10 Ed. S Fabio Luis & Fabio Cristiano F Fabio Luis Ed. O A CAPA QUE NÃO FOI skate é uma coisa muito difícil de se explicar para quem não anda ou nunca andou de skate, porém a fotografia de skate, quando é bem feita, consegue mostrar verdadeiramente a essência dessa impossibilidade verbal que é explicar o que é andar de skate. Aproveitando que é no mês de janeiro, mais exato no dia 8, que se comemorou o Dia da Fotografia, ou do Fotógrafo, como preferirem, e decidimos dedicar nossa edição ao assunto que tanto nos agrada, e mais ainda a esse que aqui vos escreve. a cidade mais vertical do mundo, ângulos que um skatista conhece bem. Outra personalidade no assunto fotografia e skate, é o skatista profissional e fotógrafo Eduardo Braz, mais conhecido como Duzinho, que acaba sempre misturando as duas funções e conseguindo imagens com o verdadeiro ponto de vista de um skatista. Assim como Aladin, uma das figuras que mais representam o que é o verdadeiro espírito do skate. Luiz Paulo é skatista profissional, tem sua marca, fotografa, filma, edita, desenha as estampas e algumas modelagens das A fotografia é tão importante para o skate, que muitos skatistas acabam virando fotógrafos e é muito raro ver um fotógrafo de skate que não ande de skate, ou que tente andar pelo menos, que é o meu caso. Sem meias palavras, as imagens falam por si próprias. E cada um dos fotógrafos colaboradores selecionados para mostrar nessa edição suas imagens favoritas, aquelas que representam o porque de estarem fotografando, não precisaram de respostas mirabolantes, nem referências ilustres para mostrarem o que nós realmente gostamos de ver nas revistas de skate: fotos boas e com estilo! Dentre uma centena de colaboradores, literalmente, a escolha foi difícil e os nomes de Alex Brandão, Caetano Oliveira, Camilo Neres, Jr Lemos, Leo Barreto, René Jr. e Robson Sakamoto foram unanimidade na redação. Para valorizar e inspirar a vanguarda, buscamos o trabalho atual de um dos grandes nomes da fotografia de skate nacional do começo dos anos 90, a lenda viva: Ivan Shupikov, que fotografou horizontalmente com uma câmera panorâmica roupas de sua própria marca e vai saber mais o que ele deve estar fazendo agora, também com esse apelido, tá tranqüilo, ele consegue. Em homenagem a essa edição, aos fotógrafos, aos skatistas e a todos que fazem do skate essa verdade incontestável estamos usando aqui nessa página uma foto que Fabio Luis, skatistas verdadeiro, criador fulltime, fez com seu telefone junto com seu amigo desde sempre Fabio Cristiano, que dispensa qualquer adjetivo, uma lenda viva do skate nacional, num momento clássico da sessão, dando risada, se divertindo, fazendo o que todo skatistas sabe fazer, aproveitar o moment. Essa é uma edição que gostaríamos de dedicar a todos os fotógrafos de skate brasileiros dos anos 70, 80, 90, 2000 e principalmente aos dos próximos 10 anos, os quais tem na Vista o espaço aberto para mostrar seus trabalhos. E se você nunca fotografou, por favor, comece, e se você nunca andou de skate, por favor, comece, e se você fotografa e ainda não colabora com a gente, por favor, esteja convidado desde já. Ação! S Fabio Cristiano F Alex Brandão Exp. EDITOR CHEFE: Alexandre Marten [email protected] PRODUÇÃO, DIREÇÃO & EDIÇÃO DE CONTEÚDO: Tobias Sklar [email protected] PROJETO GRÁFICO, ARTE & DIAGRAMAÇÃO: Frederico Antunes [email protected] CAPA Comercial : Alexandre Marten RS: 0 (xx) 51 8413.6898 SP: 0 (xx) 11 6152.2013 Administrativo: Gustavo Tesch [email protected] Periodicidade: bimestral EDITOR FOTOGRAFIA: Flavio Samelo [email protected] Distribuição: distribuiçã[email protected] Distribuição gratuita realizada em boardshops, galerias de arte, blitz & cadastro. COLABORADORES TEXTO: Ana Ferraz, Camilo Neres, Daniel Tamenpi, Flavio Samelo, Lucas Pexão & Ricardo Tibiu Impressão: Gráfica Coan COLABORADORES FOTOGRAFIA: Alex Brandão, Caetano Oliveira, Camilo Neres, Carlos Henrique, Fabiano Lokinho, Fabio Luis, Fellipe Francisco, Flavio Samelo, Ivan Shupikov, Jr Lemos, Leo Barreto, Renê Júnior, Robson Sakamoto, Rodrigo Kbça AGRADECIMENTOS: Ivan Shupikov, Marcelo Xue, Marcos Noveline, Sidney Simão, Ricardo Porva, Marco Cruz Para anunciar: [email protected] ou 0 (xx) 51 3012.7078 Fale conosco: leitores e lojistas, comuniquem-se com a Vista através do e-mail [email protected] ou através do telefone 0 (xx) 51 3012.7078 S João 'Periquito Sem Asa' M Mayday Sum. 14 Parede 16 Bloguigrafia 18 Tony Hank 20 Só Pedrada 22 Noskill 24 Visita 26 Aladin 42 Shupikov 52 Clic 68 Edu Braz 80 Arte Muda 92 Bet challenge F Renê Jr. 14 T Tobias Sklar Parede Nesta página você confere algumas ações que englobam skate, arte e atitude. Na página da Vista você confere muito mais. F Flavio F Divulgação 1 2 3 4 Zine Faça você mesmo Os Intocáveis Not Prevent ideais, pensamentos e atitudes que se poderia supor. Taí uma boa explicação sobre o livro que traz entrevistas de 30 personalidades que não se encaixam no perfil celebridade de artistas que temos hoje, mas sim de ativistas em busca de suas convicções. O livro saiu em 2001, via Akashic Books, trazendo o apanhado de entrevistas publicadas na revista norte-americana Punk Planet, consideradas essenciais por seu editor Daniel Sinker. E agora é lançado no Brasil através da Ideal Publicações numa tradução