UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
CAMPUS REGIONAL DE GOIOERÊ
DISCIPLINA: CONTROLE DE QUALIDADE II
PROFESSOR: EDSON MIZOGUCHI
ACADÊMICOS:
Luciana Crespim
R.A.: 15480
Goioerê, Maio de 2000.
Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
ÍNDICE
1 – TÍTULO .............................................................................................................................................2
2 - OBJETIVO.........................................................................................................................................2
3 - INTRODUÇÃO TEÓRICA ..............................................................................................................2
3.1 – Tecidos Planos ............................................................................................................................2
3.1.1- Geometria e propriedade dos tecidos planos: ....................................................................2
3.1.2 - Tecimento .............................................................................................................................3
3.1.3 - Propriedades Físicas: ..........................................................................................................3
3.2 - Malharia de Trama: ...................................................................................................................6
3.2.1- Classificação:.........................................................................................................................6
3.2.3- Geometria e propriedades:..................................................................................................7
3.2.4 -Estruturas básicas da malharia por trama: ...........................................................................7
3.2.5 – Comprimento mediano do fio absorvido e controlo da regularidade de absorção de
fios de um tecido de malha: ............................................................................................................9
3.3 - Titulação dos fios:.......................................................................................................................9
3.3.1- Sistema direto de titulação: .................................................................................................9
3.3.2 - Sistema Indireto de titulação:...........................................................................................10
3.4 - Seleção de peças de um lote : ...................................................................................................10
3.5 - Amostras:...................................................................................................................................10
3.7 - Corpos de Prova: ......................................................................................................................11
3.8 - Atmosfera padrão:....................................................................................................................11
3.9 - Equilíbrio Higrométrico: .........................................................................................................11
3.10- Observações:............................................................................................................................11
3.11 -Normalização e Normas técnicas: ..........................................................................................11
3.4.1 – A norma técnica como instrumento de qualidade e competitividade:.........................12
4 - MATERIAIS UTILIZADOS ..........................................................................................................14
4.1- ensaios realizados em tecidos planos: ......................................................................................14
4.1.1 – Para a retirada dos corpos de prova:..............................................................................14
4.1.2- Ligamento do tecido: ..........................................................................................................14
4.1.3 - Gramatura: ........................................................................................................................14
4.1.4 - Densidade de fios: ..............................................................................................................14
4.1.5 – Largura do tecido: ............................................................................................................14
4.1.6 - Título em amostra reduzida: ............................................................................................14
4.1.7 - Desvio de Trama: ...............................................................................................................14
4.1.8 - Contração e Ondulação: ...................................................................................................14
4.2- Ensaios realizados em malha de trama: ..................................................................................15
4.2.1 – Para a retirada dos corpos de prova:..............................................................................15
4.2.2- Gramatura: .........................................................................................................................15
4.2.3 - Título em amostra reduzida: ............................................................................................15
4.2.4 – Comprimento de fio absorvido no controle da regularidade de absorção de fios de
um tecido de trama: ......................................................................................................................15
5 - PROCEDIMENTO..........................................................................................................................16
5.1- Procedimentos referentes aos ensaios realizados em tecidos planos: ...................................16
5.1.1- Ligamento:...........................................................................................................................16
5.1.2- Gramatura...........................................................................................................................16
5.1.3- Densidade: ...........................................................................................................................16
5.1.4 – Medida da largura do tecido:...........................................................................................16
5.1.5 - Título em amostra reduzida: ............................................................................................17
5.1.6 - Contração e ondulação:.....................................................................................................17
5.1.7 - Desvio de trama ..................................................................................................................18
5.2- Procedimento referente aos ensaios realizados em tecidos de malhas de trama:................19
5.2.1- Gramatura...........................................................................................................................19
Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
5.2.2 - Título em amostra reduzida: ............................................................................................20
5.2.3 - Comprimento do fio absorvido no controle da regularidade de absorção de fios:......21
6 - RESULTADOS ................................................................................................................................22
6.1- Retirada dos Corpos de Prova..................................................................................................22
6.2 - Resultados referentes aos ensaios realizados em tecidos planos:........................................22
6.2.1- Ligação do tecido:...............................................................................................................22
6.2.2- Gramatura: .............................................................................................................................22
6.2.3 – Densidade: .........................................................................................................................23
6.2.4- Largura do tecido: ..............................................................................................................23
6.2.5- Título em amostra reduzida: .............................................................................................23
6.2.6 – Desvio de Trama: ..............................................................................................................26
6.2.6 - Contração e ondulação:.....................................................................................................27
6.3 – Resultados referente aos ensaios realizados em tecidos de malhas de trama.....................29
6.3.1- Gramatura...........................................................................................................................29
6.3.2 –Título: ..................................................................................................................................29
6.3.3 -Comprimento do fio absorvido no controle da regularidade de absorção de fios ........31
7 – CONCLUSÃO .................................................................................................................................33
8 – BIBLIOGRAFIA.............................................................................................................................35
9 – ANEXOS ..........................................................................................................................................36
Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
1 – TÍTULO
Ensaios destinados à análise em tecidos planos e malhas de trama.
2 - OBJETIVO
Com base nas normas especificas observar o ligamento, gramatura, densidade e largura do
tecido, realizar ensaios de titulação, contração/ondulação e desvio de trama no tecido plano. Para a
malha de trama realizar ensaios de gramatura, título em amostras reduzidas , comprimento médio do
foi absorvido e controle da regularidade de absorção de fios.
3 - INTRODUÇÃO TEÓRICA
3.1 – Tecidos Planos
3.1.1- Geometria e propriedade dos tecidos planos:
Os materiais têxteis possuem propriedades mecânicas quase únicas, tais como, sua flexibilidade
e resistência, que os tornam extremamente importantes para a maior parte das finalidades em que são
utilizados. Estas propriedades devem-se não somente ás propriedades das fibras utilizadas mas também
a estrutura do aglomerado fibroso.
É possível estudar-se a geometria dos tecidos a dois níveis nomeadamente, o descritivo e o
mecanístico. O primeiro apenas tenta descrever a geometria de determinado tecido. A maneira mais
óbvia de o fazer descrever a posição do fio em determinado tecido através das coordenadas do eixo do
fio à medida que este progride no módulo de repetição da estrutura. Devido à estrutura e a dificuldade
de se obter este tipo de descrição na prática, mesmo a partir de microfotografias da estrutura, métodos
mais simplificados são geralmente utilizados. Estes consistem normalmente em conceber um modelo
geométrico hipotético da estrutura, que pode intuitivamente ser visto como possuindo muitas das
peculiaridades visíveis na estrutura real. A partir das equações de geometria assim assumida, é possível
analisar o efeito de forças e binários no modelo. A concepção mecanística, por outro lado, tenta
descobrir as razões pelas quais os elementos do tecido possuem determinada geometria.
As três áreas mais importantes e aplicação da geometria dos “tecidos” são as seguintes:
- A análise das propriedades mecânicas dos tecidos;
-O cálculo das dimensões a partir de parâmetros utilizados para a afinação das máquinas e o
problema inverso, isto é, o cálculo dos parâmetros de acerto das máquinas a utilizar a fim
de produzir determinado tecido;
-As variações dimensionais dos tecidos durante sua produção e utilização.
As características de um tecido dependem essencialmente:
- o tipo da ligação (Tela, Sarja, etc.);
- Do espaçamento de fios (inverso de densidade de fios);
- Das propriedades do fio utilizado.
O estudo da geometria dos tecidos têm por objetivo investigar a interação entre esses fatores e a
sua influência nas propriedades dos tecidos tais como:
- Cobertura do tecido;
- O comportamento á flexão do tecido.
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Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
3.1.2 - Tecimento
O tecimento é uma das artes mais antigas. Como muitas outras artes passaram-se séculos sendo
realizados de uma mesma maneira e suas melhorias eram muito lentas, tão lentas que uma mesma
geração não conseguia não conseguia notar qualquer modificação.
Porém, hoje vivemos em um século de grandes modificações e aperfeiçoamentos tecnológicos,
de tal maneira que uma melhoria poderá deixar de ter interesse após alguns poucos anos de
nascimento.
O formado pelas máquinas de tecer é denominado tecido plano, que é formado a partir do
entrelaçamento de um conjunto de fios paralelos , no sentido longitudinal do tecidos chamados
Urdume, com outros fios situados transversalmente ao tecido, chamados Trama.
Abaixo temos, indicado pelas setas, o sentido da trama e do urdume :
URDUME
Tecido
TRAMA
3.1.3 - Propriedades Físicas:
A maneira como as matérias utilizadas e a própria geometria dos tecidos influencia as suas
propriedades físicas, são fatores de grande importância no que diz respeito à concepção de têxteis e ao
seu comportamento durante o processamento e a utilização.
As razões que levam ao ensaio de tecidos para avaliar as suas propriedades são variáveis.
Sendo as mais comuns :
-verificar se o “tecido” se encontra de acordo com as especificações, norma ISO;
-analisar o efeito de modificações na estrutura ;
-analisar o efeito de tratamentos físicos e químicos ;
-obter informações quanto ao comportamento durante a sua utilização;
-investigar falhas e reclamações de clientes ;
-estudar a interação entre as propriedades das fibras, dos fios e dos tecidos.
A escolha da instrumentação mais apropriada depende do tipo de informação pretendida.
Em alguns casos não existe equipamento que permita efetuar os ensaios e nesse caso torna-se
necessário conceber aparelhos especiais.
O entrelaçamento é o fato de passar uma ou vários fios de urdume por cima ou por baixo de um
ou vários fios de trama. O entrelaçamento mais simples entre estas duas direções de fios é a tela ou
tafetá. A evolução dos fios de urdume poderá ser feita nas mais diversas formas obtendo assim, os
mais complicados tipos de ligamentos. Os mais conhecidos são:
- Tela ou tafetá;
- Sarja;
- Cetim ou raso
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Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
Para conseguir-se a passagem da trama entre os fios de urdume (cala), utiliza-se o elemento
chamado porta-tramas. Dentre eles o mais conhecido é e lançadeira. Os movimentos básicos para o
tecimento são:
- Abertura da cala;
- Inserção da trama;
- Batida do pente
Para formar um tecido no tear, somos obrigados a formar uma cala. Para conseguir lançar uma
trama somos obrigados, através de liços, excêntricos e outros meios, dividir os fios de urdume e,
conforme o desenho, criar a ligação. Os fios de urdume levantados são denominados cala de cima e os
fios abaixados, cala de baixo. Dentro desta cala lança-se o fio de trama através de uma lançadeira que
possui uma espula na qual foi enrolado fio de trama. Esta lançadeira vai de um lado para o outro
atravessando a cala e deposita aí a trama. Posteriormente esta trama é empurrada pelo pente para frente
encostando-a no tecido já formado. Após cada trama lançada forma-se uma nova cala. Conforme o
desenho os fios levantados e abaixados mudam.
Nos retornos da lançadeira de um para outro lado, as ourelas seguram a trama. Geralmente elas
são feitas com densidades em dobro do que o próprio fundo do tecido ou fios retorcidos. Estas ourelas
servem, também, no acabamento do tecido quando o mesmo é passado na rama, onde este é segurado
pelas ourelas, por isto a largura das ourelas deve ser de aproximadamente 1 cm, especialmente quando
se trata de tecido médio ou pesado.
A ourela apresenta a qualidade do trabalho na tecelagem e é vista como referência da empresa.
Muitas vezes colocam-se, também, alguns fios coloridos
A densidade de um tecido representa o número de fios ou tramas por unidade de comprimento.
E varia em função da fase de seu processamento :
- Densidade no tear.
- Tecido cru.
-Tecido acabado.
Gramatura:
Gramatura é a massa por unidade de superfície. Sua unidade de medida é gramas por metro
quadrado. O tecido pode ser avaliado através da gramatura conforme a tabela abaixo:
Tabela-1 Classificação da gramatura
g/m2
AVALIAÇÃO
LEVE
P < 140
MÉDIO
140 ≤ P ≤ 250
PESADO
P > 250
Desvio de trama:
Trata-se de métodos de testes padrão para curvas (arco) e inclinação (bias) de trama em tecidos
de malha.Este padrão é resultado da designação fixada pala norma ASTM D 3882; o número
imediatamente seguido a designação indica o ano da adoção original ou, em caso de revisão, o ano da
última revisão. Em número e em parênteses indica o ano da última reaprovação. Um subscrito épsilon
(E) indica uma troca editorial desde a última revisão ou reaprovação.
Este método abriga a medição da distorção da ocupação dos fios nos tecidos planos e cursos
dos tecidos de malha com relação ao comprimento perpendicular normal dos tecidos.
Para outras referências de imperfeições consultar Fed. Std. Nª 4b, Vocabulários de
Imperfeições de Tecidos Planos; MIL STD 1491, Vocabulário de Imperfeições de Tecidos de
Malhas; ou MIL STD 655; Previsões para Evolução da Qualidade de Roupas, Lã e Lã Mista.
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Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
A ondulação e a contração dos fios do tecido:
Ondulação é a relação entre a diferença do comprimento do fio esticado e o comprimento do fio
contraído, enquanto a contração (ou encolhimento) é a relação dessa diferença com o fio esticado. Isto
pode ser obtido pelas formulas:
Ond % = l – p .100
P
Onde: Ond % = percentual de ondulação;
l = comprimento do fio esticado;
p = comprimento do fio contraído.
A contração do fio pode ser provocada pela torção, dada a formação em hélice fornecida ás
fibras, ou seja, pelo efeito da torção o fio passa a ter um comprimento menor do que tinha quando com
zero torção.A contração faz, portanto, com que um fio modifique seu comprimento, mantendo
inalterada sua massa, modificando, assim sua densidade linear. Desta maneira, a porcentagem de
contração deve ser considerada quando se deseja um determinado título.
A porcentagem de contração pode ser dada por:
Otr % = l – p .100
P
Onde: Otr % = percentual de contração;
l = comprimento do fio esticado;
p = comprimento do fio contraído.
