Guia da Tele-entrevista Perspectivas Globais, Soluções Locais Sumário executivo Pesquisa conduzida por Guia da Tele-entrevista – Perspectivas Globais, Soluções Locais Sumário executivo Sumário executivo e pontos essenciais da pesquisa A Tele-entrevista, ou mais precisamente a tele-seleção, é a mais importante inovação ocorrida no campo das subscrições na década passada. Longe de estar limitado aos Estados Unidos, mercado onde o conceito se originou, já percorreu o mundo e tem sido utilizado por inúmeras companhias nos principais mercados de seguros. O estagnado mundo das subscrições e dos processos de aceitação de novos negócios foi envolvido e “sacudido”, pelo desenvolvimento da tele-entrevista, conceitos que podem também ser aplicados para fins de liquidação de sinistros. Contudo não há uma solução milagrosa e o sucesso deste processo será fundamentalmente influenciado pela forma como cada companhia aplicará o processo de tele-entrevista. Os termos «tele-seleção» e «tele-entrevista» podem para os objetivo se confundir e terem significados diferentes para indivíduos diferentes. No entanto, para os objetivos deste relatório, a teleentrevista é uma entrevista registada ao telefone para recolher a informação de risco diretamente do candidato; a tele-seleção constitui a totalidade do processo utilizado para tomar uma decisão de subscrição baseada na tele-entrevista. SCOR Global Life, em parceria com consultores da SelectX e um especialista em subscrição dos Estados Unidos, Hank George, conduziram a primeira pesquisa mundial entre seguradoras para mensurar a extensão da sua implementação, como está sendo utilizada e quais experiências podem – se inferir desta utilização. O questionário de mais de 70 perguntas foi elaborado em sete línguas diferentes e submetido a gerentes de seguradoras e outros executivos que tem como responsabilidade a área de subscrição, em companhias da América do Norte, Reino Unido/Irlanda, Europa Continental, África do Sul, Austrália/Nova Zelândia, Ásia, Oriente Médio e América Latina / Caraíbas. Recebemos respostas de mais de 360 companhias, fazendo desta pesquisa o maior estudo no campo de subscrição e seleção de riscos já realizado. O relatório oferece um comentário detalhado sobre os resultados da pesquisa e considera algumas questões fundamentais as quais devem ser consideradas pelos seguradores que queiram implementar a tele-entrevista, o que funciona e o que não funciona, os desafios e os benefícios (alguns imprevistos), como pode afetar a distribuição, os clientes… e a experiência. Vale mencionar a relevância do uso da tele-entrevista na área de sinistros. Quem utiliza a tele-entrevista? Segundo a pesquisa, aproximadamente três quartos das companhias da América do Norte, do Reino Unido, da Irlanda, da África do Sul, da Austrália e da Nova Zelândia aplicam a tele-entrevista de alguma forma. Em outras localidades, a prática é variável, mas, em alguns mercados, atinge 30% das seguradoras. Na maior parte dos mercados, mais da metade das seguradoras, que não praticam a tele-entrevista, estão considerando implantá-la, ou implementaram um sistema piloto, principalmente, em grande parte da Ásia, Espanha e Alemanha. Alguns mercados houve menos abertura para o conceito, inclusive em países da América Latina e Europa continental. De acordo com as avaliações há um alto nível de aprovação da tele – entrevista nos mercados mais experientes (onde entrevistas estão sendo aplicadas durante pelo menos cinco anos), com respostas mais positivas de subscritores e das gerências superiores. Nos mercados menos maduros para parte das companhias é ainda prematuro se pronunciar. Evidentemente, em todos os mercados há uma reação diversificada por parte dos distribuidores. Fora da América do Norte, onde a experiência data de mais de 15 anos, a tele-entrevista é uma inovação relativamente recente. Um grupo de companhias no Reino Unido, África do Sul e Austrália vem praticando à tele-entrevista durante mais de cinco anos, mas a maioria das companhias tem menos experiência nesse aspecto. ■ 3 Guia da Tele-entrevista – Perspectivas Globais, Soluções Locais Porquê adotar a tele-entrevista? Distribuição – Quem e como? Em primeiro lugar, é interessante observar por que razão as companhias introduziram a tele-entrevista. Para precursores na sua adoção, em mercados com experiência em tele-entrevista (mais de cinco anos de experiência) as principais razões foram: • Rapidez e melhoria da qualidade do serviço; • Redução de custos; • Redução da dependência de relatórios médicos. Mais de metade das companhias pesquisadas no mundo inteiro assinalaram uma redução de custos de