de Mariana Melchers. Q, produzido pela PorqueEu. Para ficar ainda mais no clima a máfia oferece sua trilha sonora baseada nos três filmes sobre máfia que marcaram época, Scarface, O Poderoso Chefão e Os Intocáveis, sampleada e recompilada pelo DJ. A.S.M.A., e que está disponível para baixar. os brasileiros Biano Bianchin e Daniel Crazy, nos extras, com imagens captadas no Brasil ano passado. As opções para assistir ao vídeo são variadas, mas, como a Vista também é muito parceira resolveu bolar uma promoção no clima da produção: Serão 10 DVD’s entregues aos leitores que enviarem as melhores fotos daquele moment trágico, aquele que não era pra ser, mas veio, o tombo mais trash da sua vida. Para mandar sua foto basta escrever para [email protected] até 26 de março de 2010. Os vencedores serão conhecidos na Vista 29, lançada em abril. A Vista mais do que apóia, lê e repassa todos os zines que tem acesso. Para representar todos segue aqui uma imagem da mais nova produção de Flavio Grão, cidadão que desde 1995 colore, ilustra e escreve em livretos produzidos pela pura paixão. Para saber mais sobre esse verdadeiro artista confira uma entrevista com ele falando do The Answer até Manufatura, no site da Vista. Para já ir conhecendo o Grão vá aos sites: www.zinismo.blogspot.com www.fotolog.com/flaviograo www.myspace.com/flaviograo “Não Devemos Nada A Você” não é um manual de como ser punk, mas ele mostra que dentro do termo cabem muito mais Mais informações: www.idealshop.com.br www.akashicbooks.com F Divulgação F Divulgação Dez artistas, André Rodrigues, Kleber Moraes, Xue, Alex Cruz, Brinkedo, {SOMOS}, Rafael Cassaro, Dorme, Fame e Markone customizaram um Toy cada do mafioso Don Mais informações www.mcgregordiz.blogspot.com A Converse lançou na gringa um vídeo em parceria com a revista Thrasher chamado Prevent This Tragedy. O filme tem a presença dos quatro riders norte-americanos e mais Mais informações www.converseskateboard.com.br Mais conteúdo sobre o universo Vista em: www.vista.art.br T Flavio Samelo F Divulgação http://dj-nuts.blogspot.com www.flaviosamelo.com www.flourishestudio.com URBAN FEST Bloguigrafia 2010 25 a 28 de Março de 2010 Que a cultura musical brasileira é rica pra cacete todo mundo sabe, na real mais fora do Brasil se sabe do que a gente mesmo, porem, existem pessoas que sabem, se não tudo, quase tudo sobre isso, um deles é DJ Nuts. Sua coleção de discos é incrível, tem coisas ali que nem os próprios músicos, que fizeram alguns discos, não possuem mais os lps. Sua pesquisa é sobre musica brasileira, é claro que ele sabe muito mais que só isso, porem é no Brasil que ele se dedicou sem dó. J á foram publicadas inúmeras matérias sobre seu trabalho, acervo e principalmente sua consciência sobre o que é a musica brasileira, a sua importância cultural e é isso que vamos falar aqui. Aqui no bloguigrafia sempre queremos deixar a mensagem que é se compartilhando as coisas que se sabe que a humanidade chegou onde chegou, ainda mais nos dias de hoje e é exatamente isso que ele faz em seu blog, através das mixtapes que ele produz com seus discos. A série Disco é Cultura, Embalo Jovem e Cultura Copia são sensacionais, tu põem uma mixtape dessa pra escutar e fica 1 hora, em media, admirando e ouvindo as maravilhas esquecidas da música do nosso país. Cada mixtape é inspiradora e é isso do que nós precisamos a cada dia mais e mais, inspiração. Ele acabou de terminar e publicar, gratuita- mente mais uma mixtape, a Disco é Cultura 4 em seu blog: http://dj-nuts.blogspot.com, essa em especial é dedicada a um grande amigo do DJ Nuts e de todos nós, que infelizmente nos deixou em 2008, o DJ Primo. Lá no blog você pode baixar todas as outras com capa, contra-capa e tudo mais. Valeu DJ Nuts por sua participação na divulgação das coisas boas da nossa cultura, fazendo o que vários outros poderiam fazer. Se você tem alguma informação relevante para seus amigos e pessoas que você gosta, faça como o DJ Nuts, compartilhe e não monopolize pois isso é um erro medieval. www.kingofbrasil.com.br Dias 25 e 26: das 13h às 20h Dias 27 e 28: das 10h às 20h Media Partners: Apoio: www.urbanfest.com.br 16 Parceiros Jurados do K.O.B: Assessoria Cultural: Local: Organização e Promoção: A M 3 F e i r a s e Pr o m o ç õ e s 18 T Lucas Pexão F Divulgação Tony Hank: TechDeck Skateboarding E nquanto se joga um jogo de video game de skate, geralmente surge aquele sentimento de "eu podia estar andando de skate de verdade em vez de perder tempo com essa naba". É mais ou menos a mesma sensação que skatistas costumam ter brincando com skates de dedo, atividade que pode ficar um tanto complexa e sugar horas de uma vida normal. Como às vezes não dá pra andar de skate de verdade, pelos mais variados motivos, ter um skate de dedo no bolso pode ser uma boa. Mas e quando não dá pra andar de skate de dedo (se é que isso é possível)? Em 2001 surge um clássico dos jogos de video game de skate bizarros, o Tech Deck Skateboarding, para o portátil Game Boy Color, da Nintendo. Acredite, trata-se de um game de skate de dedo, feito pela maior marca do segmento, a Tech Deck. Você controla o mascote oficial da marca, o mini skatista Finger Guy, um dedãozinho com um par de tênis sobre um skate. Na verdade ele parece algo como um feijão, ou um escroto