA 0 0 0 0 8 0 6 14 14 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, MAL, 0 0 0 0 3 0 6 9 9 FCF, CNF, P, MAL, G, U 0 0 0 0 0 0 0 0 9 FCF, CNF, P, MAL, G, U 0 0 0 0 5 0 6 11 11 0 0 0 0 1 0 0 1 1 0 0 0 0 3 0 6 9 9 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 CRI, AA 0 0 0 0 0 0 6 6 6 FCF, CNF 0 0 0 0 8 0 6 14 14 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRi, P, MAL 0 0 0 0 1 0 0 1 1 U, Cru 0 0 0 0 8 0 8 16 16 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 6 6 FCF, CNF, CRI FCF, CNF, CRi, P, MAL, G, U, AA FCF, CNF, CRi, MAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF,BRS, P, G 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, AA 0 0 0 0 0 0 6 6 6 FCF, CNF, CRI, MAL, AA Alta Média FCF, CNF, P, MAL, G, U, AA CRI, Cru P, MAL, G, U, AA FCF, CNF, BRS, P, MAL, G FCF, CNF, BRS, P, MAL, G, U Média FCF, CNF, CRi, MAL FCF, CNF, BRS, P, MAL, U FCF, CNF, BRS, P, MAL, G, U FCF, CNF, P, AA Média Média FCF, CNF, P, G, U, CRu, AA P, G, U, CRU FCF, CNF, CRi, P, MAL, G, AA 1ª Fase – Relatório de Caracterização 121 Plano de Ordenamento da APPSA Geum urbanum L. (Erva-das-sete-sangrias) Potentilla erecta (L.) Raeusch. (Solda) Prunus avium L. (Cerejeira) Prunus cerasus L. (Ginjeiro) Prunus lusitanica L. subsp. lusitanica (Azereiro) Rosa canina L. (Roseira-brava) Rubus sp. ser. radula (Focke) Focke (Silva) Rubus ulmifolius Schott (Silvas) Sanguisorba verrucosa (Link ex G.Don) Ces. (Tintinela) Spiraea hypericifolia L. subsp. obovata (Waldst. & Kit. Ex Willd.) H.Huber Leguminosae Acacia dealbata Link. (Mimosa) Adenocarpus complicatus (L.) J. Gay (Codeço-rasteiro) Coronilla repanda (Poir.) Guss. subsp. dura (Cav.) Cout. (Pascoinhas) Cytisus grandiflorus (Brot.) DC. (Giesta-das-sebes) Cytisus multiflorus (L' Hér.) Sweet (Giesta-branca) Cytisus striatus (Hill) Rothm. (Giesta-amarela) Genista falcata Brot. (Tojo-gadanho) Lathyrus linifolius (Reichard) Bassler Lotus corniculatus L. subsp. carpetanus (Lacaita) Rivas Mart. (Cornichão) Lotus pedunculatus Cav. (Erva-coelheira) Ornithopus compressus L. (Serradela-brava) Ornithopus perpusillus L. (Serradela-brava) Pterospartum tridentatum (L.) Willk. (Carqueja) Trifolium arvense L. var. arvense (Trevo-branco) Trifolium cernuum Brot. (Trevo) Trifolium dubium Sibth. (Trevinho) Trifolium glomeratum L. (Trevo-glomerado) Trifolium ligusticum Balb. ex Loisel. (Trevo-da-ligúria) Trifolium pratense L. subsp. pratense (Perpétua-roxa) Trifolium repens L. var. repens (Trevo-rasteiro) Trifolium tomentosum L. (Trevo-tomentoso) Ulex minor Roth. (Tojo-molar) Vicia disperma DC. (Ervilhaca-brava) Vicia angustifolia L. (Ervilhaca-miúda) Thymelaeaceae Daphne gnidium L. (Trevisco) Myrtaceae Eucalyptus globulus Labill. subsp. globulus (Eucalipto) Onagraceae Circaea lutetiana L. subsp. lutetiana (Erva-de-santo-estevão) Epilobium lanceolatum Seabst. & Mauri (Epilóbio-serrilhado) Epilobium obscurum Schreb. (Erva-bonita) 0 0 0 0 0 0 6 6 6 FCF, CNF, MAL, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRi, P, MAL, G, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, AA 0 0 0 0 3 0 6 9 9 FCF, CNF, CRi, MAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRi, MAL 0 0 7 7 0 0 8 8 15 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 0 6 11 11 0 0 0 0 0 0 0 0 0 P, G 0 0 0 0 0 0 0 0 0 CRI 0 0 0 0 3 0 6 9 9 FCF, CNF, P, G, U 0 0 0 0 3 0 6 9 9 FCF, CNF, P, G 0 0 0 0 8 0 6 14 14 0 0 0 0 3 0 6 9 9 0 0 0 0 8 0 6 14 14 0 0 10 10 0 0 6 6 16 Média FCF 0 0 0 0 8 0 6 14 14 Média P, MAL, G 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRi, MAL, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, G, U, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, G, U, AA 0 0 0 0 8 0 6 14 14 0 0 0 0 0 0 0 0 0 P, G, U, AA 0 0 0 0 1 0 0 1 1 FCF, CNF, P, G, U, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, U, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, G, U, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, G, AA 0 0 0 0 1 0 0 1 1 FCF, CNF, P, G, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, G, U, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, MAL, G, U 0 0 0 0 0 0 0 0 0 P 0 0 0 0 0 0 8 8 8 FCF, CNF, CRi 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRi 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRi Média FCF FCF, CNF, CRi, P, MAL, G, AA FCF, CNF, CRi, P, MAL, G, U, AA Média Média FCF, CNF FCF, CNF, P, MAL, G FCF, CNF, P, MAL, G Média Média FCF, CNF, CRi, MAL P, MAL, G, U 1ª Fase – Relatório de Caracterização 122 Plano de Ordenamento da APPSA Aquifoliaceae Ilex aquifolium L. (Azevinho) Euphorbiaceae Euphorbia dulcis L. Euphorbia helioscopia L. subsp. helioscopia (Maleiteira) Euphorbia peplus L. (Ésula-redonda) Mercurialis ambigua L. fil. (Marcoliaz) Rhamnaceae Frangula alnus Mill. (Amieiro) Linaceae Linum bienne Mill. (Linhaça) Radiola linoides Roth. Geraniaceae Erodium cicutarium (L.) L'Hér. subsp. cicutarium (Bico-de-cegonha) Geranium dissectum L. (Coentrinho) Geranium lucidum L. Geranium molle L. (Bico-de-pomba-menor) Geranium pyrenaicum Burm. f. subsp. lusitanicum (Samp.) S.Ortiz Geranium robertianum subsp. purpureum (Vill.) Nyman (Erva-de-são-roberto) Geranium robertianum L. subsp. robertianum (Erva-de-são-roberto) Geranium rotundifolium L. (Gerânio-peludo) Oxalidaceae Oxalis corniculata L. (Erva-azeda) Polygalaceae Polygala serpyllifolia Hosé Polygala vulgaris L. (Erva-leiteira) Araliaceae Hedera helix L. subsp. canariensis (Willd.) Cout. (Hera) Umbelliferae Angelica sylvestris L. (Erva-piolheira) Apium nodiflorum (L.) Lag. (Salsa-brava) Conopodium majus (Gouan) Loret subsp. marizianum (Samp.) López Udias & Mateo (Castanha-subterrânea-menor) Daucus carota L. subsp. maritimus (Lam.) Batt. (Erva-coentrinha) Eryngium duriaei Gay ex Boiss. Oenanthe crocata L. (Embude) Physospermum cornubiense (L.) DC. Sanicula europaea L. (Sanícula) Torilis japonica (Houtt.) DC. Torilis nodosa (L.) Gaertn. (Salsinha-de-cabeça-rente) Gentianaceae Centaurium erythraea Rafn. subsp. erythraea (Centáurea-menor) Apocynaceae Vinca difformis Pourr. (Cangorça) Oleaceae Ligustrum sinense Lour. Olea europea L. (Oliveira) Phillyrea angustifolia L. (Lentisco) 0 0 5 5 0 0 6 6 11 Média FCF, CNF, CRi, MAL 0 0 0 0 0 0 6 6 6 CRI 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, AA 0 0 0 0 1 0 0 1 1 FCF, CNF, CRi, P, G, U, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 CRI 0 0 0 0 0 0 6 6 6 FCF, CNF, P, G, U, AA 0 0 0 0 0 0 6 6 6 CRI, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, G, U, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRi 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, G, U, AA 0 0 0 0 0 0 6 6 6 FCF, CNF, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRi, P, G, U, AA 0 0 0 0 0 0 6 6 6 FCF, CNF, CRi, P, AA 0 0 0 0 0 0 6 6 6 FCF, CNF, CRi, P, G, U, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, AA 0 0 0 0 0 0 6 6 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRu FCF, CNF, P, MAL, G, U, AA 0 0 0 0 1 0 6 7 7 FCF, CNF, CRi, P, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRi 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRi 0 0 0 0 8 0 6 14 14 0 0 0 0 1 0 0 1 1 0 0 0 0 8 0 8 16 16 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Média FCF, CNF, BRS, P, G, U, CRu FCF, CNF, G, AA Média FCF, CNF, U FCF, CNF, CRI 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, BRS, P, G, U 0 0 0 0 0 0 8 8 8 FCF, CNF 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRI 0 0 0 0 0 0 6 6 6 P, AA 0 0 0 0 0 0 6 6 6 FCF, CNF, P, G, U, AA 0 0 0 0 1 0 6 7 7 FCF, CNF, CRi 0 0 0 0 0 0 6 6 6 FCF, CNF 0 0 0 0 0 0 0 0 0 AA 0 0 0 0 1 0 0 1 1 FCF, CNF, BRS, P, MAL, G, U 1ª Fase – Relatório de Caracterização 123 Plano de Ordenamento da APPSA Phillyrea latifolia L. (Aderno-de-folhas-largas) Solanaceae Solanum nigrum L. subsp. nigrum (Erva-moura) Boraginaceae Lithodora prostrata (Loisel.) Griseb. (Erva-das-sete-sangrias) Myosotis secunda A.Murray 0 Omphalodes nitida Hoffmanns. & Link 0 0 Verbenaceae Verbena officinalis L. (Verbena) Labiatae Lamium maculatum L. (Chucha-pitos) Lamium purpureum L. (Lâmio-roxo) Lavandula stoechas L. subsp. luisieri (Rozeira) Rozeira (Rosmaninho) Mentha suaveolens Ehrh. (Montrasto) Prunella vulgaris L. (Erva-ferra) Satureja vulgaris (L.) Fritsch subsp. arundana (Boiss.) Greuter & Burdet (Clinopódio) Scutellaria minor Huds. (Escutelária) Teucrium scorodonia L. subsp. scorodonia (Escurodónia) Plantaginaceae Plantago coronopus L. (Diabelhas) Plantago lanceolata L. (Chinchais) Scrophulariaceae Anarrhinum bellidifolium (L.) Willd. (Bocas-de-lobo) Antirrhinum meonanthum Hoffmanns. & Link. (Bocas-de-lobo) Digitalis purpurea L. subsp. purpurea (Folha-de-raposa) Linaria diffusa Hoffmanns. & Link. Linaria saxatilis (L.) Chaz. var. saxatilis Linaria triornithophora (L.) Willd. (Esporas-bravas) Scrophularia balbisii Hornem. (Escrofulária-de-água) Scrophularia grandiflora DC. Scrophularia scorodonia L. var. scorodonia (Folha-de-fogo) Sibthorpia europea L. (Erva-longa) Verbascum thapsus L. subsp. crassifolium (Lam.) Murb. (Berbasco) Verbascum virgatum Stokes (Berbasco) Veronica micrantha Hoffmanns. & Link (Verónicas) Veronica montana L. (Verónicas) Veronica officinalis L. (Carvalhinha) Orobanche rapum-genistae Thuill. subsp. rapum-genistae (Erva-toira-maior-folhosa) Campanulaceae Campanula lusitanica L. subsp. lusitanica (Campainhas) Campanula rapunculus L. (Rapôncio) Jasione montana L. subsp. montana (Baton-azul) Lobelia urens L. (Lobélia) Wahlenbergia hederacea (L.) Rchb. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRi, BRS, MAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, AA 0 0 0 0 5 0 6 11 11 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 6 14 14 0 0 0 0 0 6 6 6 FCF, CNF, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRi, MAL 0 0 0 0 0 0 6 6 6 FCF, CNF, MAL, AA 0 0 0 0 8 0 6 14 14 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRi, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRi, MAL 0 0 0 0 3 0 6 9 9 FCF, CNF, MAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRi, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRi 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, G, U, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, G, U, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, BRS, P, G, U 0 0 6 6 8 0 10 18 24 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 0 6 10 0 8 18 24 0 0 0 0 8 0 8 16 16 Média 0 0 0 0 8 0 6 14 14 Média 0 0 0 0 0 0 6 6 6 Média FCF, CNF, P, MAL, G, U Média FCF, CNF, CRI FCF, CNF, CRI Média FCF, CNF, P, G, U Média FCF, CNF, CRI Média FCF, CNF, CRi, P, MAL, G P, MAL, G, U U, CRu FCF, CNF, CRi, P, MAL, G FCF, CNF, CRi 5 4 0 9 10 5 6 21 30 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Alta FCF, CNF, CRi, MAL FCF, CNF, P, MAL, G, AA 0 0 0 0 0 0 6 6 6 CRI 0 0 0 0 1 0 0 1 1 FCF, CNF, P, AA 0 0 6 6 0 0 6 6 12 Média 9 6 10 25 8 0 10 18 43 Excepcional FCF 0 0 7 7 0 0 8 8 15 Média FCF 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRi 0 0 0 0 0 0 6 6 6 FCF, CNF, P, G 0 0 0 0 3 0 6 9 9 FCF, CNF, CRi, MAL 0 0 0 0 0 0 6 6 6 FCF, CNF, P, MAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, MAL, G, U, AA U 0 0 0 0 0 0 6 6 6 FCF, CNF, CRi 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRi 1ª Fase – Relatório de Caracterização 124 Plano de Ordenamento da APPSA Rubiaceae Galium album Mill. subsp. album (Aspérula) Galium helodes Hoffmanns. & Link Galium mollugo L. (Aspérula) Galium rotundifolium L. Rubia peregrina L. (Raspa-língua) Caprifoliaceae Lonicera periclymenum L. subsp. periclymenum (Madressilva-das-boticas) Sambucus nigra L. (Sabugueiro) Viburnum tinus L. subsp. tinus (Folhado) Valeraniaceae Centranthus calcitrapae (L.) Dufr. subsp. calcitrapae (Calcitrapa) Valerianella carinata Loisel. Compositae Andryala integrifolia L. (Alface-do-monte) Anthemis arvensis L. subsp. arvensis (Margação) Bellis sylvestris Cirillo (Margarida-do-monte) Carduus tenuiflorus Curtis (Cardo-azul) Carlina corymbosa L. subsp. corymbosa (Cardo-amarelo) Centaurea aristata Hoffmanns. & Link subsp. langeana (Willk.) Dostál Chamaemelum mixtum (L.) All. (Margaça) Chamaemelum nobile (L.) All. var. discoideum (Boiss. ex Willk.) A. Fern. (Macela) Cirsium palustre (L.) Scop. (Cardo) Conyza albida Spreng. (Erva-da-forrica) Conyza canadensis (L.) Cronquist (Erva-da-forrica) Crepis capillaris (L.) Wallr. (Almeirão-branco) Crepis lampsanoides (Gouan) Tausch Galinsoga quadriradiata Ruiz & Pav. Galinsoga parviflora Cav. (Picão-bravo) Hypochoeris radicata L. (Erva-das-tetas) Inula conyza DC. Lactuca viminea (L.) J.&C. Presl. subsp. viminea (Leituga-branca) Lapsana communis L. subsp. communis (Labresto) Leontodon taraxacoides (Vill.) Mérat subsp. hispidus (Roth) Kerguélen (Leituga-dos-montes) Picris hieraciodes L. (Rapa-saias) Pulicaria odora (L.) Rchb. (Erva-montã) Senecio jacobaea L. (Jacobeia) Senecio lividus L. (Erva-loira-de-flor-grande) Senecio sylvaticus L. (Erva-loira-de-flor-pequena) Sonchus oleraceus L. (Serralha-macia) Taraxacum officinale Weber (Dente-de-leão) Tolpis barbata (L.) Gaertn. (Olho-de-mocho) 0 0 0 0 0 0 6 6 6 FCF, CNF, P, G, U, AA 0 0 0 0 8 0 6 14 14 0 0 0 0 0 0 6 6 6 FCF, CNF, P, MAL 0 0 0 0 0 0 8 8 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF FCF, CNF, BRS, P, MAL, G 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, MAL, G 0 0 0 0 0 0 6 6 6 FCF, CNF, CRi, MAL 0 0 0 0 1 0 0 1 1 FCF, CNF, CRi, P, MAL, G 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, G, U, AA 0 0 0 0 0 0 6 6 6 FCF, CNF, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, G, U, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, AA 0 0 0 0 0 0 6 6 6 P, MAL, G, AA 0 0 0 0 0 0 6 6 6 P, G, U, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, MAL, G, U, AA 0 0 0 0 8 0 8 16 16 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, G, U, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRi 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, G, AA 0 0 0 0 0 0 6 6 6 FCF, CNF, P, G, AA Média Média FCF, CNF, P, MAL, G, U, AA P, G, U, AA 0 0 0 0 0 0 6 6 6 0 0 0 0 5 0 8 13 13 FCF, CNF, P, G, U, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 P, AA 0 0 0 0 0 0 6 6 6 FCF, CNF, P, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 6 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 8 8 FCF, CNF 0 0 0 0 1 0 0 1 1 FCF, CNF, BRS, P, MAL, G, U, AA 0 0 0 0 0 0 6 6 6 FCF, CNF, P, MAL, G, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, BRS, P, MAL, G 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, G, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, G, U, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, AA 0 0 0 0 1 0 0 1 1 P, G, U, AA Média FCF, CNF FCF, CNF, P, MAL, G, U, AA FCF, CNF, P, MAL FCF, CNF, P, MAL, G, U, CRu FCF, CNF, BRS, P, MAL, G, U, AA FCF, CNF, P, MAL, G, U, AA 1ª Fase – Relatório de Caracterização 125 Plano de Ordenamento da APPSA Monocotyledones Juncaceae Juncus articulatus L. (Junco-articulado) Luzula campestris (L.) DC. (Junco-dos-prados) Luzula forsteri (Sm.) DC. Luzula sylvatica (Huds.) Gaudin subsp. henriquesii (Degen) P. Silva Cyperaceae 0 0 0 0 0 0 0 0 0 CRI 0 0 0 0 0 0 6 6 6 FCF, CNF, CRi, MAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 6 14 14 FCF, CNF, CRi, MAL Média FCF, CNF, CRi, MAL Carex depressa Link. subsp. depressa 0 0 0 0 1 0 8 9 9 FCF, CNF, P, MAL Carex distachya Desf. Carex divulsa Stokes subsp. divulsa (Carriço-despedaçado) Carex laevigata Sm. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, MAL 0 0 0 0 0 0 6 6 6 FCF, CNF, P, MAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRi, AA Carex leporina L. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 CRI Carex muricata L. subsp. lamprocarpa Celak Carex pendula Huds. (Palha-de-amarrar-vinha) Carex pilulifera L. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, MAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRi 0 0 10 10 0 0 8 8 18 Carex remota L. 0 0 0 0 0 0 6 6 6 FCF, CNF, CRi Scirpus cernuus Vahl. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 CRI Scirpus setaceus L. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 CRI 0 0 0 0 0 0 6 6 6 CRI, AA 0 0 0 0 1 0 6 7 7 FCF, CNF, CRi 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRi, P, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, G, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, MAL, G 0 0 0 0 3 0 6 9 9 FCF, CNF, P, G, U, CRu, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 P, G, U, CRu, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 P, G, U, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRi, MAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, G, U, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, G, U, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, G, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, G, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, AA Média FCF Commelinaceae Tradescantia fluminensis Vell. (Erva-da-fortuna) Araceae Arisarum simorrhinum Durieu var. clusii (Schott) Talavera Arum italicum Mill. subsp. italicum (Jarro) Gramineae Agrostis castellana Boiss. & Reut. var. castellana (Barbas-de-raposa) Agrostis curtisii Kerguélen (Erva-sapa) Agrostis truncatula Parl. subsp. truncatula (Erva-feno) Anthoxanthum aristatum Boiss. subsp. aristatum (Feno-de-cheiro-anual) Avena barbata Pott ex Link. subsp. barbata (Balanco-bravo) Brachypodium sylvaticum (Huds) P.Beauv. (Braquipódio-bravo) Briza maxima L. (Bole-bole-maior) Briza minor L. (Bole-bole-menor) Bromus diandrus Roth. (Espigão) Bromus hordeaceus L. (Bromo-doce) Bromus sterilis L. (Bromo) Cynosurus echinatus L. (Rabo-de-cão) Cynosurus effusus Link. Dactylis glomerata L. subsp. hispanica (Erva-dos-escombros) Deschampsia flexuosa (L.) Trin. Festuca paniculata (L.) Schinz & Thell. subsp. multispiculata Rivas Ponce & Cebolla Festuca summilusitana Franco & Rocha Afonso Holcus lanatus L. (Erva-lanar) Hordeum leporinum Link. Koeleria caudata (Link.) Steud. Melica uniflora Retz. Periballia involucrata (Cav.) Janka (Peneirinha) Poa annua L. (Cabelo-de-cão) Poa trivialis L. (Poa-comum) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, G, AA 0 0 0 0 0 0 6 6 6 FCF, CNF, P 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, G, U, CRu 0 0 0 0 8 0 10 18 18 Média 9 4 0 13 8 5 8 21 34 Alta 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 5 6 19 19 G, U, CRU CRU FCF, CNF, AA Média FCF, CNF, P, G, U, AA FCF, CNF, P, MAL, G, CRu FCF, CNF Média FCF, CNF, MAL, U, CRu 0 0 0 0 0 0 8 8 8 0 0 0 0 8 0 10 18 18 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, CRI 1ª Fase – Relatório de Caracterização 126 Plano de Ordenamento da APPSA Setaria pumila (Poir.) (Milhã) Vulpia myurus (L.) C.C. Gmel. subsp. sciuroides (Roth) Rouy (Vúlpia) Liliaceae 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, AA 0 Allium massaessylum Batt. & Trab. Allium vineale L. (Alho-das-vinhas) Gagea soleirolii F.W.Schltz Hyacinthoides hispanica (Mill.) Rothm. (Jacinto-dos-campos) Lilium martagon L. (Martagão) 0 0 0 3 0 6 9 9 FCF, CNF, MAL, AA 0 0 0 0 0 0 6 6 6 FCF, CNF, CRI 0 0 0 0 0 0 8 8 8 FCF, CNF, U, CRu 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CPC, P, MAL, G, U 0 0 7 7 0 0 8 8 15 Média FCF Merendera montana (L.) Lange 0 0 0 0 5 0 6 11 11 Média FCF, CNF, CRi, P, MAL, G, U 0 0 7 7 0 0 8 8 15 Média FCF, CNF 5 0 0 5 0 0 0 0 5 FCF, CNF, CRi, P, MAL, G 0 0 0 0 0 0 6 6 6 FCF, CNF, P, MAL, G 0 0 0 0 3 0 6 9 9 FCF, CNF, P, MAL, G, U, CRu 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CPC, P, MAL, G, U 5 0 0 5 1 0 6 7 12 Média CPC, CRI, P, MAL, G 7 0 0 7 8 0 6 14 21 Média FCF, CNF, P, MAL, G, U, AA 0 0 0 0 0 0 6 6 6 FCF, CNF, P, G 0 0 0 0 0 0 0 0 0 FCF, CNF, P, MAL, G, CRu 0 0 7 7 0 0 8 8 15 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 10 16 0 0 8 8 24 0 0 0 0 0 0 6 6 6 Polygonatum odoratum (Mill.) Druce (Selo-de-salomão) Ruscus aculeatus L. (Gilbardeira) Scilla autumnalis L. (Cila-de-Outubro) Scilla monophyllos Link. (Cila-de-uma-folha) Simethis mattiazzi (Vand.) Sacc. (Cravo-do-monte) Amaryllidaceae Narcissus bulbocodium L. subsp. bulbocodium (Cantarões) Narcissus triandrus L. subsp. pallidulus (Graells) Rivas Goday (Cantarinhas) Iridaceae Gladiolus illyricus Koch. subsp. illyricus (Espanada-dos-montes-das-folhas-largas) Romulea bulbocodium (L.) Sebast. & Mauri subsp. bulbocodium Orchidaceae Cephalanthera longifolia (L.) Fritsch Orchis mascula (L.) L. subsp. mascula (Pata-de-lobo) Neotia nidus-avis (L.) Rich Dioscoreaceae Tamus communis L. (Boidanha) Média FCF, CNF FCF, CNF, P Média FCF FCF, CNF, G Etapa C Aplicação do Valor Florístico às Unidades de Vegetação De acordo com as exigências ecológicas de cada espécie da flora (Silveira, 2001), foi elaborada uma lista das espécies ocorrentes em cada uma das unidades de vegetação (Tabela 44). Com a aplicação do valor florístico às unidades de vegetação, procura-se conjugar os resultados da valoração da vegetação e das espécies da flora numa única valoração final, tendo em conta, como define o Caderno de Encargos, que: Espécies com valor ecológico específico Excepcional definem áreas de valor florístico Excepcional; Espécies com valor ecológico específico Alto definem áreas de valor florístico Alto; Espécies com valor ecológico específico Médio definem áreas de valor específico Médio. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 127 Plano de Ordenamento da APPSA Tabela 44 – Lista de espécies da flora presentes em cada comunidade vegetal e respectivo VEE. (NOTA: Não são apresentados os VEE das espécies que obtiveram um VEE inferior a 10) UNIDADE DE VEGETAÇÃO “FLORESTAS PRÉ-CLIMÁCICAS DE FOLHOSAS AUTÓCTONES” Valoração florística final: Excepcional Espécies VEE Pteridophyta Selaginella denticulata (L.) Spring Osmunda regalis L. Polypodium cambricum L. subsp. cambricum Polypodium interjectum Shivas Polypodium vulgare L. Anograma leptophylla (L.) Link. Pteridium aquilinum (L.) Kuhn subsp. aquilinum Asplenium adiantum-nigrum L. var. adiantum-nigrum 18 Asplenium obovatum Viv. subsp. lanceolatum (Fiori) P.Silva Asplenium onopteris L. Asplenium trichomanes L. subsp. quadrivalens D.E.Mey Phyllitis scolopendrium (L.) Newman subsp. 18 scolopendrium Athyrium filix-femina (L.) Roth Cystopteris viridula (Desv.) Desv. Dryopteris affinis (Lowe) Fraser-Jenk. Polystichum setiferum (ForssK.) Woyn. Blechnum spicant (L.) Roth subsp. spicant var. spicant Gymnospermae Pinus pinaster Aiton Angiospermae Dicotyledones Laurus nobilis L. Aristolochia paucinervis Pomel Aquilegia vulgaris L. subsp. dichroa (Freyn) T.E.Díaz 18 Clematis vitalba L. 18 Ranunculus ficaria L. subsp. ficaria Ranunculus olissiponensis Pers. subsp. olissiponensis 14 Ranunculus paludosus Poir. Ranunculus repens L. Chelidonium majus L. Fumaria capreolata L. Castanea sativa Mill. Quercus pyrenaica Willd. Quercus robur L. Quercus suber L. Betula alba L. Corylus avellana L. Phytolacca americana L. Arenaria montana L. subsp. montana Cerastium fontanum Baumg. subsp. vulgare (Hartm.) Greuter & Burdet Cerastium glomeratum Thuill. Corrigiola litoralis L. subsp. litoralis Dianthus lusitanus Brot. Lychnis flos-cuculi L. subsp. flos-cuculi Moehringia pentandra J. Gay Moehringia trinervia (L.) Clairv. 