A importância da contração e da ondulação
Observa-se que, a partir das mesmas variáveis obtém-se valores diferentes entre a ondulação e
a contração. Alguns técnicos preferem trabalhar com o porcentual de ondulação, enquanto outros
optam pelo porcentual de contração. Ambos os valores são precisos, desde que aplicados corretamente.
Como as variáveis são as mesmas, os conceitos a seguir são válidos tanto á contração (ou
encolhimento) quanto á ondulação, apesar de apenas a primeira a ser citada.
A contração sofrida pelo fio, tem importância, principalmente, para cálculos de previsão de
consumo de material. É importante também, na determinação de várias características do tecido, como:
resistência à tensão, rigidez, permeabilidade ao ar, etc.
É um dos elementos mais difíceis de serem previstos com precisão, teoricamente. Um valor
preciso somente pode ser obtido por um controle estatístico sistemático que, evidentemente, é
impossível de se ter quando do desenvolvimento de um novo produto.
Todos os tecidos contraem-se durante o acabamento, contraem-se também no tecimento e o seu
montante é influenciado por diversos fatores. Pode estar entre esses fatores que influenciam a
contração, a matéria-prima utilizada, a umidade e a temperatura do ambiente durante o tecimento.
Outros fatores são o tipo e a regulagem de tempereiro utilizado, a tensão aplicada durante o
tecimento e a engomagem efetuada.Afetam a contração da trama dos tecidos com ligamento tela e,
conseqüentemente, a largura do tecido:
4alta densidade de urdume (η1 ) com trama grossa reduzem a contração;
4alta densidade de trama (η2 ) contrai mais do que baixa densidade. Isto é influenciado
também pelo diâmetro da trama;
4quanto mais grosso for o urdume, maior será a contração.
Afetam a contração do urdume e, portanto, o comprimento do tecido:
4quanto maior for a densidade de urdume (η1 ), maior será a contração;
4quanto maior for a densidade de trama (η2 ), maior será a contração;
4quanto mais grossa for a trama, maior será a contração.
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Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
Um importante parâmetro de um modelo geométrico do tecido é o deslocamento vertical
máximo dos fios de urdume e da trama. A curvatura mútua é obtida no entrelaçamento dos fios, dandolhes uma forma ondulada. Comparando-se os deslocamentos a partir do eixo do urdume com o do eixo
da trama, observa-se que há diferença entre os deslocamentos a partir do plano do tecido. A ondulação
(Ond%) e a contração da trama (C tr%) são maiores que a ondulação (Ond%) e a contração do
urdume (Ctr%).Os valores das curvaturas dos fios são caracterizados pelas formas dos eixos dos fios
quando no tecido. fios quando no tecido.
Existe também uma certa relação entre o deslocamento do urdume e o deslocamento da trama,
o deslocamento do urdume decresce, enquanto o deslocamento da trama eleva-se, e vice-versa. A soma
dos deslocamentos do urdume e da trama é constante para um certo tecido e é igual à soma dos
diâmetros desses fios.
3.2 - Malharia de Trama:
Malhas são “tecidos” produzidos com base em métodos de formação de laçadas. Embora se
desconheça a data da descoberta do método manual de fazer malha ou tricotar, recentes descobertas de
“tecidos” de malha no Egito, provam que este método já era conhecido no século V a.C. É de notar no
entanto que o 1º tear de malha surgiu nas Inglaterra em 1589.
Chama-se malha de trama a todo o tecido produzido por processos de fabricação nos quais pelo
menos um fio de trama é transformado em malha. Durante o processo de tricotagem, o fio de trama é
frisado da maneira a formar uma linha horizontal de laçadas a que se da o nome de fileira. Cada fileira
interlaça-se com a fileira superior (posteriormente formada) resultando num tecido de malha um que
cada fileira, à exceção de primeira se da última, se encontram interlaçadas com a fileira superior e
inferior.
3.2.1- Classificação:
Os tecidos de malha são geralmente classificados em dois grupos: malhas de trama e malhas de
teia (ou urdume).
Em tricotagem de malha de trama, o “tecido” pode formar-se em aberto ou tubularmente a
partir de um ou mais fios de trama. O “tecido” produzido em aberto por meios mecânicos corresponde
aquele que se produz em tricotagem manual com duas agulhas, enquanto que o “tecido” produzido em
tubo ou manga por meios mecânicos corresponde àquele produzido em tricotagem manual, com três ou
mais agulhas.
Em tricotagem de malha de teia, o “tecido” pode também se formar em aberto ou tubularmente.
Utiliza-se um conjunto de fios de teia que se interlaçam entre si, no sentido longitudinal e lateral. O
“tecido” produzido corresponde aquele que se produz em “crochê” manual com apenas um fio e no
qual as laçadas se formam predominantemente na direção longitudinal mas por vezes lateralmente.
Estes dois tipos fundamentais de malha podem encontrar-se em combinações de vários tipos,
podendo citar-se a título exemplificativo a introdução de fios de teia em malha de trama por meio de
bordadores ou riscadores verticais, e a introdução de tramas em malha de teia através de dispositivos
de inserção de trama.
Quando apenas fios de trama são utilizados é possível desfiar o tecido lateral, circular ou
espiralmente. Contudo, quando fios de teia são utilizados, é normalmente impossível desfiá-lo,
podendo em alguns casos desmanchar-se uma coluna longitudinal laçada a laçada.
A laçada é o elemento fundamental de um “tecido” de malha, normalmente formada por flexão
do fio. Os principais tipos de laçada são a laçada normal, a laçada carregada e a laçada flutuante. O
termo “fileira” é utilizado para designar uma linha horizontal de laçadas, enquanto que o termo
“coluna” se utiliza para designar uma linha vertical de laçadas. A menor unidade repetitiva de uma
estrutura de malha é conhecida por módulo de repetição ou célula estrutural do ponto. Os seus
desenvolvimentos no sentido vertical e horizontal formam o “tecido”.
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Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
Malhas são estruturas complexas, difíceis de descrever. Neste contexto sua representação
gráfica assume elevada importância.
Quando as estruturas são produzidas por apenas um sistema de agulhas, a face da frente é
sempre diferente da parte de trás. Neste caso, devido à diferença de tensões existentes entre as duas
faces as bordas do tecido enrolam.
A variação estrutural é normalmente obtida por combinação dos três principais tipos de
laçadas: normal, carregada e flutuante, que pode ser completada e enriquecida pela utilização de
técnicas de fabricação especiais de fabricação.
Para a formação do tecido de malha devemos Ter um certo número de agulhas, essas devem,
ser consecutivas e estarem dispostas em um mesmo plano. As agulhas não se movem sozinhas
tornando-se necessário que exista um sistema que a obrigue a fazer os movimentos de vai-e-vem. Deve
ainda existir um dispositivo que forneça fios às agulhas, formando desta maneira o tecido de malha. É
utilizada a pedra castelinho (∆).
Fang é um artifício utilizado na malharia, no qual o fio é alimentado as agulhas mas não faz
malha, ou seja, não forma laçada. A aplicação desse processo nos permite obter um grande número de
efeitos nos tecidos. É utilizada a pedra fang.
Não trabalha, a agulha se encontra fora da ação das pedras, portanto, não sobe para pegar o fio.
Quando as estruturas são produzidas com dois sistemas de agulhas a face da frente pode ser
igual à face da trás, equilibrando as tensões e produzindo malha mais estável às estruturas produzidas
com dois sistemas de agulhas dependem da disposição das relativas das agulhas nos dois sistemas:
interlock (quando opostas) e rib (quando alternadas).
3.2.3- Geometria e propriedades:
A estrutura e a geometria dos tecidos de malha diferenciam-se substancialmente dos tecidos
tradicionais de tecelagem, onde a trama e o urdume entrelaçam-se formando uma armação rígida que
resulta em produto final sobre tudo resistente.
A malha ao contrário, não nasce de uma armação trama-urdume, mas é feita com um só fio que
corre em forma de espiral horizontalmente (malharia de trama) ou de vários fios longitudinais, um por
agulha (malharia de urdume).
Em ambos os casos o fio assume a forma de laçada, sendo que cada laçada passa por dentro da
laçada anterior sem que exista algum ponto de ligamento fixo entre elas.
Essas laçadas ou malhas assumem um aspecto de fios em forma senoidal que se sustentam
entre si e que são livres para mover-se quando submetidas a alguma tensão, o que caracteriza a
flexibilidade dos tecidos de malha, os quais podem, dessa forma, abraça as mais complexas formas do
corpo humano.
O tecido de malha é ainda elástico porque as laçadas podem escorregar umas sobre as outras,
quando sob tensão e retornar a posição inicial quando se cessa a solicitação.
Outra propriedade das malhas é a porosidade, o que proporciona um conforto fisiológico
notável.
3.2.4 -Estruturas básicas da malharia por trama:
No campo da malharia por trama encontramos três estruturas que nos dão o fundamento para a
produção de tecidos de malhas, seja em base linear ou circular, seja por peça dimensionada ou, ainda,
por peça tubular. Essas três estruturas são as seguintes, por ordem de simplicidade:
- Jersey
- rib
- ponto reverso (link).
JERSEY (tecido monofrontura).
O tecido de jersey possui uma única face, ao passo que o tecido "rib" e o de ponto reverso
(links) possuem duas, apresentando a mesma aparência em qualquer deles, ou seja, tanto do direito,
como do avesso, ainda que suas estruturas difiram completamente uma das outras.
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Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
Como pode ser notado, é característica do tecido de jersey repousar ao entrelaçamento de
pontos na mesma direção, no lado direito, ao passo que no avesso notamos as laçadas produzidas de
forma semicircular. A produção de tecido de jersey é feita em máquinas que possuem um único
conjunto de agulhas (frontura). No entanto, também podemos tecê-lo em máquinas que disponham de
dois conjuntos de agulhas (dupla frontura), onde naturalmente só se verificará o tecimento num dos
conjuntos da agulha (frontura).
MEIA MALHA
Meia malha Simples: é a contextura básica das máquinas monofrontura, por isso esses
equipamentos são chamados também de máquinas de meia malha. A produção é igual ao número
total de sistemas em trabalho. No lado direito da malha aparecem pernas, enquanto aparece no lado
avesso: pés e cabeças.
Meia malha listrada horizontal: o aspecto é idêntico ao da meia malha simples, o que difere é
que se trabalha a malha com mais de uma cor. A produção fica em função do raporte do listrado. Seria
igual ao número de sistemas em trabalho, portanto deve-se primeiro verificar quantos sistema pode
trabalhar para que o raporte encaixe completamente.
Meia malha vanisada (vanisé) :consiste em artigo dupla fase, onde teremos um fio no lado
direito e outro no avesso. Para que isso ocorra é necessários termos dois fios no mesmo alimentador,
com altura dos furos diferentes, com tesões diferentes, de maneira que esses fios formaram malhas em
paralelos. Deve-se cuidar na escolha dos títulos, pois é a somatória dos dois fios que deve ser levado
em conta na escolha na finura da máquina, o normal é uma composição com o fio de filamento no lado
externo e fio fiado no lado interno. A produção é igual ao número total de sistema em trabalho.
PIQUÉ
Piqué lacoste simples : no pique lacoste simples temos a introdução de carreiras de meia malha.
O lacoste original é realizado com a contextura a baixo, em circular J-20 ag/pol, com algodão Ne
40/2 ou 45/2. A produção é 3/4 do número de sistema em trabalho.
Piqué lacoste duplo : como no Brasil a maioria das máquinas são de finuras 24 e 28 ag/pol, foi
necessário realizar algumas modificações na contextura para compensar o fato de estarmos usando
circulares mais finas e conseqüentemente fios mais finos.
Moletom: A contextura moletom é uma das mais utilizadas na malharia circular,
principalmente nas estações outono-inverno. Ela é baseada no princípio de existir um fio grosso
flutuando no lado avesso, e um fio (de título adequado à finura da máquina) tricotando a meia malha.
Esse fio grosso no lado avesso proporciona toque mais agradável aos artigos e melhor isolamento
térmico.O fio grosso utilizado no avesso é normalmente de título Ne 8/1,10/1,12/1,16/1 em função da
gramatura e aplicação. Por ser de título muito diferente dos normalmente recomendados para as finuras
18,20 ou 24 ag/pol., ele é amarrado em fang.
Moletom 3 x 1 – trama defasada:É a contextura mais utilizada e que é chamada apenas de
moletom.O 3 x 1 significa que o fio grosso pula 3 agulhas e é amarrado em fang na Quarta.O 1
significa que para cada carreira de meia malha teremos um fio grosso e sua amarração se alterna. A
produção é metade do número de sistemas em trabalho.
Molleton 3 x 1 – 2 tramas defasadas: Nessa contextura teremos dois fios grossos para cada
carreira de meia malha. A produção é um terço do número de sistemas em trabalho.Trata-se de um
artigo mais pesado, com maior poder de cobertura e isolante térmico, sendo recomendado para
moletom felpado. Atualmente não é muito utilizado pelo seu custo mais elevado.
8
Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
3.2.5 – Comprimento mediano do fio absorvido e controlo da regularidade de absorção
de fios de um tecido de malha:
Conforme a norma ASNOR NF G 07-101/1971 (ver norma em anexo). O comprimento de fio
absorvido (em L.F.A resumo), permite caracterizar facilmente uma malha, além da a regularidade de
absorção do fio entre carreiras de malhas constitui um elemento essencial da regularidade de aspecto
do tricote terminado.
O interesse principal do método descrito reside na grande precisão com que ele nos permite
apreciar estas duas características importante de tricotagem: comprimento de linha absorvida e a
regularidade de absorção da linha.
Geralmente, com título indicativo, a pessoa considera que uma malha é de boa fabricação , a
medida em que este conserve a regularidade, quando o L.F.A, sobre a aplicação do método, tem um
valor mediano entendido em limites de mais ou menos 3% ao redor do LFA mediano. Além disso, a
pessoa avalia que um tricote é “sem defeito”, quando o difundindo dos valores individuais medidos do
L.F.A, este estiverem entre os limites de mais ou menos 3% em todos os lados .