depilado. É bem feio, ainda mais que a coisa tem uma carinha que faz expressões radicais a cada manobra (flips e cambalhotas sem sentido). As fases consistem em skateparks construídos com rampinhas modulares Tech Deck, onde você tem que encontrar e pegar mini skates Tech Deck para sua coleção, no meio de um monte de anúncios da Tech Deck. A fórmula se repete tediosamente até o final do jogo: o escrotinho solitário pra lá e pra cá, com sua busca consumista em um mundo de propagandas. A experiência de gráficos toscos e truncados, atualmente também disponível para jogar online na internet, tem o poder de levantar questões existenciais deprimentes no jogador, enquanto deteriora a imagem do skate (de pé ou de dedo). Fique longe desse jogo. Mesmo que você realmente tenha muita vontade de brincar de skate de dedo, mas estranhamente não tenha espaço pra isso (!?) porque mora dentro de um apartamento cápsula no Japão, ou em um barril no México. 20 T Daniel Tamenpi F Divulgação www.sopedradamusical.com PARCEIRO LOCAL - POA: We love art & design Só Pedrada: Willie Mitchell A MAIOR CONFERÊNCIA DE ARTE E DESIGN DO PAÍS EM DUAS EDIÇÕES. Ao arquiteto do soul: (1928-2010) W illie Mitchell nasceu em 1928, em Ashland, Mississipi. Começou a tocar trompete com 8 anos e na adolescência já liderava uma big band. Na metade dos anos 50, já tinha grande respeito como instrumentista chamando a atenção da recém-aberta Hi Records. Lá, Mitchell construiu uma carreira, primeiro como músico, gravando diversos sucessos do r&b instrumental, durante os anos de 64 a 68, entre eles “Soul Serenade”, “Groovin”, “30-60-90” e muitos outros. O ano de 2010 começou com uma notícia triste. O trumpetista, produtor e arranjador Willie Mitchell passou dessa pra melhor. Morreu com 81 anos em Memphis, Tenessee, cidade onde ajudou a criar, através de seus ricos arranjos, um dos estilos mais clássicos da música soul dos anos 60 e 70; o chamado Memphis Soul. A importância desse cara pra musica negra é gigantesca. Mas sua obra principal saiu nos bastidores, como produtor e arranjador, além de descobridor de talentos. Montou uma super banda de estúdio chamada Hi Rhythm Section, que contava com o baterista Al Jackson e os irmãos Hodges e levou a cantora Ann Peebles, primeira revelação sua pra Hi Records. Em 68, Mitchell se surpreendeu com o jovem cantor, Al Green, que fez o show de abertura de uma apresentação sua. Com Green, Mitchell escreveu de vez seu nome na história da música negra criando um estilo suave, com uso de orquestração e metais enaltecendo sua sonoridade. A dupla, em quatro anos (entre 1971 e 1975), colocou treze músicas nos primeiros lugares das paradas de sucesso, inclusive a mais marcante de todas: o clássico “Let’s Stay Together”. Mitchell foi responsável também por discos impecáveis de O.V. Wright, Otis Clay, Syl Johnson e muitos outros, imprimindo seu estilo de produção em todos os artistas do cast da Hi Records, criando uma identidade única em seu som com timbragens espetaculares, com seus humildes equipamentos da época: um gravador de 8 canais e dois Ampex de 4 canais. Apesar das gravadoras Sun e Stax (também sediadas em Memphis) terem obtido mais sucesso comercial, Willie Mitchell e a Hi Records foram um dos principais pilares e grande influência do soul de raíz das décadas de 60 e 70. Foi sócio-proprietário da gravadora até sua venda no fim dos anos 70, porém ficou com o clássico estúdio Royal, que era originalmente um cinema, adaptado para um estúdio de gravação. Lá, Mitchell continuou em ação, adquirindo equipamentos e arquitetando ainda mais seu estilo. Nos anos 80, quando o soul perdeu espaço para a disco music, Mitchell percorreu outros caminhos, trabalhando com artistas como o guitarrista Buddy Guy e nomes como Rod Stewart e John Mayer. Pra saber (e ouvir) mais sobre Willie Mitchell, o podcast Só Pedrada Musical está com um especial sobre o artista dividido em dois blocos entre a carreira como músico e como produtor. Acessem o site, coloquem o capacete e chapem no som! PARTICIPAR DO PS É UMA EXPERIÊNCIA ÚNICA. VENHA TROCAR IDEIAS COM OS MELHORES CRIATIVOS DO MUNDO. PORTO ALEGRE RS 10/11ABRIL 2010 LOCAL: USINA DO GASÔMETRO SÃO PAULO SP 16/17 OUTUBRO 2010 LOCAL: FECOMERCIO RESERVE ESSAS DATAS! MONTE SEU GRUPO! DEIXE O DESIGN TOMAR CONTA DE VOCÊ! ORGANIZAÇÃO: PARCEIRO LOCAL - POA: Acesse o site para maiores informações e para compra de seu ingresso! Garanta já sua vaga! WWW.PIXELSHOW.COM.BR www.twitter.com/zupi www.flickr.com/zupidesign www.facebook.com/zupidesign 22 T Ricardo Tibiu F Rafael Passos O Noskill foi a banda de apoio dos shows do Dominatrix na turnê que elas fizeram em dezembro pelo Nordeste. Como foi o convívio e a experiência de tocar ao lado de um dos maiores nomes do hardcore feminino/feminista do Brasil? Pode até parecer clichê, mas foi uma honra! Primeiro que não acreditávamos que dividiríamos o palco com elas algum dia, fazer uma turnê juntas então! Foi de um valor enorme, porque elas são uma das nossas maiores referências. No convívio elas nos surpreenderam com a amizade e o apoio que desde então têm nos dado, nos ensinaram bastante e isso tá registrado na história da banda como um presente para todas nós. O Dominatrix já construiu muita coisa e temos certeza que vai fazer ainda mais pela frente! [Des] [Des]Construindo