16 Polycarpon tetraphyllum (L.) L. subsp. tetraphyllum Sagina procumbens L. Scleranthus annuus L. subsp. polycarpus (L.) Bonnier & Layens Silene gallica L. Silene latifolia Poir. Silene nutans L. subsp. nutans Spergula arvensis L. Spergula morisonii Boreau Stellaria alsine Grimm. Stellaria holostea L. Stellaria media (L.) Vill. Chenopodium album L. var. album Polygonum arenastrum Boreau Polygonum aviculare L. Polygonum persicaria L. Rumex acetosa L. subsp. acetosa Rumex acetosella L. subsp. angiocarpus (Murb.) Murb. Rumex bucephalophurus L. subsp. gallicus (Steinh.) Rech. Rumex obtusifolius L. Rumex pulcher L. subsp. pulcher Hypericum androsaemum L. Hypericum humifusum L. Hypericum perforatum L. Hypericum pulchrum L. Malva tournefortiana L. Ulmus minor Mill. s.l. Parietaria judaica L. Urtica dioica L. Viola aff. arvensis Murray Viola riviniana Rchb. Cistus populifolius L. subsp. populifolius Xolantha guttata (L.) Raf. Populus nigra L. Salix atrocinera Brot. Salix salvifolia Brot. Alliaria petiolata (M.Bieb.) Cavara & Grande Brassica barrelieri (L.) Janka Capsella bursa-pastoris (L.) Medik. Cardamine flexuosa With. Cardamine hirsuta L. Lepidium heterophyllum Benth Raphanus raphanistrum L. subsp. raphanistrum Teesdalia nudicaulis (L.) R.Br. Reseda media Lag. Sesamoides purpurascens (L.) G.López Arbutus unedo L. Calluna vulgaris (L.) Hull. Erica arborea L. Erica australis L. Erica cinerea L. Erica lusitana Rudolphi Erica scoparia L. subsp. scoparia Erica umbellata Loefl. ex L. Anagalis arvensis L. Primula acaulis (L.) L. subsp. acaulis Sedum arenarium Brot. Sedum forsterianum Sm. 11 16 11 14 1ª Fase – Relatório de Caracterização 128 Plano de Ordenamento da APPSA Umbilicus rupestris (Salisb.) Dandy Chrysosplenium oppositifolium L. Saxifraga granulata L. Saxifraga spathularis Brot. Crataegus monogyna Jacq. Cydonia oblonga Mill. Fragaria vesca L. subsp. vesca Geum urbanum L. Potentilla erecta (L.) Raeusch. Prunus avium L. Prunus cerasus L. Prunus lusitanica L. subsp. lusitanica Rosa canina L. Rubus sp. Ser. Radula (Focke) Focke Rubus ulmifolius Schott Sanguisorba verrucosa (Link ex G.Don) Ces. Spiraea hypericifolia L. subsp. obovata (Waldst. & Kit. Ex Willd.) H.Huber Coronilla repanda (Poir.) Guss. subsp. dura (Cav.) Cout. Cytisus grandiflorus (Brot.) DC. Cytisus multiflorus (L'Hér.) Sweet Cytisus striatus (Hill) Rothm. Genista falcata Brot. Lathyrus linifolius (Reichard) Bassler Lotus pedunculatus Cav. Ornithopus compressus L. Ornithopus perpusillus L. Trifolium cernuum Brot. Trifolium dubium Sibth. Trifolium glomeratum L. Trifolium ligusticum Balb. ex Loisel. Trifolium pratense L. subsp. pratense Trifolium repens L. var. repens Trifolium tomentosum L. Ulex minor Roth Vicia disperma DC. Vicia angustifolia L. Daphne gnidium L. Circaea lutetiana L. subsp. lutetiana Epilobium lanceolatum Seabst. & Mauri Epilobium obscurum Schreb. Ilex aquifolium L. Euphorbia helioscopia L. subsp. helioscopia Euphorbia peplus L. Mercurialis ambigua L. fil. Linum bienne Mill. Erodium cicutarium (L.) L'Hér. subsp. cicutarium Geranium dissectum L. Geranium lucidum L. Geranium molle L. Geranium pyrenaicum Burm. f. subsp. lusitanicum (Samp.) S.Ortiz Geranium robertianum subsp. purpureum (Vill.) Nyman Geranium robertianum L. subsp. robertianum Geranium rotundifolium L. Oxalis corniculata L. Polygala serpyllifolia Hosé Polygala vulgaris L. Hedera helix L. subsp. canariensis (Willd.) Cout. 15 14 14 16 11 Angelica sylvestris L. Apium nodiflorum (L.) Lag. Conopodium majus (Gouan) Loret subsp. marizianum (Samp.) López Udias & Mateo Daucus carota L. subsp. maritimus (Lam.) Batt. Eryngium duriaei Gay ex Boiss. Oenanthe crocata L. Physospermum cornubiense (L.) DC. Sanicula europaea L. Torilis japonica (Houtt.) DC. Centaurium erythraea Rafn. subsp. erythraea Vinca difformis Pourr. Ligustrum sinense Lour. Phillyrea angustifolia L. Phillyrea latifolia L. Solanum nigrum L. subsp. nigrum Lithodora prostrata (Loisel.) Griseb. Myosotis secunda A.Murray Omphalodes nitida Hoffmanns. & Link Verbena officinalis L. Satureja vulgaris (L.) Fritsch subsp. arundana (Boiss.) Greuter & Burdet Lamium maculatum L. Lamium purpureum L. Lavandula stoechas L. subsp. luisieri (Rozeira) Rozeira Mentha suaveolens Ehrh. Prunella vulgaris L. Scutellaria minor Huds. Teucrium scorodonia L. subsp. scorodonia Plantago coronopus L. Plantago lanceolata L. Anarrhinum bellidifolium (L.) Willd. Antirrhinum meonanthum Hoffmanns. & Link Digitalis purpurea L. subsp. purpurea Linaria triornithophora (L.) Willd. Scrophularia balbisii Hornem. Scrophularia grandiflora DC. Scrophularia scorodonia L. var. scorodonia Verbascum thapsus L. subsp. crassifolium (Lam.) Murb. Veronica micrantha Hoffmanns. & Link Veronica montana L. Veronica officinalis L. Orobanche rapum-genistae Thuill. subsp. rapum-genistae Campanula lusitanica L. subsp. lusitanica Campanula rapunculus L. Jasione montana L. subsp. montana Lobelia urens L. Wahlenbergia hederacea (L.) Rchb. Galium album Mill. subsp. album Galium helodes Hoffmanns. & Link Galium mollugo L. Galium rotundifolium L. Rubia peregrina L. Lonicera periclymenum L. subsp. periclymenum Sambucus nigra L. Viburnum tinus L. subsp. tinus Centranthus calcitrapae (L.) Dufr. subsp. calcitrapae Valerianella carinata Loisel. Andryala integrifolia L. 14 16 11 14 14 24 14 30 43 15 14 1ª Fase – Relatório de Caracterização 129 Plano de Ordenamento da APPSA Anthemis arvensis L. subsp. arvensis Carlina corymbosa L. subsp. corymbosa Chamaemelum mixtum (L.) All. Chamaemelum nobile (L.) All. var. discoideum (Boiss. ex Willk.) A. Fern. Cirsium palustre (L.) Scop. Conyza albida Spreng. Conyza canadensis (L.) Cronquist Crepis capillaris (L.) Wallr. Crepis lampsanoides (Gouan) Tausch Galinsoga parviflora Cav. Hypochoeris radicata L. Inula conyza DC. Lactuca viminea (L.) J.&C. Presl. subsp. viminea Lapsana communis L. subsp. communis Leontodon taraxacoides (Vill.) Mérat subsp. hispidus (Roth) Kerguélen Picris hieraciodes L. Pulicaria odora (L.) Rchb. Senecio jacobaea L. Senecio lividus L. Senecio sylvaticus L. Sonchus oleraceus L. Taraxacum officinale Weber Monocotyledones Luzula campestris (L.) DC. Luzula forsteri (Sm.) DC. Luzula sylvatica (Huds.) Gaudin subsp. henriquesii (Degen) P. Silva Carex depressa Link subsp. depressa Carex distachya Desf. Carex divulsa Stokes subsp. divulsa Carex laevigata Sm. Carex muricata L. subsp. lamprocarpa Celak Carex pendula Huds. Carex pilulifera L. Carex remota L. Arisarum simorrhinum Durieu var. clusii (Schott) Talavera Arum italicum Mill. subsp. italicum Agrostis castellana Boiss. & Reut. var. castellana Agrostis curtisii Kerguélen Agrostis truncatula Parl. subsp. truncatula Brachypodium sylvaticum (Huds) P.Beauv. Briza maxima L. Briza minor L. Bromus diandrus Roth Bromus hordeaceus L. Bromus sterilis L. Cynosurus echinatus L. Cynosurus effusus Link Dactylis glomerata L. subsp. hispanica Deschampsia flexuosa (L.) Trin. Holcus lanatus L. Hordeum leporinum Link Koeleria caudata (Link.) Steud. Melica uniflora Retz. Periballia involucrata (Cav.) Janka Poa annua L. Poa trivialis L. 13 14 18 19 18 Setaria pumila (Poir.) Vulpia myurus (L.) C.C. Gmel. subsp. sciuroides (Roth) Rouy Allium massaessylum Batt. & Trab. Allium vineale L. Gagea soleirolii F.W.Schltz Hyacinthoides hispanica (Mill.) Rothm. Lilium martagon L. Merendera montana (L.) Lange Polygonatum odoratum (Mill.) Druce Ruscus aculeatus L. Scilla autumnalis L. Scilla monophyllos Link Simethis mattiazzi (Vand.) Sacc. Narcissus triandrus L. subsp. pallidulus (Graells) Rivas Goday Gladiolus illyricus Koch. subsp. illyricus Romulea bulbocodium (L.) Sebast. & Mauri subsp. bulbocodium Cephalanthera longifolia (L.) Fritsch Neotia nidus-avis (L.) Rich Orchis mascula (L.) L. subsp. mascula Tamus communis L. Número de espécies: 289 15 11 15 21 15 24 UNIDADE DE VEGETAÇÃO “COMUNIDADES RIPÍCOLAS” Valoração florística final: Alto Espécies VEE Pteridophyta Selaginella denticulata (L.) Spring Osmunda regalis L. Polypodium cambricum L. subsp. cambricum Polypodium interjectum Shivas Polypodium vulgare L. Anograma leptophylla (L.) Link. Asplenium obovatum Viv. subsp. lanceolatum (Fiori) P.Silva Asplenium onopteris L. Asplenium trichomanes L. subsp. quadrivalens D.E.Mey Athyrium filix-femina (L.) Roth Cystopteris viridula (Desv.) Desv. Dryopteris affinis (Lowe) Fraser-Jenk. Polystichum setiferum (ForssK.) Woyn. Blechnum spicant (L.) Roth subsp. spicant var. spicant Angiospermae Dicotyledones Laurus nobilis L. Aristolochia paucinervis Pomel Ranunculus ficaria L. subsp. ficaria Ranunculus olissiponensis Pers. subsp. olissiponensis 14 Ranunculus repens L. Chelidonium majus L. Castanea sativa Mill. Quercus robur L. Corylus avellana L. Cerastium fontanum Baumg. subsp. vulgare (Hartm.) Greuter & Burdet Corrigiola litoralis L. subsp. litoralis Sagina procumbens L. Silene latifolia Poir. Stellaria alsine Grimm. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 130 Plano de Ordenamento da APPSA Polygonum persicaria L. Rumex obtusifolius L. Hypericum androsaemum L. Hypericum humifusum L. Hypericum undulatum Schousb. ex Willd. Ulmus minor Mill. s.l. Parietaria judaica L. Urtica dioica L. Viola riviniana Rchb. Bryonia dioica Jacq. Populus nigra L. Salix atrocinera Brot. Salix salvifolia Brot. Cardamine flexuosa With. Cardamine hirsuta L. Murbeckiella sousae Rothm. Teesdalia nudicaulis (L.) R.Br. Arbutus unedo L. Erica arborea L. Erica lusitana Rudolphi Anagalis tenella (L.) L. Sedum forsterianum Sm. Umbilicus rupestris (Salisb.) Dandy Chrysosplenium oppositifolium L. Saxifraga granulata L. Saxifraga spathularis Brot. Crataegus monogyna Jacq. Fragaria vesca L. subsp. vesca Potentilla erecta (L.) Raeusch. Prunus lusitanica L. subsp. lusitanica Rosa canina L. Rubus ulmifolius Schott Sanguisorba verrucosa (Link ex G.Don) Ces. Adenocarpus complicatus (L.) J. Gay Genista falcata Brot. Lotus pedunculatus Cav. Circaea lutetiana L. subsp. lutetiana Epilobium lanceolatum Seabst. & Mauri Epilobium obscurum Schreb. Ilex aquifolium L. Euphorbia dulcis L. Mercurialis ambigua L. fil. Frangula alnus Mill. Radiola linoides Roth. Geranium lucidum L. Geranium robertianum subsp. purpureum (Vill.) Nyman Geranium robertianum L. subsp. robertianum Geranium rotundifolium L. Hedera helix L. subsp. canariensis (Willd.) Cout. Angelica sylvestris L. Apium nodiflorum (L.) Lag. Oenanthe crocata L. Torilis japonica (Houtt.) DC. Vinca difformis Pourr. Phillyrea latifolia L. Myosotis secunda A.Murray Omphalodes nitida Hoffmanns. & Link Lamium maculatum L. 16 34 11 14 11 14 Mentha suaveolens Ehrh. Prunella vulgaris L. Scutellaria minor Huds. Teucrium scorodonia L. subsp. scorodonia Antirrhinum meonanthum Hoffmanns. & Link Digitalis purpurea L. subsp. purpurea Linaria triornithophora (L.) Willd. Scrophularia balbisii Hornem. Scrophularia grandiflora DC. Scrophularia scorodonia L. var. scorodonia Sibthorpia europea L. Veronica officinalis L. Campanula lusitanica L. subsp. lusitanica Lobelia urens L. Wahlenbergia hederacea (L.) Rchb. Sambucus nigra L. Viburnum tinus L. subsp. tinus Cirsium palustre (L.) Scop. Monocotyledones Juncus articulatus L. Luzula campestris (L.) DC Luzula forsteri (Sm.) DC. Luzula sylvatica (Huds.) Gaudin subsp. henriquesii (Degen) P. Silva Carex divulsa Stokes subsp. divulsa Carex laevigata Sm. Carex leporina L. Carex pendula Huds. Carex remota L. Scirpus cernuus Vahl Scirpus setaceus L. Tradescantia fluminensis Vell. Arisarum simorrhinum Durieu var. clusii (Schott) Talavera Arum italicum Mill. subsp. italicum Brachypodium sylvaticum (Huds) P.Beauv. Poa trivialis L. Allium vineale L. Merendera montana (L.) Lange Ruscus aculeatus L. Narcissus bulbocodium L. subsp. bulbocodium Tamus communis L. Número de espécies: 125 24 14 30 14 11 12 UNIDADE DE VEGETAÇÃO “MATAGAIS ARBORESCENTES DE ESPÉCIES LAURÓIDES” Valoração florística final: Alto Espécies VEE Pteridophyta Selaginella denticulata (L.) Spring Polypodium cambricum L. subsp. cambricum Polypodium interjectum Shivas Polypodium vulgare L. Anograma leptophylla (L.) Link. Asplenium obovatum Viv. subsp. lanceolatum (Fiori) P.Silva Asplenium onopteris L. Asplenium trichomanes L. subsp. quadrivalens D.E.Mey Cystopteris viridula (Desv.) Desv. Blechnum spicant (L.) Roth subsp. spicant var. spicant 1ª Fase – Relatório de Caracterização 131 Plano de Ordenamento da APPSA Angiospermae Dicotyledones Laurus nobilis L. Aquilegia vulgaris L. subsp. dichroa (Freyn) T.E.Díaz Ranunculus bupleoroides Brot. Ranunculus ficaria L. subsp. ficaria Ranunculus olissiponensis Pers. subsp. olissiponensis Ranunculus paludosus Poir. Ranunculus repens L. Arenaria montana L. subsp. montana Cerastium fontanum Baumg. subsp. vulgare (Hartm.) Greuter & Burdet Dianthus lusitanus Brot. Herniaria scabrida Boiss. scabrida Moehringia pentandra J. Gay Sagina procumbens L. Silene latifolia Poir. Silene nutans L. subsp. nutans Silene scabriflora Brot. subsp. scabriflora Spergula morisonii Boreau Stellaria alsine Grimm. Rumex acetosella L. subsp. angiocarpus (Murb.) Murb. Hypericum humifusum L. Viola aff. arvensis Murray Viola riviniana Rchb. Halimium lasianthum (Lam.) Spach Xolantha guttata (L.) Raf. Xolantha tuberaria (L.) Gallego Cardamine hirsuta L. Coincya monensis (L.) Greuter & Burdet subsp. cheiranthus (Vill.) Aedo Lepidium heterophyllum Benth Teesdalia nudicaulis (L.) R.Br. Sesamoides purpurascens (L.) G.López Sesamoides suffruticosa (Lange) Kuntze Arbutus unedo L. Calluna vulgaris (L.) Hull. Erica arborea L. Erica australis L. Erica cinerea L. Erica lusitana Rudolphi Erica scoparia L. subsp. scoparia Erica umbellata Loefl. ex L. Sedum arenarium Brot. Sedum hirsutum All. subsp. hirsutum Sedum pruinatum Brot. Sedum forsterianum Sm. Umbilicus rupestris (Salisb.) Dandy Saxifraga granulata L. Saxifraga spathularis Brot. Fragaria vesca L. subsp. vesca Geum urbanum L. Potentilla erecta (L.) Raeusch. Prunus lusitanica L. subsp. lusitanica Rosa canina L. Rubus ulmifolius Schott Sanguisorba verrucosa (Link ex G.Don) Ces. Coronilla repanda (Poir.) Guss. subsp. dura (Cav.) Cout. Cytisus grandiflorus (Brot.) DC. 18 14 14 11 14 14 11 14 16 Cytisus multiflorus (L'Hér.) Sweet Cytisus striatus (Hill) Rothm. Genista falcata Brot. Lotus corniculatus L. subsp. carpetanus (Lacaita) Rivas Mart. Lotus pedunculatus Cav. Pterospartum tridentatum (L.) Willk. Daphne gnidium L. Ilex aquifolium L. Polygala vulgaris L. Conopodium majus (Gouan) Loret subsp. marizianum (Samp.) López Udias & Mateo Physospermum cornubiense (L.) DC. Centaurium erythraea Rafn. subsp. erythraea Phillyrea angustifolia L. Phillyrea latifolia L. Lithodora prostrata (Loisel.) Griseb. Satureja vulgaris (L.) Fritsch subsp. arundana (Boiss.) Greuter & Burdet Lamium maculatum L. Lamium purpureum L. Lavandula stoechas L. subsp. luisieri (Rozeira) Rozeira Prunella vulgaris L. Anarrhinum bellidifolium (L.) Willd. Digitalis purpurea L. subsp. purpurea Linaria diffusa Hoffmanns. & Link Linaria saxatilis (L.) Chaz. var. saxatilis Linaria triornithophora (L.) Willd. Orobanche rapum-genistae Thuill. subsp. rapum-genistae Scrophularia grandiflora DC. Scrophularia scorodonia L. var. scorodonia Campanula lusitanica L. subsp. lusitanica Campanula rapunculus L. Jasione montana L. subsp. Montana Galium helodes Hoffmanns. & Link Galium mollugo L. Rubia peregrina L. Lonicera periclymenum L. subsp. periclymenum Sambucus nigra L. Viburnum tinus L. subsp. tinus Bellis sylvestris Cirillo Carlina corymbosa L. subsp. corymbosa Centaurea aristata Hoffmanns. & Link subsp. langeana (Willk.) Dostál Hypochoeris radicata L. Inula conyza DC. Lactuca viminea (L.) J.&C. Presl. subsp. viminea Leontodon taraxacoides (Vill.) Mérat subsp. hispidus (Roth) Kerguélen Picris hieraciodes L. Pulicaria odora (L.) Rchb. Senecio lividus L. Senecio sylvaticus L. Tolpis barbata (L.) Gaertn. Monocotyledones Luzula campestris (L.) DC Luzula forsteri (Sm.) DC. Luzula sylvatica (Huds.) Gaudin subsp. henriquesii (Degen) P. Silva Carex depressa Link subsp. depressa Carex distachya Desf. 14 14 14 14 11 14 11 14 24 16 14 30 14 16 14 1ª Fase – Relatório de Caracterização 132 Plano de Ordenamento da APPSA Carex divulsa Stokes subsp. divulsa Carex muricata L. subsp. lamprocarpa Celak Agrostis truncatula Parl. subsp. truncatula Agrostis curtisii Kerguélen Anthoxanthum aristatum Boiss. subsp. aristatum Avena barbata Pott ex Link subsp. barbata Brachypodium sylvaticum (Huds) P.Beauv. Briza maxima L. Briza minor L. Dactylis glomerata L. subsp. hispanica Deschampsia flexuosa (L.) Trin. Festuca paniculata (L.) Schinz & Thell. subsp. multispiculata Rivas Ponce & Cebolla Koeleria caudata (Link.) Steud. Periballia involucrata (Cav.) Janka Allium massaessylum Batt. & Trab. Gagea soleirolii F.W.Schltz Hyacinthoides hispanica (Mill.) Rothm. Merendera montana (L.) Lange Ruscus aculeatus L. Scilla autumnalis L. Scilla monophyllos Link Simethis mattiazzi (Vand.) Sacc. Narcissus bulbocodium L. subsp. bulbocodium Narcissus triandrus L. subsp. pallidulus (Graells) Rivas Goday Romulea bulbocodium (L.) Sebast. & Mauri subsp. bulbocodium Número de espécies: 144 18 19 18 11 12 21 UNIDADE DE VEGETAÇÃO “COMUNIDADES RUPÍCOLAS E PRADOS DE ALTITUDE” Valoração florística final: Alto Espécies VEE Angiospermae Dicotyledones Ranunculus bupleoroides Brot. 14 Quercus ilex L. subsp. ballota (Desf.) Samp. Dianthus lusitanus Brot. Spergula morisonii Boreau Sedum arenarium Brot. 14 Sedum hirsutum All. subsp. hirsutum Sedum pruinatum Brot. 16 Conopodium majus (Gouan) Loret subsp. marizianum 14 (Samp.) López Udias & Mateo Linaria saxatilis (L.) Chaz. var. saxatilis 16 Lactuca viminea (L.) J.&C. Presl. subsp. viminea Monocotyledones Agrostis truncatula Parl. subsp. truncatula Anthoxanthum aristatum Boiss. subsp. aristatum Deschampsia flexuosa (L.) Trin. Festuca paniculata (L.) Schinz & Thell. subsp. 18 multispiculata Rivas Ponce & Cebolla Festuca summilusitana Franco & Rocha Afonso 34 Koeleria caudata (Link.) Steud. 19 Periballia involucrata (Cav.) Janka 18 Gagea soleirolii F.W.Schltz Scilla monophyllos Link Romulea bulbocodium (L.) Sebast. & Mauri subsp. bulbocodium Número de espécies: 20 UNIDADE DE VEGETAÇÃO “COMUNIDADES NÃO CLIMÁCICAS DE FOLHOSAS AUTÓCTONES” Valoração florística final: Alto Espécies Pteridophyta Selaginella denticulata (L.) Spring Osmunda regalis L. Polypodium cambricum L. subsp. cambricum Polypodium interjectum Shivas Polypodium vulgare L. Anograma leptophylla (L.) Link. Pteridium aquilinum (L.) Kuhn subsp. aquilinum Asplenium obovatum Viv. subsp. lanceolatum (Fiori) P.Silva Asplenium onopteris L. Asplenium trichomanes L. subsp. quadrivalens D.E.Mey Athyrium filix-femina (L.)Roth Cystopteris viridula (Desv.) Desv. Dryopteris affinis (Lowe) Fraser-Jenk. Polystichum setiferum (ForssK.) Woyn. Blechnum spicant (L.) Roth subsp. spicant var. spicant Gymnospermae Pinus pinaster Aiton Angiospermae Dicotyledones Laurus nobilis L. Aristolochia paucinervis Pomel Aquilegia vulgaris L. subsp. dichroa (Freyn) T.E.Díaz Ranunculus ficaria L. subsp. ficaria Ranunculus olissiponensis Pers. subsp. olissiponensis Ranunculus paludosus Poir. Ranunculus repens L. Chelidonium majus L. Fumaria capreolata L. Castanea sativa Mill. Quercus pyrenaica Willd. Quercus robur L. Quercus suber L. Betula alba L. Corylus avellana L. Phytolacca americana L. Arenaria montana L. subsp. montana Cerastium fontanum Baumg. subsp. vulgare (Hartm.) Greuter & Burdet Cerastium glomeratum Thuill. Corrigiola litoralis L. subsp. litoralis Dianthus lusitanus Brot. Lychnis flos-cuculi L. subsp. flos-cuculi Moehringia pentandra J. Gay Polycarpon tetraphyllum (L.) L. subsp. tetraphyllum Sagina procumbens L. Scleranthus annuus L. subsp. polycarpus (L.) Bonnier & Layens Silene gallica L. Silene latifolia Poir. Silene nutans L. subsp. nutans Spergula arvensis L. Spergula morisonii Boreau Stellaria alsine Grimm. Stellaria holostea L. VEE 18 14 1ª Fase – Relatório de Caracterização 133 Plano de Ordenamento da APPSA Stellaria media (L.) Vill. Chenopodium album L. var. album Polygonum arenastrum Boreau Polygonum aviculare L. Polygonum persicaria L. Rumex acetosa L. subsp. acetosa Rumex acetosella L. subsp. angiocarpus (Murb.) Murb. Rumex bucephalophurus L. subsp. gallicus (Steinh.) Rech. Rumex obtusifolius L. Rumex pulcher L. subsp. pulcher Hypericum androsaemum L. Hypericum humifusum L. Hypericum perforatum L. Hypericum pulchrum L. Malva tournefortiana L. Ulmus minor Mill. s.l. Parietaria judaica L. Urtica dioica L. Viola aff. arvensis Murray Viola riviniana Rchb. Cistus populifolius L. subsp. populifolius Xolantha guttata (L.) Raf. Bryonia dioica Jacq. Salix atrocinera Brot. Salix salvifolia Brot. Alliaria petiolata (M.Bieb.) Cavara & Grande Brassica barrelieri (L.) Janka Capsella bursa-pastoris (L.) Medik. Cardamine flexuosa With. Cardamine hirsuta L. Lepidium heterophyllum Benth Raphanus raphanistrum L. subsp. raphanistrum Teesdalia nudicaulis (L.) R.Br. Reseda media Lag. Sesamoides purpurascens (L.) G.López Arbutus unedo L. Calluna vulgaris (L.) Hull. Erica arborea L. Erica australis L. Erica cinerea L. Erica lusitana Rudolphi Erica scoparia L. subsp. scoparia Erica umbellata Loefl. ex L. Anagalis arvensis L. Primula acaulis (L.) L. subsp. acaulis Sedum arenarium Brot. Sedum forsterianum Sm. Umbilicus rupestris (Salisb.) Dandy Chrysosplenium oppositifolium L. Saxifraga granulata L. Saxifraga spathularis Brot. Crataegus monogyna Jacq. Cydonia oblonga Mill Fragaria vesca L. subsp. vesca Geum urbanum L. Potentilla erecta (L.) Raeusch. Prunus avium L. Prunus cerasus L. 11 16 11 14 Prunus lusitanica L. subsp. lusitanica Rosa canina L. Rubus ulmifolius Schott Sanguisorba verrucosa (Link ex G.Don) Ces. Spiraea hypericifolia L. subsp. obovata (Waldst. & Kit. Ex Willd.) H.Huber Coronilla repanda (Poir.) Guss. subsp. dura (Cav.) Cout. Cytisus grandiflorus (Brot.) DC. Cytisus multiflorus (L'Hér.) Sweet Cytisus striatus (Hill) Rothm. Genista falcata Brot. Lotus pedunculatus Cav. Ornithopus compressus L. Ornithopus perpusillus L. Trifolium cernuum Brot. Trifolium dubium Sibth. Trifolium glomeratum L. Trifolium ligusticum Balb. ex Loisel. Trifolium pratense L. subsp. pratense Trifolium repens L. var. repens Trifolium tomentosum L. Ulex minor Roth Vicia disperma DC. Vicia angustifolia L. Daphne gnidium L. Circaea lutetiana L. subsp. lutetiana Epilobium lanceolatum Seabst. & Mauri Epilobium obscurum Schreb. Ilex aquifolium L. Euphorbia helioscopia L. subsp. helioscopia Euphorbia peplus L. Mercurialis ambigua L. fil. Linum bienne Mill. Erodium cicutarium (L.) L'Hér. subsp. cicutarium Geranium dissectum L. Geranium lucidum L. Geranium molle L. Geranium pyrenaicum Burm. f. subsp. lusitanicum (Samp.) S.Ortiz Geranium robertianum subsp. purpureum (Vill.) Nyman Geranium robertianum L. subsp. robertianum Geranium rotundifolium L. Oxalis corniculata L. Polygala serpyllifolia Hosé Polygala vulgaris L. Hedera helix L. subsp. canariensis (Willd.) Cout. Angelica sylvestris L. Apium nodiflorum (L.) Lag. Conopodium majus (Gouan) Loret subsp. marizianum (Samp.) López Udias & Mateo Daucus carota L. subsp. maritimus (Lam.) Batt. Eryngium duriaei Gay ex Boiss. Oenanthe crocata L. Physospermum cornubiense (L.) DC. Sanicula europaea L. Torilis japonica (Houtt.) DC. Centaurium erythraea Rafn. subsp. erythraea Vinca difformis Pourr. Ligustrum sinense Lour. 14 14 11 14 16 1ª Fase – Relatório de Caracterização 134 Plano de Ordenamento da APPSA Phillyrea angustifolia L. Phillyrea latifolia L. Solanum nigrum L. subsp. nigrum Lithodora prostrata (Loisel.) Griseb. Myosotis secunda A.Murray Omphalodes nitida Hoffmanns. & Link Verbena officinalis L. Satureja vulgaris (L.) Fritsch subsp. arundana (Boiss.) Greuter & Burdet Lamium maculatum L. Lamium purpureum L. Lavandula stoechas L. subsp. luisieri (Rozeira) Rozeira Mentha suaveolens Ehrh. Prunella vulgaris L. Scutellaria minor Huds. Teucrium scorodonia L. subsp. scorodonia Plantago coronopus L. Plantago lanceolata L. Anarrhinum bellidifolium (L.) Willd. Antirrhinum meonanthum Hoffmanns. & Link Digitalis purpurea L. subsp. purpurea Linaria triornithophora (L.) Willd. Scrophularia balbisii Hornem. Scrophularia grandiflora DC. Scrophularia scorodonia L. var. scorodonia Verbascum thapsus L. subsp. crassifolium (Lam.) Murb. Veronica officinalis L. Orobanche rapum-genistae Thuill. subsp. rapum-genistae Campanula lusitanica L. subsp. lusitanica Campanula rapunculus L. Jasione montana L. subsp. montana Lobelia urens L. Wahlenbergia hederacea (L.) Rchb. Galium album Mill. subsp. album Galium helodes Hoffmanns. & Link Galium mollugo L. Galium rotundifolium L. Rubia peregrina L. Lonicera periclymenum L. subsp. periclymenum Sambucus nigra L. Viburnum tinus L. subsp. tinus Centranthus calcitrapae (L.) Dufr. subsp. calcitrapae Valerianella carinata Loisel. Andryala integrifolia L. Anthemis arvensis L. subsp. arvensis Carlina corymbosa L. subsp. corymbosa Chamaemelum mixtum (L.) All. Chamaemelum nobile (L.) All. var. discoideum (Boiss. ex Willk.) A. Fern. Cirsium palustre (L.) Scop. Conyza albida Spreng. Conyza canadensis (L.) Cronquist Crepis capillaris (L.) Wallr. Crepis lampsanoides (Gouan) Tausch Galinsoga parviflora Cav. Hypochoeris radicata L. Inula conyza DC. Lactuca viminea (L.) J.&C. Presl. subsp. viminea Lapsana communis L. subsp. communis 11 14 14 24 14 30 14 13 Leontodon taraxacoides (Vill.) Mérat subsp. hispidus (Roth) Kerguélen Picris hieraciodes L. Pulicaria odora (L.) Rchb. Senecio jacobaea L. Senecio lividus L. Senecio sylvaticus L. Sonchus oleraceus L. Taraxacum officinale Weber Monocotyledones Luzula campestris (L.) DC Luzula forsteri (Sm.) DC. Luzula sylvatica (Huds.) Gaudin subsp. henriquesii (Degen) P. Silva Carex depressa Link subsp. depressa Carex distachya Desf. Carex divulsa Stokes subsp. divulsa Carex laevigata Sm. Carex muricata L. subsp. lamprocarpa Celak Carex pendula Huds. Carex remota L. Arisarum simorrhinum Durieu var. clusii (Schott) Talavera Arum italicum Mill. subsp. italicum Agrostis castellana Boiss. & Reut. var. castellana Agrostis curtisii Kerguélen Agrostis truncatula Parl. subsp. truncatula Brachypodium sylvaticum (Huds) P.Beauv. Briza maxima L. Briza minor L. Bromus diandrus Roth Bromus hordeaceus L. Bromus sterilis L. Cynosurus echinatus L. Cynosurus effusus Link Dactylis glomerata L. subsp. hispanica Deschampsia flexuosa (L.) Trin. Holcus lanatus L. Hordeum leporinum Link Koeleria caudata (Link.) Steud. Melica uniflora Retz. Periballia involucrata (Cav.) Janka Poa annua L. Poa trivialis L. Setaria pumila (Poir.) Vulpia myurus (L.) C.C. Gmel. subsp. sciuroides (Roth) Rouy Allium massaessylum Batt. & Trab. Allium vineale L. Gagea soleirolii F.W.Schltz Hyacinthoides hispanica (Mill.) Rothm. Merendera montana (L.) Lange Polygonatum odoratum (Mill.) Druce Ruscus aculeatus L. Scilla autumnalis L. Scilla monophyllos Link Simethis mattiazzi (Vand.) Sacc. Narcissus bulbocodium L. subsp. bulbocodium Narcissus triandrus L. subsp. pallidulus (Graells) Rivas Goday Gladiolus illyricus Koch. subsp. illyricus 14 19 18 11 15 12 21 1ª Fase – Relatório de Caracterização 135 Plano de Ordenamento da APPSA Romulea bulbocodium (L.) Sebast. & Mauri subsp. bulbocodium Cephalanthera longifolia (L.) Fritsch Orchis mascula (L.) L. subsp. mascula Tamus communis L. Número de espécies: 279 15 UNIDADE DE VEGETAÇÃO “BOSQUETES RESIDUAIS DE SOBREIRO” Valoração florística final: Médio Espécies VEE Pteridophyta Polypodium cambricum L. subsp. cambricum Polypodium interjectum Shivas Asplenium trichomanes L. subsp. quadrivalens D.E.Mey Gymnospermae Pinus pinaster Aiton Angiospermae Dicotyledones Laurus nobilis L. Ranunculus bupleoroides Brot. 14 Ranunculus olissiponensis Pers. subsp. olissiponensis 14 Quercus suber L. Dianthus lusitanus Brot. Herniaria scabrida Boiss. scabrida 11 Spergula morisonii Boreau Rumex acetosella L. subsp. angiocarpus (Murb.) Murb. Halimium lasianthum (Lam.) Spach Xolantha guttata (L.) Raf. Xolantha tuberaria (L.) Gallego Coincya monensis (L.) Greuter & Burdet subsp. cheiranthus (Vill.) Aedo Sesamoides purpurascens (L.) G.López Sesamoides suffruticosa (Lange) Kuntze 14 Arbutus unedo L. Calluna vulgaris (L.) Hull. Erica arborea L. Erica cinerea L. Erica scoparia L. subsp. scoparia Erica umbellata Loefl. ex L. Sedum arenarium Brot. 14 Sedum hirsutum All. Subsp. hirsutum Sedum pruinatum Brot. 16 Saxifraga granulata L. Crataegus monogyna Jacq. Sanguisorba verrucosa (Link ex G.Don) Ces. Coronilla repanda (Poir.) Guss. subsp. dura (Cav.) Cout. Cytisus grandiflorus (Brot.) DC. Cytisus multiflorus (L'Hér.) Sweet 14 Cytisus striatus (Hill) Rothm. Pterospartum tridentatum (L.) Willk. 