Quem somos Castrelo do Val Povoada desde a época castrexa, à qual alude o topônimo, e durante a romanização, a paróquia de Castrelo pertenceu a Celanova durante a Idade Meia. Primeiro aparece como Castrelos (1029) e depois com o nome de Curral de Castrelo. No 1480 a encontramos mencionada em um documento com 23 vizinhos e pertencente a Lopo Salgado e sua linhagem. No 1491 se designa como Posa e Lugar de Castrelo. Com a constituição do condado de Monterrei são contínuos os pleitos e protestos dos vizinhos de Corral de Castrelo pela intrusões dos condes na mesma. Finalmente, no 1551 é desmembrada de Celanova e depois que um tempo sob poder real passa a depender do Condado. O topônimo provem do latim castrum, castro, castillo com sufixo diminutivo –elum. Campobecerros Se encontra mencionado em um documento de 1320 como Campo de Bezerros. Pertenceu à encomenda de São Marcos de León da Ordem Militar de Santiago. No civil esteve adscrita à jurisdição de Laza até mediados do XIX em que passa a depender de Castrelo. Também pertenceu ao arcprestazgo do Riós. O topônimo composto de lugar (campos) e a fauna (bezerros), se bem há quem diz que Bezerros vem do antropônimo Becerrius) Sanguñedo Lugar com capela, pertencente à paróquia de Campobecerros. Era cerrado dependente da colegiata de Xunqueira de Ambía. O topônimo provem do latim sanguine (sangue) mais o sufixo abundancial –edo. Nos documentos medievais aparecem muitos Sanguineto. Portocamba Anexo de Campobecerros, na documentação do século XV aparece como São Miguel de Porto a Camba. 1/6 Quem somos Do latim portu, passo estreito entre montanhas e de camba procedente da raiz céltica camb(curva). Camba é o nome do río que recorre a zona e que se menciona já no ano 1095. Porto a Camba alude ao passo pelo que se acede à População de Camba Por detrás de Fontefría Porto Camba da sierra agora vólvese vila cunha liña e carretera. Gondulfes No ano 1132 a encontramos mencionada como Sancta Crucem de Gondulfis, sendo fácil este cerrado por Fernando I (1176) à Mitra de Ourense. Foi anexo dependente do mosteiro de Servoi. Aqui aparece residindo em dezembro de 1491 o abade de Servoi dom Diego Gayoso. No leigo era um cerrado não dependente de Monterrei nele tiveram casa os do sobrenome Mascareñas: dom Juan Manuel Mascareñas, erudito investigador, escreveu nesta casa solarenga as primeiras notícias que tivemos do Misal de Monterrei e desde a mesma publicou duros ataques (1812) contra a invasão francesa apesar do seu passado volteriano. Um dos freis franciscanos de Monterrei diz que nasceu em Santa Elena da Cruz de Gondulfes com o qual cerca deduzir que também esteve a paróquia sob esta invocación. Hoje é paróquia de primeira classe e de apresentação ordinária. Conta com três cálices de Rañoi, ouvires auriense do Séc.XIX. O topônimo há alusão a um possuidor germânico procendente de Gund-, Gond- (luta) e Wulfs (lobos). Gondulfus e Gondulfo são nomes que se repetem nos documentos da Idade Meia. Marbán Lugar pertencente à paróquia de Gondulfes. Existe um sobrenome nobiliário deste nome e no ano 950 se recolhe o nome de Ioannis Marvariz. A forma Marwan e Marvan também aparece em alguns documentos referentes ao Vale datados no 1026. Topônimo alusivo a um posesor germânico, latinizado como Marbanus. 