Construindo hardcore hardcore N a contramão contramão das daspencas pencasbandas de de bandas femininas femininas só «ou «oucom só com umauma vocalista» vocalista» que têm quesurgido, têm surgido, onde aonde a produção produção visual visual fala fala mais mais alto que que oo som som«geralmen«geralmente um pop pop rock rocksem semsal», sal», chega o Noskill. Noskill.OOquarteto quarteto formou-seem formou-se emJoão JoãoPesPessoa em 2005, 2005, mas masagora, agora, com o lançamento lançamentodo doEP EP “Reconstruir”, conseguiu conseguiu a a exposição exposição que que precisava precisava para parareconhecimento. seu seu reconhecimento. Sem Sem dúvida, dúvida, o Noskill o Noskill foi uma foidas uma das revelações revelações de 2009 ede um2009 dos e um dos atuais expoentes atuais expoentes do hardcore do hardcore «não só feminino» «não só brasileiro. feminino» brasileiro. Conversando com Conversando Thuany com Thuany Asevêdo «voz», Asevêdo Aline Myrtes «voz», Aline Myrtes «guitarra», Camylla «guitarra», OliveiCamylla ra «baixo»Oliveira e Ingridy «baixo» Alves e Ingridyfomos «bateria) Alves entender «bateria) a fomos entenderque [des]construção a [des]conselas têm trução feito noque hardcore! elas têm feito no Uma das coisas que me chamou atenção no Noskill foi o fato de mostrar-se um grupo feminino de hardcore com qualidade, diferente das bandas de meninas que têm surgido: todas bem produzidas (visualmente falando) e que no fundo tocam um pop rock bem fraquinho. Pra vocês, qual seria o diferencial do Noskill? Para nós o diferencial de uma banda é o som que ela se propõe a fazer, o que quer passar com suas ideias, letras, shows... Cada banda carrega um tipo de responsabilidade sobre o que ela expõe, e por mais que nós quatro tenhamos ideias individuais procuramos passar o que achamos que seja útil para nós e para quem estiver a fim de ouvir. Talvez essa tendência de bandas que focam apenas a imagem se deva mais à intenção de conquistar um espaço na cena musical, onde o objetivo é causar impacto através do visual e não das músicas, o que é realmente triste para as bandas não só femininas que vêm crescendo atualmente. Outra coisa é que o som de vocês não é aquele hardcore “reto”, ele tem certo “jogo de cintura”. Enfim, a quê vocês acham que se deve isso? Esse “jogo de cintura” (risos) talvez seja porque quando vamos fazer música, tentamos não nos prender aos mesmos ritmos que estamos habituadas a ouvir ou tocar, buscamos misturar, até mesmo pra não ficar algo mecânico. Claro que, como qualquer outra banda, fica transparente algumas influências, mas tentamos ao máximo não nos prender a isso, o que prevalece é a intenção de fortalecer nossa identidade. Quais são as principais influências ? Cada uma de nós tem suas influências de diferentes estilos, juntando as de todas seriam: Bambix, Lagwagon, Bad Religion, Face to Face, Dominatrix, Jackson 5, NOFX, Mukeka di Rato, Dead Fish, Magic Numbers, coisas vindas do samba, como Cartola, do rap, entre várias outras... Suas letras trazem alguns questionamentos e visões do cotidiano. O quê elas querem passar? Elas realmente trazem questionamentos do cotidiano e visões nossas do que deveria ser observado ou modificado no geral, o que é importante suficientemente para ser compartilhado nas músicas. Nossas dúvidas, soluções, revoltas e tudo que sentimos, tentamos fazer alguém entender e fazer diferente. Vocês só colocaram uma faixa no MySpace. O quê vocês acham deste momento da indústria fonográfica onde, no caso dos independentes, os discos são liberados gratuitamente na internet? Colocamos apenas uma porque temos a intenção de fazer o EP chegar de fato às mãos das pessoas. Fizemos o material para ser adquirido, achamos sim interessante e muito bom o fácil acesso às bandas, isso é realmente importante. No caso dos independentes, como nós, é uma boa divulgação, várias bandas conseguem visibilidade a partir disso. Por enquanto a ideia é jogar música por música do EP no MySpace, divulgaremos ao máximo para depois de um tempo analisarmos se e como iremos disponibilizá-las. O nome do CD vem da faixa “Desconstruindo”, certo? Afinal de contas, o que seria mais produtivo, construir ou destruir? Certo! Bom, para se construir algo é necessário desconstruir algumas coisas, o mais produtivo seria reconstruir no caso, por isso o título do EP! Já que reconstrução envolve as duas coisas, primeiro se desconstrói e após tenta-se construir algo sólido e é disso que se fala “Desconstruindo”! Todas músicas se complementam, mas essa é a mais direta em relação a isso! Por falar nisso, vocês têm aberto os shows de diversas bandas de maior exposição dentro do hardcore que passam por João Pessoa e arredores. Quais vocês destacam? Todos esses shows que abrimos foram muito importantes pra gente, cada um teve seu toque especial, destacamos o Bambix (Holanda), o Garage Fuzz e o Dominatrix, são grandes influências pra nós. Outras que não têm tanta exposição e nos surpreendeu muito foram Vivenciar (RJ) e Calistoga (RN), shows lindos, postura legal, sinceridade, foi bastante gratificante dividir o palco com eles e poder firmar uma amizade. Quais são seus próximos planos? Os planos são os mais simples: continuar a divulgar o nosso som, queremos viajar com todo o gás possível, fazer shows por todo