Sessão 4 Boas Práticas da Gestão de Resíduos Industriais (GRI) no Brasil e Japão 27 de Maio de 2010 Contraparte da Equipe de Estudo da JICA Estudo para o Desenvolvimento de uma Solução Integrada Relativa à Gestão de Resíduos Industriais no Pólo Industrial de Manaus 1 Agenda 1. Bons Exemplos de Gestão Interna Interno = Na Fonte Geradora (ex.: fábricas) “Emissão Zero” e GRI no Japão Hoje Exemplo 1: Distrito Industrial de Kokubo Exemplo 2: Fábrica da Honda de Suzuka 2. Bons Exemplos de Gestão Externa Japão (Província de Iwate): Sistema de Avaliação das Empresas de Serviço de Resíduos e Fundo Ambiental da Província de Iwate Brasil (Estado de São Paulo): Aterro de São José dos Campos 2 Bons Exemplos de Gestão Interna 1. GRI Interna no Japão Hoje Por que tantas fábricas no Japão buscam a “Emissão Zero”? 1. O descarte externo é muito caro, principalmente as taxas de descarte no aterro 2. Política governamental de gestão de resíduos 3. Apoio ao consumidor Reduzir, reutilizar e reciclar os resíduos na fábrica o quanto possível (3Rs) Lei Básica para estabelecer uma sociedade voltada para a reciclagem (2000) Apoio às empresas “ambientalmente corretas” 3 1. Fluxo de Resíduos Industriais na Província de Mie, Japão (2000) Nota: A gestão interna é MAIS DA METADE: 53,9% 4 1. Fluxo de Resíduos Industriais no PIM (2009) Nota: QUASE TUDO é gerido externamente: 95,8 % 5 Exemplo Interno 1 1.1 Parque Industrial de “Emissão Zero”: Parque Industrial de Kokubo Histórico Criado em 1975 28 Fábricas (até Abril de 2009) Mais de 5.000 funcionários 958.400 m² de área Valor total de produção (2008): 363,7 bilhões de ienes (US$3,9 bilhões) Um problema com o aterro revelado no início dos anos 90 levou todas as 28 empresas a trabalhar juntas para que o parque industrial pudesse ter emissão zero para o aterro. 6 Exemplo Interno 1 1.1 Parque Industrial de “Emissão Zero”: Parque Industrial de Kokubo (2) Abordagem Criou um comitê de pesquisa para uma gestão de resíduos industriais de emissão zero. Criou regras comuns dentro do parque industrial Aplicou novas tecnologias no tratamento de resíduos Criou uma política comum de sustentabilidade; reuso e reciclagem dentro do parque industrial (o conceito de 7 “emissão zero”) Exemplo Interno 1 1.1 Parque Industrial de Kokubo (3) Abordagem 1. Preparar um Manual: Foi preparado um manual sobre a gestão interna de resíduos (ex.: redução, separação) Cada empresa tem responsabilidade em implementar os 3Rs. 2. Reduzir Resíduos: Matérias primas e resíduos são reduzidos por meio de melhorias dos métodos de produção Resíduos de embalagens são reduzidos usandose recipientes reutilizáveis para fornecimento de peças e matérias primas. Resíduos de escritório são reduzidos fazendo-se copias de ambos os lados e usando-se papéis 8 reciclados Exemplo Interno 1 1.1 Parque Industrial de Kokubo (4) 3. Separar Resíduos Os resíduos são cuidadosamente separados conforme a categoria de reciclagem usando cores Azul : Papel/Papelão Amarelo : Metal Verde: Vidro Vermelho : Plástico Marrom : Orgânico Laranja : Resíduos perigosos Preto : Madeira Cinza : Resíduos gerais não recicláveis ou misturados, ou contaminado não passível de separação Roxo : Resíduos radioativos Branco : Resíduos ambulatoriais e de serviço de saúde Exemplo Interno 1 1.1 Parque Industrial de Kokubo (5) 4. Pré-processo comprimindo e cortando os resíduos para armazenagem e transporte 5. Usar recipientes especiais de armazenagem para cada tipo de resíduo, devidamente localizados para facilitar a reciclagem e tratamento externos. 1.1 Parque Industrial de Kokubo (6) Exemplo Interno 1 11 1.1 Parque Industrial de Kokubo (7) Exemplo Interno 1 1º passo 1st Step Operação conjunta na reciclagem de aparas Joint Operation of Waste Paper Recycling papel (November 1995) (Novembro 1995) 2º passo 2nd Step Coleta conjunta de Resíduo Combustível e envio Joint Collection of Combustible Waste and para tratamento (Janeiro 1997) sending to RDF Facility (January 1997) 3º passo 3rd Step Operação conjunta para planta de compostagem Joint Operation of Compost Plant of Kitchen de Resíduos de cozinha (Novembro 1998) Garbage (November 1998) 4th Step 4º passo Manufacturing of Paperde Packaging Fabricação de embalagem papel com Material Resíduos Aparas de Papel (Novembro 1998) and Buffer Material from Waste Paper (October 2000) Atualmente At Present Diversas atividades de reduçãoand e Reciclagem Several Waste Reduction Recycling de Resíduos Activities 1. Redução de efluentes por condensação alcalina 1.2.Condensing alkali wastewater forpor reduction. Redução do consumo de óleo de corte controlo rigoroso 2.3.Reduction of cutting consumption by strict control. Recuperação de cobreoilem placas de circuito impresso, em 12 de reciclagem 3.cooperação Recoverycom of empresas copper from print circuit board in cooperation with recycling companies. 