A presente norma tem para objeto, descrever um método de medida do comprimento mediano
de fio absorvido por ponto de um tricote e controle da regularidade de absorção de fio entre carreiras
de malhas.
A regularidade de absorção é provavelmente julgada pela análise dos valores individuais e
através de raport para este valor regular, aparecendo um gráfico e assim, este constitui o resultado do
teste.
O valor do comprimento médio de fio absorvido por carreira corresponde ao comprimento
médio do fio, dividido pelo número de colunas destinadas ao teste.
3.3 - Titulação dos fios:
O titulo do fio é a relação entre a massa (m) e o comprimento (c) ou a relação inversa onde,
dependendo do sistema, um deles (m ou c) é fixo e o outro variável. Os sistemas de titulagem são
classificados em sistema direto e indireto.
3.3.1- Sistema direto de titulação:
Este sistema tem a massa (em gramas) por comprimento (em metros) de fio, diretamente
proporcional à sua “espessura”, ou seja, pode-se afirmar que quanto maior é a massa por comprimento
de fio, mais “espesso” ele é, e por isto são conhecidos por sistemas diretos de titulação, o que não
significa que o titulo seja diretamente proporcional ao seu diâmetro.
Apesar dos sistemas denier e dtex serem os mais conhecidos não são os únicos diretos. O dtex é
um submúltiplo do sistema tex que, evidentemente, também é um sistema direto de titulação.
Este sistema foi desenvolvido pelo The Textile Institute (em Manchester, Inglaterra), com a
finalidade de ser utilizado mundialmente, apesar da maior parte dos países terem criado normas
nacionais considerando o sistema tex como oficial. Isto ocorre também no Brasil (norma In metro
NBR 8427), (porem apenas as empresas produtoras de fibras químicas adotaram plenamente o sistema
utilizando o dtex para titulação das fibras contínuas e descontínuas).
O tex é um sistema bastante simples de se trabalhar, admitindo-se submúltiplos como o decitex
(ou, dtex), cuja base é 1 grama por 10 000 metros, utilizado principalmente em filamentos.
O cálculo de títulos para o grupo direto pode ser calculado através da formula que segue:
T = KxP
C
onde : T = titulo do fio
P = peso;
C = comprimento;
K = constante do sistema.
9
Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
3.3.2 - Sistema Indireto de titulação:
O sistema indireto de titulação toma como base à massa fixa e o comprimento variável. Neste
caso o número do fio é indiretamente proporcional a sua “espessura”.
Observe que há uma distinção entre titulo e número. O título, que também pode ser
denominado do fio, é obtido por sistema direto, enquanto o numero é obtido Por sistema indireto.
Os sistemas de numeração mais conhecidos são: o numero inglês (“Nec”, para fios fiados em
processo de fibra curta), estabelecido em meadas de 840 jardas (768,1m) cada para se obter 1 libra
(453,6g) de fio e o número métrico (“Nm”, para fios fiados em processo de fibra longa) estabelecido
pela quantidade de meadas de 1000 metros cada para se obter 1 000 gramas de fio.
O título é calculado por :
T = KxC
P
onde : C é o comprimento,
P é o peso,
K é a constante do sistema;
A fórmula para o cálculo de título será sempre a mesma, o que irá mudar de um sistema para
outro será o valor da constante K. No caso do algodão com título no sistema inglês os valores da
constante serão:
K = 0,59 g/m ; K = 0,54 g/jd ; K = 8,33 g/jd ; K = 9,11 g/m.
São inúmeros os sistemas de titulação e de numeração,entretanto os mais utilizados são os
títulos: denier, dtex, tex, ktex e os números: Nec e Nm,
Para medir o número de um fio é necessário que existam dispositivos que permitam medir com
precisão, tanto o comprimento de fios como o peso destes. Os métodos utilizados têm que ser
adaptados á forma em que se o fio se encontra que pode ser em bobinas ou mesmo como trama e
urdume num tecido.
Quando um fio se encontra num tecido ou malha é necessário retirá-los das amostras por
desfiamento. Seguidamente as pequenas porções de fio devem ser medidas com o frisado removido em
dispositivo apropriado.
3.4 - Seleção de peças de um lote :
Tabela 02- Seleção de pacas em um lote
Número de Peças no Lote
Número de Separadas para Controle
1
≤ 3
4 a 10
2
11 a 30
3
31 a 75
4
5
≥ 67
3.5 - Amostras:
Parte selecionada de um tecido, tida como representativa e destinada a fornecer dados para a
avaliação da qualidade.
Retirada da amostra :
Os critérios para a retirada da amostra varia com o tipo de tecido a ser analisado, e com o tipo de
ensaio à ser analisado. Entretanto, podemos notar a existência de algumas especificações que
comumente são determinadas, para o tipo de ensaio proposto no presente trabalho, entre estas estão:
- Toda a largura.
- Comprimento mínimo de 1 m.
- Distância inferior a 3 m (início/fim).
- Não tenha irregularidades ou deformações visíveis.
10
Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
3.7 - Corpos de Prova:
Uma ou mais unidades retiradas da amostra, sobre as quais serão processados testes ou
medições.
Retirada dos corpos de prova :
Os critérios para retirada de corpos de prova são variáveis, conforme o tipo de têxtil a ser analisado, e
o tipo de ensaio aplicado a este. Para a retirada de corpos de prova em tecidos plano sãodeterminadas
as seguintes condições:
- Não retirar a uma distância 1/10 da largura em relação à ourela.
- Não devem conter mesmo fios de urdume ou trama (retirar em diagonal).
- Dimensão influente igual ao desfiamento das bordas.
- Identificar o sentido urdume/trama e numerados.
3.8 - Atmosfera padrão:
Atmosfera condicionada e mantida em determinado estado higrométrico e certa temperatura:
-Temperatura 25ºC ± 2ºC ;
-Umidade Relativa padrão : 65% ± 2%.
3.9 - Equilíbrio Higrométrico:
Estado onde não há troca sensível de umidade entre a amostra e a atmosfera ambiente.
3.10- Observações:
- Equilíbrio Higrométrico deve ser alcançado a partir de um estado mais seco (absorção de umidade).
- Para um “pré-acondicionamento”, 10%-25% UR (umidade relativa),e temperatura maior que 50ºC.
- Tempo de acondicionamento : 24 horas com livre circulação de ar.
- Equilíbrio Higrométrico (E.H.) = Pesagem a cada duas horas.
- Não apresentar diferença de massa superior à :
0,25% (AFNOR)
0,20% (ABNT)
3.11 -Normalização e Normas técnicas:
Normalização é o processo que objetiva estabelecer e aplicar regras, visando a abordagem
ordenada de uma atividade específica para o benefício e com a participação de todos os interessados.
Norma técnica é um documento normativo resultante de um processo de “normalização” que
tem por objetivo estabelecer padrões e critérios capazes de garantir uniformidade a um produto ou
processo.
Pode-se dizer que existe benefícios qualitativos e quantitativos na aplicação de normas
técnicas, como apresentado no quadro abaixo:
Quadro 01- Benefícios qualitativos e quantitativos
Benefícios qualitativos
Benefícios quantitativos
Utilização adequada de recursos
Redução do consumo e do desperdício
Disciplina de produção
Especificação de matérias-primas
Uniformidade do trabalho
Padronização
de
componentes
equipamentos
Registro do conhecimento tecnológico
Procedimentos para cálculos e projetos
Controle dos produtos e processos
Aumento da produtividade
Segurança do pessoal e dos equipamentos
Melhoria da qualidade de produtos
serviços
e
e
Exceto as normas relativas à saúde e a segurança, as outras são voluntárias. Porém como um
dos objetivos da normalização é garantir a qualidade de produtos e serviços, ou seja, proteger o
11
Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
consumidor, a relação da causa e efeito entre o desejo do consumidor e as normas necessárias e
disponíveis está prevista no Código de Proteção e Defesa do Consumidor.
O texto do código que diz respeito à normalização é:
Seção IV – Das práticas abusivas
Artigo 39 – É vedado ao fornecedor de produtos e serviços:
Inciso VIII – Colocar no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as
normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas não existirem, pela
Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de
Metrologia , Normalização e Qualidade Industrial
(CONMETRO).
Uma norma técnica nasce quando a sociedade brasileira manifesta a necessidade de uma
norma. Então o Comitê Brasileiro do Setor (órgão de ABNT) ou um organismo de normalização
setorial (NOS) analisa e inclui no seu programa de Normalização Setorial (PNS).
O próximo passo é criar uma Comissão de Estudo (CE) com uma participação voluntária de
fornecedores, consumidores e neutros, como representantes dos vários segmentos da sociedade . A CE
elabora um Projeto de Norma com base no `consenso de sues participantes. O Projeto de norma é
submetido a uma Votação Nacional entre os associados da ABNT e demais interessados. As sugestões
recebidas após a Votação são analisadas pela CE, após o que é aprovado como Norma Brasileira. Por
fim a Norma Brasileira é impressa.
3.4.1 – A norma técnica como instrumento de qualidade e competitividade:
A nova estratégia industrial do país tem levado a indústria têxtil brasileira a adotar uma série de
medidas de ajuste a um ambiente mais aberto e competitivo
A opção preferencial, em curto prazo, foi e eliminação de ineficiências na produção visando à
busca de níveis adequados de competitividade, que é um dos grandes benefícios da utilização de
normas técnicas.
As normas de produto são utilizadas por mais de 60% das indústrias, seguidas por normas de
sistemas por 30 %, enquanto que as normas administrativas são pouco aplicadas.
Um número muito significativo de empresas considera as normas muito importantes e outro
tanto as considera indispensáveis, o que represente o aumento da consciência das indústrias. Convém
ressaltar que esta conscientização cresce a cada dia.
No quadro abaixo estão alguns exemplos de Normas Técnicas do setor têxtil / vestuário:
Quadro 02 – Normas técnicas do setor têxtil/vestuário
N.º INMETRO
Título
Tipo da norma
NBR 13401
Fio do filamento texturizado
Terminologia
NBR 10332
Lã suja
Classificação
NBR 10592
Zíper
Terminologia
NBR 12744
Fibras têxteis
Classificação
NBR 13483
Material têxtil – Tipos de
Classificação
Pontos
NBR 7031
Indicação do sentido da
Procedimento
torção dos fios têxteis
NBR 12251
Designação dos fios no
Procedimento
sistema tex.
NBR 12331
Fibras Têxteis – Taxa normal
Padronização
de condicionamento
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Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
Assim para que se tenha uma confiança desejável no resultado dos ensaios efetuados a
utilização de normas se tornou indispensável.
No quadro abaixo estão apresentadas algumas normas que servem como base para a realização
dos ensaios:
Quadro 03 – Normas utilizadas como base para a realização dos ensaios:
ENSAIOS
NORMAS
Amostragem
ABNT 10591 / 88
*ASTM D 3776
AFNOR NF G 07 – 150
Densidade
*ABNT – P – MB - 412
Gramatura
*AFNOR NF G 07 150
ASTM D 3776 - 96
Título
*ASTM D 1059-87
ASTM D 1907-89
ISSO – 260 / 72
ABNT – 197 / 75
DIN – 53.830 / 65
Contração/ondulação
*ASTM D 3883
Desvio de trama
*ASTM D 3882
Medida da largura
Comprimento médio de fio absorvido e
controle da regularidade de absorção
de fios de um tecido de trama
ASTM D 3774 –96
AFNOR NF G 07 103
*AFNOR NF G 07- 101/1971
(*) Normas utilizadas como base para a realização dos respectivos ensaios.
13
Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
4 - MATERIAIS UTILIZADOS
- 2.0 metros de tecido plano.
- 1.5 metros de malha.
4.1- ensaios realizados em tecidos planos:
4.1.1 – Para a retirada dos corpos de prova:
- Tesoura;
- Escalímetro;
- Caneta.
4.1.2- Ligamento do tecido:
-Conta fios;
-Agulha.
4.1.3 - Gramatura:
- Balança analítica;
- 5 Corpos de prova;
- Escala graduada (0,5 mm).
4.1.4 - Densidade de fios:
- Conta fios;
- Agulha,
- 1 corpo de prova.
4.1.5 – Largura do tecido:
-Trena.
4.1.6 - Título em amostra reduzida:
- Balança de precisão;
- Agulha;
- Escalímetro;
- Caneta Esferográfica;
- Tesoura;
- Pesos;
- 10 fios de urdume com mais de 500 mm,
- 10 fios de trama com mais de 500 mm.
4.1.7 - Desvio de Trama:
- Escalímetro;
- Caneta esferográfica;
- Régua T;
- Agulha,
4.1.8 - Contração e Ondulação:
- Balança de precisão;
- Escalímetro;
- Caneta esferográfica;
- Pesos;
- Tesoura;
- 10 fios de urdume com mais de 500 mm,
- 10 fios de trama com mais de 500 mm
14
Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
4.2- Ensaios realizados em malha de trama:
4.2.1 – Para a retirada dos corpos de prova:
- Tesoura;
- Escalímetro;
- Caneta.
4.2.2- Gramatura:
- Balança analítica;
- 5 Corpos de prova;
- Escala graduada (0,5 mm).
4.2.3 - Título em amostra reduzida:
- Balança de precisão;
- Agulha;
- Escalímetro;
- Caneta Esferográfica;
- Tesoura;
- Pesos;
- 10 fios de urdume com mais de 500 mm,
- 10 fios de trama com mais de 500 mm.
4.2.4 – Comprimento de fio absorvido no controle da regularidade de absorção de fios
de um tecido de trama:
- Balança de precisão;
- Escalímetro;
- Caneta esferográfica;
- Pesos;
- Tesoura;
- Conta-fios
15
Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
5 - PROCEDIMENTO
Os corpos de prova não foram acondicionados para os respectivos ensaios, portanto não
estavam no equilíbrio higrométrico.