o Brasil, conquistar amigos e tudo mais que possa vir pela frente! Contatos: [email protected] www.myspace.com/noskill1 www.fotolog.com.br/noskill www.flickr.com/rafaelmago 24 T Lucas Pexão F Divulgação www.flourishestudio.com Visita... Flourish Estúdio F lavio Samelo, o eloquente editor de fotografia da Vista, por boa parte de sua vida produziu em um minúsculo e entulhado quartinho na casa dos pais. Depois que casou com a gringa Jayelle Hudson, também fotógrafa/artista/inquieta, juntos se mudaram para um apartamento previamente incendiado em rituais místicos pelo antigo locatário. Sério, pegaram um apartamento torrado e provavelmente cheio de fantasmas e transformaram em um dos lugares mais estilosos e agradáveis da megalópole. O amor dos dois por arte, visual e sonora, lota as paredes e estantes da casa, compondo um acervo de dar inveja a muita galeria e DJ. Tudo em meio a uma vida vegetal impressionante, em alguns casos com plantas quase alienígenas, predominando as complexas orquídeas. Não por acaso, os trabalhos comercias da dupla, tão especiais quanto o local onde vivem e trabalham, levam a assinatura Flourish Estúdio. 26 F Robson Sakamoto T Camilo Neres ALADIN Entre os nossos ex-presidentes Juscelino Kubitschek foi um dos mais memóravel, entre os seus feitos temos a fundação da nova capital federal. Brasilia, Hoje com quase meio seculo, ela nós apresenta um de seus filhos. Luiz Paulo “Aladin” trabalha diariamente na constução de uma nova Capital, esta por sua vez não se trata de um centro politico e sim a uma capital ainda melhor para o skate. 28 M Noseslide heelflip out L LA, CA F Robson Sakamoto 30 M Nollie shovit nosegrind L Riverside, CA F Robson Sakamoto M Ss shuvit L Santa Ana, CA F Robson Sakamoto criação da capital um produto, duas marcas: Residir na capital obrigou o jovem candango a fazer diversos “bate e volta”, tendo que ficar longe de casa por diversas vezes. Entre as viagens que fez, ele destaca as duas últimas ambas internacionais para Barcelona na Espanha e Los Angeles USA. “Estas duas últimas viagens que fiz foram as mais importantes para mim, abriram a minha mente em muitas coisas, me fazendo pensar diferente depois que voltei para casa. Na viagem de LA absorvi muita coisa em relação a uma empresa de skate. Vi de perto como funcionam as coisas lá e como podemos fazer aqui melhorar, quero poder colocar em prática aqui tudo que vi por lá”. Mesmo sendo minoria, as marcas feitas por skatistas aos poucos vem ocupando o seu espaço, entre elas está a Capital. “Em Brasília tem muita gente andando por andar, sem apoio. As marcas quase nunca olham para cá foi disto que surgiu a idéia de fazer uma marca com a nossa identidade, que valorizasse o skatista como deve ser. Boa parte dos empresários que estão ai nunca pisou em um skate e estão voltados apenas para os números e vendas. Por isto começamos a agir com o pensando no crescimento e evolução do skate como tem que ser.” Ter um produto com duas marcas pode ser algo comum de ser visto em anúncios gringos, apesar de ser uma ação um tanto incomum por aqui, estamos falando de uma coisa possível de se fazer quando existe uma boa relação com os seus patrocinadores. “Quando rolou a idéia de fazer um tênis da ÖUS em parceria com a Capital fiquei muito feliz. São duas marcas com o mesmo propósito. Sempre via em sites e revistas gringas este esquema de duas marcas lançarem um único produto juntas, Nunca tinha visto isto aqui pelo menos não me recordo de outras marcas terem feito isto no Brasil. Esta parceria foi muito gratificante para mim, ainda mais por o tênis ter sido um dos modelos mais vendidos da coleção”. produção de imagens skate em brasília: Como falamos no início, para quem está longe dos “pólos”, andar bem de skate não é o suficiente para se destacar. Com a idéia de comprar uma filmadora veio junto à necessidade de evoluir e estudar sobre. “Em Brasília não tinha videomaker, por este motivo tive que comprar uma filmadora e aprender a filmar para aparecer mais nos vídeos. Depois vi que precisava fazer outras coisas para não ficar para trás como estudar um pouco de fotografia, edição de vídeo e design gráfico. Mas me identifico mesmo é com a produção de vídeo, até iniciei um curso de cinema que acabou não dando certo pelo lance de ter que viajar com o skate, mas Necessidade de viajar é algo comum na vida da maioria dos skatistas. Para LP “Aladin” estas viagens serviram para fazê-lo enxergar que o seu lugar é onde ele sempre esteve. “Viajei para varias cidades do Brasil e fui vendo que nada se comparava a Brasília, e o que eu realmente precisava estava bem perto de mim”. A decisão de permanecer em sua cidade de origem exigiu do amador um esforço maior do que o normal para as coisas acontecerem. “Não queria abandonar a minha família e amigos, mas por estar fora do eixo do skate tinha que correr dobrado para aparecer nas mídias. Foi ai que tudo começou, comprei uma filmadora pretendo retomar assim que poder”. para colaborar com os vídeos e ser sempre lembrado.” viagens próximos passos Os próximos passos que quero dar é andar muito de skate, continuar evoluindo para manter o meu skate em um nível bom, conhecer outros lugares do Brasil e outros países como China, Austrália e França. Estar sempre absorvendo conhecimento na área de produção e captação de imagens, lançar o primeiro vídeo da Capital ainda este ano, trabalhando pesado no nosso crescimento como empresa do skate e na minha profissionalização. 