DEFINIÇÕES, TIPOLOGIA, COLETA E
DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS
SÓLIDOS NO BRASIL
RICARDO M. PINTO-COELHO
Segundo o IBGE são produzidas diariamente 200 mil ton. de lixo no Brasil. Tomando-se por base o seguinte:
Cidade pequena: 500 g/hab
Cidade média: 700 g/hab
Cidade grande: 1 kg/hab
Coleta Seletiva
É um sistema de recolhimento de materiais recicláveis, tais como papéis, plásticos, vidros, metais e orgânicos,
previamente separados na fonte geradora. Estes materiais são vendidos às indústrias recicladoras ou aos sucateiros.
As quatro principais modalidades de coleta seletiva são: domiciliar, em postos de entrega voluntária, em postos de troca e
por catadores.
A coleta seletiva domiciliar assemelha-se ao procedimento clássico de coleta normal de lixo. Porém, os veículos coletores
percorrem as residências em dias e horários específicos que não coincidam com a coleta normal.
A coleta em PEV - Postos de Entrega Voluntária ou em LEV - Locais de Entrega Voluntária utiliza normalmente contêineres
ou pequenos depósitos, colocados em pontos fixos, onde o cidadão, espontaneamente, deposita os recicláveis.
A modalidade de coleta seletiva em postos de troca se baseia na troca do material entregue por algum bem ou benefício.
O sucesso da coleta seletiva está diretamente associado aos investimentos feitos para sensibilização e conscientização da
população. Normalmente, quanto maior a participação voluntária em programas de coleta seletiva, menor é seu custo de
administração. Não se pode esquecer também a existência do mercado para os recicláveis.
CONAMA
Classificação dos Resíduos (CONAMA - Cons. Nacional do Meio Ambiente)
CLASSE 1 - Resíduos Perigosos: são os que apresentam periculosidade ou uma das seguintes características - inflamabilidade,
corrosividade, reatividade, toxidade ou patogenicidade.
CLASSE 2 - Resíduos Não Inertes: são os que podem ter propriedades tais como combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em
água. Os resíduos domésticos são assim classificados.
CLASSE 3 - Resíduos Inertes: são aqueles que submetidos a um contato estático ou dinâmico com a água destilada ou desionizada, à
temperatura ambiente, não têm nenhum de seus componentes solubilizados em concentrações superiores aos padrões de potabilidade da
água.
Destino Final dos Resíduos Sólidos
Disposição a céu aberto (LIXÃO)
96% dessas 200.000 ton. de resíduos domésticos são lançadas diariamente no meio ambiente sem nenhum cuidado especial, ou seja, terão
seu destino final em algum lixão. Isto acontece em 60% das cidades do país.
A maioria dos municípios do Brasil possui áreas comprometidas por causa dessa prática. Sem nenhum controle sanitário ou ambiental o lixo
acarreta graves problemas de saúde pública, relacionados com a proliferação de vetores de doenças.
Segundo o Laboratório de Engª Sanitária e Ambiental da Universidade Federal de Viçosa (UFV) de Minas Gerais, a má gestão destes resíduos
é responsável por 65% das doenças no Brasil.
Aterro Sanitário (Resíduos de Classe II)
O chamado aterro simples, a curto prazo, é o mais barato. Já o aterro sanitário, acompanhado do tratamento e reciclagem, é uma das mais
corretas e lucrativas formas de se resolver o problema. Exige tratamento do chorume e monitoramento permanente.
Aterro Industrial (Resíduos de Classe I)
- Maior exigência de controle ambiental
- Capas impermeabilizantes mais fortes e seguras
- Compartimentalização e dreno sentinela
- Não pode emanar gases nem produzir chorume
- Drenagem superficial da água
Resíduos Considerados Perigosos - Classe I
- Baterias de veículos
- Embalagens de produtos tóxicos , corrosivos, inflamáveis e venenosos
- Lâmpadas fluorescentes
- Lixo de banheiro
- Lixo hospitalar, odontológico, veterinário, farmacêutico, curativos e similares
- Material radioativo
- Restos de remédios: vencidos ou não
- Pilhas e baterias
As cores características dos containers apropriados para a coleta seletiva de lixo:
Papel/Papelão
Metais
Plásticos
Vidros
Até hoje, não se sabe onde e com que critério foi criado o padrão de cores dos containers utilizados para a
coleta seletiva voluntária em todo o mundo. No entanto, alguns países já reconhecem esse padrão como um
parâmetro oficial a ser seguido por qualquer modelo de gestão de programas de coleta seletiva.
Existe uma simbologia específica para a reciclagem de plásticos:
No Brasil existe uma norma (NBR 13230) da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, que
padroniza os símbolos que identificam os diversos tipos de resinas (plásticos) virgens. O objetivo é facilitar a
etapa de triagem dos resíduos plásticos que serão encaminhados à reciclagem. Os tipos são classificados por
números a saber:
1 - PET
2 - PEAD
3 - PVC
4 - PEBD
5 - PP
6 - PS
7 - Outros
Telefone da ABNT para contato: SP - (11) 3016.7070 - RJ - (21) 3974.2300
Destino Final dos Resíduos Sólidos
Disposição a céu aberto (LIXÃO)
96% dessas 200.000 ton. de resíduos domésticos são lançadas diariamente no meio ambiente sem nenhum
cuidado especial, ou seja, terão seu destino final em algum lixão. Isto acontece em 60% das cidades do
país. A maioria dos municípios do Brasil possui áreas comprometidas por causa dessa prática. Sem
nenhum controle sanitário ou ambiental o lixo acarreta graves problemas de saúde pública, relacionados
com a proliferação de vetores de doenças. Segundo o Laboratório de Engª Sanitária e Ambiental da
Universidade Federal de Viçosa (UFV) de Minas Gerais, a má gestão destes resíduos é responsável por
65% das doenças no Brasil.
Aterro Sanitário (Resíduos de Classe II)
O chamado aterro simples, a curto prazo, é o mais barato. Já o aterro sanitário, acompanhado do
tratamento e reciclagem, é uma das mais corretas e lucrativas formas de se resolver o problema. Exige
tratamento do chorume e monitoramento permanente.
Aterro Industrial (Resíduos de Classe I)
- Maior exigência de controle ambiental
- Capas impermeabilizantes mais fortes e seguras
- Compartimentalização e dreno sentinela
- Não pode emanar gases nem produzir chorume
- Drenagem superficial da água
Fonte: www.reciclarepreciso.hpg.ig.com.br
Composição Média do Lixo Urbano
(Coleta Seletiva)
Papel e papelão
Plástico
Diversos
Vidro
Metais (todos)
Longa Vida
Composição Média do Lixo Urbano
Matéria Orgânica
Papel
Metal
Vidro
Plástico
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definições, tipologia, coleta e disposição final de resíduos sólidos