1º Ten ALEX GOIS ORLANDI
Asp Of R2 FELIPE DE ALMEIDA SOUZA
Al DÉBORA BRAGA DE FARIA
REPRESENTAÇÃO E PERCEPÇÃO DE ALVOS MILITARES EM
AMBIENTES DIGITAIS
RESUMO
O uso da informação visual representada nos mapas, em um contexto militar, é
fundamental desde o treinamento do combatente. O planejamento de como as batalhas
serão travadas é apresentado por meio de mapas exibidos em postos de comando,
contendo simbolismos representativos de alvos militares. O antigo modus operandi de
confecção dos símbolos militares, contidos no Manual de Campanha C 21-30 Símbolos, Abreviaturas e Convenções Cartográficas, preconizava um trabalho
essencialmente manual no qual eram privilegiados os símbolos geométricos com baixo
poder de comunicação e percepção. Todavia, equipamentos digitais robustecidos são
cada vez mais empregados no preparo e na disseminação das informações cartográficas
em operações militares. Este avanço tecnológico permite construir símbolos mais
elaborados e mais realistas, o que pode tornar o processo de comunicação mais
eficiente. Portanto, este trabalho tem por objetivo analisar a eficácia de símbolos do
Manual C 21-30 quanto à eficiência na transmissão da informação e à velocidade de
percepção e propor uma reformulação dos símbolos baseada em uma metodologia de
criação de símbolos cartográficos. Esta metodologia considera aspectos da Semiologia
Gráfica e da Teoria Gestalt, com o intuito de reduzir a subjetividade na construção da
comunicação visual. Na sua fase inicial, estabeleceu-se um recorte de dez símbolos do
Manual C 21-30 que exprimem uma idéia abstrata, como uma ação ou atividade militar,
os quais foram submetidos a três testes denominados “Testes de Eficiência” e aplicados
a militares envolvidos diretamente no planejamento e na execução de operações, bem
como a militares envolvidos em jogos de guerra. O primeiro teste avalia os símbolos
isoladamente, ou seja, fora de um contexto militar. No segundo teste, os símbolos
encontram-se dispostos em uma carta, simulando uma típica operação militar. E, por
fim, o terceiro teste apresenta cada símbolo com quatro alternativas de respostas, sendo
apenas uma correta. Ulteriormente, os dados obtidos após a aplicação dos testes, foram
processados e analisados e indicaram o grau de representatividade dos símbolos
testados. Em seguida, deu-se início à reformulação dos símbolos considerados pouco
eficientes e realizaram-se novos testes para verificar a melhoria preconizada nos
objetivos. Esta fase, denominada de feedback, visou também a realizar os ajustes finais
dos símbolos. O último passo do trabalho é a implementação dos símbolos definitivos
em um ambiente digital utilizando o software livre Inkscape 0.45, que permite a criação
de símbolos em formato vetorial com extensão SVG.
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