34 M Flip bs boardslide to grind F L LA, CA F Robson Sakamoto 36 M SS 360 flip L Brasília, DF F Camilo Neres 38 M Ss bs ollie to grind reverse L Barcelona F Rodrigo Kbça 43 F Ivan Shupikov T Flavio Samelo 44 N o começo da década de 90, o mercado de skate no Brasil era um buraco negro sem fundo, sem revistas, marcas a beira de fechar as portas e profissionais que ganhavam três shapes de pagamento, quando ganhavam. Foi nesse cenário nada promissor que Ivan Shupikov começou a fotografar skate. De lá pra cá Ivan já fez de tudo um pouco no mundo da fotografia: “Quem não se diversificar, vai se dar mal...” aconselha Ivan, que nunca esqueceu sua origem no skate. Pelas suas experiências profissionais fora do mercado de skate a mais de 12 anos, sua visão serve de exemplo para novos fotógrafos de skate que nasceram no mundo das câmeras digitais e dos cliques sem fim e acham que fotografar skate é tudo na vida. Conseguimos um dos trabalhos autorais de Ivan Shupikov mais atuais e experimentais para inspirar nossos fotógrafos e colaboradores a produzir fotos, além do skate. Fotos feitas nos anos 2000, com uma câmera Lomo, de filme, panorâmica, sem recurso algum, fazendo com que Ivan relembrasse seus tempos de skate, de poucos filmes, poucas opções e muita criatividade. Super atualizado, Ivan dá a dica:“A salvação para a quantidade de fotos de hoje é a internet.”, coisa que concordamos plenamente na Vista e por isso incentivamos as pessoas a criarem seus blogs e revistas on-line em quase todas as edições. Falando em internet, assista a entrevista completa no site e veja Ivan Shupikov contando um pouco de sua história e suas experiências no mundo da fotografia. Uma entrevista inspiradora e verdadeira sobre o que o skate pode fazer com um fotógrafo que não se contenta com tapinhas nas costas e corre atrás de coisas novas sempre. “Eu fotografava, eu revelava e ampliava minhas próprias fotos No FuNdo da casa dos meus pais.” 46 “Captação em Lomo é o jeIto mais tosco de se fotografar, é quase uma pinhole.” “A SALVAçÃO PARA A QUANTIDADE DE IMAGENS QUE SE PRODUZ DIGITALMENTE HOJE É A INTERNET.” 48 “Você tinha dois filmes e tinha que trazer uma capa, um pôster e.. . de preferência umas duas Fotos pra ANÚNCIO pra fazer NegÓcIo.” 50 “O skate te dá a lIberdade de ir pra uma sessão e fazEr o Que você achar legal, do seu jeIto.” “Quem NÃo Se diversIFIcar, vai se dar mal, vai faltar eSpaço No mercado.” Para ver a entrevista completa www.vista.art.br 52 T Flavio Samelo A fotografia e o skate são coisas inseparáveis, e, fotografar skate não é pra qualquer um. Tem que querer muito e ter dedicação, pois não se ganha dinheiro, não se é reconhecido como fotógrafo por outros fotógrafos, não tem assistente, tem que fugir de seguranças e policiais mal intencionados, carregar uma mala pesada e gigante, levar umas skatadas no equipamento. Mas, quando você faz aquela imagem que o skatista que você fotografou considerou, a conexão está feita e o respeito de outros skatistas é uma conseqüência. Muito mais que qualquer outro tipo de fotografia, no skate a relação fotógrafo e skatista é muito mais relevante que qualquer outra, pois as vezes o fotógrafo acaba ajudando o skatista a completar a manobra mostrando onde ele está errando, deixando o skatista mais confiante e focado. Ou não, porque como em qualquer outra função tem sempre uns que se acham e acabam atrapalhando tudo. Só que no skate quando esses aparecem nenhum skatista se dispõe a sair na sessão com o tal. Por isso que no skate a fotografia é tão importante, um bom fotógrafo tem que demonstrar ser parceiro na sessão e se garantir na responsabilidade dele, que é fazer uma boa foto. Boa pelo menos para ele e o skatista, porque se for depender das revistas e dos sites “especializados” ai ai ai ai. Para essa edição temática de fotografia selecionamos alguns dos nossos mais fiéis, bravos e guerreiros colaboradores. Os que são a frente da nossa revista na sessão, que fazem as imagens que escolhemos, ou não, para publicarmos no site ou nas páginas da Vista. E mesmo sendo uma revista, tentamos respeitar e contribuir para que o fotógrafo evolua seu próprio estilo, seja ele qual for, mesmo que as vezes pareça que não, como se fossemos uma revista qualquer. 54 Alex Brandão www.alexbrandao.co.nr PORQUE como Skatista eu aprendi a olhar a arquitetura com outros olhos. Quando caminho pela cidade meus olhos estão procurando uma combinação arquitetônica que eu possa combinar com alguma manobra de skate e assim congelar o movimento. Geralmente quando vou fotografar já tenho uma imagem de como ela vai ficar. Olhar para tudo e todos, educar os seus olhos e saber que você não está aqui por muito tempo. Fotografia para me fazer feliz, fotografia para fazer você feliz! Fotografia para lembrar, amar e se perder pelo mundo. Foto para ficar de mau humor e quando de mau humor melhorar o humor. Foto para mim para você! Fotografo por que? Para evoluir para me comunicar com pessoas, para vender um produto, para acordar cedo ou acordar tarde ou as vezes não acordar! Fotógrafo para fazer você sonhar. Então não Chora! M 50-50 M Andrea Hasselager L The Black