14 Daphne gnidium L Polygala vulgaris L. Conopodium majus (Gouan) Loret subsp. marizianum 14 (Samp.) López Udias & Mateo Physospermum cornubiense (L.) DC. Centaurium erythraea Rafn. subsp. erythraea Phillyrea angustifolia L. Phillyrea latifolia L. Lithodora prostrata (Loisel.) Griseb. 11 Lavandula stoechas L. subsp. luisieri (Rozeira) Rozeira Anarrhinum bellidifolium (L.) Willd. Linaria diffusa Hoffmanns. & Link Linaria saxatilis (L.) Chaz. var. saxatilis Orobanche rapum-genistae Thuill. subsp. rapum-genistae Rubia peregrina L. Carlina corymbosa L. subsp. corymbosa Centaurea aristata Hoffmanns. & Link subsp. langeana (Willk.) Dostál Leontodon taraxacoides (Vill.) Mérat subsp. hispidus (Roth) Kerguélen Pulicaria odora (L.) Rchb. Senecio lividus L. Senecio sylvaticus L. Tolpis barbata (L.) Gaertn. Monocotyledones Agrostis truncatula Parl. subsp truncatula Anthoxanthum aristatum Boiss. subsp. aristatum Avena barbata Pott ex Link subsp. barbata Briza maxima L. Briza minor L Dactylis glomerata L. subsp. hispanica Deschampsia flexuosa (L.) Trin. Festuca paniculata (L.) Schinz & Thell. subsp. multispiculata Rivas Ponce & Cebolla Koeleria caudata (Link.) Steud. Periballia involucrata (Cav.) Janka Allium massaessylum Batt. & Trab. Gagea soleirolii F.W.Schltz Hyacinthoides hispanica (Mill.) Rothm. Merendera montana (L.) Lange Scilla autumnalis L. Scilla monophyllos Link Simethis mattiazzi (Vand.) Sacc. Narcissus triandrus L. subsp. pallidulus (Graells) Rivas Goday Número de espécies: 74 PINHAL Valoração florística final: Médio Espécies Pteridophyta Polypodium cambricum L. subsp. cambricum Polypodium interjectum Shivas Pteridium aquilinum (L.) Kuhn subsp. aquilinum Asplenium trichomanes L. subsp. quadrivalens D.E.Mey Gymnospermae Pinus pinaster Aiton Angiospermae Dicotyledones Ranunculus bupleoroides Brot. Ranunculus olissiponensis Pers. subsp. olissiponensis Ranunculus paludosus Poir. Fumaria capreolata L. Castanea sativa Mill. Quercus robur L. Arenaria montana L. subsp. montana Cerastium glomeratum Thuill. Dianthus lusitanus Brot. Herniaria scabrida Boiss. scabrida 14 24 16 16 18 19 18 11 21 VEE 14 14 11 1ª Fase – Relatório de Caracterização 136 Plano de Ordenamento da APPSA Polycarpon tetraphyllum (L.) L. subsp. tetraphyllum Scleranthus annuus L. subsp. polycarpus (L.) Bonnier & Layens Silene gallica L. Silene latifolia Poir. Silene nutans L. subsp. nutans Silene scabriflora Brot. subsp. scabriflora Spergula morisonii Boreau Stellaria holostea L. Stellaria media (L.) Vill. Chenopodium album L. var. album Polygonum arenastrum Boreau Polygonum aviculare L. Rumex acetosella L. subsp. angiocarpus (Murb.) Murb. Rumex bucephalophurus L. subsp. gallicus (Steinh.) Rech. Rumex pulcher L. subsp. pulcher Hypericum perforatum L. Malva tournefortiana L. Parietaria judaica L. Urtica dioica L. Viola aff. arvensis Murray Viola riviniana Rchb. Cistus populifolius L. subsp. populifolius Halimium lasianthum (Lam.) Spach Xolantha guttata (L.) Raf. Xolantha tuberaria (L.) Gallego Brassica barrelieri (L.) Janka Capsella bursa-pastoris (L.) Medik. Cardamine hirsuta L. Coincya monensis (L.) Greuter & Burdet subsp. cheiranthus (Vill.) Aedo Lepidium heterophyllum Benth Raphanus raphanistrum L. subsp. raphanistrum Teesdalia nudicaulis (L.) R.Br. Reseda media Lag. Sesamoides purpurascens (L.) G.López Sesamoides suffruticosa (Lange) Kuntze Arbutus unedo L. Calluna vulgaris (L.) Hull. Erica arborea L. Erica australis L. Erica cinerea L. Erica scoparia L. subsp. scoparia Erica umbellata Loefl. ex L. Anagalis arvensis L. Sedum arenarium Brot. Sedum forsterianum Sm. Sedum pruinatum Brot. Umbilicus rupestris (Salisb.) Dandy Saxifraga granulata L. Crataegus monogyna Jacq. Potentilla erecta (L.) Raeusch. Rubus ulmifolius Schott Sanguisorba verrucosa (Link ex G.Don) Ces. Acacia dealbata Link Coronilla repanda (Poir.) Guss. subsp. dura (Cav.) Cout. Cytisus grandiflorus (Brot.) DC. Cytisus multiflorus (L'Hér.) Sweet 14 11 14 14 16 14 Cytisus striatus (Hill) Rothm. Lotus corniculatus L. subsp. carpetanus (Lacaita) Rivas Mart. Ornithopus compressus L. Ornithopus perpusillus L. Pterospartum tridentatum (L.) Willk. Trifolium arvense L. var. arvense Trifolium cernuum Brot. Trifolium glomeratum L. Trifolium ligusticum Balb. ex Loisel. Trifolium tomentosum L. Ulex minor Roth Vicia disperma DC. Vicia angustifolia L. Daphne gnidium L Eucalyptus globulus Labill. subsp. globulus Mercurialis ambigua L. fil. Linum bienne Mill. Erodium cicutarium (L.)L'Hér. subsp. cicutarium Geranium molle L. Geranium robertianum subsp. purpureum (Vill.) Nyman Geranium robertianum L. subsp. robertianum Geranium rotundifolium L. Polygala vulgaris L. Hedera helix L. subsp. canariensis (Willd.) Cout. Conopodium majus (Gouan) Loret subsp. marizianum (Samp.) López Udias & Mateo Physospermum cornubiense (L.) DC. Torilis nodosa (L.) Gaertn. Centaurium erythraea Rafn. subsp. erythraea Phillyrea angustifolia L. Lithodora prostrata (Loisel.) Griseb. Lavandula stoechas L. subsp. luisieri (Rozeira) Rozeira Plantago coronopus L. Plantago lanceolata L. Anarrhinum bellidifolium (L.) Willd. Digitalis purpurea L. subsp. purpurea Linaria diffusa Hoffmanns. & Link Linaria triornithophora (L.) Willd. Scrophularia scorodonia L. var. scorodonia Verbascum thapsus L. subsp. crassifolium (Lam.) Murb. Orobanche rapum-genistae Thuill. subsp. rapum-genistae Campanula rapunculus L. Jasione montana L. subsp. montana Galium album Mill. subsp. album Galium helodes Hoffmanns. & Link Galium mollugo L. Rubia peregrina L. Lonicera periclymenum L. subsp. periclymenum Viburnum tinus L. subsp. tinus Centranthus calcitrapae (L.) Dufr. subsp. calcitrapae Andryala integrifolia L. Bellis sylvestris Cirillo Carduus tenuiflorus Curtis Carlina corymbosa L. subsp. corymbosa Centaurea aristata Hoffmanns. & Link subsp. langeana (Willk.) Dostál Chamaemelum mixtum (L.) All. Chamaemelum nobile (L.) All. var. discoideum (Boiss. ex Willk.) A. Fern. 14 14 14 11 14 24 14 14 16 1ª Fase – Relatório de Caracterização 137 Plano de Ordenamento da APPSA Conyza albida Spreng. Conyza canadensis (L.) Cronquist Crepis capillaris (L.) Wallr. Galinsoga quadriradiata Ruiz & Pav. Galinsoga parviflora Cav. Hypochoeris radicata L. Inula conyza DC. Lactuca viminea (L.) J.&C. Presl. subsp. viminea Leontodon taraxacoides (Vill.) Mérat subsp. hispidus (Roth) Kerguélen Picris hieraciodes L. Pulicaria odora (L.) Rchb. Senecio lividus L. Senecio sylvaticus L. Sonchus oleraceus L. Tolpis barbata (L.) Gaertn. Monocotyledones Carex depressa Link subsp. depressa Carex distachya Desf. Carex muricata L. subsp. lamprocarpa Celak Arum italicum Mill. subsp. italicum Agrostis castellana Boiss. & Reut. var. castellana Agrostis curtisii Kerguélen Agrostis truncatula Parl. subsp. truncatula Anthoxanthum aristatum Boiss. subsp. aristatum Avena barbata Pott ex Link subsp. barbata Briza maxima L. Briza minor L Bromus diandrus Roth Bromus hordeaceus L. Cynosurus echinatus L. Cynosurus effusus Link Dactylis glomerata L. subsp. hispanica Deschampsia flexuosa (L.) Trin. Hordeum Leporinum Link Koeleria caudata (Link.) Steud. Poa annua L. Hyacinthoides hispanica (Mill.) Rothm. Merendera montana (L.) Lange Ruscus aculeatus L. Scilla autumnalis L. Scilla monophyllos Link Simethis mattiazzi (Vand.) Sacc. Narcissus bulbocodium L. subsp. bulbocodium Narcissus triandrus L. subsp. pallidulus (Graells) Rivas Goday Gladiolus illyricus Koch. subsp. illyricus Romulea bulbocodium (L.) Sebast. & Mauri subsp. bulbocodium Orchis mascula (L.) L. subsp. mascula Número de espécies: 173 UNIDADE DE VEGETAÇÃO “URZAIS” Valoração florística final: Médio Espécies Pteridophyta Polypodium cambricum L. subsp. cambricum Polypodium interjectum Shivas Pteridium aquilinum (L.) Kuhn subsp. aquilinum 19 11 12 21 VEE Asplenium trichomanes L. subsp. quadrivalens D.E.Mey Gymnospermae Pinus pinaster Aiton Angiospermae Dicotyledones Ranunculus bupleoroides Brot. Ranunculus olissiponensis Pers. subsp. olissiponensis Ranunculus paludosus Poir. Fumaria capreolata L. Arenaria montana L. subsp. montana Cerastium glomeratum Thuill. Dianthus lusitanus Brot. Herniaria scabrida Boiss. scabrida Moehringia pentandra J. Gay Scleranthus annuus L. subsp. polycarpus (L.) Bonnier & Layens Silene gallica L. Silene nutans L. subsp. nutans Silene scabriflora Brot. subsp. scabriflora Spergula morisonii Boreau Stellaria media (L.) Vill. Polygonum arenastrum Boreau Rumex acetosella L. subsp. angiocarpus (Murb.) Murb. Rumex pulcher L. subsp. pulcher Urtica dioica L. Viola aff. arvensis Murray Viola riviniana Rchb. Cistus populifolius L. subsp. populifolius Halimium lasianthum (Lam.) Spach Xolantha guttata (L.) Raf. Xolantha tuberaria (L.) Gallego Capsella bursa-pastoris (L.) Medik. Cardamine hirsuta L. Coincya monensis (L.) Greuter & Burdet subsp. cheiranthus (Vill.) Aedo Lepidium heterophyllum Benth Teesdalia nudicaulis (L.) R.Br. Sesamoides purpurascens (L.) G.López Sesamoides suffruticosa (Lange) Kuntze Calluna vulgaris (L.) Hull. Erica australis L. Erica arborea L. Erica cinerea L. Erica scoparia L. subsp. scoparia Erica umbellata Loefl. ex L. Sedum arenarium Brot. Sedum hirsutum All. subsp. hirsutum Sedum pruinatum Brot. Saxifraga granulata L. Sanguisorba verrucosa (Link ex G.Don) Ces. Coronilla repanda (Poir.) Guss. subsp. dura (Cav.) Cout. Ornithopus compressus L. Ornithopus perpusillus L. Pterospartum tridentatum (L.) Willk. Trifolium arvense L. var. arvense Trifolium cernuum Brot. Trifolium glomeratum L. Trifolium ligusticum Balb. ex Loisel. Vicia angustifolia L. 14 14 11 14 11 14 14 16 14 1ª Fase – Relatório de Caracterização 138 Plano de Ordenamento da APPSA Daphne gnidium L Mercurialis ambigua L. fil. Linum bienne Mill. Erodium cicutarium (L.) L'Hér. subsp. cicutarium Geranium molle L. Geranium robertianum subsp. purpureum (Vill.) Nyman Geranium rotundifolium L. Polygala vulgaris L. Conopodium majus (Gouan) Loret subsp. marizianum (Samp.) López Udias & Mateo Eryngium duriaei Gay ex Boiss. Physospermum cornubiense (L.) DC. Centaurium erythraea Rafn. subsp. erythraea Phillyrea angustifolia L. Lithodora prostrata (Loisel.) Griseb. Lavandula stoechas L. subsp. luisieri (Rozeira) Rozeira Plantago coronopus L. Plantago lanceolata L. Anarrhinum bellidifolium (L.) Willd. Linaria diffusa Hoffmanns. & Link Linaria saxatilis (L.) Chaz. var. saxatilis Verbascum virgatum Stokes Jasione montana L. subsp. montana Galium album Mill. subsp. album Galium helodes Hoffmanns. & Link Centranthus calcitrapae (L.) Dufr. subsp. calcitrapae Andryala integrifolia L. Carduus tenuiflorus Curtis Carlina corymbosa L. subsp. corymbosa Centaurea aristata Hoffmanns. & Link subsp. langeana (Willk.) Dostál Chamaemelum mixtum (L.) All. Crepis capillaris (L.) Wallr. Hypochoeris radicata L. Lactuca viminea (L.) J.&C. Presl. subsp. viminea Leontodon taraxacoides (Vill.) Mérat subsp. hispidus (Roth) Kerguélen Pulicaria odora (L.) Rchb. Senecio lividus L. Senecio sylvaticus L. Sonchus oleraceus L. Tolpis barbata (L.) Gaertn. Monocotyledones Agrostis truncatula Parl. subsp. truncatula Anthoxanthum aristatum Boiss. subsp. aristatum Avena barbata Pott ex Link subsp. barbata Briza maxima L. Briza minor L. Deschampsia flexuosa (L.) Trin. Festuca paniculata (L.) Schinz & Thell. subsp. multispiculata Rivas Ponce & Cebolla Hordeum leporinum Link Koeleria caudata (Link.) Steud. Periballia involucrata (Cav.) Janka Gagea soleirolii F.W.Schltz Hyacinthoides hispanica (Mill.) Rothm. Merendera montana (L.) Lange Scilla monophyllos Link Simethis mattiazzi (Vand.) Sacc. Erythronium dens-canis L. Narcissus triandrus L. subsp. pallidulus (Graells) Rivas Goday Número de espécies: 113 14 16 11 14 24 16 12 14 16 18 19 18 11 13 UNIDADE DE VEGETAÇÃO “ÁREA AGRÍCOLA” Valoração florística final: Médio Espécies Pteridophyta Selaginella denticulata (L.) Spring Polypodium cambricum L. subsp. cambricum Polypodium interjectum Shivas Anograma leptophylla (L.) Link. Asplenium trichomanes L. subsp. quadrivalens D.E.Mey Angiospermae Dicotyledones Ranunculus bupleoroides Brot. Ranunculus ficaria L. subsp. ficaria Ranunculus olissiponensis Pers. subsp. olissiponensis Ranunculus paludosus Poir. Ranunculus repens L. Chelidonium majus L. Fumaria capreolata L. Castanea sativa Mill. Phytolacca americana L. Cerastium fontanum Baumg. subsp. vulgare (Hartm.) Greuter & Burdet Cerastium glomeratum Thuill. Corrigiola litoralis L. subsp. litoralis Lychnis flos-cuculi L. subsp. flos-cuculi Polycarpon tetraphyllum (L.) L. subsp. tetraphyllum Sagina procumbens L. Scleranthus annuus L. subsp. polycarpus (L.) Bonnier & Layens Silene gallica L. Silene latifolia Poir. Silene nutans L. subsp. nutans Silene scabriflora Brot. subsp. scabriflora Spergula arvensis L. Stellaria media (L.) Vill. Chenopodium album L. var. album Polygonum arenastrum Boreau Polygonum aviculare L. Polygonum persicaria L. Rumex acetosa L. subsp. acetosa Rumex acetosella L. subsp. angiocarpus (Murb.) Murb. Rumex bucephalophurus L. subsp. gallicus (Steinh.) Rech. Rumex obtusifolius L. Rumex pulcher L. subsp. pulcher Hypericum humifusum L. Hypericum perforatum L. Malva tournefortiana L. Ulmus minor Mill. s.l. Parietaria judaica L. Urtica dioica L. Viola aff. arvensis Murray Viola riviniana Rchb. Xolantha guttata (L.) Raf. Xolantha tuberaria (L.) Gallego Bryonia dioica Jacq. 21 VEE 14 14 14 1ª Fase – Relatório de Caracterização 139 Plano de Ordenamento da APPSA Brassica barrelieri (L.) Janka Brassica napus L. Brassica oleraceae L. Capsella bursa-pastoris (L.) Medik. Cardamine hirsuta L. Lepidium heterophyllum Benth Raphanus raphanistrum L. subsp. raphanistrum Teesdalia nudicaulis (L.) R.Br. Reseda media Lag. Sesamoides purpurascens (L.) G.López Sesamoides suffruticosa (Lange) Kuntze Anagalis arvensis L. Anagalis tenella (L.) L. Sedum arenarium Brot. Umbilicus rupestris (Salisb.) Dandy Saxifraga granulata L. Cydonia oblonga Mill Fragaria vesca L. subsp. vesca Geum urbanum L. Potentilla erecta (L.) Raeusch. Prunus avium L. Prunus cerasus L. Rubus ulmifolius Schott Sanguisorba verrucosa (Link ex G.Don) Ces. Lotus pedunculatus Cav. Ornithopus compressus L. Ornithopus perpusillus L. Trifolium arvense L. var. arvense Trifolium cernuum Brot. Trifolium dubium Sibth. Trifolium glomeratum L. Trifolium ligusticum Balb. ex Loisel. Trifolium pratense L. subsp. pratense Trifolium repens L. var. repens Trifolium tomentosum L. Vicia disperma DC. Vicia angustifolia L. Euphorbia helioscopia L. subsp. helioscopia Euphorbia peplus L. Mercurialis ambigua L. fil. Linum bienne Mill. Radiola linoides Roth. Erodium cicutarium (L.) L'Hér. subsp. cicutarium Geranium dissectum L. Geranium molle L. Geranium pyrenaicum Burm. f. subsp. lusitanicum (Samp.) S.Ortiz Geranium robertianum subsp. purpureum (Vill.) Nyman Geranium robertianum L. subsp. robertianum Geranium rotundifolium L. Oxalis corniculata L. Polygala vulgaris L. Hedera helix L. subsp. canariensis (Willd.) Cout. Daucus carota L. subsp. maritimus (Lam.) Batt. Torilis nodosa (L.) Gaertn. Centaurium erythraea Rafn. subsp. erythraea Olea europea L. Solanum nigrum L. subsp. nigrum Verbena officinalis L. 14 14 Lamium purpureum L. Mentha suaveolens Ehrh. Scutellaria minor Huds. Plantago coronopus L. Plantago lanceolata L. Scrophularia scorodonia L. var. scorodonia Verbascum thapsus L. subsp. crassifolium (Lam.) Murb. Jasione montana L. subsp. montana Galium album Mill. subsp. album Galium helodes Hoffmanns. & Link Centranthus calcitrapae (L.) Dufr. subsp. calcitrapae Valerianella carinata Loisel. Andryala integrifolia L. Anthemis arvensis L. subsp. arvensis Bellis sylvestris Cirillo Carduus tenuiflorus Curtis Carlina corymbosa L. subsp. corymbosa Centaurea aristata Hoffmanns. & Link subsp. langeana (Willk.) Dostál Chamaemelum mixtum (L.) All. Chamaemelum nobile (L.) All. var. discoideum (Boiss. ex Willk.) A. Fern. Conyza albida Spreng. Conyza canadensis (L.) Cronquist Crepis capillaris (L.) Wallr. Galinsoga quadriradiata Ruiz & Pav. Galinsoga parviflora Cav. Hypochoeris radicata L. Leontodon taraxacoides (Vill.) Mérat subsp. hispidus (Roth) Kerguélen Picris hieraciodes L. Senecio jacobaea L. Senecio lividus L. Senecio sylvaticus L. Sonchus oleraceus L. Taraxacum officinale Weber Tolpis barbata (L.) Gaertn. Monocotyledones Carex laevigata Sm. Tradescantia fluminensis Vell. Arum italicum Mill. subsp. italicum Agrostis castellana Boiss. & Reut. var. castellana Agrostis truncatula Parl. subsp. truncatula Anthoxanthum aristatum Boiss. subsp. aristatum Avena barbata Pott ex Link subsp. barbata Briza máxima L. Briza minor L. Bromus diandrus Roth Bromus hordeaceus L. Bromus sterilis L. Cynosurus echinatus L. Dactylis glomerata L. subsp. hispanica Holcus lanatus L. Hordeum leporinum Link Poa annua L. Setaria pumila (Poir.) Vulpia myurus (L.) C.C. Gmel. subsp. sciuroides (Roth) Rouy Allium massaessylum Batt. & Trab. Narcissus triandrus L. subsp. pallidulus (Graells) Rivas 14 16 21 1ª Fase – Relatório de Caracterização 140 Plano de Ordenamento da APPSA Goday Número de espécies: 160 UNIDADE DE VEGETAÇÃO “GIESTAIS” Valoração florística final: Médio Espécies Pteridophyta Polypodium cambricum L. subsp. cambricum Polypodium interjectum Shivas Pteridium aquilinum (L.) Kuhn subsp. aquilinum Asplenium trichomanes L. subsp. quadrivalens D.E.Mey Gymnospermae Pinus pinaster Aiton Angiospermae Dicotyledones Ranunculus bupleoroides Brot. Ranunculus olissiponensis Pers. subsp. olissiponensis Ranunculus paludosus Poir. Fumaria capreolata L. Castanea sativa Mill. Quercus robur L. Betula alba L. Arenaria montana L. subsp. montana Cerastium glomeratum Thuill. Dianthus lusitanus Brot. Herniaria scabrida Boiss. scabrida Moehringia pentandra J. Gay Polycarpon tetraphyllum (L.) L. subsp. tetraphyllum Silene gallica L. Silene nutans L. subsp. nutans Silene scabriflora Brot. subsp. scabriflora Spergula morisonii Boreau Stellaria media (L.) Vill. Polygonum arenastrum Boreau Polygonum aviculare L. Rumex acetosella L. subsp. angiocarpus (Murb.) Murb. Urtica dioica L. Viola aff. arvensis Murray Viola riviniana Rchb. Cistus populifolius L. subsp. populifolius Halimium lasianthum (Lam.) Spach Xolantha guttata (L.) Raf. Xolantha tuberaria (L.) Gallego Capsella bursa-pastoris (L.) Medik. Coincya monensis (L.) Greuter & Burdet subsp. cheiranthus (Vill.) Aedo Lepidium heterophyllum Benth Teesdalia nudicaulis (L.) R.Br. Reseda media Lag. Sesamoides purpurascens (L.) G.López Sesamoides suffruticosa (Lange) Kuntze Arbutus unedo L. Calluna vulgaris (L.) Hull. Erica australis L. Erica arborea L. Erica cinerea L. Erica umbellata Loefl. ex L. Sedum arenarium Brot. Sedum forsterianum Sm. VEE 14 14 11 14 11 14 14 Sedum pruinatum Brot. Umbilicus rupestris (Salisb.) Dandy Saxifraga granulata L. Crataegus monogyna Jacq. Potentilla erecta (L.) Raeusch. Rubus ulmifolius Schott Sanguisorba verrucosa (Link ex G.Don) Ces. Acacia dealbata Link Coronilla repanda (Poir.) Guss. subsp. dura (Cav.) Cout. Cytisus grandiflorus (Brot.) DC. Cytisus multiflorus (L'Hér.) Sweet Cytisus striatus (Hill) Rothm. Genista falcata Brot. Lotus corniculatus L. subsp. carpetanus (Lacaita) Rivas Mart. Ornithopus compressus L. Ornithopus perpusillus L. Pterospartum tridentatum (L.) Willk. Trifolium arvense L. var. arvense Trifolium cernuum Brot. Trifolium ligusticum Balb. ex Loisel. Ulex minor Roth Vicia disperma DC. Vicia angustifolia L. Daphne gnidium L. Mercurialis ambigua L. fil. Linum bienne Mill. Erodium cicutarium (L.) L'Hér. subsp. cicutarium Geranium molle L. Geranium robertianum subsp. purpureum (Vill.) Nyman Geranium rotundifolium L. Polygala vulgaris L. Conopodium majus (Gouan) Loret subsp. marizianum (Samp.) López Udias & Mateo Daucus carota L. subsp. maritimus (Lam.) Batt. Physospermum cornubiense (L.) DC. Centaurium erythraea Rafn. subsp. erythraea Phillyrea angustifolia L. Lithodora prostrata (Loisel.) Griseb. Lavandula stoechas L. subsp. luisieri (Rozeira) Rozeira Plantago coronopus L. Plantago lanceolata L. Anarrhinum bellidifolium (L.) Willd. Digitalis purpurea L. subsp. purpurea Linaria diffusa Hoffmanns. & Link Linaria triornithophora (L.) Willd. Scrophularia scorodonia L. var. scorodonia Orobanche rapum-genistae Thuill. subsp. rapum-genistae Jasione montana L. subsp. montana Galium album Mill. subsp. album Galium helodes Hoffmanns. & Link Rubia peregrina L. Lonicera periclymenum L. subsp. periclymenum Viburnum tinus L. subsp. tinus Centranthus calcitrapae (L.) Dufr. subsp. calcitrapae Andryala integrifolia L. Bellis sylvestris Cirillo Carduus tenuiflorus Curtis Carlina corymbosa L. subsp. corymbosa 16 14 14 14 14 14 11 14 24 14 1ª Fase – Relatório de Caracterização 141 Plano de Ordenamento da APPSA Centaurea aristata Hoffmanns. & Link subsp. langeana (Willk.) Dostál Chamaemelum mixtum (L.) All. Conyza albida Spreng. Conyza canadensis (L.) Cronquist Crepis capillaris (L.) Wallr. Hypochoeris radicata L. Lactuca viminea (L.) J.&C. Presl. subsp. viminea Leontodon taraxacoides (Vill.) Mérat subsp. hispidus (Roth) Kerguélen Picris hieraciodes L. Pulicaria odora (L.) Rchb. Senecio jacobaea L. Senecio lividus L. Senecio sylvaticus L. Sonchus oleraceus L. Tolpis barbata (L.) Gaertn. Monocotyledones Agrostis castellana Boiss. & Reut. var. castellana Agrostis curtisii Kerguélen Agrostis truncatula Parl. subsp. truncatula Anthoxanthum aristatum Boiss. subsp. aristatum Avena barbata Pott ex Link subsp. barbata Briza maxima L. Briza minor L. Bromus diandrus Roth Bromus hordeaceus L. Cynosurus echinatus L. Deschampsia flexuosa (L.) Trin. Festuca paniculata (L.) Schinz & Thell. subsp. multispiculata Rivas Ponce & Cebolla Hordeum leporinum Link Koeleria caudata (Link.) Steud. Hyacinthoides hispanica (Mill.) Rothm. Merendera montana (L.) Lange Ruscus aculeatus L. Scilla autumnalis L. Scilla monophyllos Link Simethis mattiazzi (Vand.) Sacc. Narcissus bulbocodium L. subsp. bulbocodium Narcissus triandrus L. subsp. pallidulus (Graells) Rivas Goday Gladiolus illyricus Koch. subsp. illyricus Romulea bulbocodium (L.) Sebast. & Mauri subsp. bulbocodium Tamus communis L. Número de espécies: 145 16 18 19 11 12 21 Da conjugação dos resultados do valor florístico das comunidades vegetais com os resultados da valoração da vegetação obteve-se a valoração final da comunidade. Este valor final corresponde à classe de relevância mais elevada atingida pela comunidade na valoração efectuada para a flora e a vegetação. Apresentam-se, na Tabela 45, os resultados da aplicação do Valor Florístico às unidades de vegetação e a determinação do valor final florístico e de vegetação. Tabela 45 – Determinação do Valor final da flora e vegetação. Unidade de Vegetação Florestas pré-climácicas de folhosas autóctones Comunidades ripícolas Matagais arborescentes de espécies lauróides Comunidades rupícolas e prados de altitude Comunidades não climácicas de folhosas autóctones Bosquetes residuais de sobreiros Pinhal Urzais Áreas agrícolas Giestais Vegetação Excepcional Alto Alto Alto Médio Médio Baixo Baixo Baixo Baixo Flora Excepcional Alto Alto Alto Alto Médio Médio Médio Médio Médio Valor Final Florístico e de Vegetação Excepcional Alto Alto Alto Alto Médio Médio Médio Médio Médio Da cartografia da valoração final da flora e da vegetação resulta a carta [27] – valores florísticos e de vegetação. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 142 Plano de Ordenamento da APPSA C.III. Anexo – Definição e Valoração da Fauna e dos Biótopos para a Fauna – Metodologia e Resultados A caracterização da fauna e dos valores faunísticos presentes na APPSA foi realizada com base no proposto no Caderno de Encargos elaborado pelo ICN para uniformizar o processo de realização dos PO das AP (ICN, 2004). A metodologia utilizada para este trabalho foi adaptada e ajustada ao caso particular da APPSA e elaborada em duas etapas: (A) definição e valoração das espécies da fauna e (B) definição e valoração faunística dos biótopos para a fauna. Etapa A Definição das Espécies da Fauna Foram identificadas, nos diferentes estudos realizados na APPSA, anteriormente ao presente PO, um total de 540 espécies da fauna (Tabela 46). O elenco do total das espécies pode ser consultado na Tabela 48. Tabela 46 – Número de espécies de cada grupo taxonómico referenciadas para a APPSA. Invertebrados Vertebrados Grupo Taxonómico Macroinvertebrados aquáticos Colêmbolos Lepidópteros Coleópteros Anfíbios Répteis Aves Mamíferos Número de Espécies 120 61 241 1 7 11 64 35 Total Número Total de Espécies 423 117 540 Valoração das Espécies da Fauna A valoração das espécies ocorrentes nos biótopos é feita através da atribuição, a cada uma das espécies ocorrentes na AP, de um Valor Ecológico Específico (VEE), que se calcula considerando quatro estatutos básicos de avaliação: (1) Estatuto de Conservação (EC), (2) Estatuto Biogeográfico (EBg), (3) Estatuto Biológico (EB) e (4) Estatuto Regional (ER) (ICN, 2004). Consideraram-se, para a presente valoração, apenas as espécies de lepidópteros, o coleóptero e as classes de vertebrados, por não haver informação suficiente relativamente aos restantes grupos taxonómicos, que permitisse caracterizar todos os parâmetros considerados. 1 – Estatuto de Conservação O estatuto de conservação (EC) inclui variáveis que reflectem o grau de ameaça de cada espécie e a responsabilidade política de Portugal em as conservar, como um dos Estados-membro da União Europeia que assinou e se comprometeu a ratificar algumas convenções internacionais. Consideram-se, para este estatuto, três parâmetros aplicáveis a todos os grupos faunísticos, sendo eles o Estatuto no Livro Vermelho da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), a Directiva Aves/Directiva Habitats (DA/DH) 1ª Fase – Relatório de Caracterização 143 Plano de Ordenamento da APPSA e a Convenção de Berna (Berna); além destes, aplica-se ainda ao grupo dos vertebrados o Estatuto no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal (LV). O estatuto de conservação é determinado através da aplicação das seguintes equações: ECinvertebrados = UICN + DH + Berna ECvertebrados = LV + UICN + DH / DA + Berna 1.1 – Estatuto no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal O Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal fornece um conjunto de informação indispensável, de âmbito nacional, referente aos estatutos de conservação das espécies mencionadas. Os dados considerados neste trabalho referem-se ao documento interno relativo à Revisão, ainda não publicado e da responsabilidade do ICN, do referido Livro, incluindo as seguintes categorias: 10 – Em Perigo 8 – Vulnerável 6 – Quase Ameaçado 3 – Informação Insuficiente 0 – Pouco Preocupante 1.2 – Estatuto no Livro Vermelho da UICN O Livro Vermelho da UICN garante uma apreciação mais vasta da situação da espécie em termos de conservação, por considerar a sua condição a nível global. Foram utilizados as categorias disponíveis online, pela consulta do site oficial da organização www.iucnredlist.org: 10 – Em Perigo 8 – Vulnerável 6 – Quase Ameaçado 3 – Informação Insuficiente 0 – Pouco Preocupante 1.3 – Directiva Aves e Directiva Habitats A Directiva Aves e a Directiva Habitats reflectem a importância das espécies, em termos de conservação, a nível da Comunidade Europeia. Foram transpostas para o direito interno pelo Decreto-Lei n.º140/99, de 24 de Abril, agora revogado pelo Decreto-Lei n.º49/2005, de 24 de Fevereiro, o qual se consultou para a caracterização deste parâmetro. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 144 Plano de Ordenamento da APPSA A Directiva Aves, Directiva 79/409/CEE, do Conselho das Comunidades Europeias, de 2 de Abril, relativa à conservação das aves selvagens, é aplicável apenas a este grupo faunístico, contemplado nos Anexos A-I, A-II e A-III do Decreto-Lei n.º49/2005, de 24 de Fevereiro e inclui as seguintes categorias: 10 – Espécies prioritárias incluídas no Anexo A-I (espécies prioritárias de aves de interesse comunitário cuja conservação requer a designação de zonas de protecção especial) 8 – Espécies incluídas no Anexo A-I (espécies de aves de interesse comunitário cuja conservação requer a designação de zonas de protecção especial) 0 – Espécies não incluídas no Anexo A Directiva Habitats, Directiva 92/43/CEE, do Conselho das Comunidades Europeias, de 21 de Maio, relativa à preservação dos habitats naturais, da fauna e da flora selvagens, é aplicável aos restantes grupos faunísticos, incluídos nos Anexos B-II, B-IV e B-V do Decreto-Lei n.º49/2005, de 24 de Fevereiro e inclui as seguintes categorias: 10 – Espécies prioritárias incluídas no Anexo B-II (espécies prioritárias de interesse comunitário cuja conservação exige a designação de zonas especiais de conservação) 8 – Espécies incluídas no Anexo B-II (espécies de interesse comunitário cuja conservação exige a designação de zonas especiais de conservação) 6 – Espécies incluídas no Anexo B-IV (espécies de interesse comunitário que exigem uma protecção rigorosa) 0 – Espécies não incluídas nos Anexos B-II e B-IV 1.4 – Convenção de Berna Apesar da baixa discriminação das espécies facultada pela Convenção de Berna, este documento pode funcionar como filtro, não distinguindo as espécies de extrema importância, mas estabelecendo uma gradação em relação às menos importantes. Consultou-se o documento referente a esta Convenção, o Decreto-Lei n.º316/89, de 22 de Setembro, e as respectivas alterações aos seus anexos, sendo o Anexo II relativo a espécies da fauna estritamente protegidas e o Anexo III relativo a espécies da fauna protegidas, estabelecendo as seguintes categorias: 5 – Espécie incluídas no Anexo II 2 – Espécie incluídas no Anexo III 0 – Espécies não incluídas na Convenção 2 – Estatuto Biogeográfico A biogeografia caracteriza a relevância das populações em função da sua representatividade nacional e internacional, bem como do seu grau de endemismo. Consideraram-se no estatuto biogeográfico (EBg) dois 1ª Fase – Relatório de Caracterização 145 Plano de Ordenamento da APPSA parâmetros, a Distribuição Global (DG) e a Distribuição em Portugal (DP), que se combinam da seguinte forma: EBg = DG + DP Para a determinação destas variáveis, foi consultada a bibliografia disponível relativa a cada grupo faunístico (Merzheevskaya, s.d.; Herbulot, 1948; Bustillo, Varela, Garcia, 1979; Rougeot, Viette, 1980; Corbet, Ovenden, 1982; Whalley, 1982; Harde, Severa, 1984; Novak, Severa, 1984; Reichholf-Riehm, 1984; Carvalho, Montalvão, Carvalho, 1985; Bruun, Delin, Svensson, 1986; Friedrich, 1986; Cárter, Hargreaves, 1987; Schilling, Singer, Diller, 1987; Chinery, 1988; Cárter, 1993; Mathias, 1999; Redondo, Gastón, 1999; Almeida et al., 2001; Maravalhas et al., 2003; Mullarney et al., 2003), e também informação disponível na Internet (Guyonnet, Lévesque, 2000; Sousa, 2002; Rowlings, 2003/2005; Savela, 2004; Calle, Gómez, 2005; Kimber, 2005; Mazzei, Reggianti, Pimpinelli, 2005). 2.1 – Distribuição Global O parâmetro Distribuição Global caracteriza a área de distribuição da espécie a nível global, atribuindo maior importância às espécies de distribuição mais restrita, por serem mais sensíveis a alterações ecológicas que possam conduzir, por exemplo, à redução das suas áreas de ocorrência e consequente extinção. Uma espécie com uma distribuição ampla terá, naturalmente, mais capacidade de sobrevivência aquando da redução da sua área de distribuição, do que uma espécie que encontra já o seu biótopo bastante circunscrito a uma determinada região. Em relação à DG consideraram-se as seguintes categorias: 10 – Península Ibérica e áreas adjacentes do Sul de França 8 – Península Ibérica e áreas adjacentes do Sul de França + ocorrência fora da Europa 6 – Distribuição restrita na Europa (<30%) 4 – Distribuição restrita na Europa (<30%) + ocorrência fora da Europa 1 – Distribuição apenas na Europa, mas alargada 0 – Distribuição alargada na Europa e fora dela 2.2 – Distribuição em Portugal A distribuição ao nível de Portugal permite diferenciar as espécies consoante a sua situação no país, valorizando, à semelhança da distribuição global, as espécies de distribuição mais localizada. Consideraramse as seguintes categorias de distribuição: 10 – Localizada 6 – Menos de 1/3 do País 3 – 1/3 a 2/3 do País 0 – Mais de 2/3 do País 1ª Fase – Relatório de Caracterização 146 Plano de Ordenamento da APPSA 3 – Estatuto Biológico Algumas características biológicas próprias de cada espécie podem resultar numa maior ou menor sensibilidade às alterações induzidas nos ecossistemas. Assim, os parâmetros considerados no estatuto biológico (EB) pretendem reflectir, em conjunto, a sensibilidade biológica de cada espécie, de modo a evidenciar as que são mais exigentes em termos ecológicos. Este estatuto inclui cinco parâmetros: a Concentração da População (C), a Reprodução (R), a Migração (M), a Especialização Alimentar (A) e a Especialização em termos de Habitat (H), obtendo-se o seu valor através da equação seguinte: EB = C + R + M + A + H Considerou-se, para a determinação das variáveis, a bibliografia disponível sobre as espécies (Merzheevskaya, s.d.; Herbulot, 1948; Bustillo, Varela, Garcia, 1979; Rougeot, Viette, 1980; Corbet, Ovenden, 1982; Whalley, 1982; Harde, Severa, 1984; Novak, Severa, 1984; Reichholf-Riehm, 1984; Carvalho, Montalvão, Carvalho, 1985; Bruun, Delin, Svensson, 1986; Friedrich, 1986; Cárter, Hargreaves, 1987; Schilling, Singer, Diller, 1987; Chinery, 1988; Cárter, 1993; Mathias, 1999; Redondo, Gastón, 1999; Almeida et al., 2001; Maravalhas et al., 2003; Mullarney et al., 2003), bem como, sempre que possível, informação específica para a situação da APPSA, apresentada nos diversos estudos aí realizados (Silva et al., 1985; Pires, 1990; Lourenço, 2000; Rosa, 2004; Tenreiro et al., 2002) e ainda informação disponibilizada na Internet (Guyonnet, Lévesque, 2000; Sousa, 2002; Rowlings, 2003/2005; Savela, 2004; Calle, Gómez, 2005; Kimber, 2005; Mazzei, Reggianti, Pimpinelli, 2005). 3.1 – Concentração da População Existem espécies cujas populações se concentram em determinada fase do seu ciclo de vida, por exemplo em colónias de reprodução, dormitórios e frentes de migração. A classificação relativa ao parâmetro concentração da população visa valorizar as espécies que apresentam qualquer forma de concentração da população, partindo do princípio que são mais vulneráveis nesse período do que as espécies que não têm tendência para se concentrar: 10 – Concentra-se no biótopo em causa, sendo uma espécie que se concentra em poucos sítios 5 – Concentra-se no biótopo em causa, sendo uma espécie que se concentra em pequeno número, em muitos sítios 0 – Não se concentra no biótopo em causa 3.2 – Reprodução O período de reprodução e, principalmente, o período do ciclo de vida correspondente à fase juvenil é, em geral, a fase mais vulnerável do ciclo de vida dos indivíduos, pelo que a classificação relativa ao parâmetro reprodução favorece os biótopos em que é provável ou está confirmada a reprodução da espécie: 10 – Reprodução confirmada no biótopo em causa 1ª Fase – Relatório de Caracterização 147 Plano de Ordenamento da APPSA 8 – Reprodução provável, não confirmada no biótopo em causa 6 – Reprodução possível, não confirmada no biótopo em causa 0 – A espécie não utiliza o biótopo em causa para reprodução 3.3 – Migração A classificação relativa ao parâmetro migração reflecte a maior vulnerabilidade das espécies migradoras: 5 – Espécie migradora 0 – Espécie não migradora 3.4 – Especializações Ecológicas As especializações ecológicas de algumas espécies podem aumentar o seu grau de vulnerabilidade, visto que a especialização diminui a sua capacidade para se adaptarem a pequenas alterações no seu ambiente, o que poderá originar a sua extinção. Uma espécie que depende apenas de um ou dois tipos de alimento vê a sua sobrevivência mais ameaçada se determinada alteração provocar uma redução do alimento disponível. Do mesmo modo, uma espécie que depende de um único tipo de habitat, e se este for destruído, verá a sua continuidade mais ameaçada do que uma espécie adaptada a vários tipos de biótopos. Consideram-se, neste trabalho, dois tipos de especialização: Especialização Alimentar e Especialização em termos de Habitat. Para a Especialização Alimentar utilizou-se a seguinte classificação: 5 – Espécie com dieta muito especializada 3 – Nível intermédio 0 – Espécie com dieta generalista Para a Especialização em termos de Habitat utilizou-se a seguinte classificação: 10 – Espécie muito especializada, dependente de biótopos pouco abundantes 5 – Espécie com uma situação intermédia 0 – Espécie de maior plasticidade, dependente de biótopos abundantes 4 – Estatuto Regional O estatuto regional (ER) pretende hierarquizar as espécies em função do seu interesse para a região, factor não considerado pelos restantes estatutos adoptados. Para a determinação deste estatuto são tidos em conta factores como o grau de raridade da espécie na área protegida, espécies características dessa área e que poderão ser exemplos da fauna emblemática da região, espécies que sofram localmente ameaças específicas à sua preservação, entre outros. Para a atribuição desta classificação consultaram-se os já referidos estudos realizados na APPSA, bem como os técnicos com conhecimentos sobre a situação actual da área, obtendo-se a seguinte classificação: 10 – A espécie tem elevado interesse regional 5 – A espécie tem interesse regional médio 0 – A espécie não está presente na listagem de interesse regional 1ª Fase – Relatório de Caracterização 148 Plano de Ordenamento da APPSA 5 – Valor Ecológico Específico O Valor Ecológico Específico (VEE) foi determinado pela combinação dos diferentes estatutos calculados para cada espécie. De modo a maximizar a hierarquização do valor de cada espécie presente na área protegida, atribuiu-se um factor de ponderação a cada estatuto, dando um peso mais elevado no cálculo final do VEE aos estatutos considerados mais determinantes (Figura 22). Foi atribuído ao EC o peso mais elevado (35%), uma vez que tem já em conta a situação das espécies do ponto de vista da sua raridade e vulnerabilidade e da sua importância para a conservação, definindo uma hierarquização básica das espécies. O EBg, tem o segundo peso mais elevado (30%), por também contribuir decididamente para a relativização da importância das espécies. Atribuiu-se ao EB um peso relativo mais baixo (20%) pela dificuldade e/ou subjectividade associada à caracterização de alguns dos seus parâmetros, como por exemplo as especializações ecológicas. Finalmente, com o peso mais baixo (15%), encontra-se o ER, por ser um estatuto de difícil caracterização e muitas vezes associado a uma grande subjectividade. Peso Relativo de Cada Estatuto ER 15% EC 35% EB 20% EBg 30% Figura 22 – Peso relativo de cada estatuto, utilizado no cálculo do VEE (EB – Estatuto Biológico; EBg – Estatuto Biogeográfico; EC – Estatuto de Conservação; ER – Estatuto Regional). Os factores de ponderação pretendem assegurar que a contribuição de cada estatuto está sempre de acordo com os pesos relativos atribuídos, independentemente do número de parâmetros utilizados no seu cálculo, o que resulta em valores diferentes para cada constante, dependendo do grupo taxonómico em causa (Tabela 47). Tabela 47 – Factores de ponderação utilizados no cálculo do Valor Ecológico Específico. Grupo Taxonómico Invertebrados Vertebrados k1 (EC) 1,33 1,05 k2 (EBg) 1,43 1,57 k3 (EB) 0,47 0,52 k4 (ER) 1,42 1,58 Para o grupo dos invertebrados, o EC foi determinado recorrendo a um número diferente de parâmetros, uma vez que não faz sentido caracterizá-lo segundo o LV. Tornou-se, pois, necessário determinar factores de 1ª Fase – Relatório de Caracterização 149 Plano de Ordenamento da APPSA ponderação diferentes para o grupo dos invertebrados, de forma a compensar esse efeito. O VEE de cada espécie do grupo dos invertebrados será então determinado pela seguinte expressão: VEE = 1,33 ⋅ EC + 1,43 ⋅ EBg + 0,47 ⋅ EB + 1,42 ⋅ ER e o do grupo dos vertebrados pela expressão: VEE = 1,05 ⋅ EC + 1,57 ⋅ EBg + 0,52 ⋅ EB + 1,58 ⋅ ER A caracterização dos vários parâmetros considerados, bem como a determinação do VEE de cada uma das espécies encontram-se na Tabela 48, apresentada a seguir. Tabela 48 – Caracterização de cada espécie quanto aos diferentes estatutos considerados, Estatuto de Conservação (EC), Estatuto Biogeográfico (EBg), Estatuto Biológico (EB) e Estatuto Regional (ER), determinação do Valor Ecológico Específico (VEE) e os biótopos em que cada espécie ocorre. Legenda: UICN – Livro Vermelho da UICN; DH/DA – Directiva Habitats/Directiva Aves; Berna – Convenção de Berna; DG – Distribuição Global; DP – Distribuição em Portugal; C – Concentração; R – Reprodução; M – Migração; A – Especialização Alimentar; H – Especialização em Termos de Habitat; FF – Biótopo “Floresta de Folhosas”; P – Biótopo “Pinhal”; O – Biótopo “Olival”; MA – Biótopo “Matos Altos”; MB – Biótopo “Matos Baixos”; FR – Biótopo “Formações Ripícolas e Sistemas Aquáticos Artificiais”; AA – Biótopo “Área Agrícola”; AEa – Biótopo “Aglomerados e Estruturas Artificiais Dispersas”. INVERTEBRADOS Espécie Biótopo(s) de ocorrência UICN DH Berna EC DG DP EBg C R M A H EB ER VEE 0 8 2 10 0 3 3 0 6 0 3 10 19 0 26,52 FF, FR 0 0 0 0 6 0 6 0 8 0 5 5 18 0 17,04 FF, P, Coleópteros Lucanidae Lucanus cervus (Linnaeus) Lepidópteros Limacodidae Hoyosia codeti (Oberthϋr) Cossidae Cossus cossus (Linnaeus) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 5 13 0 6,11 FF, FR, AA Zeuzera pyrina (Linnaeus) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 5 13 0 6,11 FF, FR, AA Lasiocampa quercus (Linnaeus) 0 0 0 0 0 3 3 0 8 0 0 0 8 0 8,05 Pachygastria trifolii (Denis & Schiffermϋller) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 3 0 11 0 5,17 8 0 0 8 0 3 3 0 8 0 3 10 21 0 24,80 Agrius convolvuli (Hϋbner) 0 0 0 0 0 0 0 10 8 5 3 0 26 0 12,22 Mimas tiliae (Linnaeus) 0 0 0 0 0 3 3 0 8 0 0 5 13 0 10,40 Laothoe populi (Linnaeus) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 3 5 16 0 7,52 Hyles lineata livornica (Esper) 0 0 0 0 0 3 3 10 8 5 0 0 23 0 15,10 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 8 0 3,76 Lycaena phlaeas (Linnaeus) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 5 0 13 0 6,11 Callophrys rubi (Linnaeus) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 8 0 3,76 Lasiocampidae Phyllodesma ilicifolia (Hϋbner) Sphingidae FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, FR FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, FR, AA FF, FR, AA FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa Hesperiidae Thymelicus flavus (Brϋnnich) FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa Lycaenidae FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa 1ª Fase – Relatório de Caracterização 150 Plano de Ordenamento da APPSA FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa Syntarucus pirithous Linnaeus) 0 0 0 0 4 0 4 0 8 0 0 0 8 0 9,48 Aricia agestis (Denis & Schiffermϋller) 0 0 0 0 0 3 3 0 8 0 3 0 11 0 9,46 Nymphalidae Libythea celtis (Laicharting) Nymphalis antiopa (Linnaeus) 0 0 0 0 4 6 10 0 8 0 5 10 23 0 25,11 FF 0 0 0 0 0 6 6 0 8 0 3 10 21 0 18,45 FF, FR Inachis io (Linnaeus) 0 0 0 0 0 3 3 0 8 0 5 5 18 0 12,75 0 0 0 0 0 0 0 10 8 5 5 5 33 0 15,51 0 0 0 0 0 0 0 10 8 5 3 5 31 0 14,57 0 0 0 0 0 3 3 0 8 0 3 5 16 0 11,81 0 0 0 0 0 3 3 0 8 0 5 0 13 0 10,40 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 5 10 23 0 10,81 FF 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 5 10 23 0 10,81 FF Issoria lathonia (Linnaeus) 0 0 0 0 0 3 3 10 8 5 5 0 28 0 17,45 Mellicta athalia (Rottemburg) 0 0 0 0 0 3 3 0 8 0 3 0 11 0 9,46 0 8 5 13 0 0 0 0 8 0 0 0 8 0 21,05 0 0 0 0 6 3 9 0 8 0 5 10 23 0 23,68 Hipparchia alcyone (Denis & Schiffermϋller) 0 0 0 0 0 3 3 0 8 0 3 0 11 0 9,46 Hipparchia semele (Linnaeus) 0 0 0 0 0 3 3 0 8 0 3 0 11 0 9,46 Hipparchia statilinus (Hufnagel) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 3 0 11 0 5,17 Melanargia lachesis (Hϋbner) 0 0 0 0 10 0 10 0 8 0 3 0 11 0 19,47 Melanargia ines (Hoffmannseg) 0 0 0 0 8 3 11 0 8 0 3 0 11 0 20,9 Maniola jurtina (Linnaeus) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 3 0 11 0 5,17 Pyronia tithonus (Linnaeus) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 3 0 11 0 5,17 Pyronia bathseba (Fabricius) 0 0 0 0 8 0 8 0 8 0 3 0 11 0 16,61 Pyronia cecilia (Vallantin) 0 0 0 0 4 0 4 0 8 0 3 0 11 0 10,89 Coenonympha pamphilus (Linnaeus) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 3 0 11 0 5,17 Coenonympha dorus (Esper) 0 0 0 0 6 0 6 0 8 0 3 0 11 0 13,75 Coenonympha arcania (Linnaeus) 0 0 0 0 0 6 6 0 8 0 3 0 11 0 13,75 Pararge aegeria (Linnaeus) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 3 0 11 0 5,17 0 0 0 0 0 0 0 10 8 5 3 0 26 0 12,22 Vanessa atalanta (Linnaeus) Vanessa cardui (Linnaeus) Polygonia c-album (Linnaeus) Argynnis paphia (Linnaeus) Pandoriana pandora (Denis & Schiffermϋller) Fabriciana adippe (Denis & Schiffermϋller) Eurodryas aurinia (Rottemburg) Limenitis reducta (Staudinger) Satyridae FF, O, FR, AA, AEa FF, O, FR, AA, AEa FF, O, FR, AA, AEa FF, O, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, FR FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa Pieridae Pieris brassicae (Linnaeus) FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa 1ª Fase – Relatório de Caracterização 151 Plano de Ordenamento da APPSA FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa Artogeia napi (Linnaeus) 0 0 0 0 0 3 3 0 8 0 3 0 11 0 9,46 Artogeia rapae (Linnaeus) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 3 0 11 0 5,17 Pontia daplidice (Linnaeus) 0 0 0 0 0 0 0 10 8 5 3 0 26 0 12,22 Anthocaris cardamines (Linnaeus) 0 0 0 0 0 3 3 0 8 0 3 0 11 0 9,46 0 0 0 0 0 0 0 10 8 5 3 0 26 0 12,22 0 0 0 0 0 3 3 0 8 0 5 10 23 0 15,10 FF, FR 0 0 0 0 1 3 4 0 8 0 3 5 16 0 13,24 FF, O, FR, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 3 5 16 0 7,52 FF, AA Zygaena trifolii (Esper) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 5 5 18 0 8,46 FF, O, FR, AA Drepanidae Drepana uncinula (Borkhausen) Drepana curvatula (Borkhausen) 0 0 0 0 4 0 4 0 8 0 5 10 23 0 16,53 FF 0 0 0 0 0 0 0 10 8 5 3 10 36 0 16,92 FF, FR Cilix glaucata (Scopoli) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 3 0 11 0 5,17 FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa Cosmorhoe ocellata (Linnaeus) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 5 0 13 0 6,11 Gymnoscelis rufifasciata (Haworth) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 8 0 3,76 Chloroclystis v-ata (Haworth) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 8 0 3,76 Perizoma didymata (Linnaeus) 0 0 0 0 1 0 1 0 8 0 0 0 8 0 5,19 Epirrhoe rivata (Hϋbner) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 5 0 13 0 6,11 Camptogramma bilineata (Linnaeus) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 8 0 3,76 Chesias legatella (Denis & Schiffermϋller) 0 0 0 0 6 0 6 0 8 0 5 5 18 0 17,04 P, MA Aplocera efformata (Guenée) 0 0 0 0 4 0 4 0 8 0 5 0 13 0 11,83 FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa Colias croceus (Geoffrey en Fourcroy) Gonopteryx rhamni (Linnaeus) Leptidia sinapis (Linnaeus) Papilionidae Iphiclides podalarius (Linnaeus) Zygaenidae Geometridae Rhodometra sacraria (Linnaeus) Idaea ochrata (Scopoli) FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa 0 0 0 0 0 0 0 10 8 5 5 5 33 0 15,51 FF, FR, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 5 5 18 0 8,46 Idaea moniliata (Denis & Schiffermϋller) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 5 0 13 0 6,11 Idaea circuitaria (Hϋbner) 0 0 0 0 4 0 4 0 8 0 0 0 8 0 9,48 Idaea elongaria (Rambur) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 8 0 3,76 FF, FR, AA FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 5 5 18 0 8,46 Idaea subsericeata (Haworth) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 3 0 11 0 5,17 Idaea contiguaria (Hϋbner) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 3 0 11 0 5,17 Idaea aversata (Linnaeus) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 3 0 11 0 5,17 Idaea seriata (Schrank) FF, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa 1ª Fase – Relatório de Caracterização 152 Plano de Ordenamento da APPSA 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 3 0 11 0 5,17 FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa 0 0 0 0 4 0 4 10 8 5 5 10 38 0 23,58 FF 0 0 0 0 4 0 4 0 8 0 5 10 23 0 16,53 FF, FR 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 10 18 0 8,46 AEa 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 8 0 3,76 FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa 0 0 0 0 4 0 4 0 8 0 3 5 16 0 13,24 FF, P, MA 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 5 10 23 0 10,81 FF, FR 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 3 10 21 0 9,87 FF, FR 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 5 0 13 0 6,11 FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 3 10 21 0 9,87 FF, FR 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 5 5 18 0 8,46 P, MB 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 3 5 16 0 7,52 FF, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 3 10 21 0 9,87 FF, FR 0 0 0 0 1 0 1 0 8 0 0 5 13 0 7,54 FF, FR, AA 0 0 0 0 4 0 4 0 8 0 3 0 11 0 10,89 FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 3 