aquisição, mas esta poderá muito bem depender do tipo de processo adotado. Um aspecto importante a lembrar nos custos de aquisição, é a perspectiva a longo prazo, posto que a redução de custos pode não ser tão significativa na etapa de implantação, isto devido aos custos de desenvolvimento e de implementação no inicio dos processos de tele-entrevistas de rotina. Para seguidores posteriores em todos os mercados, e em algumas economias menos desenvolvidas e de crescimento rápido, ainda fortemente confiantes na distribuição tradicional por meio de agentes, os motivos são principalmente os seguintes: • Redução de envolvimento do agente; • Redução da anti-seleção e da falta de informações; • Melhorar o serviço de atendimento ao cliente. O tempo entre análise da proposta e emissão das apólices foram reduzidos, segundo quase metade das companhias, no total de quatro a seis dias. No entanto algumas companhias assinalaram um aumento no tempo deste procedimento, em particular ao início do processo, refletindo os problemas da introdução de uma etapa suplementar ou de várias etapas do processo. Nos EU e no Canadá a tele-entrevista é predominantemente rotina e utilizam o que descrevemos neste relatório como sendo o «grande T» da tele-entrevista, substituindo a forma tradicional de análise de aceitação. Em outras localidades o quadro é misto. Por exemplo, no Reino Unido e na Irlanda, 46 % das companhias disseram utilizá-la numa base discricionária em função das informaçoes do cliente ( modelo «pequeno t» que em muitos casos pode substituir o relatório médico), comparativamente a 36 % que preferem o processo rotineiro e 12 % que optaram por uma combinação dos dois modelos. ■ As diferenças entre precursores e seguidores posteriores, e entre mercados, ilustram dois aspectos: em primeiro lugar, a relação evidentemente pouco confortável entre seguradores e distribuidores nos mercados menos maduros e, em segundo lugar, o fato que as companhias que adotaram posteriormente a tele-entrevista aprenderam com a experiência dos precursores. De fato, os maiores benefícios da tele-entrevista residem na redução do risco da falta de informações (eliminando o aconselhador), e criando um novo serviço de atendimento ao cliente e também uma nova proposta de distribuição que é melhor quanto a experiência e a rapidez. Qual é o modelo de tele-entrevista utilizado agora na sua companhia? 46,2% Tele-entrevista em todas as propostas (grande T) e multicanal; 11,5% Tele-entrevista em todas as propostas (grande T) em canais selecionados; Tele-entrevista em base discricionária dependendo do cliente; 7,7% Utilizamos uma combinação das duas abordagens; 15,4% Sumário executivo Não sei; Outros (especifique por favor). 19,2% No mundo inteiro, os principais canais de distribuição que utilizam tele-entrevista são corretores, bancassurance, rede de agentes de vendas, e levando em conta a extensão da pratica da tele – entrevista a pesquisa reflete a predominância da distribuição em cada mercado. Tais variações por mercado são demonstradas nos gráficos a seguir: Principais canais de distribuição Reino - Unido/Irlanda Principais canais de distribuição - Australia / Nova Zelândia / Africa do Sul IFA Corretor Agente Agente Banco Banco Outro (especifique por favor) Outro (especifique por favor) 0% 20% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% Principais canais de distribuição - Europa Principais canais de distribuição - Ásia Corretor Corretor Agente Agente Banco Banco Outro (especifique por favor) Outro (especifique por favor) 0% 20% 40% 0% 60% 20% 40% 60% 80% 100% O uso da tele-entrevista em canais de distribuição ‘alternativos’ tais como “worksite”, venda direta, televendas e Internet vem crescendo, e em todos os mercados, reconhece-se que a tele-entrevista é intrínseca à bancassurance. A Ásia, Austrália e África do Sul revelaram maior utilização da tele-entrevista como uma seqüência a partir de uma venda telefônica. Canais alternativos – América do Norte Canais alternativos - Ásia A resposta ‘outro’ aplicou-se em grande parte nas vendas diretas, inclusive televendas. 