5.1- Procedimentos referentes aos ensaios realizados em tecidos planos:
5.1.1- Ligamento:
Com um conta-fios, observou-se a amostra do tecido, em com base na literatura retirou-se o
ligamento.
5.1.2- Gramatura
Neste ensaio é necessário observar que não foi eliminado das amostras goma e resinas.
Obtenção dos corpos de prova:
Referência: AFNOR NFG 07-150
Retirou-se da peça de tecido de dois metros, 5 corpos de prova de 10 cm x 10 cm. Na
diagonal, de maneira que os fios de urdume e de trama não eram os mesmos em nenhuma das
amostras. Retiraram-se as amostras de maneira que as amostras laterais ficassem 1/10 da largura de
trama do tecido afastada das ourelas. Como no esquema representado abaixo:
Pesaram-se 10 corpos de prova com dimensões de 10 cm x 10 cm em balança analítica obtendo a
massa (M) em gramas de cada um.
5.1.3- Densidade:
Referência: ASTM D 3775-96 (Ver norma em anexo)
Efetuou-se a contagem dos fios no sentido de urdume e da trama em uma dimensão de 2,5 cm
obtendo assim a densidade de fios. A contagem foi feita cinco vezes, com o cuidado de não retirar
amostras com os mesmos fios de urdume e de trama.
5.1.4 – Medida da largura do tecido:
Referência: ASTM D 3774- 96 (ver norma em anexo)
Com uma trena mediu-se de uma ourela a outra a largura do tecido.
16
Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
5.1.5 - Título em amostra reduzida:
Deve-se observar que não foi eliminadas goma e resina antes do ensaio.
Obtenção dos corpos de prova:
Referência: ASTM D 1059- 87 (ver norma em anexo)
Retirou-se um corpo de prova (fio) de 500mm no sentido do urdume, aplicando-se sobre o fio
uma certa tensão no momento em que se mediu o fio e cortou o mesmo.
Determinação do titulo em Ne e Tex:
Referência: ASTM D 1059
Pesou-se o corpo de prova e através da formula:
Tex = Peso (g) x 1000
Comprimento (m)
e
obteve-se o título em Tex.
Por outra fórmula de relação de titulo, obteve-se o titulo em Ne
Título (Ne) = 590,548
Título (Tex)
Através do titulo em Tex, calcula-se a carga necessária para a eliminação da ondulação, com
base na carga mínima de pré-tensão (conforme a norma ASTM D 3883) de 0.25gf/Tex, pela formula:
Titulo (Tex) x 0,25 gf/Tex = X gramas forças
Com este resultado, sabe-se a carga ideal a ser aplicada no fio, a fim de que as amostras
retiradas não sofram influência de deferentes cargas de tensões.
Aplicando-se a carga estipulada, retirou-se outra amostra de fio, pesou-se e comparou-se este
valor com o valor do peso da primeira amostra, a diferença entre os valores não deve ser maior que
5%, caso seja deve-se realizar a retida da primeira amostra de fio, aplicando uma tensão maior ou
menor conforme o valor da diferença.
Caso o valor da diferença entre os pesos seja menor que 10%.Com a carga estipulada, retirouse outras 9 amostras sob esta tensão. Calculou-se os títulos referentes as 10 amostras em Ne e Tex, a
media dos títulos e o CV%.
Repetiu-se o mesmo procedimento para o calculo de título dos fios de trama.
5.1.6 - Contração e ondulação:
Referência: ASTM D 3883
Efetuou-se na amostra de tecido sem deformação, dois traços paralelos A e B numa direção
perpendicular aos fios a serem analisados, distanciados em 250 mm (conforme a norma ASTM).
Tomou-se o cuidado para que as marcas das retas permanecessem visíveis nos fios após estes serem
retirados do tecido.
17
Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
Executou-se, paralelamente aos traços A e B, dois cortes distanciados de 450 mm, de modo que
os traços ficassem eqüidistantes dos cortes, conforme representado no esquema abaixo.
L0 =250mm
A
B
450mm
Posteriormente retirou-se 10 fios para a análise.
Através do comprimento inicial de 25 cm e a média dos comprimentos obtidos com a prétensão (já calculada anteriormente para os fios de urdume e para os fios de trama) calculou-se a
contração e a ondulação dos fios. Através das formulas:
C% = L – L0 x 100 “Take up”
L
O% = L – L0 x 100 “Crimp”
L
Onde:L = comprimento do fio esticado sob tensão.
L0 = comprimento inicial do fio.
Obs: O teste foi realizado com dois corpos de prova, um no sentido do urdume e o outro no sentido da
trama.
5.1.7 - Desvio de trama
Retirou-se um fio de trama por toda largura do tecido.
Traçou-se uma reta perpendicular ao comprimento do tecido, por toda a largura do mesmo.
a) Mediu-se a maior distância entre a reta e o defeito causado pela retirada do fio de trama,
obteve-se os resultados referentes ao:
18
Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
Arco de Trama:
A = (d / AC) x 100
Inclinação de Trama:
I = (AB / AC) x 100
5.2- Procedimento referente aos ensaios realizados em tecidos de malhas de trama:
5.2.1- Gramatura
Neste ensaio é necessário observar que não foi eliminado das amostras goma e resinas.
Obtenção dos corpos de prova:
Referência: AFNOR NFG 07-150
Retirou-se da peça de tecido de 1,5 metro, 5 corpos de prova de 10 cm x 10 cm. Na diagonal,
de maneira que os fios de trama não eram os mesmos em nenhuma das amostras. Retiraram-se as
amostras como no esquema representado abaixo:
.
Após a obtenção dos corpos de prova pesaram-se 10 corpos de prova com dimensões de 10 cm
x 10 cm em balança analítica obtendo a massa (M) em gramas de cada um. E calculou-se a gramatura
19
Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
5.2.2 - Título em amostra reduzida:
Obtenção dos corpos de prova:
Referência: ASTM D 1682.
Retirou-se um corpo de prova (fio de trama) de 500mm, aplicando-se uma pré-tensão
desconhecida.
Determinação do titulo em Ne e Tex:
Referência: ASTM D 1059
Pesou-se o corpo de prova e através da formula:
Tex = Peso (g) x 1000
Comprimento (m)
e
obteve-se o título em Tex.
Por outra fórmula de relação de titulo, obteve-se o titulo em Ne
Título (Ne) = 590,548
Título (Tex)
Através do titulo em Tex, calcula-se a carga necessária para a eliminação da ondulação, com
base na carga mínima de pré-tensão, indicado pela formula, na tabela que segue abaixo.
MATERIAL
Algodão
Lã penteada
Filamentos ou sintéticos
Tabela 03 –Carga mínima para o calculo da pré-tensão
TÍTULO
PRÉ-TENSÃO (Centinewtons)
Inferior ou igual a 7
0,75*Título
Superior a 7
0,2*Título + 4
Entre 15 a 60
0,2*Título +4
Entre 61 a 300
0,07*Título +12
Todos os valores
1,5*Título
Fonte: Norma AFNOR NF G 7 01/1971
Com o resultado, sabe-se a carga ideal a ser aplicada no fio, a fim de que as amostras retiradas
não sofram influência de deferentes cargas de tensões.
Aplicando-se a carga estipulada, retirou-se outra amostra de fio, pesou-se e comparou-se este
valor com o valor do peso da primeira amostra, a diferença entre os valores não deve ser maior que
5%, caso seja deve-se realizar a retida da primeira amostra de fio, aplicando uma tensão maior ou
menor conforme o valor da diferença.
Caso o valor da diferença entre os pesos seja menor que 5%.Com a carga estipulada, retiraramse outras nove amostras sob esta tensão.Calcularam-se os títulos referentes as 10 amostras em Ne e
Tex, a media dos títulos e o CV%.
Repetiu-se o mesmo procedimento para o calculo de título dos fios de trama.
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Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
5.2.3 - Comprimento do fio absorvido no controle da regularidade de absorção de fios:
Referência: Norma AFNOR NF G 07 – 101/1971
Procurou-se a seção de desmalhagem da amostra.
Escolheu-se para medida um número de 100 colunas, considerando que a máquina possuía 96
alimentadores utilizados na fabricação do tricô, e marcaram-se 100 colunas na amostra.
Cortou-se uma tira da malha com número de colunas ligeiramente superior ao número de
colunas escolhido anteriormente para medida, igualou-se a parte superior através de desmalhagem.
Adquiriu-se assim uma referência para o comprimento inicial que é equivalente as 100 colunas
escolhidas anteriormente.
Desmalhou-se a primeira carreira sob a tensão pré-calculada para eliminação da ondulação ,
mediu-se o comprimento do fio e anotou-se este valor.
Repetiu-se o mesmo procedimento para os 99 fios seguintes.
Informou-s os valores individuais obtidos em um gráfico, que corresponde ao o controle de
regularidade de absorção entre carreiras.
Através desses valores estipulou-se também o controle o comprimento mediano do fio
absorvido. O mínimo de amostra requeridas para o ensaio é de 10 corpos de prova.
Informaram-se os valores individuais de medida adquiridos para cada corpo de prova.
Calculou-se a média aritmética, e posteriormente duração de fio absorvido por pontos. O resultado
foi expresso em pontos por centímetro.
21
Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
6 - RESULTADOS
6.1- Retirada dos Corpos de Prova
Os corpos de prova não foram acondicionados para os respectivos ensaios, pelo fato do
laboratório não dispor de um sistema de ar condicionado, portanto não estavam no equilíbrio
higrométrico, além disso, não fio retirado dos corpos de prova gomas e resinas. Isso com certeza vai
influenciar no resultado de todos os ensaios efetuados.
6.2 - Resultados referentes aos ensaios realizados em tecidos planos:
6.2.1- Ligação do tecido:
Ourela Tecido
Ligação da ourela: Reps
Ligação do tecido: Tela
6.2.2- Gramatura:
Tabela 04 –
1
2
3
4
5
Média
Desvio Padrão
Peso (g) 100 cm2
0,9236
0,8787
0,8667
0,8923
0,8849
0,8892
0,0214
Peso (g) 1m2
92,36
87,87
86,67
89,23
88,49
88,92
2,1377
Fonte: Dados obtidos no laboratório do CRG referentes ao ensaio (5.1.2).
Foi utilizada a fórmula g/m2 = M x 100, para conversão da gramatura de g/cm2 para g/m2 ; onde
M é a massa em gramas de 100 cm2 .
Com o valor da gramatura média obtida g/m2 = 277 , podemos classificar o tecido como sendo
um tecido pesado de acordo com a tabela 01 apresentada na introdução teórica:
A norma utilizada como referência para a realização do ensaio foi AFNOR NFG 07-1`50
Que dita que os corpos de prova têm que ter 100 cm2 (10 cm x 10cm)
22
Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
6.2.3 – Densidade:
Densidade de fios e contextura.
Amostra
1
2
3
Média
Tabela 05 -da densidade dos fios:
Sentido dos fios
Urdume (fios/cm)
Trama (fios/cm)
24
16
24
16
24
16
24
16
Fonte: Dados obtidos no laboratório do CRG referentes ao ensaio (5.1.3).
A norma utilizada como referencia para realização do ensaio foi ABNT-P-MB 412:
Tabela 06 – Dimensão utilizada
para contagem dos fios
Densidade (fios/cm)
d (cm)
2,5
≥ 10
7,5
∠ 10
Pela análise do tecido ficou claro que a densidade de fios tanto do urdume quanto da
trama era maior do que 10 fios/cm, assim sendo a dimensão utilizada para a contagem dos fios foi de
2,5 cm.
6.2.4- Largura do tecido:
Largura do tecido x1 = 83,4cm
x2 = 83,5cm
x3 = 83,4cm
x4 = 83,6cm
x5 = 83,6cm
CV% =0,11
AC= x= 83,5cm
6.2.5- Título em amostra reduzida:
Fio de trama
Para a retirada do primeiro corpo de prova utilizou-se uma pré-tensão desconhecida. O peso
dessa amostra de fio de trama foi 0,0127g. o titulo em Tex:
Titulo (Tex) = 0,0127 x 1000
0,5
Titulo (Tex) = 25,4
Fez-se então o calculo para carga a ser aplicada:
25,4 x 0,25 = 6,35gf
Para efeito de confirmação dos resultados acima, efetuou-se novamente o teste, porém, com
uma nova amostra e aplicando-se a tenção calculada.
Titulo (Tex) = 0,0134 x 1000
0,5
Titulo (Tex) = 26,8
23
Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
Como a diferença entre os dois pesos encontrados é menor que 10%, prosseguiu-se a retirada
de mais 9 amostras, aplicando-se a carga e posteriormente pesou-se as mesmas.
Fio de urdume
Para a retirada do primeiro corpo de prova utilizou-se uma pré-tensão desconhecida. O peso
dessa amostra de fio de trama foi 0,096g. o titulo em Tex:
Titulo (Tex) = 0,099 x 1000
0,5
Titulo (Tex) = 19,8
Fez-se então o calculo para carga a ser aplicada:
19,2 x 0,25 = 4,95gf
Para efeito de confirmação dos resultados acima, efetuou-se novamente o teste, porém, com
uma nova amostra e aplicando-se a tensão calculada.
Titulo (Tex) = 0,0101 x 1000
0,5
Titulo (Tex) = 20,2
Como a diferença entre os dois pesos encontrados é menor que 10%, prosseguiu-se a retirada
de mais 9 amostras, aplicando-se a carga encontrada, e posteriormente pesou-se as mesmas.
Esta pré-tensão têm, por finalidade, retirar toda e qualquer ondulação e contração do fio, para
que se possa obter o título real do fio.
Amostras
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Média
Desvio Padrão
C.V%
Tabela 07 –Peso dos fios:
Peso (g) dos fios
Urdume
Trama
0,0101
0,0134
0,00996
0,0132
0,0106
0,0129
0,0099
0,0143
0,0098
0,0142
0,0102
0,0134
0,0103
0,0137
0,01
0,0135
0,0097
0,0136
0,0109
0,0134
0,010146
0,01356
0,000370
0,000425
3,6561
3,6561
Comprimento (m)
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
Fonte: Dados obtidos no laboratório do CRG referentes ao ensaio (5.1.5).