5 16 0 7,52 FF, FR, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 5 10 23 0 10,81 FF, FR, Peribatodes rhomboidaria (Denis & Schiffermϋller) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 3 0 11 0 5,17 FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa Peribatodes umbraria (Hϋbner) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 5 10 23 0 10,81 FF Selidosema brunnearia (Villers) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 3 0 11 0 5,17 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 3 0 11 0 5,17 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 5 13 0 6,11 FF, FR, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 5 13 0 6,11 P, MB 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 3 0 11 0 5,17 FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa 0 0 3 3 0 8 0 3 5 16 0 11,81 FF, FR, AA Idaea degeneraria (Hϋbner) Cyclophora puppilaria (Hϋbner) Cyclophora punctaria (Linnaeus) Scopula marginepunctata (Goeze) Scopula imitaria (Hϋbner) Rhodostrophia calabra (Petagna) Stegania trimaculata (Villers) Semiothisa notata (Linnaeus) Petrophora chlorosata (Scopoli) Plagodis dolabraria (Linnaeus) Pachycnemia hippocastanaria (Hϋbner) Opistograptis luteolata (Linnaeus) Ennomos erosaria (Denis & Schiffermϋller) Crocallis elinguaria (Linnaeus) Ourapteryx sambucaria (Linnaeus) Biston betularia (Linnaeus) Menophra abruptaria (Thunberg) Cleorodes lichenaria (Hufnagel) Serraca punctinalis (Scopoli) Ematurga atomaria (Linnaeus) Tephronia sepiaria (Hufnagel) FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa Campaea margaritata (Linnaeus) Dyscia fagaria (Thunberg) Pseudoterpna coronillaria (Hϋbner) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 3 10 21 0 9,87 MB 0 0 0 0 4 0 4 0 8 0 3 5 16 0 13,24 FF, P, MA Hemithea aestivaria (Hϋbner) 0 0 0 0 0 3 3 0 8 0 0 0 8 0 8,05 FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 5 0 13 0 6,11 FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 5 10 23 0 10,81 P Thaumetopoea herculeana (Rambur) 0 0 0 0 8 0 8 0 8 0 3 0 11 0 16,61 FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa Notodontidae Phalera bucephala (Linnaeus) Cerura iberica (Templado et Ortiz) 0 0 0 0 0 3 3 10 8 5 0 5 28 0 17,45 FF, FR, AA 0 0 0 0 10 0 10 0 8 0 5 10 23 0 25,11 FF, FR Thyatiridae Thyatira batis (Linnaeus) Thaumetopoeidae Thaumetopoea pityocampa (Denis & Schiffermϋller) 1ª Fase – Relatório de Caracterização 153 Plano de Ordenamento da APPSA Stauropus fagi (Linnaeus) Drymonia querna (Fabricius) Harpyia milhauseri (Fabricius) Lymantridae Porthetria dispar (Linnaeus) Lymantria monacha (Linnaeus) Ocneria rubea (Fabricius) Euproctis chrysorrhoea (Linnaeus) Arctiidae Apaidia mesogona (Godart) 0 0 0 0 0 6 6 0 8 0 0 5 13 0 14,69 FF, FR, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 5 10 23 0 10,81 FF 0 0 0 0 0 6 6 0 8 0 3 10 21 0 18,45 FF, FR 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 5 13 0 6,11 FF, FR, AA 0 0 0 0 0 3 3 10 8 5 0 5 28 0 17,45 FF, P 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 3 10 21 0 9,87 FF, FR 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 5 13 0 6,11 FF, FR, AA 0 0 0 0 8 0 8 0 8 0 3 5 16 0 18,96 Paidia murina (Hϋbner) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 3 0 11 0 5,17 Milthochrista miniata (Forster) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 3 0 11 0 5,17 Systropha sororcula (Hufnagel) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 3 0 11 0 5,17 Eilema complana (Linnaeus) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 3 0 11 0 5,17 Eilema caniola (Hϋbner) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 3 0 11 0 5,17 Eilema uniola (Rambur) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 3 0 11 0 5,17 Coscinia cribaria (Linnaeus) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 8 0 3,76 Phragmatobia fuliginosa (Linnaeus) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 8 0 3,76 Cymbalophora pudica (Esper) 0 0 0 0 4 0 4 0 8 0 3 0 11 0 10,89 Spilarctia lubricepeda (Linnaeus) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 8 0 3,76 Spilosoma lutea (Hufnagel) 0 0 0 0 0 3 3 0 8 0 0 0 8 0 8,05 Arctia villica (Linnaeus) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 8 0 3,76 Euplagia quadripunctaria (Poda) 0 10 0 10 0 0 0 10 8 5 0 0 23 0 24,11 Euxoa obelisca (Denis & Schiffermϋller) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 8 0 3,76 Agrotis segetum (Denis & Schiffermϋller) 0 0 0 0 0 0 0 10 8 5 0 0 23 0 10,81 Agrotis exclamationis (Linnaeus) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 8 0 3,76 Agrotis trux (Hϋbner) 0 0 0 0 0 3 3 0 8 0 0 0 8 0 8,05 Agrotis ipsilon (Hufnagel) 0 0 0 0 0 0 0 10 8 5 0 0 23 0 10,81 Agrotis crassa (Hϋbner) 0 0 0 0 4 3 7 0 8 0 0 0 8 0 13,77 Ochropleura leucogaster (Freyer) 0 0 0 0 0 0 0 10 8 5 5 5 33 0 15,51 Noctua pronuba (Linnaeus) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 8 0 3,76 Noctua orbona (Hufnagel) 0 0 0 0 0 3 3 0 8 0 0 0 8 0 8,05 FF, MB FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa Noctuidae FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa P, MA, MB FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa 1ª Fase – Relatório de Caracterização 154 Plano de Ordenamento da APPSA Noctua comes (Hϋbner) 0 0 0 0 0 3 3 0 8 0 0 0 8 0 8,05 Noctua fimbriata (Schreber) 0 0 0 0 0 6 6 0 8 0 0 0 8 0 12,34 Noctua janthina (Denis & Schiffermϋller) 0 0 0 0 0 3 3 0 8 0 0 0 8 0 8,05 Noctua interjecta (Hϋbner) 0 0 0 0 0 6 6 0 8 0 0 0 8 0 12,34 Epilecta linogrisea (Denis & Schiffermϋller) 0 0 0 0 0 6 6 0 8 0 0 0 8 0 12,34 Paradiarsia glareosa (Esper) 0 0 0 0 0 3 3 0 8 0 0 0 8 0 8,05 Lycophotia porphyrea (Denis & Schiffermϋller) 0 0 0 0 0 6 6 0 8 0 3 5 16 0 16,10 Peridroma saucia (Hϋbner) 0 0 0 0 0 0 0 10 8 5 0 0 23 0 10,81 Diarsia guadarramensis (Boursin) 0 0 0 0 4 0 4 0 8 0 5 0 13 0 11,83 Xestia c-nigrum (Linnaeus) 0 0 0 0 0 0 0 10 8 5 3 0 26 0 12,22 Xestia baja (Denis & Schiffermϋller) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 8 0 3,76 Xestia xantographa (Denis & Schiffermϋller) 0 0 0 0 0 3 3 0 8 0 0 0 8 0 8,05 Xestia agathina (Duponchel) 0 0 0 0 0 6 6 0 8 0 5 5 18 0 17,04 Heliothis armigera (Hϋbner) 0 0 0 0 0 0 0 10 8 5 0 0 23 0 10,81 Axylia putris (Linnaeus) 0 0 0 0 0 3 3 0 8 0 0 0 8 0 8,05 Anarta myrtilli (Linnaeus) 0 0 0 0 1 0 1 0 8 0 5 5 18 0 9,89 Lacanobia w-latinum (Hufnagel) 0 0 0 0 0 3 3 0 8 0 0 0 8 0 8,05 Lacanobia oleracea (Linnaeus) 0 0 0 0 0 3 3 0 8 0 0 0 8 0 8,05 Hecatera cf bicolorata (Hufnagel) 0 0 0 0 0 3 3 0 8 0 3 0 11 0 9,46 Hadena rivularis (Fabricius) 0 0 0 0 0 6 6 0 8 0 3 0 11 0 13,75 Hadena confusa (Hufnagel) 0 0 0 0 0 3 3 0 8 0 3 0 11 0 9,46 Mythimna ferrago (Fabricius) 0 0 0 0 0 3 3 0 8 0 0 0 8 0 8,05 Mythimna albipuncta (Denis & Schiffermϋller) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 3 0 11 0 5,17 Mythimna vitellina (Hϋbner) 0 0 0 0 0 0 0 10 8 5 3 0 26 0 12,22 Mythimna l-album (Linnaeus) 0 0 0 0 0 0 0 10 8 5 3 0 26 0 12,22 Mythimna sicula scirpi (Duponchel) 0 0 0 0 0 3 3 0 8 0 3 0 11 0 9,46 Mythimna putrescens (Hϋbner) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 3 0 11 0 5,17 Mythimna loreyi (Duponchel) 0 0 0 0 0 3 3 0 8 0 3 0 11 0 9,46 Calophasia platyptera (Esper) 0 0 0 0 0 3 3 0 8 0 5 0 13 0 10,40 FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa P, MB FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa P, MB FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa P, MB FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa 1ª Fase – Relatório de Caracterização 155 Plano de Ordenamento da APPSA FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa Leucochlaena oditis (Hϋbner) 0 0 0 0 8 3 11 0 8 0 3 0 11 0 20,90 Aporophyla nigra (Haworth) 0 0 0 0 0 3 3 0 8 0 0 0 8 0 8,05 Trigonophora flammea (Esper) 0 0 0 0 4 6 10 0 8 0 3 0 11 0 19,47 Polymixis flavicincta (Denis & Schiffermϋller) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 3 0 11 0 5,17 Polymixis dubia (Duponchel) 0 0 0 0 8 6 14 0 8 0 0 0 8 0 23,78 Agrochola haematidea (Duponchel) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 5 10 23 0 10,81 Agrochola lychnidis (Denis & Schiffermϋller) 0 0 0 0 0 3 3 0 8 0 0 0 8 0 8,05 Omphaloscelis lunosa (Haworth) 0 0 0 0 0 3 3 0 8 0 3 0 11 0 9,46 0 0 0 0 0 6 6 0 8 0 3 10 21 0 18,45 FF, FR 0 0 0 0 0 6 6 0 8 0 5 10 23 0 19,39 FF 0 0 0 0 0 6 6 0 8 0 0 5 13 0 14,69 FF, FR, AA FF, FR, AA FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa Colocasia coryli (Linnaeus) Moma alpium (Osbeck) Acronicta aceris (Linnaeus) Acronicta psi (Linnaeus) MB FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa 0 0 0 0 0 3 3 0 8 0 0 5 13 0 10,40 Acronicta euphorbiae (Denis & Schiffermϋller) 0 0 0 0 0 6 6 0 8 0 3 0 11 0 13,75 Acronicta rumicis (Linnaeus) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 8 0 3,76 Cryphia ravula (Hϋbner) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 3 0 11 0 5,17 Cryphia ereptricula (Treitschke) 0 0 0 0 0 6 6 0 8 0 3 0 11 0 13,75 Cryphia muralis (Forster) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 3 0 11 0 5,17 5 13 0 14,69 FF, FR, AA Amphipyra pyramidea (Linnaeus) Mormo maura (Linnaeus) Polyphaenis sericata (Esper) 0 0 0 0 0 6 6 0 8 0 0 0 0 0 0 0 3 3 0 8 0 3 5 16 0 11,81 FF, FR, AA 0 0 0 0 0 6 6 0 8 0 5 10 23 0 19,39 FF, FR Euplexia lucipara (Linnaeus) 0 0 0 0 0 6 6 0 8 0 0 0 8 0 12,34 Phlogophora meticulosa (Linnaeus) 0 0 0 0 0 3 3 10 8 5 0 0 23 0 15,10 Callopristia juventina (Stoll) 0 0 0 0 0 6 6 0 8 0 5 0 13 0 14,69 Actinotia hyperici (Denis & Schiffermϋller) 0 0 0 0 0 6 6 0 8 0 5 0 13 0 14,69 Mesoligia furuncula (Denis & Schiffermϋller) 0 0 0 0 0 6 6 0 8 0 3 0 11 0 13,75 Mesapamea secalis (Linnaeus) 0 0 0 0 0 6 6 0 8 0 3 0 11 0 13,75 Luperina testacea (Denis & Schiffermϋller) 0 0 0 0 0 6 6 0 8 0 3 0 11 0 13,75 Sesamia nonagrioides (Lefebvre) 0 0 0 0 0 3 3 0 8 0 5 10 23 0 15,10 Hoplodrina alsines (Braham) 0 0 0 0 0 6 6 0 8 0 0 0 8 0 12,34 Hoplodrina ambigua (Denis & Schiffermϋller) 0 0 0 0 0 3 3 0 8 0 0 0 8 0 8,05 Stilbia cf anomala (Haworth) 0 0 0 0 0 6 6 0 8 0 3 0 11 0 13,75 FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa AA FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa 1ª Fase – Relatório de Caracterização 156 Plano de Ordenamento da APPSA 0 0 0 0 0 3 3 0 8 0 3 0 11 0 9,46 FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa 0 0 0 0 0 6 6 0 8 0 5 10 23 0 19,39 FR 0 0 0 0 0 6 6 0 8 0 5 10 23 0 19,39 FF, FR 0 0 0 0 0 6 6 0 8 0 5 5 18 0 17,04 Macdunnoughia confusa (Stephens) 0 0 0 0 4 3 7 10 8 5 3 0 26 0 22,23 Autographa gamma (Linnaeus) 0 0 0 0 0 0 0 10 8 5 0 0 23 0 10,81 Elaphria venustula (Hϋbner) Earias cf vernana (Hϋbner) Earias cf clorana (Linnaeus) Diachrysia chrysitis (Linnaeus) Catocala conjuncta (Esper) Catocala elocata (Esper) FF, O, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa 0 0 0 0 4 3 7 0 8 0 5 10 23 0 20,82 0 0 0 0 0 3 3 0 8 0 5 10 23 0 15,10 FF FF, FR Catocala optata (Godart) Catocala cf nymphagoga (Esper) 0 0 0 0 4 6 10 0 8 0 5 10 23 0 25,11 FF, FR 0 0 0 0 0 3 3 0 8 0 5 10 23 0 15,10 FF Ophiusa tirhaca (Cramer) 0 0 0 0 4 6 10 10 8 5 3 5 31 0 28,87 Dysgonia algira (Linnaeus) 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 3 0 11 0 5,17 Phytometra viridaria (Clerck) 0 0 0 0 0 6 6 0 8 0 5 5 18 0 17,04 FF, P, MA, MB FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa FF, P, O, MA, MB, AA VERTEBRADOS LV UICN DH/ DA Berna EC DG DP EBg C R M A H EB ER VEE Biótopo(s) de ocorrência 8 6 8 5 27 10 3 13 5 10 0 3 10 28 0 63,32 FR 0 0 0 2 2 0 0 0 0 0 0 0 5 5 0 4,70 FF, AA 0 0 0 2 2 0 0 0 5 10 0 0 5 20 0 12,50 FR Triturus boscai (Lataste) (Tritão-de-ventre-laranja) 0 6 0 2 8 10 0 10 0 0 0 3 5 8 0 28,26 FF, O, AA 0 6 0 2 8 10 0 10 10 10 0 3 5 28 0 38,66 FR Triturus marmoratus (Latreille) (Tritão-marmoreado) Discoglossidae Alytes obstetricans (Laurenti) (Sapo-parteiro) Bufonidae 0 0 6 2 8 10 0 10 0 0 0 0 5 5 0 26,70 FF, AA, AEa 0 0 6 2 8 10 0 10 10 10 0 0 5 25 0 37,10 FR 0 0 6 5 11 4 3 7 0 0 0 3 5 8 0 26,70 FF, O, AU, AA 0 0 6 5 11 4 3 7 5 10 0 3 5 23 0 34,50 FR Bufo bufo (Linnaeus) (Sapo) 0 0 0 2 2 0 0 0 0 0 0 3 5 8 0 6,26 FF, O, AA, AEa 0 0 0 2 2 0 0 0 5 10 0 3 5 23 0 14,06 FR 0 6 6 5 17 10 3 13 0 10 0 3 10 23 0 50,22 FR 0 0 0 2 2 4 3 7 0 6 0 3 0 9 0 17,77 FF, P, O, MB, AA, AEa 0 6 8 5 19 10 3 13 0 8 0 3 5 16 0 48,68 FF, FR, AA 0 0 0 5 5 6 0 6 0 8 0 0 0 8 0 18,83 FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa 0 0 0 2 2 10 6 16 0 8 0 3 0 11 0 32,94 FF, P, O, MA, MB, FR, AEa 0 0 0 2 2 8 0 8 0 8 0 0 0 8 0 18,82 FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa Espécie Anfíbios Salamandridae Chioglossa lusitanica (Bocage) (Salamandra-lusitânica) Salamandra salamandra (Linnaeus) (Salamandra -de-pintasamarelas) Ranidae Rana iberica (Boulenger) (Rã-ibérica) Répteis Gekkonidae Tarentola mauritanica (Linnaeus) (Osga) Lacertidae Lacerta schreiberi (Bedriaga) (Lagarto-de-água) Lacerta lepida (Daudin) (Sardão) Podarcis bocagei (Seoane) (Lagartixa-de-Bocage) Psammodromus algirus (Linnaeus) (Lagartixa-do-mato) 1ª Fase – Relatório de Caracterização 157 Plano de Ordenamento da APPSA Anguidae Anguis fragilis (Linnaeus) (Licranço) Amphisbaenidae Blanus cinereus (Vandelli) (Cobra-cega) Colubridae Malpolon monspessulanus (Hermann) (Cobra-rateira) Coronella girondica (Daudin) (Cobra-lisa-bordalesa) Natrix natrix (Linnaeus) (Cobra-de-água-decolar) Viperidae Vipera latastei (Boscá) (Víbora-cornuda) Aves Accipitridae Circus pygargus (Linnaeus) (Águia-caçadeira) Buteo buteo (Linnaeus) (Águia-de-asa-redonda) Accipiter nisus (Linnaeus) (Gavião) Accipiter gentilis (Linnaeus) (Açor) Phasianidae Alectoris rufa (Linnaeus) (Perdiz) Columbidae Columba palumbus (Linnaeus) (Pombo-torcaz) Streptopelia turtur (Linnaeus) (Rola-brava) Cuculidae Cuculus canorus (Linnaeus) (Cuco) Strigidae Strix aluco (Linnaeus) (Coruja-do-mato) Asio flammeus (Pontoppidan) (Coruja-do-nabal) Athene noctua (Scopoli) (Mocho-galego) Apodidae Apus apus (Linnaeus) (Andorinhão-preto) Alcedinidae Alcedo athis (Linnaeus) (Guarda-rios) Picidae Picus viridis (Linnaeus) (Peto-real) Dendrocopos major (Linnaeus) (Pica-pau-malhado) Hirundinidae Ptyonoprogne rupestris (Scopoli) (Andorinha-das-rochas) Hirundo rustica (Linnaeus) (Andorinha-daschaminés) 0 0 0 2 2 1 3 4 0 8 0 0 5 13 0 15,14 FF, P, AA 0 0 0 2 2 10 3 13 0 8 0 3 5 16 0 30,83 P, O, AA 0 0 0 2 2 4 0 4 0 8 0 3 0 11 0 14,10 FF, P, O, MA, MB, FR, AA 0 0 0 2 2 4 3 7 0 8 0 3 5 16 0 21,41 P, MA, MB 0 0 0 2 2 0 0 0 0 8 0 0 5 13 0 8,86 FF, MA, FR, AA 8 0 0 5 13 8 3 11 0 8 0 0 5 13 0 37,68 P, O, MA, MB, AA 10 0 8 5 23 0 0 0 5 0 5 0 5 15 0 31,95 MB 0 0 0 5 5 0 0 0 0 10 0 0 5 15 0 13,05 P, O 0 0 0 5 5 0 0 0 0 10 0 3 5 18 0 14,61 FF, P 0 0 0 5 5 0 0 0 0 0 0 3 5 8 0 9,41 O 8 0 0 5 13 0 3 3 0 10 5 0 5 20 0 28,76 FF, P 8 0 0 5 13 0 3 3 0 0 5 0 5 10 0 23,56 O 0 0 0 2 2 4 0 4 0 10 0 0 5 15 0 16,18 MA, MB, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 10 0 3 5 18 0 9,36 FF, P 0 0 0 2 2 0 0 0 0 10 5 3 5 23 0 14,06 FF, P, O 0 0 0 2 2 0 0 0 5 10 5 5 5 30 0 17,70 MA, AA 0 0 0 5 5 0 0 0 0 10 0 3 5 18 0 14,61 FF 0 0 0 5 5 0 0 0 0 8 0 3 5 16 0 13,57 P, O 8 0 8 5 21 0 0 0 5 0 5 5 10 25 0 35,05 AA 0 0 0 5 5 0 0 0 0 10 0 0 5 15 0 13,05 O, AA 0 0 0 2 2 0 0 0 5 10 5 3 5 28 0 16,66 AEa 0 0 0 2 2 0 0 0 5 8 5 3 5 26 0 15,62 MA, AA 0 0 8 5 13 0 0 0 0 0 0 5 10 15 0 21,45 FR 0 0 0 5 5 1 0 1 0 10 0 5 5 20 0 17,22 FF, P, O 0 0 0 5 5 0 0 0 0 10 0 0 5 15 0 13,05 FF, P, O 0 0 0 5 5 4 0 4 0 10 0 3 5 18 0 20,89 AEa 0 0 0 5 5 4 0 4 0 0 0 3 5 8 0 15,69 MA, AA 0 0 0 5 5 0 0 0 5 10 5 3 5 28 0 19,81 AEa 0 0 0 5 5 0 0 0 5 0 5 3 5 18 0 14,61 MA, AA 1ª Fase – Relatório de Caracterização 158 Plano de Ordenamento da APPSA Delichon urbica (Linnaeus) (Andorinha-dos-beirais) Motacillidae Anthus pratensis (Linnaeus) (Petinha-dos-prados) Anthus trivialis (Linnaeus) (Petinha-das-árvores) Motacilla alba (Linnaeus) (Alvéola-branca) Motacilla cinerea (Tunstall) (Alvéola-cinzenta) Troglodytidae Troglodytes troglodytes (Linnaeus) (Carriça) Cinclidae Cinclus cinclus (Linnaeus) (Melro-d'água) Prunellidae Prunella modularis (Linnaeus) (Ferreirinha) Turdidae Erithacus rubecula (Linnaeus) (Pisco-de-peito-ruivo) Luscinia megarhynchos (C. L. Brehm) (Rouxinol) Phoenicurus ochruros (S. G. Gmelin) (Rabirruivo) Saxicola torquata (Linnaeus) (Cartaxo-comum) Turdus philomelos (C. L. Brehm) (Tordo-pinto) Turdus iliacus (Linnaeus) (Tordo-ruivo) Turdus merula (Linnaeus) (Melro) Sylviidae Sylvia borin (Boddaert) (Toutinegra-de-barrete) Sylvia atricapilla (Linnaeus) (Toutinegra-de-barrete) Sylvia melanocephala (J. F. Gmelin) (Toutinegra-dos-valados) Sylvia undata (Boddaert) (Toutinegra-do-mato) Cettia cetti (Temminck) (Rouxinol-bravo) Phylloscopus trochilus (Linnaeus) (Rouxinol-bravo) Phylloscopus collybita (Vieillot) (Felosinha) Phylloscopus ibericus (Ticehurst) (Felosinha-ibérica) Regulus ignicapillus (Temminck) (Estrelinha-real) Muscicapidae Muscicapa striata (Pallas) (Taralhão-cinzento) Ficedula hypoleuca (Pallas) (Papa-moscas) 0 0 0 5 5 0 0 0 5 10 5 3 5 28 0 19,81 AEa 0 0 0 5 5 0 0 0 5 0 5 3 5 18 0 14,61 MA, AA 0 0 0 5 5 0 6 6 5 0 5 3 5 18 0 24,03 MB, AA 6 0 0 5 11 0 6 6 5 0 5 3 5 18 0 30,33 FF, MB, AA 0 0 0 5 5 0 0 0 0 10 0 3 5 18 0 14,61 AA, AEa 0 0 0 5 5 0 0 0 0 10 0 3 5 18 0 14,61 FR 0 0 0 5 5 0 0 0 0 8 0 3 5 16 0 13,57 AA 0 0 0 5 5 0 0 0 0 10 0 3 5 18 0 14,61 FF, P, O, MA, MB, AA 0 0 0 5 5 0 6 6 0 10 0 5 10 25 5 35,57 FR 0 0 0 5 5 1 6 7 0 10 0 3 5 18 0 25,60 MA, MB 0 0 0 5 5 1 6 7 0 0 0 3 10 13 0 23,00 FF 0 0 0 5 5 0 0 0 0 10 0 0 5 15 0 13,05 FF, P, O, MA, FR 0 0 0 5 5 0 0 0 5 10 5 5 5 30 0 20,85 FF, O, AA 0 0 0 5 5 0 0 0 5 0 5 5 5 20 0 15,65 P 0 0 0 5 5 0 0 0 0 10 0 3 10 23 0 17,21 AU 0 0 0 5 5 0 0 0 0 10 0 3 5 18 0 14,61 MA, MB, AA 0 0 0 2 2 0 0 0 5 0 5 3 5 18 0 11,46 FF, P, O, AA 0 0 0 2 2 0 0 0 5 0 5 3 5 18 0 11,46 FF, P, O, AA 0 0 0 2 2 0 0 0 0 10 0 0 5 15 0 9,90 FF, P, O, AA 8 0 0 5 13 0 6 6 5 0 5 3 5 18 0 32,43 FF, O, AA 0 0 0 5 5 0 0 0 0 10 0 3 5 18 0 14,61 FF, P, O, MA, FR, AA 0 0 0 5 5 4 0 4 0 10 0 3 5 18 0 20,89 MA, MB, AA 0 0 8 5 13 4 0 4 0 10 0 3 10 23 0 31,89 MB 0 0 0 5 5 4 0 4 0 0 0 3 10 13 0 18,29 FR 0 0 0 5 5 0 6 6 5 0 5 3 5 18 0 24,03 FF, P, O 0 0 0 5 5 0 0 0 5 0 5 3 5 18 0 14,61 FF, P, O 0 0 0 5 5 10 0 10 0 6 5 3 10 24 0 33,43 FR 0 0 0 5 5 0 3 3 0 10 0 3 5 18 0 19,32 FF, P, O 6 0 0 5 11 0 0 0 5 0 5 3 5 18 0 20,91 FF, P, O, AA 6 0 0 5 11 0 6 6 5 0 5 3 5 18 0 30,33 FF, P, O, AA 1ª Fase – Relatório de Caracterização 159 Plano de Ordenamento da APPSA Paridae Parus major (Linnaeus) (Chapim-real) Parus ater (Linnaeus) (Chapim-carvoeiro) Parus caeruleus (Linnaeus) (Chapim-azul) Parus cristatus (Linnaeus) (Chapim-de-poupa) Aegithalidae Aegithalos caudatus (Linnaeus) (Chapim-rabilongo) Sittidae Sitta europaea (Linnaeus) (Trepadeira-azul) Certhiidae Certhia brachydactyla (C. L. Brehm) (Trepadeira) Corvidae Garrulus glandarius (Linnaeus) (Gaio) Corvus corone (Linnaeus) (Gralha-preta) Sturnidae Sturnus unicolor (Temminck) (Estorninho-preto) Passeridae Passer domesticus (Linnaeus) (Pardal) Fringillidae Fringilla coelebs (Linnaeus) (Tentilhão) Fringilla montifringilla (Linnaeus) (Tentilhão-montês) Carduelis carduelis (Linnaeus) (Pintassilgo) Carduelis chloris (Linnaeus) (Verdilhão) Carduelis spinus (Linnaeus) (Lugre) Serinus serinus (Linnaeus) (Milheirinha) Pyrrhula pyrrhula (Linnaeus) (Dom-fafe) Emberizidae Emberiza hortulana (Linnaeus) (Sombria) Emberiza cirlus (Linnaeus) (Escrevedeira) Emberiza cia (Linnaeus) (Cia) Mamíferos Erinaceidae Erinaceus europeus (Linnaeus) (Ouriço-cacheiro) Soricidae Sorex granarius (Miller) (Musaranho-de-dentesvermelhos) 0 0 0 5 5 0 0 0 0 10 0 0 5 15 0 13,05 FF, P, O, AA 0 0 0 5 5 0 3 3 0 10 0 0 5 15 0 17,76 FF, P, O, AA 0 0 0 5 5 0 0 0 0 10 0 3 5 18 0 14,61 FF, P, O, AA 0 0 0 5 5 1 0 1 0 10 0 3 5 18 0 16,18 FF, P 0 0 0 5 5 0 0 0 0 10 0 3 5 18 0 14,61 FF, P, O, AA 0 0 0 5 5 0 3 3 0 10 0 0 5 15 0 17,76 FF, P, O 0 0 0 5 5 0 0 0 0 10 0 0 5 15 0 13,05 FF, P, O 0 0 0 0 0 0 0 0 0 10 0 5 5 20 0 10,40 FF, P, O, MA, FR, AA 0 0 0 0 0 6 0 6 0 6 0 0 5 11 0 15,14 FF, P, O, AA 0 0 0 5 5 8 0 8 0 10 0 0 5 15 0 25,61 FF, O, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 10 0 3 5 18 0 9,36 AA, AEa 0 0 0 2 2 0 0 0 0 10 0 3 5 18 0 11,46 FF, P, O, AA 3 0 0 2 5 0 6 6 5 0 5 3 5 18 0 24,03 FF, P, O, AA 0 0 0 5 5 0 0 0 0 10 0 5 5 20 0 15,65 FF, P, O, AA 0 0 0 5 5 0 0 0 0 10 0 3 5 18 0 14,61 FF, P, O, AA 0 0 0 5 5 0 6 6 5 0 5 3 5 18 0 24,03 FF, P, O, AA 0 0 0 5 5 0 0 0 0 10 0 3 5 18 0 14,61 FF, P, O, AA 0 0 0 2 2 0 6 6 5 0 5 3 5 18 0 20,88 FF, P, O, AA 3 0 8 2 13 0 3 3 10 10 5 0 10 35 5 44,46 MB 0 0 0 5 5 4 0 4 5 10 0 3 5 23 0 23,49 MA, MB 0 0 0 5 5 4 3 7 0 10 0 3 5 18 0 25,60 MA, AA 0 0 0 2 2 0 0 0 0 8 0 0 0 8 0 6,26 0 0 0 2 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2,10 FF, P, O, MA, MB, FR, AA AEa 3 0 0 2 5 10 6 16 0 8 0 3 5 16 0 38,69 FF, FR, AA 1ª Fase – Relatório de Caracterização 160 Plano de Ordenamento da APPSA Crocidura russula (Hermann) (Musaranho-de-dentesbrancos) Talpidae Talpa occidentalis (Cabrera) (Toupeira) Rhinolophidae Rhinolophus hipposideros (Bechstein) (Morcego-de-ferradurapequeno) Vespertilionidae Myotis emarginatus (Geoffroy) (Morcego-lanudo) Myotis nattereri (Kuhl) (Morcego-de-franja) Myotis bechsteinii (Kuhl) (Morcego-de-Bechstein) Myotis daubentonii (Kuhl) (Morcego-de-água) Pipistrellus pipistrellus (Schreber) (Morcego-anão) Pipistrellus kuhli (Kuhl) (Morcego de kuhl) Nyctalus leisleri (Kuhl) (Morcego-arborícolapequeno) Nyctalus lasiopterus/noctula (Schreber) (Morcego-arborícola gigante/grande) Eptesicus serotinus (Schreber) (Morcego-hortelão) 0 0 0 2 2 0 0 0 0 8 0 3 0 11 0 7,82 FF, P, O, MA, MB, AA, AEa 0 0 0 0 0 10 0 10 0 8 0 3 5 16 0 24,02 FF, P, O, FR, AA 8 0 8 5 21 0 0 0 0 0 0 5 0 5 0 24,65 FF, P, O, MA, MB, FR, AA 8 0 8 5 21 0 0 0 10 8 0 5 0 23 0 34,01 AEa 3 8 8 5 24 0 3 3 0 0 0 5 5 10 0 35,11 FF, P, O, FR 3 8 8 5 24 0 3 3 10 6 0 5 5 26 0 43,43 AEa 8 0 6 5 19 0 3 3 5 6 0 3 5 19 0 34,54 FF, P, O, FR 8 0 6 5 19 0 3 3 10 10 0 3 5 28 0 39,22 AEa 10 8 8 5 31 0 6 6 5 8 0 3 5 21 0 52,89 FF, P, O, FR 0 0 6 5 11 0 6 6 0 0 0 5 5 10 0 26,17 35,53 0 0 6 5 11 0 6 6 10 8 0 5 5 28 0 0 0 6 2 8 0 0 0 0 0 0 3 5 8 0 12,56 AA FF, P, O, FR, AEa MB, AA 0 0 6 2 8 0 0 0 5 6 0 3 5 19 0 18,28 FF, P, FR 0 0 6 2 8 0 0 0 10 8 0 3 5 26 0 21,92 AEa 0 0 6 5 11 4 0 4 0 0 0 3 5 8 0 21,99 AA 0 0 6 5 11 4 0 4 5 6 0 3 5 19 0 27,71 FF, P, O, FR 0 0 6 5 11 4 0 4 5 8 0 3 5 21 0 28,75 AEa 3 6 6 5 20 0 6 6 5 6 5 3 5 24 0 42,90 AEa 3 6 6 5 20 0 6 6 5 8 5 3 5 26 0 43,94 FF, P, O, FR 3 6 6 5 20 0 0 0 0 0 5 3 5 13 0 27,76 MA, AA 3 6 6 5 20 0 0 0 5 8 5 3 5 26 0 34,52 FF, P, O, FR, AEa 0 0 6 5 11 0 0 0 0 0 0 3 5 8 0 15,71 MA 0 0 6 5 11 0 0 0 5 6 0 3 5 19 0 21,43 FF, P, FR 0 0 6 5 11 0 0 0 10 8 0 3 5 26 0 25,07 AEa Barbastella barbastellus (Schreber) (Morcego-negro) 3 8 8 5 24 0 6 6 0 0 0 3 0 3 0 36,18 3 8 8 5 24 0 6 6 5 8 0 3 0 16 0 42,94 Plecotus auritus (Fischer) (Morcego-orelhudocastanho) Molossidae Tadarida teniotis (Rafinesque) (Morcego-rabudo) Leporidae Lepus capensis (Linnaeus) (Lebre) Oryctolagus cuniculus (Linnaeus) (Coelho-bravo) Sciuridae Sciurus vulgaris (Linnaeus) (Esquilo-vermelho) Arviculidae Microtus lusitanicus (Gerbe) (Rato-cego) Microtus agrestis (Linnaeus) (Rato-do-campo-derabo-curto) Muridae Apodemus sylvaticus (Linnaeus) (Rato-do-campo) 3 0 6 5 14 0 3 3 0 0 0 3 5 8 0 23,57 MA, MB, AA FF, P, O, FR, AEa AA 3 0 6 5 14 0 3 3 5 8 0 3 5 21 0 30,33 FF, O, FR, AEa 3 0 6 5 14 4 3 7 0 0 0 3 5 8 0 29,85 FF, FR 3 0 6 5 14 4 3 7 5 8 0 3 5 21 0 36,61 AEa 0 0 0 2 2 0 0 0 0 8 0 0 5 13 0 8,86 FF, O, AA 6 0 0 0 6 0 0 0 5 8 0 0 0 13 0 13,06 P, O, MB, MA, AA 0 0 0 2 2 0 6 6 0 8 0 0 5 13 0 18,28 FF, P, FR 0 0 0 2 2 0 6 6 0 0 0 0 5 5 0 14,12 O, AEa 0 0 0 0 0 10 3 13 0 8 0 0 5 13 0 27,17 FF, O, FR, AA 0 0 0 0 0 1 3 4 0 8 0 0 5 13 0 13,04 FF, FR, AA 0 0 0 0 0 1 0 1 0 8 0 0 0 8 0 5,73 FF, P, O, MA, MB, AA 1ª Fase – Relatório de Caracterização 161 Plano de Ordenamento da APPSA Rattus rattus (Linnaeus) (Ratazana-negra) Mus spretus (Lataste) (Ratinho-ruívo/Rato-dashortas) Mus musculus (Linnaeus) (Rato-caseiro) Gliridae Eliomys quercinus (Linnaeus) (Leirão ou rato-dospomares) Canidae Vulpes vulpes (Linnaeus) (Raposa) Mustelidae Mustela nivalis (Linnaeus) (Doninha) Mustela putorius (Linnaeus) (Toirão) Martes foina (Erxleben) (Fuinha) Meles meles (Linnaeus) (Texugo) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 8 0 4,16 FF, P, O, MA, MB, AA, AEa 0 0 0 0 0 8 0 8 0 8 0 0 0 8 0 16,72 FF, P, O, MA, MB, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 5 13 0 6,76 FR, AA, AEa 3 8 0 2 13 0 0 0 0 8 0 0 5 13 0 20,41 P, O, MA, MB, AA, AEa 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 8 0 4,16 FF, P, O, MA, MB, FR, AA 0 0 0 2 2 0 0 0 0 8 0 3 0 11 0 7,82 FF, P, O, MA, MB, FR, AA 3 0 0 2 5 0 0 0 0 8 0 0 5 13 0 12,01 FF, P, O, FR, AA 0 0 0 2 2 0 0 0 0 8 0 0 5 13 0 8,86 FF, P, O, MA, FR, AEa 0 0 0 2 2 0 0 0 0 8 0 0 5 13 0 8,86 FF, O, FR, AA 0 0 0 2 2 8 0 8 0 8 0 0 0 8 0 18,82 FF, P, O, MA, MB, FR, AA, AEa 0 0 0 2 2 8 3 11 0 8 0 0 5 13 0 26,13 FF, P, O, MA, FR 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 0 0 0 6 0 3,12 P, O, MA, MB, AA 0 0 0 0 0 0 0 0 5 8 0 0 0 13 0 6,76 Viverridae Genetta genetta (Linnaeus) (Geneta) Herpestes ichneumon (Linnaeus) (Sacarrabos) Suidae Sus scrofa (Linnaeus) (Javali) FF, FR Elaborou-se, para os dois grupos, invertebrados e vertebrados, uma lista das espécies com VEE’s mais elevados, que serão designados na Valoração Faunística dos Biótopos (etapa B) por VEEa. Dada a flexibilidade da definição do número de espécies a integrar esta lista, de acordo com o Caderno de Encargos, que pode variar entre as 20 a 40 espécies da lista total de espécies ou as primeiras 5 a 10 espécies de cada grupo faunístico com maior valor ecológico, definiram-se, para o presente trabalho, as 15 espécies de invertebrados e as 20 espécies de vertebrados com valor ecológico mais elevado, adiante designadas espécies prioritárias. Atendendo ao EB, o VEE final de uma determinada espécie pode ser diferente consoante o biótopo em causa. Por exemplo, uma espécie pode ocorrer em dois biótopos mas reproduzir-se apenas num. No caso em que a espécie apresenta mais do que um VEE, considerou-se, na elaboração das duas listas de espécies, o VEE mais elevado que a espécie pode atingir, considerando-se os restantes VEE para o cálculo efectivo do Valor Faunístico do Biótopo (VFB). A referida lista das espécies com VEE mais elevado, encontra-se na Tabela 49. