ARVORISMO 1. DEFINIÇÃO DA ATIVIDADE Atividade que oferece aos participantes a possibilidade de percorrer um circuito de habilidades em altura (em forma de pontes), integrando-se com a natureza em locais até então inacessíveis (no nível das copas das árvores). Existe uma grande variedade de atividades e pontes que podem ser montadas num circuito: • Pontes pênseis, pontes de troncos (fixos e móveis), travessias com redes, tirolesas, pêndulos e até travessias dinâmicas com bondinhos e cadeirinhas deslizantes. Além de diferentes maneiras de acesso ao circuito: • Através de rampas inclinadas (que imitam as pontes e facilitam a subida), estruturas metálicas, escadas, tirolesas e até utilizando Técnica de Ascensão (subida em corda). 1. DEFINIÇÃO DA ATIVIDADE As pontes e estruturas basicamente são feitas utilizando cabos de aço, eucaliptos tratados, madeiras diversas (compensados, vigas), cordas, redes e plataformas fixas (usadas para fazer a interligação das pontes). O principal objetivo do Arvorismo é tirar as pessoas do chão e levá-las a um local onde o acesso é restrito, para apreciar a fauna, flora e a paisagem, de uma forma diferente e inusitada. Existem basicamente 2 modalidades de prática: Circuito Acrobático: Tem como característica principal oferecer uma grande variedade de pontes, com diversos níveis de dificuldade (desde uma travessia simples por uma ponte pênsil, até passagens complexas que exigem força, preparo físico, equilíbrio e alongamento, como a ponte de estribos, teia de elásticos e rede vertical). Tirolesas e pêndulos também fazem parte desta modalidade. É o modelo mais usado nas montagens hoje no Brasil, inclusive em eventos e treinamentos empresariais de RH. Circuito Contemplativo: Sua característica principal é oferecer um percurso acessível a todas as pessoas, com baixa dificuldade, proporcionando aos praticantes a oportunidade de maior integração e observação do meio, das árvores, da fauna e flora. Pode ser usado como circuito de “Bird Watching” (observação de pássaros), mirante, travessia aérea de rios, lagos ou áreas de algum interesse turístico (manguezais, nascentes, porções de Mata Atlântica etc.). É montado com pontes pênseis bastante firmes (evitando o balanço excessivo), corrimãos e proteções laterais maiores e mais estáveis, além de plataformas (de parada e interligação) mais largas. 2. EQUIPAMENTOS ESPECÍFICOS PARA A PRÁTICA DA ATIVIDADE Todo praticante (usuário do circuito) deve utilizar o E.P.I. (Equipamento de Proteção Individual): • Cadeirinha, fitas solteiras, mosquetões, capacete e sistema de proteção anti-queda (que pode ser com roldanas ou com peças de encaixe em cabo contínuo – explicado em detalhes abaixo). • Os monitores do circuito (guias, instrutores e técnicos de altura) utilizam, além destes, outros equipamentos para atender a qualquer necessidade (de resgate, subida, descida e acesso irrestrito ao circuito). Sistema de proteção anti-quedas: É o principal sistema de um circuito de Arvorismo, que funciona quando o participante escorrega de uma ponte ou plataforma, evitando a queda. Deve ser montado com cabos ou cordas independentes, acima da altura dos ombros dos participantes, e deve possuir sinalização e funcionamento simples e objetivo. Existem basicamente 2 tipos de sistemas de segurança: • Com roldanas e polias: Existem cabos entre as plataformas, e os praticantes passam pelas pontes presos por roldanas. Os próprios participantes trocam as roldanas ao chegar em cada plataforma de interligação, passando para o cabo seguinte, sempre trabalhando com 2 solteiras, evitando ficar solto enquanto faz a troca. Neste sistema o praticante deve estar atento, e quanto mais monitores estiverem operando o circuito melhor será o nível de segurança. Neste caso, se o circuito oferecer um monitor por plataforma, o praticante não precisa se preocupar com este procedimento, sendo realizado pelo monitor. • Com cabo contínuo: Existe um cabo contínuo, sem emendas, passando por todo o percurso. O praticante sai desde o início preso a este cabo por uma peça especial. Em cada plataforma o praticante deve passar esta peça através de um encaixe nos locais onde o cabo está preso. Exige menos atenção do praticante, e menos monitores no circuito. Este sistema ainda é pouco utilizado no Brasil, pela falta de material certificado disponível. 3. RELAÇÃO DA ATIVIDADE COM O MEIO AMBIENTE A prática do Arvorismo traz uma visão bem mais abrangente da importância de se preservar as árvores. Sabemos que aquelas árvores jamais serão derrubadas por qualquer outro motivo comercial, já que o Arvorismo elevou-as à categoria de grandes estrelas do espetáculo. O convívio dos participantes com o meio ambiente ao redor do circuito também é muito importante, principalmente quando se tratar de sistemas ameaçados (Mata Atlântica, Mangue etc.). Saber qual o estado da árvore que será utilizada é primordial. As árvores devem estar saudáveis, não apresentando insetos dentro de seus troncos, fungos ou sinal de podridão. Proteger as árvores ao montar o Arvorismo também é muito importante: sempre deve-se colocar proteções nos locais onde corda, cabo de aço ou metais terão contato com a árvore. O intuito do Arvorismo é preservar a árvore e não machucá-la. 4. PRINCIPAIS RISCOS DA ATIVIDADE Como toda atividade realizada em altura, o Arvorismo tem como principal risco a queda do participante (que pode ser até o chão, ou queda parcial com impacto forte provocado por pêndulo ou tranco). Utilizando uma montagem correta tecnicamente, equipamentos e procedimentos adequados aliados a um bom sistema de segurança anti-queda, este risco pode ser completamente anulado. A forma com que o equipamento individual (E.P.I.) é colocado no praticante e as instruções sobre procedimentos e segurança também são muito importantes. Os riscos secundários são pequenos machucados e lesões ao subir na árvore ou mesmo escorregar nas pontes (arranhões ou torção no pé), nada que interfira na integridade física da pessoa. 5. DICAS DE SEGURANÇA Verificar a qualidade e a procedência dos equipamentos usados é fundamental. Sempre checar se todos os materiais de montagem são apropriados e estão em boas condições para serem usados. Verificar a saúde da árvore, seu entorno e sua estrutura. Colocar sempre sistema de back-up (sistema adicional de reserva) em todas as ancoragens feitas na montagem. Nunca praticar a atividade em dia de chuva com raios. Os E.P.l's devem estar completos (capacete, cadeirinhas, mosquetões, fitas e polias) e em bom estado. Tente sempre verificar a procedência e a qualidade da empresa ou grupo que está promovendo a prática do Arvorismo. A experiência dos monitores também é fundamental na operação da atividade.