10,8% Internet 5 Sim 40% Bancassurance 24,6% 0 20% Mala direta 12,3% Banco 20% “Worksite” 15,4% Mala direta 30% Internet 7,7% ”Worksite” Telefone 4 40% 10 80% Televendas 15 20 0 5 2 4 6 8 10 Guia da Tele-entrevista – Perspectivas Globais, Soluções Locais Sumário executivo Para que produtos se utiliza a tele–entrevista? O resultado deste relatório mostra que 40% das companhias implementaram a tele-seleção sem envolver a sua força comercial na fase de planejamento, o que pode causar resistência durante o período de implementação. Para que o programa de tele-entrevista seja um sucesso é importante envolver todos os participantes da distribuição desde a fase inicial até à implementação. Relacionado com este ponto, em muitos mercados, ainda há barreiras a serem superadas para convencer as redes de distribuição sobre os benefícios da tele-entrevista. Possivelmente a maior barreira a superar é a percepção da “perda de controle”. As companhias as quais foram “bem sucedidas na superação destas preocupações dos distribuidores, envolveram-os desde o início no processo, ouviram as suas sugestões esclarecendo as dúvidas e elaborando um processo cuidadosamente ponderado que satisfez as necessidades deste importante grupo econômico. Quem utiliza a tele-entrevista? Os resultados da pesquisa global mostram que além do simples seguro de vida, a tele-entrevista é utilizada para doenças críticas, incapacidade e seguro de saúde. A eficácia da tele-entrevista para o seguro de incapacidade é significativa (em particular na proteção de rendimento ou renda por incapacidade). Os seguradores de saúde na América do Norte também optam pela tele-entrevista para planos de saúde subscritos individualmente e pequenos grupos, é comum também entre seguradores de Dependência de Longo Prazo (Long Term Care) nos Estados Unidos. ■ Reino Unido e Irlanda Metade das companhias na América do Norte, no Reino Unido, na Europa, na Austrália e África do Sul permitem aos distribuidores selecionar se a proposta segue ou não um processo de tele-entrevista. Na maioria dos casos, há uma correlação direta com as companhias mediadas pelo corretor. É interessante verificar que os seguradores também dizem que é mais difícil medir o impacto da tele-entrevista se os distribuidores fazem uma escolha, e a experiência é inevitavelmente enviesada. A subcontratação exerce uma influência poderosa na aceitação da tele-entrevista. Em mercados onde existem mais de um prestador de serviço de tele-entrevista disponível (como no Reino Unido – ver gráfico), mais da metade das companhias de seguros usam as subcontratadas para esta função. De modo inverso, em mercados com um único fornecedor de serviços ou nenhum, a tele-entrevista diminui substancialmente. Quando uma companhia ainda não utiliza a tele-entrevista, a razão predominante apontada foi a falta de prestadores deste serviço e os custos elevados de lançamento e desenvolvimento interno. É possível que o desenvolvimento da tele-entrevista na América Latina tenha sofrido um atraso devido à falta de serviços especializados para a tele-entrevista. Uma das maiores diferenças entre mercados é o perfil do tele-entrevistador. No Reino Unido e na Irlanda, as enfermeiras predominam (ver o gráfico), principalmente devido uma parceria com os prestadores de serviços. Subscritores e pessoal de call-centers (com alguma formação em terminologia médica) fazem a diferença. Subcontratação versus contratação interna – Reino Unido e Irlanda Proteção de rendimento 29% Todas por subcontratação Todas efetuadas internamente Dependência de Longo Prazo 12,9% Grande parte efetuadas internamente e outros por subcontratação 54,8% Na Ásia, onde a maior parte das companhias utilizam a distribuição através de agentes, bancos ou televendas, todas elas, sem exceção, disseram que não deram ao vendedor nenhuma escolha. Uma minoria significante de companhias na América do Norte, Austrália e África do Sul permite ao distribuidor comercial estar presente durante a tele-entrevista. Isto está ligado ao método de distribuição, em particular ao agente de distribuição e vendas numa agência de banco, onde há, freqüentemente, uma delegação do vendedor ao entrevistador no ponto da venda. É difícil identificar qualquer justificativa para esta prática, porque fere um dos princípios básicos da tele-entrevista – separando o vendedor do processo de recolha de evidência e de avaliação. ■ Grande parte por subcontratação e o outros internamente 3,3% Doenças críticas 0% 20% 40% Sim Não Não oferecemos este produto 6 60% 80% 100% Pelo contrário, na América do Norte, as enfermeiras não são utilizadas por questões de contenção de custos, a maior parte utiliza pessoal de call-centers com um pouco de conhecimento em medicina. Na Austrália e Ásia, a maioria dos entrevistadores é pessoal de call-centers, subscritores ou técnicos da própria companhia. 