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 162 Plano de Ordenamento da APPSA Tabela 49 – Lista de espécies prioritárias (espécies com maior VEE). Invertebrados Espécie Ophiusa tirhaca Lucanus cervus Libythea celtis Cerura iberica Catocala optata Phyllodesma ilicifolia Euplagia quadripunctaria Polymixis dubia Limenitis reducta Cyclophora pupilaria Macdunnoughia confusa Eurodryas aurinia Melanargia ines Leucochlaena oditis Catocala conjuncta Vertebrados VEE máx. 28,87 26,52 25,11 25,11 25,11 24,80 24,11 23,78 23,68 23,58 22,23 21,05 20,90 20,90 20,82 Espécie Chioglossa lusitanica Myotis bechsteinii Rana iberica Lacerta schreiberi Emberiza hortulana Nyctalus leisleri Myotis emarginatus Barbastella barbastellus Myotis nattereri Sorex granarius Triturus boscai Vipera latastei Triturus mamoratus Tadarida teniotis Cinclus cinclus Myotis daubentonii Asio flammeus Nyctalus lasiopterus/noctula Alytes obstetricans Rinolophus hipposideros (Salamandra-lusitânica) (Morcego-de-Bechstein) (Rã-ibérica) (Lagarto-d’água) (Sombria) (Morcego-arborícola-pequeno) (Morcego-lanudo) (Morcego-negro) (Morcego-de-franja) (Musaranho-de-dentes-vermelhos) (Tritão-de-ventre-laranja) (Víbora-cornuda) (Tritão-marmoreado) (Morcego-rabudo) (Melro-d’água) (Morcego-de-água) (Coruja-do-nabal) (Morcego-arborícola-gigante/grande) (Sapo-parteiro) (Morcego-de-ferradura-pequeno) VEE máx. 63,32 52,89 50,22 48,68 44,46 43,94 43,43 42,94 39,22 38,69 38,66 37,68 37,10 36,61 35,57 35,53 35,05 34,52 34,50 34,01 Verifica-se, na lista relativa aos vertebrados, que estão presentes espécies das quatro classes de vertebrados, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. Este facto sugere que os factores de ponderação utilizados, no cálculo do VEE final, não estão a adulterar os resultados, favorecendo uns grupos em detrimento de outros. Etapa B Definição dos Biótopos para a Fauna A definição dos biótopos com importância para a fauna foi baseada na informação fornecida por vários estudos faunísticos, anteriormente levados a cabo na APPSA (Silva et al., 1985; Pires, 1990; Lourenço, 2000; Rosa, 2004; Tenreiro et al., 2002). Foi elaborada uma lista de todos os tipos de biótopos referidos em cada um dos estudos dos diferentes grupos taxonómicos, estabelecendo-se depois uma relação entre eles e agrupando os de estrutura semelhante. Por exemplo, o biótopo “Área Agrícola” resulta do conjunto de biótopos: terrenos agrícolas, socalcos/terrenos agrícolas abandonados, margem dos terrenos agrícolas e zonas degradadas pela agricultura, mencionados nos vários estudos realizados. Resultou, assim, uma lista final de oito biótopos, a considerar na caracterização dos valores faunísticos (Vergílio, 2005): (1) “Floresta de Folhosas” (FF), (2) “Pinhal” (P), (3) “Olival” (O), (4) “Matos Altos” (MA), (5) “Matos Baixos” (MB), (6) “Formações Ripícolas e Sistemas Aquáticos Artificiais” (FR), (7) “Área Agrícola” (AA) e (8) “Aglomerados e Estruturas Artificiais Dispersas” (AEa), que se encontram cartografados na carta [13] – biótopos. Apesar da APPSA ser uma área protegida relativamente pequena, é bastante rica em habitats que poderiam ser considerados na referida lista de biótopos, nomeadamente por existirem áreas com sobreposição de 1ª Fase – Relatório de Caracterização 163 Plano de Ordenamento da APPSA várias comunidades de vegetação, em que não se distingue uma clara predominância de qualquer uma delas. No entanto, a definição destas áreas mistas como um biótopo de povoamentos mistos traria dificuldades aquando da distribuição das espécies pelos diferentes biótopos (procedimento necessário à valoração faunística dos biótopos). Para além disso, a lista de biótopos tornar-se-ia demasiado extensa, à custa, provavelmente, de manchas com pouca representatividade. Por exemplo, existem manchas dominadas por pinhal, onde este coexiste com vários tipos de comunidades, como sejam folhosas em regeneração, matos altos, matos baixos ou outros. Valoração dos Biótopos para a Fauna Para a valoração faunística dos biótopos (VFB), as espécies foram distribuídas pelos biótopos de ocorrência (Tabela 50), recorrendo aos estudos referidos anteriormente (Silva et al., 1985; Pires, 1990; Lourenço, 2000; Rosa, 2004; Tenreiro et al., 2002). Para os lepidópteros foi usada outra bibliografia (Merzheevskaya, s.d.; Herbulot, 1948; Bustillo, Varela, Garcia, 1979; Rougeot, Viette, 1980; Whalley, 1982; Novak, Severa, 1984; Reichholf-Riehm, 1984; Friedrich, 1986; Cárter, Hargreaves, 1987; Chinery, 1988; Cárter, 1993; Redondo, Gastón, 1999; Maravalhas et al., 2003) e digital (Guyonnet, Lévesque, 2000; Rowlings, 2003/2005; Savela, 2004; Calle, Gómez, 2005; Kimber, 2005; Mazzei, Reggianti, Pimpinelli, 2005). Tabela 50 – Lista de espécies e respectivo VEE, ocorrentes em cada um dos biótopos considerados para a valoração da fauna. BIÓTOPO “FLORESTA DE FOLHOSAS” Espécies Lepidópteros 1 Hoyosia codeti 2 Cossus cossus 3 Zeuzera pyrina 4 Lasiocampa quercus 5 Pachygastria trifolii 6 Phyllodesma ilicifolia* 7 Agrius convolvuli 8 Mimas tiliae 9 Laothoe populi 10 Hyles lineata livornica 11 Thymelicus flavus 12 Lycaena phlaeas 13 Callophrys rubi 14 Syntarucus pirithous 15 Aricia agestis 16 Libythea celtis* 17 Nymphalis antiopa 18 Inachis io 19 Vanessa atalanta 20 Vanessa cardui 21 Polygonia c-album 22 Argynnis paphia 23 Pandoriana pandora 24 Fabriciana adippe 25 Issoria lathonia 26 Mellicta athalia 27 Eurodryas aurinia* 28 Limenitis reducta* VEE max. 17,04 6,11 6,11 8,05 5,17 24,80 12,22 10,40 7,52 15,10 3,76 6,11 3,76 9,48 9,46 25,11 18,45 12,75 15,51 14,57 11,81 10,40 10,81 10,81 17,45 9,46 21,05 23,68 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 Hipparchia alcyone Hipparchia semele Hipparchia statilinus Melanargia lachesis Melanargia ines* Maniola jurtina Pyronia tithonus Pyronia bathseba Pyronia cecilia Coenonympha pamphilus Coenonympha dorus Coenonympha arcania Pararge aegeria Pieris brassicae Artogeia napi Artogeia rapae Pontia daplidice Anthocaris cardamines Colias croceus Gonopteryx rhamni Leptidia sinapis Iphiclides podalarius Zygaena trifolii Drepana uncinula Drepana curvatula Cilix glaucata Cosmorhoe ocellata Gymnoscelis rufifasciata Chloroclystis v-ata Perizoma didymata Epirrhoe rivata 9,46 9,46 5,17 19,47 20,90 5,17 5,17 16,61 10,89 5,17 13,75 13,75 5,17 12,22 9,46 5,17 12,22 9,46 12,22 15,10 13,24 7,52 8,46 16,53 16,92 5,17 6,11 3,76 3,76 5,19 6,11 1ª Fase – Relatório de Caracterização 164 Plano de Ordenamento da APPSA 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 Camptogramma bilineata Aplocera efformata Rhodometra sacraria Idaea ochrata Idaea moniliata Idaea circuitaria Idaea elongaria Idaea seriata Idaea subsericeata Idaea contiguaria Idaea aversata Idaea degeneraria Cyclophora puppilaria* Cyclophora punctaria Scopula imitaria Rhodostrophia calabra Stegania trimaculata Semiothisa notata Petrophora chlorosata Plagodis dolabraria Opistograptis luteolata Ennomos erosaria Crocallis elinguaria Ourapteryx sambucaria Biston betularia Menophra abruptaria Peribatodes rhomboidaria Peribatodes umbraria Selidosema brunnearia Cleorodes lichenaria Serraca punctinalis Tephronia sepiaria Campaea margaritata Pseudoterpna coronillaria Hemithea aestivaria Thyatira batis Thaumetopoea herculeana Phalera bucephala Cerura iberica* Stauropus fagi Drymonia querna Harpyia milhauseri Porthetria dispar Lymantria monacha Ocneria rubea Euproctis chrysorrhoea Apaidia mesogona Paidia murina Milthochrista miniata Systropha sororcula Eilema complana Eilema caniola Eilema uniola Coscinia cribaria Phragmatobia fuliginosa Cymbalophora pudica Spilarctia lubricepeda Spilosoma lutea 3,76 11,83 15,51 8,46 6,11 9,48 3,76 8,46 5,17 5,17 5,17 5,17 23,58 16,53 3,76 13,24 10,81 9,87 6,11 9,87 7,52 9,87 7,54 10,89 7,52 10,81 5,17 10,81 5,17 5,17 6,11 5,17 11,81 13,24 8,05 6,11 16,61 17,45 25,11 14,69 10,81 18,45 6,11 17,45 9,87 6,11 18,96 5,17 5,17 5,17 5,17 5,17 5,17 3,76 3,76 10,89 3,76 8,05 118 119 120 121 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 141 142 143 144 145 146 147 148 149 150 151 152 153 154 155 156 157 158 159 160 161 162 163 164 165 166 167 168 169 170 171 172 173 174 175 Arctia villica Euplagia quadripunctaria* Euxoa obelisca Agrotis segetum Agrotis exclamationis Agrotis trux Agrotis ipsilon Agrotis crassa Noctua pronuba Noctua orbona Noctua comes Noctua fimbriata Noctua janthina Noctua interjecta Epilecta linogrisea Paradiarsia glareosa Peridroma saucia Diarsia guadarramensis Xestia c-nigrum Xestia baja Xestia xantographa Heliothis armigera Axylia putris Lacanobia w-latinum Lacanobia oleracea Hecatera cf bicolorata Hadena rivularis Hadena confusa Mythimna ferrago Mythimna albipuncta Mythimna vitellina Mythimna l-album Mythimna sicula scirpi Mythimna putrescens Mythimna loreyi Calophasia platyptera Leucochlaena oditis* Aporophyla nigra Trigonophora flammea Polymixis flavicincta Polymixis dubia* Agrochola lychnidis Omphaloscelis lunosa Colocasia coryli Moma alpium Acronicta aceris Acronicta psi Acronicta euphorbiae Acronicta rumicis Cryphia ravula Cryphia ereptricula Cryphia muralis Amphipyra pyramidea Mormo maura Polyphaenis sericata Euplexia lucipara Phlogophora meticulosa Callopristia juventina 3,76 24,11 3,76 10,81 3,76 8,05 10,81 13,77 3,76 8,05 8,05 12,34 8,05 12,34 12,34 8,05 10,81 11,83 12,22 3,76 8,05 10,81 8,05 8,05 8,05 9,46 13,75 9,46 8,05 5,17 12,22 12,22 9,46 5,17 9,46 10,40 20,90 8,05 19,47 5,17 23,78 8,05 9,46 18,45 19,39 14,69 10,40 13,75 3,76 5,17 13,75 5,17 14,69 11,81 19,39 12,34 15,10 14,69 1ª Fase – Relatório de Caracterização 165 Plano de Ordenamento da APPSA 176 177 178 179 180 181 182 183 184 185 186 187 188 189 190 191 192 193 194 1 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 6 7 8 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 Actinotia hyperici Mesoligia furuncula Mesapamea secalis Luperina testacea Hoplodrina alsines Hoplodrina ambigua Stilbia cf anomala Elaphria venustula Earias cf clorana Diachrysia chrysitis Macdunnoughia confusa* Autographa gamma Catocala conjuncta* Catocala elocata Catocala optata* Catocala cf nymphagoga Ophiusa tirhaca* Dysgonia algira Phytometra viridaria Coleóptero Lucanus cervus* Anfíbios Salamandra salamandra Triturus boscai* Triturus marmoratus* Alytes obstetricans* Bufo bufo Répteis Tarentola mauritanica Lacerta schreiberi* Lacerta lepida Podarcis bocagei Psammodromus algirus Anguis fragilis Malpolon monspessulanus Natrix natrix Aves Accipiter nisus Accipiter gentilis Columba palumbus Streptopelia turtur Strix aluco Picus viridis Dendrocopos major Anthus trivialis Troglodytes troglodytes Prunella modularis Erithacus rubecula Luscinia megarhynchos Turdus philomelos Turdus iliacus Turdus merula Sylvia borin Sylvia atricapilla Phylloscopus trochilus Phylloscopus collybita Regulus ignicapillus Muscicapa striata 14,69 13,75 13,75 13,75 12,34 8,05 13,75 9,46 19,39 17,04 22,23 10,81 20,82 15,10 25,11 15,10 28,87 5,17 17,04 26,52 4,70 28,26 26,70 26,70 6,26 17,77 48,68 18,83 32,94 18,82 15,14 14,10 8,86 14,61 28,76 9,36 14,06 14,61 17,22 13,05 30,33 14,61 23,00 13,05 20,85 11,46 11,46 9,90 32,43 14,61 24,03 14,61 19,32 20,91 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 Ficedula hypoleuca Parus major Parus ater Parus caeruleus Parus cristatus Aegithalos caudatus Sitta europaea Certhia brachydactyla Garrulus glandarius Corvus corone Sturnus unicolor Fringilla coelebs Fringilla montifringilla Carduelis carduelis Carduelis chloris Carduelis spinus Serinus serinus Pyrrhula pyrrhula Mamíferos Erinaceus europeus Sorex granarius* Crocidura russula Talpa occidentalis Rhinolophus hipposideros* Myotis emarginatus* Myotis nattereri* Myotis bechsteinii* Myotis daubentonii* Pipistrellus pipistrellus Pipistrellus kuhli Nyctalus leisleri* Nyctalus lasiopterus/noctula* Eptesicus serotinus Barbastella barbastellus* Plecotus auritus Tadarida teniotis* Lepus capensis Sciurus vulgaris Microtus lusitanicus Microtus agrestis Apodemus sylvaticus Rattus rattus Mus spretus Vulpes vulpes Mustela nivalis Mustela putorius Martes foina Meles meles Genetta genetta Herpestes ichneumon Sus scrofa BIÓTOPO “PINHAL” Espécies 30,33 13,05 17,76 14,61 16,18 14,61 17,76 13,05 10,40 15,14 25,61 11,46 24,03 15,65 14,61 24,03 14,61 20,88 6,26 38,69 7,82 24,02 24,65 35,11 34,54 52,89 35,53 18,28 27,71 43,94 34,52 21,43 42,94 30,33 29,85 8,86 18,28 27,17 13,04 5,73 4,16 16,72 4,16 7,82 12,01 8,86 8,86 18,82 26,13 6,76 VEE max. Lepidópteros 1 2 3 Hoyosia codeti Lasiocampa quercus Pachygastria trifolii 17,04 8,05 5,17 1ª Fase – Relatório de Caracterização 166 Plano de Ordenamento da APPSA 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 Agrius convolvuli Hyles lineata livornica Thymelicus flavus Lycaena phlaeas Callophrys rubi Syntarucus pirithous Aricia agestis Argynnis paphia Issoria lathonia Mellicta athalia Eurodryas aurinia* Hipparchia alcyone Hipparchia semele Hipparchia statilinus Melanargia lachesis Melanargia ines* Maniola jurtina Pyronia tithonus Pyronia bathseba Pyronia cecilia Coenonympha pamphilus Coenonympha dorus Coenonympha arcania Pararge aegeria Pieris brassicae Artogeia napi Artogeia rapae Pontia daplidice Anthocaris cardamines Colias croceus Cilix glaucata Cosmorhoe ocellata Gymnoscelis rufifasciata Chloroclystis v-ata Perizoma didymata Epirrhoe rivata Camptogramma bilineata Chesias legatella Aplocera efformata Idaea moniliata Idaea circuitaria Idaea elongaria Idaea subsericeata Idaea contiguaria Idaea aversata Idaea degeneraria Scopula imitaria Rhodostrophia calabra Petrophora chlorosata Pachycnemia hippocastanaria Ourapteryx sambucaria Peribatodes rhomboidaria Selidosema brunnearia Cleorodes lichenaria Ematurga atomaria Tephronia sepiaria Pseudoterpna coronillaria Hemithea aestivaria 12,22 15,10 3,76 6,11 3,76 9,48 9,46 10,40 17,45 9,46 21,05 9,46 9,46 5,17 19,47 20,90 5,17 5,17 16,61 10,89 5,17 13,75 13,75 5,17 12,22 9,46 5,17 12,22 9,46 12,22 5,17 6,11 3,76 3,76 5,19 6,11 3,76 17,04 11,83 6,11 9,48 3,76 5,17 5,17 5,17 5,17 3,76 13,24 6,11 8,46 10,89 5,17 5,17 5,17 6,11 5,17 13,24 8,05 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 Thyatira batis Thaumetopoea pityocampa Thaumetopoea herculeana Lymantria monacha Paidia murina Milthochrista miniata Systropha sororcula Eilema complana Eilema caniola Eilema uniola Coscinia cribaria Phragmatobia fuliginosa Cymbalophora pudica Spilarctia lubricepeda Spilosoma lutea Arctia villica Euplagia quadripunctaria* Euxoa obelisca Agrotis segetum Agrotis exclamationis Agrotis trux Agrotis ipsilon Agrotis crassa Ochropleura leucogaster Noctua pronuba Noctua orbona Noctua comes Noctua fimbriata Noctua janthina Noctua interjecta Epilecta linogrisea Paradiarsia glareosa Lycophotia porphyrea Peridroma saucia Diarsia guadarramensis Xestia c-nigrum Xestia baja Xestia xantographa Xestia agathina Heliothis armigera Axylia putris Anarta myrtilli Lacanobia w-latinum Lacanobia oleracea Hecatera cf bicolorata Hadena rivularis Hadena confusa Mythimna ferrago Mythimna albipuncta Mythimna vitellina Mythimna l-album Mythimna sicula scirpi Mythimna putrescens Mythimna loreyi Calophasia platyptera Leucochlaena oditis* Aporophyla nigra Trigonophora flammea 6,11 10,81 16,61 17,45 5,17 5,17 5,17 5,17 5,17 5,17 3,76 3,76 10,89 3,76 8,05 3,76 24,11 3,76 10,81 3,76 8,05 10,81 13,77 15,51 3,76 8,05 8,05 12,34 8,05 12,34 12,34 8,05 16,10 10,81 11,83 12,22 3,76 8,05 17,04 10,81 8,05 9,89 8,05 8,05 9,46 13,75 9,46 8,05 5,17 12,22 12,22 9,46 5,17 9,46 10,40 20,90 8,05 19,47 1ª Fase – Relatório de Caracterização 167 Plano de Ordenamento da APPSA 120 121 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 141 142 143 144 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 Polymixis flavicincta Polymixis dubia* Agrochola lychnidis Omphaloscelis lunosa Acronicta euphorbiae Acronicta rumicis Cryphia ravula Cryphia ereptricula Cryphia muralis Euplexia lucipara Phlogophora meticulosa Callopristia juventina Actinotia hyperici Mesoligia furuncula Mesapamea secalis Luperina testacea Hoplodrina alsines Hoplodrina ambigua Stilbia cf anomala Elaphria venustula Macdunnoughia confusa* Autographa gamma Ophiusa tirhaca* Dysgonia algira Phytometra viridaria Répteis Tarentola mauritanica Lacerta lepida Podarcis bocagei Psammodromus algirus Anguis fragilis Blanus cinereus Malpolon monspessulanus Coronella girondica Vipera latastei* Aves Buteo buteo Accipiter nisus Accipiter gentilis Columba palumbus Streptopelia turtur Strix aluco Picus viridis Dendrocopos major Troglodytes troglodytes Erithacus rubecula Luscinia megarhynchos Turdus philomelos Turdus iliacus Turdus merula Sylvia atricapilla Phylloscopus trochilus Phylloscopus collybita Regulus ignicapillus Muscicapa striata Ficedula hypoleuca Parus major 5,17 23,78 8,05 9,46 13,75 3,76 5,17 13,75 5,17 12,34 15,10 14,69 14,69 13,75 13,75 13,75 12,34 8,05 13,75 9,46 22,23 10,81 28,87 5,17 17,04 17,77 18,83 32,94 18,82 15,14 30,83 14,10 21,41 37,68 13,05 14,61 28,76 9,36 14,06 13,57 17,22 13,05 14,61 13,05 15,65 11,46 11,46 9,90 14,61 24,03 14,61 19,32 20,91 30,33 13,05 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 Parus ater Parus caeruleus Parus cristatus Aegithalos caudatus Sitta europaea Certhia brachydactyla Garrulus glandarius Corvus corone Fringilla coelebs Fringilla montifringilla Carduelis carduelis Carduelis chloris Carduelis spinus Serinus serinus Pyrrhula pyrrhula Mamíferos Erinaceus europeus Crocidura russula Talpa occidentalis Rhinolophus hipposideros* Myotis emarginatus* Myotis nattereri* Myotis bechsteinii* Myotis daubentonii* Pipistrellus pipistrellus Pipistrellus kuhli Nyctalus leisleri* Nyctalus lasiopterus/noctula* Eptesicus serotinus Barbastella barbastellus* Oryctolagus cuniculus Sciurus vulgaris Apodemus sylvaticus Rattus rattus Mus spretus Eliomys quercinus Vulpes vulpes Mustela nivalis Mustela putorius Martes foina Genetta genetta Herpestes ichneumon Sus scrofa BIÓTOPO “OLIVAL” Espécies 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 17,76 14,61 16,18 14,61 17,76 13,05 10,40 15,14 11,46 24,03 15,65 14,61 24,03 14,61 20,88 6,26 7,82 24,02 24,65 35,11 34,54 52,89 35,53 18,28 27,71 43,94 34,52 21,43 42,94 13,06 18,28 5,73 4,16 16,72 20,41 4,16 7,82 12,01 8,86 18,82 26,13 3,12 VEE máx. Lepidópteros Lasiocampa quercus Pachygastria trifolii Agrius convolvuli Hyles lineata livornica Thymelicus flavus Lycaena phlaeas Callophrys rubi Syntarucus pirithous Aricia agestis Inachis io Vanessa atalanta 8,05 5,17 12,22 15,10 3,76 6,11 3,76 9,48 9,46 12,75 15,51 1ª Fase – Relatório de Caracterização 168 Plano de Ordenamento da APPSA 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 Vanessa cardui Polygonia c-album Argynnis paphia Issoria lathonia Mellicta athalia Eurodryas aurinia* Hipparchia alcyone Hipparchia semele Hipparchia statilinus Melanargia lachesis Melanargia ines* Maniola jurtina Pyronia tithonus Pyronia bathseba Pyronia cecilia Coenonympha pamphilus Coenonympha dorus Coenonympha arcania Pararge aegeria Pieris brassicae Artogeia napi Artogeia rapae Pontia daplidice Anthocaris cardamines Colias croceus Leptidia sinapis Zygaena trifolii Cilix glaucata Cosmorhoe ocellata Gymnoscelis rufifasciata Chloroclystis v-ata Perizoma didymata Epirrhoe rivata Camptogramma bilineata Aplocera efformata Idaea moniliata Idaea circuitaria Idaea elongaria Idaea subsericeata Idaea contiguaria Idaea aversata Idaea degeneraria Scopula imitaria Petrophora chlorosata Ourapteryx sambucaria Peribatodes rhomboidaria Selidosema brunnearia Cleorodes lichenaria Tephronia sepiaria Hemithea aestivaria Thyatira batis Thaumetopoea herculeana Paidia murina Milthochrista miniata Systropha sororcula Eilema complana Eilema caniola Eilema uniola 14,57 11,81 10,40 17,45 9,46 21,05 9,46 9,46 5,17 19,47 20,90 5,17 5,17 16,61 10,89 5,17 13,75 13,75 5,17 12,22 9,46 5,17 12,22 9,46 12,22 13,24 8,46 5,17 6,11 3,76 3,76 5,19 6,11 3,76 11,83 6,11 9,48 3,76 5,17 5,17 5,17 5,17 3,76 6,11 10,89 5,17 5,17 5,17 5,17 8,05 6,11 16,61 5,17 5,17 5,17 5,17 5,17 5,17 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 126 127 Coscinia cribaria Phragmatobia fuliginosa Cymbalophora pudica Spilarctia lubricepeda Spilosoma lutea Arctia villica Euplagia quadripunctaria* Euxoa obelisca Agrotis segetum Agrotis exclamationis Agrotis trux Agrotis ipsilon Agrotis crassa Noctua pronuba Noctua orbona Noctua comes Noctua fimbriata Noctua janthina Noctua interjecta Epilecta linogrisea Paradiarsia glareosa Peridroma saucia Diarsia guadarramensis Xestia c-nigrum Xestia baja Xestia xantographa Heliothis armigera Axylia putris Lacanobia w-latinum Lacanobia oleracea Hecatera cf bicolorata Hadena rivularis Hadena confusa Mythimna ferrago Mythimna albipuncta Mythimna vitellina Mythimna l-album Mythimna sicula scirpi Mythimna putrescens Mythimna loreyi Calophasia platyptera Leucochlaena oditis* Aporophyla nigra Trigonophora flammea Polymixis flavicincta Polymixis dubia* Agrochola lychnidis Omphaloscelis lunosa Acronicta euphorbiae Acronicta rumicis Cryphia ravula Cryphia ereptricula Cryphia muralis Euplexia lucipara Phlogophora meticulosa Callopristia juventina Actinotia hyperici Mesoligia furuncula 3,76 3,76 10,89 3,76 8,05 3,76 24,11 3,76 10,81 3,76 8,05 10,81 13,77 3,76 8,05 8,05 12,34 8,05 12,34 12,34 8,05 10,81 11,83 12,22 3,76 8,05 10,81 8,05 8,05 8,05 9,46 13,75 9,46 8,05 5,17 12,22 12,22 9,46 5,17 9,46 10,40 20,90 8,05 19,47 5,17 23,78 8,05 9,46 13,75 3,76 5,17 13,75 5,17 12,34 15,10 14,69 14,69 13,75 1ª Fase – Relatório de Caracterização 169 Plano de Ordenamento da APPSA 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 1 2 3 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 Mesapamea secalis Luperina testacea Hoplodrina alsines Hoplodrina ambigua Stilbia cf anomala Elaphria venustula Diachrysia chrysitis Macdunnoughia confusa* Autographa gamma Dysgonia algira Phytometra viridaria Anfíbios Triturus boscai* Alytes obstetricans* Bufo bufo Répteis Tarentola mauritanica Lacerta lepida Podarcis bocagei Psammodromus algirus Blanus cinereus Malpolon monspessulanus Vipera latastei* Aves Buteo buteo Accipiter nisus Accipiter gentilis Streptopelia turtur Strix aluco Athene noctua Picus viridis Dendrocopos major Troglodytes troglodytes Erithacus rubecula Luscinia megarhynchos Turdus philomelo Turdus iliacus Turdus merula Sylvia borin Sylvia atricapilla Phylloscopus trochilus Phylloscopus collybita Regulus ignicapillus Muscicapa striata Ficedula hypoleuca Parus major Parus ater Parus caeruleus Aegithalos caudatus Sitta europaea Certhia brachydactyla Garrulus glandarius Corvus corone Sturnus unicolor Fringilla coelebs Fringilla montifringilla Carduelis carduelis Carduelis chloris 13,75 13,75 12,34 8,05 13,75 9,46 17,04 22,23 10,81 5,17 17,04 28,26 26,70 6,26 17,77 18,83 32,94 18,82 30,83 14,10 37,68 13,05 9,41 23,56 14,06 13,57 13,05 17,22 13,05 14,61 13,05 20,85 11,46 11,46 9,90 32,43 14,61 24,03 14,61 19,32 20,91 30,33 13,05 17,76 14,61 14,61 17,76 13,05 10,40 15,14 25,61 11,46 24,03 15,65 14,61 35 36 37 Carduelis spinus Serinus serinus Pyrrhula pyrrhula 24,03 14,61 20,88 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 Mamíferos Erinaceus europeus Crocidura russula Talpa occidentalis Rhinolophus hipposideros* Myotis emarginatus* Myotis nattereri* Myotis bechsteinii* Myotis daubentonii* Pipistrellus kuhli Nyctalus leisleri* Nyctalus lasiopterus/noctula* Barbastella barbastellus* Plecotus auritus Lepus capensis Oryctolagus cuniculus Sciurus vulgaris Microtus lusitanicus Apodemus sylvaticus Rattus rattus Mus spretus Eliomys quercinus Vulpes vulpes Mustela nivalis Mustela putorius Martes foina Meles meles Genetta genetta Herpestes ichneumon Sus scrofa 6,26 7,82 24,02 24,65 35,11 34,54 52,89 35,53 27,71 43,94 34,52 42,94 30,33 8,86 13,06 14,12 27,17 5,73 4,16 16,72 20,41 4,16 7,82 12,01 8,86 8,86 18,82 26,13 3,12 BIÓTOPO “MATOS ALTOS” Espécies Lepidópteros 1 Lasiocampa quercus 2 Pachygastria trifolii 3 Agrius convolvuli 4 Hyles lineata livornica 5 Thymelicus flavus 6 Lycaena phlaeas 7 Callophrys rubi 8 Syntarucus pirithous 9 Aricia agestis 10 Argynnis paphia 11 Issoria lathonia 12 Mellicta athalia 13 Eurodryas aurinia* 14 Hipparchia alcyone 15 Hipparchia semele 16 Hipparchia statilinus 17 Melanargia