Rose Hotel, Malmo, Suécia L Amsterdã, Holanda 56 Caetano Oliveira www.flickr..com/photos/caetanoliveira PORQUE nunca consegui entender como uma imagem real ia parar dentro de uma caixinha, achava muito louco aquele processo, acabava sempre fotografando e nunca saindo nas fotos, desde cedo. A vontade de sair registrando tudo era grande, mas os custos de filme e revelação me impediam. Quando comecei a faculdade de jornalismo vi que tinha umas aulas de foto e que podia retirar a câmera da faculdade, desde então aos finais de semana, eu saia pra andar de skate e fotografava tudo ao meu redor. Percebi que poderia viver fazendo o que sempre curti, andar de skate e guardar lembranças através de minhas fotos. S Thiago 'Xuxa' S Eliana Sosco S Reine Oliveira S Thiago 'Xuxa' M 50-50 M Wallride to fakie M Layback M Flip melon L São Paulo, SP L São Paulo, SP L São Paulo, SP L São Caetano do Sul, SP 58 Camilo Neres www.flickr.com/photos/camiloneres PORQUE todo skatista gosta de folhear uma revista de skate, as fotografias das manobras se fixavam na mente. Quando não estava andando de skate com os amigos, estávamos vendo a cópia da cópia de algum VHS de skate e brincando de “moment”. A brincadeira consistia em aperta o pause no controle do vídeo cassete bem no momento da manobra. Certo dia, eis que surge uma forte dor na coluna tornando as sessões de skate menos intensas devido uma hérnia de disco lombar. Nesta hora surgiu a idéia de retomar a brincadeira de moment só que desta vez de verdade. Mesmo andando de skate constantemente da forma que posso, fotografar tornou-se mais uma forma de “skatear”. Os dois são muito parecidos, ambos têm uma constante busca por evolução, onde a cada dia que passa aprendemos uma coisa nova nós ajudando cada vez mais aprimorar o nosso próprio estilo. S Paulo Galera S Tiago Pingo M Bs ollie to fakie pivot grind M FS Shovit L Porto Alegre, RS L Camaquã, RS 60 JR Lemos www.flickr.com/photos/jrlemos PORQUE foi bem natural e nem um pouco planejado. Fazia faculdade de comunicação social e cursei dois semestres de fotojornalismo. A convicção com que o professor autodidata ensinava e a paixão que é a física por trás da fotografia me fizeram gostar da matéria. Mas antes de qualquer coisa eu já era skatista! Ando desde os nove anos de idade, fiz e ainda faço parte da cena local (noroeste de SP e sudoeste de MG) e a fotografia era o que faltava para divulga-la. Adquiri uma digitalzinha no Stand Center da Paulista, publicava na internet e no fanzine SkateouMorte!. Foram 12 edições e quatro anos de intenso aprendizado, quando também dava uma força pra InterSP realizar os campeonatos no interior. Aprendi muito nessa época e até hoje continuo aprendendo! Diria, pra quem começa agora na fotografia de skate, que: pratique bastante, esteja sempre de olho pra aprender e seja empreendedor. A cena acontece bem na sua frente, você só precisa enxergar a melhor forma de registra-la. S Tales Breda S Rafael Lourenço S Rafael Lourenço M Ollie M Heel flip drop M BS noseslide L Franca, SP L Franca, SP L Franca, SP 62 Leo Barreto http://www.flickr.com/photos/leobarreto PORQUE desde pequeno é uma das artes que envolvem a cultura do skate; sempre me chamou a atenção. Quando me dei conta, já estava registrando as sessões com os amigos. Então a nossa cena local, que não era muito divulgada, hoje recebe mais atenção do que nunca. É um fluxo natural de acontecimentos, e, afinal de contas, alguém tem que retratar todo esse caos e beleza! S Alan Dornelas S Bruno Massamy M 360 flip M Grind reverse L Belem, PA L Salinas, PA 64 Rene Júnior www.flickr.com/photos/marmatrix PORQUE ela aconteceu. Desde moleque sempre fui interessado por qualquer forma de expressão e criação. Comecei tocando bateria por 5 anos , depois migrei para a musica eletrônica, virando DJ e produtor de música, prática que exerço até hoje por hobby. E a fotografia apareceu depois disso, como algo natural, nunca sonhei ou desejei ser, só que foi algo que me completou e satisfaz plenamente desde o primeiro dia que eu decidi aprender e me tornar um fotógrafo. O que mais me fascina na fotografia são as experiências que ela me traz. Hoje você tá na rua fotografando skate, amanhã pode estar num resort fazendo um puta ensaio de moda, no outro dia fotografando sozinho paisagens lindas, a diversidade é o que mais me atrai. S Ionir Meira S Leo Careca S Michael Simoneto M BS ollie M Ollie M FS Nose bluntslide L Rio de Janeiro, RJ L Rio de Janeiro, RJ L Rio de Janeiro, RJ 66 Robson Sakamoto www.flickr.com/photos/robsonsakamoto PORQUE ganhei minha primeira câmera aos 8 anos. E para mim a câmera e o skate eram meus melhores brinquedos e continuam sendo até hoje. Eu decidi ser fotógrafo quando estava morando no Japão com meu amigo Lucas Aoki, que hoje trabalha como videographer. Eu tinha um blog e a gente saia para andar de skate e eu registrava a sessão com uma mini câmera digital e recebia bastante elogios nos comentários do blog e foi a partir dai que comecei a investir, pesquisar sobre fotografia e planejar em um dia poder viver fotografando. Fotografar para mim significa criar, registrar e guardar um momento, uma emoção, 1/250 segundos de uma vida que nunca se repete. E o skate junto com a fotografia é sem dúvida uma combinação perfeita, sem contar que faz com que