Através dos dados da tabela a cima, utilizando as fórmulas
Título (Tex) = Peso (g) x 1000 e Título (Ne) =
590,548
Comprimento (m)
Título (Tex)
Obteve-se os seguintes resultados:
24
Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
Tabela 08-Título dos fios de trama e urdume em Tex e Ne
Urdume
Trama
Amostras
Tex
Ne
Tex
1
20,20
29,21
26,80
2
19,92
29,62
26,40
3
21,20
27,83
25,80
4
19,80
29,80
28,60
5
19,60
30,10
28,40
6
20,40
28,92
26,80
7
20,60
28,64
27,40
8
20,00
29,50
27,00
9
19,40
30,41
27,20
10
21,80
27,06
26,80
Média
20,29
29,14
27,12
Desvio Padrão
0,74
1,05
0,85
C.V%
3,65
3,65
2,34
Ne
22,01
22,35
22,87
20,63
20,77
22,01
21,53
21,85
21,69
22,01
21,79
0,67
2,34
Fonte: Dados obtidos no laboratório do CRG referentes ao ensaio (5.1.5).
Título (Ne)
Gráfico 01-Títulos em (Ne) dos fios de urdume
e sua variação,comparado ao titulo médio
31,00
30,50
30,00
29,50
29,00
28,50
28,00
27,50
27,00
26,50
Ne
Média
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
Amostras dos fios de urdume
Fonte: Tabela 08.
Gráfico 02-Títulos em (Ne) dos fios de trama
e sua variação,comparado ao titulo médio
23,00
Título (Ne)
22,50
22,00
Ne
21,50
Média
21,00
20,50
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
Amostras
Fonte: Tabela 08.
25
Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
6.2.6 – Desvio de Trama:
O desvio da trama encontrada no tecido teve
característico:
nas três amostras o mesmo desenho
I = (AB / AC) x 100
Amostra
1
2
3
Média
Tabeba 09- Desvio de trama
deformação máxima A-B d(cm)
5,3
5,2
5,3
5,26
Fonte: Dados obtidos no laboratório do CRG referentes ao ensaio (5.1.7).
Assim calculou-se apenas o valor da inclinação do tecido:
I = AB x 100
AC
Para AB1 = 5,30cm
I1 = 5,30 x 100
83,5
I1 = 6,35 %
I2 = 5,20 x 100
83,5
I2 = 6,23 %
I3 = 5,30 x 100
83,5
I3 = 6,35 %
Para AB2 = 5,20cm
Para AB3 = 5,30cm
Portanto podemos considerar um valor médio de inclinação de trama de 6,31%
26
Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
6.2.6 - Contração e ondulação:
Tabela 10 - Comprimento inicial(L0 ) e final (L) dos fios de urdume
Amostras de trama Comprimento. Inicial (cm) - L0 Comprimento Final (cm) - L
1
25
26,5
2
25
26,8
3
25
26,6
4
25
26,5
5
25
26,8
6
25
26,5
7
25
26,4
8
25
26,6
9
25
26,5
10
25
26,7
Média
26,59
Desvio Padrão
0,137
C.V.%
0,515
Fonte: Dados obtidos no laboratório do CRG referentes ao ensaio 5.1.6.
Tabela 11 - Comprimento inicial(L0 ) e final (L) dos fios de trama
Amostras de trama Comprimento. Inicial (cm) – L0 Comprimento Final (cm) - L
1
25
27,8
2
25
28,2
3
25
27,7
4
25
28,1
5
25
27,9
6
25
27,6
7
25
27,8
8
25
27,8
9
25
28,4
10
25
27,6
Média
27,89
Desvio Padrão
0,264365067
C.V.%
0,947884788
Fonte: Dados obtidos no laboratório do CRG referentes ao ensaio 5.1.6.
A pré-tensão utilizada foi à mesma utilizada para o teste de título:
Pré-tensão (gf) = 0,25 cN / tex x Tex
Os valores obtidos foram:
- Urdume 4,95 gf
- Trama 6,35 gf
27
Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
Cálculos de contração obtidos a partir do valor médio:
C% Urdume = (L - L0 ) x 100
L
C% Trama = (L - L0 ) x 100
L
=
=
(26,59- 25) x 100
26,59
= 5,97 %
(27,89 - 25) x 100
27,89
= 10,36 %
Cálculos de ondulação obtidos a partir do valor médio:
O% Urdume = (L - L0 ) x 100
L0
=
(26,59- 25) x 100
25
= 6,36 %
O% Trama = (L - L0 ) x 100
L0
=
(27,89 - 25) x 100
25
= 11,56 %
Tabela 12- Resumo dos resultados dos ensaios em tecido plano:
Densidade
Título (Valor médio)
Desvio
Contração
Urdume
Trama
Urdume
Trama
de trama
(%)
fios/cm
fios/cm
Tex
Ne
Tex
Ne
I(%)
U
T
24
16
20,29 29,14 29,11 21,79
6,31
5,97 10,36
Ondulação
(%)
U
T
6,36 11,56
28
Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
6.3 – Resultados referente aos ensaios realizados em tecidos de malhas de trama
6.3.1- Gramatura
Tabela 13- Gramatura das amostras de malha de trama
Amostra
Peso (g) 100 cm2
Peso (G) 1 m2
1
1,657
165,700
2
1,546
154,600
3
1,670
167,000
4
1,586
158,600
5
1,612
161,200
Média
1,614
161,420
Desvio Padrão
0,051
5,098
C.V.%
3,158
3,158
Fonte: Dados obtidos no laboratório do CRG referentes ao ensaio (5.2.1).
6.3.2 –Título:
Para a retirada do primeiro corpo de prova utilizou-se uma pré-tensão desconhecida. O peso
dessa amostra de fio de trama foi 0,0030g. o titulo em Tex:
Titulo (Tex) = 0,0030 x 1000
0,1
Titulo (Tex) = 30
Fez-se então o calculo para carga a ser aplicada:
(30 x 0,20) + 4 = 10gf
Para efeito de confirmação dos resultados acima, efetuou-se novamente o teste, porém, com uma nova
amostra e aplicando-se a tenção calculada.
Titulo (Tex) = 0,0031 x 1000
0,1
Titulo (Tex) = 31
Como a diferença entre os dois pesos encontrados é menor que 10%, prosseguiu-se a retirada
de mais 9 amostras, aplicando-se a carga e posteriormente pesou-se as mesmas.
29
Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
Amostras
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Tabela 13- Título dos fios da malha de trama
Peso (g)
Tex
0,0032
32,00
0,0034
19,92
0,0033
21,20
0,0035
19,80
0,0034
19,60
0,0031
20,40
0,0033
20,60
0,0035
20,00
0,0033
19,40
0,0035
21,80
Média
21,47
Desvio Padrão
3,77
C.V.%
3,66
Ne
18,44
29,62
27,83
29,80
30,10
28,92
28,64
29,50
30,41
27,06
28,03
3,53
3,66
Fonte: Dados obtidos no laboratório do CRG referentes ao ensaio (5.2.2).
Gráfico 03-Títulos em (Ne) dos fios da malha de trama
e sua variação,comparado ao titulo médio
33
31
Título (Ne)
29
27
25
Ne
23
Média
21
19
17
15
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Corpos de Prova
Fonte: Tabela 13.
30
Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
6.3.3 -Comprimento do fio absorvido no controle da regularidade de absorção de fios
Referência: Norma AFNOR NF G 07 – 101/1971
Quadro 04 – Comprimento final das amostras de fios da malha de trama
Amostra Comprimento Amostra Comprimento Amostra Comprimento Amostra Comprimento
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
27,61
27,07
26,99
26,44
27,22
27,14
27,14
27,92
27,77
27,92
27,92
27,77
27,69
27,53
27,69
27,92
27,30
28,08
27,92
28,00
27,92
27,69
28,08
27,61
28,00
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
27,61
27,77
27,61
27,85
28,24
27,69
27,30
27,53
27,61
27,77
27,46
27,77
27,30
27,92
27,69
27,53
27,77
27,69
27,46
27,30
26,91
27,92
27,38
27,46
28,00
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
61
62
63
64
65
66
67
68
69
70
71
72
73
74
75
28,00
27,46
27,53
27,22
27,85
28,00
27,92
28,08
28,24
28,08
28,24
28,00
28,00
28,16
27,69
28,00
27,85
27,30
27,38
27,61
27,77
27,85
27,85
27,92
27,77
Média
Desvio padrão
CV%
Fonte: Dados obtidos no laboratório do CRG referentes ao ensaio (5.2.3).
76
77
78
79
80
81
82
83
84
85
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
100
27,46
27,30
26,91
27,14
27,22
27,53
27,69
27,77
27,38
27,85
27,61
27,69
27,69
27,53
27,61
28,31
27,85
27,77
27,30
28,16
27,61
27,53
27,30
27,77
27,46
0,2766
0,0033
1,21
Gráfico 04- Controle da Regularidade de Absorção entre Carreiras
29,50
5%
29,00
Comprimento (cm)
3%
28,50
28,00
Média
27,50
27,00
3%
26,50
5%
26,00
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
55
60
65
70
75
80
85
90
95
100
105
110
115
120
Número da amostra
Fonte:Quadro 04.
31
Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
O comprimento de fio absorvido por malha foi calculado dividindo-se o comprimento do fio
absorvido pelo número total de malhas, selecionadas para o teste.
Quadro 05 -Comprimento de fio absorvido por cada malha
Amostra Comprimento
1
0,215
2
0,211
3
0,211
4
0,206
5
0,212
6
0,212
7
0,212
8
0,218
9
0,217
10
0,218
11
0,218
12
0,217
13
0,216
14
0,215
15
0,216
16
0,218
17
0,213
18
0,219
19
0,218
20
0,218
21
0,218
22
0,216
23
0,219
24
0,215
25
0,218
Amostra Comprimento Amostra Comprimento
26
0,215
51
0,218
27
0,217
52
0,214
28
0,215
53
0,215
29
0,217
54
0,212
30
0,220
55
0,217
31
0,216
56
0,218
32
0,213
57
0,218
33
0,215
58
0,219
34
0,215
59
0,220
35
0,217
60
0,219
36
0,214
61
0,220
37
0,217
62
0,218
38
0,213
63
0,218
39
0,218
64
0,220
40
0,216
65
0,216
41
0,215
66
0,218
42
0,217
67
0,217
43
0,216
68
0,213
44
0,214
69
0,214
45
0,213
70
0,215
46
0,210
71
0,217
47
0,218
72
0,217
48
0,214
73
0,217
49
0,214
74
0,218
50
0,218
75
0,217
Média
Desvio padrão
CV%
Fonte: Dados obtidos no laboratório do CRG referentes ao ensaio (5.2.3)
Amostra Comprimento
76
0,214
77
0,213
78
0,210
79
0,212
80
0,212
81
0,215
82
0,216
83
0,217
84
0,214
85
0,217
86
0,215
87
0,216
88
0,216
89
0,215
90
0,215
91
0,221
92
0,217
93
0,217
94
0,213
95
0,220
96
0,215
97
0,215
98
0,213
99
0,217
100
0,214
0,2766
0,0033
1,21
Malhas por centimetro:
7,8cm -----------100malhas
1 cm ----------- X
X= 12,8 malhas /cm
32
Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
7 – CONCLUSÃO
Em nossos dias, grandes corporações mundiais têm se mobilizado cada vez mais na busca da
qualidade total e continua, para tanto vale a pena refletir um pouco sobre as evoluções e revoluções
que tem ocorrido os mercados globais (1996, Nº4, Revista têxtil, pág106 e 107). Assim uma das
maiores exigências da atualidade, tanto no setor têxtil como em qualquer outro é qualidade. No setor
têxtil, para que este objetivo seja atingido, é necessário dispor de ferramentas adequadas, através dos
quais seja possível controlar todo o processo têxtil, e a partir daí, analisar os resultados obtidos e
executar correções e/ou melhorias necessárias, para se ter como resultado a qualidade final desejada.
Este controle geralmente é feito através de ensaios laboratoriais, e para isso é necessário que estes
ensaios sejam efetuados de forma que se possibilite atingir resultados confiáveis, isto é conseguido
pela utilização de normas técnicas, que apesar de não garantir a qualidade, dão a credibilidade
necessária aos ensaios realizados. Vale ressaltar que aparelhos e pessoas treinadas para a utilização
destas normas técnicas são imprescindíveis.
Os ensaios realizados, tanto no tecido plano como no de malha, teve como base, as normas
técnicas apresentadas em anexo. Entretanto é importante observar que os resultados dos ensaios
realizados podem não apresentar a confiabilidade esperada, isto porque, as amostras de tecido plano e
malha analisadas, não foram acondicionadas corretamente e, no caso do tecido plano, não houve
retirada de resíduos e gomas.
A análise em separado dos resultados de cada teste, nos levou a uma melhor avaliação do
tecido. Sobre ensaios realizados na amostra de tecido plano obteve-se as seguintes conclusões:
A amostra estudada se trata de um tecido tipo tela, devido ao tipo de ligação apresentada,
representada pelo desenho do item 6.2.1.
Com o resultado da gramatura de 277g/m2 , concluiu-se, pela análise da tabela 01, que este se
trata de um tecido pesado. Mas este resultado não possui grande confiabilidade, é provável que a
gramatura seja uma pouco menor que o valor obtido, pois no tecido temos uma parcela de gomas e
resinas, incluídas no peso. Além disso sem o acondicionamento da amostra, o tecido pode ter
absorvido mais ou menos umidade que o padrão, nisto também, a presença de gomas e resinas no
tecido influenciou no resultado. Outro fator que nos fez concluir que há pouca confiabilidade neste
resultado é o fato da variação de massa existente entre a amostra mais pesada e a mais leve ser de
6,161%, e neste caso não podemos definir a causa desta diferença, ocorre entretanto várias
possibilidades, entre elas, erros operacionais é o mais provável.