lachesis 18 Melanargia ines* 19 Maniola jurtina 20 Pyronia tithonus 21 Pyronia bathseba VEE max. 8,05 5,17 12,22 15,10 3,76 6,11 3,76 9,48 9,46 10,40 17,45 9,46 21,05 9,46 9,46 5,17 19,47 20,90 5,17 5,17 16,61 1ª Fase – Relatório de Caracterização 170 Plano de Ordenamento da APPSA 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 Pyronia cecilia Coenonympha pamphilus Coenonympha dorus Coenonympha arcania Pararge aegeria Pieris brassicae Artogeia napi Artogeia rapae Pontia daplidice Anthocaris cardamines Colias croceus Cilix glaucata Cosmorhoe ocellata Gymnoscelis rufifasciata Chloroclystis v-ata Perizoma didymata Epirrhoe rivata Camptogramma bilineata Chesias legatella Aplocera efformata Idaea moniliata Idaea circuitaria Idaea elongaria Idaea subsericeata Idaea contiguaria Idaea aversata Idaea degeneraria Scopula imitaria Rhodostrophia calabra Petrophora chlorosata Ourapteryx sambucaria Peribatodes rhomboidaria Selidosema brunnearia Cleorodes lichenaria Tephronia sepiaria Pseudoterpna coronillaria Hemithea aestivaria Thyatira batis Thaumetopoea herculeana Paidia murina Milthochrista miniata Systropha sororcula Eilema complana Eilema caniola Eilema uniola Coscinia cribaria Phragmatobia fuliginosa Cymbalophora pudica Spilarctia lubricepeda Spilosoma lutea Arctia villica Euplagia quadripunctaria* Euxoa obelisca Agrotis segetum Agrotis exclamationis Agrotis trux Agrotis ipsilon Agrotis crassa 10,89 5,17 13,75 13,75 5,17 12,22 9,46 5,17 12,22 9,46 12,22 5,17 6,11 3,76 3,76 5,19 6,11 3,76 17,04 11,83 6,11 9,48 3,76 5,17 5,17 5,17 5,17 3,76 13,24 6,11 10,89 5,17 5,17 5,17 5,17 13,24 8,05 6,11 16,61 5,17 5,17 5,17 5,17 5,17 5,17 3,76 3,76 10,89 3,76 8,05 3,76 24,11 3,76 10,81 3,76 8,05 10,81 13,77 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 Ochropleura leucogaster Noctua pronuba Noctua orbona Noctua comes Noctua fimbriata Noctua janthina Noctua interjecta Epilecta linogrisea Paradiarsia glareosa Peridroma saucia Diarsia guadarramensis Xestia c-nigrum Xestia baja Xestia xantographa Heliothis armigera Axylia putris Lacanobia w-latinum Lacanobia oleracea Hecatera cf bicolorata Hadena rivularis Hadena confusa Mythimna ferrago Mythimna albipuncta Mythimna vitellina Mythimna l-album Mythimna sicula scirpi Mythimna putrescens Mythimna loreyi Calophasia platyptera Leucochlaena oditis* Aporophyla nigra Trigonophora flammea Polymixis flavicincta Polymixis dubia* Agrochola lychnidis Omphaloscelis lunosa Acronicta euphorbiae Acronicta rumicis Cryphia ravula Cryphia ereptricula Cryphia muralis Euplexia lucipara Phlogophora meticulosa Callopristia juventina Actinotia hyperici Mesoligia furuncula Mesapamea secalis Luperina testacea Hoplodrina alsines Hoplodrina ambigua Stilbia cf anomala Elaphria venustula Macdunnoughia confusa* Autographa gamma Ophiusa tirhaca* Dysgonia algira Phytometra viridaria 15,51 3,76 8,05 8,05 12,34 8,05 12,34 12,34 8,05 10,81 11,83 12,22 3,76 8,05 10,81 8,05 8,05 8,05 9,46 13,75 9,46 8,05 5,17 12,22 12,22 9,46 5,17 9,46 10,40 20,90 8,05 19,47 5,17 23,78 8,05 9,46 13,75 3,76 5,17 13,75 5,17 12,34 15,10 14,69 14,69 13,75 13,75 13,75 12,34 8,05 13,75 9,46 22,23 10,81 28,87 5,17 17,04 1ª Fase – Relatório de Caracterização 171 Plano de Ordenamento da APPSA Répteis 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 Lacerta lepida Podarcis bocagei Psammodromus algirus Malpolon monspessulanus Coronella girondica Natrix natrix Vipera latastei* Aves Alectoris rufa Cuculus canorus Apus apus Ptyonoprogne rupestris Hirundo rustica Delichon urbica Troglodytes troglodytes Prunella modularis Erithacus rubecula Saxicola torquata Sylvia atricapilla Sylvia melanocephala Garrulus glandarius Emberiza cirlus Emberiza cia Mamíferos Erinaceus europeus Crocidura russula Rhinolophus hipposideros* Nyctalus lasiopterus/noctula* Eptesicus serotinus Barbastella barbastellus* Oryctolagus cuniculus Apodemus sylvaticus Rattus rattus Mus spretus Eliomys quercinus Vulpes vulpes Mustela nivalis Martes foina Genetta genetta Herpestes ichneumon Sus scrofa BIÓTOPO “MATOS BAIXOS” Espécies Lepidópteros 1 Lasiocampa quercus 2 Pachygastria trifolii 3 Agrius convolvuli 4 Hyles lineata livornica 5 Thymelicus flavus 6 Lycaena phlaeas 7 Callophrys rubi 8 Syntarucus pirithous 9 Aricia agestis 10 Argynnis paphia 11 Issoria lathonia 18,83 32,94 18,82 14,10 21,41 8,86 37,68 16,18 17,70 15,62 15,69 14,61 14,61 14,61 25,60 13,05 14,61 14,61 20,89 10,40 23,49 25,60 6,26 7,82 24,65 27,76 15,71 36,18 13,06 5,73 4,16 16,72 20,41 4,16 7,82 8,86 18,82 26,13 3,12 VEE máx. 8,05 5,17 12,22 15,10 3,76 6,11 3,76 9,48 9,46 10,40 17,45 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 Mellicta athalia Eurodryas aurinia* Hipparchia alcyone Hipparchia semele Hipparchia statilinus Melanargia lachesis Melanargia ines* Maniola jurtina Pyronia tithonus Pyronia bathseba Pyronia cecilia Coenonympha pamphilus Coenonympha dorus Coenonympha arcania Pararge aegeria Pieris brassicae Artogeia napi Artogeia rapae Pontia daplidice Anthocaris cardamines Colias croceus Cilix glaucata Cosmorhoe ocellata Gymnoscelis rufifasciata Chloroclystis v-ata Perizoma didymata Epirrhoe rivata Camptogramma bilineata Aplocera efformata Idaea moniliata Idaea circuitaria Idaea elongaria Idaea subsericeata Idaea contiguaria Idaea aversata Idaea degeneraria Scopula imitaria Petrophora chlorosata Pachycnemia hippocastanaria Ourapteryx sambucaria Peribatodes rhomboidaria Selidosema brunnearia Cleorodes lichenaria Ematurga atomaria Tephronia sepiaria Dyscia fagaria Hemithea aestivaria Thyatira batis Thaumetopoea herculeana Apaidia mesogona Paidia murina Milthochrista miniata Systropha sororcula Eilema complana Eilema caniola Eilema uniola Coscinia cribaria Phragmatobia fuliginosa 9,46 21,05 9,46 9,46 5,17 19,47 20,90 5,17 5,17 16,61 10,89 5,17 13,75 13,75 5,17 12,22 9,46 5,17 12,22 9,46 12,22 5,17 6,11 3,76 3,76 5,19 6,11 3,76 11,83 6,11 9,48 3,76 5,17 5,17 5,17 5,17 3,76 6,11 8,46 10,89 5,17 5,17 5,17 6,11 5,17 9,87 8,05 6,11 16,61 18,96 5,17 5,17 5,17 5,17 5,17 5,17 3,76 3,76 1ª Fase – Relatório de Caracterização 172 Plano de Ordenamento da APPSA 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 126 127 Cymbalophora pudica Spilarctia lubricepeda Spilosoma lutea Arctia villica Euplagia quadripunctaria* Euxoa obelisca Agrotis segetum Agrotis exclamationis Agrotis trux Agrotis ipsilon Agrotis crassa Ochropleura leucogaster Noctua pronuba Noctua orbona Noctua comes Noctua fimbriata Noctua janthina Noctua interjecta Epilecta linogrisea Paradiarsia glareosa Lycophotia porphyrea Peridroma saucia Diarsia guadarramensis Xestia c-nigrum Xestia baja Xestia xantographa Xestia agathina Heliothis armigera Axylia putris Anarta myrtilli Lacanobia w-latinum Lacanobia oleracea Hecatera cf bicolorata Hadena rivularis Hadena confusa Mythimna ferrago Mythimna albipuncta Mythimna vitellina Mythimna l-album Mythimna sicula scirpi Mythimna putrescens Mythimna loreyi Calophasia platyptera Leucochlaena oditis* Aporophyla nigra Trigonophora flammea Polymixis flavicincta Polymixis dubia* Agrochola haematidea Agrochola lychnidis Omphaloscelis lunosa Acronicta euphorbiae Acronicta rumicis Cryphia ravula Cryphia ereptricula Cryphia muralis Euplexia lucipara Phlogophora meticulosa 10,89 3,76 8,05 3,76 24,11 3,76 10,81 3,76 8,05 10,81 13,77 15,51 3,76 8,05 8,05 12,34 8,05 12,34 12,34 8,05 16,10 10,81 11,83 12,22 3,76 8,05 17,04 10,81 8,05 9,89 8,05 8,05 9,46 13,75 9,46 8,05 5,17 12,22 12,22 9,46 5,17 9,46 10,40 20,90 8,05 19,47 5,17 23,78 10,81 8,05 9,46 13,75 3,76 5,17 13,75 5,17 12,34 15,10 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 141 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 Callopristia juventina Actinotia hyperici Mesoligia furuncula Mesapamea secalis Luperina testacea Hoplodrina alsines Hoplodrina ambigua Stilbia cf anomala Elaphria venustula Macdunnoughia confusa* Autographa gamma Ophiusa tirhaca* Dysgonia algira Phytometra viridaria Répteis Tarentola mauritanica Lacerta lepida Podarcis bocagei Psammodromus algirus Malpolon monspessulanus Coronella girondica Vipera latastei* Aves Circus pygargus Alectoris rufa Anthus pratensis Anthus trivialis Troglodytes troglodytes Prunella modularis Saxicola torquata Sylvia melanocephala Sylvia undata Emberiza hortulana* Emberiza cirlus Mamíferos Erinaceus europeus Crocidura russula Rhinolophus hipposideros* Pipistrellus pipistrellus Barbastella barbastellus* Oryctolagus cuniculus Apodemus sylvaticus Rattus rattus Mus spretus Eliomys quercinus Vulpes vulpes Mustela nivalis Genetta genetta Sus scrofa 14,69 14,69 13,75 13,75 13,75 12,34 8,05 13,75 9,46 22,23 10,81 28,87 5,17 17,04 17,77 18,83 32,94 18,82 14,10 21,41 37,68 31,95 16,18 24,03 30,33 14,61 25,60 14,61 20,89 31,89 44,46 23,49 6,26 7,82 24,65 12,56 36,18 13,06 5,73 4,16 16,72 20,41 4,16 7,82 18,82 3,12 BIÓTOPO “FORMAÇÕES RIPÍCOLAS E SISTEMAS AQUÁTICOS ARTIFICIAIS” Espécies VEE max. Lepidópteros 1 Cossus cossus 6,11 2 Zeuzera pyrina 6,11 3 Lasiocampa quercus 8,05 4 Pachygastria trifolii 5,17 5 Phyllodesma ilicifolia* 24,80 1ª Fase – Relatório de Caracterização 173 Plano de Ordenamento da APPSA 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 Agrius convolvuli Mimas tiliae Laothoe populi Hyles lineata livornica Thymelicus flavus Lycaena phlaeas Callophrys rubi Syntarucus pirithous Aricia agestis Nymphalis antiopa Inachis io Vanessa atalanta Vanessa cardui Polygonia c-album Argynnis paphia Issoria lathonia Mellicta athalia Eurodryas aurinia* Limenitis reducta* Hipparchia alcyone Hipparchia semele Hipparchia statilinus Melanargia lachesis Melanargia ines* Maniola jurtina Pyronia tithonus Pyronia bathseba Pyronia cecilia Coenonympha pamphilus Coenonympha dorus Coenonympha arcania Pararge aegeria Pieris brassicae Artogeia napi Artogeia rapae Pontia daplidice Anthocaris cardamines Colias croceus Gonopteryx rhamni Leptidia sinapis Zygaena trifolii Drepana curvatula Cilix glaucata Cosmorhoe ocellata Gymnoscelis rufifasciata Chloroclystis v-ata Perizoma didymata Epirrhoe rivata Camptogramma bilineata Aplocera efformata Rhodometra sacraria Idaea ochrata Idaea moniliata Idaea circuitaria Idaea elongaria Idaea seriata Idaea subsericeata Idaea contiguaria 12,22 10,40 7,52 15,10 3,76 6,11 3,76 9,48 9,46 18,45 12,75 15,51 14,57 11,81 10,40 17,45 9,46 21,05 23,68 9,46 9,46 5,17 19,47 20,90 5,17 5,17 16,61 10,89 5,17 13,75 13,75 5,17 12,22 9,46 5,17 12,22 9,46 12,22 15,10 13,24 8,46 16,92 5,17 6,11 3,76 3,76 5,19 6,11 3,76 11,83 15,51 8,46 6,11 9,48 3,76 8,46 5,17 5,17 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121 Idaea aversata Idaea degeneraria Cyclophora punctaria Scopula imitaria Stegania trimaculata Semiothisa notata Petrophora chlorosata Plagodis dolabraria Ennomos erosaria Crocallis elinguaria Ourapteryx sambucaria Biston betularia Menophra abruptaria Peribatodes rhomboidaria Selidosema brunnearia Cleorodes lichenaria Serraca punctinalis Tephronia sepiaria Campaea margaritata Hemithea aestivaria Thyatira batis Thaumetopoea herculeana Phalera bucephala Cerura iberica* Stauropus fagi Harpyia milhauseri Porthetria dispar Ocneria rubea Euproctis chrysorrhoea Paidia murina Milthochrista miniata Systropha sororcula Eilema complana Eilema caniola Eilema uniola Coscinia cribaria Phragmatobia fuliginosa Cymbalophora pudica Spilarctia lubricepeda Spilosoma lutea Arctia villica Euplagia quadripunctaria* Euxoa obelisca Agrotis segetum Agrotis exclamationis Agrotis trux Agrotis ipsilon Agrotis crassa Noctua pronuba Noctua orbona Noctua comes Noctua fimbriata Noctua janthina Noctua interjecta Epilecta linogrisea Paradiarsia glareosa Peridroma saucia Diarsia guadarramensis 5,17 5,17 16,53 3,76 10,81 9,87 6,11 9,87 9,87 7,54 10,89 7,52 10,81 5,17 5,17 5,17 6,11 5,17 11,81 8,05 6,11 16,61 17,45 25,11 14,69 18,45 6,11 9,87 6,11 5,17 5,17 5,17 5,17 5,17 5,17 3,76 3,76 10,89 3,76 8,05 3,76 24,11 3,76 10,81 3,76 8,05 10,81 13,77 3,76 8,05 8,05 12,34 8,05 12,34 12,34 8,05 10,81 11,83 1ª Fase – Relatório de Caracterização 174 Plano de Ordenamento da APPSA 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 141 142 143 144 145 146 147 148 149 150 151 152 153 154 155 156 157 158 159 160 161 162 163 164 165 166 167 168 169 170 171 172 173 174 175 176 1 Xestia c-nigrum Xestia baja Xestia xantographa Heliothis armigera Axylia putris Lacanobia w-latinum Lacanobia oleracea Hecatera cf bicolorata Hadena rivularis Hadena confusa Mythimna ferrago Mythimna albipuncta Mythimna vitellina Mythimna l-album Mythimna sicula scirpi Mythimna putrescens Mythimna loreyi Calophasia platyptera Leucochlaena oditis* Aporophyla nigra Trigonophora flammea Polymixis flavicincta Polymixis dubia* Agrochola lychnidis Omphaloscelis lunosa Colocasia coryli Acronicta aceris Acronicta psi Acronicta euphorbiae Acronicta rumicis Cryphia ravula Cryphia ereptricula Cryphia muralis Amphipyra pyramidea Mormo maura Polyphaenis sericata Euplexia lucipara Phlogophora meticulosa Callopristia juventina Actinotia hyperici Mesoligia furuncula Mesapamea secalis Luperina testacea Hoplodrina alsines Hoplodrina ambigua Stilbia cf anomala Elaphria venustula Earias cf vernana Earias cf clorana Diachrysia chrysitis Macdunnoughia confusa* Autographa gamma Catocala elocata Catocala optata* Dysgonia algira Coleóptero Lucanus cervus* 12,22 3,76 8,05 10,81 8,05 8,05 8,05 9,46 13,75 9,46 8,05 5,17 12,22 12,22 9,46 5,17 9,46 10,40 20,90 8,05 19,47 5,17 23,78 8,05 9,46 18,45 14,69 10,40 13,75 3,76 5,17 13,75 5,17 14,69 11,81 19,39 12,34 15,10 14,69 14,69 13,75 13,75 13,75 12,34 8,05 13,75 9,46 19,39 19,39 17,04 22,23 10,81 15,10 25,11 5,17 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 7 8 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 Anfíbios Chioglossa lusitanica* Salamandra salamandra Triturus boscai* Triturus marmoratus* Alytes obstetricans* Bufo bufo Rana iberica* Répteis Lacerta schreiberi* Lacerta lepida Podarcis bocagei Psammodromus algirus Malpolon monspessulanus Natrix natrix Aves Alcedo athis Motacilla cinerea Cinclus cinclus* Erithacus rubecula Sylvia atricapilla Cettia cetti Phylloscopus ibericus Garrulus glandarius Mamíferos Erinaceus europeus Sorex granarius* Talpa occidentalis Rhinolophus hipposideros* Myotis emarginatus* Myotis nattereri* Myotis bechsteinii* Myotis daubentonii* Pipistrellus pipistrellus Pipistrellus kuhli Nyctalus leisleri* Nyctalus lasiopterus/noctula* Eptesicus serotinus Barbastella barbastellus* Plecotus auritus Tadarida teniotis* Sciurus vulgaris Microtus lusitanicus Microtus agrestis Mus musculus Vulpes vulpes Mustela nivalis Mustela putorius Martes foina Meles meles Genetta genetta Herpestes ichneumon Sus scrofa 63,32 12,50 38,66 37,10 34,50 14,06 50,22 48,68 18,83 32,94 18,82 14,10 8,86 21,45 14,61 35,57 13,05 14,61 18,29 33,43 10,40 6,26 38,69 24,02 24,65 35,11 34,54 52,89 35,53 18,28 27,71 43,94 34,52 21,43 42,94 30,33 29,85 18,28 27,17 13,04 6,76 4,16 7,82 12,01 8,86 8,86 18,82 26,13 6,76 26,52 1ª Fase – Relatório de Caracterização 175 Plano de Ordenamento da APPSA BIÓTOPO “ÁREA AGRÍCOLA” Espécies Lepidópteros 1 Cossus cossus 2 Zeuzera pyrina 3 Lasiocampa quercus 4 Pachygastria trifolii 5 Agrius convolvuli 6 Mimas tiliae 7 Laothoe populi 8 Hyles lineata livornica 9 Thymelicus flavus 10 Lycaena phlaeas 11 Callophrys rubi 12 Syntarucus pirithous 13 Aricia agestis 14 Inachis io 15 Vanessa atalanta 16 Vanessa cardui 17 Polygonia c-album 18 Argynnis paphia 19 Issoria lathonia 20 Mellicta athalia 21 Eurodryas aurinia* 22 Hipparchia alcyone 23 Hipparchia semele 24 Hipparchia statilinus 25 Melanargia lachesis 26 Melanargia ines* 27 Maniola jurtina 28 Pyronia tithonus 29 Pyronia bathseba 30 Pyronia cecilia 31 Coenonympha pamphilus 32 Coenonympha dorus 33 Coenonympha arcania 34 Pararge aegeria 35 Pieris brassicae 36 Artogeia napi 37 Artogeia rapae 38 Pontia daplidice 39 Anthocaris cardamines 40 Colias croceus 41 Leptidia sinapis 42 Iphiclides podalarius 43 Zygaena trifolii 44 Cilix glaucata 45 Cosmorhoe ocellata 46 Gymnoscelis rufifasciata 47 Chloroclystis v-ata 48 Perizoma didymata 49 Epirrhoe rivata 50 Camptogramma bilineata 51 Aplocera efformata 52 Rhodometra sacraria 53 Idaea ochrata 54 Idaea moniliata VEE max. 6,11 6,11 8,05 5,17 12,22 10,40 7,52 15,10 3,76 6,11 3,76 9,48 9,46 12,75 15,51 14,57 11,81 10,40 17,45 9,46 21,05 9,46 9,46 5,17 19,47 20,90 5,17 5,17 16,61 10,89 5,17 13,75 13,75 5,17 12,22 9,46 5,17 12,22 9,46 12,22 13,24 7,52 8,46 5,17 6,11 3,76 3,76 5,19 6,11 3,76 11,83 15,51 8,46 6,11 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 Idaea circuitaria Idaea elongaria Idaea seriata Idaea subsericeata Idaea contiguaria Idaea aversata Idaea degeneraria Scopula imitaria Petrophora chlorosata Opistograptis luteolata Crocallis elinguaria Ourapteryx sambucaria Biston betularia Peribatodes rhomboidaria Selidosema brunnearia Cleorodes lichenaria Serraca punctinalis Tephronia sepiaria Campaea margaritata Hemithea aestivaria Thyatira batis Thaumetopoea herculeana Phalera bucephala Stauropus fagi Porthetria dispar Euproctis chrysorrhoea Paidia murina Milthochrista miniata Systropha sororcula Eilema complana Eilema caniola Eilema uniola Coscinia cribaria Phragmatobia fuliginosa Cymbalophora pudica Spilarctia lubricepeda Spilosoma lutea Arctia villica Euplagia quadripunctaria* Euxoa obelisca Agrotis segetum Agrotis exclamationis Agrotis trux Agrotis ipsilon Agrotis crassa Noctua pronuba Noctua orbona Noctua comes Noctua fimbriata Noctua janthina Noctua interjecta Epilecta linogrisea Paradiarsia glareosa Peridroma saucia Diarsia guadarramensis Xestia c-nigrum Xestia baja Xestia xantographa 9,48 3,76 8,46 5,17 5,17 5,17 5,17 3,76 6,11 7,52 7,54 10,89 7,52 5,17 5,17 5,17 6,11 5,17 11,81 8,05 6,11 16,61 17,45 14,69 6,11 6,11 5,17 5,17 5,17 5,17 5,17 5,17 3,76 3,76 10,89 3,76 8,05 3,76 24,11 3,76 10,81 3,76 8,05 10,81 13,77 3,76 8,05 8,05 12,34 8,05 12,34 12,34 8,05 10,81 11,83 12,22 3,76 8,05 1ª Fase – Relatório de Caracterização 176 Plano de Ordenamento da APPSA 113 114 115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 141 142 143 144 145 146 147 148 149 150 151 152 153 154 155 156 157 158 159 160 1 2 3 4 5 1 2 3 Heliothis armigera Axylia putris Lacanobia w-latinum Lacanobia oleracea Hecatera cf bicolorata Hadena rivularis Hadena confusa Mythimna ferrago Mythimna albipuncta Mythimna vitellina Mythimna l-album Mythimna sicula scirpi Mythimna putrescens Mythimna loreyi Calophasia platyptera Leucochlaena oditis* Aporophyla nigra Trigonophora flammea Polymixis flavicincta Polymixis dubia* Agrochola lychnidis Omphaloscelis lunosa Acronicta aceris Acronicta psi Acronicta euphorbiae Acronicta rumicis Cryphia ravula Cryphia ereptricula Cryphia muralis Amphipyra pyramidea Mormo maura Euplexia lucipara Phlogophora meticulosa Callopristia juventina Actinotia hyperici Mesoligia furuncula Mesapamea secalis Luperina testacea Sesamia nonagrioides Hoplodrina alsines Hoplodrina ambigua Stilbia cf anomala Elaphria venustula Diachrysia chrysitis Macdunnoughia confusa* Autographa gamma Dysgonia algira Phytometra viridaria Anfíbios Salamandra salamandra Triturus boscai* Triturus marmoratus* Alytes obstetricans* Bufo bufo Répteis Tarentola mauritanica Lacerta schreiberi* Lacerta lepida 10,81 8,05 8,05 8,05 9,46 13,75 9,46 8,05 5,17 12,22 12,22 9,46 5,17 9,46 10,40 20,90 8,05 19,47 5,17 23,78 8,05 9,46 14,69 10,40 13,75 3,76 5,17 13,75 5,17 14,69 11,81 12,34 15,10 14,69 14,69 13,75 13,75 13,75 15,10 12,34 8,05 13,75 9,46 17,04 22,23 10,81 5,17 17,04 4,70 28,26 26,70 26,70 6,26 17,77 48,68 18,83 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Psammodromus algirus Anguis fragilis Blanus cinereus Malpolon monspessulanus Natrix natrix Vipera latastei* Aves Alectoris rufa Cuculus canorus Asio flammeus* Athene noctua Apus apus Ptyonoprogne rupestris Hirundo rustica Delichon urbica Anthus pratensis Anthus trivialis Motacilla alba Motacilla cinerea Troglodytes troglodytes Luscinia megarhynchos Saxicola torquata Turdus philomelos Turdus iliacus Turdus merula Sylvia borin Sylvia atricapilla Sylvia melanocephala Muscicapa striata Ficedula hypoleuca Parus major Parus ater Parus caeruleus Aegithalos caudatus Garrulus glandarius Corvus corone Sturnus unicolor Passer domesticus Fringilla coelebs Fringilla montifringilla Carduelis carduelis Carduelis chloris Carduelis spinus Serinus serinus Pyrrhula pyrrhula Emberiza cia Mamíferos Erinaceus europeus Sorex granarius* Crocidura russula Talpa occidentalis Rhinolophus hipposideros* Myotis daubentonii* Pipistrellus pipistrellus Pipistrellus kuhli Nyctalus lasiopterus/noctula* Barbastella barbastellus* Plecotus auritus 18,82 15,14 30,83 14,10 8,86 37,68 16,18 17,70 35,05 13,05 15,62 15,69 14,61 14,61 24,03 30,33 14,61 13,57 14,61 20,85 14,61 11,46 11,46 9,90 32,43 14,61 20,89 20,91 30,33 13,05 17,76 14,61 14,61 10,40 15,14 25,61 9,36 11,46 24,03 15,65 14,61 24,03 14,61 20,88 25,60 6,26 38,69 7,82 24,02 24,65 26,17 12,56 21,99 27,76 36,18 23,57 1ª Fase – Relatório de Caracterização 177 Plano de Ordenamento da APPSA 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 Lepus capensis Oryctolagus cuniculus Microtus lusitanicus Microtus agrestis Apodemus sylvaticus Rattus rattus Mus spretus Mus musculus Eliomys quercinus Vulpes vulpes Mustela nivalis Mustela putorius Meles meles Genetta genetta Sus scrofa 8,86 13,06 27,17 13,04 5,73 4,16 16,72 6,76 20,41 4,16 7,82 12,01 8,86 18,82 3,12 BIÓTOPO “AGLOMERADOS E ESTRUTURAS ARTIFICIAIS DISPERSAS” Espécies VEE max. Lepidópteros 1 Lasiocampa quercus 8,05 2 Pachygastria trifolii 5,17 3 Agrius convolvuli 12,22 4 Hyles lineata livornica 15,10 5 Thymelicus flavus 3,76 6 Lycaena phlaeas 6,11 7 Callophrys rubi 3,76 8 Syntarucus pirithous 9,48 9 Aricia agestis 9,46 10 Inachis io 12,75 11 Vanessa atalanta 15,51 12 Vanessa cardui 14,57 13 Polygonia c-album 11,81 14 Argynnis paphia 10,40 15 Issoria lathonia 17,45 16 Mellicta athalia 9,46 17 Eurodryas aurinia* 21,05 18 Hipparchia alcyone 9,46 19 Hipparchia semele 9,46 20 Hipparchia statilinus 5,17 21 Melanargia lachesis 19,47 22 Melanargia ines* 20,90 23 Maniola jurtina 5,17 24 Pyronia tithonus 5,17 25 Pyronia bathseba 16,61 26 Pyronia cecilia 10,89 27 Coenonympha pamphilus 5,17 28 Coenonympha dorus 13,75 29 Coenonympha arcania 13,75 30 Pararge aegeria 5,17 31 Pieris brassicae 12,22 32 Artogeia napi 9,46 33 Artogeia rapae 5,17 34 Pontia daplidice 12,22 35 Anthocaris cardamines 9,46 36 Colias croceus 12,22 37 Cilix glaucata 5,17 38 Cosmorhoe ocellata 6,11 39 Gymnoscelis rufifasciata 3,76 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 Chloroclystis v-ata Perizoma didymata Epirrhoe rivata Camptogramma bilineata Aplocera efformata Idaea moniliata Idaea circuitaria Idaea elongaria Idaea seriata Idaea subsericeata Idaea contiguaria Idaea aversata Idaea degeneraria Scopula marginepunctata Scopula imitaria Petrophora chlorosata Ourapteryx sambucaria Peribatodes rhomboidaria Selidosema brunnearia Cleorodes lichenaria Tephronia sepiaria Hemithea aestivaria Thyatira batis Thaumetopoea herculeana Paidia murina Milthochrista miniata Systropha sororcula Eilema complana Eilema caniola Eilema uniola Coscinia cribaria Phragmatobia fuliginosa Cymbalophora pudica Spilarctia lubricepeda Spilosoma lutea Arctia villica Euplagia quadripunctaria* Euxoa obelisca Agrotis segetum Agrotis exclamationis Agrotis trux Agrotis ipsilon Agrotis crassa Noctua pronuba Noctua orbona Noctua comes Noctua fimbriata Noctua janthina Noctua interjecta Epilecta linogrisea Paradiarsia glareosa Peridroma saucia Diarsia guadarramensis Xestia c-nigrum Xestia baja Xestia xantographa Heliothis armigera Axylia putris 3,76 5,19 6,11 3,76 11,83 6,11 9,48 3,76 8,46 5,17 5,17 5,17 5,17 8,46 3,76 6,11 10,89 5,17 5,17 5,17 5,17 8,05 6,11 16,61 5,17 5,17 5,17 5,17 5,17 5,17 3,76 3,76 10,89 3,76 8,05 3,76 24,11 3,76 10,81 3,76 8,05 10,81 13,77 3,76 8,05 8,05 12,34 8,05 12,34 12,34 8,05 10,81 11,83 12,22 3,76 8,05 10,81 8,05 1ª Fase – Relatório de Caracterização 178 Plano de Ordenamento da APPSA 98 99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 Lacanobia w-latinum Lacanobia oleracea Hecatera cf bicolorata Hadena rivularis Hadena confusa Mythimna ferrago Mythimna albipuncta Mythimna vitellina Mythimna l-album Mythimna sicula scirpi Mythimna putrescens Mythimna loreyi Calophasia platyptera Leucochlaena oditis* Aporophyla nigra Trigonophora flammea Polymixis flavicincta Polymixis dubia* Agrochola lychnidis Omphaloscelis lunosa Acronicta euphorbiae Acronicta rumicis Cryphia ravula Cryphia ereptricula Cryphia muralis Euplexia lucipara Phlogophora meticulosa Callopristia juventina Actinotia hyperici Mesoligia furuncula Mesapamea secalis Luperina testacea Hoplodrina alsines Hoplodrina ambigua Stilbia cf anomala Elaphria venustula Diachrysia chrysitis Macdunnoughia confusa* Autographa gamma Dysgonia algira 8,05 8,05 9,46 13,75 9,46 8,05 5,17 12,22 12,22 9,46 5,17 9,46 10,40 20,90 8,05 19,47 5,17 23,78 8,05 9,46 13,75 3,76 5,17 13,75 5,17 12,34 15,10 14,69 14,69 13,75 13,75 13,75 12,34 8,05 13,75 9,46 17,04 22,23 10,81 5,17 1 2 3 1 2 3 4 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Anfíbios Triturus marmoratus* Alytes obstetricans* Bufo bufo Répteis Tarentola mauritanica Lacerta lepida Podarcis bocagei Psammodromus algirus Aves Apus apus Ptyonoprogne rupestris Hirundo rustica Delichon