7 Guia da Tele-entrevista – Perspectivas Globais, Soluções Locais Qual é o perfil típico utilizado para proceder à teleentrevista ? É interessante verificar que varia em função dos diferentes mercados, não há portanto uma resposta definitiva a esta questão. Curiosamente, as entrevistadoras enfermeiras, têm um bom desempenho com os consumidores e isto se poderia traduzir em melhor nível de avaliação / resultado da entrevista, todavia bons resultados podem ser alcançados com pessoal de call-centers com boas competências interpessoais Perfil do entrevistador – Reino Unido /Irlanda e um treinamento adequado. A experiência médica e treinamento não são pré-requisitos para ser um bom tele-entrevistador e a condução da entrevista é extremamente importante. Também em, alguns mercados utilizam–se, subscritores como entrevistadores, por terem conhecimentos no que concerne a necessária informação de risco, mas que são muito dispendiosos e nem sempre bons comunicadores. ■ Perfil do entrevistador - Ásia 16,7% Reduzindo a não divulgação de informações No Reino Unido e na Irlanda, dois terços das companhias informaram que para cada uma das linhas de produtos principais – vida, rendas por incapacidade e doença graves – a qualidade das informações foi significativamente melhor ou um tanto melhor. Nenhuma companhia disse que as informações foram piores. Para a renda por incapacidade, a melhoria na qualidade da informações é particularmente notada. Uma melhora na qualidade da informação é evidenciada pelas respostas da pesquisa, através da pergunta sobre a modificação da melhoria da qualidade da informação desde a introdução da tele-entrevista. Embora a metade das companhias não soubessem quantificar a qualidade da informação antes da introdução da teleentrevista, há uma evidência clara de uma mudança indicando menores níveis de má qualidade na informação desde a introdução da tele-entrevista. Novamente, isto é mais evidenciado no seguro de incapacidade. Vida Subscritor 38,4% Sumário executivo Quem fornece as melhores informações adicionais? Doença Graves O valor das tele-entrevistas entre candidatos mais velhos é claramente muito relevante, posto que tendem a ter histórias de saúde, “mais interessantes” e por isso revelam mais informações. O que surpreende é que os pesquisados ressaltaram que a tele-entrevista fica distorcida nas idades mais jovens, os quais podem não ter tanto a revelar. Uma área que vale a pena desenvolver é a reformulação dos “scripts” dirigidos aos mais jovens candidatos para obter melhor informação sobre o estilo de vida e factores bio-psico-sociais. Enfermeira 20% Assistente ou técnico do segurador 15,4% 15,4% 63,3% 30,8% Empregado de call-centers sem experiência em subscrições Call-centers com alguma formação em medicina Proteção Familiar 0% 20% 40% 60% 80% 100% Sim- significativamente Sim – um tanto melhor Sem mudança Não sei Experiência e gerenciamento de riscos Em mercados maduros com o preço diferenciado pelo uso do tabaco, a maioria das companhias ficaram mais confiantes nas informações sobre o uso do tabaco efetuando uma tele-entrevista. Os resultados da pesquisa referentes ao Reino Unido/Irlanda e América do Norte – ambos tem preços distinto para o tabaco/não tabaco – demonstrou claramente que as companhias entendem que as tele-entrevistas produziram mais respostas verídicas sobre o uso do tabaco do que os métodos tradicionais para obter esta informação. Será que a teoria da melhoria das informações para aceitação se aplica na prática? Em todos os mercados de tele-entrevista maduros, mais de três quartos das companhias responderam afirmativamente. As companhias também informaram enfaticamente que a qualidade das informações para aceitação também melhorou comparativamente aos modos convencionais. Com base na sua experiência, pensa obter mais respostas verídicas sobre o consumo do tabaco numa tele-entrevista ou numa recolha tradicional? Reino Unido /Irlanda America do Norto 8,7% 6,5% Sim 21,7% 75,8% 69,6% 8 17,7% Não Não sei A utilização de um sistema automatizado de subscrição em conjunto com a tele-entrevista é largamente usado em alguns mercados, sendo o Reino Unido, Irlanda, Austrália e África do Sul os mais agressivos na integração da entrevista com seus processos diretos de subscrição. Nossa expectativa é ver uma larga utilização de ferramentas de subscrição na América do Norte, onde as companhias estão focando no mercado, menos atendido de medias empresas, com produtos simples e subscrições que prescindem a opinião tradicional de um médico assistente. Há um reconhecimento crescente de que os hábitos de saúde e escolhas de estilo de vida, como a duração do sono, escolhas dietéticas, grau de atividade física (ocupação e esportes) e em conformidade com rotinas regulares de saúde, influenciam a mortalidade e os resultados da morbidez. As tele-entrevistas fornecem um meio ideal para coletar está informação e o seu uso é o mais predominante no Reino Unido e na Irlanda, provavelmente, por