EPÍSTOLA DE PAULO
AOS
GÁLATAS
Por José Adelson de Noronha
GÁLATAS
Escrita da cidade de Antioquia, no
ano 48 d.C, logo após a 1a. viagem
É a primeira carta escrita por Paulo
e um dos primeiros livros do Novo
Testamento
Paulo havia passado pela região sul
da Galácia, ao final da sua 1ª viagem
missionária (anos 47, 48)
PROPÓSITOS
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●
Combater heresias judaizantes
A Salvação é exclusivamente pela
fé e não por obras da Lei
●
Defender o apostolado de Paulo
●
Combater o legalismo
Esboço da Carta
I) Defesa da autoridade apostólica
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Saudação e introdução –
(caps 1 e 2)
1:1-5
O caráter imutável e verídico do evangelho de
Paulo – 1:6-10
A origem divina do evangelho de Paulo –
1:11-24
O endosso do evangelho de Paulo pelos líderes
de Jerusalém – 2:1-10
A consistência da vida de Paulo –
2:11-21
Esboço da Carta
II) Defesa doutrinária
(caps 3 e 4)
●
O testemunho da fé dos gálatas –
●
A evidência da vida de fé de Abraão –
●
A evidência de condenação vinda da lei –
●
A evidência de salvação vinda da aliança –
●
O propósito da lei –
●
A evidência da transferência das afeições – 4:12-31
3:1-5
3:6-9
3:10-14
3:15-18
3:19-4:11
Esboço da Carta
III) Aplicação prática
●
●
(caps 5 e 6)
Liberdade sim, libertinagem não–
5:1-15
As obras da carne são bem distintas do fruto do
Espírito – 5:16-26
●
Auxílio mútuo dentro da família da fé –
●
Testemunho e encorajamento finais –
6:1-10
6:11-18
Peculiaridades
e conteúdo
Rápida reação
Gl 1:6
●
A reação tão rápida e intensa de Paulo mostra
claramente que combate uma heresia e não
uma simples diferença de interpretação ou
prática de adaptação cultural
Lembrar que naqueles primeiros anos não havia
ainda nenhum evangelho escrito, mas somente a
transmissão oral dos ensinamentos de Cristo, pelo
testemunho dos apóstolos e discípulos
“Admira-me que estejais passando
tão depressa daquele que vos
chamou na graça de Cristo para
outro evangelho” (Gl 1:6)
O que é o Evangelho
Evangelho (ewangelion) significa “boas
novas”.
Qual era o evangelho verdadeiro que Paulo
pregava?
“ Irmãos, venho lembrar-vos o evangelho
que vos anunciei,...: Cristo morreu pelos
nossos pecados, segundo as Escrituras, e
que foi sepultado e ressuscitou ao
terceiro dia, segundo as Escrituras.” (1 Co
15:1,3,4)
Falso evangelho
Qualquer outra pessoa, mesmo se fosse um anjo
vindo do céu, que pregasse outro “evangelho”
deveria ser considerado como maldito.
“ Mas, ainda que nós ou mesmo um
anjo vindo do céu vos pregue
evangelho que vá além do que vos
temos pregado, seja anátema.” (Gl 1:8)
Soberania de Deus
Mesmo que Paulo se tenha convertido adulto,
ele já era separado por Deus para receber a
graça salvadora (1:15)
●
Deus é soberano, mesmo nos eventos antes de
nossa conversão
●
Pressão para mudar a
mensagen (2:4)
Paulo enfrentou pressão de “falsos irmãos” em
Jerusalém para mudar sua doutrina para incluir
a guarda da lei;
●
Os principais apóstolos em Jerusalém (Tiago,
Pedro e João) não endossaram essa posição
judaizante (2:9)
●
Repreensão a Pedro
2:11,12
Paulo enfrenta Pedro face a face porque se
tornara repreensível com relação à doutrina da
graça
●
A falha de Pedro foi muito grave, porque sendo o
líder máximo da Igreja em Jerusalém, e sendo ele
quem levou pela primeira vez o evangelho da
graça aos gentios, suas ações em Antioquia
poderiam ser interpretadas como uma volta de
180 graus.