urbica Motacilla alba Phoenicurus ochruros Passer domesticus Mamíferos Erinaceus europeus Crocidura russula Rhinolophus hipposideros* Myotis emarginatus* Myotis nattereri* Myotis daubentonii* Pipistrellus pipistrellus Pipistrellus kuhli Nyctalus leisleri* Nyctalus lasiopterus/noctula* Eptesicus serotinus Barbastella barbastellus* Plecotus auritus Tadarida teniotis* Sciurus vulgaris Rattus rattus Mus musculus Eliomys quercinus Martes foina Genetta genetta 26,70 26,70 6,26 17,77 18,83 32,94 18,82 16,66 20,89 19,81 19,81 14,61 17,21 9,36 2,10 7,82 34,01 43,43 39,22 35,53 21,92 28,75 42,90 34,52 25,07 42,94 30,33 36,61 14,12 4,16 6,76 20,41 8,86 18,82 A valoração foi obtida recorrendo aos VEE das espécies de cada grupo taxonómico – invertebrados e vertebrados, aplicando-se aos invertebrados a equação: VFB = 2 ∑ VEEa + ∑ VEEb × log RE n onde, VFB = valor faunístico do biótopo pelo grupo dos invertebrados VEEa = valor ecológico das espécies de invertebrados com VEE mais elevado VEEb = valor ecológico das restantes espécies de invertebrados n = número total de espécies de invertebrados ocorrentes na área protegida RE = riqueza específica (número espécies de invertebrados ocorrentes no biótopo) 1ª Fase – Relatório de Caracterização 179 Plano de Ordenamento da APPSA e aplicando-se aos vertebrados a equação: VFB = 2 ∑ VEEa + ∑ VEEb × log RE n onde, VFB = valor faunístico do biótopo pelo grupo dos vertebrados VEEa = valor ecológico das espécies de vertebrados com VEE mais elevado VEEb = valor ecológico das restantes espécies de vertebrados n = número total de espécies de vertebrados ocorrentes na área protegida RE = riqueza específica (número espécies de vertebrados ocorrentes no biótopo). O valor final do biótopo é dado pela junção do VFB do grupo dos invertebrados e do VFB do grupo dos vertebrados: VFB = VFB Invertebrados + VFBVertebrados As equações relativas aos invertebrados e aos vertebrados, ao privilegiarem as espécies com valores ecológicos mais altos, minimizam os erros induzidos por um simples cálculo da média aritmética dos VEE, erros associados ao “ruído” causado por espécies de menor importância, que encobrem o contributo das espécies mais importantes para a conservação. Uma vez determinados os VFB, procedeu-se à sua hierarquização, em função das espécies que os utilizam e da própria riqueza específica. Determinou-se assim o valor dos biótopos, ao atribuir-se um nível de classificação de acordo com a sua relevância para a conservação da fauna, considerando quatro níveis de classificação: Excepcional, Alto, Médio ou Baixo (Tabela 51). Tabela 51 – Níveis de classificação dos biótopos (significância). VFB > 60 50 – 60 31 – 50 0 – 30 Valor Excepcional Alto Médio Baixo Os cálculos relativos à determinação dos VFB encontram-se resumidamente apresentados na Tabela 52. Tabela 52 – Determinação do Valor Faunístico dos Biótopos (VFB). Legenda: VEEa – valor ecológico das espécies com VEE mais elevado; VEEb – valor ecológico das restantes espécies ocorrentes na AP; ER – riqueza específica (número de espécies ocorrentes no biótopo. Biótopo FF P O MA MB FR AA AEa ∑ VEEa 356,57 161,84 132,97 161,84 161,84 258,19 132,97 132,97 Invertebrados ∑ VEEb n 1783,21 208 1252,15 208 1183,60 208 1149,25 208 1202,97 208 1596,33 208 1405,24 208 1161,78 208 RE 195 144 138 136 141 177 160 137 VFB 27,48 16,35 14,91 15,11 15,77 22,83 17,71 14,67 ∑ VEEa 503,00 341,80 396,76 126,27 142,97 680,71 356,52 362,56 Vertebrados ∑ VEEb n 1146,66 117 1016,09 117 1057,50 117 531,01 117 478,09 117 532,65 117 1065,70 117 402,09 117 RE 84 72 76 39 32 49 79 34 VFB 35,40 26,98 29,76 10,66 9,83 27,36 28,85 14,75 VFB Final 62,88 43,33 44,67 25,77 25,60 50,19 46,56 29,42 1ª Fase – Relatório de Caracterização 180 Plano de Ordenamento da APPSA Assim, a hierarquização final dos biótopos, por ordem de importância para a conservação da fauna, vem apresentada na Tabela 53, tendo sido cartografada na carta [28] – valoração dos biótopos para a fauna. Tabela 53 – Hierarquização do VFB e respectiva classificação. Biótopo FF FR AA O P AEa MA MB VFB 62,88 50,19 46,56 44,67 43,33 29,42 25,77 25,60 Valor Excepcional Alto Médio Médio Médio Baixo Baixo Baixo 1ª Fase – Relatório de Caracterização 181 Plano de Ordenamento da APPSA C.IV. Anexo – Lista de Espécies de Briófitos Inventariadas na APPSA (Silva et al., 1985) Espécies ANTHOCEROTOPSIDA Anthocerotaceae Anthoceros punctatus L. Phaeocerus bulbiculosus (Brotero) Prosk. Phaeocerus laevis (L.) Prosk. MARCHANTIOPSIDA Calypogeaceae Calypogeia fissa (L.) Raddi Cephaloziaceae Cephalozia bicuspidata (L.) Dum. Cephalozia lunulifolia (Dum.) Dum. Cephalozielaceae Cephaloziella elegans (Heeg.) Schiffn Cephaloziella turneri (Hook.) K. Mull. Geocalycaceae Chiloschyphus polyanthos (L.) Corda incluindo C. polyanthos var. rivularis Lophocolea bidentata (L.) Dum. Lophocolea heterophylla (Schrad.) Dum. Saccogyna viticulosa (L.) Dum. Lejeuneaceae Cololejeunea rossetiana (Massal.) Schiffn. Lejeunea cavifolia (Ehrh.) Lindb. Lejeunea eckloniana Lindenb. Lejeuna lamacerina (Steph.) Schiffn. Lejeuna patens Lindb. Conocephalaceae Conocephalum conicum (L.) Underw. Corsiniaceae Corsinia coriandrina (Spreng.) Lindb. Scapaniaceae Diplophyllum albicans (L.) Dum. Scapania compacta (Roth.) Dumort. Scapania nemorea (L.) Grolle Wiesnerellaceae Dumortiera hirsuta (L.) Dum. Codoniaceae Fossombronia angulosa (Dicks.) Raddi Fossombronia husnotii Corb. Frullaniaceae Frullania dilatata (L.) Dum. Frullania tamarisci (L.) Dum. Arnelliaceae Gongylanthus ericetorum (Raddi) Nees Jungermanniaceae Jungermannia gracillima Sm. Nardia scalaris S. Gray Lepidoziaceae Lepidozia reptans (L.) Dum. Lunulariaceae Lunularia cruciata (L.) Dum. Aytoniaceae Mannia androgyna (L. emend. Lindb.) Evans Reboulia hemisphaerica (L.) Dum. Gymnomitriaceae Marsupella emarginata (Ehrh.) Dum. Marsupella profunda Lindb. Metzgeriaceae Metzgeria conjugata Lindb. Metzgeria furcata (L.) Dum. Pallaviciniaceae Pallavicinia lyelly Hook. Pelliaceae Pellia epiphylla (L.) Corda Plagiochilaceae Plagiochila porelloides (Torrey ex Nees) Lindeno. Porellaceae Porella arboris-vitae (With.) Grolle Porella obtusata (Tayl.) Trev. Radulaceae Radula complanata (L.) Dum. Radula lindenbergiana Gott ex. Hartm. Aneuraceae Riccardia chamedryfolia (With.) Grolle Riccardia latifrons (Lindb.) Lindb. Ricciaceae Riccia crozalsii Levier Riccia somieri Levier Riccia sorocarpa Bisch. Riccia subbifurca Warnst. Targioniaceae Targionia hypophylla L. Targionia loorberiana K. Müll BRYOPSIDA Leucodontaceae Antritrichia curtipendula (Hedw.) Brid. Leucodon sciuroides (Hedw.) Schw. var. morensis (Schwaegr.) De Not. Pterogonium gracile (Hedw.) Sm. Polytrichaceae Atrichum angustatum (Brid.) B.,S. & G. Atrichum undulatum (Hedw.) P. Beauv. Pogonatum aloides (Hedw.) P. Beauv. Polytrichum formosum Hedw. Polytrichum piliferum Hedw. Aulacomniaceae Aulacomnium androgynum (Hedw.) Schwaegr. Bartramiaceae Bartramia pomiformis Hedw. Bartramia stricta Brid. Philonotis arnellii Husn. Philonotis rigida Brid. Brachytheciaceae Brachythecium velutinum (Hedw.) B.,S. & Eurhynchium praelongum (Hedw.) B.,S. & G. var. praelongum Eurhynchium praelongum var. stokesii (Turn.) Dix. Eurhychium pumilum (Wils.) Schimp. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 182 Plano de Ordenamento da APPSA Eurhychium speciosum (Brid.) Jur. Eurhychium striatum (Hedw.) Schimp. Homalothecium sericeum (Hedw.) B.,S. & G. Isothecium myosuroides Brid. Rinchostegium riparioides (Hedw.) Card. Scleropodium purum (Hedw.) Limpr. Scorpiurium circinatum (Brid.) Fleisch. & Loeske Bryaceae Bryum bicolor Dicks. Bryum capillare Hedw. Bryum donianum Grev. Bryum dunense A.J.E.Sm. & H. Whiteh. Bryum pseudotriquetrum (Hedw.) Gae Epipterygium tozeri (Grev.) Lindb. Pohlia elongata Hedw. Pohlia proligera (Kindb. ex Breidl.) Lindb. ex H. Arn. Amblystegiaceae Calliergonella cuspidata (Hedw.) Loeske Dicranaceae Campylopus atrovirens De Not Campylopus flexuosus (Hedw.) Brid. Campylopus pilifer Brid. Campylopus pyriformis Brid. var. pyriformis Ceratodon purpureus (Hedw.) Brid. Dicranella heteromalla (Hedw.) Schimp. Dicranella varia (Hedw.) Schimp. Dicranum scoparium Hedw. Ditrichum subulatum Hampe Leucobryum juniperoideum (Brid.) C. Mull. Pleuridium acuminatum Lindb. Thuidiaceae Claopodium whippleanum (Sull.) Ren. & Card. Heterocladium heteropterum (Brid.) B.,S. & G. var. heteropterum Thuidium tamariscinum (Hedw.) B., S. & G. Pottiaceae Didymodon insulanus (De Not.) M. Hill Hymenostylium recurvirostrum (Hedw.) Dix. Pleurochaete squarrosa (Brid.) Limpr. Pottia truncata (Hedw.) B. & S. Pseudocrossidium hornschuchianum (K. F. Schultz) Zander Tortella flavovirens (Bruch.) Broth. Tortula atrovirens (Sm.) Lindb. Tortula canescens Mont. Tortula cuneifolia (With.) Turn. Tortula laevipila (Brid.) Schwaegr. Tortula ruralis (Hedw.) G., M. & S. Trichostomum brachydontium Bruch. Trichostomum brachydontium Bruch. var. littorale (Mitt.) C. Jens. Weissia controversa Hedw. Buxbaumiaceae Diphyscium foliosum (Hedw.) Mohr. Funariaceae Entosthodon attenuatus (Dicks.) Bryhn. Funaria hygrometrica Hedw. Fissidentaceae Fissidens bryoides (Hedw.) Fissidens curnovii Mitt. Fissidens limbatus Sull. Fissidens serrulatus Brid. Fissidens taxifolius Hedw. Fissidens viridulus (Sw.) Wahlenb. Grimmiaceae Grimmia pulvinata (Hedw.) Sm. Racomitrium canescens (Hedw.) Brid. Racomitrium heterostichum (Hedw.) Brid. Schistidium apocarpum (Hedw.) B.,S. & G. Hedwigiaceae Hedwigia ciliata (Hedw.) P. Beauv. Hookeriaceae Hookeria lucens (Hedw.) Sm. Hypnaceae Hypnum andoi A. J. E. Sm. Hypnum cupressiforme Hedw. Hypnum revolutum (Mitt.) Lindb. Plagiotheciaceae Isopterygium elegans (Brid.) Lindb. Plagiothecium nemorale (Mitt.) Jaeg. Plagiothecium succulentum (Wils.) Lindb. Mniaceae Mnium hornum Hedw. Mnium stellare Hedw. Plagiomnium affine (Bland.) T. Kop. Plagiomnium rostratum (Schrad.) T. Kop. Plagiomnium undulatum (Hedw.) T. Kop. Rhizomnium punctatum (Hedw.) T. Kop. Neckeraceae Neckera complanata (Hedw.) Hüb. Neckera crispa Hedw. Neckera pumila Hedw. Orthotrichaceae Amphidium mougeotii (B.,S. & G.) Schimp. Orthotrichum lyellii Hook. & Tayl. Orthotrichum rupestre Schleich. ex Schwaegr. Orthotrichum striatum Hedw. Zigodon baungartneri Malta Ptychomitriaceae Ptychomitrium polyphyllum (Sw.) B., S. & G. Thamniaceae Thamnobryum alopecurum (Hedw.) Nieuwl. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 183 Plano de Ordenamento da APPSA C.V. Anexo – Lista de Espécies de Macrofungos Inventariadas na Mata da Margaraça (Gama, 2004) Espécies ASCOMYCETES Geoglossaceae Geoglossum umbratile Sacc. Helotiaceae Bisporella citrina (Batsch.) Korf.& S.E. Carp. Leotiaceae Leotia lubrica (Scop.) Pers. Rutstroemiaceae Rutstroemia echinophila (Bull.) Korf. Rutstroemia firma (Pers.) P. Krast. Helvellaceae Helvella elastica Bull. Helvella queletii Bresad. Helvella sp. 1 Helvella sp. 2 Helvella sp. 3 Helvella sp. 4 Morchellaceae Morchella esculenta (L.) Pers. Pezizaceae Peziza sp. 1 Peziza sp. 2 Peziza sp. 3 Peziza sp. 4 Pyronemataceae Humaria hemisphaerica (F.H.Wigg) Fuckel Otidea alutaceae (Pers.) Masssee Scutellinia scutellata (L.) Lambotte Tarzetta catinus (Holmsk.) Korf & J.K. Rogers Sarcoscyphaceae Sarcoscypha coccinea (Jacq.) Sacc. Xylariaceae Xylaria sp.1 Xylaria hypoxylon (L.) Grev. BASIDIOMYCETES Agaricaceae Agaricus sp.1 Agaricus amanitiformis Wasser Agaricus arvensis Sch. Agaricus praeclaresquamosus A.E. Freeman Agaricus vaporarius (Pers.) Cappelli Cystolepiota adulterina (Moeller) M.Bon [conf.] Lepiota sp.1 Lepiota castanea Quél. Lepiota clypeolaria(Bull.) Quél. Leucoagaricus serenus (Fr.) Bon & Boiffard Macrolepiota mastoidea (Fr.) Sing. Macrolepiota procera (Scop.) Singer Bolbitiaceae Agrocybe aegerita (Brig.) Singer Conocybe vestita Hebeloma leucosarx P. D. Orton Panaeolus sp.1 Clavariaceae Clavaria sp.1 Coprinaceae Coprinus lagopus (Fr.) Fr. Coprinus micaceus (Bull.) Fr. Coprinus sp.1 Psathyrella sp.1 Psathyrella sp.2 Psathyrella hydrophila (Bull.) Maire Psathyrella multipedata (Peck.) Smith Cortinariaceae Cortinarius sp. 1 Cortinarius sp. 2 Cortinarius sp. 3 Cortinarius sp. 4 Cortinarius subgénero Dermocybe sp. 1 Cortinarius subgénero Leprocybe sp.2 Cortinarius subgénero Leprocybe sp.3 Cortinarius subgénero Leprocybe sp.4 Cortinarius subgénero Leprocybe sp.5 Cortinarius subgénero Leprocybe sp.6 Cortinarius subgénero Leprocybe sp.7 Cortinarius subgénero Leprocybe sp.8 Cortinarius subgénero Leprocybe sp.9 Cortinarius subgénero Leprocybe sp. 10 Cortinarius subgénero Leprocybe secção Orellani sp.1 Cortinarius subgénero Leprocybe secção Orellani sp. 2 Cortinarius subgénero Phlegmacium sp.x1 Cortinarius subgénero Sericeocybe sp.1 Cortinarius subgénero Telamonia sp.1 Cortinarius subgénero Telamonia secção Duracini sp.1 Cortinarius acutus (Pers.) Fr. Cortinarius anomalus (Fr.) Fr. Cortinarius duracinus Fr. Cortinarius saniosus (Fr.) Fr. Cortinarius stillatitius Fr. Cortinarius trivialis J. E. Lange Cortinarius vernus H. Lindstr. & Melot Crepidotus sp.1 Crepidotus variabilis (Pers.) P. Kumm. Galerina sp. 1 Galerina sp. 2 Galerina marginata (Batsch) Kuhner Gymnopilus sp.1 Gymnopilus sp.2 Gymnopilus penetrans (Fr.) Murrill Inocybe subgénero Inoybium sp.1 Inocybe subgénero Inoybium sp.2 Inocybe subgénero Inoybium sp.3 Inocybe subgénero Inoybium sp.4 Inocybe subgénero Inocybe secção cortinatae sp.1 Inocybe subgénero Inocybe secção Marginatae sp.1 Inocybe subgénero Inocybe secção Marginatae sp.2 Inocybe subgénero Inocybe secção Marginatae sp.3 1ª Fase – Relatório de Caracterização 184 Plano de Ordenamento da APPSA Inocybe subg. Inocybe sec. Petiginosae calosporineae sp.1 Inocybe rimosa var. rimosa (Bull.) Gillet Rozites caperatus (Pers.) P. Karst. Simocybe sp. 1 Entolomataceae Clitopilus prunulus (Scop.) Fr. Entoloma subgénero Eccilia sp.1 Entoloma subgénero Eccilia sp.2 Entoloma subgénero Nolanea sp.1 Entoloma subgénero Nolanea sp.2 Entoloma subgénero Nolanea sp.3 Entoloma subgénero Nolanea sp.4 Entoloma subgénero Nolanea sp.5 Entoloma subgénero Nolanea sp.6 Entoloma hirtipes (Schumach.) M.M. Moser Entoloma papillatum (Bres.) Dennis Entoloma sericeum (Bull.) Quél. Fistulinaceae Fistulina hepatica (Schaeff.) Hydnangiaceae Laccaria amethystina Cooke Laccaria laccata (Scop.) Fr. Lycoperdaceae Lycoperdon sp.1 Lycoperdon perlatum Pers. Marasmiaceae Marasmius sp.1 Marasmius sp.2 Marasmius secção Epiphyllii sp.1 Marasmius androsaceus (L.) Fr. Marasmius cohaerens (Alb.&Schwein.) Cook.&Quél. Marasmius epiphylloides (Rea) Sacc. Marasmius rotula (Scop.) Fr. Marasmius torquescens Quél. Micromphale sp.1 Micromphale foetidum (Sowerby) Singer Nidulariaceae Cyathus striatus (Huds : Pers) Wildenow Pluteaceae Amanita citrina (Schaeff.) Pers. Amanita gemmata (Fr.) Gilllet Amanita muscaria L. Hook. Amanita pantherina (D.C.) Krombh. Amanita phalloides Secr. Amanita rubescens (Pers.) Gray Amanita vaginata (Budd) Vitt Amanita subgénero amanitopsis sp. 1 Pluteus sp. 1 Pluteus cervinus P. Kumm. [conf.] Pluteus salicinus P. Kumm. Schizophyllaceae Schizophyllum commune Fr. Strophariaceae Hypholoma fasciculare (Huds) Quél. Tricholomataceae Clitocybe sp. 1 Clitocybe sp. 2 Clitocybe lignatilis (Pers.) P. Krast Clitocybe odora (Bull.) Fr. Clitocybe subspadicea (J.E. Lange) Bon & Chevassut Collybia fusipes (Bull.) Quél. Collybia sp.1 Hemimycena sp.1 Hygrocybe conica (Scop.) P. Kumm. Hygrocybe chlorophana (Fr.) Wunsch Hygrocybe pratensis var. pratensis (Pers.) Murril. Hygrocybe virginea (wulfen) P.D. Orton & Watling. Lepista inversa (Scop.) Pat. Lepista nuda (Bull.) Cooke Leucopaxillus sp.1 Lyophyllum sp.1 Mycena sp. 1 Mycena sp. 2 Mycena sp. 3 Mycena sp. 4 Mycena sp. 5 Mycena sp. 6 Mycena sp.7 Mycena sp. 8 Mycena sp.9 Mycena sp.10 Mycena sp.11 Mycena sp.12 Mycena subgénero Adonidae sp. 1 Mycena abramsii (Murrill) Murrill Mycena acicula (Sch) Kummer Mycena alnetorum J. Favre Mycena arcangeliana Bres. Mycena cinerella (P.Krast) P. Krast Mycena erubescens Hohn Mycena fibula (Bull.)Kühner Mycena galericulata (Scop.) Schaeff. Mycena inclinata (Fr.) Quél. Mycena pearsoniana Dennis ex Singer Mycena renati Quél. Mycena rorida (Scop.) Quél. Mycena rosea (Pers.) Sacc. Mycena seynesii (Quélet) Mycena stipata Maas Geest.&Schowbel Mycenella sp.1 Omphalina marchantiae (Sing.&Clém.) Norv.,Redh.&Amir. Panellus sp.1 Tephrocybe palustris (Peck) Donk Tricholoma sp.1 Tricholoma secção Imbricata sp. 1 Tricholoma acerbum (Bull.) Vent. Tricholoma fulvum (D. C.) Sacc. Tricholoma sulphureum (Bull.) Fr. Tricholomopsis rutilans (Schaeffer) Singer Xeromphalina sp.1 Boletaceae Boletus aestivalis (Paulet) Fr. Boletus calopus Fr. Boletus edulis Rostk. Boeltus erythropus Fr. Boletus radicans Pers. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 185 Plano de Ordenamento da APPSA Leccinum molle (Bon) Bon Phylloporus rhodoxanthus (Schw.) Bres. Xerocomus sp. 1 Xerocomus sp. 2 Xerocomus sp. 3 Xerocomus chrysenteron (Bull.) Quél. Xerocomus porosporus Imler Xerocomus subtomentosus (L.) Fr. Hygrophoropsidaceae Hygrophoropsis aurantiaca (Walfen) Maire Gyroporaceae Gyroporus cyanescens (Bull.) Quél. Paxillaceae Paxillus involutus (Batsch) Fr. Sclerodermataceae Astraeus hygrometricus (Pers.) Morgan Pisolithus tinctorius (Pers.) Coker & Couch. Scleroderma cepa Pers. Scleroderma citrinum Pers. Scleroderma sp.1 Suillaceae Suillus bovinus (Pers.) Kuntze Cantharellaceae Cantharellus cibarius Fr. Cantharellus tubaeformis (Bull.) Fr. Clavulinacea Clavulina sp.1 Clavulina sp.2 Clavulina cristata (Holmsk.) J. Schrot. Hydnaceae Hydnum repandum L. Hydnum rufescens Pers. Dacrymycetaceae Calocera sp.1 Calocera córnea (Batsch.) Fr. Calocera viscosa (Pers.) Fr. Hymenochaetaceae Coltricia perennis (L.) Murr. Phellinus sp. 1 Ramariaceae Ramaria stricta (Pers) Quél. Corticiaceae Pulcherricium caeruleum (Lam.) Parmasto Polyporaceae Laetiporus sulphureus (Fr.) Murr. Polyporus sp.1 Trametes sp.1 Russulaceae Lactarius sp.1 Lactarius aurantiofulvus J. Blum ex Bon Lactarius controversus Pers. ex Fr. [conf.] Lactarius mitissimus (Fr.) Fr. Lactarius pergamenus (Sw.) Fr. Russula sp. 1 Russula sp. 2 Russula sp. 3 Russula sp. 4 Russula sp. 5 Russula sp. 6 Russula sp. 7 Russula sp. 8 Russula acetolens Rauschert Russula acrifolia Romagn. [conf.] Russula anthracina Romagn. Russula aurea Pers. Russula brunneoviolacea Crawshay [conf.] Russula cyanoxantha (Schaeff.) Fr. Russula delica Fr. Russula ionochlora Romagn. Russula mesospora Singer [conf.] Russula parazurea J. Schaeff. [conf.] Russula pelargonia Niolle Russula virescens (Sch) Fr. Tremellaceae Tremella foliaceae Pers. Tremella mesenterica Retz. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 186 Plano de Ordenamento da APPSA C.VI. Anexo – Definição e Valoração das Unidades de Paisagem – Metodologia e Resultados Os critérios utilizados para a definição das unidades de paisagem presentes na APPSA foram adaptados da metodologia proposta no Caderno de Encargos, elaborado pelo ICN. Definição das Unidades de Paisagem Para a definição das unidades de paisagem presentes na APPSA, procuraram-se unidades homogéneas do ponto de vista paisagístico e com expressão cartográfica à escala de trabalho, analisando factores como por exemplo a fisiografia, os declives, o coberto vegetal e o uso do solo, juntamente com o grau de intervenção humana. Deste modo, foram definidas sete unidades de paisagem para APPSA: (1) a Mata da Margaraça, (2) os Socalcos Agrícolas, (3) as Aldeias, (4) as Folhosas, (5) o Pinhal, (6) os Matos e (7) a Fraga da Pena, cuja cartografia se encontra na carta [14]. Apresenta-se de seguida, na Tabela 54, uma breve caracterização de cada uma das unidades, no que respeita ao relevo, ao uso do solo, ao grau de intervenção humana e às suas características. Tabela 54 – Breve caracterização de cada unidade de paisagem presente na APPSA. Unidades Relevo Uso do Solo Intervenção Humana Mata da Margaraça Declivoso Floresta de folhosas Reduzida Socalcos agrícolas Plano a declivoso Área agrícola Elevada Aldeia Plano a declivoso Área urbana Elevada Folhosas Plano a declivoso Folhosas de regeneração ou residuais Média Pinhal Declivoso Pinhal de regeneração Elevada Matos Plano a declivoso Matos ou incultos Elevada Fraga da Pena Declivoso Linha de água com vegetação ripícola Reduzida Características Paisagem florestal de folhosas em etapa clímax, com características reliquiais e representantes da vegetação natural das encostas xistosas do centro de Portugal Paisagem homogénea, situada junto de povoações, ao longo das linhas de água ou nas encostas, com ocupação agrícola através de técnicas características de encostas declivosas e que sugerem um regime extensivo Paisagem fortemente humanizada, constituída pelos aglomerados urbanos de características serranas, com construções mais ou menos rústicas, em xisto, características da Serra do Açor Paisagem florestal de folhosas de regeneração ou residuais, com alguns sinais de intervenção humana e com elevado potencial ecológico Paisagem florestal de pinheiro bravo, que sugere alguma intervenção humana Paisagem de matos e incultos, que sugere acentuadas alterações no ambiente resultando numa paisagem degradada Paisagem florestal associada a uma linha de água onde se encontra uma falha geológica que dá origem a numerosas quedas de água. A fraca intervenção humana resulta das intervenções realizadas para melhorar os acessos destinados aos turistas 1ª Fase – Relatório de Caracterização 187 Plano de Ordenamento da APPSA Valoração das Unidades de Paisagem A valoração de cada uma das unidades de paisagem consideradas, e representada na carta [32], foi efectuada através da atribuição de um valor cénico-paisagístico (VCP), determinado a partir do somatório do valor atribuído a cada um de três parâmetros de valoração, segundo a equação: VCP = Diversidade + Harmonia + Identidade Estes parâmetros, (1) Diversidade (D), (2) Harmonia (Har) e (3) Identidade (I), determinam as áreas que apresentam um maior valor estético e também as que serão mais sensíveis à modificação. 1 – Diversidade O parâmetro Diversidade (D) considera fundamentalmente o valor biológico e ecológico da paisagem, tendo sido atribuído um peso maior às paisagens que apresentam maior diversidade e raridade no que respeita à fauna, às comunidades vegetais e aos habitats mais relevantes. Uma vez que se encontravam já determinadas, em valorações anteriores à presente (as valorações da flora, da vegetação e faunística), os valores da diversidade foram determinados recorrendo à média dos valores biológicos, de acordo com a equação abaixo indicada: DiversidadeFinal = D Fauna + D Flora + DVegetação 3 Os valores a atribuir ao parâmetro Diversidade são os seguintes: 0 – Nenhuma (se a valoração anterior7 é igual a Baixo) 1 – Pouca (se a valoração anterior é igual a Médio) 2 – Razoável (se a valoração anterior é igual a Alto) 3 – Muita (se a valoração anterior é igual a Excepcional) 2 – Harmonia A Harmonia é o parâmetro que reflecte o valor estético da paisagem, sendo, provavelmente, o mais subjectivo de todos eles, uma vez que esse valor depende de cada observador. Analisa questões como a Ordem, que traduz a estabilidade da utilização do território e o equilíbrio com as condições ecológicas, e a Grandeza, que traduz a importância da fisiografia impondo-se uma linha estruturante e articuladora, podendo criar bacias visuais e cenários de grande importância. Os valores a atribuir, na definição deste parâmetro são: 0 – Nenhuma 1 – Pouca 2 – Razoável 3 – Muita 7 Valoração relativa à flora, à vegetação e à fauna. 1ª Fase – Relatório de Caracterização 188 Plano de Ordenamento da APPSA 3 – Identidade Este parâmetro, Identidade (I), reflecte o valor da paisagem enquanto portadora de um património natural e genético, podendo ser uma referência única no contexto nacional, ou mesmo internacional, bem como do património construído, quer arquitectónico quer arqueológico, constituindo um marco de elevado valor histórico-cultural. É definido pela atribuição dos seguintes valores: 0 – Nenhuma 1 – Pouca 2 – Razoável 3 – Muita Da metodologia atrás exposta, resultou a determinação do VCP para a valoração das unidades de paisagem que se apresenta de seguida, na Tabela 55. Tabela 55 – Determinação do Valor Cénico-Paisagístico (VCP) das unidades de paisagem presentes na APPSA. Unidade de paisagem Mata da Margaraça Socalcos agrícolas Aldeia Folhosas Pinhal Matos Fraga da Pena Diversidade (Flora) 3 1 0 2 1 1 2 Diversidade (Vegetação) 3 0 0 1 0 0 2 Diversidade (Fauna) 3 1 0 3 1 0 2 Diversidade Harmonia Identidade VCP 3,0 0,7 0,0 2,0 0,7 0,3 2,0 3 3 2 3 1 2 3 3 3 1 1 0 0 3 9,0 6,7 3,0 6,0 1,7 2,3 8,0 Depois de determinado o VCP de cada unidade de paisagem, hierarquizam-se segundo a sua importância, pelos níveis de classificação apresentados na Tabela 56. Tabela 56 – Níveis de classificação das unidades de paisagem. VCP 8 ≤ VCP 6 < VCP < 8 3 < VCP ≤ 6 3 ≤ VCP Valor Excepcional Alto Médio Baixo Resultou, assim, a seguinte hierarquização das unidades de paisagem (Tabela 57): Tabela 57 – Valoração das unidades de paisagem e respectiva classificação. Unidade de Paisagem Mata da Margaraça Fraga da Pena Socalcos agrícolas Folhosas Aldeia Matos Pinhal VCP 9,0 8,0 6,7 6,0 3,0 2,3 1,7 Valor Excepcional Excepcional Alto Médio Baixo Baixo Baixo 1ª Fase – Relatório de Caracterização 189