ANO IV - n °103 / 30 de novembro de 2012 Divulgação Descalabro nas agências reguladoras O desdém e falta de fiscalização com o que o governo do PT trata as agências reguladoras fizeram com que o país conhecesse mais um novo escândalo: a Operação Porto Seguro, da Polícia Federal. Segundo as investigações, a ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo e apadrinhada do ex-presidente Lula, Rosemary Noronha; diretores de agências reguladoras; e até mesmo o número dois da Advocacia-Geral da União, José Weber Holanda; são acusados de fazerem parte de um esquema de corrupção em agências reguladoras e órgãos federais. Além da ausência de fiscalização, o governo Dilma Rousseff tem repassado para as agências reguladoras apenas cerca de 10% das previsões orçamentárias. Levantamento feito pelo Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) do Democratas mostra que em 2011, primeiro ano de Dilma Rousseff como presidente, as agências receberam apenas 12,8% do que estava pre- visto no orçamento. Da dotação de R$ 9 bilhões, viram em seus cofres R$ 1,15 bilhão. E esse valor inclui os restos a pagar depositados em 2012. Este ano, dos R$ 9,1 bilhões previstos, pingaram nos cofres das agências reguladoras apenas R$ 732 milhões, o equivalente a 8%. A baixa execução orçamentária nem mesmo é regular entre os órgãos. Por exemplo, este ano a Agência Nacional de Petróleo (ANP) recebeu apenas 3,42% do previsto. Em valores, R$ 142 milhões em um orçamento de R$ 4 bilhões. Já a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) recebeu somente 3,6% do valor reservado, o equivalente a R$ 74,8 milhões de um orçamento de R$ 2,08 bilhões. Função das agências reguladoras As agências reguladoras foram criadas para ser um instrumento da sociedade para fiscalizar as empresas prestadoras de serviço. Por meio delas, companhias telefônicas, fornecedoras Jornal da Bancada do Democratas no Senado de energia elétrica, empresas aéreas, abastecedoras de água potável precisariam andar na linha. Contratos não cumpridos? Multa, recisão e indenização. Em tese, os cargos de diretoria das agências deveriam ter representantes do governo e da sociedade. Seriam técnicos com um currículo irrepreensível para observar com lupa o setor a ser fiscalizado. Como o PT sempre olhou com desdém as agências, passou a desprezar os critérios de indicação por competência e a lotear politicamente esses órgãos. Agências funcionando dessa maneira, sem recursos e sem responsabilidade, têm como consequências aborrecimentos no cotidiano da população. Telefônicas ficam com mais liberdade para não honrar planos firmados com o cliente, concessionárias não fazem as obras necessárias nas estradas, os portos não têm condições de exportar mercadorias. Que o novo escândalo pelo menos obrigue o governo a tratar as agências com mais seriedade. Atualização do CDC terá foco no e-commerce A atualização do Código de Defesa do Consumidor trará mais segurança aos compradores, especialmente no que diz respeito aos crimes cibernéticos - não previstos na legislação atual. A afirmação é do senador Wilder Morais (GO), membro da comissão especial criada pelo Senado para debater a modernização da lei, elaborada há 22 anos. De acordo com o senador, um dos principais focos do novo texto será nas transações feitas pela internet. “Essa atualização do Código de Defesa do Consumidor será importante principalmente no que diz respeito aos crimes cometidos pela internet. Hoje os compradores estão suscetíveis a esse tipo de crime já que os avanços tecnológicos ocorreram e a lei ficou para trás”, afirmou Wilder Morais. Segundo dados da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, o e-commerce surgiu há 11 anos no Brasil e vem crescendo de 20 a 30% a cada ano. Dados oficiais mostram ainda que o faturamento no comércio pela internet chegou a R$ 20 bilhões no primeiro semestre de 2012 – 20% superior ao do mesmo período em 2011. CAS quer explicações sobre demissão na Webjet A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, presidida pelo senador Jayme Campos (MT), quer ouvir a Secretaria de Aviação Civil (SAC) sobre a demissão de 850 funcionários, depois do anúncio de fechamento da Webjet pela empresa aérea Gol. O colegiado aprovou nessa quarta-feira (28) requerimento dos senadores Jayme Campos e Ana Amélia (PP-RS) convidando representantes do governo e do setor aéreo para dar explicações. Entre os convidados estão o ministro chefe da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt; o presidente da Anac, Marcelo Guaranys; o presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Gelson Fochesato; o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas, José Márcio Mollo; além de representantes da Gol e do Ministério do trabalho. “Os ex-funcionários esperam que o Ministério do Trabalho interceda para que a Gol volte atrás na decisão de demitir os 850 trabalhadores. O Ministério Público do Trabalho estuda a possibilidade de intervir, pois a demissão em massa da Gol está sendo considerada incoerente”, disse Jayme Campos. Expediente: Líder do Democratas no Senado: José Agripino Maia (RN) Edição e Reportagem: Fernanda Domingues Projeto gráfico: Sidney Lins Jr. Diagramação: Andreza Figueiredo Colaboração: Assessorias de Imprensa dos Senadores Fotos: Agência Senado Telefone: (61) 3303.4831 e-mail: [email protected] End.: Senado Federal. Edifício Principal. Ala Senador Dinarte Mariz, gabinete 3. CEP: 70165-900. Brasília-DF CNMP: Recondução adiada A atuação do líder do Democratas no Senado, José Agripino (RN), foi primordial para que a votação da recondução de Luiz Moreira Gomes Júnior para o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) no plenário do Senado fosse adiada. O senador pelo Rio Grande do Norte acredita que o nome de Gomes só pode ser aprovado depois que procuradores que fazem acusações ao indicado forem ouvidos pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Procuradores do Ceará acusam Gomes de ter ligações com o ex-deputado José Genoíno (PT-SP), a quem teria cedido veículo oficial do conselho para seu uso particular. O indicado nega as acusações ao afirmar que, mesmo sendo amigo do petista condenado pelo mensalão, não permitiu o uso de veículos oficiais do conselho por terceiros. Ele também nega a acusação de gastos excessivos de diárias do órgão. “É fundamental o esclarecimento dos fatos para que o processo seja corretamente instruído e para que nós votemos com consciência. Se votássemos uma urgência sem cumprir uma coisa que a CCJ deliberou algumas semanas atrás, acho que incorreríamos no erro de que o Senado é hoje acusado”, disse Agripino. www.facebook.com/liderancadodemocratas.senado @senadoDEM www.flickr.com/liderancadodemocratassenado www.youtube.com/lidsenado