causa da proporção relativamente elevada do negócio de renda por invalidez e/ou incapacidade. No relatório discutimos como os hábitos de saúde e outras ‘novas’ informações disponíveis através tele-entrevistas podem ser coletadas e usados na avaliação dos riscos. A tele-entrevista começa a mudar o papel da subscrição porque recolhe «diferentes» tipos de informação. Por tradição, os relatórios médicos contêm informação com base num diagnóstico, enquanto as tele-entrevistas permitem obter informações baseadas nos sintomas e estilo de vida. Durante os próximos anos e à medida que a tele-entrevista se torna mais apurada, é provável que as orientações dos manuais de subscrição dos resseguradores venham a refletir esta mudança. ■ 9 Guia da Tele-entrevista – Perspectivas Globais, Soluções Locais No mundo inteiro, os vendedores de software reconheceram a importância da tele-entrevista, construindo plataformas de subscrição com a funcionalidade para integrar a tele-entrevista no novo processo de aquisição de negócios. Contudo os seguradores devem trabalhar com os seus resseguradores para desenvolver o sistema para que os conteúdos estejam em sintonia com a filosofia e os processos individuais.Embora a tele-entrevista desenvolva o volume e a qualidade da informação de riscos, não se pode esperar que se elimine completamente a omissão de dados. Por isso que é importante realizar processos sólidos associados à tele-entrevista – de modo que quando for necessário contrapor o que foi revelado na informação fornecida pelo segurado uma contraposição justa será mais aceita antes de discussões judiciais ou arbitrais. A maioria de companhias no mundo inteiro fornece aos segurados um resumo daquilo que disseram ao entrevistador em grande parte sob a forma de uma cópia em papel, e mais da metade dessas companhias, ainda exigem uma assinatura na cópia a devolução do a companhia antes de assumir o risco. Contudo, a confiança em assinaturas de voz esta obtendo maior aceitação, em particular na América do Norte, Austrália e África do Sul onde, embora uma cópia seja enviada ao cliente para verificação e modificações se necessárias, uma assinatura não é requerida e o risco é assumido imediatamente ou depois de um curto prazo. Sumário executivo A importância da auditoria O conhecimento do cliente Em mercados, com mais maturidade nesse processo, mais de 80 % das companhias afirmaram realizar auditoria das suas tele-entrevistas. Destas empresas, mais da metade realiza de forma pro-ativa, numa base agendada e planejada, normalmente mensal, ou adequando-se a necessidade. Surpreendentemente, dependendo do mercado, entre 10 % a 20 % das companhias afirmaram que não fazem nenhuma auditoria – reativa ou pro-ativa Melhorar o conhecimento do cliente é o motivo principal da tele-entrevista, mas no mundo inteiro, mais de 70 % das companhias, informaram que não fizeram nenhuma tentativa para contatar os clientes depois da entrevista. É interessante notar que uma esmagadora maioria daquelas companhias, que contatam os clientes regularmente, para avaliar o seu grau de satisfação com relação a entrevista, responderam que o feedback é positivo. Nos mercados de tele-entrevista menos maduros, mais de 60 % das companhias não realizam a auditoria. Na Ásia, mais de um terço das companhias não faz auditoria das suas entrevistas em absoluto, nem reativa, nem pro-ativa. Mais de dois terços destas companhias que fazem a auditoria, ouvem as entrevistas anteriormente gravadas e entre 10 % a 25 % ouvem as entrevistas ao vivo. A tele-entrevista pode ser o contato mais importante que o cliente tem com a companhia. Uma chamada com um entrevistador informado e agradável pode deixar o cliente com impressões muito positivas – demonstrando que estão lidando com uma organização profissional e eficiente, com interesse nele e no seu bem-estar. E uma entrevista de má qualidade pode simplesmente causar um efeito contrário. Os fatores que devem ser considerados pelas companhias – processo, habilidades do entrevistador e “script” da entrevista – são considerados no capítulo sobre a experiência do cliente. Mais de dois terços das companhias em mercados maduros revêem e revisam os formulários de tele-entrevista de acordo com a necessidade, porém mais de 10 por cento nunca revisam seus formulários. Considerando que a qualidade da tele-entrevista é revertida diretamente ao resultado da companhia, e particularmente se a moeda de troca for relatórios médicos os formulários das entrevistas devem ser revistos e revisados regularmente para maximizar o valor da informação obtida, eliminando-se as redundâncias e omissões, e