Crucificado com Cristo
2:19-21
Ser crucificado com Cristo significa que Paulo
abandonou seu nacionalismo judaico para
depender inteiramente de Cristo, como ele
descreve em Filipenses 3:4-10
A lei não salva
(Cap. 3)
A lei nunca foi concedida para salvar pecadores,
uma vez que seria impossível para pecadores
guardar a lei perfeitamente;
●
Abraão foi salvo pela fé; então as nações que
seriam benditas por seu intermédio deveriam ser
salvas da mesma maneira, isto é, por intermédio
de seu “filho” mais importante, Jesus Cristo (3:6●
18)
O propósito da lei
O propósito da lei foi o de mostrar o pecado e
conduzir os pecadores convictos a Cristo para
receberem a salvação (3:24);
●
●
A salvação pela fé sempre foi o plano de Deus
(3:22);
Pela lei ninguém é justificado diante de Deus. O
justo viverá pela fé (3:11)
●
“Mas eu não teria conhecido o
pecado, senão por intermédio da lei;
pois não teria eu conhecido a cobiça,
se a lei não dissera: Não cobiçarás”
(Rm 7:7)
Como são os que buscam a
salvação na Lei (Cap. 4)
Paulo usa duas figuras para descrever a vida da
pessoa que depende da lei para sua salvação:
1) uma criança menor que não tem juízo nem
autoridade para dirigir sua própria vida, mas está
sujeita a tutores que ordenam a sua vida;
2) Um escravo que mora em casa, mas é sujeito
ao patrão a quem tem que obedecer
O filho de Deus não precisa
obedecer à Lei
Ser filho maduro é diferente. Obedece porque
ama: o cumprimento da lei é o amor (Rm 13:10)
O Espírito de Cristo nele garante sua filiação
e, consequentemente, sua obediência
(4:1-6)
Enfermidade na carne (4:13)
Enfermidade na carne – não temos a mínima idéia
do que consistiu essa enfermidade
Os teólogos trabalham com três hipóteses:
Enfermidade na carne
1) Problema com a visão, em vista do fato de que
os gálatas estavam prontos a arrancar os próprios
olhos a seu favor (4:15) e também a referência a
grandes letras (6:11)
2) Outros acham que seria algo semelhante à
epilepsia, o que seria vergonhoso para Paulo
Enfermidade na carne
3) Pode ser também o mesmo problema citado em
II Coríntios 12:7-9, onde ele cita um mensageiro
(anjo) de satanás
Como Cristo é formado na
Igreja (4:19)
A formação de Cristo na Igreja quer dizer que a
presença dEle estaria de tal modo presente e
atuante, que seria possível percebê-lO, através da
ação do Espírito Santo na Igreja
Sara e Hagar (4:22-30)
A alegoria entre Sara e hagar mostra como Paulo
foi capaz de tirar uma lição de um texto do AT e
ilustrar a liberdade em Cristo (Isaque, filho de
Sara) e a sujeição à lei (Hagar e Ismael)
Cristianismo
Aplicação prática
(capítulos 5 e 6)
●
Liberdade sim, libertinagem não–
●
A liberdade é limitada pelo amor a Deus
5:1-15
Obras da carne versus Fruto
do Espírito (5:16-26)
Ao alistar as obras da carne e o fruto do Espírito
Santo, Paulo estava pensando principalmente na
Igreja corporativamente e não em indivíduos.
●
O fruto do Espírito se manifesta nos
relacionamentos entre irmãos da Igreja, tal como
as obras da carne.
●
Levando cargas e fardos
(6:1-5)
“levai as cargas uns dos outros” (6:2) e “cada um
levará seu próprio fardo” (6:5) não é contraditório:
A primeira frase se refere à vida na comunhão da
Igreja, em que cada um é responsável pelo seu
irmão (cf Hb 3:13) – quando há pecado, restaurar o
pecador com todo o cuidado;
●
A segunda frase se refere ao juízo futuro, quando
todos prestarão contas de si mesmos (cf II Co 5:10)
●
Ajuda aos necessitados
(6:6-10)
A primeira responsabilidade do cristão é com a
família de Deus – mas nem por isso ele pode
esquecer-se das necessidades dos próximos que
estão fora de Cristo
Crucificado para o mundo (6:14)
“crucificado para o mundo” quer dizer totalmente
rejeitado pelo mundo, que está debaixo da
orientação do seu deus, o diabo;
Ser crucificado para o mundo significa estar
“morto” para o mundo. É só questão de tempo;
Se o apóstolo Paulo tivesse optado por uma
posição menos radical, poderia ter escapado de
muita perseguição, inclusive os quatro anos preso
em Jerusalém, Cesaréia e Roma (anos 57-61)
Israel versus “Israel de
Deus”
“Israel de Deus” (6:16) refere-se ao povo salvo
de Deus, não aos descendentes carnais de
Abraão;
“as marcas de Cristo” (6:17) se referem às
cicatrizes que Paulo recebeu de suas muitas
perseguições, até aquela data, por amor do
Evangelho. Depois desta carta muitas outras
perseguições viriam sobre ele.
Resumindo
Principais argumentos
1) O Evangelho pregado por Paulo foi recebido
diretamente de Jesus Cristo e não de homem.
Paulo foi comissionado diretamente por Jesus;
Resumindo
Principais argumentos
2) Se a aceitação perante Deus pudesse ser
obtida mediante a circuncisão e outras
observâncias da Lei judaica, então a morte de
Cristo foi inútil
Resumindo
Principais argumentos
3) A vida cristã é um dom do Espírito de Deus.
Querer levar vida cristã por meio de obras da lei
é um retrocesso
Resumindo
Principais argumentos
4) Os verdadeiros filhos de Abraão são aqueles
que são justificados pela fé em Deus, tal como
Abraão o foi. A Lei veio muito tempo depois.
Resumindo
Principais argumentos
5) A Lei pronuncia uma maldição sobre aqueles
que não a guardam em todos os seus detalhes.
Por isso, Cristo, ao receber nossos pecados
tornou-se maldito, levando nossas maldições
consigo.
Resumindo
Principais argumentos
6) O princípio da observância da Lei pertence à
época da imaturidade espiritual. Mas, para os
que crêem, passam a filhos e são emancipados.
Não precisam mais viver sob a tutela da Lei,
como um aio. Aceitar a prática da Lei é voltar à
infância espiritual
Resumindo
Principais argumentos
7) A Lei impunha um jugo de escravidão. A fé
em Cristo traz a libertação. Quem quer voltar
atrás é insensato, ao desistir da sua liberdade.
Resumindo
Principais argumentos
8) A liberdade que o evangelho da graça
proclama nada tem a ver com a anarquia ou
licenciosidade.
A fé em Cristo é uma fé que opera por amor e
que, dessa maneira, cumpre a Lei de Cristo.
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1) Do Estudo
2) Da Bíblia Falada
3) De Tira-Dúvidas
Bibliografia
1) Curso Intensivo de Teologia – Segundo Volume – Ministério
IDE – Instituto de Discipulado por Extensão – Primeira Edição
– Janeiro 2000
2) O Novo Dicionário da Bíblia – Edições Vida Nova – 2a.
Edição – 1998
3) Dicionário Vine – Editora CPAD – 2a. Edição – 2003
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