UNEMAT Universidade do Estado de Mato Grosso INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS E PREDIAIS Professora: Engª Civil Silvia Romfim INSTALAÇÕES PREDIAIS DE GÁS 2 Objetivo: Fornecer Gás Combustível com segurança e sem interrupções para residências. Tipos de Gases: Os gases combustíveis oferecidos no Brasil são: GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) Botijões; GN (Gás Natural) Gás de Rua (SP e RJ); GNC – GNV (Gás Natural Comprimido – Gás Natural Veicular) 3 Um sistema de Gás Centralizado está composto de: 1. Central de Gás (Central de G.L.P.) onde ficam armazenados os cilindros de gás. Os cilindros, que podem conter 45 kg ou 90 kg de G.L.P. (P-45 e P-90), são separados em duas baterias, uma "ATIVA“ que fica em carga (em uso), e a outra "DE RESERVA", que só será acionada quando o gás da outra tiver terminado. 4 Rede Primária Do regulador de primeiro estágio até o de segundo estágio (150kPa).5 Rede Secundária Do regulador de segundo estágio ou único até o ponto de consumo 6 7 Um sistema de Gás Centralizado está composto de: 2. Rede de canalizações (tubulações) que levam o gás combustível da Central até as diversas unidades da edificação (pontos de consumo). 8 Um sistema de Gás Centralizado está composto de: 3. Medidores de consumo instalados na entrada de cada unidade. 9 Projeto de Gás Centralizado Segundo as Normas do Corpo de Bombeiros da Policia Militar, o Sistema de Gás de uma edificação deverá fazer parte integrante do Projeto de Prevenção Contra Incêndios, constando de: 1. Planta Baixa e Cortes 2. Detalhes Construtivos das Canalizações 3. Planilha de Cálculo do Dimensionamento das Canalizações 4. Planilha de Cálculo do Dimensionamento da Central de Gás 10 11 Os tanques ou cilindros serão ligados à rede de distribuição primária por meio de gambiarra que disporá de válvulas de paragem de fecho rápido para cada 12 bateria. Dentro do abrigo deverão ser instaladas as seguintes peças: 1. Válvula de Primeiro Estágio 2. Manômetro 3. Registro de Paragem (fecho rápido) 13 A localização desses abrigos deverá obedecer às seguintes condições: a. Estar situado em área comum. b. Possuir fácil acesso. c. Não podem ser instalados em compartimentos que tenham outras destinações. d. Não podem ser instalados em escadas nem em seus patamares. 14 15 A proteção da Central de Gás deverá ser feita por extintores portáteis de incêndio conforme tabela abaixo, de acordo com a Capacidade Extintora (C-E): 16 Sistema de Tanque Fixo O uso de baterias substituíveis de botijões de GLP nos sistemas de gás centralizado está se tornando ultrapassado e praticamente não é mais utilizado. Praticamente todos os projetos de novas edificações já estão prevendo o sistema de gás centralizado com tanque fixo recarregável. O novo sistema desenvolvido permite o abastecimento do GLP diretamente de um caminhão para o tanque estacionário (fixo) localizado dentro da casa de gás. 17 Sistema de Tanque Fixo: Vantagens 1. O novo sistema proporciona maior segurança, sendo que o risco de vazamento fica reduzido aos menores níveis. 