A densidade dos fios foi de 24 fios de urdume e 16 fios de trama por centímetro, como pode
ser observada a olho nu, a amostra se tratava de um tecido de baixa densidade. Através de medidas em
diferentes pontos da amostra obtivemos uma largura média do tecido de 83.5 cm, com um CV% de
0,11, poderíamos concluir que a amostra não apresenta uma grande variação em sua largura se a
mesma estivesse livre de gomas e resinas, pois baseado no fato de que estas vêm dar uma maior
estabilidade dimensional ao tecido, não se pode afirmar que sem a presença desses produtos os valores
referentes à largura permaneceriam inalterados.
No que se refere aos valores obtidos com a titulagem dos fios, observamos que existiu uma
variação considerável entre os valores encontrados nos testes e reais valores dos mesmos. Vários
fatores devem ter contribuído para esta diferença tais como o próprio fator dos fios que, quando estão
tramados, ou seja, quando já estão dispostos em um tecido, sofrem deformações e, por isso dificultam
a avaliação real dos títulos. Além disso, o uso inadequado da pré-tensão também provoca alterações,
pois uma pequena variação da mesma já produz uma alteração do fio, alongando-o em excesso ou não
o alongando. Um outro fator é o não acondicionamento da amostra, pois o algodão é uma fibra com
alta capacidade de absorver água e por isso variações de umidade provocam diferenças de peso.
Porém, talvez o fator mais importante da dificuldade de se encontrar resultados com extrema confiança
é o fator humano que, devido à falta de prática do operador na execução dos ensaios compromete os
resultados obtidos.
Nos quesitos ondulação e contração, e através dos resultados apresentados observou-se como
já esperado que o valor tanto de contração quanto de ondulação são maiores no urdume (que são mais
fino, e percorrem um caminho maior, passando ora por cima ora por baixo dos fios de trama) que nos
33
Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
fio de trama, este resultado é confiável, justamente porque não dependem da precisão dos valores
numéricos obtidos nos resultados, os quais poderiam apresentar uma variação, caso os ensaios
estivessem sido efetuados em ambiente acondicionado, sem influência de resíduos e gomas presentes
nos tecidos, que também esta diretamente ligado com o valor da pré-tensão utilizada. Entretanto,
independentemente disto, os fios quando entram para o tecimento não apresentem mais o título real,
dificultando a escolha da pré-tensão mais adequada. O fator humano também pode ter influenciado,
pois a maneira de retirar os fios do tecido não deve exercer qualquer força em demasia sobre o fio, pois
caso isto aconteça, os mesmos podem ser alongados em excesso.
Através dos resultados obtidos em relação ao desvio de trama, conclui-se que o tecido não
apresentou desvio de trama em forma de curvas, assim para a amostra calculou-se apenas o valor da
inclinação (bias) que foi de 6,31% que pode ser considerado alto. Vale ressaltar que, se este desvio,
aparecesse em um tecido com ligação tipo sarja ele provavelmente seria considerado baixo, devido a
inclinação do tecido de sarja estar em torno de 30%. Assim esta inclinação pode ter sido ocasionada
por problemas na máquina, como por exemplo, regulagem errada do tempereiro, conclui-se, portanto,
que a máquina produtora do tecido estava mal regulada. Outros fatores que aumentam o desvio de
trama são, o número de torções do fio, pois quanto mais torcido maior a probabilidade deste inclinar, e
a diferença de tensão entre os fios de urdume durante o tecimento pela largura do tecido. As tensões
que se apresentam no urdume são fundamentalmente diferentes das que afetam o fio de trama.
Otimizar (no sentido da tensão ideal do fio) significa manter as tensões do fio o mais baixas possível,
mas também tão adequada quanta seja necessária já que se podem gerar paralisações tanto por excesso
quanto por falta de tensão (1999, Nº 03, Revista Têxtil, Pág.33).
Quanto a analise dos tecidos de malha devemos observar que existem em regra geral, apenas
três possibilidades para que um tecido de malha não atenda a performance projetada, a saber: a) o
tecido de malha não foi projetado de forma apropriada ou segue as variáveis de malharia e acabamento
foram mal selecionadas; b) o produto não esta sob controle, ou seja, as variáveis de malharia e de
acabamento não obedecem aos valores definidos; c) o processo não esta sob controle, ou seja, as
limitações do processo não são totalmente conhecidas e dominadas pela tolerância dos valores de
projeto e/ou o processo não é totalmente conhecido e dominado pela engenharia (1996, Nº 01, Revista
Têxtil, pág 69).
Qualquer alteração e/ou variação no processo de manufatura e nos parâmetros de controle
acarreta em mais de uma conseqüência sobre o tecido de malha. Assim aconselha-se que um
acompanhamento periódico seja feito em nível de produção, através de ferramentas estatísticas e
ensaios de controle de qualidade para que de promova uma melhoria continua do processo e dos
produtos.
Na determinação do título do fio da malha obteve-se resultados muito perto da média, com
exceção no caso da amostra numero 01, como pode ser observado no gráfico 03, isso não significa
necessariamente que haja nesta amostra um fio muito irregular, mas sim que tenha ocorrido um erro
operacional, isto porque o ensaio não foi realizado por pessoas devidamente treinadas.
No controle da regularidade pudemos observar que o tecido apresentou um defeito de
barramento como pode ser observado no gráfico 04 onde o LFA tem um valor que ultrapassa o limite
de 3%, mas não podemos informar que esse defeito é causado pela variação da regularidade de
absorção, isso só poderia ser dito com certeza se o valor de LFA ultrapassasse o limite de 5%. O
defeito indicado pelo gráfico pode ser visto com facilidade na malha, é um defeito periódico causado
provavelmente pela diferença de tensão no alimentador corresponde a este fio.
Embora não se possa ter uma confiança significativa nos resultados apresentados, dentro de
uma avaliação subjetiva, não foge muito fora dos limites de aprovação, estando o tecido nos padrões
de qualidade exigido para a sua aplicação, tendo, provavelmente uma boa aceitação no mercado.
34
Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
8 – BIBLIOGRAFIA
- Rodrigues, Luís Henrique.”Tecnologia da tecelagem; tecnologia e qualidade de
tecidos planos”, pg. 17 e 18 Rio de Janeiro - 1996 / Senai DN- CETIQT:
CNPQ: IBICT.
- Paul Junker. “Manual para Padronagem de Tecido Plano”, pg 18 ed brasilience
São Paulo - 1988.
- Rubens Nicolini. “Controle de Qualidade de Tecidos” , FEI TX 095 - fevereiro 91
Apostila.
Nicolini, Rubens; “Controle da Qualidade de Tecidos”, FEI TX 095
página 11.
, fevereiro de 91,
35
Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
9 – ANEXOS
Norma ASTM D 1059 – 87 (Reaprovada 1992).
Método de Teste Padrão para Título se Fios Baseado em Amostra de Fibras Curtas
(Standard Test Method for Yarn Number Based on Short-Length Specimens)
Este método cobre a determinação do título do fio para todos tipos de algodão, lã, worsted, e
fibras sintéticas pegadas de bobinas; ou de qualquer tecido têxtil no qual os fios estão intactos e podem
ser removidos em comprimentos mensuráveis. O método do teste não é aplicado para fios pego em
repouso ou tecido empilhados. Desde que este método é baseado em amostras de fibras curtas, o
resultado só pode ser considerado como aproximado de título e fio.
· Significados
e Usos
Este é um método rápido usado para determinação do título aproximado de fios para amostras
de fibras curtas pegas de cones (bobinas) ou fios.
Por causa de qualquer erro presente no comprimento informado da amostra é multiplicado
muitas vezes quando calculado o título teórico do fio usando equações 1 ou 3, é extremamente
importante que o comprimento seja medido tão preciso quanto praticável.
Para as análises ou tecidos, este método de teste é adequado para estimar o título do fio
aproximado de fio usado em tecido plano ou de malha, mas o resultado obtido por este método pode
não concordar com o título nominal do fio dos fios utilizados realmente para fazer o tecido por causa
das mudanças no título do fio produzido pelos métodos da tecelagem ou malharia, os tratamentos no
acabamento, e as operações de secagem. Este método de teste é satisfatório para a avaliação de fios
como eles estão no tecido acabado, quando é informação é necessária.
O título do fio obtido de amostra de pequeno comprimento de cones (bobinas) não deve ser
esperado de concordar exatamente com os valores obtidos pelo uso de métodos mais precisos de
determinação do título do fio, incluído no método de teste D 1907. Se um número suficiente de
amostras consecutivas for testado, porém, haverá uma aproximação com as opções 1 do método de
teste D 1907 pode ser esperado.
Este método é desenvolvido para a medida do título de fio singelo presente como um
componente de um fio manipulado e o título de fios singelos usados para produzir um fio de alta torção
para um tecido crepe.
· Amostragem
Amostra de lote – Para um teste de aceitação de amostra de lote, pegando um número aleatório
direto do recipiente de transporte em uma especificação aplicável do material ou outro acordo entre o
comprador e o fornecedor, como em um acordo para usar a prática D 2258
Amostra de Laboratório – Para teste de aceitação como amostra de laboratório, proceda como
segue:
Para cones, espulas ou bobinas, pegue o número total de amostras como dito na seção 7 do
método de teste D 1907.
Para tecidos, pegue um pedaço de largura total do tecido de pelo menos 1,2 m.
Corpos de Prova – Para cada unidade de amostra de laboratório, pegue corpos de prova no
momento do teste como segue:
Para cones, espulas ou bobinas, pegue um corpo de prova por unidade.
Para tecidos planos, pegue dez corpos de prova separados do urdume e dez corpos de prova
separados da trama. Pegue os corpos de prova da trama aleatoriamente através da amostra de
laboratório inteira. Descarte corpos de prova que pareçam estar danificados.
Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
Para tecido de malha de trama, pegue dez corpos de prova aleatoriamente da amostra inteira de
laboratório, ao menos que o tecido seja um tecido de multialimentadores ou um tecido de malha dupla.
Para tecido de multialimentadores, pegue dez corpos de prova de dez cursos sucessivos em uma parte
da amostra de laboratório. Para tecido de malha dupla pegue cinco corpos de provas de cada tipo de
malha de fio (cursos alimentados de comprimento longo e curto).
Para tecidos de malharia de urdume, corte uma tira de coluna de malha na qual os corpos de
prova podem ser revelados. Corte a tira com pelo menos 0,2 m maior que o comprimento do corpo de
prova e larga o suficiente para conter mais do que número requerido de corpos de prova. Teste cinco
corpos de prova de cada barra.
Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
Norma ASTM D 3776 – 96
Método de Teste Padrão para Massa por Unidade de Área (Peso) do Tecido
(Standard Test Method for Mass Per Unit Area (Weight) of Fabric)
Opção A – Pedaço Completo, Rolo ou Cortado
Opção B – Amostra com a Largura Completa
Opção C – Pequeno Pedaço de Tecido
Opção D – Tecidos Estreitos
Opção C – Pequeno Pedaço de Tecido
· Significado
e Uso:
Este procedimento é aplicável quando um pequeno pedaço de tecido é mandado para o
laboratório para ser usado como corpo de prova. Os resultados são considerados para serem aplicáveis
na amostra e não necessariamente para o lote do qual a amostra foi tirada.
As medições por este método não incluem ourela e deve ser informada dessa maneira, a menos
que uma ourela seja especificada
A opção C não é um teste de aceitação recomendado para transações comerciais desde que a
opção A seja regularmente usada para este propósito.
· Amostragem
A opção C é usada só quando há disponível um tecido limitado e não deve ser usado para teste
de aceitação. Preparar os seguintes corpos de prova de um pequeno pedaço de tecido é possível.
· Preparando
os corpos de prova
Prepare um corpo de prova condicionado tendo uma área se pelo menos 130 cm2 ou um número de
corpo de prova cortado dado menor tirado de diferentes partes do tecido de amostra e tendo uma área
total de pelo menos 130 cm2 . Não pegue esses corpos de prova mais perto do que um décimo da
largura do tecido de uma ourela ou corte do final. Se tecido insuficiente é disponível para encontrar
esses critérios, anote este fato no relatório.
· Procedimento:
(a) Determine a área do(s) corpo(s) de prova usado(s). Para corpo de prova dado cortado, a área dada é
normalmente informada. Para outros corpos de prova, multiplique o comprimento pela largura.
(b) O peso da(s) amostra(s) em ±0,1 % de massa (peso) na balança. Corpos de prova de um tecido
podem ser pesados juntos.
· Cálculos:
Dimensões e massa podem ser determinadas nas unidades SI e calculadas usando as seguintes
equações:
Massa por metro linear:
g/m = 103 GW/L sWs
Kilograma por metro linear:
m/Kg = LsWs/GW
Onde:
G = Massa do corpo de prova, g
W = largura do tecido, mm
Ls = Comprimento do tecido, mm, e
Ws = Largura do corpo de prova, mm.
Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
-Calcule a massa e relate
Anote que os testes foram seguido na Opção A (ou B ou C ou D) no método de teste D 3776.
Descreva o material ou amostra do produto utilizado e o método de amostragem usado.
Anote as seguintes informações:
- Opção usada para medir massa por unidade de área do tecido.
- A massa do tecido em gramas por metro quadrado, ou gramas por metro linear, ou metros por
grama, em três valores significativos.
- Largura do tecido se massa é anotada como massa por metro linear ou metros por kilograma.
- Anote se o peso do tecido inclui ou não inclui ourela, e
- Condições atmosféricas no qual os testes forma conduzidos e se o corpo de prova foi condicionado
como dito na norma D 1776.
Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
Norma ASTM D 3774 – 96
Método de Teste Padrão para Largura de Tecido.
(Standard Test Method for Width of Textile Fabric)
Opção A- Rolo inteiro
Opção B- Pequeno corpo de prova removida do rolo inteiro
Resumo do Método de Teste
A largura do tecido é medida diretamente pelo uso de uma régua de metal.
