ESPECIAL
Saúde e Idosos
Despertar da
essência feminina
A empresária e consultora Sarah Pardini revela
como ser desejada após os 60 anos de idade
Ainda segundo Pardini, a mulher precisa usar
toda a experiência que a vida lhe permite. “Elas devem
sair para dançar e buscar tudo que consideram de melhor.
Mas, primeiramente, têm de se conhecer mais e, muitas
vezes, para isso, precisam de ajuda. Essa iniciativa de lançar um olhar para dentro de si mesma tem de partir delas.
Só depois vem o outro. É importante ressaltar que o outro
não consegue manter um relacionamento quando a mulher não acredita nela mesma”, reitera.
Magia da sedução
A
inda é possível sentir-se desejada após os 60?
Como quebrar tabus em torno da sexualidade? Para responder a esses e muitos outros
questionamentos, a Revista Cidade entrevistou a empresária, consultora e palestrante Sarah Pardini.
Sexualidade após os 60
Para Sarah Pardini, a sexualidade e a sensualidade independem da idade. A mulher acima dos 60 possui maturidade e já está mais segura diante das experiências vividas.
Segundo Pardini, nessa fase, assim como nas outras, é
imprescindível ter autoestima, segurança de seus desejos,
sonhos e coragem de se expressar. “É saber que a sensualidade está na sua alma e que o encantamento está na
sua forma de ver a vida e curtir cada fase dela. A sedução
não tem idade. O que é preciso é coragem para assumir a
mulher divina e linda que existe dentro de cada uma de
nós”, afirma.
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Já pensou em seduzir a si mesma? Para Pardini, a sedução
pode ser uma boa armadilha para conquistar o outro, mas,
se for usada apenas com foco na conquista do parceiro, o
resultado pode ser frustrante. “É preciso se seduzir por
inteiro, para se tornar uma mulher mais confiante, mais
inteira e elaborada, com a autoestima elevada e, consequentemente, com capacidade para seduzir o seu companheiro das mais diversas formas. Considero que essa
‘fórmula’ vale tanto para a mulher como para o homem”.
Segundo Pardini, muitas mulheres ainda consideram que
para chamar a atenção precisam exagerar no sensual, usar
decotão, maquiagem pesada, vestidos muito curtos e apertados. “De jeito nenhum! A sensualidade está exatamente
no equilíbrio do feminino com a delicadeza de ser sexy.
Roupas que expressam o feminino, cores, rendas, decotes
podem, sim, ser usados, mas sem que exponham demais o
corpo. Uma maquiagem que ressalte o olhar, mas que não
seja carregada; sutileza no andar, no dançar e no sorrir.
Ser sensual sem ser vulgar é aquela mulher que, mesmo
com um vestido até os pés, atrai olhares e desejos. Esse é o
mistério da sensualidade”.
Sarah Pardini
Quebra de tabus
Empresária, palestrante, consultora, profissional em Programação
Neurolinguística e Assistente Social (PUC Minas), Sarah Pardini é
também pós-graduada em Atendimento Sistêmico de Família, especialista em sexualidade, resgate da autoestima, sensualidade e motivação
das mulheres. Atuou durante muitos anos com mulheres vítimas de
violência, que tinham a autoestima baixa, problemas nos relacionamentos, dificuldades em lidar com o feminino e com a sensualidade.
Também é uma profissional da dança. Uniu as duas experiências, toda
a sua vivência, e desenvolveu o projeto “Despertar da Essência Feminina”, com o intuito de resgatar o feminino e fazer com que as mulheres tenham atitudes em busca do bem-estar com elas mesmas, tanto
em seus relacionamentos como com o universo. “Converso com elas e
faço com que se soltem, também, por meio da dança”, afirma Sarah.
Esse trabalho busca ainda incentivar hábitos saudáveis, ressaltando a
importância do autoconhecimento e de se manter a autoestima elevada
para a melhoria da qualidade de vida.
Contato: www.sarahpardini.com.br / [email protected]
Foto: Carolina Espanha
Quando o assunto é sexualidade, os tabus ainda estão presentes, apesar dos
grandes avanços da sociedade moderna.
Vive-se ainda um paradoxo entre repressão e liberalismo. “Muitas pessoas ainda consideram a sexualidade como um
tema vulgar. É preciso entender que não
existe amor sem sexo, por mais lindo que
esse amor possa ser. Mas há também
sexo sem amor, não dá pra esconder.
Não falar sobre isso é pura repressão.
É claro que temos de entender que o
tabu é um problema cultural, que vem
de muitas décadas. As coisas estão mudando, mas esbarramos muito ainda em
tabus quando o assunto é sexualidade.
Um exemplo é como os gays ainda são
tratados”, alerta.
Sarah Pardini
(Manu Fernandes)
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