simplificando ao máximo (por exemplo os textos) que não funcionam eficientemente e assim prejudicam o conhecimento do cliente. ■ Notavelmente, no mundo inteiro mais de um terço das companhias usou o registro de voz digital gravada na durante entrevista para resolver divergências ou uma discórdia de qualquer espécie, em mais de 90 % dos casos a utilização ou apresentação destes registros contribuiu significativamente para a resolução da situação. Faz auditoria das suas tele-entrevistas? Surpreendentemente, 10 % das companhias na Austrália, 5 % na América do Norte e 3 % no Reino Unido não registram ou gravam as entrevistas, perdendo assim dois benefícios chaves: a evidência de um processo sólido e uma robusta trilha de auditoria. ■ Os benefícios prometidos através da experiência da tele-entrevista estão sendo reconhecidos pelas companhias? Sim – numa base mensal Sim – numa base trimestral Sim – numa base bianual Sim – quando é preciso Não Todas subcontratadas Todas efetuadas internamente Maior parte subcontratadas resto efetuado internamente 0% 10 A pesquisa global sugere que os resseguradores no Reino Unido, Irlanda e Europa continental tenham respondido de forma particularmente favorável a implementação da tele-entrevista nas companhias, fornecendo assessoria e outros serviços práticos aos seus clientes – e em certos casos, encorajando o uso e a utilização das melhores práticas de tele-entrevista através de descontos de resseguro. Na América do Norte, o apoio do ressegurador foi neutro ou só levemente sustentável, com pouca assistência prática. Em outros mercados, o apoio foi mínimo. 20% 40% 60% 80% 100% Para a maior parte dos mercados ainda é muito cedo para uma estimativa da influencia advinda desta experiência nas áreas de morbidez e mortalidade. Todavia, notavelmente quase nenhum participante da pesquisa acredita que houvesse algum um efeito adverso. De fato, as respostas da pesquisa sugerem um impacto totalmente positivo na experiência, em particular, para produtos de vida e incapacidade. •A constatação de fumantes não declarados aumentou e a qualidade das informações melhorou; •P ara as companhias que foram capazes de revelar ou que conheciam os padrões, em 11 sua maioria afirmaram que aumentaram os casos que puderam tarificar após a introdução da tele-entrevista (devido à melhoria das informações), aumentando assim o volume de premio. Paralelamente, a recusa de casos não sofreu nenhum aumento por parte das companhias; • Menos custos com liquidações de sinistros em disputa e com sinistros foi reconhecido; • Alguns resseguradores se estão tornando mais confiantes com os benefícios e estão oferecendo descontos bastante substanciais às companhias que estão seguindo as melhores práticas quanto à qualidade da entrevista e do processo. Uma atrativa gestão pode ser obtida aplicando-se técnicas semelhantes na gestão de sinistros – “tele – indenização”. No relatório apresentamos uma ator de bancassurance o qual demonstrou resultados impressionantes com a aplicação da “tele-indenização” para doenças graves. A qualidade da informação foi melhorada e uma redução de custos médicos são benefícios imediatos. Mas o mais importante é o tratamento justo e adequado do cliente desde o início do processo e manter apenas um agente interno da companhia para orientá-lo no processo de reclamações, revelou-se verdadeiramente uma ação de reconhecido valor da companhia. ■ Este relatório, baseado em uma pesquisa abragente é de suma importância para as empresas que praticam a tele-entrevista e especialmente para aquelas que planejam implementá-la. O relatório abrange o processo de implementação; as definições das bases do negócio, os desafios e decisões a serem tomadas pelos seguradores, as melhores práticas para um processo de sucesso, a gerência de riscos, mantendo um processo robusto e de qualidade pela auditoria e monitorização da experiência e dos benefícios dos distribuidores. Alguns seguradores partilharam as suas experiências voluntariamente e, existem alguns estudos de caso, abrangendo os problemas que enfrentaram e como os resolveram, os quais fornecem preciosas informações para futuras implementações. SCOR Global Life 1, avenue du Général de Gaulle 92074 Paris-La-Défense CEDEX France www.scor.com PO Box 70 Rickmansworth WD3 52E United Kingdom © 2009 - ISSN: in process- All rights reserved. No part of this publication may be reproduced in any form without the prior permission of the publishers. SCOR has made all reasonable efforts to ensure that information provided through its publications is accurate at the time of inclusion and accepts no liability for inaccuracies or omissions.