1.1 Parque Industrial de Kokubo (8): Política de Emissão Zero Exemplo Interno 1 Quais os elementos necessários para se implementar um projeto de emissão zero? 1. Comprometimento Consciência ambiental Escolher um sistema eficaz de gestão Encorajar o uso de produtos reciclados 2. Tecnologia Aplicação de métodos adequados de reciclagem e recuperação 3. Sistematização Adequabilidade às normas da ISO 14001 13 Exemplo Interno 2 1.2 Suzuka Factory of Honda Co., Ltd. Histórico O “Plano de Fábrica Verde” visava a emissão zero (ver próximo slide) A emissão zero é definida como “Nenhum RI deve sair da fábrica para disposição final (aterro)” A Equipe de Emissão Zero criada como parte do “Projeto de Fábrica Verde” em 1997. Se tornou o primeiro exemplo de emissão zero entre as fábricas de veículos do Japão em 1999. 14 Exemplo Interno 2 1.2 Suzuka (2): Plano de Fábrica Verde de COV e Dioxinas 15 1.2 Suzuka (3): Visão dos Planos Exemplo Interno 2 Papel Vidro Plásticos Alumínio Garrafas 16 2. Bons Exemplos de Gestão Externa Para criar boa gestão externa, deve haver uma coordenação mais próximas entre as 3 partes: Geradores Receptores (Fábricas) (ESR) Administração Exemplo Externo 1: no Japão Exemplo Externo 2: no Brasil 17 Exemplo Externo 1: no Japão 2.1 Bom Exemplo: Província de Iwate (1) Histórico 1991: Duas ESR’s iniciaram um lixão de resíduos industriais, incluindo resíduos perigosos. Licenciadas para tratamento intermediário (compostagem de RI), mas sem licença de operação para aterro. 1999: As empresas foram processadas pelo descarte ilegal de 920.000 m3 de resíduos. 2000: As empresas faliram e o Governo da Província ficou responsável pelos custos de limpeza. 18 Exemplo Externo 1: no Japão 2.1 Província de Iwate (2) Histórico O Governo Provincial descobriu geradores que entregavam seus RI àquelas empresas. 2010: Em março deste ano, 28 geradores concordaram em pagar os custos pela limpeza. Isto levou à adoção de um sistema de ranking & fundo ambiental das empresas de serviço de resíduos 19 Exemplo Externo 1: no Japão 2.1 Província de Iwate (3) Sistema de Ranking das Empresas de Serviço de Resíduos A Província criou “Leis para uma Sociedade voltada à Reciclagem” e estabeleceu um sistema de ranking & fundo ambiental Sistema de Ranking As ESR’s são aprovadas pela província. Elas recebem rankings em 3 níveis de acordo com um padrão fixo. O ranking é valido por 2 anos. A sociedade pode confiar mais nas ESR’s. Os geradores de resíduos têm informações significativas para escolher as melhores 20 ESR’s. Exemplo Externo 2: no Japão 2.1 Província de Iwate (4) Sistema de Fundo Ambiental Sistema de Fundo Ambiental O fundo é operado pela Associação de Resíduos Industriais da Província de Iwate As ESR preparam o fundo, cada empresa contribui com 1 milhão (ou 0,5 milhão para sócios da Associação de Resíduos Industriais) Usado se necessário para lidar com incidentes urgentes. Permite que as ESR apelem aos geradores de resíduos com qualificações mais 21 confiáveis de descarte. Exemplo Externo 2: no Brasil 2.2 Bom Exemplo: Estado de São Paulo Aterro de São José dos Campos 22 Exemplo Externo 2: no Brasil 2.2 Aterro de São José dos Campos (1) Histórico Criado em 1985 como aterro particular Primeiro aterro de RP (Classe I) do Brasil Primeiro aterro do Brasil com ISO 14000 756.000 m² de área Desenvolvido célula por célula, com área de operação limitada: 120m x 30m x 8m Quando o aterro municipal se recusou a aceitar RP & RINP em 2007... As fábricas pediram ao Aterro de São José dos Campos que aceitasse seus RINP. 23 Exemplo Externo 2: no Brasil 2.2 Aterro de São José dos Campos (2) Histórico Desde 2007: O aterro de RP começou a operar no descarte dos resíduos Classe II-A (RNP) das fábricas. Uma lei municipal criou uma nova oportunidade de negócio às entidades privadas. Evita a mistura de RNP de alto risco e perigosos com os resíduos urbanos de baixo risco. Os clientes visitam o local duas vezes por ano para confirmar a destinação final de seus 24 resíduos, além da CETESB todo mês. Exemplo Externo 2: no Brasil 2.2 Aterro de São José dos Campos (3) Aterro anterior de RI Aterro atual de RI Vista geral do aterro Novo aterro de RI 25 Exemplo Externo 2: no Brasil 2.2 Aterro de São José dos Campos (4) Coleta de chorume Aterro atual de RINP Vista geral do aterro Aterro anterior de RINP26 Exemplo Externo 2: no Brasil 2.2 Aterro de São José dos Campos (5) Poço de Monitoramento Dentro do Poço de Monitoramento Vista geral do aterro Reciclagem de Resíduos de 27 Construção Exemplo Externo 2: no Brasil 2.2 Aterro de São José dos Campos (6) Amostras de Laboratório Laboratório Vista geral do aterro Reciclagem de Resíduos de 28 Construção Muito obrigado pela sua atenção! Rita Mariê [email protected] Armando Bandeira Jr. [email protected] 29