Dermatofitoses
Residência em Pediatria do Hospital Regional
da Asa Sul/Hospital Materno Infantil de
Brasília/SES/DF
Larissa Sad
Brasília, 23 de outubro de 2013
www.paulomargotto.com.br
INTRODUÇÃO
 Dermatofitoses  Infeccão na pele
ou unhas causadas por fungos
Tinea
Captis
Tinea Pedis
Tinea Cruris
Granuloma de Majocchi
INTRODUÇÃO
 Principais agentes
 Epidermophyton
 Trichophyton

Microsporum
INTRODUÇÃO
 Um dos pontos principais é confirmação
diagnóstica cultura
 Grande erro  Prescrever pomadas com
antifúngicos e corticóides



Corticóides tópicos podem contribuir para falha terapêutica
principalmente se for por Microsporum
Tratamento prolongado expõe o paciente aos efeitos colaterais
como atrofia da pele
Medicações mais caras
TINEA CAPITIS
 Infecção fúngica do couro cabeludo, acomete
principalmente crianças pequenas ( 3-7 anos).


Cabelos são invadidos e lesados,
Quebra dos fios na porção próxima à raiz  alopécia.
 Rara em adultos  normalmente são casos de
dermatite seborréica.
TINEA CAPITIS

Tinea tricofítica  Trichophyton tonsurans
 Pequenas e múltiplas áreas de alopécia, geralmente parciais,
 Exame direto do pêlo  esporos do fungo em seu interior, sendo,
portanto, essa forma conhecida como endotrix.
TINEA CAPITIS
 Tinea favosa  T. schoenleinii.
Formações amareladas: massa necrótica que se forma pelo aglomerado de
micélio e esporos do fungo, células, sebo e exsudato, o que é chamado de
godê fávico
TINEA CAPITIS
 Tinea microspórica 
Microsporum canis
 Caracteriza-se por poucas
e grandes áreas de
alopécia.
 Exame direto do pêlo 
mostra seus esporos por
fora dele, sendo por isso
chamado de ectotrix.
TINEA CAPITIS
 Kerion  Forma de reposta imunológica aos fungos
 Raros casos em que as lesões abruptamente se modificam para
nódulos dolorosos com presença de exsudato

Infecçao estafilocócica
com adenite regional
normalmente fazem
parte do quadro.
TINEA CAPITIS
 Tratamento:
 Griseofulvina – segura e eficaz
 Terbinafina, itraconazol e fluconazol – tratamentos mais
curtos
Terbinafina foi menos efetiva contra tinea microspórica que a
griseofulvina (OR 0.41, 95% CI 0.25-0.66), e mais efeitva contra
tricofítica (OR 1.62, 95% CI 1.27-2.05).
 Terbinafina ( 3,125-6,25mg/kg/dia por 4 semanas) melhor
resposta terapêutica contra tinea tricofítica
 Griseofulvina ( 6,25-12,5mg/kg/dia por 8 semanas) mais efetiva
contra tinea microspórica
 Itraconazol e fluconazol resultados semelhantes a griseofulvina

TINEA CAPITIS
 Raro em menos de 1 ano

Deve ser investigado imunodeficiência

Contactantes devem ser examinados

Único antifúngico recomendado  fluconazol
TINEA CAPITIS
 Tratamento – Kerion

Associação de antifungicos com glicocorticoides não mostrou
diferença significativa nas taxas de cura porém melhorou o
desconforto

Maioria dos casos podem ser tratadas sem associação com
antibiotótico antiestafilocócicos
TINEA CAPITIS
 Contactantes íntimos podem ser portadores
assintomáticos

Estudo mostrou que de 209 co-habitantes ( 44% era
portadoraes assintomáticos)

Alguns autores sugerem tratamento com cetoconazol shampoo
a 2% 2x/semana
TINEA PEDIS
 Conhecido como pé de atleta.
 É a dermatofitose mais comum.
 Esporos encontrados em pisos de piscinas, vestiários
TINEA PEDIS
 Aguda  Tricophyton mentagrophytes
 Auto-limitada, intermitente e recorrente
 Eczematóide
 Intertriginosa
 Crônica  Tricophyton rubrum
TINEA PEDIS
 Eczematóide  caracterizada por vesículas
plantares e digitais
TINEA PEDIS
TINEA PEDIS
 Crônica  lesões eritematodescamativas em toda
região plantar, acompanhadas de discreta ou
nenhuma inflamação.
TINEA PEDIS
 Tratamento
 Antifungico tópico – 4 semanas



Intertriginosa – 1 semana
Terbinafina e Naftifina melhores que azóis
Nistatina não é efetiva
 Casos crônicos ou extensos
Terbinafina
 10-20kg – 62,5mg/dia (2 semanas)
 20-40kg -125mg/dia ( 2 semanas)
 >40kg – 250mg/dia ( 2 semanas)
 Itraconazol – 5mg/kg/dia (1 semana)
 Fluconazol – 6mg/kg/semana (2-6 semanas)

TINEA CORPORIS
 Localização preferencial nos braços, face e pescoço
 Em geral prurido associado.
 Lesões eritematodescamativas, circinadas, isoladas
ou confluentes, de crescimento centrífugo, podendose observar vesículas ou pústulas em sua borda.
 Lesões extensas  investigar imunodepressão
TINEA CORPORIS
 Comum associação com Tinea capitis tricofítica
 Quando contraída pelo contato com animais
processo inflamatório é mais intenso
 Atletas que tem contato corpo-corpo
TINEA CORPORIS
TINEA CORPORIS
 Tratamento

Antifungico tópico: terbinafina, cetoconazol, clotrimazol


Nistatina não é recomendada
Em caso de falha terapêutica ou imunosupressão

Terbinafina, fluconazol e itraconazol
TINEA CRURIS
 Início a partir da prega inguinal, podendo atingir
coxas, períneo, nádegas e região pubiana.
 A lesão é eritematodescamativa com bordas nítidas,
centro claro, e muito prurido.
 Mais comum em homens – normalmente poupa
bolsa escrotal
 Obesidade, DM, imunodeficientes
TINEA CRURIS
TINEA CRURIS
 Tratamento

Antifungico tópico ou oral para casos mais extensos.

Nistatina não é efetivo

Aplicar talco pode prevenir recorrências.

Evitar: banhos quentes, roupas justas e sintéticas.

Preferir roupas íntimas de algodão.
GRANULOMA DE MAJOCCHI
 Condição rara devido a invasão da derme e tecido
subcutâneo.

Trichophyton rubrum é o agente etiológico mais comum
 Decorrente de trauma ou oclusão dos folículos
pilosos que evoluem para destruição dos folículos e
permitem a passagem do dermatófito para derme.
 O uso de corticoides em casos de dermatofitoses
pode evoluir para granuloma.
GRANULOMA DE MAJOCCHI
 Quadro clínico:
 Área eritematosa bem delimitada com presença de pápulas
perifoliculares ou pequenos nódulos
GRANULOMA DE MAJOCCHI
 Tratamento
 Antifungicos tópicos  pouca penetração

Antifungicos orais

Terbinafina  dose diária por 2-4 semanas

Itraconazol  duas vezes por dia (1 semana por mês) por 2 meses

Griseofulina + Itraconazol
Obrigada!
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Dermatofitoses - Paulo Roberto Margotto