A opção A oferece dois procedimentos para a medição da largura do tecido, ou largura da pilha
ou largura em superfície deitada, ou ambos, em rolos. O primeiro procedimento é essencialmente um
método livre de tensão, o segundo procedimento provém da medição feita durante a operação de
acabamento ou inspeção que pode dar tensão ao tecido.
A opção B cobre a medição da largura de tecido, largura de superfície de pilha ou largura de
superfície relaxada, ou ambas, quando só um pequeno comprimento de tecido está disponível para
teste. Este procedimento é aplicável quando um pedaço de amostra é mandado para o laboratório para
ser usado como corpo de prova.
· Significado
e Uso
O procedimento opção A do método de teste D 3774 para largura são considerados satisfatórios
para teste de aceitação de amostras comerciais porque eles são usados extensivamente em negócios.
· Procedimento
Opção B – Amostra de laboratório removida de um rolo completo:
(a) Deite o tecido em uma superfície horizontal plana sem tensão em nenhuma das direções e livre de
rugas ou distorções. Meça a largura do tecido em três ou mais pontos separados por pelo menos 0,3
m pelo comprimento do tecido. Não faça medições mais perto do que 150 mm dos finais do tecido.
Calcule a média de todas medições no corpo de prova arredondando para 1 mm. Anote a medição
média, a medição máxima e a medição mínima.
· Relate
Anote que o corpo de prova foi testado seguindo o método de teste D 3774. Descreva o
material amostrado e a fonte de cada corpo de prova.
Anote as seguintes informações:
- Opção usada e se tensão foi usada na opção A.
- Número de observações.
- Largura média, em milímetros ou uma especificada entre o comprador e o vendedor.
- Medidas de largura máxima ou mínima para cada unidade de amostra e o lote.
- Condições atmosféricas na qual os teste forma conduzidos e se o corpo de prova foi condicionado
seguindo a prática D 1776.
Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
Norma ASTM 3883 – 90
Método de teste Padrão para Encrespamento e Ondulação do Fio em Tecidos
(Standard Test Method for Yarn Crimp or Yarn Takeup in Woven Fabrics)
Este método cobre a determinação da relação entre o comprimento de um pedaço de tecido e o
comprimento do fio do tecido.
· Significado
e Uso
A relação do comprimento de um pedaço de tecido e o comprimento do fio do tecido pode ser
determinada exatamente só pela medição do comprimento do fio entrando no tear e o comprimento de
tecido feito a partir daquele fio particular. Na maioria dos casos, todavia, a determinação deve-se à
necessidade de fazer em um tecido pela medição do comprimento do fio removido de um comprimento
de tecido, assim, introduzindo certas variações que influenciarão a determinação do teste. Fio
removido de tecido contém ondulações ou ondas que foram introduzidas pelo processo de tecimento.
Calor, umidade e encolhimento mecânico na operação de acabamento podem acentuar e
provavelmente aumentar a carga para empurrá-los para fora e deixar o fio reto. Na ordem de medição
para determinação do comprimento do fio após a remoção do encrespamento, essas ondulações devem
ser puxadas para fora sem o alongamento do fio. Em alguns casos, a carga mínima necessária para
deixar o fio reto causará um certo volume de alongamento para ocupar espaços, isso aumenta o
comprimento do fio. Também aplicação de tensão no fio durante o processo de tecimento pode ter tido
estiramento suficiente
para esticar o fio até o seu limite elástico, novamente aumenta seu
comprimento. É reconhecido que medições feita pela medição do comprimento do fio removido de um
comprimento de tecido medido pode tender a dar aparência encrespada que é algumas vezes maior que
o encrespamento do fio como ele está no tecido. Nos casos de tecido feito de fios que exibem
encolhimento diferenciado, ou fios de título amplamente diferentes, ou fios tecidos em diferentes
tensões de encrespamento de cada tipo de fio no tecido, deve ser determinado e informado
separadamente.
· Aparelhos
Dispositivo Satisfatório, para deixar o fio reto na aplicação de tensão horizontal ou vertical. O
devido dispositivo deve ter duas superfícies de suporte do fio ou duas braçadeiras, à distância entre as
duas deve ser alterada para aplicação da tensão necessária. Este dispositivo pode ser um torciômetro
com dispositivo de tensionamento, máquina de testes têxteis, ou um testador de encrespagem
disponível comercialmente de tipo de leitura direto.
· Amostragem
Amostra de Lote – Para um teste de aceitação de amostra de lote, pegue aleatoriamente um
número de rolos como dito na especificação aplicável ou outro acordo entre o comprador e o
fornecedor.
Amostra de Laboratório – de cada rolo ou pedaço na amostra do lote, corte duas amostras de
laboratório na largura total do tecido e pelo menos 375 mm ao longo da ourela.
Número de Corpos de Prova – Para cada amostra de laboratório pegue dez corpos de prova,
300 mm de comprimento.
· Procedimento
Ao menos que especifique ao contrário, não faça o teste mais perto de um ourela do que um
décimo da largura do tecido, ou em 1 m do final da peça do rolo.
(a) Usando um dispositivo de marcação satisfatório, trace duas linhas de 250 mm perpendiculares ao
fio sendo testado e com 25 mm de extensão no tecido. Se um testador de encrespamento de leitura
Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
direta é usada, siga as instruções do fabricante do equipamento para o comprimento do corpo de prova.
(b) Faça pelo menos um corte de 350 mm ou mais na direção do fio à ser testado, e adjacente aos
25mm marcados. Retire vários fios deste lado do corte e apare a franja.
(c) Um por vez, quando pronto para usar, retire dez corpos e prova de fio do lado preparado do tecido.
Duas marcas pequenas de duas linhas previamente colocadas no tecido devem aparecer em cada
fio retirado do lado preparado. Tome cuidado para não deformar a torção ou tencionar o fio.
(d) Firme cada fio na braçadeira de um aparelho tencionador ou, se aplicável, na posição própria do
suporte de fio de um testador de encrespamento de leitura direta, com as marcas do fio
coincidentes com o aperto da braçadeira e arrume a distância da braçadeira para o comprimento
inicial de tecido. O dispositivo do tipo de braçadeira pode consistir de contador de torções provido
com mandíbula corrediça graduada ou uma máquina de teste de tensão, o movimento ou ação no
qual pode ser parado instantaneamente a qualquer ponto, como uma taxa constante de
alongamento ou outro instrumento similar. Se um testador de encrespamento de leitura direta é
usado, posicione o fio embaixo do gancho do cabo móvel.
(e) Aplique uma força ao fio apenas suficiente para remover as ondulações para tecimento, sem dar
alongamento como determinado pelo uso de uma das seguintes opções:
Opção B – Usando um dos dispositivos tencionadores ou máquina de teste, aplique uma força
de tensão baseada no título do fio conhecido. Se essa força de tensão não é suficiente para remover
todo o encrespamento, aumente gradualmente a força da tensão até o encrespamento desaparecer. Use
essa força em todos os fios no ajuste e força proporcional em todas as amostras na série de teste. Anote
a tensão e o fato que uma tensão mais baixa não removeu o encrespamento. Estime a força de tensão
usando a equação:
Força de tensão, g = título do fio em tex X 0,25
· Cálculo
Calcule a distância média entre as duas marcas para todos os corpos de prova que formaram
medidos.
Calcule o encrespamento do fio (C) ou o alongamento (T) usando as equações:
C = 100 (Y – F) / F
T = 100 (Y – F) / Y
Onde:
C = Encrespamento do fio, %,
T = Alongamento do fio, %,
F = distância entre dois pontos do fio no tecido, e
Y = distância entre os mesmo dois pontos no fio após remoção do tecido e endireitamento sobre tensão
especificada.
· Relate
Anote que os corpos de prova foram testados seguindo a Método de Teste ASTM D 3883.
Descreva o material ou o produto amostrado e o método de amostragem utilizada.
Anote as seguintes informações:
- Encrespamento ou alongamento médio do tecido em duas figuras significantes,
- Método, opção, e dispositivo usado para remover o encrespamento,
- Quantidade de força ou peso de tensão aplicado para remover o encrespamento, e
- Tipo de máquina de teste utilizada.
Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
Norma ASTM D 3882 – 90
Método de Teste Padrão para Arco e Inclinação em Tecidos Planos de Malha
(Standard Test Method for Bow ans Skewness in Woven and Knitted Fabrics)
Este método cobre a medição de distorção de fios de trama em tecidos planos e cursos em
tecido de malha a partir de um caminho perpendicular normal ao comprimento do tecido.
· Significado
e Uso
Arco e inclinação podem ser induzidos durante a fabricação da roupa, tingimento, tratamentos,
acabamento ou outra operação onde existe um potencial de distribuição não uniforme das tensões pela
largura do tecido. Arco e inclinação são mais desagradáveis visualmente em tecidos moldados
coloridos como estampas, do que em tecidos de cores sólidas, porque o contraste faz a distorção mais
proeminente, e pode causar problemas na costura em todo tecido e ocasionando problemas em itens de
acabamento manual. Em alguns casos, uma quantidade especificada de inclinação é necessária, por
exemplo, para prevenir deformação da inclinação da perna em calças. Estampas combinando de
padrões distorcidos podem criar sérios problemas para manufatura de artigos de vestuário ou costura
doméstica. Cortes ondulados ou estreitos na linha de arco são mais prejudiciais para o vestuário de
pequenas partes de peças (como colarinhos, bolsos, etc.) que um declive gradual de uma linha reta.
· Aparelhos
Vara de Medição ou Fita Métrica, graduada em divisões de 1 mm e maior que a largura do tecido.
Laterais Retas Rígidas – Maiores que a largura do tecido.
· Arco
Resumo do Método de Teste – Uma lateral reta é colocada através do tecido, entre dois pontos
no qual é marcado um fio de trama, cursos de malhas, ou uma linha estampada ou encontro de duas
ourela ou lados. A maior distância entre a lateral reta e o marcado fio de trama, curso ou linha
estampada é medida paralela à ourela.
· Procedimento:
Ao menos que caso contrário concordasse, como especificado em uma especificação de
material aplicável, meça o arco em três lugares tão longe quanto possível no comprimento do tecido ou
no mínimo de 1 m linear. Se possível, não faça medições mais perto do que 1 m do fim do rolo de
tecido. Meça a(s) direção(ções) como dito nos próximos passos.
Para certos usos finais aonde muitas faixas estreitas serão costuradas na peça de vestuário,
será necessário medir o arco através de uma distância mais estreita do que a largura total do tecido,
por exemplo, uma largura de 38 cm. Esta distância é usada como a largura do tecido quando calcular
o arco. Acordo como que para a largura à ser usada deve ser feita entre o comprador e o fornecedor
antes do teste começar.
(a) Deite o tecido em uma superfície horizontal, lisa sem tensão em nenhuma direção.
(b) Ao menos que haja um fio de cor distinta ou uma linha padrão para seguir, trace um fio de trama,
curso de malha, ou linha estampada por toda a largura usando um lápis macio ou uma marcador
satisfatório.
(c) Coloque uma lateral reta rígida através da largura do tecido conectando dois pontos no qual o fio
marcado ou curso encontre as duas ourelas ou lados. Meça a distância arredondando para 1 mm e
escreva esta distância como a largura do tecido.
(d) Meça a maior distância paralela para as ourelas entre a beirada reta e o fio marcado ou curso
arredondando para 1 mm (fig. 1). Escreva a medida e o tipo de arco. Se há arco duplo, meça e
escreva ambos.
Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
FIG. 1 Condições Típicas de Arco
Cálculo:
Escreva três ou mais medidas em milímetros.
Para cada medida, calcule o arco máximo como uma porcentagem da largura do tecido usando
a equação:
Arco, % = 100 (D/W)
Onde
D = Arco máximo anotado
W = largura do tecido no ponto de medida na mesma unidade dimensional.
Se arco duplo está presente, calcule e escreva o desvio longitudinal máximo.
Relate:
Anote que o(s) tecido(s) foi testado seguindo a Seção 8 do Método de Teste ASTM D 3882.
Descreva o material amostrado e o método de amostragem utilizado.
Anote as seguintes informações:
- Anote se a medida foi feita em tecido plano, tecido de malha, ou desenho de estampa.
- A medição em milímetros do arco e a largura do tecido na mesma unidade, ou
- Arco máximo medido expressado em milímetros desviado da reta.
- Arco máximo medido expressado como uma porcentagem da largura para os próximos três dados
significantes, e
- Existência de arcos duplos, arco reverso duplo, arco enganchado duplo, arco enganchado ou outra
variação presente.
Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
Inclinação
FIG. 2 Condições típicas de Inclinação
· Resumo de Método de Teste
A inclinação é medida diretamente. Este método prevê um significado para medição da
distorção de uma linha reta de fio de trama, curso de malhas, ou linha estampada ou desenhada à partir
de sua perpendicular normal com a ourela.
· Procedimento:
A menos que caso contrário concordasse, como especificado na especificação do material
aplicável, medir a inclinação em três lugares separados o tanto quanto possível no comprimento do
tecido, não faça medidas mais perto do que 1 m do final do tecido. Meça a inclinação pelos passos
seguintes.
(a) Trace a posição do fio de trama, curso de malhas, ou linha estampada como no dito no
procedimento (C) para arco. Assume esta posição correspondente para a linha AC ou DC na fig. 2.
(b) Desenhe uma linha perpendicular com a ourela à partir do ponto C onde o fio ou curso marcado
encontra a ourela, encontrando a outra ourela no ponto B.
(c) Meça ao milímetro mais próximo e escreva a distância entre os pontos A e B ou D e B e C, como
mostrado na fig. 2.
(d) Anote se a direção da inclinação é para mão esquerda (S) ou não direita (Z) e se observado na face
ou atrás do tecido.
· Cálculo:
Anote as três ou mais inclinações medidas em milímetros.
Para cada medida, calcule a inclinação como uma porcentagem da largura do tecido usando a
equação:
Inclinação, % = (Dist. AB ou DB X 100)/(Largura BC)
Relate:
Anote que o tecido foi testado seguido a Seção 9 do Método de Teste ASTM D 3882. Descreva
o material e o método de amostragem usado.