2. Maior economia de espaço; 3. Menor tempo de abastecimento; 4. No sistema de baterias removíveis o consumidor sempre perde com o resíduo de GLP remanescente nos cilindros que acaba indo para a distribuidora dentro dos cilindros considerados "vazios“; 5. O tanque estacionário além de ser equipado com dispositivo de segurança, possui em sua parte superior um mostrador de nível (volume) que indica com precisão o nível de gás ainda disponível, facilitando ao usuário o controle da recarga; 6. O próprio caminhão da empresa distribuidora do gás possui uma impressora que imediatamente após o abastecimento emite comprovante de medição, 18 incluindo a quantidade fornecida, data e hora do fornecimento. Sistema de Tanque Fixo: Central de Gás 19 Dimensionamento da Tubulação Normas Brasileiras NBR 13932 "Instalações internas de gás liquefeito de petróleo (GLP) – Projeto e execução", NBR 13933 "Instalações internas de gás natural (GN) – Projeto e execução" NBR 14570 "Instalações internas para uso alternativo dos gases GN e GLP - Projeto e execução" 20 Dimensionamento da Tubulação 21 Dimensionamento da Tubulação 22 Fonte: ABNT NBR 13932:1997 23 Dimensionamento da Tubulação Col 1: Denominação do trecho Col 2: C = Soma das potências do ramal Col 3: F = Fator de Simultaneidade (da curva) Col 4: A= Potência adotada = CxF Col 5: Q = Vazão do gás (Q) = (A) / (PCI) , onde devemos adotar PCI (Poder Calorífico Inferior) do GLP como sendo 24.000 kcal/ m3. 24 Se adota um diâmetro para a tubulação Col 6: L = Comprimentos dos tubos Col 7: Lequi = Comprimento equivalente das singualridases (curvas, reduções) Col 8: Ltotal = Comprimento Total Col 9: Pressão inicial – Depois do regulador Col 10: Perda de pressão no trecho: Não pode ser maior que 15kPa Rede primária: Trecho da instalação situado entre o regulador de primeiro estágio. Rede secundária: Trecho da instalação situado entre o regulador de segundo estágio ou estágio único e os aparelhos de utilização. 25 Col 11: Pressão final: não pode ser inferior a 2,5kPa em redes secundárias (Aumentar o diâmetro). Exemplo de dimensionamento da instalação de gás: Instalação residencial Fonte: ABNT NBR 13932:1997 26 Adotou-se: - tubo cobre classe I; 27 Col 1: Denominação do trecho : AB Col 2: C = Soma das potências do ramal: 11.000 + 14.700 + 6.000 = 31.700kcal/h Col 3: F = Fator de Simultaneidade kcal/min 31.700 𝐶= = 528,33 𝑘𝑐𝑎𝑙/𝑚𝑖𝑛 60 F= 100/((1 + 0,001 528,33 − 349 28 F = 91,60 0,8712 ) Col 4: A = Potência adotada = CxF = 31.700 X 91,60% = 29032 kcal/h Col 5: Q = Vazão do gás (Q) = (A) / (PCI) Q = 29032/24000 Q = 1.21 m³/h Col 6: L = Comprimentos dos tubos = 6m 29 Col 7: Lequi = Comprimento equivalente das singularidades (curvas, reduções) Perda para dois joelhos de 90º = Lequi = 2 x 1,20 = 2,40m Col 8: Ltotal = Comprimento Total = Ltubo + Lequi = 8,40 m 30 31 Col 9: Pressão inicial – Depois do regulador A pressão nominal para fogões, fornos, fogareiros e aquecedores de água a gás, todos de modelo doméstico, está normalizada em 2,80 kPa (0,027 kgf/cm²). 32 Col 10: Perda de pressão no trecho: Não pode ser maior que 15kPa. Onde: dg é a densidade relativa do GLP (adotar 1,8). D é o diâmetro interno adotado, em milímetros. 1,211,82 ∆𝑃 = 2273 . 1,8 . 8,40 . 204,82 ∆𝑃 = 0,027𝑘𝑃𝑎 33 Col 11: Pressão final: não pode ser inferior a 2,5kPa em redes secundárias (Aumentar o diâmetro). PF = 2,8 – 0,027 = 2,773 kPa > 2,5kPa – Ok para tubo de cobre 22mm. 34 Atividade: Fazer a conferência dos cálculos para os outros trechos do sistema. 35 Referências NBR 13932 "Instalações internas de gás liquefeito de petróleo (GLP) – Projeto e execução", NBR 13933 "Instalações internas de gás natural (GN) – Projeto e execução" NBR 14570 "Instalações internas para uso alternativo dos gases GN e GLP - Projeto e execução" 36