2/6 Quem somos Nocedo do Val Aparece registrado como Nozedelo no ano 985 e como Nozedo no ano 1029. Em documentos dos anos 1043, 1274, 1339 e 1347 dise Nocedo. Passou esta vila a Celanova no 1043 por doação dos irmãos Alonso, Munio, Guntroda, Guntina, Adaulfo e Adosinda Alva. No ano 1480 (23 vizinhos) aparece mencionado como Nocedo e Nocelo, pertencente a Sancho de Ulloa no nome de sua filha Francisca e Estúñiga e a Gonzalo Rodríguez de Soutelo. Era conhecida esta vila como a Jóia do Conde. Em 1626 destaca o pároco Pedro Díaz de Murga. No ano 1870 o pároco Antonio Caldelas tinha uma biblioteca com mais de mil volumes localizada na rectoral. Era quarto de entrada e apresentação do Conde de Monterrei e pagava dezmos por arcedinado. As obras na nova igreja de Nocedo começadas no ano 1916 podem continuarse no seguinte (1917) graças ao envio de 1.100 pesetas que lhes fez o ex-ministro, mas ainda deputado, Luis Espada. O topônimo procede do Latim nuce (noz) mais o sufixo abundacial –etum (-edo). Pepín Foi anexo de Servoi e fez parte do patrimônio do mosteiro. Aparece mencionado no 1029 como Pepini e já no 1132 como São Vicenti de Pepín. notros documentos se designa como Pepín. Hoje é paróquia de provisão ordinária. O topônimo há alusão a um possuidor romano de nome Pepinus. Como tantos outros nomes da geografia galega e do norte de portugal terminados em -in ou -i, o topônimo conserva a derivação do genitivo latino (que há referência à posse). Ribas Lugar pertencente à paróquia de Pepín. Topônimo procedente do latim ripa (Riparia > Ribeira), borda de um río ou de uma localização. 3/6 Quem somos Piornedo Esta paróquia se encontra mencionada no ano 1029 como Piorneto e Piornedo pertencendo a Soto Vermui e já no ano 1487 como Senhorio de Piornedo, sendo um dos cerrados dependentes de Servoi que o compartilhava com a colegiata de Xunqueira de Ambía. Era curato de entrada e apresentação ordinária. O topônimo procedo do latim vibunu (piorno), e o sufixo abundancial –etum (-edo). Monteveloso Lugar pertencente à paróquia de Piornedo. Topônimo composto de montis (monte) com o qualificativo veloso que, em alguns documentos (1793) e mapas antigos aparece com “v” em referência a velado (oculto pela neblina). Outra denominação popular da zona é Monteboloso, que poderia ter origem na sua alusão a bola (com um significado redundante de farallón, elevação). Servoi Aparece mencionado já na Idade Meia como mosteiro de Servo Dei. A invocación a São Juán possivelmente indique a pertinência a esta ordem, mesmo que também se alude aos beneditinos como possuidores do mesmo. No 1132, Afonso VII se o doa à Igreja de Ourense, denominándolo Monasteriolo. Cara o 1194 se cita como Servoei. A ele pertenciam diversas paróquias e lugares fruto doutas tantas doações. O nome alude aos servos de Deus que habitaram o lugar. A evolução do topônimo foi Servo Dei > Servo(d)ei > Servoei > Servoi Fontefría Lugar pertencente à paróquia de Servoi. Existe uma estrofe popular que diz: 4/6 Quem somos O lugar de Fontefría ten catro salideiros cría mozas coma rosas e mozos como granadeiros. Páxaro que vas voando por riba desa auga fría has de lle dar moitos recordos ás mozas de Fontería. O topônimo está composto por fontis (fonte), e o qualificativo relativo à temperatura fria. Vilar Este povo aparece mencionado pela primeira vez como Villar no ano 1029. No século XIII aparece como Villar de Fontefría. O topônimo há alusão a uma vila (do latim villare) ou casco urbano. Veigadenostre No religioso, pertence à paróquia de São Lucas de Parada da Sierra, mas no civil pertence à Castrelo dó Val. Era cerrado da Colegiada de Xunqueira de Ambía. O topônimo está composto por várzea (procedente do preindoeuropeo baika) e nostre (que pode vir do latim noster – nostratim – fazendo assim referência a um “lugar nosso” – loci noster – segundo o velho costume em alusão à diferente pertinência religiosa – a Gudiña – e territorial – Castrelo do val –) Informação extraída do livro “Crônicas Rexiomontanas” escrito pelo historiador local Xerardo Dasairas, a quem lhe agradecemos o interesse pela comarca. 5/6 Quem somos 6/6