Anote as seguintes informações:
- Anote se a medida foi feita em tecido plano, tecido de malha, ou desenho estampado.
- A medida de inclinação e a largura do tecido em milímetros, ou
- Inclinação máxima medida expressada como uma porcentagem da largura do tecido em três
valores significantes, e
- Direção da inclinação e lado do tecido na qual a inclinação foi observada.
Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
Anexo VI
Norma ASTM D 3775 – 96
Método de Teste Padrão para Densidade em Tecidos Planos
(Standard Test Method for Fabric Count of Woven Fabric)
· Resumo
do Método de Teste
O número de fios de urdume por unidade de distância e fios de trama (batidas) por unidade de
distância, é determinado usando uma lente satisfatória e dispositivo de contagem ou pela retirada dos
fios do tecido.
· Aparelhos
Use qualquer dispositivo adequado, como um conta-fio, régua e ponta, leitor de microfilme, ou
equipamento de projeção.
Use uma escala graduada em mm para medir o comprimento do tecido para ser retirada para
uma contagem dos fios .
· Amostragem
Amostra de Lote – Como uma amostra de lote para teste de aceitação pegue um numero
aleatório de rolos de tecido como dito em uma especificação de material aplicável ou outro acordo
entre o comprador e o vendedor. Considere rolo de tecido para ser a unidade de amostragem primária.
Amostra de Laboratório – Como uma amostra de laboratório, pedaço de tecido de largura
inteira com pelo menos 2 m de comprimento de cada rolo de tecido no lote de amostra. Considere cada
ponto tirado a densidade como um corpo de prova.
· Procedimento
Geral:
Ao menos que se especifique o contrário em um acordo entre comprador e fornecedor, não tire a
densidade mais perto do que um décimo da largura do tecido da ourela, ou em 0,5 m do final da peça
de tecido.
(a) Conte o número de fios de urdume e trama (batidas) em cinco lugares aleatórios espaçados
diagonalmente pela largura do tecido.
(b) Para tecido com menos que 125 mm de largura, conte todos os fios na largura, incluindo a ourela, e
pela largura atual naquele ponto.
(c) Em ondas fantasia onde um ou mais fio não aparecem regularmente, pequenos intervalos, faça a
contagem em pelo menos um padrão de repetição completo para cada componente desenhado.
Para Tecidos Contendo Menos que 1 Fio por mm:
(d) Conte o número de fios em 75 mm de largura em cinco espaços desenhado pela largura da amostra
de tecido. A contagem de fios sucessivos de trama (batida) deve ser tomada em cinco pontos
diferentes aleatórios pelo comprimento do tecido de teste de laboratório.
Para Tecido Contendo Mais que 1 Fio por mm:
(e) Conte o número de fios em 25 mm da largura do tecido pelo menos cinco pontos aleatórios na
largura da amostra de tecido então um conjunto diferente de fios é contado cada vez. A contagem
de sucessivos fios de trama (batida) deve ser pego em cinco pontos diferentes aleatórios pelo
comprimento da amostra de laboratório do tecido
Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
Procedimento de Contagem Pela Opção de Retirada – Para tecidos no qual fios individuais não podem
de lidos distintamente para a gramatura do tecido, há duas opções.
(a) Retire um pedaço de tecido paralelo com a direção a ser contada para pegar uma lateral reta, então
retire e conte os fios em um faixa de 25 mm. Obtenha a densidade em pelo menos cinco pontos
aleatórios pela largura do tecido. A contagem de sucessivos fios de trama (batidas) devem ser
tomadas em cinco pontos diferentes pelo comprimento do tecido de amostra de laboratório.
(b) A outra opção é deixar reta a lateral do tecido perpendicular à direção à ser contada, marcar de 25
mm de comprimento no qual o número de fios à ser contado e então contar o número de fios
protraindo entre as duas marcas.
· Cálculo
Em ambos a contagem de trama e urdume, calcule a densidade do tecido como uma média em
todas observações feitas em unidades integrais, para cada rolo e para o lote.
· Relatar
Anotar que o corpo de prova foi testado pelo Método de Teste ASTM D 3775. Descrever o
material ou produto amostrado e o método de amostragem utilizado.
Anotar as seguintes informações:
-
Número médio de fios e batidas por 25 mm, calculado próximo fio individual; anotando primeiro
a densidade de urdume para cada rolo e para o lote:
Densidade do tecido = 100 X 40
-
Tamanho do padrão de repetição, tamanho de cada desenho componente no padrão, e os fios totais
em cada componente de medida para tecidos tendo ondas fantasias.
-
Condições atmosféricas na qual os testes foram realizados e se os corpos de prova foram
condicionados como dito na Prática D 1776.
Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
Anexo VII
Norma AFNOR NF G 07 – 101/1997
·Prefácio
O comprimento de fio absorvido (em resumo L.F.A), como é definido na presente norma
permite caracterizar facilmente uma malha (ver nota do parágrafo 3.2). Além disso, a regularidade de
absorção da linha entre carreias de malhas constitui um elemento essencial da regularidade de aspecto
do tricote terminado.
O principal interesse do método descrito em seguida, reside na grande precisão com que ele
nos permite apreciar estas duas características importante dos tricôs: comprimento do fio absorvido e
a regularidade de absorção do fio.
Realmente, para título indicativo, considera-se geralmente que um tricô é de - boa fabricação , se este conserva a regularidade, quando o L.F.A, obtido para aplicação do método, tem um valor
mediano compreendido nos limites de ± 3% ao redor do LFA mediano especificado. Além disso,
estima-se que um tricô é - sem defeito -, quando a dispersão dos seus valores individuais medidos da
L.F.A, estiverem compreendidos nos limites de ± 3% de um lado e de outro - valores mais prováveis
de regulagem – obtido por este método (ver capítulo 7) ,se bem que em certos casos, pode-se notar a
irregularidades de absorção de fio dentro destes limites.
1 - Objeto e domínio de aplicação
A norma presente tem por objeto de descrição um método de medida do comprimento mediano
de fio absorvido pela malha de um tricote e o controle da regularidade de absorção do fio entre
carreiras de malhas.
Nota:
Este método é aplicável para o tricô em malhas escolhidas (tricô trama). Ele não se aplica para
tricô em malhas deitadas (*) (tricô urdume) nem para tricôs sobrecarregados, salvo acordo entre as
partes interessadas neste método.
(*) nota: o tricô em malhas deitadas é definido como sendo: tricô no qual as malhas fazem a partir
de cada fio da carreira, outras formas na seção do comprimento do tricô, caracterizado por fazer uma
carreira de fio de malha alimentar mais ou menos paralelamente em direção do tricô
2 - Princípio
Medir, sob uma tensão apropriada, o comprimento do fio absorvido por um número dado de
malhas.
3 – Definições
Para a precisão da norma presente, as definições seguintes são determinadas:
3.1 - Tricote a malhas colhidas
Tricô, no qual são formados anéis, constituídos por cada um desses fios, são formados uns após
os outros e disposto alguns ao lado dos outros, essencialmente no sentido da largura do tricô e
caracterizado pelo fato que o tricô é facilmente destricotado.
3.2 - Comprimento do fio absorvido
Comprimento do fio contido em uma malha. Ele se expressa em centímetros de fio por malha.
Nota:
A noção de “comprimento de fio absorvido” substitui a antiga noção “aperto” que antigamente
designava a densidade de malhas no tricô. O aperto foi durante muito tempo calculado em número de
carreiras por centímetro, mas esta avaliação esta sujeita a variação segundo o estado no qual se
encontra o tricô no momento da medida.
Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
3.3 - Alimentadores
Essencial nos órgãos de comando nas agulhas de um metro correspondente em seu sistema de
alimentação.
3.4 - Amostra para teste
Amostras no estado de preparação, onde é submetida ao ensaio.
3.5 - Experimento
Porção da amostra submetida ao ensaio apenas uma vez: é o fio que serve em uma medida.
3.6 – Evolução de uma linha
Termo que caracteriza a forma que foi imposta em um fio do tricô pelas agulhas (ou por outros
órgãos de tricotagem) sobre aqueles nos quais foi trabalhado.
4 - Equipamento
O equipamento deve ser constituído por um dispositivo de medida de comprimento de um fio –
sob tensão comportando duas pinças de fixação nas extremidades do fio (as partes planas estão
situadas em um mesmo plano) permitindo:
- a fixação e o aperto nas extremidades do fio das pinças de maneira em ter todos o mesmo
comprimento de fio preso nas pinças (o comprimento de fio preso na alavanca da pinça deve ser
inferior a 3mm).
- a aplicação no fio da tensão necessária para a medida pelo deslocamento de uma pinça.
- a medida da tensão aplicada.
- a medida do comprimento do fio tencionado.
5 - Experimento
5.1 - Preparação
Procurar a seção de destricotagem da amostra. Cortar uma tira de tricô onde a largura
compreende um número de coluna ligeiramente superior ao número de malhas escolhidas para a
medida. Igualar a parte superior para destricotagem. Sustentar um primeiro reparo sobre uma coluna.
A partir deste reparo (referência), calcular, depois, delimitar uma tira larga de tricotam do fio de 25 50 - 100 - ou 200 colunas de malhas (ou de todo outro número), de maneira a obter um comprimento
de fio, para carreira desmalhavel , suficientemente importante para ser medido com precisão (da ordem
de qualquer dezena de centímetros). Cortar a tira assim delimitada como o indica a figura 1 que segue.
O numerando e o corte poderão ser facilitados por uma estaca sob tensão moderada na amostra.
Se ção de Destricotagem
Número de Colunas
Figura 1
Seção de destricotagem (Face 1)
Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
5.2 - Número
Para o controle do comprimento mediano do fio absorvido, destinar e medir, pelo menos dez
amostras de fio por tipo de evolução, distribuído ao acaso sobre as diferentes carreiras.
Para o controle da regularidade de absorção entre carreiras, destinar e medir, como indica ao
capítulo 6, sobre as sucessivas carreiras um número de amostras de fios ao menos igual ao número de
quedas (alimentadores) em ação de trabalho.
6 – Modo de Operação
6.1 - no caso de contestação entre partes interessadas nesta medida, condicionar amostras, em
atmosfera normal de condicionamento de ensaios de têxteis, de acordo com a norma de NF G 00-003
(atmosfera que tem uma temperatura de 20 ± 2 ºCS e uma umidade relativa de 65% ± 2%) antes do
teste, então conduzir o teste na mesma atmosfera.
6.2 – Destricotar o primeiro fio (linha nº 1) da tira do tricô, aproximar a pinça do aparelho de
medida depois organizar extremidades da amostra do fio dentro de cada pinça de forma cada uma das
extremidades coincida com a característica de reparo da pinça. Aplicar, progressivamente, a tensão de
medida que é a tensão mínima eliminando totalmente a ondulação da tricotagem.: esta tensão pode ser
determinada graças a alguns ensaios preliminares.(*)
6.3 - Fazer a leitura do comprimento do experimento de amostra de fio sob tensão e anota. Operado
em seguida da mesma maneira para os outros fios da tira (o fio nº 2,3,4,etc.).
7 - Cálculo e expressão dos resultou
7.1 - Medida do comprimento do fio absorvido
Informar os valores individuais das medidas obtidos a cada ensaio. Calcular a média aritmética,
depois o comprimento mediano do fio absorvido pela malha.
Expressar os resultados em centímetro por malha.
7.2 - Controle da regularidade do comprimento do fio absorvido
Indicar os valores individuais sobre um gráfico. Colocar, em abscissas, os números de fios
desmalhados e ordená-los, o comprimento de cada fio.
(*) por acordo pré-estabelecido entre as partes interessadas nesta medida , fixada na tabela seguinte e
aplicada para esta medida:
NATUREZA DOS FIOS
TÍTULO (Tex)
Algodão
Inferior ou igual a 7
Superior a 7
Entre 15 a 60
Entre 61 a 300
Todos os valores
Lã penteada
Filamentos ou sintéticos
PRÉ-TENSÃO
(Centinewtons)
0,75*Título
0,2*Título + 4
0,2*Título +4
0,07*Título +12
1,5*Título
Indicar um número de medidas ligeiramente superior para ao número de alimentadores em
trabalho, tendo isto, servido na fabricação do tricô. No caso onde um defeito foi reparado, indicar no
gráfico a carreira correspondente por uma seta e fazer aparecer ao menos duas vezes.
No caso onde carreiras não trabalham de uma maneira idêntica, fazer um diagrama para cada
evolução; traçar cada um deles sobre a mesma folha, e suficientemente por raport através de
precedentes de forma que ele esteja bem distinto.
Análise em Tecidos Planos e Malha de Trama
Traçar, para toda evolução, a direita representante - o valor mais provável de regulagem: para
isto, calcule a média depois de eliminação das quedas manifestando obviamente, ou novamente,
determine a média de distribuição do comprimento do fio absorvido. É necessário efetuar este cálculo
sobre o múltiplo do número de alimentadores que têm servido para a fabricação da malha.
Traçar também os direitos que representam os limites de ± 3% e +os limites de ± 5% do valor
mais provável de regulagem.
A regularidade de absorção é julgada pela dispersão dos valores individuais através de raport a
este e valor provável regulagem, aparecendo sobre o gráfico assim estabelecido que constitui o
resultado do ensaio.
8. – Procedimento verbal do ensaio
O procedimento verbal do ensaio tem que indicar, além dos resultados obtidos:
- a referência para a norma presente.
- a referência da amostra.
- o equipamento usado.
- a tensão de medida utilizada.
- os valores individuais.
- os detalhes operacionais para opção.
Ele terá, além disso, mencionar tudo que, por uma razão ou por outra , não esta conforme o
método.
9 - Comentários
O Malhamétro I.T.F., concebido pelo Centro de Pesquisas do Hosiery a Troyes, é um aparelho
particularmente apropriado para o método de trabalho descrito na presente norma.
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Análise Estrutural em Tecidos Planos