você esteja sempre envolvido com pessoas que vêem com o mesmo olhar um defeito na calçada como uma matéria prima para uma criação de uma obra artística e lucrativa. A vida de fotógrafo de skate não é fácil, assim como a vida de skatista, mas é algo que a gente não consegue viver sem, amo skate e amo fotografar skate e desejo continuar fotografando skate pelo resto da minha vida. S Rodrigo Gerdal S Marcos Maciel S Vitor Sagaz M Fs flip M Crooked M Flip alleyoop L Santa Ana, CA L Huntinfton, CA L Mailbu, CA 69 F Flavio Samelo T Flavio Samelo Andar de skate é uma das coisas mais legais que se pode fazer na vida, e para alguns, fotografar também é bom de mais. Eduardo Braz, mais conhecido como Duzinho, faz os dois e se considera uma pessoa feliz, o que é uma raridade nos dias e hoje. Nas sessions de skate, começou a admirar mais e mais a fotografia, vendo os fotógrafos das revistas trabalharem e terem seus trabalhos reconhecidos pelos skatistas. Isto foi muito importante para que se dedicasse a essa nova missão. Cambiando as funções de skatista profissional e fotógrafo profissional, Duzinho sempre encontra tempo principalmente para suas fotos de skate, que é o que lhe dá maior alegria e diversão. Andar de skate com amigos e fazendo fotos deles, compartilhando aquele momento com você, é o que faz com que as fotos de Eduardo Braz sejam diferentes. Você sente a energia da sessão nas fotos e a diversão é garantida. EDUARDO BRAZ “COMO TODO PROFISSIONAL DE SKATE, O CORPO CHEGA UMA HORA QUE NÃO AGÜENTA MAIS, POREM A FOTOGRAFIA É PRA SEMPRE.” M Boneless transfer L São Paulo, SP F Marcelo Xue 71 “EU TRABALHAVA NO MARKEting DA TENT; SAiA DO TRAMPO E FiCAVA FOTOGRAFANDO QUEM ESTiVESSE ANDANDO NO HALF.” 73 M Fs stalefish L Guará, SP F Marcos Noveline “EU TINHA QUE TRAMPAR PRA ANDAR DE SKATE, ENTÃO DECIDIME DEDICAR A FOTOGRAFIA.” M Bs nosepick L São Paulo, SP F Carlos Henrique 75 77 “FoI meIo que cAminhando juNto a fotografia e O skate pra mim.” M Ss Mayday L São Bernardo do Campo, SP F Caetano Oliveira 79 “A FOTOGRAFIA É IMENSA, VÁRIAS POSSIBILIDADES, VÁRIAS IDÉIAS.” M Ss Wallride L São Paulo, SP F Ricardo Porva 80 40 S Mauricio Parmalat M Bs ollie to ss crooked L Belém, PA F Leo Barreto Arte Muda S Murilo Romão M 360 Flip L São Paulo, SP F Fellipe Francisco 82 S Willians Dentinho M Fakie Heelflip L São Paulo, SP F Fabiano Lokinho 83 iPobre S Renato Zokreta F Fabiano Lokinho 84 S Akira M FS 360 crail L São Paulo, SP F Fabiano Lokinho 86 Life is like that L Hammer, Noruega F Alex Brandão 87 S Glauber Marques M Fakie 360flip L Novo Hamburgo, RS F Alex Brandão 89 S Danilo Diehl M Flip L Piracicaba, SP F Flavio Samelo 92 S Murilo Peres M Stalefish -> PODE APOSTAR T Marco Cruz F Eduardo Braz 94 T Marco Cruz A F Eduardo Braz no passado andando pelos corredores da empresa ouvi rumores de uma possível ação de marketing e pensei "onde será que isso vai acontecer?”. Logo de cara fui no marketing saber melhor do que estavam falando e descobri que aconteceria em diferentes estados e, uma ação de verão no litoral paulista. Não perdi tempo e sugeri um evento de skate na pista de Boiçucanga, local que fujo sempre que posso. A equipe ficou super animada e como poderíamos unir a ação na praia e o skate na pista logo de cara todo mundo começou um brainstorm. Voltando das férias fiquei sabendo que estava tudo certo para acontecer o evento e começamos a pensar no melhor formato e chegamos ao Lost Bet Challenge, um campeonato onde o prêmio seria dividido entre 20 convidados e eles apostariam um contra o outro no sistema homem a homem, jam session, com valores pré determinados até a ultima aposta da final que foi de R$1000. A primeira bateria foi bem eclética com o experiente bowl rider Daniel Kim que parece não envelhecer e Rodrigo Maizena, streeteiro pesado. A surpresa foi que Maizena acabou vencendo Kim e avançou para a segunda fase. Na sequencia vieram baterias bem legais de assistir com a dos irmãos Rodolfo Ramos Gugu e Wagner Ramos, Rogério Murilinho e Tarobinha, entre outras. Diversidade de skate é o que não faltava, todos apostando e se divertindo no skate, já que a lista de convidados foi elaborada com o intuito de ter varias gerações de skatistas e modalidades. Porque a pista é um park, e quem fosse mais overall se daria melhor utilizando o bowl e a área de street. Tarobinha foi um destaque. Andou muito no Best Trick e durante o evento todo, mas perdeu nas finais. Kosake que se deu bem porque na terceira fase aconteceu um Best Trick onde o vencedor ganhava R$900 e uma vaga na final. Ele mandou seu fs side blunt no caixote “a La Ambiental” e garantiu o seu. Nas outras fases ainda tínhamos Biano Banchin e Rodolfo Ramos Gugu que disputariam a vaga na final com Kosake. Gugu andou muito e venceu Biano. Mesmo cansado pediu só dois minutos para descansar e foi com tudo para a final com seu parceiro Kosake, que segundo Gugu o ensinou a dropar quando ele tinha 9 anos. O skate impressionante do Gugu prevaleceu novamente e ele acabou com a caixa de fichas lotada. Kosake levou o Best Trick e ficou em segundo no geral. Nada mal para um final de semana onde a previsão era de chuva o tempo todo. Mas São Pedro colaborou e logo após a entrega de prêmios enquanto Cida entrevistava o Gugu o céu veio abaixo. S Gugu M Stalefish S Kosake M Boneless